Mestrado 2012 aula 5
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Mídia e Cultura na AmazôniaAula 5
A identidade abordada enquanto trajetória social. Ou: por uma abordagem socio-
fenomenológica da identidade.
Prof. Dr. Fábio Fonseca de CastroPrograma de Pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia –
UFPABelém, 11 de abril de 2012
Questões de partida:
Como fazer uma sociologia profunda do fenômeno da identidade?
Como abordar o problema da identidade livrando-o de seu invólucro metafísico?
Elementos que me levam a essa questão:
– Caboclos, heréus, novos índios, setores da elite paraense, setores da classe média paraense, populações da “fronteira” amazônica, etc.
Proposições metodológicas:
• Perceber a identidade na sua experiência social, e não como uma categorização epistemológica.
• Construir um processo analítico que compreenda o movimento da vida social, com suas contradições e com suas dinâmicas próprias.
• Instituir um lugar de observação autocrítico para o investigador.
Proposta:
Pensar as identidades amazônicas no contexto as “trajetórias sociais” discutidas pelo prof. Francisco de Assis Costa (Naea/UFPA).
Observação da trajetórias
Discussão: perspectivas metodológicas.
• Questão de partida:
– Compreendendo a sociedade amazônica com essa minúcia e esse detalhismo social, tudo o que julgamos saber sobre cultura e comunicação muda radicalmente.
É possível generalizar nossas assertivas a respeito da cultura e da comunicação sem levar em conta essa imensa diversidade de processos sociais, tantas vezes litigantes e conflituosos entre si?
O que significa cultura e comunicação para cada uma dessas populações? Como se dá o fato cultural e o fato comunicativo em cada uma dessas populações?
Como podemos abordar os processos sociais relacionados à cultura e à comunicação vivenciados por essas populações?
O começo da minha resposta:
Uma perspectiva analítica que una a perspectiva macrosociológica preocupada com o microeconômico com a perspectiva microsociológica preocupada com as macrodinâmicas do processo social.
No horizonte desse procedimento
encontra-se:
1 - uma disposição hermenêutica de compreender os processos sociais a partir de suas próprias formas de compreensão: ou seja, sem recorrer às macro-categorias epistemológicas usadas na sua análise;
2 - uma disposição fenomenológica de compreender o processo social por meio de um procedimento de “redução” dos fatos sociais a eles mesmos;
3 - uma disposição etnometodológica de vivenciar a experiência intersubjetiva dos grupos populacionais estudados;
4 - uma disposição autocrítica de controlar a tendência natural à subjetivação metafísica por meio do procedimento fenomenológico da desconstrução das certezas e das verdades pré-constituídas;
5 - uma disposição crítica em relação às formas da subjetivação moderna, com a consequente valorização da observação das dinâmicas intersubjetivas, das estratégias de temporalização da vida social e das formas sociais de interação.