MESTRADO Resumo Expandido Socine Estadual (2011)
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Título: Ressignificando imagens: a utilização de filmes de arquivo familiar no documentário Capturing the Friedmans. Resumo: Este artigo propõe, a partir do conceito de ressignificação de imagens trabalhado por Jean-Claude Bernardet, analisar a narrativa do documentário Capturing the Friedmans (2003), do realizador norte-americano Andrew Jarecki. Resumo expandido: A questão que se vem analisar neste artigo está relacionada à utilização de imagens de arquivo caseiras que depois serão inseridas em outro contexto, ressignificadas (para usar a expressão de Judith Butler apropriada por Jean-Claude Bernardet) ao sabor de outra subjetividade, no caso a dos realizadores do documentário Capturing the Friedmans (2003). Estes vão selecionar quais imagens entram na versão final e de acordo com quais critérios, até que momento estas imagens serão mostradas, qual a intenção da montagem, que ideia está subjacente ao encadeamento de determinada imagem com outra. O documentário expõe o caso dessa família judia de classe média, da cidade de Great Neck, em Long Island nos Estados Unidos. O pai - professor de computação para crianças e adolescentes - e o filho mais novo são acusados de molestar crianças em 1987, na escola de informática montada na casa da família. O filme mistura cenas do polêmico julgamento com depoimentos de vítimas, vídeos de quando os Friedman eram uma família harmoniosa e imagens fei tas por Davi d Fr iedman (o fil ho mais velho) duran te as seis se manas que antecederam a prisão de Arnold Friedman, o pai, e Jesse, o filho mais novo. Fil mes regis tram a vid a em famíli a des de o adv ent o do cinema em 1895, com os irmãos Lumière. Mas, com a min iat uri zaçã o dos apa relhos de fil mag em a par tir , mai s notadamente, dos anos 50 do século passado, os registros familiares tem se tornado mais freqüentes e revelam um conteúdo de extrema riqueza cultural. Segundo Patrícia Machado, se para o eu moderno, voltado para uma interioridade estável, para a busca de uma verdade que se mantinha escondida, a questão era preservar o ínt imo , é pos sív el sin aliz ar uma mud ança des se cenári o no moment o atual, qua ndo ess a intimidade é exposta por iniciativa dos próprios indivíduos. Esse movimento, que começa com a televisão e se expande com os vídeos e diários íntimos publicados na internet, de certa forma se reflete nas narrativas do cinema documental, como em Capturing the Friedmans do reali zador nort e-ame ric ano Andr ew Jarecki, em que muit as imagens ut il iza das pe lo documentarista foram realizadas e cedidas por membros da família Friedman. O filme revela um confronto entre novas e velhas representações de vídeos familiares. Fi lmes de famí li a sã o ínti mos e quando revelam segr edos, ai nda ma is so ci almente discriminatórios como o “segredo” dos Friedman, pensar que a família permitirá descortiná- los à apreciação de qualquer pessoa é no mínimo improvável. Mas ao contrário, mesmo Jessie, o filho que junto com o pai foi condenado por pedofilia, não se recusou uma vez sequer a mostra-se no vídeo e tornar público o seu depoimento. Mini currículo (Marco Aurélio Teles Freitas): Jornalista, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Produziu o documentário Claquete - uma produção sobre o cinema me Teresina (2007). Atuou na produção e edição de telejornalismo em uma emissora de tv em Teresina, Piauí e em duas emissoras de rádio de Teresina e uma de São Carlos como repórter, locutor, produtor e editor.
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Título: Ressignificando imagens: a utilização de filmes de arquivo familiar no documentário
Capturing the Friedmans.
Resumo: Este artigo propõe, a partir do conceito de ressignificação de imagens trabalhado
por Jean-Claude Bernardet, analisar a narrativa do documentário Capturing the Friedmans
(2003), do realizador norte-americano Andrew Jarecki.
Resumo expandido: A questão que se vem analisar neste artigo está relacionada à utilização
de imagens de arquivo caseiras que depois serão inseridas em outro contexto, ressignificadas
(para usar a expressão de Judith Butler apropriada por Jean-Claude Bernardet) ao sabor de
outra subjetividade, no caso a dos realizadores do documentário Capturing the Friedmans(2003). Estes vão selecionar quais imagens entram na versão final e de acordo com quais
critérios, até que momento estas imagens serão mostradas, qual a intenção da montagem, que
ideia está subjacente ao encadeamento de determinada imagem com outra.
O documentário expõe o caso dessa família judia de classe média, da cidade de Great
Neck, em Long Island nos Estados Unidos. O pai - professor de computação para crianças e
adolescentes - e o filho mais novo são acusados de molestar crianças em 1987, na escola deinformática montada na casa da família. O filme mistura cenas do polêmico julgamento com
depoimentos de vítimas, vídeos de quando os Friedman eram uma família harmoniosa e
imagens feitas por David Friedman (o filho mais velho) durante as seis semanas que
antecederam a prisão de Arnold Friedman, o pai, e Jesse, o filho mais novo.
Filmes registram a vida em família desde o advento do cinema em 1895, com os
irmãos Lumière. Mas, com a miniaturização dos aparelhos de filmagem a partir, mais
notadamente, dos anos 50 do século passado, os registros familiares tem se tornado mais
freqüentes e revelam um conteúdo de extrema riqueza cultural.
Segundo Patrícia Machado, se para o eu moderno, voltado para uma interioridade
estável, para a busca de uma verdade que se mantinha escondida, a questão era preservar oíntimo, é possível sinalizar uma mudança desse cenário no momento atual, quando essa
intimidade é exposta por iniciativa dos próprios indivíduos. Esse movimento, que começa
com a televisão e se expande com os vídeos e diários íntimos publicados na internet, de certa
forma se reflete nas narrativas do cinema documental, como em Capturing the Friedmans do
realizador norte-americano Andrew Jarecki, em que muitas imagens utilizadas pelo
documentarista foram realizadas e cedidas por membros da família Friedman.
O filme revela um confronto entre novas e velhas representações de vídeos familiares.
Filmes de família são íntimos e quando revelam segredos, ainda mais socialmente
discriminatórios como o “segredo” dos Friedman, pensar que a família permitirá descortiná-
los à apreciação de qualquer pessoa é no mínimo improvável. Mas ao contrário, mesmo
Jessie, o filho que junto com o pai foi condenado por pedofilia, não se recusou uma vezsequer a mostra-se no vídeo e tornar público o seu depoimento.
Mini currículo (Marco Aurélio Teles Freitas):
Jornalista, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar). Produziu o documentário Claquete - uma produção sobre o
cinema me Teresina (2007). Atuou na produção e edição de telejornalismo em uma emissora
de tv em Teresina, Piauí e em duas emissoras de rádio de Teresina e uma de São Carlos como
repórter, locutor, produtor e editor.
5/9/2018 MESTRADO Resumo Expandido Socine Estadual (2011) - slidepdf.com
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Bibliografia:
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