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JORNAL DO RACIONALISMO CRISTÃO ANO CIII – Nº 2676 – Outubro / 2019 – PREÇO: R$ 3,00 Fundado em 19/12/1916 por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz criança AUTOCONTROLE Orientação do Presidente As- tral do Racionalismo Cristão chama a atenção para a necessidade de as pessoas terem domínio sobre seus atos e palavras. Pág. 12 Se um membro da família é arre- dio, se evita ou confronta um ou todos os demais, se não adota comporta- mento satisfatório, não deve ser con- testado, deixado de lado ou repelido. Deve, sim, ser procurado e convenci- do ao diálogo, porque é daí que sur- girá a solução para os problemas que estão dificultando o entrosamento e se estabelecerá e consolidará a har- monia de que esse lar está carecendo. Esta é a orientação do Raciona- lismo Cristão, a partir do lamento de uma mulher, que sofre maus tratos da filha. Recomenda essa filosofia espiri- tualista que o diálogo seja franco, sem contestações ou reclamações, num momento em que os interlocutores estejam calmos, de preferência após a prática da limpeza psíquica. Pág. 11. Filial Palmeira das Missões faz 43 anos Harmonia no lar se consolida no diálogo SOBRE DEUS Deus tornou-se uma entidade. Religiões ensinam que ele criou o ho- mem a sua imagem e semelhança, e é exatamente o contrário: foi o homem que o criou a sua imagem. Pág. 17 INTUIÇÃO A intuição ocorre quando se tem a compreensão repentina de alguma coisa, o que representa um conhe- cimento que se obtém diretamente, sem o auxílio da razão. Pág. 14 FAMÍLIA A boa relação familiar e os benefí- cios que daí advêm foram apresenta- dos na palestra O que os pais esperam dos filhos, na comemoração do 9º ani- versário da sede da Filial Lisboa Pág. 5 É possível afastar os maus pensamentos Se você vem sendo atormentado por maus pensamentos, e se por isso está enfrentando o problema da de- pressão, saiba que sair dessa situação depende principalmente de você. A todos os pensamentos negativos é necessário antepor outros de nature- za positiva, como os de fortaleza, âni- mo, alegria, perseverança, coragem, esquecendo-se dos insucessos, para aproximar-se dos campos vibracio- nais positivos do Astral Superior. Mas o afastamento desses pensamentos é uma luta constante. Pág. 9 Chico Bento, um dos muitos personagens criados por Maurício de Souza, deixa sempre uma lição ao final de suas aventuras. A Razão Criança foi buscar uma delas, e a re- produz e comenta. A lição seleciona- da é sobre a responsabilidade, noção que também os pequenos devem ter. Responsabilidade Mesa do estrado e semicírculo, nos momentos que antecedem o início da reunião Racionalistas cristãos da região sul do Brasil estiveram mobilizados em torno da comemoração do 43º aniversário da inauguração da sede própria da Filial Palmeira das Mis- sões. A reunião cívico-espiritualista que marcou a data foi presidida pelo representante da Casa-Chefe na região Sul e presidente da Filial Flo- rianópolis, Vilson Vieira, que, no dia seguinte, cativou o público, que o ouviu com atenção e entusiasmo, ao desenvolver o tema Despertar para a espiritualidade. Pág. 7

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Jornal do r acionalismo cristão

ano ciii – nº 2676 – outubro / 2019 – PrE Ço: r$ 3,00 Fun da do em 19/12/1916 por luiz de mat tos e luiz thomaz

criança

AUTO CO NTRO LE

Orientação do Presidente As-tral do Racionalismo Cristão chama a atenção para a necessidade de as pessoas terem domínio sobre seus atos e palavras. Pág. 12

Se um membro da família é arre-dio, se evita ou confronta um ou todos os demais, se não adota comporta-mento satisfatório, não deve ser con-testado, deixado de lado ou repelido. Deve, sim, ser procurado e convenci-do ao diálogo, porque é daí que sur-girá a solução para os problemas que estão dificultando o entrosamento e se estabelecerá e consolidará a har-monia de que esse lar está carecendo.

Esta é a orientação do Raciona-lismo Cristão, a partir do lamento de uma mulher, que sofre maus tratos da filha. Recomenda essa filosofia espiri-tualista que o diálogo seja franco, sem contestações ou reclamações, num momento em que os interlocutores estejam calmos, de preferência após a prática da limpeza psíquica. Pág. 11.

Filial Palmeira das missões faz 43 anos

Harmonia no lar seconsolida no diálogo

SO B RE D EU S

Deus tornou-se uma entidade. Religiões ensinam que ele criou o ho-mem a sua imagem e semelhança, e é exatamente o contrário: foi o homem que o criou a sua imagem. Pág. 17

INTU I ÇÃO

A intuição ocorre quando se tem a compreensão repentina de alguma coisa, o que representa um conhe-cimento que se obtém diretamente, sem o auxílio da razão. Pág. 14

FAMÍLIA

A boa relação familiar e os benefí-cios que daí advêm foram apresenta-dos na palestra O que os pais esperam dos filhos, na comemoração do 9º ani-versário da sede da Filial Lisboa Pág. 5

É possívelafastar os mauspensamentos

Se você vem sendo atormentado por maus pensamentos, e se por isso está enfrentando o problema da de-pressão, saiba que sair dessa situação depende principalmente de você. A todos os pensamentos negativos é necessário antepor outros de nature-za positiva, como os de fortaleza, âni-mo, alegria, perseverança, coragem, esquecendo-se dos insucessos, para aproximar-se dos campos vibracio-nais positivos do Astral Superior. Mas o afastamento desses pensamentos é uma luta constante. Pág. 9

Chico Bento, um dos muitos personagens criados por Maurício de Souza, deixa sempre uma lição ao final de suas aventuras. A Razão Criança foi buscar uma delas, e a re-produz e comenta. A lição seleciona-da é sobre a responsabilidade, noção que também os pequenos devem ter.

Responsabilidade

Mesa do estrado e semicírculo, nos momentos que antecedem o início da reunião

Racionalistas cristãos da região sul do Brasil estiveram mobilizados em torno da comemoração do 43º aniversário da inauguração da sede própria da Filial Palmeira das Mis-sões. A reunião cívico-espiritualista que marcou a data foi presidida pelo

representante da Casa-Chefe na região Sul e presidente da Filial Flo-rianópolis, Vilson Vieira, que, no dia seguinte, cativou o público, que o ouviu com atenção e entusiasmo, ao desenvolver o tema Despertar para a espiritualidade. Pág. 7

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PresidenteGilberto Silva

rePresentante regional na região norteEdiel Oliveira de Matos

rePresentante regional na região nordesteFrancisco Buarque Silva

rePresentante regional na região sulVilson Vieira

rePresentante regional na região Centro- oesteSilvana Benevides Ferreira

rePresentante regional no estado de Minas gerais Lília Rodrigues da Silva Paiva

rePresentante regional nos estados do rio de Janeiro e esPírito santoLucy Gonçalves da Costa

rePresentante regional no estado de são PauloHerval Tavares de Campos

rePresentante regional eM PortugalAntónio Lino Pinto dos Santos

rePresentante regional no norte da euroPaVitorino Chantre

rePresentante regional nos estados unidosEmmanuel Santiago

rePresentante regional nas ilhas de são ViCente, santo antão e são niColau, eM Cabo VerdeAntero Filipe dos Santos

rePresentante regional eM Cabo Verde, exCeto nas ilhas de são ViCente, santo antão e são niColau Tomé Cipriano Barreto Monteiro

RACIONALISMO CRISTÃO

A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais.

A Razão Empresa Jornalística Ltda.

CnPJ.: 28 345 494/0001-65 Fundadores: luiz de Mattos e luiz thomaz Diretor: gilberto silvae-mail: [email protected] Editor: João batista antunese-mail: [email protected]

Redação, Administração e Publicidade: rua Jorge rudge, 119, Vila isabel, rio de Janeiro. CeP: 20.550-220telefone: (21) 2117-2102

Para a reprodução de artigos e reportagens, favor consultar a direção.

Gilberto Silva, Presidente do Racio-nalismo Cristão.

este ano, escolhemos como

tema, para todas os encontros de jo-vens racionalistas cristãos, que estão sendo realizados em várias partes do mundo, esse instigante e atual tema que aborda os desafios àqueles que estão chegando ao cada vez mais competitivo mercado de trabalho. em abril, falamos para os jovens no encontro de tatuí (sP); depois foi a vez de falarmos aos jovens de Provi-dence, estados unidos; em junho, es-tivemos com os jovens de Portugal, em lisboa, depois houve o encontro de jovens de Cabo Verde, na ilha do sal, quando fomos representados por José nanni neto, dirigente ge-ral da Filial tatuí; no mês passado, o encontro foi na capital paulista e em outubro o encontro dos jovens será na sede Mundial do racionalismo Cristão, no rio de Janeiro.

em todos os locais a que com-parecemos, comentamos estarmos percebendo que ainda há, por parte da sociedade, poucas abordagens de cunho espiritual sobre a questão dos desafios do mercado de trabalho, principalmente para os jovens, apesar da importância dele. notamos, ainda, que há pouco interesse da comuni-dade acadêmica em relação à espiri-tualidade, com raríssimas exceções, e certo desconhecimento do público em geral sobre aspectos transcen-dentes da vida. o resultado disso? uma sociedade cada vez mais indivi-dualista, que não dá valor a si mesma e a sua missão.

Com a nossa palavra, queremos levar maior consciência espiritual aos

jovens que buscam entrar no mer-cado de trabalho, aos que já estão trabalhando e àqueles que ainda não vislumbraram sua verdadeira voca-ção profissional. essa consciência certamente vai representar um gran-de diferencial em suas experiências corporativas e individuais. Quanto mais ética e moral houver na vida do jovem, maior equilíbrio emocional ele terá. no entanto, se a mente dele está vazia de projetos construtivos e ide-ais nobres, maior é a chance de se ver vítima de pensamentos prejudiciais e autossabotadores.

É claro que a formação técnica e acadêmica muito contribui para o su-cesso profissional. não negamos isso. afinal, defendemos educação de qua-lidade para todos. o mundo em que vivemos está cada vez mais tomado pela tecnologia, por produtos e servi-ços modernos, desde os mais simples aparelhos eletrônicos aos mais sofis-ticados softwares, desde os serviços mais indispensáveis aos mais persona-lizados. Por isso, não podemos deixar de incentivar o estudo e a busca cons-tante pela excelência.

agora, isso não quer dizer que podemos deixar de lado os conheci-mentos e informações de cunho es-piritual. sem eles, a vida do indivíduo pode até ser bem-sucedida do ponto de vista material, mas será sem dúvi-da ruim do ponto de vista ético, mo-ral e humano. os jovens se encantam com as novidades da vida adulta. isto é absolutamente normal e até espe-rado. agora, se não há conexão com a espiritualidade, fica mais difícil se esforçar para fazer um trabalho bem feito, para aprimorar a criatividade, para não perder o entusiasmo.

uma dessas novidades é a entra-da no mercado de trabalho. esse é um momento único na vida dos jovens, pois representa uma oportunidade de autorrealização e autoafirmação. Porém, eles não podem esquecer-se da importância de manter a mente aberta a pontos de vista diferentes e até contraditórios. Quanto mais receptivos estiverem, melhor será sua autopercepção. e isso vale para todos, mas principalmente para os jovens. assim, estarão em melhores condições para desenvolver a sen-sibilidade e muitos outros atributos importantes, como por exemplo a in-teligência e a concepção.

Vivemos em um mundo extrema-mente competitivo. os jovens preci-sam estar sempre antenados, sempre aprendendo com rapidez. todos estão diante de um excesso de informações. É um desafio absorvê-las da maneira correta. o que pode ajudá-los neste sentido? Certamente o campo da es-piritualidade: disciplina, autocontro-le, capricho, honestidade, serenidade, força do pensamento, organização e relacionamentos saudáveis são a chave para uma vida profissional de sucesso.

seguindo esses valores espiritu-ais, todos podem subir na carreira de maneira limpa e honesta, sem “pisar” a cabeça de ninguém para subir na carreira, sem se deixar levar por um sentimento de “vitimização” ou trans-ferindo aos outros a responsabilidade pelo próprio insucesso. Quer dizer, logo se percebe que é possível assu-mir as rédeas da própria vida. agir de acordo com esses princípios inevita-velmente traz maior paz de espírito e equilíbrio emocional.

a moral relativa e a busca inces-sante pelo prazer não são a real fina-lidade de nossas vidas, muito menos a dos jovens. seguir os valores espiritu-alistas do racionalismo Cristão ajuda a superar os desafios do presente, principalmente aqueles mais decisi-vos. Viver os princípios espirituais no dia a dia é um caminho seguro para entender melhor a realidade, a causa dos fenômenos, o porquê das coisas. neste sentido, é muito importante o autoconhecimento, isto é, uma auto-análise mirando sempre mudanças positivas.

Concitamos os jovens a refletirem que a espiritualidade não é um con-junto de conhecimentos abstratos. É, isto sim, uma força viva, inesgotável, que exige engajamento em projetos, mobilização e, acima de tudo, empe-nho na construção de uma sociedade melhor para todos. o jovem deve ser o protagonista de seu futuro.

todos que estão ingressando no mercado de trabalho precisam forta-lecer-se mental e espiritualmente. É preciso se estruturar intelectualmen-te, sem cair em preconceitos tolos e em uma visão muito limitada da reali-dade. isto só é possível por meio da vi-vência de valores espirituais, os quais dão a força e clareza necessárias para se seguir em frente. os pais certa-mente têm papel fundamental nesse contexto. Cabe a eles incentivar nos jovens o diálogo e maior abertura à espiritualidade. nós, do racionalismo Cristão, sempre estaremos ao lado das famílias e dos jovens, apoiando a todos com nossa palavra amiga e irra-diação de amor e fraternidade.

boa leitura!

Jovem, desafios do mercado de trabalho

OLá, CARO LEITOR

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Diariamente, na internet, 24 horas no ar com música, mensagens e informações do Racionalismo Cristão para o mundo todo.

www.arazao.org

Aproveite para fazer a limpeza psíquica no lar, acompanhando as irradia-ções que são transmitidas pela Rádio A Razão às 3h e 7h da manhã, e às 16h e 20 horas (horários de Brasília).

Fique ligado naRádio A Razão

A casa racionalista cristã de Chã de Alecrim (Cabo Verde) comemorou em 19 de agosto o primeiro aniversário de sua elevação a Filial do Racionalismo Cristão.

A Casa começou a funcionar em 26 de novembro de 2016 e 19 de agosto de 2018 foi elevada à categoria de Fi-lial, em solenidade presidida pelo presi-dente do Racionalismo Cristão, Gilber-to Silva.

O presidente da Filial, Pedro Nasci-mento Monteiro Rodrigues, recordou que durante sua alocução Gilberto Silva solicitou à assistência e à população do bairro assiduidade às reuniões públicas para que pudessem aproveitar o máxi-mo da Casa. A solicitação foi atendida pela assistência, que tem, de fato, sa-bido aproveitar da melhor forma pos-sível, tanto nas reuniões públicas como no atendimento personalizado, pois há

dias em que a Casa se torna pequena para tanta gente que procura esclareci-mento e fortalecimento espiritual. Por isso a sala que deveria ser para forma-ção dos campos vibratórios foi dada à assistência.

Informou ainda que a autarquia mindelense já lhes concedeu um lote de terreno para construção de Casa própria, o que é sempre desejável, pois permite a continuidade da divulgação e expansão dessa filosofia espiritualista. E acrescentou que em breve será apre-sentado o projeto de arquitetura e cál-culo de estabilidade, que já estão sendo providenciados.

Agradeceu a todos pela presença e, em especial, o corpo da militância e assistência assídua que de uma forma ou de outra vêm contribuindo para o sucesso dos trabalhos espiritualistas da Casa.

O representante da Casa-Chefe e presidente da Filial Ilha de São Vicente, Antero Filipe dos Santos, agradeceu o convite para assistir às festividades do 1º aniversário da elevação à catego-ria de Filial e, “nessas circunstâncias, não quis a Filial Ilha de São Vicente do Racionalismo Cristão furtar-se a este evento, que muito honra a comunidade racionalista cristã desta zona de Chã de Alecrim, que enriquece espiritualmente este bom povo mindelense e o Raciona-lismo Cristão.”

Recordou que “Muito embora uma Casa de pequeno porte, soube, quando da 6ª visita da Comitiva vinda da Casa-Chefe, chefiada pelo presidente Gil-berto Silva e comitivas de outras casas racionalistas cristãs por essa ocasião, receber com muita dignidade e honra as ilustres comitivas no ato da elevação da novel Correspondente à categoria de

Filial, com muito brilho, presidida pelo presidente Gilberto Silva, com este es-paço bem arrumado e também com um bom público curioso e atento como o momento exigia.”

Concluiu dizendo: ”Hoje, o Racio-nalismo Cristão está mais bem apetre-chado para exercer a sua missão neste planeta com mais obras racionalistas cristãs publicadas e com a tecnologia in-formacional posta à disposição, permi-tindo que cada casa racionalista cristã possa realizar em moldes disciplinares as suas reuniões, sempre com a douta batuta e orientação da Casa-Chefe.”

Rematou afirmando: “Na última vi-sita que fizemos a esta Casa, pudemos notar que fisicamente ela estava mi-nimamente dotada para exercer o seu mister e termos afirmado que reunia as condições para seguir as instruções do PRC13.”

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ROBERTO CID IMÓVEIS

1º ano da Filial Chã de AlecrimO presidente Pedro Rodrigues lembra a elevação da Casa a Filial O salão está ficando pequeno para a grande afluência de assistentes

REPORTAGEM

Outubro | 20193

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Na comemoração do 9º aniversário da sua sede própria, nos dias 23 a 25 de agos-to, a Filial Lisboa do Racionalismo Cristã teve a presença do presidente da Filial Santos (SP), Jorge Fares, que presidiu a solenidade cívico-espiritualista, proferiu duas palestras e dirigiu reunião de militan-te e de médiuns.

Jorge Fares estava acompanhado da Sra. Sonia Resendes, também da Fi-lial-Berço do Racionalismo Cristão, e pela Sra. Marialva Sposito e seu marido, Ario-valdo, respectivamente diretora e militan-te da Filial São Paulo. Estiveram presentes, também, o presidente do Correspondente São Miguel-Açores, Horácio Machado, e João, da Filial Mirassol (SP).”

A presidente da Filial Lisboa, Maria do Céu Souza disse que “nosso convidado, Dr. Jorge Fares, soube preencher o espírito de todos os presentes com mensagens de incentivo e orientações necessárias rumo a um futuro expansionista do RC, e cresci-mento espiritual de cada um de nós”.

Ao terminar a parte espiritualista da reunião, ouviu-se a mensagem do Presi-dente Astral da Casa, Antonio Monteiro, que transmitiu aos presentes força, união e muita firmeza, para “continuarmos a cumprir com os nossos deveres de ajudar a humanidade e limpar a atmosfera de es-píritos que atrapalham os seres em evolu-ção”. Na parte cívica Marialva Sposito leu mensagem enviada por seu pai, Herval Ta-vares de Campos.

No dia 24, após almoço na biblioteca da Filial, oferecido pelos militantes da Fi-lial aos visitantes e colaboradores do Ra-

cionalismo Cristão, o presidente da Filial Santos apresentou duas palestras, No dia 25, domingo, o convidado Jorge Fares, deu mais uma oportunidade de aprendiza-do e aprofundamento da filosofia espiritu-alista, ao dirigir uma reunião de militantes e uma reunião para médiuns.

Para encerramento das comemora-ções do 9º aniversário de sede própria da Filial Lisboa, foi oferecido um almoço na Quinta do Almirante, numa localidade perto da Filial.

Jorge Fares iniciou seu discurso com palavras de atenção aos jovens e afirmou: “O futuro do Racionalismo Cristão são os jovens, porque nós que estamos aqui te-mos uma data de validade. Nós não vamos estar aqui para sempre! É muito importan-te que os jovens comecem a frequentar com assiduidade e a ser também nos seus

ambientes os polos de atrações das Forças Superiores, em tudo o que fazem, fazer bem feito e impedir que as forças negati-vas ajam em seus colegas.”

E chamou a atenção: “Vamos discu-tir com vocês, jovens, amanhã, uma das coisas principais que os pais querem para vocês: que não se machuquem irreversi-velmente, que vocês cheguem à madu-reza, à vida adulta, após uma juventude, uma adolescência sadia, mas juventude e adolescência que tenham feito o seu en-grandecimento técnico e principalmente espiritual, que soube captar os bons exem-plos e os bons conselhos dos pais, poden-do depois utilizar em suas vidas.”

Disse ainda: “No Racionalismo Cris-tão o jovem aprende as situações que irão fazer mal a ele, ou que poderão ter dificul-dade em resolver na vida adulta, se não ti-

ver esses conhecimentos, porque aqui ele já ouviu os principais problemas humanos, como as forças negativas agem para preju-dicar as pessoas; já entendeu como repelir as más intuições, porque sabe o que é o pensamento sadio, o que é o sentimento sadio, o que são as ações sadias, e não vai ter dificuldade quando receber uma intui-ção negativa, que aquilo vem de fora, que aquilo não é dele, e ele vai poder repeli-la.”

Jorge Fares conclamou a assistên-cia a engajar-se na militância: “Se você já está aqui há muito tempo como assisten-te, já está preparado para começar a mi-litância. Dê esse primeiro passo. Muitas vezes, a maioria que demorou a entrar para a militância, diz: ‘Presidente, eu de-veria ter entrado antes, porque agora eu vejo o quanto que eu já poderia ter feito pela humanidade’. E isso é uma regra, não é uma exceção. Qual é o medo de se en-trar para a militância? Que vão criticá-lo? Que vão inferiorizá-lo? Não! Vão tratá-lo como um irmão, com respeito e com orientações.”

Ao dar por encerrada a reunião, Jorge Fares parabenizou os assistentes e mili-tantes “desta filial maravilhosa, que nos deram esta oportunidade de estar aqui, de dividir com isso esta reunião engrandece-dora. Continuem nesse caminho como dis-se a presidente desta Casa, e continuem firmes, coesos, harmônicos, respeitando uns aos outros e contribuindo com o seu melhor. Não olhem para o lado, não olhem para trás. Olhem para a frente, olhem pelo seu desenvolvimento pessoal, como assis-tente, como militante”.

Atendimento personalizado

A Sede mundial do Ra-cionalismo Cristão mantém um serviço de atendimento pes-soal ao público, às quartas e sextas-feiras, das 16h30min. às 17h30min., e aos sábados, das 9h às 10 horas, com a finalida-de de prestar esclarecimentos sobre a Filosofia e orientação para problemas existenciais.

Casa-Chefe: Rua Jor ge Rudge, 119, Vi la Isa bel, Rio de Ja neiro, Brasil.

CEP: 20.550-220 Telefo ne: (21) 2117-2100

Encerradas as comemorações, chegou o tempo do descanso ao ar livre

Filial Lisboa festeja 9 anos da sede

REPORTAGEM

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O incansável presidente da Filial Santos, Jorge Fares, que na véspera havia presidido a reunião cívico-espi-ritualista e feito discurso com ênfase nos jovens e no ingresso para a mili-tância, apresentou duas palestras e, na manhã seguinte, presidiu reunião de militantes e outra para médiuns.

As palestras versaram, uma, parte do VII Curso Atributos do Espírito, da Filial Santos, sobre Decência; a outra, dentro do IV Ciclo de Palestras de Jo-vens, também da Casa-Berço, sobre O que os pais esperam dos filhos? Foi um sucesso, haja vista as pertinentes per-guntas e intervenções efetuadas no fi-nal das apresentações.

Decência. Jorge Fares levou à as-sistência a conceituação e o significa-do de decência: dignidade, modo de agir de quem segue as regras morais e éticas. E citou como sinônimos pudicí-cia, respeitabilidade, integridade, hon-radez, honestidade, decoro, dignidade, probidade, retidão, seriedade.

Destacou quatro sentidos para a palavra decência:

1. Compostura: modos, modéstia, maneiras, equilíbrio, compostura, dis-crição, circunspeção, comedimento.

2. Pudor: decoro, pejo, moralidade, pudor, recato, reserva, resguardo, ver-gonha, virtude.

3. Honestidade: dignidade, hones-tidade, honradez, integridade, probi-dade, brio, respeitabilidade, serieda-de, correção, honra, lisura, nobreza, retidão.

4. Asseio: asseio, higiene, limpeza, mundícia, mundície.

Decência está em conformidade com o sistema de crenças de uma cul-tura, e, portanto, seus padrões podem variar ao redor do mundo. É também o recato, a compostura. O conceito, ex-plicou, permite fazer referência à dig-nidade nos atos e nas palavras.

Decência opõe-se a desonestida-

de, desvergonha, imoralidade, torpeza, depravação, impudência, despudor. O palestrante apontou exemplos:

“Não gosto nada dos espetácu-los que ultrapassam os limites da decência”,

“Encontrar um político com decên-cia é tão difícil como achar uma agulha num palheiro”,

“Se o treinador tivesse um pingo de decência, pediria a sua demissão”.

“Reparem naquela mulher, é evi-dente que não tem qualquer sentido de decência”,

“Desculpa que te diga, mas esse traje de banho não preserva nada a tua decência”,

“Talvez eu não tenha sido promovi-da na empresa porque conservei sem-pre a minha decência e nunca aceitei jantar fora com o patrão”.

Pais e filhos. Jorge Fares discorreu também sobre relação familiar, com a palestra O que os pais esperam dos fi-lhos, e começou com recomendações:

Vivam todas as fases da vida com segurança; eduquem-se, sejam hones-

tos e bons profissionais; se constitu-írem família, sejam bons pais e mães; nas fases da infância, adolescência e ju-ventude, levem em consideração os co-nhecimentos e exemplos transmitidos pelos pais; saibam caminhar com “as próprias pernas”; mantenham a reputa-ção e o nome da família, não os deson-rando; sejam pessoas de bem; reconhe-çam o que os pais fizeram pelos filhos e demonstrem gratidão; amparem os pais na velhice em tudo que estiver ao seu alcance; estejam presentes sempre que possível, não esquecendo de suas raí-zes; não briguem por herança, visto que não foram os filhos que trabalharam para conseguir o que foi deixado; pro-curem preservar o patrimônio da famí-lia, porventura herdado, para o próprio desenvolvimento e dos descendentes.

Lembrou os riscos que ocorrem nas diferentes fases: acidentes, into-xicações, desaparecimentos; drogas, gravidez, doenças sexualmente trans-missíveis; velocidade, alcoolismo, es-portes radicais; más companhias, más assistências; não valorizar o estudo; não avaliar os conselhos dos pais.

Apontou os caminhos irreversí-veis; atitudes passionais e irredutíveis em relação à maioria dos assuntos; re-beldia excessiva; labilidade de humor e de posições; revoltas sem motivos.

Jorge Fares incluiu na palesra a visão do Racionalismo Cristão sobre o tema e destacou os conhecimentos es-piritualitas: nascer é uma oportunida-de e necessidade para evoluir; nascer na sua família não foi ao acaso, existem compromissos evolutivos entre to-dos os membros da família; com estes conhecimentos não cabe a frase: ‘não pedi para nascer”.

Citou ainda o papel ativo na evo-lução dos familiares, lembrando o não cumprimento do papel que cabe a cada familiar acarreta dívidas espirituais, e se referiu ao que os filhos esperam dos pais: compreensão, amor e carinho; educação e exemplos; convivência cor-dial entre pais, filhos e entre os côn-juges; respeito e consideração; incen-tivo; apoio; delicadeza; autoridade e abertura para dialogar.

Jorge Fares buscou apoio de cita-ções de textos de Olga Brandão, Maria Cottas e Luiz de Souza. Por exemplo:

“A educação dos filhos exige dos pais grande dose de abnegação, traba-lho, esforço, renúncia, sacrifício, dedi-cação e cuidados”.

Luiz de Souza. A felicidade existe; Pág. 88.

“A educação dos filhos é uma arte difícil de executar e, por isso, grandes falhas morais que se observam nos adultos , têm origem na ineficiência da orientação inicial”.

Luiz de Souza. A felicidade existe, Pág. 87

“Quando os que têm o dever de educar, deixam de cumprir os suas ta-refas, o mundo educará, e o mundo não educa com amor, da forma que os pais devem educar”

Maria Cottas. Clássicos do RC, vol. 3. Pág. 21

Duas palestras que empolgaram

A presidente Maria do Céu ao lado de Jorge Fares, no início de sua palestra

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REPORTAGEM

Outubro | 20195

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Racionalistas cristãos, seguidores e amigos dessa filosofia espiritualista co-memoraram o 86º aniversário da Filial Arcoverde (Pernambuco). A presidente da Casa aniversariante, Elza Nunes de Araújo, destacou que o Racionalismo Cristão é uma filosofia espiritualista voltada para o esclarecimento das pes-soas, preocupada, portanto com sua espiritualidade. Acrescentou que os ensinamentos recomendam, entre ou-tras coisas, que fortaleçamos a vontade para a prática do bem, repelindo sem-pre os maus pensamentos e fazendo bom uso do livre-arbítrio.

O Racionalismo Cristão proporcio-na à humanidade seus princípios e sua metodologia de estudo e trabalho, que são a arte de viver e motivam o espí-rito a investigar a verdade. Estudar a verdade espiritualista defendida pelo Racionalismo Cristão é o ser humano conhecer não apenas a si mesmo, mas os semelhantes com qualidades e defei-tos, porque os estudiosos da espiritu-alidade têm essa conscientização, eles mudam, se renovam.

Disse, ainda, a presidente: “nesta data lembramos todos aqueles que tra-balharam por esta Casa e estão presen-tes espiritualmente, fortalecendo-nos neste grandioso trabalho proporciona-do pelo Racionalismo Cristão na Terra. Encerramos com as palavras de Anto-nio Cottas: Pugnamos pela explanação da verdade. Ela tornará o homem livre de preconceitos e convenções, mas a verdade que dizemos não vai ferir, vai

Filial Arcoverde chega aos 86 anos

apenas despertar, alertar os espíritos, indicando-lhes a melhor maneira de se conduzirem neste mundo.”

“É com muita alegria que aqui esta-mos com uma delegação de militantes da Filial Recife e representantes dos correspondentes de João Pessoa (PB) e da cidade de Barreiros (PE)”, afirmou o presidente da Filial Recife, Francisco Ivo de Oliveira, que dirigiu uma sauda-ção à “gente boa presente à reunião cí-vico-espiritualista” e, após referir-e aos fundadores do Racionalismo Cristão e a Antonio Cottas e Humberto Rodrigues, reverenciou o presidente Gilberto Sil-va, “com sua nobre e complexa missão

de modernizar e manter o Racionalismo Cristão em expansão”.

Emocionou os presentes o discur-so do menino Marigleison Gonçalves do Nascimento, de 13 anos. Afirmou o jovem: “Como é do conhecimento de muitos aqui presentes, nasci numa família racionalista cristã; meus pais, Mário e Cláudia, escolhidos no meu mundo de estágio. (...) Planejei minha reencarnação e minha trajetória nes-te planeta-escola com a finalidade de trabalhar e lutar no engrandecimento desta filosofia espiritualista. Ter co-nhecimento e pôr em prática uma fi-losofia como esta é a maior felicidade

que o ser humano tem na sua passa-gem por este mundo-escola.

Vou cuidar do meu livre-arbítrio, para não me desviar de minha trajetó-ria traçada no plano astral, porque este mundo é cheio de armadilhas para o mal, e nenhum espírito reencarna para ser mau.

Nós devemos ter o cuidado de cumprir com nossos deveres e ter bons pensamentos; com certeza teremos progresso espiritual e material. Como é gratificante e prazeroso dar continui-dade a esta filosofia que Jesus deter-minou que fosse planejada no mundo astral e implantada na Terra.”

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A presidente Elza Nunes de Araújo à cabeceira da mesa do estrado Marigleison discursando

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REPORTAGEM

Outubro | 20196

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Quando se abre um Corresponden-te do Racionalismo Cristão é mais um farol a iluminar a humanidade. E é pre-ciso que todos mantenham sempre a união para o desenvolvimento da Dou-trina na localidade em que tenha sido aberto o Correspondente. E é preciso seguir à risca a disciplina da Doutrina.

Por vezes, vemos presidentes de Correspondentes e até mesmo de Fi-lial reclamarem e com certo desânimo, porque não têm frequência, têm pou-cos militantes. Mas se acomodam com a situação e a vão estendendo sem nada fazer para a reversão do quadro.

Todas as casas racionalistas cristãs têm o seu valor, independente do seu porte, pois todas estão diretamente li-gadas à Casa-Chefe, e nos momentos dos trabalhos todas se irmanam para um só fim. E é por isso que todos que militam em uma casa racionalista cristã jamais devem esmorecer ou acomodar-se, mas erguer-se com ânimo e vontade, para que sua Casa prospere.

Ao exemplo do que foi a Casa racio-nalista cristã de Conselheiro Lafaiete, que foi correspondente por 22 anos, nós da Representação Regional e mais quatro pessoas solicitamos ao presi-dente Gilberto Silva parecer favorável para realizarmos reuniões públicas, com médiuns, no Correspondente, cujo trabalho era mensal e aonde íamos uma vez por mês para realizar as reuniões pública e de desdobramento.

Foi um trabalho árduo, porém com um ano de trabalho conseguimos elevar o Correspondente à categoria de Filial, pois durante esses trabalhos consegui-mos treinar um médium, e o outro mé-dium, era a Sra. Mirtes Coelho, da filial BH, que se prontificou a mudar-se para a cidade de Conselheiro Lafaiete para constituir e manter a Filial.

Em 25 de junho, fomos à soleni-dade comemorativa do segundo ani-versário da Filial e 27 anos de funda-ção do Racionalismo Cristão naquela cidade. Realizamos uma solenidade simples, porém elevada. O presidente da Filial recebeu a placa comemorati-va do aniversário da casa e medalha de Honra ao Mérito, pelo trabalho que vem realizando na Filial em prol da Doutrina.

Colaboração de Lília Rodrigues da Silva Paiva

Solenidade cívico-espiritualista re-alizada em 17 de maio marcou a come-moração do 43º aniversário da inaugu-ração da sede própria da Filial Palmeira das Missões (Rio Grande do Sul). Pre-sidiu a reunião o representante da Ca-sa-Chefe na região Sul e presidente da Filial Florianópolis, Vilson Vieira.

As comemorações cívicas segui-ram-se à reunião pública com breve alocução do presidente da Filial aniver-sariante, Arsenio De Boni, que lembrou dos momentos iniciais do Racionalismo Cristão na cidade e que ajudou o presi-dente na época e hoje Presidente Astral da Casa, Orides Marques de Oliveira, a implantar com abnegados amigos o Correspondente e hoje Filial Palmeira das Missões. E lembrou que a evolução espiritual se faz dia a dia, com persis-tência e objetividade.

Em seguida o presidente das filial Pelotas e Capão do Leão, Clair Maiche, destacou a importância da ligação entre Palmeira das Missões e Pelotas, desde o início da implantação do corresponden-te e continuando até os nossos dias. Em seguida o militante local João Odacir Scherer Fruet lembrou o momento da inauguração, com o então presiden-te material do Racionalismo Cristão, Antonio Cottas, à cabeceira da mesa, quando deu por inaugurada a Casa do Racionalismo Cristão em Palmeira das Missões.

Para encerrar os trabalhos, Vilson Vieira deu verdadeira aula de espiri-tualidade. Com sua palavra fácil, dina-mismo e inteligência soube cativar os assistentes, que com brilho de alegria e felicidade nos olhos o ouvia com toda atenção.

O representante da Casa-Chefe lembrou as palavras do Arsenio De Boni sobre o pensamento e o valor que tem na vida dos seres. Destacou também o que disse o militante Odacir, quando pediu que as pessoas pensassem, medi-tassem e raciocinassem sobre o que es-tão fazendo neste mundo. Ao finalizar convidou os presentes para assistirem

à palestra Despertar para a espiritualida-de, ainda dentro das comemorações do aniversário do prédio que sedia a Filial Palmeira das Missões.

Na tarde do dia seguinte, Vilson Vieira, com seu estilo, desenvolveu o tema Despertar para a espiritualidade, com ordem, cativando o grande núme-ro de assistentes que o ouviam com atenção e entusiasmo. Os assistentes empolgaram-se com as palavras que ouviram. Ficou gravado na memória de todos os presentes as sábias palavras que, certamente, muito serviram e mui-to servirão para o aprimoramento espi-ritual de todos os presentes.

Filial Palmeira das Missões comemora 43 anos da sede

Filial ConselheiroLafaiete mostrafranca expansão

Assistentes atentos à palestra de Despertar para a espiritualidade

Supermercado CometaPraça da Bandeira, 85Tel.: (21) 2273-0496Aceitamos todos os cartões de crédito e ticketsEntregamos em domicílio

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REPORTAGEM

Outubro | 20197

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A Filial Belo Horizonte promoveu em 29 de junho de 2019 o I Festival de Inverno do Racionalismo Cristão, evento que teve a colaboração de mi-litantes dedicados e abnegados. Às 15 horas, a presidente da Casa, Lília Rodrigues da Silva Paiva, deu início às atividades do festival salientando a importância da filosofia espiritualis-ta na vida das pessoas e ressaltando a motivação para a espiritualidade.

Seguiu-se o ciclo de palestras. O primeiro tema foi A Família, apresen-tado pela Dra. Cristina Araújo; a pro-fessora Eliana Rodrigues apresentou o segundo tema: Relacionamentos; e o palestrante Anderson Viera discorreu sobre Sentimentos e emoções. O nume-roso público presente manifestou ple-na satisfação com as palestras.

Após o término do ciclo das pales-tras, os presentes foram convidados a participar do Baile de Inverno, no Sa-lão de Eventos Thereza Costa. Nesta segunda fase do evento, foram servi-dos vários tipos de caldos bem quen-tes, para compensar o clima frio.

O menino Lucas Gabriel, de dez anos, que dançou com a presidente Lí-lia, encantou o púbico pelo talento e já demonstrando cavalheirismo, gentile-za e grande respeito pelas meninas e senhoras.

Em seguida, o Grupo Musical e de Dança Artística fez seis apresenta-

ções, três de dança e três de música, e recebeu muitos aplausos.

Encerrando as apresentações co-meçou o Baile de Inverno para todos. Foi mais uma inovação da Filial Belo Horizonte, que atraiu mais pessoas, muitas que nem conheciam o Racio-nalismo Cristão. Esse dia marcou o co-meço de um novo ciclo de chegada de pessoas de primeira vez à Filial, dez a 18 a cada reunião.

A presidente Lília chamou a aten-ção: “Temos muito trabalho a fazer, apoiando sempre o nosso presidente Gilberto Silva, pois tudo que aqui fa-zemos é levado ao conhecimento dele, para que ele saiba que Minas Gerais está em plena atuação e dinâmica, que promove os desígnios e propósitos de nossa filosofia espiritualista.

Concito todos os presidentes e representantes regionais a que se unam, trabalhem pela divulgação do Racionalismo Cristão, porque esta-mos chegando perto de uma nova era, e a nossa filosofia espiritualista é ex-pansionista e evolucionista. Se todos nós trabalharmos juntos, unidos com o presidente Gilberto Silva, certamen-te estaremos contribuindo para essa nova era com mais amor, e consequen-temente levaremos a espiritualidade para todos que precisam trilhar na senda da evolução humana.”

A presidente Lília lembrou que

a cada dia o Racionalismo Cristão se expande mais, graças ao trabalho de todos que lutam por esta nobre causa e grande legado deixado por nossos mestres Luiz de Mattos e Luiz Thomaz.

Esses dois Luizes deixaram para a humanidade um grande patrimônio espiritual. Portanto, cabe a cada pre-sidente de casa racionalista cristã e a cada representante regional fazer um trabalho sério, honesto, sempre respeitando as normas e princípios que regem o Racionalismo Cristão. E se cada um contribuir com o seu tra-balho, sua postura, respeito às hierar-quias, juntos poderemos dar continui-dade e prosperidade na expansão do Racionalismo Cristão.

As visitas do presidente Gilberto Silva aos Estados Unidos e Portugal, neste ano, mostram o grande trabalho que ele vem realizando para fortalecer os laços das casas racionalistas cristãs no exterior com a Casa-Chefe.

Cabe-nos fazer nossa parte, di-vulgando esta filosofia espiritualista, não só pelos meios de comunicação, mas também realizando eventos que possam atrair a assistência, mostran-do que o Racionalismo Cristão não é fechado, mas acolhedor, e que todos podem vir às nossas Casas e nelas en-contrar um sentido melhor para suas vidas.

Filial Belo Horizonte promove festival de inverno

A disciplina do Raciona-lismo Cristão recomenda a limpeza psíquica como forma primordial de limpar psiqui-camente o ambiente em que nos encontramos, afas tando influências negativas que pos-sam prejudicar nosso humor, nossas atividades, nossa vida, enfim.

A limpeza psíquica se dá por meio de irradiações, que devem ser feitas em horários determinados, pela manhã e à noite. A Irradiação A deve ser feita uma vez e a Irradiação B deve ser repetida por cinco mi-nutos; ao final, uma Irradiação B ao Astral Superior e outra ao Presidente Astral do Racio-nalismo Cristão, Humberto Rodrigues.

Irradiação A

Ao Astral SuperiorGrande Foco! Força Criadora!Nós sabemos que as leis que

regem o Uni verso são na turais e imutáveis, e a elas tudo está su-jeito.

Sabemos também que é pelo estudo, raciocínio e crescimento, derivado da luta contra os maus hábitos e as imperfeições, que o espírito se esclarece e alcança maior evolução.

Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso livre-ar-bítrio para o bem, irradiamos pen-samentos aos Espíritos Superio-res para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nossos deveres.

Irradiação B

Grande Foco! Vida do Uni-verso!

Aqui estamos a irradiar pensa-mentos às Forças Superiores para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos cons ciência de nossos erros, a fim de evitá-los e nos for-talecer para praticar o bem.

Limpeza psíquica

REPORTAGEM

Outubro | 20198

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Quero que me ajudem a vencer a barreira da obs-sesão no tópico gastar mais do que posso, pois tenho enfrentado esse problema, já entrei em depressão e agora tenho constantemente pensado no suicídio. Me ajudem com seus esclarecimentos para que eu não ve-nha mais tarde resgatar tal ato contra a vida.

Resposta. Prezado, tenha a certeza de que esta-remos sempre prontos a ajudá-lo quando se deixar enfraquecer. Acreditamos que você, na sua aproxi-mação com o Racionalismo Cristão, tenha adquirido a noção de que o suicídio nada resolve, pois o espí-rito, apenas se afasta do corpo físico, continuando com as mesmas vibrações de pensamentos que antes possuía, ou seja: de desespero, fraqueza, desânimo, tristezas, amarguras, ansiedade; associando-se a ou-tros, que, juntos, aumentarão mais ainda esses cam-pos vibracionais negativos.

Por isso, embora enfrentando reveses, a posse do corpo físico é a melhor forma de prosseguir na evolu-

ção, sabendo que é um aluno que está em uma escola, que é o planeta Terra, e que o sofrimento, por mais ter-rível que pareça, é uma forma de depuração, quando o enfrentamento é exercido com coragem.

A todos esses pensamentos negativos é necessário antepor outros de natureza positiva, como os de forta-leza, ânimo, alegria, perseverança, coragem, esquecen-do-se dos insucessos anteriores, para aproximar-se dos campos vibracionais positivos do Astral Superior.

O afastamento desses pensamentos é uma luta constante contra si mesmo, contra as imperfeições, uma questão de domínio próprio, o que não é conse-guido de uma hora para outra, pois, provavelmente, já traz um histórico de pensamentos que foram alimen-tados em várias etapas da vida e que precisam ser de-senergizados, mas é preciso perseverar.

Portanto, não desista, continue a sua luta com a certeza de que sairá vencedor. Procure uma casa ra-cionalista cristã, participe assiduamente das reuniões de limpeza psíquica e esclarecimentos espiritual para

fortalecer-se, faça essas irradiações em casa nos horá-rios recomendados. Peça um atendimento personali-zado, e siga disciplinarmente o seguinte roteiro:

Leia as obras editadas pelo Racionalismo Cristão, principalmente o livro Racionalismo Cristão, 45ª edi-ção, com um capítulo específico que o ajudará a mo-dificar sua maneira de pensar, intitulado Pensamento.

Leia também o capítulo Normalização psíquica e o livro A vida fora da matéria, 24ª edição, com ilustrações que mostram como uma pessoa em desequilíbrio psí-quico, seguindo esses ensinamentos, conseguiu domi-nar-se e readquirir novamente a sua normalidade.

Crie em sua mente a convicção de que é possível e de que irá conseguir.

Caso ainda não conheça uma casa racionalista cristã, procure o endereço de uma, mais próxima da sua residência, no site www.racionalismocristao.org.

Esperamos que se aplique rigorosamente em seguir esses ensinamentos, e escreva sempre que precisar.

Estou precisando da sua ajuda esclarecedora. Como faço pra me livrar de um sentimento que está me fazendo muito mal. Não sei definir exatamente o que sinto, pare-ce que é de “inferioridade.” É muito ruim, luto contra isso há bastante tempo, tento levar a vida normalmente, mas é bem difícil. Se puder me ajudar, agradeço.

Resposta. Prezada, seres humanos são todos

iguais. Ninguém é superior ou inferior a alguém. Todos são espíritos processando a sua evolução num plane-ta de aprendizado onde lutam pelo aperfeiçoamento espiritual.

Alguns já passaram por muitas encarnações em vá-rios países, em várias etnias e desenvolveram atributos mais ampliados; mas nada que lhes permita considera-rem-se perfeitos ou superiores, pois perfeição não exis-te no planeta Terra. Outros estão na luta para superar suas deficiências, e é nessa luta que resplandece o valor do ser humano. Você é uma pessoa valorosa que ainda não consegue reconhecer esse valor e se compara a ou-tras pessoas julgando-se inferior.

Reconheça-se como uma força valorosa em evolu-ção, um espírito, igual a todos os outros existentes no planeta-escola e lute para vencer a timidez, recorren-

do a psicólogos e lendo as obras editadas pelo Racio-nalismo Cristão, principalmente os capítulos Espírito e Pensamento, do livro Racionalismo Cristão, 45ª edição, onde encontrará palavras que a ajudarão a superar-se.

Enfrente seus medos com o atributo espiritual da coragem, não se dobrando a possíveis insucessos, que fazem parte do processo de aperfeiçoamento; e per-sistindo na sua modificação, que passa pela sua mu-dança de pensamento.

Assim, esperamos que consiga vencer-se a si mes-ma e adquirir a autoconfiança necessária para conside-rar-se uma parcela importante da humanidade.

Busque pensamentos positivos

Os seres humanos são todos iguais

ACoNSELHAMENTo

Outubro | 20199

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Venho por meio deste e-mail pedir orientação so-bre inveja no emprego. Há 11 anos trabalho em uma rede de supermercados. Passei por varias funções e sempre fui bem vista por todos os meus chefes. No se-tor em que me encontro faço auditoria todos os dias, e somos uma equipe de várias mulheres e homens. Só que ultimamente estou tendo problemas com algumas colegas de setor, com inveja do meu serviço. Cada uma tem sua função, mas elas cismam de implicar até com meu horário de chegada, pois algumas chegam mas cedo. Eu não posso ir mas cedo, no caso 6h30min., por-que onde moro é perigoso, e essas que estão a falar de mim jogam piadinhas todo dia por eu chegar às 7h. Meu chefe está ciente e entende, pois executo meu serviço dentro do meu horário, e muito bem, só que elas que-rem falar de mim todos os dias, e ficam incomodadas, pois tenho regalias de ganhar folgas extras por conta de, às vezes, eu ficar até tarde ajudando em outros ser-vicos. Elas fazem hora voando para ganhar folga e não conseguem. Pior é que falam do meu horário na frente da minha líder, e minha líder sabe da minha situação. O que posso fazer para me livrar de colegas assim? Já faço as irradiações quando vou à Casa-Chefe, isso está me desgastando, me deixando desmotivada. O chefe da minha líder está cobrando mais de mim e de outras meninas que estão sofrendo com isso também, delas falarem da gente, que não fazemos nada, mas fazemos muito. Está havendo muita cobrança em cima disso. O que posso fazer para melhorar isso?

Resposta: Prezada, continue a desenvolver o seu

trabalho com entusiasmo e eficiência, buscando me-lhorar cada vez mais, e esqueça os comentários mal-dosos e invejosos, pois devemos manter-nos sempre com pensamentos positivos e otimistas, e com senti-mentos de valor, coragem, determinação e compreen-são daqueles que ainda precisam de maior esclareci-mento espiritual.

Esforce-se para conciliar todos os seus compromis-sos, de forma a ser pontual e estar bem disposta para enfrentar a jornada diária com calma, paciência, alegria e boa vontade, ignorando e nunca respondendo de for-ma agressiva às provocações que vier a sofrer.

Continue a praticar a disciplina racionalista cristã, com correção e convicção na ação benéfica das Forças Superiores.

Responda aos invejosos com maior eficiência

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Gostaria de me esclarecer: o que leva um ser encar-nado a não ter confiança em si mesmo e ser inseguro?

Resposta: Prezado, alguns fatores podem contri-buir para que o ser humano se torne inseguro, sem confiança em si mesmo. Podemos citar como exemplo duas situações aparentemente contraditórias, mas que têm sempre origem na infância, a primeira fase da vida:

Infância bastante sofrida com mau exemplo dos pais;Infância com excesso de mimos, em que a criança

acha que tudo gira em torno dela e se torna um adulto com grandes dificuldades de dirigir a si própria.

Por isso, o Racionalismo Cristão se esmera em di-fundir seus importantes ensinamentos sobre educa-ção familiar, com um capítulo específico em seu livro essencial Racionalismo Cristão, 45ª edição, intitulado: Família e educação de filhos.

Ao mesmo tempo, procura ensinar que, pondo em ação o atributo espiritual da vontade, todo ser huma-no tem condições de mudar; e divulga esta orientação através do capítulo Pensamento.

Gostaria que o Racionalismo Cristão me ajudas-se, por favor: estou angustiada e com depressão por não conseguir engravidar.

Resposta: Prezada, a angústia e a depressão não vão ajudar você a resolver esse problema; ao contrá-rio, só irão agravá-lo. O que pode ajudar são os seus pensamentos otimistas, a calma e a paciência, e as suas ações inteligentes e racionais para realizar os seus sonhos.

Consulte um médico, especialista, juntamente com o seu marido, e faça o tratamento adequado, para dirimir qualquer dúvida no aspecto físico.

Para obter o devido equilíbrio psíquico para vencer a angústia e a depressão, basta seguir corre-tamente a disciplina racionalista cristã, sendo indis-pensável a prática da limpeza psíquica no lar, diaria-mente, nos horários recomendados.

A limpeza psíquica é uma prática de higiene men-tal, uma forma de se obter equilíbrio interior e tran-quilidade espiritual, recomendada pelo Racionalis-mo Cristão. Consiste nas irradiações, cuja finalidade é estabelecer contato com as Forças Superiores.

Todos os dias, nos mesmos horários, as pessoas devem reunir-se para fazer as irradiações. Devem es-colher um horário pela manhã e outro à noite, de pre-ferência, às 7 horas da manhã e às 8 horas da noite,

seguindo as instruções contidas no folheto explicati-vo, que pode ser obtido gratuitamente em qualquer casa racionalista cristã ou através do site www.racionalismocristao.org.

Para uma rápida recuperação do equilíbrio psíquico, aconselhamos a frequência às reuniões públicas em uma casa racionalista cristã, as quais orientam os seus assistentes, de forma prática e objetiva, sobre a maneira como devem conduzir-se em sua jornada neste planeta-escola que é a Terra, propiciam, elevado bem-estar a todos os presentes, por meio da limpeza psíquica realizada durante os trabalhos espirituais.

Para ter acesso a uma de nossas Casas, basta consultar o site já citado, onde você encontrará o en-dereço, os dias de reuniões e outros detalhes impor-tantes sobre a Casa a ser frequentada.

Recomendamos, também, a leitura das obras edi-tadas por esta filosofia espiritualista, em especial os livros Racionalismo Cristão e A vida fora da matéria, em suas edições mais recentes.

Esperamos que você consiga engravidar em bre-ve e cuide, com o máximo esmero, desse espírito que escolherá o seu lar para cumprir com êxito a sua jor-nada na Terra.

Escreva-nos sempre que necessitar das nossas orientações espiritualistas.

Não se angustie sea gravidez não vem logo

Falta de confiança em si mesmo pode ter origem na infância

ACoNSELHAMENTo

Outubro | 201910

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Sofro de depressão profunda há muito tempo. Já fiz vários tratamentos, sem sucesso. Já tentei o sui-cídio. Estou muito mal, gostaria de estudar a filosofia racionalista cristã, participar mais. Me ajudem.

Resposta. Prezada, o ideal seria que frequentasse uma casa racionalista cristã para participar da limpeza psíquica e obter esclarecimentos espirituais necessá-rios ao seu fortalecimento e praticasse diariamente essa limpeza psíquica no lar. Na sua cidade existem três Casas, cujos endereços são:

Filial São Paulo - Rua Gabriel Piza, 313, Santana, São Paulo; Filial Butantã - Rua Santanésia, 495, Vila Pirajussara; e Filial Ipiranga - Rua do Manifesto, 1653, Ipiranga. Em qualquer dessas Casas poderá pedir um atendimento personalizado, e será tratada com todo carinho e a atenção que merece. Entenderá, então, que você é uma Força, uma Vontade, um grande que-rer em melhorar-se. Procure seguir as orientações re-cebidas.

Enviamos a você trecho de uma orientação do es-pírito de Maria de Oliveira contida no livro Para quan-do os reveses chegarem, que serve de incentivo para o seu fortalecimento e para que você empreenda a sua reação:

“A luta é destinada ao ser humano, e ele precisa estar preparado para enfrentar essa luta, os sofrimen-tos, os dissabores, as decepções que surgem, muitas vezes, quando menos se espera. Esses dissabores sur-gem, e a criatura tem que estar sempre preparada para transpô-los de frente, vencendo, e nunca se deixando abater, porque o espírito é força, é luz, é inteligência, e traz consigo aquelas armas necessárias para se defen-der neste mundo, e, entre elas, podemos destacar o li-vre-arbítrio, que deve ser sempre bem conduzido para o bem geral de todos, bem como o raciocínio, para ve-rificar aquilo que está certo ou errado, para analisar, pesquisar, para assim ir descobrindo o que é e o que não é correto, e caminhar sempre de fronte erguida, tendo força de vontade, confiança em si próprio, desta forma vencendo todos os obstáculos que possam sur-gir, os quais na Terra são muitos, e atualmente muito maiores são pela perturbação que vem grassando no mundo. Por isso, sejam fortes sempre, confiem nas Forças Superiores, porque quem bem pensa e bem faz está sempre bem intuído. Portanto, continuem no cumprimento dos seus deveres, procurando ser úteis a si próprios”.

Conforme a orientação, é preciso combater ainda em vida este abatimento espiritual que é a depressão, com toda a energia que puder reunir pela vibração do seu pensamento positivo e entender que o suicí-dio não resolve o problema; o sofrimento permanece após a desencarnação e com maior intensidade.

Vá a uma casa racionalista cristã pensando em contribuir para o bem de muitas pessoas que, como você, estão sofrendo, e só assim esquecerá os pró-prios sofrimentos. Conforme diz Maria de Oliveira, quem bem pensa e bem faz está sempre bem intuído.

Tenho uma filha, que já ficou adulta. Só estuda, terminou a graduação da faculdade e ingressou no mestrado. Mas é muito rebelde comigo, e só a mim trata assim. Às vezes acho que não gosta de mim. Sou estudiosa do Racionalismo Cristão e sei que isso tem uma causa, mas não sei ao certo. Faço sempre a limpe-za psíquica todos os dias, nos horários recomendados. Eu a criei sozinha, porque sou separada desde que ela tinha nove meses. Fiz tudo para dar o principal a ela, o estudo. Não quero reconhecimento da parte dela, porque fiz minha obrigação, cumpri com meu dever de mãe e continuo cumprindo. Só queria que me tratasse como mãe, como fiz com a minha, até falecer. Às vezes fico chateada com isso, mas depois passa, porque ele-vo meus pensamentos às Forças Superiores. Não sei o que fazer.

Resposta: Prezada, o Racionalismo Cristão orien-

ta-nos para buscarmos resolver nossos problemas de desentendimento com um diálogo franco e honesto. Se deseja construir um bom relacionamento com sua filha, procure-a em um momento em que estejam am-bas calmas e converse com ela a respeito dos proble-mas que estão enfrentando.

A conversa deve desenrolar-se em clima de har-monia e ambas devem esforçar-se para falar com tranquilidade, expondo o que está acontecendo, sem usar palavras agressivas, acusações ou repri-mendas. Também não procurem justificar-se. Cada uma deve estar disposta a ouvir até o fim o que a outra tem a dizer, sem interromper, sem dizer que não concorda etc.

É preciso ter claro em mente o que está causando insatisfação às duas e verificar a possibilidade de uma ajudar a outra a conquistar um ambiente harmonio-

so no lar. De preferência, procurem marcar uma hora após a limpeza psíquica. A busca de entendimento propiciará condições para atração de assistência As-tral Superior, que as intuirá de forma positiva.

Brigas e discussões atraem assistência astral infe-rior. Esses espíritos que ficam apegados à Terra diver-tem-se com as agressões mútuas que provocam nos seres humanos, e que, intuídos por eles, realizam.

Busquem as razões dos desentendimentos. Pro-cure interessar-se pelos motivos que a filha apresen-tar a você. Dê atenção ao que ela diz para saber o por-quê das reações que ela apresenta.

Você, igualmente, deve procurar localizar e expor as razões pelas quais tem ficado tão chateada e pro-curar refletir sobre o fato de estar entregando-se a intuições negativas que apenas lhe causam mal.

Como dissemos, a conversa deve ser equilibrada e ambas devem mostrar esforço para chegar a um en-tendimento. Se assim se conduzirem, não se deixando levar por impulsos negativos que podem surgir duran-te a conversa, estarão construindo um ambiente favo-rável à ação das Forças Superiores, que serão atraídas pela boa vontade de mãe e filha e pelo desejo de supe-rarem suas dificuldades.

É importante que ambas tomem consciência de que está ao alcance das duas construir no lar um am-biente mais propício à evolução espiritual das duas, um ambiente em que ambas possam conviver em har-monia, uma aprendendo com a outra, uma ajudando a outra a crescer, a evoluir.

Confiem em si mesmas, sigam a conduta acon-selhada pela nossa filosofia espiritualista e sabe-rão que têm condições de constituir um lar em que ambas terão oportunidade de crescer, de progre-dir espiritualmente.

Harmonia no lar nasce e se consolida no diálogo

Depressão deve ser combatida compensamento positivo

ACoNSELHAMENTo

Outubro | 201911

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Nota

Humberto Rodrigues, Presidente Astral do Racionalismo Cristão.

É sempre importante frisar a ne-cessidade de as pessoas terem domí-nio próprio. Como atributo espiritual a ser permanentemente desenvolvi-do, o controle íntimo evita ações im-pulsivas ou impensadas, possibilitan-do que todas levem suas vidas com responsabilidade e segurança. Conhe-cedoras dos porquês da vida, firmam-se a cada passo que dão ao procede-

rem de acordo com sua vontade.Quando as pessoas têm controle

sobre seus atos e suas palavras, apri-moram o viver na Terra, construindo um futuro promissor. Ao reconhecerem a importância do autodomínio, lidam melhor consigo mesmas e com os se-melhantes. Por estarem alertas e vigi-lantes, não se deixam influenciar pelos conflitos observados ao redor. Ao se-guirem em frente de forma consciente em suas vidas, enxergam com maior fa-cilidade problemas e soluções, pois têm

as rédeas dos acontecimentos.Então, busquem as pessoas conhe-

cer-se a si mesmas, interpretar o que fazem e o que deixam de fazer, avaliar o que conquistaram e o que perderam, para que contribuam na feitura de um mundo melhor. Inseridas que estão nos campos vibracionais favoráveis e desfavoráveis ao progresso material e bem-estar espiritual, o autodomínio também viabiliza a escolha do rumo que conduz ao viver próspero, seguro e feliz.

Controle sobre atos e palavras

Antonio Cottas, Consolidador do Racio-nalismo Cristão.

Seria muito bom os seres humanos terem noção do quanto é importante se espiritualizarem! O esclarecimento espiritual faz com que a vida se torne menos dolorosa, podemos assim dizer. O viver fica mais ameno quando os indiví-duos se entendem ao colocarem o ego-ísmo e a vaidade de lado. Os momentos de dor são finitos para os espiritualistas, pois têm cotidiana paz de espírito e sem-pre conquistam a felicidade almejada.

Para tanto, existe o Racionalismo Cris-tão, uma filosofia espiritualista que explica quem é o ser humano e o que ele faz na Terra. Ensina-o, portanto, a trilhar o cami-nho do bem, mostrando-lhe como viver mediante o aprimoramento do caráter.

Todavia, é necessário que não se deixe para amanhã o que se pode fazer hoje, sobretudo a busca da verdade es-piritualista que o Racionalismo Cristão defende e divulga, o conhecimento das naturais e imutáveis leis evolutivas que normatizam as condutas que os seres humanos devem ter na Terra, para que progridam material e espiritualmente com segurança e eficácia.

Logo, não se pode deixar de observar o viver terreno com seus ensinamentos, pois as experiências que os seres huma-nos passam têm finalidade pedagógica de natureza espiritual e se manifestam segundo a concepção de vida que cada indivíduo adota. O crescimento espiritu-al tem que ser realizado mediante esfor-ço próprio e ninguém pode fugir dessa concepção transcendente. São inúteis as promessas e os pedidos que as cren-ças religiosas impõem aos seus adeptos como solução para os problemas por que passam.

Descobertas científicas em todas as áreas do conhecimento humano, que melhoram a qualidade de vida das pessoas, revelam quanto o mundo vem progredindo materialmente com o pas-sar dos séculos em razão da crescente espiritualidade dos povos. Contudo, o desenvolvimento espiritual acontece de forma mais lenta, como ensina o Ra-cionalismo Cristão às pessoas que fre-quentam as casas racionalistas cristãs e usufruem os conhecimentos recebidos nessas verdadeiras escolas de vida.

Maria Cottas, escritora

A humanidade está neste mundo para fazer seu progresso material com bom senso e promover seu desenvolvi-mento evolutivo com uso adequado dos atributos e das faculdades espirituais que possui.

O progresso material e a evolução espiritual acontecem mediante lutas que os seres humanos travam pela so-brevivência e por maior esclarecimen-to, com alegrias, que dão alento à vida, e tristezas, que geram sofrimentos para a maioria das pessoas. São condições próprias do planeta-escola Terra, onde todos têm de aprender as lições que o cotidiano ensina.

Grande parte dos indivíduos não consegue livrar-se dos erros cometidos em existências passadas. Pelo constan-te mau uso do livre-arbítrio, podemos por analogia dizer que essas pessoas não conseguem livrar-se da cruz que

carregam, cruz que, pelo peso, deixa transparecer o volume de faltas acu-muladas. Isso não significa que os seres humanos esclarecidos não cometam erros, pois não existem seres perfeitos neste mundo. Todavia, os esclarecidos carregam a própria cruz com altivez, não se deixando abater por coisa algu-ma, certos de que a tempestade moral por que passam dará lugar à bonança do equilíbrio psíquico. Todos estão su-jeitos a sofrimentos, uns mais outros menos. Logo, a vida deve ser encarada como ela se apresenta, porém vivida com elevação espiritual.

Seres humanos esclarecidos sabem que o pensamento é vibração do espí-rito, é manifestação de inteligência, é poder espiritual, é tudo na vida. Sabem, portanto, acioná-lo para o bem, fazendo bom uso do livre-arbítrio e da força de vontade. Se as pessoas em geral elevas-sem corretamente o pensamento, ma-nejassem o atributo da vontade como

poderosa alavanca para chegar ao êxito e governassem a faculdade do livre-ar-bítrio de modo a não cometer atitudes reprováveis, certamente sofreriam bem menos.

Sendo assim, há muitas maneiras de as pessoas esclarecidas serem úteis aos semelhantes, não poupando esfor-ços para beneficiar os carentes de espi-ritualidade. Só o esclarecimento tem o poder de normalizar os males psíquicos, evitando que se convertam em males fí-sicos. Por maior e mais difícil que seja a crise moral que assola o mundo, da qual derivam as demais crises, ninguém deve perder a esperança.

Pouco a pouco, chegará o dia em que a maioria da população mundial es-tará espiritualizada. Espíritos do Astral Superior trabalham intensamente para isso, pois é a única maneira possível de minorar os dissabores e aborrecimen-tos, as incompreensões e angústias que os seres humanos passam na Terra.

Sábias palavras

Viva com elevação espiritual

Não deixe para depois a buscada verdade

Lições de vida

A RAZÃO

LEIA E ASSINE

ORIENTAÇÕES DO ASTRAL SUPERIOR

Outubro | 201912

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Editorial

Nossa razão de ser

Olga Brandão Cordeiro de Almeida Ser professor é algo mais elevado

do que muita gente pensa. Se há carreira para a qual se deva fa-

zer seleção, essa é o magistério. Mestre não é somente o que instrui, mas tam-bém o que educa e, por isso, enquanto não houver equilíbrio entre instruir e educar, todo trabalho será improfícuo.

As estatísticas de reprovações, atualmente, assustam: 80% dos alunos são reprovados, quer no curso ginasial, quer no primário. A quem cabe culpa? Ao Estado? À família? Ao Mestre?

A cada um, uma parcela, pois, tanto as crianças como os adolescentes são orientados pelos adultos. Ao professor cabe, porém, a maior responsabilidade.

Nossos alunos não são menos inte-ligentes que os do passado; mas atra-vessam uma época de maior progresso material, a qual exige do Mestre um trabalho intensivo com orientação cer-

ta para não deixá-los desajustados ao meio em que estão vivendo.

O problema do ensino é complexo: anda muito abandonada a educação atual; os programas são feitos em gabi-netes administrativos por pessoas que, às vezes, nunca tiveram oportunida-de de estar ao menos uma semana em contato com o aluno; a orientação nos lares, salvo algumas exceções, deixa muito a desejar...

Deixemos, porém, tudo isso de lado, e tratemos, os Mestres, de melhorar o ensi-no, ensinando bem. Esqueçamos a vaida-de. O professor não aprofunda seus co-nhecimentos para ostentá-los, mas para transmiti-los com maior clareza.

Não forcemos o aluno a chegar até nós, mas desçamos a ele! É necessário que a matéria seja ensinada de acordo com a mentalidade de quem aprende.

Acabemos com a falsa afirmativa de “não tenho jeito para a Matemáti-ca...” ou “o Português não me entra na

cabeça! ”O ensino primário e o secundário

apenas preparam o indivíduo para que tenha maiores possibilidades de viver.

A vocação é exigida para os que se especializam.

O aluno que só consegue notas baixas, sente-se aturdido, desanimado, desajustado, e por isso mesmo, precisa do amparo moral do professor que, com inteligência e muito raciocínio, contor-nará a situação, evitando que ele che-gue ao estado lastimável de julgar-se um incapaz!

Esclareçamos a mentalidade dos jovens, ensinando-lhes que tudo que é útil e bom só se consegue com trabalho e tenacidade. Acabemos com a palhaça-da de vadiar o ano inteiro e, à hora do exame, ajoelhar diante de uma imagem ou torcer nervosamente as contas do rosário.

É preciso incutir no educando que o fracasso ou o êxito é uma consequên-

cia da reação má ou boa de cada um e que ninguém recebe o influxo das For-ças Superiores se não estiver em boas condições espirituais; que o aluno va-dio, desatento às aulas, se não merece a consideração de seus semelhantes, muito menos a de Deus!

O bom Mestre tem um prestígio decisivo sobre o aluno e, muitas vezes, maior que o dos pais.

Ninguém ignora que a proclamação da República muito se deve ao influxo de um grande Mestre.

Desçamos aos nossos alunos; seja-mos disciplinados para discipliná-los; cor-rijamos nossos defeitos antes de criticar os alheios; exerçamos a profissão com sinceridade, utilizando mais a força moral que o castigo; sejamos o exemplo daquilo que desejamos que sejam nossos alunos e só assim teremos concorrido para melho-rar o ensino em nosso País.

Publicado em 15 de janeiro de1957.

Lava Jato precisa furar blindagensAvança a Operação Lava Jato, ora

sobre tênues filetes de suspeitas ou fragmentos de dados, ora sustentada por flagrantes e robustos indícios de tretas entre bem sucedidos executivos e empresários e descarados políticos, circunstânias que tornam fácil provar o alvo principal das ivestigações. O mote é a corrupção (cabe aí a lavagem de di-nheiro e a associação para o crime), o alvo são os corruptos – grandes, pe-quenos, médios, candidatos a gatunos

do dinheiro público e ladrões aposenta-dos, os que pularam do bonde quando a chapa começou a esquentar e meteram o pé estrada afora. Estes acreditavam que poderiam ser esquecidos; aqueles se julgavam acima da lei e dos homens, capazes de enganar todo o mundo o tempo todo. Um a um, porém, está sen-do enquadrado e responde pelos delitos. Alguns são condenados a tirar férias em presídio; outros aguardam em liberdade na fila rumo ao cadafalso, ao matadouro

ou lá o que seja. Mais cedo ou mais tarde serão alcançados pela mão da Justiça.

A Lava Jato já ultrapassou 250 eta-pas, enviou centenas para o corredor dos apartamentos gradeados e possi-bilitou que alguns fossem trancafiados. Tem o apoio e o aplauso da sociedade, mas ainda lhe deve algumas cabeças co-roadas que estão sendo protegidas por intensa e espessa blindagem. A opera-ção, com suas nomeadas etapas, espalha o que é de espalhar, aglutina o que é de

aglutinar, e põe na mesa do homem da capa preta (hoje uma mulher e atuando sem toga) o processo pronto e acabado, sem falhas ou lacunas, para apreciação.

É inegável a eficiência da Policia Fe-deral e do Ministério Público com suas participações e intervenções para a que a Lava Jato, como uma locomotiva, man-tenha a velocidade e só dê meia-trava para abastecer-se de provas e volte a movimentar-se, para um ou outro lado, para frente ou de ré, quando necessário.

Ser professor

ARTIGO

Outubro | 201913

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Caruso Samel, escritor, militante da Filial Butantã (SP).

Vimos no tema anterior que reali-dade e verdade são coisas diferentes. Vimos, também, que a intuição é a mais comum de todas as formas de mediu-nidade e todas as pessoas a possuem, em maior ou menor grau. Vamos, agora, focalizá-la de uma forma mais ampla e profunda, dada a sua importância nos processos que envolvem a criatividade humana, tanto nas pequenas situações da vida como nas grandes descobertas da ciência. Na verdade, a intuição é uma das fontes do saber humano adquirido via processo inconsciente derivado da mani-festação da espiritualidade das pessoas.

Eis aqui o que os dicionários nos in-formam sobre intuição: 1. Ato de ver; perceber; discernir; percepção clara e imediata; discernimento instantâneo; visão. 2. Ato ou capacidade de pressen-tir; pressentimento. 3. Filosofia: Co-nhecimento imediato de um objeto ou plenitude de sua realidade, seja esse objeto de ordem material ou espiritual; 4. Apreensão direta, imediata e atual de um objeto, na sua realidade individual”. Ou seja, sob o ponto de vista espiritual, intuição é uma faculdade que gera o pro-cesso intuitivo.

Assim, a intuição ocorre quando se tem uma compreensão repentina de al-guma coisa, o que representa um conhe-cimento que se obtém diretamente, sem o auxílio da razão, muitas vezes depois de ter recorrido a esta de maneira per-sistente e contínua na solução de algum problema, sem obtê-la. Quanto maior for a nossa capacidade de encarar qualquer problema por um enfoque bem diferente do modo comum de ver as coisas, mais re-ceptivos estaremos à intuição. Em Psico-logia se usa, com frequência, a palavra in-sight (lampejo ou estalo) como sinônimo de intuição, mas há uma diferença mar-cante: a intuição é a capacidade de prever possibilidades, enquanto que o insight é a forma como a intuição é revelada.

O ser humano é um composto de três elementos: espírito, corpo astral ou corpo fluídico e corpo carnal ou corpo físico. O espírito prepondera sobre os corpos as-tral e físico, sendo ele o responsável pela geração e emissão das vibrações do pen-samento, decodificadas e interpretadas pelo cérebro, com passagem obrigatória pelo corpo fluídico, que é o meio sutil in-termediário que registra as vibrações de-rivadas do pensamento.

O Racionalismo Cristão nos ensina que “o pensamento é vibração do espíri-to, manifestação da inteligência, poder espiritual saturado de força”. As ondas de força e poder do pensamento preenchem a superfície da Terra em todas as direções e alcançam inclusive o espaço superior, do mesmo modo que ocorre com as on-das hertzianas usadas nas transmissões

radiofônicas e de TV. As vibrações espiri-tuais têm diferentes propósitos e são ge-radas e moduladas em função da enorme quantidade de sentimentos que cada ser humano exerce durante a sua atividade cotidiana. Por sua vez, elas se somam e se aglutinam de acordo com cada tipo de sentimento e propósito das pesso-as. Através de um processo que segue a conhecida lei da atração e repulsão dos pensamentos, os sentimentos afins se atraem e os sentimentos contrários se re-pelem, diferenciando-se em sentimentos positivos e sentimentos negativos. É fácil compreender a enorme quantidade de ondas de pensamento diferenciadas que são emitidas, a cada instante, não só por todos os habitantes (encarnados) da Ter-ra, como pelos espíritos do astral inferior (que estão desencarnados e quedados na superfície da Terra) e pelos espíritos do Astral Superior, no espaço e nos seus mundos espirituais de origem.

Da mesma forma que o pensamento é gerado pelo espírito de cada pessoa, ele também pode ser captado. Então, no pro-cesso do pensamento, ele tanto pode ser gerado e emitido, como pode ser recebi-do de qualquer das fontes mencionadas, bastando entrar em sintonia com outros pensamentos afins. O segredo reside na afinidade de pensamentos que a lei da atração e repulsão propicia, atuando a afinidade como uma sintonia, da mesma forma que se sintoniza uma estação de radio ou de TV. A sintonia fina se com-pleta pela atenção e concentração no as-sunto objeto de nosso pensamento. Nós

recebemos ou transmitimos aquilo que queremos.

Segundo os princípios espiritualistas do Racionalismo Cristão, citamos: “Todos os seres humanos são dotados, dentre outras, da faculdade de intuição – facul-dade mais receptiva e mais sensível em uns do que em outros. Por meio dela, es-píritos desencarnados que perambulam pela atmosfera fluídica da Terra, em esta-do de perturbação (aqui genericamente mencionados pela designação de astral inferior), interferem na vida e nos pen-samentos dos seres encarnados, levando-os – quando estes não reagem por meio do pensamento acionado pela vontade consciente – a cometer as piores ações, fazendo-os chegar, frequentemente, à obsessão”.

Temos, assim, duas grandes corren-tes de pensamentos vibrando ao redor do planeta Terra: uma corrente que aglutina os pensamentos negativos (correntes do Mal) e outra que reúne os pensamentos positivos (correntes do Bem). Conforme os pensamentos emitidos a qualquer mo-mento por uma determinada pessoa, ela se deixa influenciar por uma ou por outra, mas nunca ao mesmo tempo, por ambas. Segundo este princípio forma-se em tor-no da pessoa e, com maior intensidade em torno de sua cabeça, uma imagem multicolorida de diferentes intensidades e matizes conhecida com o nome de aura, reveladora do pensamento que está sen-do formado e emitido.

Continua na página seguinte.

Intuição, nossa bússola

Aos amigos e militantes do Racionalismo Cristão

Temos a satisfação de convidar Vossa Senhoria e Ilustríssima Família para participarem das comemorações do 63° aniversário de inauguração Sede Mundial do Racionalismo Cristão, que contará com as seguintes ati-vidades: Dia 18-10-2019 – sexta-feira, às 19h30min. Realização de reunião cívico-espiritualista Dia 19-10-2019 – sábado, das 15h às 18h 4º Encontro de Jovens do Racionalismo Cristão, com palestras, troca de ideias e atividades artísticas.

Gostaríamos que os prezados convidados compartilhassem das fes-tividades, quando poderemos nos abraçar nessa confraternização espiri-tual verdadeira.

A Diretoria

Sede Mundial: Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, Brasil

“A intuição lhe diz o que fazer, sem que você precise usar a razão. É a parte ilógica da existência.”

Sharon Franquemont, psi-cóloga americana.

ARTIGO

Outubro | 201914

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É essa aura, que é variável na me-dida em que nosso pensamento se modifica, permitindo, assim, a leitura do pensamento pelos espíritos e pelos médiuns videntes, mediante a atração de pensamentos afins. Por isso é que se diz que entre os espíritos não há segredos, tudo está ali revelado, como num livro aberto, não sendo possível esconder pensamentos ou sentimen-tos. Esse é, também, o princípio que fundamenta a telepatia como forma de leitura, transmissão e recepção dos pensamentos. Infelizmente, por razões óbvias devidas ao atual estado de evo-lução da humanidade, esta faculda-de ainda é incipiente na criatura, não sendo possível o seu uso generalizado, pois o órgão físico, que se admite ser a glândula pineal, ainda não está sufi-cientemente desenvolvido.

Nós sabemos que na solução de muitos problemas cotidianos utiliza-mos inconscientemente a intuição. Quando percebermos que estamos num beco sem saída e não nos ocorre uma solução para o problema que es-tamos enfrentando, uma boa medida seria deixá-lo de lado por algum tem-po. A experiência da vida nos ensina que nem sempre conseguimos avançar e obter a desejada solução apenas pelo raciocínio. Esse é o momento certo de fazer uma pausa, ou quem sabe, não resistir a uma soneca ou ao sono no-turno reparador para retomar o assun-to no dia seguinte. É impressionante a quantidade de relatos relacionados à ocorrência de insights durante o sono e através de sonhos ou mesmo durante o trabalho.

Para concluir, vamos citar dois exemplos muito famosos. Primeira-mente, vamos nos valer de um sonho, relatado pelo bioquímico alemão Frie-derich August Kekulé Von Stradonitz (1829-1896), simplesmente conhecido pelo sobrenome Kekulé, que viveu no século XIX e que o levou a uma das mais importantes e extraordinárias desco-

bertas científicas na Química Orgâni-ca. Eis o relato: “Virei minha cabeça e adormeci... uma vez mais, os átomos estavam cabriolando diante dos meus olhos. Dessa vez, os grupos menores se mantinham modestamente no fun-do. Meu olho mental, que se tornara mais aguçado em virtude de repetidas visões desse tipo, podia agora distin-guir estruturas maiores, com múltiplas conformações; longas fileiras, às vezes encaixadas mais firmemente umas às outras; todas se dobrando e curvan-do-se, num movimento semelhante ao feito por uma cobra. Mas, olhe! O que foi aquilo? Uma das serpentes ti-nha abocanhado a própria cauda e o conjunto rodopiava zombeteiramente diante dos meus olhos. Acordei como se tivesse sido despertado pela luz de um relâmpago...” Esse sonho o ajudou a entender como as moléculas de diver-sos componentes orgânicos se organi-zavam em uma estrutura em forma de anel hexagonal – o núcleo benzênico, base da química orgânica aromática, que o tornou famoso.

Outra experiência famosa desse gê-nero ocorreu com Dimitri Mendeleiev (1834-1907), químico russo, laureado pelos cientistas pela brilhante ideia de agrupar os elementos químicos em uma tabela ordenada logicamente segundo os números atômicos dos elementos, que passou a ser conhecida com o nome de Tabela Periódica dos Elementos. Essa foi uma descoberta representa-tiva de um exemplo notável de síntese mental ocorrida em ciência. Foi atra-vés dessa tabela que muitos elementos químicos foram descobertos posterior-mente, pois a existência dos mesmos fora prevista por Mendeleiev, que havia deixado “espaços” ou “posições” vazias em sua tabela para elementos não co-nhecidos ainda à época em que a prepa-rou. O que pouca gente sabe é que essa descoberta notável surgiu de um sonho que Mendeleiev tivera, não enquanto estava pensando logicamente.

Intuição... Gratidãorevela nobreza

Fábio Carvalho Sotero, Belo Hori-zonte(MG).

A opção por ser grato, por sentir no âmago o valor de um bem recebido e ter por quem o proporcionou, em con-sequência mesmo da oportunidade de ter sido beneficiado, um sentimento de profunda gratidão, de reconhecimento, de respeito e de reverência, é ato espi-ritual que revela nobreza.

Falar de nobreza no mundo atual, em que grande parte da humanidade vive nos centros urbanos, onde a luta pela sobrevivência é muitas vezes ár-dua, pode até soar estranho, como ilu-são, quimera, utopia ou devaneios de uma mente sonhadora.

Mas a nobreza a que nos referimos é de outro nível, mais elevado, pois há que se notar que, mesmo em circunstâncias em que os deveres da vida material se sobrepõem, por necessidade de sobre-vivência, aos atos de delicadeza, de sua-vidade, de afeto, sempre há espaço para se cultivarem os valores da alma, as con-quistas imperecíveis do espírito.

A nobreza a que nos referimos não se trata, é bom que se esclareça, da-quela que se obtém por meio de títulos nobiliárquicos, muitas vezes consegui-dos a peso de ouro e por estratagemas indignos dos que têm noção de morali-dade e de honradez. Nobreza de facha-da, de papel, de vaidade. Não é essa que pretendemos analisar.

A nobreza, objeto do nosso estudo, é aquela perene, duradoura, simples e espontânea. A que se obtém a partir da evolução, do aprendizado da condição humana em seus aspectos relevantes, sob a ótica da espiritualidade. A que re-vela alto grau de elevação espiritual: a nobreza de caráter. Muitas são as opor-tunidades que se nos apresentam para aperfeiçoarmos em nossa estrutura es-piritual essa característica.

Nas relações familiares, por exem-plo, verifica-se a gratidão quando os filhos se enternecem pelo esforço con-tínuo dos pais para dar o melhor de si pela sua educação; quando descobrem e reconhecem a real necessidade do engrandecimento pessoal em prol de si mesmos e da coletividade e creditam esse mérito, em grande parte, aos pais.

A possibilidade de estudar, de obter educação formal, quando emparelhada com o aprimoramento dos sentimentos, do afeto, da amabilidade, possibilita

grande progresso moral e espiritual. E merece toda gratidão dos filhos.

Nas salas de aula mesmo, do nível primário ao universitário, demonstra-se gratidão quando os alunos decidem ho-menagear um professor nos eventos de formatura, com pureza de sentimentos, objetivando deixar marcado o agradeci-mento pelos ensinamentos ministrados.

Outra oportunidade de se observar gratidão é quando se obtém ajuda de profissionais em suas atividades com objetivos de apelo material. Sentir-se grato e expressar esse sentimento, mesmo que seja nos assuntos de inte-resse estritamente material e remune-rado, realça a nobreza em reconhecer o esforço do outro e o auxílio recebido.

A aridez de sentimento dos que pensam que, por estarem pagando pelo serviço prestado, não precisam agrade-cer, demonstra aspereza, secura, insufi-ciência de sentimentos superiores, falta de consideração pelo elemento huma-no nas relações de trabalho.

Entretanto é nos gestos mais sim-ples que se nota esse aspecto da nobre-za de caráter em sua característica mais pura, como, por exemplo, quando há o auxílio de um jovem que se oferece para carregar um pacote ou outro objeto cujo peso esteja fazendo padecer uma pessoa idosa, num auxílio espontâneo, nobre, desinteressado.

Quando essa ajuda, por sua vez, provoca naquele que a recebeu o impul-so de retribuir, nem que seja por um sin-cero muito obrigado, um abraço ou um afago, observa-se a gratidão sem jaça, aquela que adorna o status de huma-nidade de quem fez o bem e de quem o recebeu, a nobreza reveladora de con-sideração recíproca da generosidade de quem auxilia e de quem é beneficiado.

A gratidão é mais uma qualidade do espírito que merece toda nossa aten-ção, ao par daquelas que proporcionam o engrandecimento do caráter: mode-ração, ponderação, justiça e valor.

Eis uma dimensão da vasta, eclética e profunda ciência que nos foi descorti-nada pelo Racionalismo Cristão e seus idealizadores – Antonio Vieira, Luiz de Mattos, Antonio Cottas, Maria de Oliveira e tantos outros que não nos é dado saber: a ciência da vida.

A eles e a nós mesmos devemos o preito de gratidão que consiste em hon-rar nosso compromisso de aperfeiçoa-mento pessoal, em bem da humanidade.

ARTIGO

Outubro | 201915

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História do racionalismo - 77

J. A. Martins, militante da Filial São Pau-lo (SP) .

Por estabelecer cânones para reger e orientar as formas de conhecer, a teo-ria epicurista do conhecimento recebeu a denominação de canônica. (Entenda-se por “cânones”, nesse caso, “as normas que constituem um método”.)

A lógica de Epicuro ensina que o saber resulta daquilo que nossos sen-tidos são capazes de captar do mundo, ou seja, o conhecimento tem início na experiência sensível. Repetidas muitas vezes e, assim, guardadas na memória, as experiências formam as noções ge-rais, ou conceitos.

O que ocorre é um fenômeno que o filósofo chama de “antecipação”. Exem-plificando, diz ele: “Ao ouvirmos a pa-lavra ‘cavalo’, sabemos exatamente do que se trata, porque nossas experiên-cias sensíveis, armazenadas em nossa memória, nos indicam o que é um ca-valo. Desse modo, no instante em que ouvimos essa palavra, antecipamos a presença dele, porque, embora o ani-mal não esteja sendo, nesse momento, apreendido por nossos sentidos, sua imagem está armazenada em nossa memória”.

Juízos. Não se formam juízos senão com grande quantidade de antecipa-ções, afirma Epicuro.

Ele e seus discípulos adotavam dois métodos de verificação para saber se um juízo era falso ou verdadeiro. Se correspondia ao que era captado pelos sentidos, era verdadeiro; nos casos em que a observação sensível não era pos-sível, cumpria-lhes verificar se havia ou não contradição entre o juízo e as expe-riências guardadas na memória.

Adesão ao atomismo. Epicuro era

ainda jovem quando entrou em contato, na cidade de Teos, com a teoria atomis-ta de Demócrito (460-370 a.C.), da qual viria a reformular alguns pontos.

A conjugação do conhecimento sensível e do conhecimento racional foi, conforme Epicuro, o que permitiu a ele justificar sua adesão ao atomismo de Demócrito.

Como esse pensador, admite Epicuro ser a matéria formada por átomos, “partí-culas infinitesimais, invisíveis, indivisíveis, incorruptíveis, incausadas e eternas”.

Contrário, porém, ao rígido meca-nismo da Física dos dois pioneiros do atomismo, Leucipo (meados do século V) e Demócrito, introduziu Epicuro nes-

sa teoria a noção de “desvio“, segundo a qual podem os átomos desviar-se e cho-car-se. Isso em qualquer momento de suas trajetórias e sem nenhuma razão mecânica.

Se os sentidos, diz Epicuro, atestam o movimento como uma evidência, é líci-to reconhecer como verdadeira a teoria atomista, pois ela proporciona uma ex-plicação racional para o movimento ao concluir e afirmar que “tudo é constitu-ído de átomos, que se movem no vazio”.

Desvio e arbítrio. Segundo Epicuro, essas ínfimas partículas se movimen-tam na vertical, de cima para baixo.

Tal movimento, eterno, está sujeito, às vezes, ao mencionado desvio, “uma declinação que introduz nessas par-tículas um princípio de liberdade, de arbítrio, de imponderabilidade, em um jogo de forças estritamente mecânico – a ruptura da necessidade, no plano da Física, para acolher a contingência”.

Não há como negar a racionalidade desse desvio, garante Epicuro, baseado em sua teoria canônica do conhecimen-to. Com efeito, observa ele, a evidência imediata revela que existe um ser (o ho-mem) que, constituído de átomos, como os demais seres do Universo, manifesta

a possibilidade de arbítrio. Por meio desse atributo, pode o in-

divíduo alterar os rumos de seu viver ou, pelo menos, “modificar sua atitude interior ante os acontecimentos”.

Para Epicuro, a faculdade do arbítrio no ser humano encontra explicação nes-se suposto desvio que, conforme nosso filósofo, ocorre nas trajetórias atômicas.

“Inconcebível seria admitir que um composto (o homem) apresentasse atri-butos inexistentes em seus próprios com-ponentes (os átomos).”

A propósito, cumpre-nos observar que, segundo o atomista e materialista Epicuro, até mesmo a alma é um com-posto de átomos, átomos esses por ele qualificados de “sutis”, mas, “de qual-quer modo, de natureza material”. As-sim sendo, conclui, estão sujeitos, como os do corpo, à desintegração. Ou seja, morto o corpo, morta a alma.

Infinitos mundos. Se infinita é a vasti-dão universal, argumenta Epicuro, há in-finitos mundos e, por consequência, infi-nitos átomos. Unindo-se e separando-se no espaço, em função de forças mecâni-cas, os átomos determinam a formação e a desagregação dos mundos, “cada qual com seus seres, produto da evolução”.

Até mesmo a alma é um composto de átomos, diz o atomista Epicuro

Razão para viver

Ouça, de segunda asexta-feira,das 8h às 9h,

o programa Razão para viver, com orientações aos

ouvintes que vivenciam pro-blemas existenciais.

Rádio A Razãowww.arazao.org

ARTIGO

Outubro | 201916

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Heloísa Ferreira da Costa, militante da Filial Marília (SP).

Em busca de respostas para enten-der o que significa a palavra deus para a maioria da humanidade, pode-se buscar no dicionário ou no Google, onde se encon-tram as seguintes definições: “ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si só; causa necessária e fim último de tudo que existe”. Ainda, “nas religiões primitivas, designação às forças ocultas, aos espíritos mais ou menos personalizados”, “imaginar um ser humano perfeito”. Confesso que essas definições confundiram ainda mais quem está em busca da realidade.

Antes de tudo preciso explicar o por-quê da pesquisa. O termo deus é utilizado nos diálogos do dia a dia: graças a deus, vá com deus, se deus quiser e assim por dian-te. Na filosofia racionalista cristã utiliza-se falar em Grande Foco, Inteligência Univer-sal, da qual cada espírito é uma parcela e o objetivo da encarnação é para que as par-tículas possam evoluir lapidando todas as suas mazelas para que, finalmente, chegue o dia em que esse espírito não mais preci-sará de seu corpo físico e continuará sua evolução em campo espiritual ajudando na harmonia do planeta.

Infelizmente, o que se percebe é que deus se tornou uma entidade, e ao longo da história quase todas as culturas enxer-garam o divino como reflexo de si mesmos. É ensinado nas religiões que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, e é exatamente o contrário: foi o homem que o criou a sua imagem. Pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que cada raça define deus conforme a sua própria constituição física.

O homem criou um ser perfeito, mas ao mesmo tempo autocrático e capaz de

controlar tudo e todos, deu a ele atributos humanos, como a misericórdia, compaixão e amor. Se algo de bom acontece, foi por or-dem divina; se alguém morre antes do tem-po normal de uma vida física, é porque foi chamado para estar ao seu lado, como se esse ser realmente fosse humano. Então, é necessário fazer um esforço consciente para despojar deus desses atributos e con-dições humanas.

O ser humano é fruto das consequên-cias das suas vivências. Assim, agir correta-mente porque se espera recompensa ou pu-nição divina é agir como uma criança que se comporta bem para ganhar um brinquedo. É necessário que as pessoas deixem de ser crianças espirituais. Devemos agir correta-mente para refletir a Inteligência Universal, da qual somos uma parcela.

Os grandes filósofos e cientistas defi-

nem deus das mais diversas formas, Eins-tein, por exemplo, disse: “a palavra de deus é para mim nada mais do que a expressão e o produto das fraquezas humanas.”; Ste-phen Hawking, conhecido como o cientis-ta que definiu o Big Bang como o início do Universo, assim se pronunciou: “o tempo não existia antes do Big Bang, assim não existe tempo no qual deus produziu o Uni-verso, é como perguntar onde fica a borda da terra, sendo que esfera não tem borda,” e completa o seu raciocínio afirmando que ninguém governa nosso destino.

O importante é o ser humano enten-der que é um ser espiritual processan-do sua evolução neste planeta, que suas ações, pensamentos e atitudes definem sua felicidade futura. Não é necessário buscar redenção, ela vem naturalmente a cada sofrimento físico ou moral pelo qual o

indivíduo tem que passar para se aprimo-rar e, assim, alcançar a felicidade às suas próprias expensas. Se uma pessoa morre devido a um acidente ou alguma patologia, isso não significa castigo, são as contin-gências do planeta e da fisiologia humana; se outra se salva de um acidente, não foi a mão de deus, mas sim consequência de seus pensamentos firmes que o intuíram a seguir outro caminho, ou apenas uma grande coincidência, porque momenta-neamente em uma mesma situação uns morrem e outros sobrevivem. Aos sobrevi-ventes pode parecer a mão de deus, mas e os que perderam, quem foi, ou o que acon-teceu com o deus que deveria salvá-los? Se cada um quiser saber se sua trajetória ter-rena se acabou, se está vivo é porque não! Tudo na vida é um processo constante de ações e consequências.

Há que se compreender no entanto que por ser este um planeta de escolaridade existem espíritos dos mais diferentes graus de evolução e não adianta querer tirar a ilu-são de alguém que aprendeu desde a mais tenra infância que precisa agradecer a um ser divino por sua vida, sua saúde e sua feli-cidade; que é preciso rogar aos céus quando seus problemas fogem do seu controle e o desespero bate à sua porta, desconhece-dor que é de que estas são consequências de seus atos em vidas passadas. Impossível também explicar que não há milagres nem perdões, então cabe aos estudiosos da espi-ritualidade compreender que, para muitos, saber que Deus está no comando é a única maneira de compreender a injustiça da Ter-ra, porque entender que tudo é justo con-forme as leis naturais e imutáveis e de causa e efeito é um crescimento sofrido, e crescer dói, mas todos os espíritos alcançarão esse estágio com mais ou menos vidas. Assim é o processo da vida.

Desumanizar DeusTHARSILA PRATES

ARTIGO

Outubro | 201917

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Solicite ainda hoje sua assinatura de A RAZÃO ou presenteie. Assinale seu pedido: Nova assinatura Renovação Nome ................................................................................................................Endereço...........................................................................................................CEP ................................... Cidade .................................................................Estado................................ País................................. CPF..............................Assinatura anual: Brasil – R$ 60,00 (sessenta reais)Europa – € 30.00 (trinta euros)Demais localidades – US$ 35.00 (trinta e cinco dólares)Assinaturas no Brasil: pagamento por boleto bancárioAssinaturas fora do Brasil: consulte-nosMais informações:Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, BrasilTelefone (21) 2117-2100 CEP – 20.550-220E-mail: [email protected]

Assine A RAZÃO

INGREDIENTESUma xícara e meia (chá) de feijão

branco cozido (uma lata); uma xícara (chá) de farfalle (ou outra massa cur-ta de grano duro); uma abobrinha; um dente de alho; azeite, sal e pimen-ta-do-reino moída na hora; lascas de queijo parmesão e salsinha picada para servir.

MODO DE PREPAROFaça o pré-preparo: escorra a água

do feijão. Lave, seque a abobrinha e, com o fatiador de legumes, corte em fatias finas no sentido do comprimento, até chegar à metade do legume. Corte o restante da abobrinha em 3 tiras e cada tira em cubos de 1 cm. Descasque e pi-que fino o alho.

Leve uma panela média com água ao fogo alto. Assim que ferver, adicione meia colher (sopa) de sal, junte o macar-rão, misture e deixe cozinhar pelo tem-po indicado na embalagem, até ficar al dente.

Enquanto o macarrão cozinha, co-mece a preparar o molho. Leve uma fri-gideira grande ao fogo médio. Quando aquecer, regue com uma colher (chá) de azeite e disponha as fatias de abobri-nha, uma ao lado da outra, sem amon-

toar. Deixe dourar bem por um minuto de cada lado, transfira para um prato e reserve.

Mantenha a frigideira em fogo médio e regue com uma colher e meia (sopa) de azeite. Acrescente os cubos de abobrinha, tempere com sal e pi-menta e refogue por dois minutos, até dourar. Junte o alho picado e mexa por um minuto para perfumar. Adicione metade dos grãos de feijão, misture um quarto de xícara (chá) da água do cozi-mento do macarrão, desligue o fogo e reserve.

Assim que estiver cozido, reserve um quarto de xícara (chá) da água do cozimento e passe o macarrão pelo es-corredor. Junte ao refogado de abobri-nha e misture bem.

No processador de alimentos (ou liquidificador) bata a outra metade dos grãos de feijão com meia colher (sopa) de azeite e a água do cozimento reser-vada até formar um molho fluido. Tem-pere com sal e pimenta e divida em dois pratos.

Disponha o macarrão sobre o mo-lho de feijão nos pratos, cubra com as fatias de abobrinha grelhadas e polvilhe com salsinha. Regue com azeite e sirva com lascas de queijo parmesão.

Faleceu em julho, aos 89 anos, o militante da Filial Ilha de São Vi-cente do Racionalismo Cristão Antonio José Lo-pes. O corpo foi sepulta-do no cemitério local da Ilha de São Vicente.

Antonio Lopes, em-presário, foi um dedicado e conceituado militante de bom trato com os amigos e estimado por todos os militantes da Fi-lial Ilha de São Vicente, além de ter sido

um cidadão cabo-ver-diano exemplar. Deixou uma extremosa família, com muitos filhos, mui-tos dos quais frequen-tadores das reuniões públicas do Racionalis-mo Cristão. Contribuiu e muito para a afirma-

ção dessa filosofia espiritualista na Ilha de São Vicente, durante várias décadas, e na Filial Ilha de São Vicente também contribuiu no aspeto material.

INGREDIENTESUma lata de leite condensado

(395g)Meia xícara (chá) de coco seco

raladoMeia xícara (chá) de queijo parme-

são ralado finoDuas gemas

MODO DE PREPAROPreaqueça o forno a 200 ºC (tem-

peratura média). Leve uma chaleira com água ao fogo alto – ela vai ser usada para assar a queijadinha em banho-maria.

Numa tigela pequena quebre um ovo de cada vez para separar a clara da gema. Transfira as gemas para uma tige-la média e as claras noutra tigela – nes-sa receita só usaremos as gemas, você

pode armazenar as claras na geladeira por até dois dias para preparar outra receita.

Junte o leite condensado às gemas e mexa bem com uma espátula de silico-ne. Acrescente o coco e o queijo ralado e misture bem para encorpar.

Transfira o creme para um refratá-rio redondo de 20 cm de diâmetro (se preferir utilize um refratário de outro formato que comporte um litro). Dis-ponha o refratário com a queijadinha numa assadeira e leve ao forno.

Preencha o fundo da assadeira com água quente e deixe assar por cerca de 20 minutos, ou até que a queijadinha esteja dourada na superfície, mas ainda cremosa no centro. Sirva morna ou em temperatura ambiente.

Maria Tereza Gomes, secretária da Casa-Chefe.

ObituárioForno e fogão

Pasta e fagioli com abobrinha

Antonio José Lopes, 89

Queijadinha de colher

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Outubro | 201918

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Comemorações e solenidades em casas racionalistas cristãs em outubro de 2019

Dia 1 Filial Saturnino Braga – 14º aniversário da fun-daçãoSede – Rodovia Deputado Alair Ferreira, 1210, Saturnino Braga Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Deonice Cruz Damasceno

Dia 2Filial Taubaté – 35º aniversário da fundaçãoSede – Avenida Santa Luiza de Marillac, 1521, Vila São JoséTaubaté, São Paulo, Brasil Presidente – Jadir José da Silva

Dia 3 Filial Ipiranga – 8º aniversário da nova sedeSede – Rua do Manifesto, 1653, IpirangaSão Paulo, SP, Brasil Presidente – Rubens Vasconcellos de Donno

Dia 4 Filial Campos dos Goytacazes – 86º aniversá-rio da fundação e ascensão a filialSede – Avenida 7 de Setembro, 303, CentroCampos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Ricardo Barros Monteiro Presidente em exercício – João Ribeiro de Sousa

Dia 6Filial São Gonçalo – 85º aniversário da funda-ção; ascensão a filial em 7/10/1957Sede – Rua Salvatori, 48 São Gonçalo, Rio de Janeiro, BrasilPresidente – Lucy Gonçalves da Costa

Dia 8Filial Campo Grande – 57º aniversário da as-censão a filialSede – Estrada do Campinho, 190, Campo Grande Rio de Janeiro, RJ, BrasilPresidente – Nelson Pinheiro

Dia 9Filial Madeiralzinho – 21º aniversário da as-censão.

Sede – Sítio do Madeiralzinho, MindeloIlha de São Vicente, Cabo Verde Presidente – Antonio Almeida Fortes

Dia 14Filial Cachoeiras de Macacu – 83º aniversário da fundaçãoSede – Rua Escritora Maria Cottas, 340, Par-que Santa LuziaCachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, BrasilPresidente – Rogério Correa Amaral

Dia 15

Filial Porto Alegre – 47º aniversário da nova sede e da ascensão a filialSede – Avenida Prof. Oscar Pereira, 2301, GlóriaPorto Alegre, Rio Grande do Sul, BrasilPresidente – Valderene Machado Ribeiro

Dia 19

Filial Cuiabá – 50º aniversário da nova sedeSede – Rua Major Gama 1237, CentroCuiabá, Mato Grosso, BrasilPresidente – Antonio João Correa RibeiroPresidente em exercício – Silvana Margarida Benevides Ferreira

Filial Leopoldina – 70º aniversário da ascensão a FilialSede – Rua Professor Joaquim Guedes Macha-do, 265, Mina de Ouro Leopoldina, Minas Gerais, BrasilPresidente – Geraldo Magelo

Dia 20SeDe MunDIAL Do RACIonALISMo CRIS-Tão – 63º aniversário da inauguração; funda-da em 2/10/1911Sede – Rua Jorge Rudge, 119, Vila Isabel Rio de Janeiro, RJ, BrasilPresidente – Gilberto Silva

Dia 25Filial Várzea Grande – 38º aniversário da funda-çãoSede – Avenida Castelo Branco, 929, Centro

Várzea Grande, Mato Grosso, BrasilPresidente – Gêlmo Corrêa Ribeiro

Filial espargos – 3º aniversário de ascensão a filial Sede – Bairro Novo 2Espargos, Ilha do Sal, Cabo VerdePresidente – Manuel Santos

Dia 26 Filial Santa Maria – 14º aniversário da fun-dação; nova sede e ascensão a filial em 26/10/2007Sede – Ilha do Sal, Santa Maria, Cabo VerdePresidente – José Júlio da Luz

Dia 27 Filial Porto – 87º aniversário da nova sedeSede – Campo 24 de Agosto, 174/APorto, Portugal Presidente – Antonio Lino Pinto dos Santos

Dia 29Filial Mirassol – 77º aniversário da fundação Sede – Rua Oswaldo Cruz, 2048, CentroMirassol, São Paulo, Brasil Presidente – Aílton Borges de Souza

Dia 30Filial Ilha de São nicolau – 34º aniversário da fundaçãoSede – Vila Ribeira BravaIlha de São Nicolau, Cabo Verde Presidente – Herculano José Martins

Correspondente Boca de João Afonso – 3º aniversário da fundaçãoSede – Freguesia de Santo CrucifixoRibeira Grande, Santo Antão, Cabo Verde Presidente – José Marciano Pires

Correspondente Poconé – 41º aniversário da fundaçãoSede – Rua Antonio João,1786, João Godofre-doPoconé, Mato Grosso, Brasil Presidente – Ubaldo Fernandes de Souza

Rua Parecis, nº 34, Aquidabam – Cachoeiro de Itapemirim – ES

EVENTOS

outubro | 201919

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COMENTÁRIO INTERNACIONAL

Outubro | 201920

Clecy Ribeiro, jornalista, professora.

Diplomacia, a arte da palavra. Envolve planejamento, os ‘sherpas’ que o digam, além de óbvio preparo intelectual e cultural, derivado do conhecimento. Diplomacia voltada a estabelecer uma estratégia de po-lítica externa, com habilidades ine-rentes às nuanças de cada governo e governante, que permitam expandir horizontes.

São estes conceitos fundado-res da diplomacia brasileira, a que se agregaram elementos políticos, ao longo das gerações, conforme as circunstâncias. A diplomacia do paci-fismo incorreu na participação brasi-leira em missões de paz além frontei-ras, e concorreu para evitar conflitos armados nas próprias fronteiras. Um relacionamento que se expandiu, in-clusive na frente econômica, para a abertura de mercados, acesso a recursos financeiros em prol do de-senvolvimento, enfim, participação na ordem mundial, já sem Portugal, a partir da independência.

Não intervenção. A Primeira Re-pública herdou do Império o pensa-mento de não intervenção, coexistên-cia pacífica, com marcas de qualidade, respeito, seriedade. Como guia, as nações civilizadas da Europa. Como ganho, crédito político e imagem po-sitiva. Diplomacia internacional.

Evoluindo até o século XXI, vemos a diplomacia condizente com o multi-lateralismo, num mundo multipolar. Uma modernização, em seguimento à era Getúlio Vargas. Já ganhamos o foro das Nações Unidas e a variante da diplomacia ágil, flexível. Que não impediu que negociações diplomáti-cas brasileiras, por vezes, se fizessem

acompanhar da força militar, como recurso auxiliar.

Soberania nacional, integridade territorial, defesa em prol do desen-volvimento são uma constante na di-plomacia presidencial, dominante na história do Brasil, desde o Império (di-plomacia do imperador). Só eclipsada (com o mesmo foco) pela “diplomacia do Barão”, profissional, de longa ges-tão (1902-1912), que liberou o país das questões fronteiriças. Mas, em geral, perdura a sinergia: presidente, os demais no Governo, parceiros.

Define Sérgio Danese, em obra de história e crítica à diplomacia presi-dencial no Brasil: “... condução pessoal de assuntos de política externa, fora da mera rotina ou das atribuições ex officio, pelo presidente”. Com pleno sucesso e aplausos até hoje, pelo que vingou de 1930 a 1945 e, depois, a partir de 1995 (com ápice até 2012), o que se decanta como a diplomacia presidencial de visitas. Carisma, ima-gem, projeção.

Acanhada nos anos de governo militar, abusiva na primeira metade dos anos 1990, mas universalizada a

partir da segunda metade dessa dé-cada, a diplomacia presidencial tem “caráter errático”, conforme ressalta Danese. Uma realidade à qual o Mi-nistério do Exterior parece já acostu-mado, conclui. Afinal, são diferentes os perfis dos presidentes, a diversi-dade de foco dos governos e a própria vida brasileira.

O livro O Pensamento Diplomático Brasileiro, com menção destacada aos nomes exponenciais até 1964, mui-to explicita. Editado pela Fundação Alexandre de Gusmão, de novembro 2013, Edgard Telles Ribeiro iria com-plementá-lo por assim dizer, dois anos depois, ao atualizar sua ‘Diplomacia Cultural’, como modalidade da moder-na diplomacia. No prefácio, Antônio Houaiss sumaria: “... que se manifesta pela polidez, pelo donaire, pela graça, pela elegância, pela gestualidade, pe-los ademanes, pela eloquência, pelo convívio, pela obsequiosidade...”

Em agosto, reunidos em Biarritz, os sete países no topo dos industria-lizados fizeram aflorar modos tem-porâneos nas relações internacio-nais entre pares. Le Monde inovou,

então, cunhando uma diplomacia da audácia e voluntarismo. Agora, na oportunidade do próximo Sínodo da Amazônia (6 a 27 deste outubro 2019), o governo do estado do Pará lança a ideia de uma diplomacia am-biental. Bem conforme a atribulada realidade pan-amazônica, um tema recorrente nas falas do Papa Fran-cisco, que gerou ’Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral’.

Affair Amazônia. É aí que a carru-agem esbarra, em seu andar. Na su-pina lista, aqui alinhavada, desponta a diplomacia da ofensiva, na defen-siva do affair Amazônia:12 páginas de orientação do governo brasileiro às Embaixadas, para que refuguem a crítica à sua postura, segundo a mídia brasileira. Mas careceria de abordar outro deslize diplomático, com o can-celamento, pelo Paraguai, do acordo sobre o consumo da energia de Itaipu. Como argumento, “alta traição”. Ou seja, condições negociadas a portas fechadas.

Na prateleira, o jus gentium de Rio Branco, marca de um estilo dis-tinto, e a diplomacia eloquente de Rui Barbosa. A antidiplomacia das redes sociais (loas ao Twitter), em escala sem precedentes, vem evaporando os princípios éticos. Espraiando-se; dei-xou de ser apanágio de um só país. E permite-se exceder da esfera política, fazendo a carruagem desviar por des-caminhos.

(De)mérito da atualidade digital, perde-se hoje a tradicional diploma-cia brasileira no lacônico e inusitado. Sagra-se uma modalidade malvista – diplomacia, a arte do desaire da palavra. A Amazônia e a Mulher não merecemos.

No andar da carruagem

Atua nos seguintes segmentos: Elétrica, Hidráulica, Marcenaria, Pintura: interna e externa e Revestimentos.Reforma e Manutenção de: Apartamento, casa, prédio etc.Engenharia: Autovistoria, Consultoria, Fiscalização, Laudo, Legalização, Projeto e Vistoria.Eduardo de Souza Alexandre – Engenheiro civil

Rua Henriqueta Moura, nº 22.Piedade - CEP: 20756-180e-mail: [email protected]: (21) 996-275-994 Material elétrico, hidráulico,

tintas, ferragens e ferramentas

Avenida Independência, 400Fone 055-3742-1101Palmeiras das Missões (RS)

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Primeiro, arruma e prende o cabelo em dois coques laterais. Depois, maquia, maquia... Maquia mais um pouco. Coloca os adereços da cabeça e, por fim, o batom vermelho e os dentes postiços. Pronto! A atriz Angelina Jolie se transforma em... Malevola, Mistress of Evil

(em português, Dona do Mal). O filme Malévola 2 estreia em 19 de outubro nos cinemas, numa continuação da história de 2014. Agora, Malévola se opõe ao casamento de Aurora, a garota que criou.

A mãe biológica, interpretada por Michelle

Pfeiffer, assume a filha novamente, e isso irritará a bruxa. Deve sobrar até para o príncipe que pede Aurora em casamento, com direito ao corvo traidor. Um reino contra Malévola! Assista ao trailer em www.disney.com.br e corra para o cinema.

Filme

Dona do Mal nos cinemas

Tharsila Prates, jornalista, coordenadora do A Razão Criança.

Em uma dessas horas de preguiça ou descanso, abri uma revistinha em quadrinhos da Turma da Mônica e lá estava Chico Bento, apressado, com a mochila nas costas: “Bença, pai! Bença, mãe!”. Passou pela mesa de café da manhã como um foguete. “Chico, qui demora. Vem tomá seu café da minhã!”, pediu a mãe, sentada, tranquila, com bolo, queijo e pão a oferecer.

Mas o menino explicou que não tinha acordado com o galo Aguinardo e estava atrasado para a aula. “Mais ocê vai ficá cum fome”, preocupou-se a mãe, já na porta, tentando convencer Chico a voltar. Mas ele estava decidido e prometeu catar qualquer coisa pelo caminho. E justificou: “Num posso nem pensá im chegá atrasado. Hoje tem prova.”

A história continua com Chico sofrendo para fazer a tal da prova, já que ficou sem tomar café e a fome apertou. Como foi o último a sair da prova, não conseguiu comer nada no recreio, pois os colegas já haviam devorado os lanches. Mas ele ainda voltou pra sala e assistiu à aula sobre... a tradição culinária herdada dos colonizadores europeus. Não sei como

ele se saiu na prova, mas, ao chegar em casa, antes de almoçar, Chico ainda teve “estômago” para lavar as mãos primeiro e agradecer antes de comer – uma tradição da família. Só depois colocou a colher na boca.

Tudo isso, mesmo na ficção, se chama responsabilidade. Saber o que precisa ser feito e correr para cumprir as tarefas, com fome ou sem fome. Afinal de contas, cada um tem um pedacinho de trabalho sob sua responsabilidade. Criança pequena, por exemplo, aprende a catar os brinquedos que espalha para brincar. Brincou, guardou. Abriu, fechou. Acendeu, apagou!

Sobre isso, o especialista em Educação Familiar Içami Tiba escreve o seguinte em seu livro Seja feliz, meu filho: “Com base em simples afazeres, como a arrumação dos seus brinquedos, a criança aprende a encerrar um ciclo: se abre, fecha; se tira, torna a pôr no lugar; se acende, apaga”. São atitudes importantes para o desenvolvimento dos pequenos.

Se tem prova, não pode chegar atrasado. E não é esperando que os pais gritem para que ele se apresse. O menino é quem tem a consciência disso. Fica, então, a dica de uma história em quadrinhos para uma vida feliz, saudável e responsável!

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criança Outubro | 20192

Tudo escuro. Abre-se o pano.

CENA 1: No céu

O céu é todo azul. Dona Nuvem, frente a uma penteadeira, se empoa de talco. Ela veste branco, é gorda e cheia de curvas. Cantarola enquanto se arruma.

DONA NUVEM. Lá. Lá. Lá. Sou nu-vem branca. Mais talco aqui. Outro tan-to ali. Lá. Lá. Linda. Linda. Lá. Lá. Sou nuvem branca. Um pouco de talco aqui. Ah! Detesto me sujar. O branco é uma cor terrível; uma poeirinha de nada, e pron-to. Fico suja e encardida. Que trabalho! Sempre me limpando. (olha no espelho e suspira) O sol. Penso tanto no sol. O sol. (pausa) Sou bonita. Todos me enxergam. Sou quem avisa se vai fazer tempo bom ou se vai chover. (Se empoa de talco de novo e cantarola.) Sou nuvem branca. Talco em mim. (pausa) O sol.

Entra Brisa. Veste uma roupa de plástico transparente. Dona Nuvem fica intrigada.

DONA NUVEM. Tem alguém aqui.Dona Nuvem se levanta.

DONA NUVEM. Quem é?Brisa se esconde.

DONA NUVEM. Não brinca comigo, não. Se me enfurecer, chamo o raio e ar-rumo uma tempestade. Quem é?

Um tempo.

BRISA. Sou eu.

DONA NUVEM. Quem?

BRISA. Brisa.

DONA NUVEM. Brisinha, meu amor, foi ótimo chegar. Já estou quase pronta. Tenho que decidir. Aonde vou hoje?

BRISA. Sei lá. A senhora é quem sabe. Minha obrigação é levar.

DONA NUVEM. E trazer.

BRISA. E trazer. Levar e trazer Dona Nuvem para lá e para cá. Coisa chata.

DONA NUVEM. Pensar: vou para

a zona norte ou para a zona sul? Ah! A praia.

BRISA. O pessoal não vai gostar. Vai tapar o sol e estragar a praia.

Um tempo

DONA NUVEM. Esquisito. Nunca falou assim antes. Se metendo na minha vida. No meu caminho no céu. Chega aqui, perto de mim. O que você tem? Sempre gostou de me ver no espelho.

BRISA. Não. Não me toque. Sempre é assim. Vejo os outros, mas ninguém me vê. Nem no espelho apareço. Nunca.

Brisa fica triste.

DONA NUVEM. Tanta tristeza. Que aconteceu?

BRISA Nada. Tive pensando. Por que não tenho cor?

DONA NUVEM. Ora. Bem. Impos-sível.

BRISA. Ninguém me enxerga. Que-ria ter cor.

DONA NUVEM. A natureza te fez as-sim. Invisível.

BRISA. Coisa sem graça e sem cor. Não quero ser mais Brisa.

DONA NUVEM. Mas Brisa, Vento, Tufão, tudo é ar. E ar não tem cor.

BRISA. Cor. Queria ser azul feito o céu ou branco igual à senhora.

DONA NUVEM. Branco é terrível. Suja à toa.

Um tempo.

DONA NUVEM. Sua missão é so-prar, Brisa. É levar e trazer; é coisa bo-nita. Importante. É a brisa que renova o ar.

BRISA. Queria ter cor.Um tempo.

DONA NUVEM. Que horas são? Como é tarde! Vamos. Vamos. Me sopre logo que vou ao jogo de futebol.

BRISA. Vai estragar o jogo.DONA NUVEM. Vamos. Chega de

conversa. Sopre.Um tempo.

DONA NUVEM. Então?

BRISA. Não. Não. Não.

DONA NUVEM. Não? Disse não? (furiosa, tenta agarrar Brisa, que foge.) Onde está? Venha aqui.

Dona nuvem procura Brisa.

BRISA. Não adiante, ninguém me vê. Não tenho cor.

DONA NUVEM. Menino travesso. Quem pensa que é? Está com inveja das cores. é isso? Só pode ser.

BRISA. Estou. Quero aparecer. Apa-recer cheio de cores.

DONA NUVEM. Vaidoso. Está pior que imaginava. Cheio da inútil vaidade.

BRISA. Como assim?Um tempo. Dona Nuvem muda de

intenção.

DONA NUVEM. Ah. Estou atra-sada. Me leve logo daqui. Tenho um compromisso com os bichos, com as ci-dades, com as pessoas, com as crianças. Com o mundo. Sou eu que dou a som-bra e faço o pôr-do-sol acontecer cada dia diferente.

BRISA. Não, não e não.

DONA NUVEM. Teimoso. Quem me-teu essa maluquice da cor na sua cabeça?

BRISA. Eu mesmo. O próprio.

DONA NUVEM. Esqueça. Me leve daqui.

BRISA. Não.

DONA NUVEM. Vou te dizer uma coisa. Preste atenção: o importante não é “ter”, é “ser”. O importante é “ser”.

BRISA. “Ser”.

DONA NUVEM. “Ser” você mesmo.

A seu modo. Sem imitar os outros ou querer aparecer através de uma cor.

BRISA. “Ser” (pausa) Não. Quero ter uma cor. O “ter”.

Um tempo.

DONA NUVEM. Chega de conver-sa. Me sopre. Que já está me cheirando a chantagem.

BRISA. Não. Só se a senhora prome-ter me dar uma cor.

DONA NUVEM. Assim: sem um mais ou um menos. Isto é chantagem. Coisa desonesta.

BRISA. Chame o Trovão, Faça uma chuva. Quero virar água, descer para a terra e ter uma cor.

DONA NUVEM. Vai se arrepender. Imagina. Se você tivesse uma cor, nin-guém veria o azul do céu.

BRISA. Gosto do céu tanto quanto gosto do azul; o problema é que não sou céu, nem tenho o azul em mim. Enten-de? Não tenho.

Um tempo.

DONA NUVEM. Atrasadíssima. Ul-tra-atrasada. Mas você merece uma li-ção. É isto mesmo que quer? Uma lição.

BRISA. Uma cor. Chama o Trovão. Quero virar gota d`água e ir para a terra.

DONA NUVEM. Água não tem cor.

BRISA. Tem. O mar é verde, lembra? (pausa) O mundo é colorido demais e quando bater na terra, arranjo uma cor para mim. (pausa) Fica descansada; an-tes de virar gota d`água, dou uma sopra-dinha na senhora.

DONA NUVEM. E amanhã? Quem vai me soprar?

BRISA. Amanhã a senhora arranja um pé-de-vento, uma lufada, um tufão, um vento bravo ou uma brisa qualquer. Amanhã sempre se dá um jeito. Amanhã terei uma cor.

Segue

Incrível viagemDoc Comparato

Peça infantil escrita em 1983Personagens: Brisa, Dona Nuvem e Seu Alface

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criança Outubro | 20193

DONA NUVEM. Está enganado. Ul-tra-enganado. A felicidade não é dada pela cor que se tem.

BRISA. A senhora não é feliz no seu branco?

DONA NUVEM. Reclamo um pou-co, como todo mundo sabe. Prefiro me ver rosinha quando chego perto do sol. Mas gosto de ser nuvem, e aí encontro minha felicidade. E depois ninguém é feliz todo o tempo.

BRISA. Como é? Vai me ajudar?

DONA NUVEM. Não tenho outra es-colha. Tenho? Muito contra a minha von-tade, vou ajudar. (pausa) Chantagem.

BRISA. Sou a única brisa de plantão hoje. Só eu posso soprar.

Um tempo. Dona Nuvem pensa.

DONA NUVEM. Que seja feliz nesta sua viagem.

BRISA. Estou preparado.

DONA NUVEM. Tome cuidado, Brisa.

BRISA. Vamos logo com isso. Quero aparecer numa cor.

DONA NUVEM. Se você se arre-pender é só chamar.

BRISA. Não vou me arrepender.

DONA NUVEM. Vamos nós.Um tempo.Dona Nuvem inicia uma dança ritu-

alística.

DONA NUVEM. Trovão. Trovão. (pausa) Rei dos céus. Pai do Raio. Se-nhor das tempestades. Trovão. Trovão. Venha me ajudar a fazer chuva e regar o mundo. Trovão. Trovão.

Expectativa.A luz do palco tremula.

CENA 2: A mudança

Subitamente um estrondo ensurde-cedor: um trovão.

Luzes piscam. Novos trovões.Brisa, estático e espantado.Dona Nuvem continua na dança.

BRISA. O que será isso que estou sentindo? É o tal do medo. Deve ser o medo. Essa coisa estranha que acontece dentro de mim. O medo.

DONA NUVEM. Besteira. O trovão é assim mesmo; só espanto, mas não faz

mal nenhum. E, além do mais, foi você mesmo que inventou essa história toda. Venha. Depressa. O trovão não espera; ele é muito rápido.

Novo trovão.

BRISA. O que faço?

DONA NUVEM. Vem. Vamos subir no “escorrega” da montanha. No Dedo de Deus. Vou começar a chover lá.

Dona Nuvem vai subindo num “es-correga” imenso que se faz presente jun-to à penteadeira.

BRISA. É alto.

DONA NUVEM. Sobe, seu idiota.

BRISA. É alto. (pausa) O que a se-nhora vai fazer?

DONA NUVEM. Vou te dar um abra-ço. Bem apertadinho. E então, você desce. Escorrega pela vida. (pausa) Mas não se esqueça de me soprar antes de escorregar.

Brisa sobe no “escorrega”.Novo trovão.

BRISA. Espero que seja rápido.

DONA NUVEM. Rápido. Isto é chu-va de verão. Acaba logo.

BRISA. Onde vou cair?

DONA NUVEM. Sei lá. Nem olhei para baixo.

BRISA. E se cair no meio de uma fogueira? E se cair numa lata de lixo?

DONA NUVEM. Problema seu.

BRISA. No meio de uma guerra. Não. Não vou mais.

DONA NUVEM. Agora vai. Vai que vai.

Dona Nuvem agarra Brisa no topo do “escorrega”.

DONA NUVEM. Ah! Te agarrei.Novo trovão.

BRISA. Não. Não.

DONA NUVEM. Afinal, você quer? Ou não quer? Decida.

Um tempo.

BRISA. Decidi: quero.

DONA NUVEM. Lá vai meu abraço.Dona Nuvem dá um abraço em Brisa.

BRISA. Lá vai minha brisa.

Brisa sopra em direção de Dona Nu-vem.

Novo trovão.Brisa escorrega pelo “escorrega” até

o centro do palco. Dona Nuvem, no topo do “escorre-

ga”, e a penteadeira desaparecem.Novo trovão.Tudo escuro.

CENA 3: Na horta

A horta é verde. Tudo está verde.Sentado no centro do palco, vê-se

Seu Alface, enrolado, como se espera, em vários mantos verdes que se alastram pelo chão, dando forma a um pé de alface.

Seu Alface fica imóvel todo o tempo, preso em suas folhas.

No meio do verde, vê-se o rosto de Brisa.

Música.O verde toma conta lentamente.

BRISA. Estou verde. (Alegre e emo-cionado) Todo verde. Verde feito a flo-resta. Tenho uma cor. Todos me veem. Afinal tenho uma cor.

SEU ALFACE. Verdemente. Mas você não está na floresta. Está numa horta.

BRISA. Numa horta?

SEU ALFACE. Mais precisamente em mim; no Seu Alface.

BRISA. Estou numa alface?

SEU ALFACE. Exatamente. Caiu numa alface. Muito prazer.

BRISA. Prazer.

SEU ALFACE. Finalmente alguém

para conversar.

BRISA. Tudo que o senhor diz acaba em “mente”.

SEU ALFACE. Perfeitamente.

BRISA. Por quê?

SEU ALFACE. Verdadeiramente só assim as palavras ficam maiores e o tem-po demora a passar.

BRISA. Mas, desculpa, Seu Alface. Por que o senhor quer que o tempo de-more a passar?

SEU ALFACE. Infelizmente aqui não acontece nada. O verde é uma cor bo-nita, mas que fica parada o tempo todo. Às vezes, vezesmente, me mexo um tan-tinho, mas só quando tem uma brisa ou um ventinho. Mas hoje, evidentemente, está tudo parado.

BRISA. Engraçado. Eu era uma brisa.

SEU ALFACE. Negativamente. Vi tudo. Você é um pingo de chuva que agora está verde porque te chupei para dentro de mim.

Brisa nota que está imobilizado entre os panos verdes, só seu rosto aparece.

BRISA. (Perplexo) É verdade. (pau-sa) Preciso sair daqui. Rapidamente. (pausa) Como é que saio daqui rapida-mente?

SEU ALFACE. Nuncamente.

BRISA. O que?

SEU ALFACE. Sempremente verde. Verde. Verde parado. Verde tranqüilo. Verde, verde. Verde que te quero ver-te.

Incrível viagemThábada Paiva

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criança Outubro | 20194

Muito comuns no território brasileiro, as ara-ras compõem um dos grandes símbolos tropicais, sendo aves fundamentais para manter o equilíbrio do ecossistema. Por isso, podem ser um dos mui-tos temas de questões nos vestibulares. A seguir, você pode conferir suas principais características para mandar bem nos exames nacionais.

Todas as espécies de araras apresentam bicos grossos e curvos, seu elemento mais marcante. Isso auxilia na sua alimentação, que consiste em frutos e sementes. Possuem pés com quatro dedos que permitem a rápida movimentação e escalada entre as árvores. As araras habitam florestas tropi-cais, como Amazônica, Mata Atlântica e Pantanal. Vivem em bando e desenvolvem relacionamentos monogâmicos, morando com seu parceiro dentro de troncos e barrancos, até o fim da vida.

Por ser um dos principais símbolos brasileiros, as diferentes espécies de araras podem ser cobra-das nos vestibulares e, por isso, é importante man-ter-se atento para os tipos mais comuns. Confira!

Recentemente, a arara azul entrou em proces-so de extinção, sendo encontrada somente com criadores experientes em poucas regiões do Bra-sil. Ela pertence à ordem Psittaciformes, apresen-tando um belo degradê azulado com detalhes em amarelo-ouro entre os olhos.

Conhecida como arara-militar, a Ara milita-ris pertente, também, à família Psittacidae. Sua principal característica é a longevidade, chegando facilmente aos 50 anos com saúde e disposição. Apresenta manchas vermelhas em sua testa, ga-rantindo fácil identificação na natureza.

As araras compõem uma das principais espé-cies brasileiras, já que sustentam o ecossistema ao nutrir as grandes florestas com novas sementes. Dessa forma, convém revisar os conteúdos de Biologia e Geografia.

Nossos bichos

Araras

O escritor angolano Valter Hugo Mãe, 47 anos, já foi apresentado aqui. Reproduzimos belos tre-chos do livro O paraíso são os outros, em que uma menina reflete sobre o amor, a família e outros relacionamentos, com uma sensibilidade vista em poucos. Convidado da Balada Literária, o autor esteve novamente no Brasil e passou por Salvador (BA), São Paulo e Teresina (PI). Na capital baiana, uma enorme fila se formou no Teatro Gregório de Mattos para autógrafos. Um dos fãs era Leila Teixeira, que foi com o pequeno Daniel Teixeira Reis, 7 anos. Enquanto a mãe prestava atenção na palestra de Hugo Mãe, o pequeno pintou e bordou. Desenhou a Igreja da Barroquinha, onde acontecia o evento, e, depois, teve a oportunidade de mostrar a arte ao escritor, que também desenha. Na hora do autógrafo, Hugo Mãe investiu alguns minutos desenhando no caderno do menino. Uma assinatu-ra em forma de desenho! Uma graça! Nem precisa-mos dizer que a mãe ficou toda emocionada, né? Daniel nos contou que aprendeu a desenhar com o irmão Vinícius, 11 anos, e, além de desenhar, o estudante do primeiro ano do ensino fundamental gosta de ler Ruth Rocha e pensa, no momento, em ser pintor. Sobre Hugo Mãe, Leila disse: “Ele é famoso, inteligente e sensível. Fiz questão de vir.” Daniel adorou!

Nas fotos, Daniel, Leila e o escritor Valter Hugo Mãe, e o desenho de Daniel.

Encontropra lá de especial

Fotos tharsila Prates

Trechos de O paraíso são os outros“Reparei desde pequena que os adultos

vivem muito em casais. Mesmo que nem sempre sejam óbvios, porque algumas pessoas têm par mas andam avulsas como as solteiras, há casais de mulher com homem, há de homem com homem e outros de mulher com mulher. Há também casais de pássaros, coelhos, elefantes, besouros, pinguins – que são absolutamente fiéis -, quero dizer: há casais de pinguins, e até golfinhos podem ser casais. Tudo por causa do amor.

O amor constrói. Gostarmos de alguém, mes-mo quando estamos parados durante o tempo de dormir, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares. Mas amar é um trabalho bom. A minha mãe diz.”

l l l

“Eu adoraria ver jacarés, ursos brancos ou cobras de dez metros. Uma vizinha da nossa rua tem uma vaidosa galinha-d’angola. Eu gosto de animais e mais ainda dos esquisitos e invulga-res, até dos que parecem feios por serem indis-postos.

Os bichos só são feios se não entendermos seus padrões de beleza. Um pouco como as pes-soas. Ser feio é complexo e pode ser apenas um problema de quem observa.

Eu uso óculos desde os cinco anos de idade. Estou sempre por detrás de uma janela de vidro. Não faz mal, é porque eu inteira sou a minha própria casa. Sou como o caracol, mas muito mais alta e veloz. A minha mãe também acha assim, que o corpo é casa. Habitamos com maior ou menor juízo.”