Mês de junho de 2016

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Mês 06 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

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mais que especial a edição da justiça!

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Diretor responsável Caio Augusto

Novidades, textos, eventos,

matérias, tudo que você

Umbandista procura.

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NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!! Boa leitura.

Redação:

Diretor Geral:

Caio Augusto

Colaboradores:

Douglas Elias;

Glauco Mariani;

Felipe Campos;

Hugo Lapa;

Orlando Aparecido;

Jean de Ogum;

Claudio Vieira;

Bruno Stanchi;

Maria Aparecida;

Rosana Souza;

Equipe Para Sempre Umbanda EAD;

Roberta de Souza;

Pablo Araújo

Claudio Ricomini

Correção e textos:

Equipe Geral

Artes e Distribuição:

Caio Augusto

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(Caio Augusto)

Bem hoje venho com esse texto para falar um pouco da responsabilidade

do médium ou dos frequentadores da casa em ajudar a casa em todos os

sentidos hoje vou me especificar na parte da limpeza.

Bem o que é um terreiro? Lugar aonde cultuamos Deus e os Orixás sim

também mas, o terreiro é aonde se encontram pessoas afim de rezar se ligar

a Deus em fim é uma comunidade sempre na comunidade a um líder um

destaque um pai ou mãe um padrinho ou madrinha um sacerdote ou uma

sacerdotisa eles que ficam responsáveis por organizar o culto mas, eles não

são diretamente diferente que ninguém pelo contrário eles tem mais

responsabilidade que os outros, e eles ficam responsáveis pelo culto não

pelo geral sozinho.

O problema é que as pessoas acham que é só ir girar cambonar e ir embora

e o pai que fique com sua responsabilidade afinal ele é o pai mais estão

bem enganados, cada casa tem seu rodizio uns podem escolher um filho por

semana para limpar outros podem pegar os filhos que não conseguem pagar

a mensalidade por motivos pessoais e limpar e outras usam pares para

limpeza se a casa funciona toda semana e todos os dias no mínimo de 3 em

3 dias precisa de manutenção ai vem a pergunta é feio limpar o terreiro?

NÃO!!!!!!! Por que a casa é sua não é do pai o pai vai e vai ficar alguém no

seu lugar ressalva para terreiros que é na casa do pai mais mesmo assim a

família na maioria das vezes mantem, que quero apontar é a

responsabilidade que você que foi designado a tarefa fazer veja bem vou

fazer uma linha de pensamento para que fique mais claro:

Você entra no terreiro na maioria das vezes você tem que cuidar da sua

vela do anjo de guarda sua quartinha e sua firmeza da esquerda pois bem

você não faz isso uma vez na semana mesmo estando na sua casa ou na

casa de santo? Isso não lhe deixa satisfeito em pensar estou cuidando do

que é meu? é a mesma coisa você está zelando por algo que acha sagrado

por que então aonde ficam concentradas as suas energias seus Orixás você

também não pode zelar?

Limpar uma casa e manter ela vem dês de manter um banheiro limpo a

jogar um copo no lixo todos que estão na mesma comunhão tem o dever de

ajudar a diretoria da casa (que as vezes tem como pai mãe, pai pequeno e

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mãe pequena) eles também tem vida igual a você e também ficam cansados

então na hora que seu pai ou mãe lhe encarregar desse feito faça isso não

pra ele faça isso para você para seus guias que estarão satisfeitos em ver

sua evolução como pessoa faça isso para os consulentes que sentiram bem

dentro do ambiente e faça isso para crescer que muitas vezes numa limpeza

de terreiro ou de altar refletimos muito o que estamos caminhando e por

onde estamos trilhando.

Bem é isso irmãos cada dia mais temos que nos atentar nos detalhes pois

eles que mudam o nosso dia a dia e levam nosso terreiro a crescer um

grande abraço a todos axé jurema sucesso!

Caio Augusto

(Templo de Umbanda Portal Caminhos de Ogum e Baiano Severino)

06/2016

https://www.facebook.com/t.u.portalcaminhosdeogumebaianoseverino

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(Caio Augusto)

Feito pelo autor Pai Edy Sant’nna.

Vida e Morte

A história do Exú João Caveira

Recordações, desejo de vingança, remorso, medos, generosidade e amor... Delicie-se com a história e ensinamentos da vida e morte do Exú João Caveira, abordados de maneira simples e direta pelo autor. Prefácio (Adriano, o Erveiro)

“Convido cada leitor a esvaziar um “cadinho” dos seus conhecimentos e habilidades e permitir ser João por algumas páginas. Mesmo que tenha pudores que não o coloquem na mesma situação, lembrem-se das palavras do Mestre: quem nunca pecou que atire a primeira pedra.”

Editora Scortecci.

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(Hugo Lapa)

Os anjos, arcanjos e querubins mais elevados na escala angélica estavam

começando a ficar preocupados com a situação trágica do nosso mundo. A

humanidade passava por muitas guerras, fome, doenças, sofrimento,

desespero e vazio espiritual. Foi então que decidiram recrutar anjos

iniciantes para dar conta de realizar todo o trabalho do plano divino na

Terra. Mas antes de estrear suas tarefas nas plêiades angélicas do bem, os

anjos nascentes deveriam passar por uma prova a fim de demonstrarem

suas capacidades. Analogamente aos estudos humanos, uma espécie de

prova final para poder cursar a série seguinte.

Um dos anjos iniciantes deveria então atravessar uma provação, uma

iniciação ao reino angélico, que o faria galgar ao status de Anjo do Senhor.

Ele estava ansioso por se tornar logo um anjo e começar sua jornada no

bem, mas antes precisava provar a sua glória e sabedoria. Após o início da

provação, vários arcanjos, serafins e querubins se reuniram e invocaram o

gênio do fogo, que trazia a chama sagrada para o aspirante a anjo. Os anjos

pediram ao aspirante que colocasse suas mãos em forma de concha e

estivesse pronto para receber o fogo divino.

Nesse momento, o Gênio do fogo concedeu uma parcela do fogo sagrado

ao aspirante, sem que a chama do gênio se apagasse. O gênio foi embora e

os anjos disseram: “Esta chama representa a luz da sabedoria, que ilumina

as trevas e dá alento a vida espiritual das almas. Agora vá seguindo o teu

caminho e faça o uso desta chama sagrada, desta luz divina como você

achar melhor”.

O aspirante a anjo viu uma estrada se abrindo a sua frente e foi seguindo

por um caminho bastante escuro. Esse caminho representava boa parte da

atmosfera espiritual do nosso mundo; um clima escuro, pesado e hostil.

Mesmo percorrendo esse caminho de trevas, ele sentia-se bem e orientado,

pois enxergava tudo a sua volta com clareza e lucidez graças a chama que

carregava em suas mãos. Foi então percorrendo por estradas e vales, e no

caminho começaram a aparecer várias pessoas necessitadas, carentes e em

sofrimento, lhe pedindo um pouco da luz da chama. Conforme as pessoas

iam passando e pedindo luz, ele ia dando um pouquinho da chama sagrada

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a cada alma carente. Foi prosseguindo e mais e mais pessoas vinham a ele e

pediam um pouco da chama em suas mãos.

No entanto, o anjo observou que, após algum tempo, quanto mais dava o

fogo sagrado que iluminava seu caminho, mais a chama ia diminuindo de

tamanho. O anjo aspirante deu mais algumas porções de luz e agora

caminhava apenas com uma pequena faísca, e quase não podia ver o

caminho. As trevas começavam a tomar conta de tudo, e ele sentiu um

certo temor. Então iniciou-se um diálogo interno “Devo dar a última faísca

de luz que ainda possuo? Não seria melhor guardar essa porção luminosa

para que eu também não mergulhe nessa escuridão aterradora?”. Com a

possibilidade de perder sua última partícula do fogo, que o aquecia e

iluminava nas densas trevas que percorria, ele começou a cogitar ficar com

a faísca, mas ainda estava em dúvida.

Este dilema foi sufocando o aspirante conforme ele seguia sua jornada. De

repente, surgiu uma velha senhora a sua frente, e lhe pediu a luz que

sobrara. O anjo titubeou, refletiu, lembrou-se dos ensinamentos espirituais,

e num ato de sacrifício e desapego, deu sua última parcela do fogo, o

último ponto luminoso que restara. Ficou então em escuridão total.

Eis que, dentro de si mesmo, começou a brilhar uma chama, a mesma

chama sagrada que havia recebido do gênio do fogo na presença dos anjos.

Sentiu uma espécie de calor sutil em seu peito, e notou que o fogo, que

antes estava em sua mão, começara a nascer de dentro dele; seu próprio

interior era agora a fonte da chama sagrada. Nesse momento, tudo a sua

volta começou a ficar maravilhosamente iluminado e aquecido.

Percebeu então que, ao seu redor, estava rodeado de um coro repleto de

centenas de anjos que acompanhavam todos os seus passos, do início ao

fim desta jornada. O aspirante entendeu que os anjos jamais o

abandonaram, mas estiveram ali o tempo todo, zelando por ele e

observando suas reações diante do desafio imposto. O Anjo do Senhor

proferiu as seguintes palavras:

– Venceste a prova do egoísmo e entregaste tudo o que lhe restava da

chama sagrada da sabedoria para quem lhe pediu, mesmo tendo a

impressão que ficaria sem ela. Se o egoísmo tivesse vencido, cairias neste

vale escuro e ficarias sem luz, tal é o estado de boa parte da humanidade.

Confiaste em Deus e provaste a ti mesmo que quem se entrega

completamente no caminho do bem, jamais fica desassistido e sem luz. A

chama sagrada, que antes era exterior a ti, agora arde em teu próprio

interior, pois demonstraste a superação diante do egoísmo que impera em

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quase toda a humanidade. Observe que todos nós, anjos, arcanjos e todas as

hostes celestiais, possuímos uma chama sagrada em nosso coração. Da

mesma forma que uma vela, ao acender outra vela, não perde a sua chama,

também os seres humanos e os anjos, quando transmitimos nossa luz, não a

perdemos, ao contrário – a luz só se expande. Vamos acendendo a luz de

cada pessoa com eles. Quanto mais damos sabedoria e amor, mais eles se

intensificam. A sabedoria e o amor são diferentes das coisas materiais.

Quando damos um objeto a alguém, ficamos sem ele. Mas quando doamos

amor e sabedoria, não os perdemos. Agora possuis algo que nenhum ladrão

pode roubar; que ninguém pode destruir; que as correntezas do tempo não

degradam. Podem levar tudo de ti, até mesmo tua vida física, mas a

sabedoria e o amor, jamais pode ser perdida. Cuida apenas, como disse

Jesus, em não dar pérolas aos porcos. Mas distribua tua luz entre todos,

sempre dentro de capacidade individual de cada pessoa em acolhê-la.

Agora finalmente és um anjo na Terra.

Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : [email protected] ou via face gratidão.

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(Adérito Simões)

Um amigo meu me avisou uma vez:

- Adérito, não entra nesse negócio de Umbanda. Depois que entra, você

não consegue sair mais!

Hoje, muitos anos depois de ter ouvido isso, tenho que concordar. Depois

de conhecer Deus (Olorum), os Orixás e as entidades não dá mais vontade de

sair! Antes, eu não falava com Deus. Hoje, falo com Ele todos os dias e ainda de

quebra ganhei uma centena de amigos. Sou amigo do seu Zé, do Caboclo 7

Montanhas, do Exu Tranca-Ruas, da dona Maria Padilha, do Pai Maneco, do

Cacique Cobra Coral. O melhor de tudo é que meus amigos novos são imortais!

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Nunca passarei pela dor da perda com eles! Quer amigo melhor que esses? Não

importa onde você esteja ou o que aconteça, eles estarão sempre ali.

Ganhei uma família. Eu tenho pai carnal e pai espiritual. Eu tenho mãe

carnal e mãe espiritual. Meus avós carnais já faleceram, mas ainda tenho uma vó

espiritual, a dona Maria Imaculada e um tio-avô, Pai Edson.

Ganhei também pais e mães divinos! Tem a mãe Iemanjá, que é a maior

mãezona de todas, tem o pai Xangô, que é um brincalhão, mas adora passar lição

de moral toda vez que faço besteira, tem a mãe Iansã, que é a mãe viajandona,

pai Ogum, pai Obaluaê e uma pancada de outros.

Por que eu iria querer sair da Umbanda? Não dá! Eu agora tenho filhos

espirituais e eles são minha responsabilidade! Tenho filhos espirituais que não

tiveram contanto com seus pais carnais. Sou a única referência de pai que

tiveram na vida. Tem como cair fora da obrigação de ser pai? Pai que cai fora

não é pai, não é mesmo? Não tem como cair fora. Quem cai fora do terreiro e da

religião no primeiro problema que aparece cairá fora de todos os outros lugares

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da mesma forma. Pedirá divórcio na primeira briguinha com a esposa, fugirá da

raia quando souber que a namoradinha engravidou, pedirá arrego quando a

primeira pessoa lhe desafiar e assim por diante. Tem uma música do Zeca

Pagodinho, letra de Sylvio da Silva, que diz: “Se eu quiser fumar eu fumo. Se eu

quiser beber eu bebo. Pago tudo o que consumo com o suor do meu emprego.

Confusão eu não arrumo, mas também não peço arrego”. Esse é o resumo

popular da pessoa sincera e honesta consigo mesmo. Cumpre com todas as suas

obrigações, mas quando o bicho pega parte para cima e resolve o problema. Não

estou falando de porradeira, até pode ser uma de verdade, mas falo da vida.

Quem pede arrego fácil no terreiro, pede arrego fácil em qualquer lugar e nunca

conseguirá nada na vida. Você pede arrego fácil? Eu não. Sair não é uma opção.

Onde Deus está eu estou também.

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https://www.facebook.com/ParaSempreUmbandaEad

(Alexandre Cumino)

ORIXÁS NA UMBANDA

Primeira dúvida do Curso EAD (On Line - virtual) Orixas na Umbanda

(www.umbandaead.com.br)

Aluna Lucia, pergunta:

Salve Pai Alexandre! Agradeço sinceramente por mais este curso

esclarecedor. Esta é a primeira aula, mas dá para averiguar a qualidade do

professor e do conteúdo. Excelente!

Na literatura do Rubens Saraceni, ele fala de qualidades e atributos dos

Orixás. Entendo os Orixás como qualidades e atributos de Deus.

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Particularmente não consigo fazer distinção entre qualidade e atributo no

sentido escrito pelo Rubens.

Gosto da analogia de que se Deus fosse o Sol, cada raio do Sol seria uma

expressão de Deus que o qualifica de forma distinta de outro raio, cuja

origem, embora sendo a mesma, na sua expressão, é diversificado. Quanto

mais próximo da origem, do próprio Sol, mais intensa é a expressão da

qualidade representada pelo raio. Na linha de cada raio a intensidade da

expressão de Deus vai ficando mais individualizada e separada de outros

raios quanto mais distante, mas nem por isso separada do próprio Sol. O

Sol está em todos os seus raios e todos os seus raios são o próprio Sol.

Mas que consciência temos dessa ligação?

Quando se fala em "religare", creio que não se religa algo que já está

ligado, mas sim se altera a consciência da ligação que já existe.

Também acredito, como você menciona em sua aula, que devemos ter a

mente aberta, respeito e compreensão sobre as inúmeras maneiras de nos

expressarmos sobre Deus, ou como nos relacionamos com Ele, que

consciência temos dessa Força Divina que é Deus. Quando lemos os textos

Sagrados das várias religiões me parece incrível como a mesma coisa é dita

de várias maneiras, e quão semelhantes são as mensagens e os números. E

aqui me refiro novamente às qualidades divinas e, em especial, o número

sete.

Pelo que você coloca em sua aula, entendi que os Orixás na Umbanda,

como divindades que são manifestações das qualidades de Deus, expressam

Seu Amor, Sua Justiça, Sua Lei, Sua Fé, Seu Conhecimento, Sua Evolução,

Sua Criação (sete) em tudo e em todos ("Deus que se repete em seus

aspectos masculinos e femininos em tudo e em todos").

Ao ler uma tradução parcial do Zohar ficou claro para mim a

correspondência das sete qualidades de Deus ali expressas com o que está

sendo ensinado aqui e também há correspondência de muito que é colocado

nos livros do Rubens com as leis herméticas explicadas no Caibalion,

textos estes de origem judaica.

A Umbanda é realmente linda, pois abre o nosso coração para o diverso e o

simples ao mesmo tempo, e aqui gostaria de fazer um agradecimento

especial por estar tendo a oportunidade de estudar com vocês. Sou

sinceramente grata, pois todo o esforço de vocês reverbera em

oportunidades incríveis de ampliar também nosso autoconhecimento e a

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relação que temos com nossa religiosidade [nossa consciência de ligação

com nossos guias, os santos, os anjos, as divindades (Orixás)... em

essência, com Deus]. Ou seja, nosso entendimento e Consciência de Deus

em nós.

Sou sinceramente grata! Muito axé! Saravá!

Alexandre Cumino, responde:

Olá Lucia, muito grato pelas palavras.

Sim os Orixás são, também, qualidades e atributos de Deus, mas não

apenas isso. São individualizações divinas e consciências planetárias,

forças da natureza, energia, vibração e presença em nossas vidas.

Qualidade e atributo é praticamente sinônimo o que se distingue é:

atributos e atribuições. Atributo são as qualidades e atribuições são o que

realizam em nossas vidas.

Muito bonita a metáfora do Sol com Deus e as divindades.

Muito grato por suas considerações.

Lucia você foi quem postou a primeira dúvida de conteúdo aqui no fórum,

tomo a liberdade de compartilhar sua dúvida no facebook do Colégio Pena

Branca. Além de um questionamento sua dúvida traz muito esclarecimento.

Gratidão e seja bem vinda ao Curso Orixas na Umbanda da plataforma

www.umbandaead.com.br

Acompanhe meu canal no YouTube colégio pena branca.

Alexandre Cumino

P.S.: Ainda é possível se matricular e fazer parte deste curso no

www.umbandaead.com.br

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(Bruno Stanchi)

É chamado de demanda o ato de direcionar determinada energia a uma

pessoa ou a um grupo de pessoas. A prática da magia pode ter objetivos

positivos ou negativos, tudo vai depender da intenção daquele que a inicia,

ou seja, daquele que a dispara.

Nesse pequeno texto, nos ateremos aos efeitos do feitiço ou magia com

objetivos negativos.

Muito se discute quanto à eficácia desse tipo de prática, nós,

particularmente, acreditamos que há, porém, há uma observação a ser feita.

Para que a demanda tenha êxito, é necessário que seu destinatário esteja

vulnerável a ela.

Esse estado de vulnerabilidade, ao contrário do que se possa imaginar, tem

pouco a ver com a falta de elementos de proteção, como patuás, firmezas,

assentamentos, etc., também tem pouco a ver com a condição, quantidade

ou força de guias espirituais que a pessoa possa ter. Na verdade, a

vulnerabilidade tem a ver com a condição psíquica e das condutas adotadas

pela pessoa, vítima da demanda.

Sabemos que para que um fio condutor de energia tenha sua função

exercida, é necessário que uma de suas pontas seja conectada a uma fonte

de energia e que na outra ponta haja um aparelho que seja capaz de receber

a energia conduzida por ele, daí o nome “fio condutor”.

Imaginemos que ao conectarmos uma das pontas do fio condutor à tomada,

ele receberá certa carga de energia a qual será conduzida até sua outra

extremidade, se nessa outra ponta não houver um aparelho ou, mesmo

havendo, esse aparelho não for apto a receber a energia conduzida pelo fio,

nada acontecerá. Por outro lado, se alguém que não observar os devidos

cuidados e tocar na extremidade do fio, sofrerá choque como consequência

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da descarga elétrica ou, se conectarmos um aparelho elétrico apto, este irá

ser posto em funcionamento.

Compreendido dessa forma, passamos a analisar como uma pessoa torna-se

vulnerável aos efeitos de uma demanda.

Com o exemplo do fio elétrico, podemos concluir que nenhum mal poderá

sofrer alguém a quem, eventualmente, possa ter sido projetada uma

demanda, caso esta pessoa não esteja vulnerável aos efeitos dela. Por outro

lado, estando em estado de vulnerabilidade, é certo que sentirá seus efeitos.

Vamos nos ater, nesse nosso ensaio, àquele que, por ventura, está nesse

estado, ou seja, no estado a que chamamos de vítima vulnerável.

Tendo descoberto que foi vítima de uma demanda, a maioria das pessoas

tem o desejo, quase que imediato, de vê-la revertida contra a quem a

demandou. Todavia, poucos vão parar para pensar e refletir de o porquê

terem a recebido.

Isso mesmo! Parar para pensar e refletir sobre o motivo pelo qual a

recebeu.

Ora, nada no Universo é à toa, nada é permitido por Deus e pela

espiritualidade sem que houvesse uma finalidade positiva.

Quando recebemos uma demanda, temos a oportunidade de refletirmos

sobre nossos atos, nossos pensamentos e sobre nossa forma de viver.

Num primeiro momento, é necessário, por certo, a ativação de forças para a

anulação dos efeitos da demanda e também tomar providências para

romper os fios energéticos disparados contra nós, porém, num segundo

momento, é necessário que se compreenda a importância de iniciar um

processo de autocrítica, um olhar para si, na busca do entendimento de

nosso estado de vulnerabilidade.

Muitos culpam suas próprias Entidades, seus Guardiões ou, até mesmo, os

Orixás, por terem os virado as costas, deixando-os a própria sorte. Poucos,

no entanto, irão admitir que se tornaram vulneráveis por si só. A isso eu

chamo, ironicamente, de: “terceirização da responsabilidade”.

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Após livrar-se dos efeitos de uma demanda, é necessário refletir, é

necessário se auto analisar, é necessário buscar a autotransformação para

que, de fato, não volte a sofrer com uma nova demanda.

Analisado dessa forma, é nítido que uma demanda possibilita oportunidade

de autoconhecimento e reforma íntima. Pensar o contrário é não crer na

misericórdia e bondade divina.

Portanto, ao se livrar de uma demanda, analise os motivos pelos quais se

tornou vulnerável, como, por exemplo: Quais tem sido seus pensamentos?

Como tem agido? Onde tem fracassado em seu amadurecimento?

Após refletir e encontrar as respostas é hora de modificar aquilo que é

preciso, para que você não permaneça nesse estado de vulnerabilidade.

A vingança, por certo, não é o caminho adequado. Melhor é deixar que a

Lei Maior e a Justiça Divina atuem.

Se atenha em você, aproveite para se olhar e iniciar o trabalho de auto

reforma. Não há mal que não se transforme em bem, o que muda é o ponto

de vista.

Bruno Stanchi

Sacerdote, Dirigente do Templo de Umbanda Sagrada XV de Novembro e

eterno aprendiz.

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(Pablo Araújo)

Lendas, a alegoria que revela o oculto.

Publicado em 11 de janeiro de 2016

Lendas são recursos humanos que descrevem de forma alegórica as

qualidades, atributos e atribuições das divindades e dos seres divinos,

humanizados por nós, os únicos seres que podem humaniza-los, pois só nós

fomos qualificados por Deus com essa natureza a humana.

Lendas ou mitologias servem antes de tudo para descrever de forma

alegórica o que de forma puramente científica seria impossível de ser

descrito e introduzido como conhecimento de massa sobre Deus e suas

qualidades divinas ou divindades.

Humanizar uma divindade ou uma qualidade divina, é tornar concreto algo

abstrato, é tornar tangível algo intangível, e é fundamentar algo subjetivo,

tendo em vista que uma realidade divina é uma realidade puramente mental

ou acessada única e exclusivamente através dos sentidos.

Tal como o Amor é uma qualidade divina e um sentido abstrato que ao

humaniza-lo o concretizamos na forma de uma união ou casamento. Tal

como a Fé que é uma qualidade divina e abstrata que ao humanizarmos

essa qualidade a concretizamos na forma de Religião, e assim com tudo que

está no campo do sentido ou que adquiriu existência em nosso íntimo não

sendo palpável ou visível.

As lendas e as mitologias, trazem essa faculdade, que é a de humanizar e

depois traduzir uma qualidade divina já num padrão humano para que a

criatura entenda melhor o seu Criador, já que somos partes Dele.

Hoje em pleno século XXI devemos entender que as lendas são alegorias

que nos foram inspiradas para descrever o indescritível, cuja descrição

trazem uma essência e um olhar tipicamente humano sobre Deus e suas

qualidades divinas que são em si suas divindades.

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Sabemos que a qualidade divina de Deus que ordena tudo na criação é

representada pelas milícias celestes, cuja a retidão moral o descreve como

senhor dos caminhos e que nós umbandistas o temos na conta de Senhor da

Lei Maior e que o reverenciamos como o Divino Pai Ogum, nas lendas

antigas temos várias descrições do divino pai Ogum e uma dessas

descrições e das qualidades desse Orixá na mitologia africana mas

precisamente na cultura nigeriana refere-se a uma qualidade de Ogum que

diz: "Que Ogum é o Orixá que tendo água para banhar-se prefere banhar-se

em sangue"

Se levarmos essa descrição ao pé da letra como fazem os fundamentalistas

mais dogmáticos, descreveria que uma ação violenta de um filho de Ogum,

se justificaria no arquétipo ou qualidade do Orixá Ogum, pois em uma de

suas lendas ele foi descrito como "Aquele que tendo água para banhar-se

prefere se banhar em sangue"

Sabemos que O Divino Pai Ogum é sinônimo de retidão, cordialidade,

sobriedade e lealdade, sendo assim, um filho de Ogum cuja presença divina

habita em seu íntimo, não gera a violência, pois Ogum é sinônimo de

respeito e diálogo, e a guerra é justamente a falta de diálogo, é a tirania que

não respeita a opinião alheia, assim um ser violento não pode justificar sua

ação dizendo: "Sabe o que é, é que sou filho de Ogum o Orixá da guerra e é

por isso que sou assim"

Você até pode ser filho de Ogum, mas um filho cujo íntimo manifesta a

ausência do pai Ogum, pois se Ogum é o respeito e o diálogo, toda falta de

respeito e diálogo pressupõe a ausência do Pai Ogum em seu intimo, e

Deus não gera violência, pois a violência é somente uma ausência da paz,

Ogum também não gera violência, pois Ogum é uma qualidade de Deus,

sendo assim, Ogum lida com os violentos, os arredios, e os revoltados,

reordenando-os e requilibrando-os para que voltem a vibrar a presença e

não a ausência da divindade Ogum em seu íntimo.

Há outra lenda do divino pai Xangô que o descreve como afeito a

poligamia, tendo três esposas Oxum, Inhasã e Obá.

Mais uma vez devemos entender as lendas como alegorias ou uma forma

que os nossos mais velhos e ancestrais tinham de propagar de forma oral as

qualidades de suas divindades no qual a humanizavam em demasia para

assim propagar e fixar seu culto.

Esse "modus operandi" era um recurso não só do culto as divindades afros

e sim também era um recurso dos gregos para com seu panteão Divino

narrando histórias de ódio, traição, paixão, inveja, guerras, etc, sendo esses

sentimentos gerados tipicamente pela nossa ausência em Deus, porém

atribuídos as divindades, pois essa era a única forma de humanizarem e

estabelecerem um culto forte a essas qualidades divinas.

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Hoje temos sim que respeitar essas lendas e mitológias como um

patrimônio imaterial que nossos mais velhos se esforçaram dando o melhor

de sí para fundamentar em todos os sentidos um culto as divindades Orixás

que até hoje amparam seus filhos. Devemos nos orgulhar da encantadora

mitologia africana que não perde em nada para também encantadora

mitologia grega.

Porém não devemos acreditar nessas lendas como algo real, por exemplo:

sou casado e sou filho do Orixá Xangô, sendo assim sendo eu estabelecido

no Brasil, onde a relação matrimonial só se concretiza no regime

monogâmico, qualquer traição minha se justificaria na minha

ancestralidade divina, pois na lenda do meu Orixá regente o descrevem

como um amante poligâmico incorrigível.

Devemos procurar o que está por de trás do simbolismo da alegoria, para

depois de uma forma racional justifica-la. Primeiro devemos saber em que

contexto vivia a sociedade da época cujas lendas e divindades foram

humanizadas, na Nigéria a poligamia é natural, tendo como dever o varão

ou marido de prover em todos os sentidos todas as suas esposas e ama-las

por igual, sendo fiel e dedicado a elas. Sendo assim se justifica a lenda

(alegoria) no qual Xangô possui três esposas. Algo que possa parecer um

absurdo no ocidente fruto de uma cultura judaico-cristã enraizada em nossa

cultura atual, se torna normal em outras civilizações e sociedades que não

foram influenciadas pela cultura cristã.

Xangô tem como a primeira esposa Oxum. Hoje sabemos que Xangô é o

sentido da razão e raciocínio, e Oxum é o sentido do amor e da concepção.

Inhasã é o movimento, é a lei em execução que executa e movimenta a

justiça de Xangô na vida dos eguns (espíritos), conduzindo-os em seus

caminhos evolutivos. Obá é a senhora da razão e do raciocínio, é ela que

concentra os mandamentos de Xangô para que as leis não sejam dispersas.

Xangô rege o elemento fogo, Inhasã o elemento ar e Obá o elemento terra.

Oxum rege os minérios enquanto elemento. O fogo se condensado numa

barra de ferro(minério) mantem seu calor, mantendo-o aquecido sem se

propagar. Aqui (ferro e fogo) simbolicamente está implícito o casamento

alegórico de xangô e oxum que simboliza a união, o lar (o calor do fogo

retido no ferro). Xangô é justiça e justiça sem amor é tirania, pois só o

Amor (Oxum) é capaz de tornar a justiça (Xangô) benevolente.

Já o fogo (Xangô) sem o oxigênio Inhasã não vive, pois é o ar que o

mantém vivo, e é o ar que propaga as leis que vão se espalhando de boca

em boca ou de chacra laríngeo em chacra laríngeo a justiça de Xango.

Sem a lei de Inhasã para executar, a justiça de Xangô não se torna legítima

e aplicável. Obá é a terra fértil que dá estabilidade e torna criativo os

mandamentos de Xangô para que assim ampare toda a criação.

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Daí sim se justifica uma lenda que alegoricamente envolve um "triângulo

amoroso". Temos que entender que os nossos irmãos ancestrais tinham

suas próprias formas de propagação de suas religiões e divindades, que

para a época eram válidas, porem hoje serve somente para desvendarmos as

qualidades que está por traz de um arquétipo, de um símbolo ou de uma

lenda que traz oculta, as qualidades, atributos e atribuições de um Orixá.

Há uma lenda de Exu que diz assim:

Havia uma estrada que dividia duas fazendas, cujos fazendeiros eram

amigos. Certa vez passou um homem por essa estrada, que sobre a cabeça

usava um vistoso chapéu. Ao final do dia, os fazendeiros comentaram o

fato. Um deles disse: “Viram o homem de chapéu preto?” E o outro:

“Preto? O chapéu era vermelho como sangue!”. E passaram a discutir. Sem

que um conseguisse convencer o outro, acusaram-se mutuamente de

mentirosos. Juntou gente para ver o tumulto. Já estavam nas vias de fato

quando lá de cima do morro grita o tal homem: “Parem de brigar,

estúpidos! Era eu quem usava o chapéu. Eu sou Exú, e gosto de causar

confusão!”

PS: Exu não é a confusão mas lida com os confundidos. Exu não é vaidoso

mais lida com nossa vaidade. Exu é o senhor da ilusão, não porque ele gera

a ilusão ou estimula a ilusão e sim porque esgota nossa vaidade e a nossa

ilusão em acreditar que realmente compreendemos o seu mistério ao ponto

de estabelecer uma verdade.

Nessa lenda Exu está a dizer:

Não se apegue aos detalhes, pois cada um na sua forma de enxergar a vida

(lado) visualizou parte da cor do meu chapéu (mistério) no qual não

permito conhecer por inteiro e só em parte. Porém deixaram que sua

vaidade em querer a primazia sobre a verdade absoluta sobre meu mistério

(chapéu) gerassem guerra e violência em meu nome.

Para entender um mistério divino e Eu sou um mistério de Deus, é preciso

elevar-se consciencialmente para cima do morro (estado de consciência

elevado) de onde terão uma visão completa do chapéu que é em si preto e

vermelho (dual) preto, pois desvitaliza tudo o que é nocivo à vida. E

vermelho, pois vitaliza tudo que à vida ampara.

E Exu terminou dizendo: os tolos sempre se apegam a detalhes, mas os

sábios se apegam ao essencial e em silêncio se elevam e buscam um olhar

de cima (elevado) para aí sim descrever um mistério.

Por isso uma lenda ou mitologia não deve ser entendida de forma

dogmática, pois dessa forma profanamos algo divino com vícios gerados

apenas por nós, que ausentes de Deus e de suas divindades, geramos

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guerras, traições, paixões, etc.

Exu é tudo que quiser ser, pois como tudo na criação, ele também assume o

olhar que dão a Ele. Exu é tudo menos fundamentalista. A verdade pertence

ao tempo. Ame ao mistério Exu como quiserem e ele ainda será somente

como o criador o gerou. Como explicar o inexplicável, só nós seres

humanos o fazemos.

(Basílio Filho)

COMO MANTER A CASA LIVRE DE ESPÍRITOS OBSESSORES

Muitas casas da população terrestre passam a ser também a casa de muitos

espíritos obsessores. Eles convivem como se fossem suas verdadeiras

casas. Há casas onde existe uma infinidade de espíritos inferiores. Há uma

série de razões para que estes espíritos permanecem nestas casas, mas uma

coisa é certa: eles se afinizam com os moradores encarnados destas casas.

Muitos e muitos problemas trazem estes irmãos inferiorizados aos

habitantes destas moradias.

Quem são estes espíritos? Muitas vezes são parentes das pessoas que ainda

estão encarnadas: pai, mãe, irmãos, tios, compadres etc. São aqueles que

não sabem ainda que faleceram e permanecem junto aos seus como se nada

tivesse acontecido. Outros são espíritos invejosos que não desejam que esta

família progrida, que evolua e passam a atormentar todos os membros da

casa. Alguns são espíritos bandoleiros, peregrinos das ruas que não têm

para onde ir e se alojam em qualquer casa, qualquer lugar para eles está

bom. Alguns são os antigos donos destas casas, como são materialistas, não

querem sair dali, pois acham que aquela propriedade é sua por direito.

Muitos são espíritos vingativos, aqueles a quem prejudicamos no passado:

nós os matamos, roubamos seus maridos, suas mulheres, surrupiamos-lhes

os bens, deixamo-nos na miséria, maltratamos, cortamos braços, pernas,

dedos, arrancamos olhos, orelhas, etc. Estes são os mais problemáticos,

pois este ódio continua por séculos.

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Muitos problemas vão sofrer os habitantes destas residências; brigas,

intrigas, fofocas, falcatruas, doenças, miséria, bebedeiras, farras, sexo

desenfreado, roubos, assassinados, etc. Eles vão enfrentar todo tipo de

problemas.

Temos algumas regrinhas para manter os nossos irmãos longe de nossas

casas. A primeira delas é a pessoa ter uma religiosidade. Eu disse

religiosidade, não religião. Religião é um nome dado pelos humanos.

Religiosidade é aquela que faz a ligação verdadeira com Deus. Aqueles que

são simples, humildes de coração, que não cometem tantos erros, que não

fazem falcatruas, que mantém uma boa educação, que estuda e trabalha,

ajuda os necessitados, deixam de ser beberrões, farristas, sejam

responsáveis, honestos, sinceros, bons de coração, que não mantém sexo

fora do casamento, que não façam do sexo um rol de pensamentos

negativos, que orientam bem os seus filhos, que se afastem de todos os

vícios.

Devemos manter as nossas casas sempre limpas, tudo colocado em seus

devidos lugares, bem arejadas, janelas e portas abertas (a casa deve ter

muro para evitar problemas com roubos). As nossas coisas não podem estar

jogadas por qualquer lugar, nossas camas bem arrumadas. Os nossos

quintais devem estar sempre limpos, sem acúmulos de lixo ou coisas velhas

por toda parte.

As pessoas que moram nestas casas precisam ser respeitosas, tratar bem a

todos com os quais convivem e os que os visitam. Deve-se evitar todo tipo

de palavrões, mentiras e fofocas.

Não devemos usar das músicas pauleiras, som muito alto atrapalhando os

vizinhos. No momento das músicas muito altas, vários vizinhos estão

enviando pensamentos negativos para a sua casa, além de se estar abusando

dos direitos, pois o meu direito só vai até onde começa o direito do outro.

Deve-se evitar também as festas em que se extrapolam nas bebidas, nos

jogos, na gritaria, pois os espíritos inferiores gostam muito disso. Deve-se

usar uma música suave rodar durante o dia para melhorar o ambiente.

O evangelho no Lar é importantíssimo. Por isto a família deve reunir todos

os membros da casa num determinado dia da semana e sempre no mesmo

horário fazer o Evangelho no Lar. Por exemplo num domingo: às 12 horas

todos se reúnem, fazem uma prece de abertura, leiam uma página da Bíblia,

de preferência dos 4 evangelistas, ou quem é espírita, do Evangelho ou um

livro qualquer com uma bela mensagem religiosa. Faz-se um breve

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comentário, agradece a Deus, pede a proteção divina para o Lar durante

toda a semana.

Deve-se também, ao se deitar, fazer uma oração de agradecimento a Deus e

pedir a Deus a proteção para toda a noite. Os nossos mentores, anjos de

guarda, espíritos familiares vão-nos ajudar durante toda a noite. Façamos

isto sempre e vamos ter uma vida feliz.

(Claudio Ricomini)

Quando entramos na religião de umbanda nos é ensinado que devemos

respeitar todas as religiões. E isso é uma grande verdade que deve ser

seguida por todos, e não só pelos umbandistas, mas todas as pessoas do

nosso país. A maioria das pessoas que frequentam uma casa de umbanda

também vão à outras religiões e isso é uma prática comum em nosso país. É

muito comum que o frequentador em um dia da semana, vá no terreiro de

umbanda e também vá missa ou a uma sessão espírita ou até mesmo em

uma festa de um candomblé. Isso é um fato em nosso país e acontece de

norte a sul devido a abertura religiosa e cultural existente na umbanda.

Como a umbanda absorveu conceitos indígenas, africanos e do catolicismo,

as pessoas não vem nenhum problema nesse trânsito religioso, quando isso

é praticado pelo consulente ou seja aquele que frequenta sem um

compromisso o terreiro de umbanda a própria espiritualidade aceita e não

ver nenhum mal nisso. Porém um umbandista de fato, aquele que

semanalmente trabalha dentro de uma determinada casa deve ter a sua fé

assentada na sua religião. Todo umbandista pode e deve visitar outras

religiões mas a sua fé, Deve estar assentada na religião de umbanda que

tem seus fundamentos próprios, diferenciando das demais religiões do

nosso país. Não é possível um umbandista em um dia da semana trabalhar

com seu guia numa gira de Exu, no outro dia atender com seu médico

espiritual em outra casa e no fim de semana pertencer a um terreiro de

candomblé. Cada uma dessas religiões tem fundamentos, dogmas e

conceitos diferentes fazendo com que sejam bem diferentes entre si apesar

de não parecer. Um católico não frequentar uma igreja evangélica não vai a

um salão de testemunhas de Jeová e também não vai em uma igreja

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adventista. Todas as religiões acima citadas acreditam em Jesus porém tem

doutrinas diferentes. Também existem umbandistas que frequentam dois,

três terreiros ao mesmo tempo. Cada dia da semana está em uma casa

diferente. A fé do umbandista deve estar sentada em uma única casa em

uma única religião, visitar podemos, mas devemos ter fidelidade a nossa

religião aos nossos conceitos, dogmas e fidelidade a nossa casa de fé.

Quando estamos agregados uma casa a divindade regente (Orixá) assume a

nossa guarda, não sendo possível outra divindade assumir essa

responsabilidade enquanto você pertence à outra casa, não existindo a

divisão de guarda. Cada um de nós é guardado pela divindade da nossa

casa de fé não importando o grau e tempo dentro da casa. É um assunto

polêmico porém que deve ser refletido por todos nós. Fidelidade a

umbanda, fidelidade a sua casa de fé. Abraços fraternos a todos Claudio

Ricomini Dirigente da Casa do Pai Benedito

Tenda Espírita de Umbanda Santa Rita de Cássia

Por Gustavo Abdel / CAMPINAS e RMC

O túmulo da entidade Exú Tranca Ruas das Almas, como é chamada por

religiosos de matrizes africanas, e que fica na quadra 17 do Cemitério da

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Saudade, em Campinas, foi reformado e ampliado para acolher os diversos

fiéis que passam pelo local diariamente. Considerado o único no Brasil

dentro de um cemitério, o local vai receber um evento especial após o

restauro. No 16 de julho estão programados queima de fogos e a presença

de representantes de dezenas de terreiros de Campinas e região.

A entidade é considerada pelos adeptos como o “senhor dos caminhos, o

orixá mensageiro e vencedor de demandas”. É do cemitério que viria sua

grande força para atender aos pedidos de quem o evoca. Daimon Ruas foi o

restaurador responsável por fazer as melhorias naquele espaço. “Coloquei

piso, pintei, e como foram feitos muitos pedidos, tirei a lona que cobria o

túmulo para os frequentadores realizarem seus trabalhos”, contou Ruas.

Antes do dia 16 ele disse que pintará novamente o túmulo para estar tudo

em ordem no dia da festa. “É inédito no Brasil a inauguração de um túmulo

de Exú”, explicou Ruas, que também possui um terreiro de umbanda em

Campinas.

Na verdade não tem ninguém enterrado naquele espaço. De acordo com o

presidente da Associação dos Religiosos de Matrizes Africanas de

Campinas e região, João Carlos Galerani, o pai Joãozinho, o espaço foi

doado há décadas por um senhor que teria alcançado uma graça. “Fizemos

o fundamento da energia do Tranca Ruas e esse é um espaço de trabalhos e

pedidos dos religiosos de matrizes africanas”, explicou Galerani. Como é

um local onde são colocadas diversas oferendas, muitas delas incluindo

alimentos, o presidente da associação informou que será colocada, no dia

do evento, uma placa pedindo para que os frequentadores conservem o

local limpo. “Esse é um patrimônio, e estava muito depredado”, frisou.

Para o dia 16 serão convocados aproximadamente 70 terreiros de Campinas

e região. Uma queima de fogos está programada. Na manhã de ontem, o

túmulo de Exú era um dos mais visitados. Os frequentadores levam bebidas

alcoólicas, velas e demais objetos para a entidade.

Maria José, de 57 anos, conta que há pelo menos 10 anos vai até Tranca

Ruas pedir sua proteção. “Ele sempre atende aos pedidos. É preciso ter fé”,

disse. O coveiro Luis Carlos Foganholi, de 65, foi um dos que ajudou o

restaurador Ruas na reforma, e conta que aquele setor do cemitério é o que

concentra maior quantidade de oferendas. Com a organização do espaço,

ele também espera que as pessoas colaborem com a limpeza.

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12ª Procissão ao Pai Xangô Promoção: Aldeia de Caboclos / fotos para sempre umbanda ead

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ORIXÁS NA UMBANDA

CURSO VIRTUAL

Ministrado por Alexandre Cumino

ABERTAS AS INSCRIÇÕES NO SITE:

www.umbandaead.com.br

Início dia 16 de Junho !!!

A Umbanda é uma religião que

cultua os Orixás de origem

cultural africana, nagô yorubá, e

isto se deu pela presença de

todas as raças e etnias que

formam a cultura brasileira.

Embora o culto de Orixá é mais

presente no Candomblé

enquanto religião afro-brasileira

que resgata o antigo Culto dos

Orixás na África, a Umbanda

traz uma releitura dos Orixás e

isso quer dizer que independente

da forma como se relaciona com

os Orixás na África ou no

Candomblé, aqui na Umbanda

existe uma outra maneira de

entender e se relacionar com

essas Divindades, os Orixás. E

para ajudar na compreensão de

quem são os Orixás na visão

Umbandista é que este curso foi idealizado.

Sabemos que existem diferenças

do número de Orixás que são

cultuados em cada terreiro e até

mesmo da forma como são

entendidos por cada sacerdote e

sua comunidade e justamente

por isso neste curso buscamos

enchergar o Orixá por diversos

pontos de vista diferentes e

também abordar o maior

número possível de Orixás

conhecidos e cultuados na Umbanda.

Orixá não é apenas um outro

nome para o Santo e o Santo

não é apenas uma máscara para

encobrir o Culto de Orixá, o

sincretismo religioso de Santos

e Orixás vai muito além de uma

visão simplista em que "São

Jorge se sobrepõem a Ogum" e

faz dispensar qualquer estudo

deste Orixá assim como é

possível cultuar ambos sem

perder a riqueza cultural,

espiritual, mística e religiosa de

cada um deles.

O estudo de Orixá é matéria

para uma vida inteira, o que

temos aqui é um curso muito

simples, fácil e acessível a todos

que queiram começar a entender

quem são os Orixás na Umbanda.

Informações e inscrições no site: www.umbandaead.com.br

Programa do Curso:

Aula 1 Deus e os Orixás

1.1 Quem é Deus?

Olorum, Zambi, Tupã, Alá,

Adonai e etc.

1.2 O que são divindades?

1.3 Orixas e outras Divindades.

1.4 Orixás na África, no

Candomblé e na Umbanda.

Aula 2

2.1 Sete Linhas de Umbanda

2.2 Origem e Histórico das Sete

Linhas de Umbanda

2.3 Revendo algumas das Sete

Linhas, seus autores e Orixás.

2.4 Quais Orixás são cultuados na Umbanda?

Aula 3

3.1 Gênese da Criação na

Umbanda Sagrada - Orixá Exu,

Orixá Pomba Gira e Orixá Exu

Mirim

3.2 Lado interno e externo da Criação

3.3 As Sete Vibrações e os

Tronos de Deus na Umbanda Sagrada.

3.4 O que são:

Orixás Universais e Orixás

Cósmicos?

Revendo os Orixás:

Orixás Universais:

Oxalá, Oxum, Oxossi, Xangô, Ogum, Obaluayê e Iemanjá

Orixás Cósmicos:

Logunan, Oxumaré, Obá,

Oroiná-Egunitá, Iansã, Nanã Buroquê e Omulu

Aula 4

Estudando os Orixás:

4.1 Oxalá

4.2 Logunan

4.3 Oxum 4.4 Oxumare

Aula 5

Estudando os Orixás:

5.1 Oxossi

5.2 Oba

5.3 Xangô 5.4 Egunita

Aula 6

Estudando os Orixás:

6.1 Ogum

6.2 Iansa

6.3 Obaluaye 6.4 Nanã

Aula 7

Estudando os Orixás:

7.1 Iemanja

7.2 Omulu

7.3 Ibeji - Yori - Cosme Damião

e Doun - Ere

7.4 Ossaim

7.5 Logunedé - Odé - Aroni e Jurema

Aula 8

Estudando os Orixás:

8.1 Orumilá-Ifá - Ori - Oxalufã

Oxaguiã - Oxum Apará - Iansã

Dobalê - Aganju - Airá - Megê

Oguns entrecruzamentos.

8.2 Orumilá - Ofá, Iofá -

Yorimá

8.3 Qual é meu Orixá? Leitura

na Umbanda. Frente - Ancestre

e Juntó

8.4 Conclusão e comentários. Niquices e Voduns

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