Mensagem ESTACAS ao Leitor Boa PRÉ-MOLDADAS Leitura! A · Acho que fica claro que o primeiro ......

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, ESTACAS PRÉ-MOLDADAS as indústrias, em geral, não é uma situação tão corriqueira, mas na Construção Civil é bem comum. O que professor, não faz suspense? O uso do Equipamento de Proteção Individual sem garantir sua individualidade. É bota para concreto, cinto de segurança, máscara facial e tudo mais utilizado de forma coletiva. Mas é muito caro, professor! Além disso, qual o problema? Como assim, qual o problema? Acho que fica claro que o primeiro problema é a questão da falta de higiene. Você gostaria de usar uma bota que passou por toda a obra ou o cinto suado de outro trabalhador? Porém, além da higiene tem a questão de não haver uma responsabilidade pelo equipamento, pois como ele não tem um único dono, caso o trabalhador perceba um desgaste, dependendo do trabalhador, no outro dia ele deixa aquele de lado e pega outro. Com isso acaba não havendo a inspeção contínua do desgaste natural do EPI. Outra bronca feia são os furtos constantes. E mesmo tendo consciência da dificuldade de erradicar este problema, sei que pelo menos é possível diminuir. A primeira ação é óbvia, é preciso que seja fornecido local adequado para a guarda dos equipamentos. Infelizmente, em diversas empresas, tudo é guardado junto e misturado dentro dos famosos barracões. Além disso, é necessário realizar o registro dos furtos e formalizar as investigações. Uma boa ajuda são rondas em horários aleatórios pelo SESMT e pela Segurança Patrimonial. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho s partes móveis e os pontos de transmissão de força devem ser protegidos com anteparos ou material resistente. O bate-estaca vai precisar de contrapeso se for instalado sobre trilhos ou roletes, conforme orientação técnica do fabricante. Apenas quem tem qualificação pode operar o bate-estaca. A equipe precisa estar treinada e bem afinada para o serviço. A inspeção é a alma do negócio: confira diariamente o cabo de sustentação do martelo, e mantenha o comprimento suficiente para dar, no mínimo, seis voltas no tambor. Se o bate-estacas for a vapor, fique atento às mangueiras e conexões. O controle de manobra das válvulas deve ficar ao alcance do operador. Quando içar o martelo certifique-se de que o limitador de curso não ultrapasse os limites de içamento. Por isso, um profissional qualificado fica no e confere as condições periodicamente. se executa qualquer reparo ou manutenção quando o equipamento está fora de funcionamento. Se o martelo não estiver em uso, coloque sobre o solo ou no fim da guia do curso. Não deixe vestígios como trincas ou rachaduras na estaca. E na hora de voltar à ativa, o responsável pela segurança deve acionar a concessionária local de energia se houver redes elétricas por perto. Quando o topo da torre for mais alto que as edificações vizinhas, proteja contra raios e descargas. O operário que sobe lá no alto tem que vestir o cinto de segurança do tipo paraquedista, com o trava-quedas fixado ao cabo de segurança numa estrutura independente. Ao cortar a cabeça da estaca, use equipamento contra projeção e partículas, além de protetor de ouvidos sempre que o barulho superar o estabelecido na NR 15. Para ninguém cair no buraco, as aberturas devem estar protegidas e sinalizadas. Quem opera o equipamento precisa ficar ligado na lubrificação e no nível de água e óleo, a equipe atenta às alterações estruturais. Todos os dispositivos devem estar perfeitos para um ótimo dia de trabalho. Fonte: Segurança e Saúde na Indústria da Construção Civil – Manual da Série Vídeos 100% Seguro – SESI – 2013. EPI NA OBRA PODE DAR BRONCA Boa Leitura! Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito jornalsegurito@bol.com.br Fui dar uma olhada nos meus livros sobre Segurança na Construção Civil e acabei encontrando dois títulos do mesmo autor e excelentes para consulta dos diversos riscos que encontramos nas obras. Prezados Prevencionistas, Nesta edição resolvi tratar um pouco da segurança na Construção Civil que infelizmente continua sendo uma área de farta produção de acidentes. E ainda que a NR 35 nos tenha “obrigado” a olhar para cima, em uma obra precisamos olhar para os lados, pois são muitos os riscos. Prof. Mário Sobral Jr. Mensagem ao Leitor A Manual de Aplicação NR 18 José Carlos de Arruda Sampaio - Ed. Pini Sinduscon SP - 1998 Manaus, Setembro 2014 – Edição 96 – Ano 8 Periódico Para Rir e Aprender N ARREPENDIMENTO A mulher pega o marido chorando sozinho e pergunta: - O que foi, homem? - Você lembra que há 20 anos seu pai pegou e gente na cama e disse que se eu não casasse mandaria me prender? - Lembro, sim. E daí? - Pois bem, se eu estivesse preso, amanhã estaria em liberdade. Sem comentários!!! PCMAT - José Carlos de Arruda Sampaio - Ed. Pini - Sinduscon SP - 1998

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ESTACAS

PRÉ-MOLDADAS

as indústrias, em geral, não é uma situação tão corriqueira, mas na Construção Civil é bem comum. O que professor, não faz suspense? O uso do Equipamento de Proteção Individual sem garantir sua individualidade. É bota para concreto, cinto de segurança, máscara facial e tudo mais utilizado de forma coletiva. Mas é muito caro, professor! Além disso, qual o problema? Como assim, qual o problema? Acho que fica claro que o primeiro problema é a questão da falta de higiene. Você gostaria de usar uma bota que passou por toda a obra ou o cinto suado de outro trabalhador? Porém, além da higiene tem a questão de não haver uma responsabilidade pelo equipamento, pois como ele não tem um único dono, caso o trabalhador perceba um desgaste, dependendo do trabalhador, no outro dia ele deixa aquele de lado e pega outro. Com isso acaba não havendo a inspeção contínua do desgaste natural do EPI. Outra bronca feia são os furtos constantes. E mesmo tendo consciência da dificuldade de erradicar este problema, sei que pelo menos é possível diminuir. A primeira ação é óbvia, é preciso que seja fornecido local adequado para a guarda dos equipamentos. Infelizmente, em diversas empresas, tudo é guardado junto e misturado dentro dos famosos barracões. Além disso, é necessário realizar o registro dos furtos e formalizar as investigações. Uma boa ajuda são rondas em horários aleatórios pelo SESMT e pela Segurança Patrimonial. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho

s partes móveis e os pontos de transmissão de força devem ser protegidos com anteparos ou material resistente. O bate-estaca vai precisar de contrapeso se for instalado sobre trilhos ou roletes, conforme orientação técnica do fabricante. Apenas quem tem qualificação pode operar o bate-estaca. A equipe precisa estar treinada e bem afinada para o serviço. A inspeção é a alma do negócio: confira diariamente o cabo de sustentação do martelo, e mantenha o comprimento suficiente para dar, no mínimo, seis voltas no tambor. Se o bate-estacas for a vapor, fique atento às mangueiras e conexões. O controle de manobra das válvulas deve ficar ao alcance do operador. Quando içar o martelo certifique-se de que o limitador de curso não ultrapasse os limites de içamento. Por isso, um profissional qualificado fica no pé e confere as condições periodicamente.

Só se executa qualquer reparo ou manutenção quando o equipamento está fora de funcionamento. Se o martelo não estiver em uso, coloque sobre o solo ou no fim da guia do curso. Não deixe vestígios como trincas ou rachaduras na estaca. E na hora de voltar à ativa, o responsável pela segurança deve acionar a concessionária local de energia se houver redes elétricas por perto. Quando o topo da torre for mais alto que as edificações vizinhas, proteja contra raios e descargas. O operário que sobe lá no alto tem que vestir o cinto de segurança do tipo paraquedista, com o trava-quedas fixado ao cabo de segurança numa estrutura independente. Ao cortar a cabeça da estaca, use equipamento contra projeção e partículas, além de protetor de ouvidos sempre que o barulho superar o estabelecido na NR 15. Para ninguém cair no buraco, as aberturas devem estar protegidas e sinalizadas. Quem opera o equipamento precisa ficar ligado na lubrificação e no nível de água e óleo, a equipe atenta às alterações estruturais. Todos os dispositivos devem estar perfeitos para um ótimo dia de trabalho. Fonte: Segurança e Saúde na Indústria da Construção Civil – Manual da Série Vídeos 100% Seguro – SESI – 2013.

EPI NA OBRA PODE

DAR BRONCA

Boa

Leitura!

Contatos: www.jornalsegurito.com Jornal Segurito [email protected]

Fui dar uma olhada nos meus livros sobre Segurança na Construção Civil e acabei

encontrando dois títulos do mesmo autor e excelentes para consulta dos diversos

riscos que encontramos nas obras.

Prezados Prevencionistas,

Nesta edição resolvi tratar um pouco da segurança na Construção Civil que infelizmente continua sendo uma área de farta produção de acidentes. E ainda que a NR 35 nos tenha “obrigado” a olhar para cima, em uma obra precisamos olhar para os lados, pois são muitos os riscos.

Prof. Mário Sobral Jr.

Mensagem ao Leitor

A

Manual de Aplicação NR 18

José Carlos de Arruda Sampaio - Ed. Pini

Sinduscon SP - 1998

Manaus, Setembro 2014 – Edição 96 – Ano 8

Periódico Para Rir e Aprender

N

ARREPENDIMENTO A mulher pega o marido chorando sozinho e pergunta: - O que foi, homem? - Você lembra que há 20 anos seu pai pegou e gente na cama e disse que se eu não casasse mandaria me prender? - Lembro, sim. E daí? - Pois bem, se eu estivesse preso, amanhã estaria em liberdade.

Sem comentários!!!

PCMAT - José Carlos de Arruda Sampaio -

Ed. Pini - Sinduscon SP - 1998

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estereótipo do trabalhador da Construção Civil é o de baixíssima instrução e apreciador de uma bebidinha. Apesar de um problema bem real em diversas obras não podemos generalizar. Lembro que em uma empresa onde trabalhei como Eng. Civil, poucos da equipe bebiam e havia quatro irmãos com o segundo grau completo (dois pedreiros e dois carpinteiros). Em relação à dependência do álcool boa parte das empresas se omite ou até mesmo estimula a condição. A omissão é realizada em paralelo ao argumento de que não tem jeito mesmo, são uns sem vergonha que adoram uma cachacinha. Alcoolismo é uma doença e se não for tratada irá evoluir, podendo levar até a morte. Agora, apesar da omissão ser péssima, pior são as empresas que estimulam. Como assim, professor? Principalmente em atividades com elevado esforço físico, como por exemplo, escavação manual ou encher uma laje com concreto, temos algumas empresas que “premiam” os seus trabalhadores fornecendo garrafas de bebida alcoólica ao fim da atividade. Precisamos ter em mente, que além de um vínculo profissional, que por si só já seria motivo forte para não haver este estímulo, o alcoolismo terá impacto na produtividade, na qualidade do serviço, na segurança da empresa e na saúde do trabalhador.

É preciso lembrar que a empresa precisa ter uma visão social. Entendo que boa parte delas, talvez não tenha uma estrutura ideal para tratar a situação, com psicólogos, assistente social, etc, mas pelo menos uma orientação e alerta pode ser tentado ou, no mínimo, um programa encaminhando os trabalhadores para a Associação dos Alcoólicos Anônimos é possível. Pense um pouco e faço algo ainda hoje! Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Mas não tem ciclo!!!

e neste momento estiver começando a pegar fogo na sua empresa, você vai ficar sabendo depois de quanto tempo? Sei que este planejamento para uma indústria ou escritório já exige um bom planejamento, agora imagine para a Construção Civil que dependendo do tipo de empresa, todo mês, ou até toda semana, pode estar em um ambiente diferente.

Ou seja, precisamos ter tudo muito mais organizado para uma situação de princípio de incêndio, explosão, vazamento ou derramamento de produtos químicos, primeiros socorros ou qualquer outro tipo de sinistro. Agora eu lhe peguei, Professor! Aqui na empresa temos um Plano de Atendimento

Não ofereça

mais um gole.

a Ergonomia na Construção Civil? Uma pergunta que eu escuto com frequência é a seguinte: Mas, professor, como vou analisar os postos de trabalho, eles não têm ciclo, todo dia o trabalhador faz algo diferente? Minha resposta é a seguinte: Em primeiro lugar, não há a necessidade de haver um ciclo para realizarmos uma análise ergonômica. Além disso, como a construção civil é na maior parte das empresas, extremamente artesanal, os problemas biomecânicos chegam a gritar para que sejam vistos. Vejamos uma atividade clássica da construção civil: o pedreiro chapando a argamassa na parede. O que ocorre de forma meio generalizada, há uma masseira na altura dos pés do trabalhador ou um suporte feito em altura de forma aleatória. Como consequência, o trabalhador precisa se abaixar (flexionar o tronco) por muitas vezes rotacionando e, fazendo o movimento em sentido inverso, lança a argamassa na parede. Algo simples a ser feito, seria elevar esta masseira a uma altura próxima dos cotovelos do trabalhador. Outro ponto bem comum, é que conforme vai subindo a alvenaria, vai ocorrendo uma dificuldade de alcance, exigindo que o trabalhador eleve seus braços acima da altura dos ombros. Isto ocorre por diversos motivos, como por exemplo, não ter complemento do andaime, preguiça de ter que elevar o andaime, desconhecimento das consequências prejudiciais, etc. Ou seja, para esta situação seria

A empresa já sabe o que fazer no feriado?

JORNAL SEGURITO

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necessário um procedimento, muito treinamento e inspeção sobre a necessidade da altura máxima precisar ser inferior a altura dos ombros do trabalhador. Outra atividade com bastante exigência é cavar ou deslocar algum material com uso de pá. Toda vez que ele se abaixa, há uma flexão com o peso do corpo, peso da pá e do material carregado exigindo elevado esforço da coluna do trabalhador. Em um site espanhol (perdi o link) encontrei esta figura abaixo:

Perceba que uma adaptação relativamente simples faz com que a flexão do trabalhador seja bem reduzida. Lógico que haverá um período de adaptação, mas é uma excelente ideia. Ou seja, mesmo sem ciclo, mas com um olhar atento, teremos como detectar vários problemas ergonômicos e a necessidade de várias melhorias. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

a Emergência com todos os procedimentos. Na verdade, acho excelente, mas um alerta que gostaria de dar é sobre os PAEs que não consideram os horários alternativos (feriados, fins de semana, madrugadas, hora extra, etc). No horário de expediente normal, bem ou mal, algo será feito com certa velocidade (mas óbvio que temos que ter o procedimento, para saber como agir mais adequadamente), porém a minha preocupação são estes outros horários em que o técnico de segurança, o técnico de enfermagem, a manutenção e os demais gestores não estão na empresa, mas é possível acontecer algum sinistro. Para estas situações, temos algum procedimento? Se a resposta for um envergonhado não, então meu filho, pare um dia nesta semana e comece a pensar nas alternativas para estas situações de sinistro. Depois de colocar tudo no papel, programe um treinamento para que todos os envolvidos conheçam o novo procedimento e por fim programe os simulados para fixar o conhecimento. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

A mulher acorda o marido no tapa ao ouvir ele falando de uma tal de Naná. - Que isso, querida, Naná é a égua em que eu vou apostar na corrida. Ela engole a desculpa desconfiada. Quando o marido volta do trabalho é recebido a vassouradas. - O que é isso, mulher? - A égua da Naná já ligou três vezes.

PIADINHA

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Dicas para trabalhar com andaime

m função do tipo de atividade, para onde nos viramos encontramos algum tipo de risco. Mas um setor bem crítico é o da carpintaria, especialmente a bancada de serra. Mesmo com todas as proteções é um equipamento de alto risco, agora imagine quando não temos estas proteções, o que infelizmente é bem comum. Alguns problemas que precisamos ter atenção são os seguintes: - Acionamento da bancada realizada por um disjuntor sem o isolamento adequado das partes energizadas. Além disso, este equipamento não poderia ter livre acesso, sendo necessário algum sistema de travamento, como por exemplo, um cadeado, o qual só poderia ser utilizado por profissionais autorizados pela empresa; - Falta de extintor na área da carpintaria, setor que pelo tipo de atividade é meio óbvia a possibilidade de um princípio de incêndio;

- Um dos motivos que podem levar ao incêndio é não haver um depósito para a serragem gerada, que se acumula sobre o motor da bancada e para qualquer faísca podemos ter um sinistro; - Em relação à lâmina, temos a coifa de proteção que por muitas vezes é removida ou elevada para facilitar o serviço do carpinteiro, mas diminuindo a segurança da operação e também o uso desta lâmina com dentes quebrados, o que pode gerar acidentes. Na próxima inspeção de área, dê uma olhada na bancada de serra e faça um relatório das não conformidades. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de

Segurança do Trabalho.

O Novo Anexo 3 da NR 15

E

JORNAL SEGURITO

Quando criança minha mãe me batia tão forte com o chinelo que até hoje eu tenho várias cicatrizes pelo corpo escritas: 37 - 38

calor juntamente com o frio compõem o conceito de temperatura extrema, sendo considerado um risco físico, conforme consta na norma regulamentadora nº 9 – NR 9 em seu item 9.1.5.1: 9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. Uma fonte de temperatura extrema, no caso específico do calor faz parte do processo produtivo, podendo ser encontrado em várias indústrias, que possuam em seus processos grande liberação de energia térmica, tais como indústria têxtil, vidro, mineração, siderurgia, metalurgia, fundição, padaria, churrascaria entre outros.

Um trabalhador exposto à temperatura extrema do calor sofre diversos efeitos adversos à sua saúde e segurança, tais como:

• Fadiga. • Redução do Rendimento. • Erros de percepção. • Erros de raciocínio. • Perturbações psicológicas. • Esgotamento. • Prostração. • Exaustão do calor. • Queda de pressão arterial.

No final de 2013, o Ministério do Trabalho e Emprego disponibilizou para consulta pública, através da Portaria SIT nº 414, de 19 de dezembro de 2013, uma proposta de revisão do Anexo 3 da NR 15, sendo prorrogado o prazo pela Portaria nº 421, de 14 de fevereiro de 2014 e Portaria nº 426, de 23 de abril de 2014. Uma grande novidade nessa proposta foi a criação do nível de ação para a exposição ao calor, mantendo o IBUTG como o índice a ser considerado em uma avaliação ocupacional. Nós como profissionais de saúde e segurança do trabalho aguardamos a entrada em vigor dessa nova proposta, juntamente com a revisão da NR 9 para contemplar o nível de ação para o calor, além do posicionamento da Fundacentro sobre uma possível revisão da NHO 06, adequando seus procedimentos aos dizeres do novo anexo 3. Autor: Alexandre Pinto da Silva – Eng. de Seg.

do Trabalho e Higienista Ocupacional.

PIADINHAS

O m dos principais pontos de risco em qualquer obra está relacionado a utilização de andaimes, principalmente durante a montagem e desmontagem. Veja abaixo algumas orientações básicas sobre o seu uso com segurança: - Antes de tudo, nivele o piso. É comum vermos andaimes com calços improvisados (tijolos, tábuas empilhadas, etc) possibilitando o desequilíbrio do trabalhador e do próprio andaime. Além disso, tome cuidado com o prumo do andaime, ou seja, não podemos subir se ele está inclinado (parece absurdo, mas é situação frequente). - Coloque diagonais ao longo de toda a estrutura tubular. As diagonais (ver figura abaixo) aumentam a resistência da estrutura aumentando sua estabilidade e evitando que por alguma movimentação o andaime venha a se fechar;

- O piso do andaime deve ocupar todo o espaço da plataforma. - Especial atenção deve ser dada aos pontos de solda e encaixe. É frequente a ocorrência de peças danificadas, principalmente em função do desmonte com uso de marretas, em função de não haver limpeza periódica dos encaixes; - Não é permitida a utilização de passarelas para união de andaimes. Este tipo de prática possibilita deslizamento das tábuas.

- Periodicamente inspecione os pontos de solda e faça a limpeza e a lubrificação de todas as peças. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de

Segurança do Trabalho.

U

Perigos na Carpintaria

- Patroa, quero a demissão. - Mas porque, Raimunda? - Vou me casar com um ricaço. - Então vou perder a empregada? - Vai sim, e o marido também...

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m março de 2012, o MTE publicou a NR 35 estabelecendo os requisitos mínimos para o trabalho em altura. E depois de mais de um ano nos acompanhando podemos perceber que poucas foram as melhorias.

Alguns empresários já devem estar berrando: “Como assim, pouco mudou? Estou gastando uma nota com andaimes com guarda corpo e cintos de segurança com duplo talabarte e absorvedores de energia, materiais que não servem para nada, pois os funcionários insistem em não usá-los”. Os trabalhadores podem ter uma visão diferente e dizer que na verdade mudou para muito pior, pois este negócio de ter de ficar com cinto, deixa o trabalho mais pesado, mais quente e mais lento, matando a produção. Já alguns profissionais de Segurança do Trabalho podem argumentar que mudou pouco, pois entendem que a mudança depende diretamente da penalidade e os auditores fiscais não têm conseguido alcançar todas as empresas para multar as irregularidades. No entanto, os nossos amigos auditores fiscais irão comentar que para a mudança ocorrer, dependem do governo, que não realiza concurso com vagas suficientes para proporcionar um serviço adequado. E o governo, por meio de um político sério (“um” deve existir) pode retrucar que a mudança não depende tanto do número de fiscais, mas da gestão adequada dos atuais recursos. E o cidadão. Este também opina, reclama e faz manifestações. Sempre lembrando dos acidentes, das mortes de trabalhadores e da falta de ações por parte do Estado. Na verdade, todos têm sua parcela de razão, mas todos também são os responsáveis por não haver a mudança. Os empresários podem até investir em equipamentos, mas nem todos fazem cumprir as regras de segurança, como estabelecido na CLT, ou seja, não basta fornecer um equipamento de qualidade, é preciso orientar e fiscalizar, para garantir que o trabalhador realize sua atividade de forma segura. Em relação aos trabalhadores, alguns “preferem” manter a produção estabelecida, ao invés de manter a própria segurança, pois no seu entendimento, diminuir a produção significa reduzir ganhos, com apenas um “pouquinho” mais de risco. Já os profissionais de Segurança do Trabalho, precisam sempre ter noção de que a prevenção é etapa anterior à

punição, e aquela faz parte das suas atribuições, ou seja, não basta fiscalização sem conscientização. E os nossos auditores fiscais. Estes que estão em um sistema de contínuo sucateamento, também estão cobertos de razão ao afirmar não haver recursos humanos em quantidade adequada. Porém, muitos realizam fiscalizações deficientes, sob a desculpa de não terem sido qualificados, esquecendo que boa parte desta qualificação depende de dedicação e estudo próprios. O governo também está correto, a eficácia do setor de fiscalização não depende exclusivamente de mais fiscais, contudo, precisa estar consciente que obter uma boa gestão em órgãos públicos é um tanto difícil, uma vez que parte dos cargos não são ocupados por profissionais da área. E o cidadão, apesar de reclamar no coletivo, por vezes não segue ou se omite no particular, em relação aos procedimentos de segurança estabelecidos pelo governo e/ou pelas empresas. Na verdade, o que nos falta é a bendita da educação. Pois empresário educado sabe que prevenção traz lucro e não reclama do investimento. Trabalhador educado sabe que sua saúde vale mais que a produção. Profissional de Segurança do Trabalho educado é consciente de que punir não resolve o problema. Auditores Fiscais educados sabem que mesmo com pouca estrutura podem fazer mais. O nosso político sério e educado (tenha fé, ele existe) sabe que gestão é essencial, mas que precisa andar de mãos dadas com a educação.

Por fim, cidadão educado realmente reclama, mas também segue as normas de Segurança do Trabalho e tem consciência de que a mudança depende dele na hora de votar em novos governantes. Mas não pode simplesmente “lavar as mãos” após o voto, é preciso a contínua participação e debate, ou seja, é essencial dizer não à omissão, tendo em mente que o governo representa, a bem da verdade, o poder de todos os cidadãos. Autor: Mário Sobral Jr – Engenheiro de

Segurança do Trabalho.

- iluminação do local da armazenagem de acetileno deve ser do tipo antiexplosiva e o interruptor deve se localizar do lado externo da edificação. - São necessários no mínimo 4,0 m de separação entre os cilindros vazios e os cheios. - Os cilindros de acetileno não devem ser armazenados perto dos de oxigênio. A separação entre os dois gases exige distância mínima de 6,0 m ou a instalação de parede não inflamável. - Os cilindros devem permanecer sempre na vertical, seja no armazenamento, no transporte ou na utilização.

- Com exceção dos cilindros em uso, em todos os demais os “capacetes” de proteção das válvulas devem ser mantidos atarraxados, durante todo o tempo. - Assegurar que não há fuga de gás nas mangueiras. Nunca vedar um vazamento com fita isolante ou produto similar. - Não se deve utilizar o acetileno para soldar ou cortar materiais que contenham cobre, pois pode haver a formação de carbeto de cobre, que é explosivo. - Quando for necessário soldar ou cortar elementos com pintura de zarcão, galvanizados, cadmiados, etc, lembrar que a combustão dos metais que compõem essas coberturas provoca a contaminação do ar e exige sua renovação e ventilação adequada. - Fazer a manutenção periódica de manômetros, reguladores, mangueiras e maçaricos. A contaminação de equipamentos de oxigênio com óleo ou graxa pode levar à explosão de válvulas, reguladores de pressão, manômetros, etc, devido à reação do oxigênio com hidrocarbonetos – que pode acontecer mesmo sem a presença de chama. Fonte: Manual de Aplicação NR 18 – José

Carlos de Arruda Sampaio – Ed. Pini –

Sinduscon – SP – 1998.

PIADINHA

Atrás da educação

JORNAL SEGURITO

E

Sistema Oxiacetileno

RECADINHO FINAL

Dê uma lida no anexo alterado da NR 15 sobre vibração e no novo anexo da

NR 09 sobre o mesmo tema.

A

O professor faz uma experiência colocando um verme em um copo de água e outro verme em um copo de cerveja. Depois de um tempo o verme do copo de cerveja morre. - Seguritinho, o que você aprendeu com a experiência? - Se a gente beber muita cerveja nunca mais vai ter vermes na vida.