Mercado Joinville 5

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NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- DECORAÇÃO - LAZER WWW.PORTALMERCADOBRASIL.COM.BR Saúde rentável Mercado de saúde cresce em Joinville impulsionado por uma série de investimentos em ampliação e construção de novos hospitais e expansão do atendimento especializado. Sobre rodas Em cinco anos, a frota de veículos em Joinville cresceu quase 50%. Vida urbana Conselho da Cidade debate projetos para ordenamento territorial. 2011 I nº 5

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Quinta edicao da revista mercado joinville

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NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- DECORAÇÃO - LAZER

WWW.PORTALMERCADOBRASIL.COM.BR

Saúderentável

Mercado de saúde cresce em Joinville impulsionado por uma série de investimentos em ampliação e construção de novos

hospitais e expansão do atendimento especializado.

Sobre rodasEm cinco anos, a frota de veículos em Joinville cresceu quase 50%.

Vida urbanaConselho da Cidade debate projetos para ordenamento territorial.

2011 I nº 5

expediente editorial

parceiros CACB – Confederação das Associações

Comerciais e Empresariais do Brasil

FFM – Fundação Fritz Müller

FUNDABRINQ – Fundação Abrinq pelos

Direitos da Criança e do Adolescente

FACISC - Federação das Associações

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Talvez o tema comum a toda essa edição da Mercado Joinville seja simples e complexo. Sim-ples porque é a resposta a uma única pergunta e bastante complexo porque a resposta não é consenso: como nos desenvolvemos?Como Joinville se desenvolve como cidade, como núcleo urbano, como polarizador de toda a região Norte/Nordeste de SC? Para refletir sobre o pa-pel da cidade temos três reportagens que ajudam a pensar como será o futuro.A repórter Ludimila Castro traçou um panora-ma sobre o mercado de venda de automóveis no município e descobriu que hoje temos quase 50% a mais de veículos nas ruas que há cinco anos. Ela também detalhou como estão os debates, no Conselho da Cidade, sobre o ordenamento ter-ritorial. E temos ainda um raio-X da saúde em Joinville: esmiuçando os investimentos que es-tão ocorrendo e os que estão por vir.São movimentos importantes porque ajudam a traçar o panorama da Joinville de 2015, 2020. E, é pensando na cidade que teremos, que podemos corrigir os rumos para fazer um ambiente urba-no mais cidadão e socialmente justo, onde todos ganharemos em qualidade de vida.

Boa leitura, Cristiano Escobar Maia

Como nos desenvolvemos?

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índice

16capaCrescem os investimentos no setor de saúde em Joinville. Com a construção de dois novos hospitais e a ampliação de outrosdois, a cidade ganhará 386 leitos.

42mercado imobiliário

Confira os lançamentos mais recentes em empreendimentos comerciais e residenciais.

33entrevista

Diogo Otero, presidente da Ajorpeme, defende novo foco para investimentos no município.

38VeículosEm cinco anos, número de veículos nas ruas cresceu 50%.

25CooperativismoElas ganham impulso e fôlego e vão muito além do crédito.

29TecnologiaConselho debate novo ordenamento territorial.

44Seu Mundo O que há de novo em músicas, filmes e literatura.

06MercadoConfira as novidades das empresas da região

10RevitalizaçãoNova Visconde de Taunay já começa a mostrar seus contornos.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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mercado

O Núcleo das Empresas de Comunica-ção Visual da ACIJ realiza a campanha “Soluções em Comunicação Visual você encontra nas empresas do Núcleo de Comunicação Visual da ACIJ”. O proje-to com duração de dois meses objetiva a geração de negócios no setor. Pio-neira dentro da entidade, a campanha abrange mídias de tóten, letra caixa, luminoso, placas, banners, adesivos, outdoor, busdoor, perfurades nos veí-culos das empresas nucleadas, perso-nalização de frotas, displays, acrílicos,

Empresas de Comunicação Visual realizam campanha

serigrafia, front lights, vitrines, marca páginas, e-mails marketing, site e revista ACIJ. As empresas Lumiplack, Acriville, Publicity, A+, Aragão Bus, RM, Cole Decore e Serilon participam da ação. É pos-sível solicitar mais informações dos produtos oferecidos através do site www.acij.com.br/nucleo/empresasdecomunicacaovisual.

Neste segundo semestre de 2011, a CDL Jovem de Join-ville festeja 10 anos de funda-ção. Para comemorar a data, a entidade preparou um extenso calendário de atividades, in-cluindo o show do grupo Para-lamas do Sucesso, ocorrido no mês passado. Já no dia 29 de setembro, na Câmara de Verea-dores de Joinville, está marca-da uma sessão solene e também o lançamento do livro comemo-rativo dos 10 anos. Autoridades e lideranças locais e estaduais expressaram, através de depoi-mentos, a passagem de uma dé-cada do trabalho do grupo que integra a CDL Joinville. Para fechar a programação, no mês de outubro, será proferida uma palestra com o tema: “O Valor do Amanhã”.

CDL Jovem completa 10 anos Univille e Católica de SC

mantém parceriaO Instituto Católico de Santa Catarina integra o Projeto de Implantação do Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região - Inovaparq, até então liderado pela Univille, em parceria com a UFSC e a Udesc. Durante o ano de 2011, a cooperação entre a Univille e a Católica de Santa Catarina vêm se intensificando. A realização de eventos conjuntos, como é o caso do Campeonato Brasileiro de Karatê Tradicional, é uma das frentes de trabalho. Projetos de cursos de mestrado e doutorado interinstitucionais (Minter e Dinter) para qualificação de professores e “casadinhos”, que compartilham corpo docente e experiência acadêmica de ambas asinstituições, também estão sendo desenvolvidos.

FOTOS: ARQUIVO MB

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mercado

Tigre promove cursos de hidráulica para mulheresA Tigre criou um curso inédito sobre hidráulica voltado, exclusivamente, para mulheres. O principal objetivo da capacitação é orientar as mulheres para que possam fazer, no dia-a-dia, pequenos reparos domésticos ou contratar e acompanhar o trabalho de um bom profissional com mais segurança. Toda a estrutura do curso foi elaborada pensando nesse público. O programa tem carga horária de duas horas e no primeiro momento, será realizado em Home Centers de revenda da Tigre, mas conforme a demanda, a proposta é ampliar e fazer em outros pontos do varejo. A previsão inicial é atingir cerca de 400 mulheres em todo o Brasil, com uma média de 30 mulheres por curso, variando conforme o tamanho do local.

Agora os joinvillenses poderão contar com uma segunda loja De Mar-seille localizada na Zona Norte. Além de vinhos e espumantes, o novo es-paço contará com a linha completa de congelados De Marseille para lanches e festas: pães de quei-jo, croissants, folhados e outros 50 produtos de sabores variados, para assar e assados, para fritar e fritos,grandes e minis,salgados e doces. No local estarão também os produtos que a De Marseille representa e ou distribui, como cervejas especiais e inúmeros ou-tros alimentos nacionais e importados. O novo es-paço atenderá no varejo e atacado e será também um showroom para rece-ber seus clientes de res-taurantes, conveniências, lanchonetes e panifica-doras.

De Marseille inaugura mais uma loja

A Escola do Teatro Bolshoi, no Brasil, realiza a seleção para ingresso de novos alunos para as vagas de 2012. Os interessados devem ler atentamente o edital, que já está disponível no site da companhia. Os candidatos inscritos e pré--indicados nessa audição passam por um exame realizado por profissionais de saúde e por profes-sores de dança nos dias 28, 29 e 30 de outubro deste ano, na sede da Escola Bolshoi em Joinville. Para essa seleção, que acontece em outubro, os candidatos com até onze anos de idade não pre-cisam ter conhecimento em dança. Mais informa-ções através do telefone (47) 3422-4070 ou pelo e-mail [email protected]

Bolshoi seleciona bailarinos

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revitalização

Nova Visconde de Taunay já começa a mostrar sua cara no Centro de Joinville

Sinal verde

O cenário de uma das ruas mais anti-gas e movimentadas de Joinville, já começou a mudar. Com um mercado

sólido e atratividade turística, a rua Visconde de Taunay passará por uma reforma em todo seu perímetro, que vai do Centro ao bairro Atiradores, com uma extensão de 1,9 km. A obra iniciou no trecho entre a avenida Jus-celino Kubitschek e a rua Pedro Lobo. Após a conclusão da calçada dessa primeira eta-pa, a obra segue para o trecho próximo às ruas Pedro Lobo e Henrique Meyer. A Peec Engenharia Empreendimentos e Construção deverá concluir a revitalização em seis me-ses. Ao todo, está orçada em R$ 721.889,09 – sendo 70% com recursos estaduais e 30% pagos pelo município.

Ao longo de toda a Via Gastronômica, o pro-jeto prevê seis pontos com canteiros, bancos e lixeiras. E atendendo ao pedido dos lojistas, no cruzamento da rua Henrique Meyer com a Visconde, haverá um posto da Polícia Militar para monitoramento. Já o planejamento pai-sagístico, contempla o plantio de 45 árvores.Há cerca de um ano e meio acompanhando o planejamento, Rochele Grendene, da Se-cretaria Regional do Centro, acredita que a obra tem um impacto totalmente positivo na região. “Todos terão um espaço de circula-ção e poderão caminhar com mais seguran-ça e com um visual completo. É uma obra de grande impacto no Centro da cidade. Vai contribuir tanto para o município quanto para os proprietários”, diz.

revitalização

O administrador da choperia Bier-garten, Jean Carlo Vendrami, con-firma isso. Para ele, as obras não apresentam nenhum prejuízo ao seu negócio, e pelo contrário: “o público se sente valorizado e, au-tomaticamente, o nosso negócio também. Eu acho que o projeto está bom e poderá beneficiar os empresários de várias maneiras”. O projeto de desenvolvimento da Via Gastronômica também foi aprovado pela superintendente do Shopping Mueller, Aurea Raquel Pirmann. Desde o início, a admi-nistração se envolveu e verifi-cou as oportunidades do projeto. Segundo Aurea, a obra tem tudo para beneficiar seus clientes. “O Shopping Mueller já é um ponto turístico de Joinville e as trans-formações na via reforçam essa vocação da região”.

Aumentam opções de investimentos na região

Além de oferecer opções de compra e lazer, outra oportunidade de investimento na região é o setor de moradia. Foi o que o Grupo Estrutura desco-briu. Aliando área residencial e espaços comerciais, a construtora criou o Morada Visconde, que será o primeiro Prime Boulevard de Joinville.De acordo com Marconi Bartholi, sócio e diretor-co-mercial do Grupo Estrutura, a revitalização impactará toda a cidade. “Para os moradores e lojistas do Mora-da Visconde, o principal benefício será a valorização acima da média da cidade, que já tem apresentado bons desempenhos. Maior segurança e um cenário urbano mais bonito e funcional também serão bene-fícios gerados aos moradores e lojistas do Morada Visconde”, afirma.Localizado em frente ao 6o Batalhão de Infantaria, o empreendimento contará com 126 apartamentos, quatro coberturas, dois elevadores por torre (um con-vencional e um panorâmico) e dez salas comerciais no nível térreo e mezanino. Segundo o projeto, os es-

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revitalização

paços são apropriados para boutiques, bistrôs, óticas, adegas, cafés e videolocadoras, mas outras opções também são aceitas. O edifício contará com duas torres e uma área construída de 20,6 mil metros quadrados. A inspiração veio de pequenos boulevards europeus, modelo que já é utilizado em gran-des metrópoles. “É um empreendimento único na Visconde de Taunay, uma das vias mais prestigiadas de Joinville, e contempla um projeto arquitetônico sofisticado, diversidade de opções de lazer aliadas à segurança do condomínio e, principalmente, a conveniência e comodidade de encontrar um mix de lojas adequadas ao público do empreendimento e da região, já que as lojas estarão no nível tér-reo”, enfatiza Marconi.A escolha da via reflete o posicionamento da empresa de construir seus empreendimentos em áreas estratégicas de Joinville. Em feverei-ro, a construtora entregou o edifício Visconde Concept. “Com o passar do tempo, a Visconde de Taunay assumiu sua vocação gastronômica e cultural e é natural que as pessoas queiram vivenciar isso de perto. Por isso, o Morada Vis-conde entrou em pauta e foi lançado em 2010,

sendo, assim como o Visconde Concept foi em 2007, um sucesso de vendas”, comemora Bartholi. A previsão de conclusão das obras é para o segundo semestre de 2013. Em termos de edificações, a expectativa é que cresça o interesse das construtoras pela região.

Com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito na região central, a Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville - Conurb iniciou, em agosto, as mudanças pela rua Visconde de Taunay, no trecho entre a Henrique Meyer e à Expedi-cionário Holz. Agora, onde funciona a Via Gastronômica, a via passou a ter sentido único e três faixas. Nos primeiros dias, os agentes de trânsito da Conurb ficam no local para orientar os motoristas sobre os novos sentidos do tráfego. Com a alteração, não há mais vagas de estacionamento ao longo da via. Outra mudança prevista é que a rua Expedicionário Holz, no trecho en-tre a Visconde de Taunay até a 15 de Novembro, terá duas faixas em direção à Otto Boehm e uma faixa

em direção à Duque de Caxias. Além disso, a Otto Boehm se tornará mão dupla no trecho entre a Expedicio-nário Holz e a Henrique Meyer. “As mudanças no trânsito, cer-tamente, foram muito estudadas pelas equipes competentes do Ippuj - Instituto de Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville e devem melhorar inclusi-ve os acessos ao Mueller. Por isso, estamos certos de que a população irá assimilar bem essas alterações”, afirma a superintendente do Shopping Mueller, Aurea Raquel Pirmann.Além desses pontos, a cidade tem outros pontos críticos no trânsi-to da região central. As próximas mudanças deverão ocorrer nas ruas Pedro Lobo e a Jaguaruna.

Trânsito de cara nova

Marconi Bartholi, sócio e diretor-comercial do Grupo Estrutura

negócios

A Tupy encerrou o primeiro semestre deste ano com receita operacional 20% superior à obtida

em igual período do ano passado, fechando em R$ 1,047 bilhão (R$ 874 milhões em 2010). O lucro líquido no período foi de R$ 81,4 milhões, equivalente a 8% sobre a receita operacional e 27% superior aos R$ 64,0 milhões do primeiro semestre de 2010. O saldo de caixa, por sua vez, fechou em R$ 479,4 milhões. Exportações foram responsáveis por 45% da receita. Nesses primeiros seis meses a empresa investiu R$ 104,9 milhões, do total de R$ 264 milhões previstos para o ano de 2011. Além dos investimentos dire-cionados à sustentação das operações e a melhorias na área ambiental, a Tupy também está ampliando a sua capacidade de produção no parque fabril de Joinville. Deve concluir ainda este ano a reconstru-ção da unidade de fundição C, que será destinada à fabricação de blocos e cabeçotes de motores e que hoje já funciona parcialmente com uma linha. Para peças automotivas, nova linha de moldagem entrou em operação na unidade de fundição B.

100% da capacidadeCom sua capacidade atual praticamente ocupada em 100%, tanto em Joinville (SC) quanto em Mauá (SP), a empresa abriu no primeiro semestre mais de 800 novos postos de trabalho. O quadro de funcionários em atividade, em 30 de junho, somava 8.890 pesso-as. Embora ainda não chegue a 10% do total do qua-dro, o número de mulheres em linhas de produção vem crescendo significativamente. Obras a toda velocidade Quem percorre atualmente o parque fabril da Tupy, em Joinville, se depara com um imenso canteiro de obras. Quase dois mil ‘terceiros’ estão atuando em obras que também vão beneficiar diretamente os funcionários, como é o caso da reforma completa do centro de treinamento e desenvolvimento e da cons-trução de novo ambulatório. Outra construção iniciada é a da subestação de ener-gia, que vai permitir à Tupy reduzir a tarifa atual e ganhar confiabilidade em relação ao abastecimento de energia elétrica, essencial às suas atividades.

Faturamento da Tupy supera R$ 1 bi

Nos primeiros seis meses a empresa investiu R$ 104,9 milhões

A Conexxa pratica comunicação empresarial planejada, que consiste no conjunto articulado de esforços, ações, estratégias e produtos de comunicação, planeja-dos e desenvolvidos com o objetivo de agregar valor à marca ou de consolidar a sua imagem junto a públicos específicos ou ao mercado como um todo. Propa-ganda e marketing, editora, marketing de fidelização e projetos especiais. Essas são as 4 áreas que a Conexxa oferece de forma independente ou complementar de acordo com a sua estratégia.

Em junho a Voük completou quatro anos e tem motivos de sobra para brindar: a agência acaba de reformular o seu site e também de lançar a campanha de sua conta mais recente, o Novo Le Petit. A agência desenvolveu o reposi-cionamento da marca com a utilização de diversas mídias, inclusive as redes sociais mais acessadas atualmente. O reposicionamento da marca garantiu novas oportunidades para a empresa, e o resultado de toda a estratégia foi de 37% no aumento de vendas da construtora.

Conexxa pensa a estratégia

Voük: quatro anos criando sucesso

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M&M - mercado e marketing

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O Grupo Blatt, com sede em Join-ville, é uma empresa especializada em propaganda, editoria, eventos e Internet. O principal projeto em an-damento é o Guia Turístico Joinville Rural, primeiro guia voltado para o turismo rural na região, com previsão de lançamento para julho de 2012. O Grupo Blatt também está organizando o XXIX ECA – Encontro Catarinen-se de Apicultores, que irá envolver aproximadamente 3 mil pessoas entre apicultores, pesquisadores, acadêmi-cos e comunidade.

Grupo Blatt investe em guias

Ao completar o 10o aniversário, a Full House também comemora o primeiro ano de um ambicioso projeto que leva o cooperativismo aos catarinenses: o Cooper-movimento. O proprietário, Daniel Cardoso, é diretor-geral de uma equipe repre-sentada por Juliano Reinert e Maellen Muniz. O projeto iniciou em 2010 com uma expedição a três países europeus. A equipe desbravou as origens do coope-rativismo para um quadro especial. Com iniciativa da Ocesc, o programa vai ao ar aos domingos, às 9h30, na RicTV/Record.

Full House investe no cooperativismo

M&M - mercado e marketing

O sucesso do relacionamento de duas empresas está ligado à características muito importantes: respeito, confiança, integridade e sintonia. É isso que des-cobriram duas empresas de Joinville. De um lado está a Portofidalgo, uma agência de publicidade que nos seus 24 anos vem acumulando experiências e conheci-mentos na área de comunicação emarketing. Do outro, a Toff’s, uma escola de idiomas que encontrou o seu diferen-cial numa gestão focada nas necessida-des do mercado. A escola contratou a Portofidalgo para ajudar no desenvolvi-mento de novos mercados, atuando de maneira mais efetiva e profissional na sua propaganda.

Confiança gerando resultados

Diogo Fagundes (diretor Toff´s) - Augusto Fidalgo (diretor Portofidalgo)

Com a construção de dois novos hospitais e a ampliação de outros dois, Joinville ganhará 386 leitos

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Um mercado chamado

saúde

Ludimila Castro

Assim como na rede pública, um dos principais problemas diag-nosticados na saúde privada é

a falta de leitos hospitalares. A taxa ideal, de acordo com o Ministério da Saúde, é de 2,5 a 3 para cada mil habitantes. Hoje, Joinville possui o índice de 2,1 – que correspondem a 1.078 leitos. Apesar do saldo abaixo do recomendando, o município já con-ta com o apoio de hospitais particu-lares e clínicas que estão investindo na melhoria e expansão de seus ser-viços. A expectativa é que a cidade seja uma referência em saúde.

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Com a construção de dois novos hospitais e a ampliação de outros dois, a cidade ganha-rá ao todo 386 leitos. Um dos responsáveis por este aumento é o Hospital e Maternidade Dona Helena, que iniciou suas obras de expan-são em 2008. Comemorando o centenário da instituição, a previsão de conclusão do projeto é para 2016. No novo prédio, haverá clínicas, consultórios, centro cirúrgico, centros multi-disciplinares, administração, pronto-socorro, área de “Day Hospital”, um núcleo integrado de saúde da mulher e três andares para es-

tacionamento.Ao todo, serão 26 mil metros quadrados que receberão 64 novos leitos. Destes, 14 já estão funcionando. Segundo o diretor-técnico, Bráu-lio da Rocha Barbosa, será o maior hospital em área física de Joinville. “Temos que correr na frente, porque se não gera crise e superlota-ção”. Atualmente, o hospital realiza em média 10 mil consultas por mês e esse número ten-de a crescer. “Hoje, sentimos que os hospitais estão superlotados. E o mercado já apresenta uma demanda reprimida”, analisa Barbosa.

Além do Hospital Dona Helena, outra obra que está à caminho é o Complexo Hospitalar Vida, que deverá iniciar as obras neste mês. Com um in-vestimento de aproximadamente R$ 75 milhões, o projeto prevê a construção de 36 apartamentos, 30 leitos de UTI e 98 leitos de enfermaria. O projeto é da Fundação Pró-rim e pretende aten-der pacientes particulares, conveniados e do SUS. Hoje, os transplantes são realizados no Hospital Municipal São José, mas, com o empreendimen-to, parte dessa demanda será transferida para o novo hospital. “De antemão, sabemos que ainda haverá a necessidade de mais leitos. Sabemos que outros hospitais estão se expandindo, mas, no poder público, quando acontece, já vem com o atraso. A necessidade de leitos hospitalares em Joinville é de décadas”, enfatiza o médico e di-retor responsável pela obra, José Aluísio Vieira.

Atualmente, além de atender à região, a institui-ção recebe pessoas com problemas renais que vêm de outros estados para tratamento. Deste modo, para atender médicos, pacientes e visi-tantes, o novo prédio também terá restaurantes, agências bancárias e de correios, livrarias e far-mácia. Apesar de ser especializado em transplantes, o hospital atenderá a todas as especialidades mé-dicas, focando principalmente o atendimento a pacientes renais e cardiovasculares. “O mercado da saúde é o mercado do momento no País. Os empresários e o governo brasileiro não vão suprir todo esse mercado e ele poderá ser aberto para empresas estrangeiras. Como a população exige o melhor tratamento de saúde, o mercado está aberto para associações como a nossa. É um mer-cado muito promissor”, considera Vieira.

Mais obras à caminho

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A média nacional é

que 17% da população da cidade tenha

o serviço e a média em

Joinville chega a 40%.

Eduardo Arins, da Unimed

De mudançaSem possibilidade de ampliação no atual endereço, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem – Hosag deverá ganhar mais um espaço em dezembro de 2012. A atual sede continuará em funcionamento, porém, a maior par-te dos serviços será transferida para a nova unidade.Em estágio de construção, as futuras instalações ficam na avenida Marquês de Olinda e ocupa uma área de 13,5 mil metros quadrados. Diferentemente dos outros hospitais, o Hosag atenderá somente pacientes com problemas de visão. Para isso, contará com 38 consul-tórios médicos, duas unidades de diagnóstico e tera-pêutica, centro cirúrgico e 12 leitos, centro cirúrgico de Laser Ocular, departamento de lentes de contato, esta-cionamento coberto para 182 vagas e heliponto. O empreendimento também disponibilizará área de apoio para pacientes e acompanhantes, com praça de alimentação e alameda de serviços. “Fizemos 48% da obra e já finalizamos a parte de alvenaria e cobertura. Com a cobertura, vamos continuar com as outras eta-pas”, afirma Mirian Maria Marques, do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem.Para ela, o setor da saúde em Joinville está evoluindo muito. “Aliado aos empreendimentos que estão che-gando à cidade, acredito que Joinville será um polo de excelência em medicina, porém, no SUS isso deve mui-to ainda. Em todas as especialidades, houve um incre-mento e esperamos que a saúde seja bem atendida em Joinville. Na área privada, estamos muito bem servidos”, explica. Em três anos, Joinville ganhará mais 150 leitos com a ampliação do Hospital da Unimed. Atualmente, a uni-dade está avaliando quais são as especialidades e os serviços que serão colocados no novo prédio. Sob con-sultoria, os diretores estão avaliando quais tratamentos a população procura. Com a obra, a Unimed ampliará o número de leitos de 165 para 315, aumentando a quantidade de salas cirúrgicas, o pronto-atendimento e o centro de diagnóstico por imagem. Do planejamento à inauguração, o projeto todo durará sete anos – a cons-trução deve terminar em 2014. Localizado na rua Ores-tes Guimarães, atrás do prédio atual, o empreendimento terá 24,4 mil metros quadrados. A necessidade de expandir o negócio veio com o au-mento da taxa de ocupação. Para ceder espaço a mais leitos, setores como o departamento comercial e de re-cursos humanos foram transferidos para outros locais. Porém, segundo o diretor de vendas da Unimed, Eduar-do Arins, a expansão interna chegou ao limite.

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Mais que um benefício

Foco em empresas de pequeno porte

Como forma de atrair talentos e diminuir a rotatividade nas vagas, as empre-sas investem cada vez mais em benefícios para os funcionários. Entre eles, está o plano de saúde, que é o mais solicitado pelos brasileiros, seguido de seguro de vida e planos odontológicos. Segundo o estudo internacional da Metlife, multinacional do setor de seguros e planos de previdência, 90% dos trabalhadores brasileiros consideram o convênio médico um dos fatores mais importantes na hora de escolher um emprego. A pesquisa foi feita entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011 foram entrevistados 2.930 empregados e 1.450 empregadores do Brasil, Austrália, Índia, México e Reino Unido. O levantamento mostra que os benefícios têm uma forte relação com produtividade, bem-estar, satisfação e fidelidade dos funcionários à empresa. Ao descobrir que investir nas pessoas é um grande diferencial, o empregador não apenas aumenta o salário, mas busca formas alternativas para auxiliar na qualidade de vida dos trabalhadores. De acordo com a pesquisa, cerca de 50% das empresas brasileiras, que não oferecem assistência médica para seus funcionários, disseram que planejam fazê-lo nos próximos três anos. Em Joinville, devido à economia predominantemente industrial, há um alto índice de contratação de planos de saúde coletivos. “A média nacional é que 17% da população da cidade tenha o serviço e a média em Joinville chega a 40%. Se compararmos com o Brasil, realmente o número é absurdo. E o moti-vo é simples: as empresas assumem esse investimento para os seus funcio-nários”, explica Arins, da Unimed Joinville.

Líder no segmento de seguradoras de saúde, a Bradesco Saúde tem investido em planos direcionados a empresas de pequeno porte, com no mínimo dois funcionários. Recente-mente, a operadora lançou o plano Nacional Flex, que atende à demanda de pequenas, médias e grandes empresas. “O mercado está aquecido. E, como a economia no País está bem, o público da classe C quer comprar o que não tinha no passado. Não só em Joinvil-le, mas no Brasil inteiro. A procura da classe C e pequenas empresas hoje têm segurança financeira e estão procurando planos de qualidade. O dono da padaria e do botequim também podem”, afirma Jackson Fujii, diretor-comercial da Bradesco Saúde, que é uma das principais operadoras do Hospital Dona Helena. Segundo ele, Joinville foi a porta de entrada para a empresa chegar à região Sul. “Foi um case de muito sucesso, que contou com a parceria do Udo Döhler, do Hospital Dona Helena”. Hoje, a operadora cuida da saúde de 112 mil clientes em Santa Catarina. Destes, 60 mil apenas em Joinville. Trabalhando somente com planos coletivos empresariais, a Agemed está há dez anos no mercado e possui cerca de 62 mil usuários em Santa Catarina. Desde 1998, a operadora atua em Joinville e, atualmente, conta com filiais em Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Lages, Tubarão e redes credenciadas em cidades fora do Estado. Em breve, tam-bém chegará a São Miguel do Oeste, Caçador e Chapecó. Para reduzir o valor do plano de saúde, a Agemed oferece um modelo com coparticipa-ção e franquias de seguros para as empresas. “Em função do crescimento das empresas, o nosso modelo de negócio está atraindo novos clientes. É um mercado em expansão e está crescendo muito. Somos a maior rede credenciada em SC e temos condições de dobrar o número de usuários”, analisa Mário Silva, diretor-comercial da Agemed.

Emergências Médicas

institucional

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23 setembro/outubro2011

Alguns exemplos do atendimento realizados pela Ideal:Convulsão: Esse é um caso muito grave e pode deixar sequelas e necessita de atendimento rá-pido. Nesse caso a ambulância se desloca com sirene aberta, tendo a preferência no trânsito. O médico rapidamente avalia o paciente, solicita para a enfermagem administrar medicações e se houver necessidade o paciente é removido para o hospital. Queda de altura: Deslocamento rápido, avalia-ção médica, imobilização, medicação e remoção de acordo com a necessidade.Ferida aberta: O médico avalia o paciente, faz curativos compressivos e se houver necessida-des realiza a sutura no próprio local não haven-do necessidade de remoção para hospital.Alergias: O deslocamento da ambulância deve ser rápido, pois pode ter vários sintomas, entre eles o edema de glote, em que se fecha a pas-sagem de ar e o paciente não consegue respirar. O médico faz a avaliação do paciente, medica-ção e, se necessário, ventilação mecânica para deslocamento até o hospital. Queimaduras: deslocamento rápido, avaliação do médico, medicação conforme a situação e curativo adequado. TCE: o traumatismo crânio encefálico é um atendimento comum em crianças. A avaliação médica deve ser rápida e criteriosa para evitar seqüelas.Ser cliente da Ideal te dá tranqüilidade e segu-rança em todos os momentos.

O maior percentual de urgências clínicas ocorre em ambiente domiciliar ou de trabalho. A cer-

teza de um atendimento médico rápido mesmo em horários noturnos avançados ou fins de semana leva a um quadro de confiança e segurança para as pessoas e sua família. Apesar de todos os cuidados e precauções é gran-de a ocorrência de emergências. Os serviços mé-dicos de emergência mostram que ninguém está isento de sofrer um acidente e é nesse momento que todos ficamos desorientados e angustiados para que o socorro chegue o mais rápido possível. Em caso de emergência a assistência médica nos primeiros minutos é decisiva, evitando com isso a morte e o risco de graves sequelas. É nessas horas que a IDEAL EMERGÊNCIAS MÉ-DICAS entra em ação com rapidez e eficiência. Serviço especializado em emergências médicas que vai ao encontro dos pacientes, levando o tra-tamento até ele, para resolver o problema no local e não simplesmente levá-lo a um hospital. O sistema funciona com base em UTI móvel, uti-lizando veículo especialmente desenvolvido para tal fim, dotado de equipamentos necessários para resolver situações críticas que possam colocar em risco a vida humana, sejam elas decorrentes de acidentes ou enfermidades.A equipe é composta por médico, enfermagem e motorista-socorrista. Todos com ampla experiên-cia em atendimentos de urgências e emergências e disponíveis 24 horas por dia para atender em toda área de cobertura de Joinville.

Diretor Técnico: Cassiano G. Ucker / CRM 10859

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Vinculada ao Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Su-plementar - ANS - é o órgão responsável pela regulamentação do mercado de convênios médicos no Brasil. Apesar disso, cada ope-radora pode determinar a abrangência e o valor a ser cobrado pelo serviço. Hoje, os planos de saúde são divididos por contratos indi-viduais e familiares, coletivos empresariais e coletivos por adesão (para conselhos profissionais e sindicatos). Para Arins, antes de contratar uma operadora de plano de saúde, os empregadores devem verificar a confiabilidade da empresa, a saúde financeira e o modelo de coparticipação em procedimentos. De 1999 para cá, quando foi implantada a nova legislação para o se-tor (Lei 9.656/98), cerca de mil operadoras quebraram e hoje 1.300 ainda estão registradas na ANS. “O produto de saúde é social e esse produto tinha que ser regulado em algum momento. E o papel da ANS é super importante e necessário, principalmente no mercado de seguros”, afirma Fujii.

A partir do dia 28 de julho, entraram em vigor novas regras para a portabilidade de planos de saúde. Com a medida determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS -, 13,1 milhões de usuários passaram a ter o direito de mudar de operadora sem preci-sar cumprir nova carência. De acordo com as novas regras, além dos contratos individual e familiar, a medida passa a beneficiar o usuário do plano coletivo por adesão (conselhos profissionais, entidades de classe, sindicatos e federações).Antes, para mudar de um plano de abrangência municipal, por exem-plo, para outro com cobertura em todo o Estado ou nacional, o usu-ário tinha dois meses a partir do mês do aniversário do contrato para fazer a mudança. Agora, o prazo é de quatro meses. Além disso, ocorreram outras mudanças:

- A permanência mínima no plano é reduzida de dois para um ano, a partir da segunda portabilidade.

- A área em que a operadora se compromete a garantir todas as coberturas contratadas pelo usuário deixa de ser exigida como requisito para a compatibilidade entre produtos.

- O prazo para efetuar a mudança de plano passa de dois para quatro meses, a partir do mês de aniversário do contrato.

- A portabilidade especial é instituída em dois casos: para beneficiário de operadora que não tiver efetuado a transferência de carteira após decretação de alienação compulsória pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS - e para beneficiário de plano de saúde extinto por morte do titular.

- A operadora do plano de origem deverá comunicar a todos os beneficiários no boleto de pagamento a data inicial e final do período estabelecido para a solicitação da portabilidade de carências.

Regulamentação

Direito à portabilidade

O que muda?

coperativismo

Somente a Sicredi Empresarial de Santa Catarina, com sede em Joinville, passou de 1,4 mil associados em 2006 para mais de 10,1 mil em maio deste ano

Cooperar é preciso

coperativismo

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À procura de novas oportunidades para desenvolver os seus negócios, trabalhadores joinvilenses estão descobrindo os

benefícios de ingressar em um sistema cooperativo. No Estado, a atuação das cooperativas já está presente em ramos como: cré-dito, infraestrutura, transporte, educação, consumo, habitacional e mineral. Somente a Sicredi Empresarial de Santa Catarina, com sede em Joinville, passou de 1,4 mil associados em 2006 para mais de 10,1 mil em maio deste ano – um aumento de 621%. E, em patrimônio líquido, a cooperativa cresceu 64% e a expectativa é continuar nesse ritmo nos próximos anos.Com 120 cooperativas de crédito em dez estados brasileiros, a Sicredi possui mais de 1,1 mil pontos de atendimento e 1,8 milhão de associados. A cooperativa é a sexta maior instituição financeira no Brasil em número de unidades de atendimento e tem o objetivo de oferecer soluções financeiras para o cresci-mento econômico dos associados. Para as cooperativas de crédito, o ano de 2002 foi marcado por mudanças na legislação. A partir da lei complementar no 130, que criou um sistema próprio para as cooperativas de crédito, as ne-cessidades do setor foram atendidas e permitiu que mais pessoas pudessem se associar às entidades. “Hoje, a legislação é muito mais refinada do que antes, o que aumentou a possibilidade de acesso. Não cresceu o número de cooperativas, mas o número de pessoas associadas. E temos uma expectativa de crescimento. Cada dia mais pessoas conhecem o processo e querem participar”, explica o sóciofundador Nilton João Floriano. Incentivador da criação das cooperativas Sicredi de Blumenau, Criciúma, Itapema, e Tubarão, Nilton é sócio da Dacota Corretora de Seguros/Seven Group Corretores Associados e também preside a Sicredi Empresarial de Santa Catarina.Na Sicredi, os cooperados podem tomar decisões por meio das assembleias de núcleo e, nos programas Crescer e Aprender, po-dem conhecer mais sobre a cooperativa. Diferentemente, antes, o sistema cooperativista nacional só podia atender atividades eco-nômicas específicas. Atualmente, como uma instituição financeira, a Sicredi presta serviços como: linhas de financiamento, cartões de crédito e débito, seguros, consórcios, investimentos, caixas eletrônicos interligados ao banco 24 horas. Divididas principalmente entre sociedades de trabalho, crédito e sociais, as cooperativas estão reguladas pela lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que definiu a Política Nacional de Cooperati-vismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. Porém, para receber novos integrantes, as cooperativas criam os próprios cri-térios e requisitos de acordo com o setor em que estão inseridos, geralmente prescritos nos estatutos.

coperativismo

Além das cooperativas de crédito, o município tem grupos que atuam em outras atividades. Um exemplo é a Cooperativa dos Taxistas do Aeroporto de Joinville – Cootaj que há dez anos presta serviço de transporte para quem chega e quem sai do município pelo aeroporto Lauro Carneiro de Loyola. A necessidade de criar a Cootaj surgiu com a solicitação da Infraero para que uma empresa registrada montasse um ponto de táxi próximo ao aeroporto e emitisse nota fiscal. “Foi bom montar a cooperativa, pois foi abrindo um leque de serviço. Hoje, trabalhamos para cinco grandes empresas de Joinville. Isso é o resultado”, enfa-tiza o presidente da Cootaj, Jesiel de Souza, que há 21 anos trabalha como taxista. No momento, a cooperativa não está buscando novos asso-ciados, mas, em períodos como o Festival de Dança, cresce a demanda por corridas e chega a faltar carro disponível.

Com sede em São José, a Cooperativa de Edu-cação de Professores e Especialistas - Coepe atua há seis anos em Joinville e oferece aulas de ensino fundamental e médio nos horários matutino, vespertino e noturno. Ao todo, a insti-tuição tem oito professores associados. “Em Joinville, somos a única cooperativa de educação e não temos vínculo com o governo”, afirma a coordenadora do polo, Regiane Beatriz Moreira. Para ela, além de a cooperativa ajudar financeiramente, também é uma realização pes-soal. Para se associar, os professores interes-sados se cadastram, conforme a sua formação pedagógica e já entram com a responsabilidade de trazer alunos para a instituição, pois o paga-mento dos cooperados também é de acordo com o número de mensalidades pagas pelos estudan-tes. “O professor também pode ministrar aula em outro lugar, mas deve estar comprometido com a cooperativa”, explica.

Muito além do crédito

A primeira cooperativa de Santa Catarina surgiu com a iniciativa de imigrantes italianos estabelecidos em Rio dos Cedros, então distrito de Blumenau. A proposta era facilitar a comercialização de fumo. No sul do Estado, a iniciativa também partiu de italianos. Os trabalhadores residiam em Urussanga e fundaram no dia 9 de fevereiro de 1909, a Cooperativa Prima de Rio Maior. A sociedade era formada por produtores de milho, feijão, mandioca e criadores de suínos. Ao oeste, outros movimentos surgiram em Cunha Porã, Itapiranga e Palmitos. No ano de 1964, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo Santa Catarina – Sescoop/SC, o número de cooperativasjá chegava a 500 em todo o Estado.Em 1971, após a criação da lei que regulamentou o cooperativismo brasileiro, surgiu a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina, que passou a representar efetivamente o setor.

Histórico

Prestes a completar 50 anos de fundação, a Cooperativa do Conselho dos Empregados de Fundição Tupy – Coopertupy surgiu com o objetivo de fornecer produtos por preços menores apenaspara associados. Com opassar do tempo, passaram a atender a outras empresas e, atualmente, é aberta à comunidade. Hoje, desvinculada da Tupy, a cooperativa de consumo comercializa itens de mercearia e eletrodomésticos e mantém convênio com outras empresas.

Meio século

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coperativismo

Conselho da Cidade está discutindo novos projetos para o ordenamento territorial do município

ARTE: MARcio E. ochnER

tecnologia

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Ocupação do solo em debate

De norte a sul e de leste a oeste, as cidades sempre passam por trans-formações diárias em seu perímetro urbano e rural. Mas, para que isso ocorra de modo sustentável, é preciso planejar para onde os municí-

pios caminham. Em Joinville, não é diferente. Basta olhar para um mapa da cidade para se ter ideia de quão extenso é o território municipal e, com um estudo aprofundado, é possível verificar que existem áreas onde a ocupação deve ser incentivada, condicionada ou até mesmo controlada.Prestes a encaminhar uma nova proposta de Lei de Uso e Ocupação do Solo, o Conselho da Cidade está discutindo novos projetos para o ordenamento territorial do município. Trata-se de uma questão que exige conhecimento técnico, jurídico, político, econômico, ambiental e tantas outras esferas, que impacta diretamente toda população. “Todo esse instrumental jurídico exis-te para que a cidade seja mais justa, ou seja, reduza as diferenças sociais, melhore a qualidade de vida e ambiental. E o termo sustentabilidade do plano não está ali por acaso. Ele precisa ser aplicado”, explica o arquiteto e vice-presidente do Centro dos Engenheiros e Arquitetos de Joinville - Ceaj, Sérgio Gollnick.

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cidade

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Defendendo a construção de prédios com mais pavimentos, há quem apoie a verticalização da cidade. Em contrapartida, existem outras opiniões sobre assunto. “Estamos fazendo uma revisão da lei de uso de solo e, conforme o Plano Di-retor recomenda, queremos fazer um adensamento. A nossa lei já permite, mas, por outro lado, ainda há lotes vazios”, afirma Gilberto Lessa, gerente de Planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville - Ippuj. Se-gundo ele, a densidade municipal é muito baixa e o objetivo é incentivar que essas áreas sejam ocupadas. “Discutir a forma de ocupação da cidade é muito mais pro-funda do simplesmente dizer precisamos avançar ali, vertica-lizar ali ou mudar o zoneamento em determinada quadra. Se temos mais gente ‘empilhada’, essas pessoas produzem es-goto, consumo de água e energia elétrica. Mas ninguém tem um diagnóstico se a nossa estrutura seria capaz de receber essa densidade”, analisa Sérgio. Para ele, o adensamento deve ser controlado em ruas que fazem parte do patrimônio histórico, como a rua do Príncipe, e também deve conside-rar a hidrografia do município, principalmente os rios Matias, Jaguarão e Cachoeira.

Adensamento

Onde circulam pessoas, circula o negócio e o poder público deve ser um animador para mudar o perfil de

determinada região da cidade. E a conjunção entre o público e o

privado pode fazer que alguma área da cidade se modifique.

Sérgio Gollnick, arquiteto, urbanista e

vice-presidente do Ceaj

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cidade

FoToS: divulgAção

setembro/outubro2011

O atual Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Join-ville delimita o perímetro urbano limitado, porém, esta área já se expandiu. Atualmente, o espaço urbano vazio equivale a uma área de 70 mil lotes, de 360m2 cada. O dado foi apresentado pelo ex-presidente do Ippuj, Luiz Alberto de Souza, em reunião com o Conselho da Cidade. De acordo com a estimativa, nesses lotes, caberiam mais 200 mil pessoas em imóveis a serem construídos. “Nós temos muitos espaços urbanos e construções vazias, mas essa é uma questão de mercado. O que conseguimos controlar é oferecer mais potencial onde queremos uma ocupação maior”, afirma Gilberto. Uma das ferramentas para incentivar a ocupação de lotes vazios é o IPTU progressivo. Segundo Lessa, muitas áre-as não são ocupadas por problemas jurídicos e, nesses espaços, a Prefeitura passaria a cobrar uma taxa com alíquota ascendente. Porém, esta proposta só será feita depois da aprovação da Lei de Ordenamento Territorial. Outro instrumento do governo municipal é a Outorga Onerosa, que permitiria edificações acima do limite estabelecido, mediante contrapartida financeira.Faltando dois meses para finalizar o projeto, o Conselho da Cida-de está recebendo projetos dos vereadores sugerindo mudanças no zoneamento em Joinville. Desde a aprovação da consolidação das leis urbanísticas, foram apresentados 33 projetos, sendo 18 durante o ano de 2010 e 15 até o mês de julho de 2011. O prazo é que a proposta seja encaminhada até outubro ao Legislativo.“Esse modelo deveria ser amplamente e profundamente discutido na cidade. Isso não pode ser discutido rápido para mandar para a Câmara e aprovar a lei, como tem sido. Temos que discutir o modelo a ser utilizado. Não existe um modelo acabado e é uma questão de tentativa e erro. A cidade perfeita não existe, mas ela pode chegar próximo do ideal”, avalia Gollnick. Segundo o urba-nista, é possível urbanizar sem perder a identidade do município.

Mais 200 mil pessoas

Sérgio Gollnick, apresenta mudanças

De acordo com o Plano Diretor de Joinville, bairros como o Bucarein, por exemplo, permitem construções de até 12 pavimentos, mas há poucas construções com esse modelo. Em outras regiões estão autori-zadas construções de até 18 andares. “Nos últimos anos, as imobiliárias já optam para construção de prédios e utilização de lotes disponíveis. A lei hoje já induz e a lei nova incentiva”, observa Lessa. Já para Sérgio, é importante intercalar as áreas com construções baixas e altas na cidade. “Com os pré-dios, é possível ter uma maior permeabilidade do solo, mais espaço para área verde, mas, em compensação, você cria algumas áreas com menos vento, depen-dendo do paredão que se cria. Temos coisas impor-tantes para se discutir, antes de cravar 30 andares é a nossa solução”, afirma.

Mais prédios em discussão

1996 – por meio da lei complementar no 27/96 e suas alterações, foi instituído um novo regime urbanístico do uso, ocupação e parcelamento do solo, e redefinidos os limites do perímetro urbano do município.

2007 – com o tempo, a lei de Ordenamento Territorial recebeu emendas e, devido ao número de alterações, possuía até duas leis diferentes para a mesma região.

2010 – a Lei Complementar no 27/96 foi alterada pela lei complementar 312/10, e deverá ser revisada por meio da Lei de Ordenamento Territorial conforme o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Joinville.A lei complementar no 318, de 11 de outubro de 2010, Lei de Estruturação Territorial, definiu o novo macrozonea-mento do município.

2011 – Nova Lei de Uso e Ocupação do solo é discutida.

Histórico

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cidade

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entrevista

Foi com esta demanda que a Ajorpeme iniciou o projeto de construir um parque empresarial no bairro Paranaguamirim

Desenvolvimentorumo ao sulAtendendo à procura de novos espaços empresariais em

Joinville, a zona Sul está cada vez mais se tornando um endereço atrativo para as empresas expandirem

seus negócios. E foi com esta demanda que a Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresas – Ajorpeme iniciou o projeto para construir um parque empre-sarial no bairro Paranaguamirim. Com área de 533 mil metros quadrados, o condomínio será construído na rua Kurt Meinert e contará com 145 lotes destinados a empresas com ativida-des industriais, comerciais e prestação de serviços. Além de fornecer um espaço para o desenvolvimento econômico da região, a Ajorpeme espera criar 2 mil empregos diretos e 3 mil indiretos. Para abordar esse assunto, a Revista Mercado Joinville en-trevistou o presidente da Ajorpeme, Diogo Henrique Otero. Na gestão 2010, foi vice-presidente Administrativo, Finan-ceiro e de Patrimônio e, atualmente, também é conselheiro do Tribunal Administrativo Tributário de Santa Catarina, diretor jurídico da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina e sócio da Otero Advogados.

34FOTOS: DIVULGAÇÃO

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entrevista

Diogo Henrique Otero

Mercado Joinville: Cada vez mais a região sul de Joinville tem chamado a atenção da iniciativa privada e do poder público por ser uma opção para investimentos. Na Ajorpeme, como e quando surgiu a necessidade de criar um condomínio industrial nesta região de Joinville?Diogo Henrique Otero: Quando decidimos criar o parque em-presarial Ajorpeme, veio de uma necessidade dos associados, que pediram que nós fortalecêssemos a criação desses centros empre-sariais para algumas atividades. Aqui na entidade começou com o núcleo de plásticos para ter uma área e deles e percebemos que isso era geral em todas as áreas. Nasceu junto com isso a necessidade de descentralizar, tirar a área industrial norte e trazer ela também para o Sul. A ideia de um projeto de condomínio nasceu há mais ou menos 12 anos, mas, efetivamente, a ideia de montar um condomínio nos moldes que temos hoje surgiu há três. Assim, nós começamos a procurar o terreno e o investidor dono do terreno pra tentar amarrar isso. O objetivo não é que o terreno fosse comprado pela Ajorpeme. E outra coisa, Joinville não tem muitas áreas para este crescimento. Segundo o nosso Plano Diretor, a zona de empreendedorismo hoje é limitada na região Sul. A gente sempre faz primeiro uma análise característica da região Joinville. Hoje, no total, a cidade tem um pouquinho mais que 500 mil habitantes e na região sul, especifi-camente, tem 140 mil. Sendo que, no bairro Paranaguamirim, nós temos 12.081 habitantes. Se você parar para analisar, a região tem 135 indústrias e 425 comércios e 321 serviços, que, na totalidade, representam muito pouco do total de estabelecimentos em Joinville. Naquela região, se pegar o Paranaguamirim, há apenas 2,4% dos ser-viços prestados em Joinville. A renda per capita também é baixa, gira em torno de US$ 1.041 dólares por ano. Para ter ideia do que isso significa, é menor do que Cuba. Na verdade, é um terço do que Cuba.

MJ: Na sua opinião, a infraestrutura da região está adequada para receber o empreendimento?DHO: Hoje, ela é uma região sem a menor condição de receber. Falta tudo. Seja na mobilidade urbana, aquela área é carente em todos os sentidos, principalmente na questão de serviços. Naquela área só tinha uma agência do Sicoob - Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil e hoje não tem mais, então, não tem mais nenhuma agência naquela região, não tem lotérica para pagar conta, não tem táxi. A ideia de levar o parque para lá é que venha lotérica junto, venha táxi, ou seja, esses serviços que acompanham o desenvolvimento.

MJ: Segundo o projeto, qual o perfil das empresas que se ins-talarão no condomínio industrial?DHO: Na verdade, compreende todas as áreas. Vamos ter área para indústrias, comércio, principalmente para os CDs (centro de distribui-ção) e prestadoras de serviço, no caso, hotéis, contabilidade, escola e coisas que tem necessidade de estar ali. O empreendimento tem uma área total de 533 mil metros quadrados e fica a uma distância de sete quilômetros do Centro e seis da BR-280. A ideia é construir 145 lotes e os tamanhos dos galpões vão variar de 500m2 a 1000m2.

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entrevista

setembro/outubro2011 www.revistamercadobrasil .com.br

MJ: Para as empresas que querem se instalar no parque empresarial, quais são os benefí-cios? DHO: Basicamente, redução de custo. A ideia é que esse empresário consiga adquirir essa área com um valor inferior ao mercado e com uma con-dição que ele consiga realmente adquirir, com um período longo e uma carência com as entidades e instituições financeiras. Ele vai ter a finalidade de reduzir custos como licenciamento ambiental, construção, pois vai ser feita em um volume muito grande, em grande escala. MJ: Além do possível aumento no número de empregos, quais benefícios o condomínio em-presarial trará para a comunidade da região sul?DHO: Se você pegar a região do Paranaguamirim, eles não têm sequer uma escola de segundo grau. O ganho direto da população é o desenvolvimento de uma região, que passa desde o ganho finan-ceiro, ampliar a renda per capita de cada morador; e passa por uma melhor condição. Hoje, essa re-gião aonde vai se instalar o parque não tem nada. É uma zona de empreendedorismo e fica em um canto. A ideia é que esse desenvolvimento venha atingir a comunidade como um todo. Além do que, é aquela questão da mobilidade. Um trabalha-dor da zona Sul que trabalha na zona Norte, em horário de pico, ele pode demorar 1h15 ou 1h30 para contornar a cidade se depender do transporte público. Então, ele vai estar do lado. O principal objetivo, além de fazer crescer aquela região é que o empresário consiga adquirir o terreno com o mesmo valor que ele pagaria no seu aluguel. O parque empresarial da Ajorpeme difere dos demais condomínios empresarias que existem, porque tem essa característica: ele não vai ser da Ajorpeme, mas do empresário.

MJ: Há uma previsão para quando o parque empresarial deve começar a funcionar?DHO: É complicado dar previsão. Nós já demos algumas previsões e não aconteceram. A ideia é que alguma coisa se inicie em 2012, mas, saindo a licença, poderemos detalhar melhor esta ques-tão. Até porque depende da licença para sabermos quanto tempo vai durar a infraestrutura, que é o próximo passo.

MJ: Há cerca de 12 anos a entidade está pla-nejando a construção do parque empresarial, mas, em algum momento, a movimentação da General Motors e da UFSC para se instalarem na região influenciou o projeto do parque em-presarial? DHO: O anseio já era anterior, porque já era uma demanda daquela região. A GM e a UFSC foram para lá, porque não tinham para onde ir e não en-contraram terreno em outro lugar. Nós não, fomos para lá porque foi a nossa escolha.

MJ: O empreendimento será possível com o apoio e a liberação de recursos dos governos municipal, estadual e federal?DHO: Todos os governos terão a sua parcela de apoio. Talvez, de forma mais contundente, onde, no governo passado, houve a promessa de que temos R$ 6 milhões que serão repassado para cá. Houve a aprovação de todo o empreendimento. Há duas semanas o governador esteve na nossa reunião, apontando que o compromisso permane-ce, mas que ele quer conhecer mais o projeto e de forma vamos receber este dinheiro. E o governo do Estado já garantiu a participação. E o interes-sante é que o condomínio já entrou no programa de desenvolvimento da cidade. Estive na reunião as SDR - Secretaria de Desenvolvimento Regional e o parque empresarial da Ajorpeme já estava con-templado.

Geração de novos empregos diretos: 2 mil

Geração de empregos indiretos: 3 mil

Empregos atuais: 4,5 mil

Faturamento anual médio: 800 milhões

turismo

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Excursões rodoviárias são uma boa forma de fazer amizades e de apreciar não só o desti-no, mas também a viagem. E quem mora no

sul do País está privilegiado com diversas opções de saída para todos os gostos.Se a Serra Gaúcha já é um destino interessante o ano inteiro, durante as festas de fim de ano é ainda maior o encanto. Gramado fica toda enfeitada para o Natal Luz e é palco de grandes produções como Nativitaten, show com fogos de artifício, águas dançantes e luzes entoadas pela voz de cantores líricos ao redor de um lago que já encantou mais de meio milhão de pessoas desde sua estreia. O Grande Desfile de Natal traz Papai Noel puxando a magia e a fantasia em seu trenó na companhia de seus ajudantes e de patinadores. E o espetáculo musical A Fantástica Fábrica de Natal mostra brin-quedos ganhando vida dentro da oficina do Papai Noel. Há saídas de 5 dias em dezembro a partir de R$ 1.090,00 por pessoa e uma de 10 a 15 de no-vembro, aproveitando o feriado e incluindo ainda Bento Gonçalves no roteiro por R$ 1.360,00.Falando em feriado, há uma saída de 07 a 12 de outubro para Bonito com tudo o que se tem direito: da flutuação no Rio da Prata ao passeio de bote pelo Rio Formoso, sem esquecer da belíssima Gruta do Lago Azul e de muitas outras atrações. Uma viagem ideal para quem quer estar perto da na-tureza exuberante do nosso País, por R$ 1.470,00 por pessoa.Foz do Iguaçu é igualmente bonito, e com uma op-ção de 5 dias no feriadão da República que sai por

R$ 910,00 por pessoa. Quem sair na frente pode aproveitar ainda os últimos lugares para o feriado de 7 de setembro.E já que está dada a largada, os fãs de Formula 1 não podem ficar vendo os carros passar – a não ser que seja bem de pertinho. Há uma opção de 24 a 27 de novembro para ver o treino e a corrida do GP Brasil no setor de sua preferência. O valor começa em R$ 1.620,00 por pessoa para o setor G.Todas as opções incluem o transporte em Ônibus Leito Turismo Double Deck com serviço de bordo e guias acompanhantes, a hospedagem em aparta-mento duplo com café da manhã, passeios e ingres-sos para as atrações citadas e para os principais pontos turísticos da região. Em alguns casos estão inclusos ainda almoços e jantares em restaurantes típicos com show.É importante lembrar que os valores não incluem as taxas. Consulte os roteiros completos, outras ci-dades de origem além de Joinville, as opções de parcelamento e valores especiais para crianças.

Rua Nove de Março, 734 – Centro Joinville – SCFone 47 3461 1777 [email protected]

Excursões rodoviárias para todos os gostos

A Serra Gaúcha já é um destino interessante o ano inteiro

Segundo Ippuj, nos últimos cinco anos, a frota de veículos de Joinville cresceu 46,67%

Mês após mês, a Cidade das Bicicletas está ficando cada vez mais motorizada. Devido às facilidades de pagamento e à preferência do joinvilense pelo transporte particular, ganham as ruas em média

1,9 mil carros a cada 30 dias. Somente nos últimos cinco anos, a frota de veículos de Joinville cresceu 46,67%, segundo o levantamento do Instituto de Planejamento - Ippuj. Esses números mostram o que os motoristas e pe-destres notam todos os dias no trânsito: muito veículo para pouco espaço. O ponto positivo é para o comércio. Nas concessionárias e revendedoras de veículos, os empresários observam que as vendas deste primeiro semestre foram melhores do que o mesmo período de 2010. Conforme o levanta-mento das concessionárias de Joinville, nos meses de maio a junho, foram vendidos quase 3 mil carros. Além desses, também há veículos que são comprados em outros municípios e emplacados em Joinville – o que eleva o número para cerca de 4 mil carros por bimestre.

Joinville motorizada

Ludimila Castro

veículos

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Joinville motorizada

veículos

De todos os modelos comercializados, a preferência é pelos utilitários leves. No mês de junho, os mais vendidos foram Gol, Uno e Siena. Juntos, eles corres-ponderam a 22,2% das vendas. “O Bra-sil ainda é um mercado que tem muito a crescer em veículo. Tem muito carro para ser colocado [nas ruas] e tem muita gente precisando de carro ainda”, expli-ca Paulo Freitas, presidente do núcleo de concessionárias da Associação dos Lojis-tas de Joinville - Acij e proprietário da

Fiat Florença.Durante o mês, a procura por veículos novos aumenta a partir da segunda quin-zena. Um dos motivos apontados é o interesse dos vendedores em atingir as metas. Quanto às marcas, neste ano, o ranking das mais vendidas é liderado pela Volkswagen, Fiat e General Motors. Ao todo, nas vendas de janeiro a junho, as três fabricantes detêm 53,7% das vendas de Joinville – em números absolutos, cor-respondem a 4.384 carros.

Preferência por utilitários leves

veículos

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Contente com os resultados do primeiro semes-tre, a gerente de vendas da Delta Veículos, Eli-zabeth Miranda Barauna, acredita que as vendas tendem a crescer no segundo semestre. Apesar das mudanças feitas pelo governo no início do ano, principalmente na linha de crédito, o consu-midor não deixou de ir às compras. Segundo Freitas, há cinco anos, os meses de novembro e dezembro apresentavam resultados melhores do os outros bimestres, mas, ultima-mente, as vendas estão mantendo o mesmo ritmo durante o ano. “O que temos feito é comparar este ano com o ano passado e temos uma proje-ção. E o primeiro semestre deste ano está sendo um pouco melhor do que o ano passado. E como o segundo semestre do ano passado foi bom, temos

a expectativa de que vai melhorar ainda mais”, analisa.Seja nas lojas ou nos feirões, o comprador pro-cura avaliar o preço e a qualidade do modelo à venda. “Para mim, que conheço o mercado de Curitiba e São Paulo, o mercado joinvilense é bem diferente. O mercado é tão aquecido quanto os outros, no tamanho dele, mas o cliente é mais criterioso e exigente. O cliente pesquisa bastante e quer saber o que está comprando”, avalia Frei-tas. Para o segundo semestre, estão programadas mais duas feiras de venda coletiva do núcleo de concessionárias da Acij. Ao todo, são 17 empre-sas que oferecerão modelos novos e seminovos aos consumidores, nos dias 6 e 7 de agosto e nos dias 3 e 4 de dezembro.

Aquecimento continuará no segundo semestre

Nos últimos dez anos, a frota de veículos auto-motores de Joinville cresceu de 136.992 para 286.162, segundo dados do Departamento Es-tadual de Trânsito - Detran, o que aumentou os problemas relacionados ao trânsito no municí-pio. Essa realidade tem alertado a população, a iniciativa privada e o poder público a buscarem soluções para a mobilidade urbana do município. “Nós nos preocupamos com isso, porque numa situação extrema seria vender o carro e não ter como o cliente rodar, mas, em contrapartida, nós não podemos fazer nada, pois não está ao nos-so alcance”, afirma Freitas.Em consequência ao crescimento do número de

Trânsitoveículos nas ruas, diminuiu o número de passa-geiros no transporte público e intensificou-se o tráfego viário da região urbana. De acordo com o Instituto de Pesquisa Catarinense, 26,48% dos joinvilenses utilizam o transporte público para se deslocarem pela cidade e 23,28% com auto-móvel, atrás apenas dos que fazem os trajetos a pé (30,35%). “[A mobilidade urbana] está bem complicada e eu ando por aí e não vejo nada que estejam fazendo para resolver isso na cidade. E a tendência é que aumente a produção e venda de veículos nos próximos cinco anos”, enfatiza Freitas.

A Vanguard Home oferece, em Joinville, o Garden Atiradores. Lo-calizado, na rua Ottokar Doerffel, uma das principais vias de acesso à cidade. São cinco torres de 12 andares mais cobertu-

ra. Os apartamentos de dois dormitórios têm 60m2 de área privativa e os de três dormitórios, sendo uma suíte, têm a partir de 70m2 de área privativa. Até as chaves o cliente paga 30% para a construtora, com entrada a partir de R$ 4.900,00 e parcelas personalizadas. A Tor-re Hamburgo (Torre 1) tem entrega prevista para agosto de 2013. O terreno tem 17,5 mil metros quadrados e o conceito é de condomínio clube. São mais de 25 opções de lazer, como quadra de tênis em ta-manho oficial, piscina com raia, espaço gourmet, playground, academia totalmente equipada e espaço da mulher, entre outros. Informações www.vanguardhome.com.br/

mercado imobiliário

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Vanguard Home previlegia conforto e sofisticação em seu novo empreendimento que começará a ser entregue em 2013

Ottokar Doerffel ganha Garden Atiradores

Localizado, entre os bairros Atiradores e Anita Gari-baldi, numa rua tranquila e de fácil acesso, a poucos minutos do centro da cidade. Próximo ao novo An-geloni e Via Gastronômica. Um empreendimento com toda a infraestrutura para a família. Quatro opções de layout do apartamento, área de lazer comple-ta com amplo salão de festas com espaço gourmet, brinquedoteca, sala de ginástica, piscina com chur-rasqueira externa e playground. Apartamentos com 95 e 112 de área privativa e duas vagas de garagem a partir de R$ 299.000. Informações www.fkpempre-endimentos.com.br

O lançamento do edifício Frankfurt reúne a tranquilidade de viver bem em um home re-sort em plena cidade. O empreendimento é uma combinação perfeita entre localização central e tranquilidade. O condomínio, dealto padrão, é um verdadeiro home resort com tudo aquilo que oferece bem-estar e descontração, indispensável para a felicida-de da família. Fica na rua Desembargador Nelson Nunes Guimarães, 513 – Atiradores. O lançamento é da Construtora Correia.

mercado imobiliário

Tranquilidade é no Green ParkResidencial Frankfurt: resort na cidade!

seu mundo

Senna Documentário, 107 minutosO tão sonhado filme sobre a vida de Ayrton Senna pode não ter se tornado realidade, mas o documentário do diretor inglês Asif Kapadia tem ritmo e con-teúdo para alcançar uma pro-dução hollywoodiana. O longa de 1h47 de duração traz cenas que marcaram a vida do piloto, como as clássicas imagens das vitórias e corridas de kart, mas não para por aí. A história de Senna é mostrada a fundo - com seus momentos hilários, emocionantes, geniais e até ob-sessivos -, mostrando todos os lados do campeão brasileiro.

Um novo despertar Comédia / Drama – 91 minutos Walter Back sofre de uma depressão em estágio tão profundo que mais nenhum tratamento faz efeito. Depois de ser expulso de casa pela esposa, ele só encontra uma saída: se matar. Mas sua tentativa de pular de um prédio é frustrada por uma voz, que o faz parar. No auge de sua doença, Walter se vê submisso a um castor de pelúcia, fantoche com o qual ele conversa e recebe ordens. A partir de sua amizade ilusória, Walter vai descobrir um novo sentido para sua vida e uma maneira de se reaproximar de sua família.

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Desde o início de sua luta contra o apartheid, Nel-son Mandela tornou-se um dos maiores líderes da atualidade. Foram muitas provações até a con-solidação de sua carreira internacional como um grande líder político. A partir de diários, cartas, jornais, discursos e uma série de documentos iné-ditos do arquivo pessoal de Mandela – incluindo anotações sobre as negociações para o fim do apartheid -, a obra “Conversas que tive comi-go” recria a trajetória do líder e traça um retrato detalhado de sua vida e anseios. A obra tem o prefácio assinado pelo presidente americano Barack Obama.

Conversas que tive comigo Editora Rocco, 416 páginas - R$ 39,50

Liszt: Harmonies du Soir

Nelson Freire prepara uma seleção especial de composições de Liszt para homenagear o bicentenário do nascimento do compositor. As obras escolhidas por Freire tentam mostrar um lado menos estereotipado do compositor, trazendo uma veia lírica muito conhecida por quem aprecia suas composições. Entre as obras que integram o CD estão Harmonies du soir - estudo que dá nome ao álbum -, Hun-garian Rhapsody no 3 e Balada no 2.

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Os empresários da Absolut Promoções Maycon Cesar e Graziele Schneider no camarim com Preta Gil antes do show Noite Preta em Joinville

As sócias diretoras da Exit Comunicação Estratégica, Samanta Tassotti e Rosita Boeing, com o coordenador do projeto CO2 Free, Vinícios Neves, na cerimôniade entrega do Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC

Carlos BüstApresentador do Programa Gente e Atitudes há 10 anos no ar. Programanos segmentos de Colunismo Social, Entrevistas, Estilo, Culinária,Gastronomia e Mistura Fina, veiculado todos os dias meia-noite nocanal 10 | NET Cidade, 22h30 e 1h da madrugada na TVBE canal 11 | TVAberta | NET e canal 14 | Viamax, 19h45 e 23h na TV da Cidade, canal20 | NET e 10 | [email protected]. | www.carlosbust.com.br

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O governador do Estado Raimundo Colombo, a primeira dama de Joinville Marinete e o prefeito Carlito Merss na abertura do maior evento de dança do mundo

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Fabio Matiolli Gonçalves Filho e Keila Menezes no Lançamento do Projeto Talent da Luxaflex em Joinville

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Em recente comemoração, os jovens empresários, Fernando Schneider, Roger Becker da Silva, Dinorá Nass Allage, Alonso Torres e Fabio Rivero

Os anfitriões Marcio e Claudia Schier na inaguração da Richards no Joinville Garten Shopping

Virgínia Zattar, Fernando e Gerlaine Martins no lançamento da coleção verão 2012 da Arezzo no Joinville Garten Shopping

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arquitetura e decoração

Variedades de tecidos e tipos que fazem a diferença e tornam qualquer ambiente mais acolhedor e luminoso

Diversas linhas de produto para atender qualquer necessidade. Decoração, vedação total da luz, privacidade e proteção solar

são algumas das características que as persianas oferecem. Práticas, modernas, de fácil manuseio e com mui-tas opções de modelos e tecidos, as persianas vêm ganhando um espaço cada vez maior em ambientes comerciais e residenciais.O produto rolo possui inúmeras opções de tecido, que oferecem desde a mais suave translucidez até o bloqueio total da luminosidade. A versati-lidade deste produto o torna ideal para qualquer ambiente, residencial ou comercial.

TecidoAlgumas opções de tecido, conhecidos como tela solar, absorvem parte dos raios solares, refletem outra parte, transmitindo o mínimo para dentro do ambiente. Estes tecidos, por possuírem micro furos, permitem a entrada da luminosidade, re-duzindo custos com iluminação de ambientes e por filtrar os raios solares reduz a incidência de calor, reduzindo também custos de climatização. As telas solares de melhor qualidade são fogo retardantes, possuem tratamento antifungo e an-timofo e são extremamente resistentes à ruptura.É possível ainda imprimir imagens em algumas opções de tecido, agregando decoração, proteção solar e propaganda em um único produto quando utilizado para finalidade comercial.Rolo com tecido black out com guias laterais e caixa de vedação é a solução definitiva para o bloqueio total da luz em quartos e salas de TV. O tecido faz a vedação da luz da área da janela, as guias bloqueiam a luminosidade lateral e a caixa de vedação complementa o escurecimento pro-porcionado pelo produto. O benefício que oferece resulta em maior qualidade de vida, pois melhora a qualidade do sono.

Tudo o que você precisa saber sobrepersianas

45 junho/julhoo2011

arquitetura e decoração

Rolo Duo Rolo com tecido duplo, cuja trama é com-posta por listras horizontais opacas, alter-nadas com listras horizontais translúcidas. A regulagem da parte da frente com a parte de trás do tecido permite a sobreposição ou não das faixas aumentando as possibilida-des de entrada da luminosidade e privacida-de no ambiente. Toda a linha de rolo pode ter acionamento motorizado, aumentando ainda mais a praticidade do produto.

Romana Sofisticada, possui linhas transversais que formam dobras onduladas sobrepostas no tecido ao ser recolhida. As ondulações pro-duzem um efeito visual agradável e requin-tado, associado ao controle da transparên-cia ou vedação da luz.

Cortina painel É um produto muito utilizado para a cober-tura de grandes larguras, janelas de correr e portas janelas, em função de seu aciona-mento – o tecido corre para os lados.Persiana vertical e horizontal com grande utilização em ambientes corporativos em função do baixo custo do produto, embora a durabilidade e a facilidade de acionamento do Rolo o tornem o produto mais indicado para ambientes corporativos.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

50 setembro/outubro 2011 www.revistamercadobrasil .com.brFOTOS: DIVULGAÇÃO

Aldo Cadorin, é graduado e pós-graduado em Administração de Empresas pela EAESP/FGV, sommellier profissional pelo Centro Europeu/ABS e FISAR/Itália e sócioproprietário da De Marseille Alimentos e Vinhos Finos e Enoteca Decanter Joinville

ServiçoEnoteca Decanter/De Marseille Joinville Otto Boehm , 246 - B. América - fone (47) [email protected]

Vinhos Franceses e suas regiões

vinhos

A França não é feita somente de grandes vinhos, caros e famosos. “La France profonde” também

oferece vinhos de excelente relação preço/prazer, ide-ais para acompanhar as refeições no dia-a-dia ou nos grandes momentos. A fama de certa forma atrapalha. Muitos consumidores acham que vinho francês para ser bom tem de ser caro obrigatoriamente, o que não é verdade.

Bordeaux e o efeito ChinaSeus grandes châteaux que produzem os vinhos mais afamados do planeta hoje estão caríssimos, sobretudo pela alta demanda chinesa. Mas esta elite representa apenas 5% . Como vender o resto? Para nossa sor-te, existem maravilhosas surpresas entre estes “petits châteaux” e outros pequenos não classificados. Basta garimpar.Prove por exemplo um château La Tour de By 2001 do Medoc, com cabernet sauvignon, merlot e petit ver-dot ao preço de R$ 127,80 ou o châteaux Haut-Sarpe 2006 de Saint–Émilion com merlot e cabernet franc por R$ 225,00.

Sud-Ouest e seu renascimentoEsta ampla região cobre todas as denominações de origem (AOC) no sudoeste da França, exceto Borde-aux e Cognac. Pelas maiores dificuldades geográficas (Bordeaux é porto) ficou alguns séculos adormecida até que alguns produtores ambiciosos chacoalhassem toda a região rumo a qualidade. Hoje, produz alguns dos mais interessantes vinhos gastronômicos do País. Importamos os melhores produtores da região e com excelente custo/prazer. Conheça os vinhos do Madiran, terra original da uva tannat, que foi revolucionada por Alain Brumont. Prove seu Chateau Montus 2004, com tannat (mais macia que a uruguaia), cab.franc e cab. Sauvignon ao preço de R$ 140,00. De Cahors, onde nasceu a malbec, prove da Domaine de Lagrézette, o Cuvée Dome Honneur 2003, com malbec (francês!), cab. Franc e cab. sauvignon, ao preço de R$ 310,00.

Languedoc-Roussillon e seus anarquistasSomente 10% de vinhos AOC, teoricamente a cate-goria que engloba os melhores vinhos, são produzi-dos aqui. Nesta região, muitos vinicultores “anarquis-tas” brigam contra o sistema e as legislações rígidas dos vinhos da França. Este inconformismo aproxima muito a região do Novo Mundo em termos de uvas, de métodos de produção, em marketing e comercia-lização. Esta ebulição garante incríveis descobertas para quem busca o melhor entre centenas de “vig-nerons”. Conheça os vinhos de Paul Mas, por exem-plo o Mas de Mas Corbières 2009, um vinho para o dia-a-dia feito com a syrah, grenache e carignan, de media estrutura, por incríveis R$ 67,00. Ou o Arrogant Frog Cabernet-merlot Ribet Red IGP 2009, da Arro-gant Frog, idem para o dia-a-dia, de média estrutura, por R$ 48,00.

Jura - região confinadaConfinada entre montanhas na fronteira com a Suí-ça, que no passado foi desvantagem, hoje joga a seu favor. O isolamento fomentou o individualismo e por isto o Jura apresenta não só tradição e vinhos mui-to autênticos, mas também um patrimônio de castas autóctones preservadas e desafiadoras. Conheça a Domaine Rolet, com seu branco feito com a uva savag-nin ou traminer, o Arbois Blanc nature Ouillé 2009 por R$ 105,00 ou seu tinto (sem passagem pela madeira) Arbois Rouge Tradition 2005 com as uvas pousard, trousseau e pinot noir por R$ 82,00.Para trazer vinhos franceses, que não os grandes clás-sicos, basta ter conhecimento e relacionamentos na região para garimpá-los. E este é o nosso ponto forte na Decanter, com nosso expertise de quarto maior im-portador no Brasil de vinhos franceses.

Santé!

Artigo adaptado e extraído do caderno temático “2011, O ano da França na Decanter”, disponível na Enoteca Decanter de Joinville.