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I Comportamento

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em na comunhacão com

L,. . Por Suzane Frutuoso

AS cartas ajudaram Jakson e Rosária a tocar a ..,

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I DE UM JOVEM SURFISTA AOS PAIS L

O s residws brancos do sal marinho ainda estavam nos cabelos longos, lisos e escuros de Jeison quando sua máe, a dentista Maria

do Rosário Sosa, 58 mos, encontrou seu corpo. Filho único, o rapaz morreu afogado aos 15 anos, enquanto surfava na praia piicha de Capáo da-Canoa, em 1993. "Era como se tivkssemos momdo juntos. Passei um ano choran- do", diz Rosário. Na tentativa de dige- rir o soíiimento intenso, ela e o d- do, Jakson, 57 anos, deixaram Porto Alegre, onde moravam, pararecomeçar a vida em São Paulo. Na capital pau- lista, por meio de familiares, conhece- ram o espiritismo. Quem visitou pri- meiro um centro foi Jakson. Ao contar sua perda, uma das voluntárias do lugar disse a ele que o espírito de um rapaz, com as mesmas descri* da história de seu filho, já deixara uma mensagem a um médium. "Eu sou um surfista que partiu nos mares do Rio Grande do Sul", teria dito. Dali em diante, detaihes como "a prancha ama- rela com adesivo de guitarra" batiam com o caso de Jeison. Sem conhecer

nada da doutrina, o empresário ficou em choque. Semanas depois, junto com a esposa (eram cat6licos não-pratican- tes), passou a hequentar a casa e rece- ber cartas de Jeison - que hoje somam mais de 100. "A prancha na qual par- ti retomo no mesmo embalo trazendo comigo os Mjos que ihe dou com um estalon, dizia uma das primeiras men- sagens do jovem. "Ele sempre repetia h&, um beijo com um estalo para vdy" , lembra Rosário, emocionada.

A perda de uma pessoa amada é uma das maiores tristezas que alguém pode viver. Rosário e J h n só retor- naram A alegria quando passaram a ter convicção de que o filho está bem, presente como sempre, e que, como depois de uma longa viagem, será

'possívei reencontrá-lo. E, segundo o casal, quem garante tudo isso é ele mesmo5 por meio de uma carta. Essa paz era o que fâkava para se reerguerem e bukcarem ser pessoas .melhores a cada-dia como gratidão peia bênçb de ter notícias do rapaz A psieografki tem esse poder. Para muitos, O fedmeno em que médiuns transcreveriam men- sagens enviadas por espíritos (leia

A pcrdir da fllh yue se %tagau' õor Fã anos quando surfava. kvsu o casal gaúcho a

- #

-4 Sosa s u m t r i ~ r - erofun-

apaz, eles m a b e m as primeiras mtmsa~m prrPccigrafadas que teriam Jdo emrlédes pdo espírito de kison

p w m t e nas cartas (16 são malz de ta@). Emminhada um gbuco depois deurapairtlda,arartãaolacto sugere ~ u e Jsian ainda se amima- v8 cam a marte: Tanta mtkm e t w t 4 mb tanb fa la €mkMrldo em sentr5nento busca a @sMa maís alta. lolho dílúvio de lágn'm&51))twslm)ios&pama- do e um ramo de ~IIveifa cam flores /d a0 teY lado. hla~q-/rib de -#o cwn suas cori$.de, Icu.

. . quadro) prova que. a, e :não acaba com a morte EJmrnõ.m@o em que 20 miihóra &i&& siinpa-. üzantes do e$@%wme $3 &&es declaram q p i t - a doutrh fundada pelo fim& A i b Kardec, as mensa-

ti&vhm até como p r 0 W a : e Q p ~ ~ c i a i s . O caso mais $&ate mimteceu em Viamão, no Rto Orà~ide do Sul, ern 2006. Iara Barfxh, fia&ada pelo assas- sinato do amante, E r q &doso, foi absoivida pelo júri depois que a defesa apresentou uma carta psicogmfada por um médium que teria sido enviada pelo espírito de Ercy. Iara não quis Mar sobre o caso. O advogado dela, Liicio de Constantino, disse que a carta foi uma prova relativa, que "90- mada As outras fhna o contexto pro- batório". Valter da Rosa Borges, ex- procurador de Justiça em Pemambuco (e um dos pioneiros no Brasil da pa- rapsicologia, estudo dos fenomenos

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incomuns da mente humana), diz ser possível aceitar a carta psicografada como prova com base no Artigo 332 do Código Civil: "Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Códi- go, são hábeis para provar a verdade dos fatos." E no Artigo 157: "O juiz forma- rá sua convicçúo pela livre apreciaçúo da prova." Mas o especialista alerta que uma psicografia só pode ser válida em um processo "se reforçar outras provas ou trouxer um fato novo."

No Brasil, há outros três casos de homicídio em que a decisão judicial se fundamentou em comunicações medi- únicas psicografadas por Chico Xavier. Foram absolvidos José Divino Gomes, em Goiás, em 1976; José Francisco Marcondes de Deus, em Mato Grosso 1

do Sul, em 1980; e Aparecido Andrade I

Branco, no Paraná, em 1982. Durante que as assinaturas nos textos psico- ao buscar soluções na psicografia. 13 anos, entre as décadas de 70 e 80, grafados eram idênticas a das pessoas "Charlatões que anunciam ter dons o criminólogo Carlos Augusto Peran- que morreram. A parapsicóloga foren- especiais e usam isso para manipular dréa pesquisou mensagens psicografa- se americana Sally Headding, que se pessoas sensibilizadas estão espaihados das por meio da grafoscopia, técnica tornou conhecida do público pelo por todo lugar", diz ela. I

que estuda a @a usada em perícias, programa Investigadores psíquicos, do A literatura psicografada também é na avaliação de assinaturas de bancos canal a cabo Discovery Channel, afir- um fenbmeno - devendas. O segrnen- e no Judiciário. O resultado indicou mou h ISTOI~ que é preciso cuidado to de livros espíritas é um dos que

moia @O a pauata l I

eteitat ã morte do ámo ErnwmnI I lautiu um rim gp5 17 mw, M

uírpwa dtii prestar ~estibulat. Nas egebia, v&iw illã rito citadas

M a , aai, itmtb, wbrinhbs, t6m se a uni& B a ale- fimük - rem na viagem gaia Fctz de IguQCu, m 1980 (foto) - tontinuassem Iguais. A carta tepr-da ao mrr- sun dadia ao pai, ~ ~ b t f ~ t n : www m a @ e BFP mnh Q nd9de* C = n d m 4

ELES ACREDITAM Celebridades que j6 presenciaram ou receberam mensagens psicografadaa

Virglnia, da novela Tds irmãs, ela conheceu o espiritismo na década de 60, quando perdeu um filho de um ano, de leucemia. Diz que a doutrina lhe trouxe

L- NO ar como a sensitiva i : . 8 i a - e - 8 * , - . Espírita desde criança, o pai dele recebeu psicografias que ante- cipavam sua carreira de atleta. Também es- tava convicto de que integraria a seleção brasileira muito antes de isso acontecer, graças a uma outra mensagem enviada para seu pai

De família espírita e Nascida em uma atual presidente da família espírita, ela diz já ter sentido a

mostrou enorme da doutrina), em São um centro espirita, a serenidade quando Paulo, ela nunca rece- senhora que atendia a seu filho morreu beu uma mensagem, atleta se sentiu mal e pouco depois de nas- mas já presenciou saiu da sala. Ao voltar, cer. Scheila afirma inúmeras vezes trazia uma carta também ser ávida sessões de psicogra- psicografada do pai leitora da literatur fia. "Para mim é tão de Paula. que havia morrido de cancer

p*icografada natural. Não preciso receber uma para

quatro anos antes acreditar'', disse

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mais crescem anualmente na área editorial. De acordo com a Associação das Editoras, Distribuidoras e Divul- gadoras do Livro Espírita (Adeler), em 2008 o aumento registrado foi de 15%, com dez milhões de exemplares ven- didos e mais de dez mil títulos. As obras campeãs foram Nosso lar, de Chico Xavier, Vencendo o passado e Onde está Tereza, ambas de Zibia Gasparetto. Com os livros a psicogra- fia ganhou visibilidade. Chiio se tor- nou referência a partir da década de 70, tanto com as cartas psicografadas que redigia em Uberaba, Minas Gerais, para pessoas de todas as religiões e cantos do Brasil que faziam fila na porta de sua casa, quanto com a lite- ratura espírita. Já os livros de Zibia, com um marketing eficiente, se tor- naram presença garantida na lista dos mais vendidos de temas em geral.

A crença nas mensagens do além se fortalece pela riqueza de detalhes sobre a convivência da pessoa com seus fa- miliares ou sobre o momento da mor- te, revelações, afirmam os envolvidos, que o médium não teria como saber se algudm não lhe contasse. Uma car- ta psicografada foi a única coisa que trouxe a empresária paulistana Ivani Tereza Cury, 60 anos, de volta A vida.

Em 1989, seu W o Emerson, 17 anos, levou um tiro quando estava num carro com amigos. Cansado de estudar, quis sair um pouco para espairecer um dia antes do vestibular para engenharia. O motorista do carro ao lado do que estava Emerson não gostou de pedir passagem e não ser atendido. No se- máforo, desceu do carro e atirou alea- toriamente no veículo. O rapaz perma- neceu cinco dias em coma, até morrer. "Fiquei revoltada. É uma dor tão forte", lembra Ivani.

Amigos lhe deram livros de Chico Xavier e a levaram 'para assistir a palestras sobre espiritismo. Até que, meses depois, recebeu o primeiro re- cado do filho. "Em outras vidas fui ruim e tive que passar por isso", dizia a mensagem. No espiritismo, acredita- se que pagamos hoje por erros de vidas passadas. 'Foi difícil aceitar. Mas, quando Emerson passou a dar detalhes de acontecimentos da nossa família, nio tive mais dúvida*, diz. A primeira vez que Ivani teve certeza foi numa manhã na .qual, sentindo uma mistura de saudade e raiva, começou a gritar no quarto dizendo que Deus ficara de b r a ç ~ cruzados permitindo a morte de séu filho. De tarde, ao chegar ao centro espírita, havia uma mensagem

A famíiia Culiy unida

para ela: "Mãe, Deus não estava de braços cruzados", dizia.

Depois disso, Ivani deixou de ser uma católica não-praticante e mergu- lhou no espiritismo. Hoje, ela também acredita que Emerson interveio no sequestro relâmpago da irmã Roberta Cury, 35 anos, em 2003. No carro com o filho de três anos, ela chorava pe- dindo ao sequestrador que não lhe fizesse nada, pois sua mãe já perdera um W o e não aguentaria novamente essa dor. "De repente, ele parou o carro e disse que, pelo meu irmão que estava no céu, me deixaria ir embora sem levar nada", conta Roberta. Em 25 de novembro de 2008, o espírito de Emerson mostrou A famíiia como agiu: "Peço licença para a aventura-desven- tura da Roberta no sequestro relâmpa- go (...) dando uma de anjo da guarda para a mana", dizia a mensagem.

A psicografia alcançou tamanha popularidade graças às respostas que dá, mesmo subjetivas, devolvendo es- peranças a quem perdeu uma pessoa querida. A reportagem de ISTOÉ pre- senciou uma sessão, em São Paulo, conduzida por Marilusa Moreira Vas- conceilos, uma das mediuns de psico- grafia mais respeitadas no espiritismo. Enquanto ela recebia as mensagens em

I FQTOS: MURILLO CONSTANTINOIAG. IST&; W I V O PEaOAL 59

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uma sala fechada (há também demons- trações em público, mas depende do dia e do lugar), 13 pessoas participavam de uma palestra sobre a doutrina e oravam. Elas aguardavam o contato de filhos, esposas, mães que partiram. Cerca de uma hora e meia depois, Marilusa retomou, chamando as pes- soas pelo nome. Não há como não se emocionar. Valquiria (ela não quis revelar o nome todo) tremia e chorava ao ler as palavras que teriam sido di- tadas pelo espírito do marido, Jocimar, morto seis meses atrás. "Te amo mais do que demonstrei", foi a frase apon- tada na carta por Valquiria, que teve de ser amparada por uma amiga para ir embora. Rosana Elias sorria e enxu- gava as lágrimas, enquanto lia a carta da mãe, morta há dois anos, após uma cirurgia no coração. "Ela era minha grande companheira. É difícil, mas as cartas ajudam", conta Rosana. Desde o falecimento da mãe, ela corre centros espíritas na busca de mais um contato. Para Rosimeire Galiazzi, saber que a fiiha Bianca, morta aos 17 anos de meningite, está bem em outro lugar "alivia a saudade".

Para especialistas, a verdade da psicografia é baseada na fé. "A pessoa está sensível e baixa a guarda quando recebe uma mensagem dessas. A cre- dibilidade de quem envia também é fundamental", afirma o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, pro- a partida do meu filho. Aju- fessor da Pontifícia Universidade que me interessa, não ter o Católica de São Paulo (PUC-SP). "Mas não entro no mérito se existe ou não. O que importa é quem recebe a men- sagem acreditar para se sentir confor- tado." Na opinião do pesquisador Valter da Rosa Borges, a psicografia 4 uma manifestação psíquica que acontece por telepatia, cujo conteúdo se origina do inconsciente da outra pessoa, o qual o medium seria capaz de alcan~ar. "Proce- dimentos psicoterapêuticos conven- cionais podem resgatar a pessoa da dor. A fé, porém, fornece segurança e sentido existencial", diz Borges.

Quem perde um ente querido e o . reencontra por intermédio de mensa-

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MEU AMOR, CUIDE DE NOSSAS PEROLAS

A autoconfiança que a mulh~!, izan teve em vida o catarinense ,

COlf)ll6mpm - espírita há 20 anos - reconhece nas palavras das mensa- gens que o espírito dela envia por meio da psicografia. Morta em setembro após um atropelamento, aos 44 anos, Suzana procura confortar o marido nas cartas, indicando que o tempo diminuirá a dor e que as filhas de 10 e 7 anos precisam dele. Ela enviou um acróstico (texto em que a primeira letra de cada frase forma uma palavra), hábito que tinha desde a adolescência, com as iniciais do nome do marido. É a carta a seguir. A primeira parte indica que a mae de Edson, também já falecida, estava perto de Suzana. "Ermínia chega e abraça / Dson (seu filho adorado). /Somos duas que dizemos / o quanto o temos amado. / Nunca te abandonaremos. /Como tudo está difi;il/ 0 importante é seguir. / Então, meu amor, prossegue. /Lutas, conquistas por vir. /Humildade e alegria./ O mais virá no porvir, /Gostar é pouco pra nós. /Amor é que nos enlaça. /Sabes que sempre estarei/ para o que der e vier. /Amor, as nossas princesas /risos e amor."

dito ao pai: "Por que não fazer um instituto para ajudar crianças?" Ele levou adiante a proposta. Em 1996,

I surgia a ata de fundação do Instituto Jeison da Criança, com sede no Jardim Novo Santo Amaro, bairro carente de São Paulo, que realizou 1.790 atendi- mentos odontológicos em 2008 e distribuiu cestas básicas para famílias cadastradas. Rosário trabalha lá como dentista, enquanto Jakson cuida da

. administração. A despesa mensal de cerca de R$ 10 mil fica por conta do casal. O próximo passo C abrir uma

i sala para aulas de computação no

1 local. Logo após a huidação do úiso- tuto, Jeison disse em uma carta: "Vo- I c k estão tecendo o caudal de luz

O que I -isagms e que as

1 para as crianças minhas amigas." As I palavras rebuscadas de Jeison são 1 explicadas pelo espiritismo, para o qual

continuar estudando faz parte da evolução. Rosário diz ainda que Jeison sempre mostrou interesse por poesias e seu vocabulário era mais rico do que o da maioria dos adolescentes.

Segundo a doutrina espírita, o de- sencarnado (como são chamadas as pessoas que morreram) pode levar dias ou anos para se comunicar. Com o contato rápido do espírito da mulher, Suzana, o professor de dança de salão catarinense Edson Coelho Gaspar, 45 anos, viu seu sofrimento aliviado e assim pode recuperar forças, voltar ao trabalho e cuidar das filhas de 10 e 7 anos. "Edson, meu amor, obrigada pela luz que deste. Nossas pérolas precisam de você. Não se entregue agora. Saudade sim, tristeza não", dizia a primeira mensagem de Suzana para o mando, que chegou apenas quatro dias após sua morte. Ela morreu em decorrência de um atropelamento em setembro do ano passado.

Espírita há mais de 20 anos, Edson diz que a comunicação por meio da psicografia dá a sensação de que a pessoa amada está apenas longe, man- dando noticias. "É como se fosse uma grande viagem", afirma o professor. "Mas é uma lapidação dura do espíri- to para nossa evolução." Q U M ~ lé as cartas de únaM para as filhas, as meninas s o m . Aos que recebem uma carta de alguCm querido a quem não podem mais tocar, beijar e abraçar, letras, as- sinaturas e atC o conteúdo acabam não importando tanto. Mesmo sem uma indicação forte que demonstrasse real- .mente ser a filha Bianca nas palavras que a mensagem trazia, Rosemeire um das pessoas presentes na sessão de psicografia da médium Marilusa - não tinha dúvida. "É ela aqui", dizia, en- quanto segurava a carta, a qual olhava com o carinho com que só uma mãe pode olhar um filho. Uma alegria que resulta em serenidade, compreendida apenas por quem sente uma saudade ser humano. mas que por ser

o trahiheido niSo se manifestei que ultrapassa a eternidade.

Escrito a mão, digitado no computado ou datilografado na máquina de escre- ver. Os médiuns (junto com seus men- tores) determinam um horário por dia ou semana para receber mensagens. Quando é um Livro a ser narrado, são iecessbrias muitas horas de trabalho

1 q w diz a ciência I