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Mercado Segurador em Portugal Ramo Automóvel 2009 a 2013 - Relatório - Andreia Filipa Lourenço e Silva Hermano Emanuel Rodrigues Maia Microeconomia Eng. Mário Amorim Lopes Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão dezembro de 2014

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Mercado Segurador em Portugal

Ramo Automóvel – 2009 a 2013

- Relatório -

Andreia Filipa Lourenço e Silva

Hermano Emanuel Rodrigues Maia

Microeconomia

Eng. Mário Amorim Lopes

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão

dezembro de 2014

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Estudo do Mercado Segurador em Portugal – Ramo Automóvel

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Sumário executivo

O presente trabalho consiste num estudo do mercado segurador português,

especificamente do ramo automóvel, visando a sua caracterização, em particular no que

concerne ao grau concorrencial do mesmo.

A consecução do estudo assentou na análise dos dados de produção de seguro direto

para os anos de 2009 a 2013, com base na informação reportada pelo Instituto de Seguros

de Portugal, após um devido enquadramento do mercado.

O mercado português de seguros representava, em 2013, 6,9% do PIB, tendo o seguro

automóvel um peso de 38% no ramo não-vida. Do enquadramento realizado, destaca-se

a existência de uma relação estreita entre o setor segurador e o setor bancário, estando a

maioria das empresas seguradoras portuguesas incluídas em grupos financeiros.

Por outro lado, o mercado segurador apresenta diversas barreiras à entrada

nomeadamente: economias de gama, assimetria de informação, regimes legislativo e

regulatório exigentes, necessidade de confiança na empresa e discrepância do poder

negocial com os clientes.

A análise quantitativa implicou o cálculo do índice de concentração, o qual permitiu

observar que o Grupo Caixa Seguros detém uma quota de mercado superior a 25% e em

conjunto com o Grupo Espírito Santo este valor supera 1/3 do mercado. Por seu turno, os

4 líderes de mercado detêm uma quota de 56,8%. No que respeita ao índice de Herfindahl-

Hirschman, este varia entre 0,1208 (em 2011) e 0,1347 (em 2009), o que revela um

mercado moderadamente concentrado.

Para avaliar a estabilidade do mercado recorreu-se ao índice de instabilidade, o qual

ao apresentar um valor de apenas 0,0697 aponta para um mercado com poucas alterações

no período em análise.

Da análise crítica a toda a informação recolhida, conclui-se que o mercado segurador

automóvel em Portugal apresenta uma concentração elevada nos principais players, o que,

conjuntamente com a existência de diversas barreiras à entrada de novas empresas,

conduz a uma estrutura próxima de um oligopólio.

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Estudo do Mercado Segurador em Portugal – Ramo Automóvel

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Índice de conteúdos

1 Introdução .................................................................................................................... 1

2 Enquadramento do mercado ........................................................................................ 2

2.1 Players .............................................................................................................. 2

2.2 Consumidores e produtos ................................................................................. 3

2.2.1 Parque automóvel seguro ........................................................................ 4

2.3 Barreiras à entrada ........................................................................................... 4

2.3.1 Barreiras estruturais ................................................................................ 4

2.3.2 Barreiras estratégicas .............................................................................. 5

2.4 Políticas de preços ............................................................................................ 5

2.5 A importância do papel da mediação nos seguros ........................................... 6

3 Análise do grau concorrencial ..................................................................................... 7

3.1 Índice de concentração ..................................................................................... 8

3.2 Índice de Herfindahl-Hirschman (HH) ............................................................ 8

3.3 Índice de Hannah-Kay (HK) ............................................................................ 9

3.4 Índice de Instabilidade ................................................................................... 10

4 Conclusões ................................................................................................................. 11

Bibliografia ..................................................................................................................... 13

Apêndice I....................................................................................................................... 15

Apêndice II ..................................................................................................................... 16

Apêndice III .................................................................................................................... 17

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Índice de tabelas

Tabela 1. Índices de concentração ............................................................................... 8

Tabela 2. Índice de Herfindahl-Hirschman .................................................................. 9

Tabela 3. Índice de Hannah-Kay ................................................................................. 9

Tabela 4. Índice de Instabilidade ............................................................................... 10

Índice de gráficos

Gráfico 1. Produção de seguro direto em 2013 das 10 maiores seguradoras .............. 7

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1 Introdução

O presente estudo de mercado é desenvolvido no âmbito da unidade curricular de

Microeconomia do plano de estudos do 3.º ano do curso de Mestrado Integrado em

Engenharia Industrial e Gestão e incide sobre o ramo automóvel do mercado segurador

português, no período de 2009 a 2013.

A caracterização do mercado apoiar-se-á na análise qualitativa e quantitativa dos dados

referentes à produção de seguro direto, os quais são disponibilizados anualmente pelo

Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que constitui a autoridade nacional de supervisão

de seguros e fundos de pensões.

Primeiramente, na secção de enquadramento, são indicados os players, os

consumidores e produtos do mercado e são elencadas de forma não exaustiva as barreiras

à entrada (estruturais e estratégicas), fazendo-se também uma breve referência à política

de preços.

Ulteriormente, expõem-se os resultados da análise quantitativa, que assentou no

cálculo de medidas de concentração (índice de concentração, índice de Herfindahl-

-Hirschman e índice de Hannah-Kay) e de medidas de volatilidade (índice de

instabilidade), a fim de caracterizar o grau concorrencial do mercado.

Finalmente, apresentam-se as conclusões, conciliando toda a informação obtida e

expressa ao longo do estudo de mercado.

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2 Enquadramento do mercado

O negócio segurador permite que empresas, cidadãos e famílias consigam transferir os

riscos das suas atividades, ativos e poupanças, de modo a realizarem-nas e

desenvolverem-nas com alguma segurança no futuro. Estes serviços, embora não sendo

substitutos do serviço público, aliviam consideravelmente a presença do mesmo na

comunidade. Por outro lado, o setor segurador influencia também a prioridade dos

investimentos globais, devido ao montante de investimentos que tem de fazer para

diversificar os seus riscos e obter a necessária rentabilidade.

A indústria seguradora é, por isso, uma das maiores indústrias à escala global

(Sustentare, 2007). Em Portugal, de acordo com o Presidente do Instituto de Seguros de

Portugal, o mercado segurador representa 6,9% do PIB nacional (Rego, 2014).

As empresas seguradoras apresentam uma ligação estreita com o setor financeiro,

especificamente com o segmento bancário, sendo que uma maioria considerável das

empresas seguradoras portuguesas está incluída em grupos financeiros (Sustentare,

2007), embora nos últimos anos, por causa da crise das dívidas soberanas dos países

periféricos, os principais grupos bancários portugueses tenham vindo a alienar as suas

participações no mercado segurador.

O mercado segurador português divide-se em dois ramos: vida (no qual, além dos

seguros de vida, se incluem os seguros ligados a fundos de investimento e as operações

de capitalização) e não-vida (abrange seguros de acidentes e doença, incêndio, automóvel,

responsabilidade civil geral, entre outros).

Dadas as limitações impostas ao presente estudo, este centrar-se-á apenas na análise

do ramo automóvel do mercado segurador português, o qual, em 2013, representava 38%

do segmento não-vida, em termos de produção de seguro direto (ISP, 2014a). Os dados

que servirão de base à caracterização do mercado reportam ao período entre 2009 e 2013.

2.1 Players

Como refere João E. Gata (2005), o setor segurador em Portugal é caracterizado pela

existência de um número considerável de empresas verificando-se, contudo, uma elevada

concentração do volume de negócios num número relativamente reduzido daquelas. Em

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2013, operavam em Portugal 77 empresas seguradoras: 19 no ramo vida, 46 no ramo não-

-vida e 12 mistas (ISP, 2014b).

Todavia, quando a análise recai especificamente no ramo automóvel o número de

players reduz-se substancialmente. Entre 2009 e 2013, estiveram presentes no mercado

segurador automóvel português 25 empresas, 21 das quais operando exclusivamente no

ramo não-vida.

Considerando as relações de domínio existentes entre as empresas e os grupos

financeiros, o número de players reduz-se para 19, destacando-se o grupo Caixa Seguros

(único acionista das seguradoras Fidelidade, Império Bonança e Via Directa) o qual

apresentava, em 2013, uma quota de mercado de 25,2%.

2.2 Consumidores e produtos

A atividade seguradora envolve a comercialização de produtos não homogéneos,

conduzindo a que cada companhia apresente uma grande diversidade de produtos em cada

mercado, combinando inúmeras variáveis e coberturas de risco diferentes (AdC, 2004).

Ressalve-se, contudo, que nalguns mercados o enquadramento legislativo reduz a

margem de diferenciação possível, como é o caso do ramo automóvel.

Em Portugal, a legislação prevê a obrigatoriedade do seguro de responsabilidade civil

dos veículos terrestres a motor e seus reboques que assegura o pagamento das

indemnizações por danos corporais e materiais causados a terceiros e às pessoas

transportadas. Nesta primeira modalidade, as empresas seguradoras oferecem seguros que

também consagram coberturas adicionais não obrigatórias, como capital facultativo para

o seguro de responsabilidade civil, assistência em viagem para o veículo seguro e seus

passageiros, proteção jurídica e privação temporária de uso (ISP, 2008a).

Por outro lado, existe a modalidade frequentemente denominada “seguro contra todos

os riscos” que se refere ao seguro que cobre os danos próprios e os danos sofridos pelo

veículo seguro, mesmo nas situações em que o condutor seja responsável pelo acidente

(ISP, 2008b).

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2.2.1 Parque automóvel seguro

Em 2013, o parque automóvel seguro em Portugal abrangia 6,8 milhões de veículos

(dos quais 70% correspondiam a veículos ligeiros), o que comparando com os 6,3 milhões

de veículos seguros em 2009, representa um aumento de 7,3% (ISP, 2014c).

2.3 Barreiras à entrada

2.3.1 Barreiras estruturais

O ramo automóvel insere-se no grupo de “seguros de massas”, isto é, seguros com uma

significativa componente obrigatória, subscritos por um número muito elevado de

clientes, com coberturas de base limitadas. Este grupo de seguros apresenta-se assim

como fundamental para a venda de outros tipos de seguros, o que permite às empresas

explorarem os ganhos resultantes da existência de economias de gama.

Conforme refere a Autoridade da Concorrência (2004), a atividade seguradora em

geral é particularmente sensível a assimetrias de informação entre seguradora e segurado

e entre diferentes seguradoras, pelo que o conhecimento detalhado dos clientes e do

universo onde estes se inserem é um fator fundamental para operar nesta atividade. Assim,

a assimetria de informação (que acaba por ser intrínseca à atividade seguradora e à

dimensão dos players) entre as empresas presentes no mercado e novas empresas (e

também entre pequenas e grandes empresas) constitui uma evidente barreira à entrada e

à expansão no mercado.

No ramo automóvel, no entanto, parte da assimetria de informação é atenuada pela

disponibilização da plataforma Segurnet que permite às entidades registadas obter

informação sobre o histórico de sinistros e a empresa seguradora atual de uma dada

matrícula.

Por outro lado, a atividade seguradora norteia-se por um regime legislativo apertado,

particularmente ao nível do cumprimento de regras contratuais na relação com os

tomadores de seguro e na satisfação de rácios de solvabilidade.

O mercado segurador é regulado a nível europeu pela European Insurance and

Occupational Pensions Authority (EIOPA) e em Portugal pelo Instituo de Seguros de

Portugal (ISP), estando sujeito ao dever de reporte de informação, nomeadamente sobre

o número de apólices, número de sinistros e valores dos prémios.

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Atualmente, o mercado encontra-se numa fase de transição após a qual vigorará o

regime europeu “Solvência II”, que implica maiores exigências ao nível do rácio de

capital e de gestão de risco.

Elenque-se, finalmente, o facto de a atividade seguradora, como a financeira, estar

dependente da confiança que o consumidor atribui a priori às empresas, a qual depende

em parte do tempo de presença daquelas no mercado.

2.3.2 Barreiras estratégicas

A utilização de técnicas de publicidade para divulgação de produtos é uma estratégia

frequentemente adotada pelas empresas seguradoras. Contudo, e atendendo à

desproporcionalidade existente ao nível da distribuição da quota de mercado (e, por

conseguinte, da dimensão das empresas seguradoras presentes no mercado) que implica

grandes discrepâncias ao nível do poder negocial entre seguradora e tomador de seguro,

os maiores grupos seguradores conseguem igualar ou superar a oferta dos concorrentes

de menor dimensão.

Por outro lado, e como consequência da relação já descrita entre os grupos seguradores

e bancários, verifica-se uma pressão das entidades bancárias que concedem crédito

automóvel para a contratação do seguro de responsabilidade civil (e eventualmente,

dependendo do automóvel, do seguro de vida) da companhia seguradora integrada no

grupo financeiro da instituição de crédito (Todos Contam, 2014).

2.4 Políticas de preços

Uma componente fulcral na relação das seguradoras com os clientes é a perceção que

as mesmas têm sobre o risco inerente à celebração de uma determinada apólice, cuja

avaliação resulta do histórico de relação com o cliente e das características do mesmo

(idade, condição física, número de anos de experiência de condução, entre outros). É neste

seguimento que as empresas incluem cláusulas que preveem o agravamento do valor do

prémio em face da ocorrência de sinistros.

Por outro lado, o canal telefónico de venda direta, para além de constituir uma

referência de baixos preços, constitui também um ponto de partida de negociação entre

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um potencial cliente e a companhia seguradora, ou o mediador, mesmo se esse canal não

se afigurar como substituto perfeito de outros canais de comercialização (Gata, 2005).

2.5 A importância do papel da mediação nos seguros

O papel da mediação nos seguros revela-se fundamental para que as empresas possam

desenvolver a sua atividade, na medida em que permite um acesso mais fácil aos clientes

e pode facultar a estes uma melhor perceção dos preços praticados pelas diferentes

seguradoras, gerando confiança.

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3 Análise do grau concorrencial

A concretização da análise do grau concorrencial no mercado segurador automóvel em

Portugal teve por base dados relativos à produção de seguro direto entre 2009 e 2013

disponibilizados pelo ISP em relatórios trimestrais e anuais.

Nos relatórios analisados a informação é disponibilizada para cada empresa seguradora

a operar no ramo automóvel, tendo-se realizado por isso uma análise das relações de

domínio que são obrigatória e publicamente expressas nos documentos de prestação de

contas das empresas.

A análise quantitativa basear-se-á assim, quando aplicável, nos dados agregados para

os grupos seguradores existentes, o que permitirá eliminar o efeito de algumas operações

de incorporação e fusão entre empresas do mesmo grupo, nomeadamente:

Incorporação da Global Seguros na seguradora Açoreana, em 2011;

Fusão da Império Bonança e da Fidelidade Mundial, em 2012, de que resultou

a seguradora Fidelidade.

No Gráfico 1 representa-se a produção de seguro direto (em milhões de euros) no ramo

automóvel em 2013 para as 10 maiores seguradoras portuguesas. A informação gráfica

evidencia a concentração de um elevado volume de produção no Grupo Caixa Seguros e,

simultaneamente, o facto de o valor associado às seguradoras que não estão representadas

individualmente ser relativamente reduzido.

Gráfico 1. Produção de seguro direto em 2013 das 10 maiores seguradoras (valores em milhões de euros)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Caixa

Seguros

Espírito

Santo

AXA Zurich Liberty Allianz BANIF Montepio Mapfre Generali Outros

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3.1 Índice de concentração

Na Tabela 1, apresentam-se os valores dos índices de concentração C1, C2, C3, C4 e C5

calculados para cada ano do período em análise.

Tabela 1. Índices de concentração

2009 2010 2011 2012 2013

C1 0,2856 0,2621 0,2525 0,2515 0,2516

C2 0,3918 0,3694 0,3579 0,3595 0,3577

C3 0,4961 0,4701 0,4623 0,4589 0,4564

C4 0,5867 0,5704 0,5595 0,5567 0,5548

C5 0,6748 0,6546 0,6383 0,6419 0,6410

Observa-se que o líder do mercado (Grupo Caixa Seguros) regista nos cinco anos em

análise uma quota de mercado nunca inferior a 25%. Por outro lado, o índice C2 mostra

que os dois líderes detêm mais de 1/3 do mercado. Note-se, contudo, que a seguradora

com a segunda maior quota de mercado (cerca de 10%) não foi a mesma no período em

análise: em 2009 e 2010 este papel pertenceu à AXA Seguros e nos anos seguintes ao

Grupo Espírito Santo.

Verifica-se que o índice de concentração para os 4 líderes de mercado (que, neste

contexto, apresenta um intervalo admissível de 21% a 100%) varia entre os 55,5% e

58,7%, obtendo-se um valor médio entre 2009 e 2013 de 56,8%. Por comparação com a

tabela de classificação dos mercados segundo J. S. Bain (Matovic, 2002), pode classificar-

-se o nível de concentração deste mercado como moderadamente alto.

No que respeita a C5, observa-se que os 5 líderes de mercado detêm um valor médio

de 65% da produção de seguro direto no período em análise.

Apesar de no período temporal sobre o qual o estudo incide a quota do líder de mercado

ter vindo a diminuir, observa-se a persistência de uma elevada concentração nos

principais players.

3.2 Índice de Herfindahl-Hirschman (HH)

O índice de Herfindahl, tendo em conta o número de players, admite uma variação

entre 5,26% e 100%. Apesar das quotas de mercado dos quatro últimos players – AIG

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Europe, Groupama Seguros, A.M.A. Seguros e Popular Seguros – quando elevadas ao

quadrado tenderam para valores muito próximos de zero, estas não foram desprezadas

para efeitos de cálculo do índice de Herfindahl, pelo que ao contrário do índice de

concentração, o índice HH tem em conta a contribuição de todos os grupos.

Tabela 2. Índice de Herfindahl-Hirschman

2009 2010 2011 2012 2013

0,1347 0,1241 0,1208 0,1216 0,1213

Para este mercado, como documenta a Tabela 2, o índice varia entre 0,1208 (em 2011)

e 0,1347 (em 2009). Adotando como referência as diretivas do Departamento de Justiça

Americano (William e Melvin, 2012) e uma vez que os valores para o índice estão entre

0,1 e 0,18, verifica-se que o setor segurador do ramo automóvel se aproxima de um

mercado moderadamente concentrado.

3.3 Índice de Hannah-Kay (HK)

Ainda para análise da concentração do mercado, recorreu-se ao índice de Hannah-Kay

(Bajo e Salas, 1998). Este índice foi calculado para α=1,5 (quando α < 2, o índice Hannah-

-Kay atribui um maior peso às empresas seguradoras menores) e de 2,5 (quando α > 2, o

índice de Hannah-Kay atribui um maior peso às empresas seguradoras maiores), estando

os respetivos valores indicados na Tabela 3. Tal como aconteceu no cálculo do índice de

Herfindahl, não foram desprezadas as quotas de mercado dos quatro últimos players.

Tabela 3. Índice de Hannah-Kay

2009 2010 2011 2012 2013

α=1,5 0,3413 0,3302 0,3272 0,3289 0,3282

α=2,5 0,0591 0,0514 0,0488 0,0490 0,0489

Deste modo, para este mercado, quando α = 1,5 o índice tem como valor médio 0,3312

e quando α = 2,5 converge para 0,0514, sendo a contribuição do Grupo Caixa Seguros de

40% e 68%, respetivamente.

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3.4 Índice de Instabilidade

Tabela 4. Índice de Instabilidade

2009-2010 2010-2011 2011-2012 2012-2013

0,0337 0,0308 0,0319 0,0151

O índice de instabilidade varia entre 0 e 1. Os valores deste índice, quando assumido

um período de variação anual, encontram-se entre 0,0151 e 0,0337. Calculando o índice

de instabilidade para o período 2009-2013 obteve-se o valor de 0,0697. Assim, a análise

aponta no sentido da estabilidade do mercado segurador automóvel em Portugal, em face

dos valores reduzidos tomados pelo índice de instabilidade.

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4 Conclusões

A análise ao ramo automóvel do mercado segurador português evidenciou a existência

de um número considerável de barreiras à entrada e, por outro lado, de uma elevada

concentração da produção de seguro direto nos principais players.

As empresas a operar no mercado segurador, como em qualquer outra atividade

integrada no setor financeiro, necessitam que os clientes lhes reconheçam prestígio e lhes

atribuam confiança, o que constitui uma clara barreira à entrada de novas empresas, salvo

se as mesmas pertencerem a grupos internacionais. Consequentemente, o número de

empresas no mercado, e a respetiva quota, apresenta uma grande estabilidade como, aliás,

se observou pelo reduzido valor do índice de instabilidade.

No que concerne à avaliação do grau de concentração, assente no cálculo do índice de

concentração, do índice de Herfindahl-Hirschman e do índice de Hannah-Kay e posterior

comparação dos seus valores com diretivas internacionalmente adotadas, o estudo aponta

para um mercado com um grau de concentração moderadamente elevado.

No período em análise, o Grupo Caixa Seguros apresentou uma quota de mercado

nunca inferior a 25%. Em 2013, somando essa quota com a do segundo maior grupo

segurador (Grupo Espírito Santo), sobressai o facto de os dois players mais relevantes

deterem mais de 1/3 do mercado. Este facto comprova também a relação estreita entre o

setor segurador e o setor bancário, uma vez que ambos os players estão integrados em

grandes grupos bancários portugueses.

Malgrado o Departamento de Justiça Americano apenas assinalar a existência de uma

estrutura oligopolista quando o índice de Herfindahl ultrapassa o valor de 0,18 e o facto

de o valor obtido para o mercado em análise se cifrar entre 0,1213 e 0,1347, a coexistência

de uma elevada e persistente concentração do mercado nos principais players e

simultaneamente de diversas barreiras à entrada faz com que estejam reunidas as

condições para classificar o mercado como estando próximo de um oligopólio.

Uma outra condicionante importante neste mercado é o forte enquadramento

legislativo, quer ao nível do cumprimento de regras contratuais na relação com os

tomadores de seguro quer na satisfação de exigentes rácios de solvabilidade.

Embora o mercado segurador automóvel beneficie da obrigatoriedade do seguro de

responsabilidade civil dos veículos terrestres a motor, os obstáculos que potenciais novas

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empresas enfrentam, agudizados pelas alterações ao nível da regulação europeia que têm

em vista a implementação do programa “Solvência II” em 2016, levam a crer na

estabilidade do mercado, quer em termos do número de players quer das suas quotas.

Em suma, o estudo realizado mostra o mercado segurador automóvel com uma elevada

concentração, assente em grupos financeiros compostos por importantes instituições

bancárias, apontando ao mesmo tempo para a estabilidade do setor, consequência de

importantes barreiras à entrada de novas empresas.

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Bibliografia

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Apêndice I – Produção de Seguro Direto em Portugal por ramo (em milhares de euros)

2009 2010 2011 2012 2013

Vida 10 383 620 12 173 449 7 536 092 6 922 395 9 245 053

Seguro de Vida 7 201 825 9 601 727 5 503 533 4 818 597 7 312 294

Seguros Ligados a Fundos de Investimento 3 156 772 2 330 857 2 032 402 1 954 212 1 928 429

Operações de Capitalização 25 023 240 865 157 149 586 4 330

Não Vida 4 133 720 4 166 558 4 109 651 3 982 769 3 858 304

Acidentes e Doença 1 353 547 1 356 546 1 304 508 1 260 938 1 232 461

Acidentes de trabalho 673 671 645 924 621 934 555 812 511 158

Doença 499 735 532 241 536 248 551 482 570 554

Acidentes (outros) 180 141 178 381 146 326 153 645 150 748

Incêndio e Outros Danos 746 311 765 259 768 712 766 784 760 470

Automóvel 1 665 543 1 670 726 1 658 951 1 569 213 1 478 230

Marítimo e Transportes 31 521 25 062 27 115 31 984 31 611

Aéreo 17 657 16 340 11 377 8 245 7 326

Mercadorias Transportadas 26 154 26 208 26 401 24 931 24 676

Responsabilidade Civil Geral 111 604 116 108 114 061 113 854 106 324

Diversos 181 384 190 308 198 527 206 819 217 205

TOTAL 14 517 340 16 340 007 11 645 743 10 905 164 13 103 357

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Apêndice II – Produção de Seguro Direto, por empresa, em Portugal no Ramo Automóvel (em milhões de euros)

2009 2010 2011 2012 2013

Empresa Produção Quota Produção Quota Produção Quota Produção Quota Produção Quota

Fidelidade 282,59 17,0% 249,40 14,9% 237,69 14,3% 357,90 22,8% 336,42 22,8%

AXA Seguros 176,96 10,6% 179,35 10,7% 173,21 10,4% 153,39 9,8% 145,91 9,9%

Zurich Insurance PLC 173,73 10,4% 168,18 10,1% 161,25 9,7% 155,98 9,9% 145,38 9,8%

Liberty 95,90 5,8% 102,28 6,1% 117,50 7,1% 128,39 8,2% 127,49 8,6%

Allianz 121,25 7,3% 124,77 7,5% 128,88 7,8% 133,68 8,5% 126,64 8,6%

Tranquilidade 125,19 7,5% 133,94 8,0% 138,32 8,3% 134,85 8,6% 124,04 8,4%

Açoreana 92,23 5,5% 93,04 5,6% 130,62 7,9% 132,03 8,4% 122,66 8,3%

Lusitania Seguros 88,30 5,3% 97,92 5,9% 110,58 6,7% 85,08 5,4% 67,26 4,5%

Mapfre Gerais 51,85 3,1% 53,92 3,2% 54,82 3,3% 50,06 3,2% 47,17 3,2%

Generali S.p.A. 52,94 3,2% 49,25 2,9% 50,81 3,1% 40,89 2,6% 45,96 3,1%

Via Directa 33,37 2,0% 34,86 2,1% 36,09 2,2% 36,74 2,3% 35,46 2,4%

Crédito Agrícola Seguros 25,75 1,5% 26,17 1,6% 26,29 1,6% 25,35 1,6% 24,26 1,6%

Ocidental Seguros 22,47 1,3% 22,05 1,3% 21,01 1,3% 20,53 1,3% 23,65 1,6%

Hilo Direct 15,27 0,9% 17,82 1,1% 19,61 1,2% 20,68 1,3% 20,42 1,4%

Logo 10,45 0,6% 17,88 1,1% 20,42 1,2% 18,24 1,2% 16,58 1,1%

BES Seguros 15,28 0,9% 15,84 0,9% 16,17 1,0% 16,45 1,0% 16,27 1,1%

Victoria Seguros 20,56 1,2% 31,75 1,9% 24,06 1,5% 17,36 1,1% 15,66 1,1%

Macif Portugal 27,95 1,7% 28,37 1,7% 21,14 1,3% 15,33 1,0% 12,85 0,9%

N Seguros 9,16 0,6% 10,29 0,6% 10,53 0,6% 10,53 0,7% 9,97 0,7%

AIG Europe 3,95 0,2% 5,36 0,3% 6,82 0,4% 7,01 0,4% 5,58 0,4%

Groupama Seguros 2,58 0,2% 3,19 0,2% 3,79 0,2% 4,17 0,3% 3,96 0,3%

A.M.A. Seguros 3,67 0,2% 3,60 0,2% 3,44 0,2% 3,16 0,2% 2,80 0,2%

Popular Seguros 0,00 0,0% 0,27 0,0% 0,82 0,0% 1,42 0,1% 1,83 0,1%

Império Bonança 159,66 9,6% 153,59 9,2% 145,09 8,7% 0,00 0,0% 0,00 0,0%

Global Seguros 54,49 3,3% 47,65 2,9% 0,00 0,0% 0,00 0,0% 0,00 0,0%

Total 1665,54 100,0% 1670,73 100,0% 1658,95 100,0% 1569,21 100,0% 1478,23 100,0%

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Estudo do Mercado Segurador em Portugal – Ramo Automóvel

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Apêndice III – Produção de Seguro Direto, por grupo, em Portugal no Ramo Automóvel (em milhões de euros)

2009 2010 2011 2012 2013

Grupo/Empresa Produção Quota Produção Quota Produção Quota Produção Quota Produção Quota

Grupo Caixa Seguros 475,62 28,6% 437,84 26,2% 418,87 25,2% 394,64 25,1% 371,88 25,2%

Grupo Espírito Santo 150,91 9,1% 167,67 10,0% 174,91 10,5% 169,54 10,8% 156,90 10,6%

Grupo BANIF Seguros 146,72 8,8% 140,69 8,4% 130,62 7,9% 132,03 8,4% 122,66 8,3%

Grupo Montepio Seguros 97,46 5,9% 108,21 6,5% 121,11 7,3% 95,61 6,1% 77,23 5,2%

AXA Seguros 176,96 10,6% 179,35 10,7% 173,21 10,4% 153,39 9,8% 145,91 9,9%

Zurich Insurance PLC 173,73 10,4% 168,18 10,1% 161,25 9,7% 155,98 9,9% 145,38 9,8%

Liberty 95,90 5,8% 102,28 6,1% 117,50 7,1% 128,39 8,2% 127,49 8,6%

Allianz 121,25 7,3% 124,77 7,5% 128,88 7,8% 133,68 8,5% 126,64 8,6%

Mapfre Gerais 51,85 3,1% 53,92 3,2% 54,82 3,3% 50,06 3,2% 47,17 3,2%

Generali S.p.A. 52,94 3,2% 49,25 2,9% 50,81 3,1% 40,89 2,6% 45,96 3,1%

Crédito Agrícola Seguros 25,75 1,5% 26,17 1,6% 26,29 1,6% 25,35 1,6% 24,26 1,6%

Ocidental Seguros 22,47 1,3% 22,05 1,3% 21,01 1,3% 20,53 1,3% 23,65 1,6%

Hilo Direct 15,27 0,9% 17,82 1,1% 19,61 1,2% 20,68 1,3% 20,42 1,4%

Victoria Seguros 20,56 1,2% 31,75 1,9% 24,06 1,5% 17,36 1,1% 15,66 1,1%

Macif Portugal 27,95 1,7% 28,37 1,7% 21,14 1,3% 15,33 1,0% 12,85 0,9%

AIG Europe 3,95 0,2% 5,36 0,3% 6,82 0,4% 7,01 0,4% 5,58 0,4%

Groupama Seguros 2,58 0,2% 3,19 0,2% 3,79 0,2% 4,17 0,3% 3,96 0,3%

A.M.A. Seguros 3,67 0,2% 3,60 0,2% 3,44 0,2% 3,16 0,2% 2,80 0,2%

Popular Seguros 0,00 0,0% 0,27 0,0% 0,82 0,0% 1,42 0,1% 1,83 0,1%

Total 1665,54 100,0% 1670,73 100,0% 1658,95 100,0% 1569,21 100,0% 1478,23 100,0%