METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO...

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Doutoranda da Universidade Federal de São Paulo Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração dos Serviços de Saúde e Gerenciamento de Enfermagem - GEPAG Consultora em Qualidade, Acreditação e Gestão de Risco Hospitalar VERA LUCIA DE SOUZA ALVES METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

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Doutoranda da Universidade Federal de São PauloMembro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Administração dos Serviçosde Saúde e Gerenciamento de Enfermagem - GEPAGConsultora em Qualidade, Acreditação e Gestão de Risco Hospitalar

VERA LUCIA DE SOUZA ALVES

METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

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SEGURANÇA DO PACIENTE – ALGUMAS INICIATIVAS NO MUNDO E NO BRASIL

www.ihi.org

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SEGURANÇA DO PACIENTE – ALGUMAS INICIATIVAS NO MUNDO E NO BRASIL

• 55ª Assembléia da Organização Mundial da Saúde (maio, 2002) urgia em todos os países membros

– “a atenção o mais próximo possível do problema de segurança de pacientes e o fortalecimento de evidências científicas necessárias para a segurança e a qualidade do cuidado em saúde”.

• 57ª Assembléia (2004) “Aliança Mundial para a Segurança do Paciente”

– Desenvolver e difundir conhecimentos sobre políticas baseadas em evidencias e melhores práticas na segurança do paciente

– Iniciar e desenvolver pesquisas que terão maior impacto nos problemas de segurança

ERA DA SEGURANÇA

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É a estratégia de vinculação, cooperação e sinergia entre pessoas, organizações, instituições e programasinteressados no desenvolvimento dos cuidados de saúde,gestão, a investigação e informação, a educação inicial e permanente de enfermagem em áreas relacionadas a segurança do paciente.

SEGURANÇA DO PACIENTE – ALGUMAS INICIATIVAS NO MUNDO E NO BRASIL

Projeto da OPASCoordenadora: Drª Sylvia Helena de Bortolli Cassiani -2008

Rede é uma organização social que coordena autores Autônomos que voluntariamente trocam informações, bens ou serviços, para chegar a um resultado comum(Messner, 1995).

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SEGURANÇA DO CLIENTE

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SEGURANÇA DO CLIENTE

QUAL A MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE NA INSTITUIÇÃO ONDE ATUO?

•Eu conheço os riscos no meu trabalho?•Eu sei perceber os riscos dos procedimentos que realizo?•O que eu faço para “controlar” os riscos, ameaças ou vulnerabilidades diárias?•Eu ensino a minha equipe a utilizar os equipamentos?•Eu e o meu time temos atitudes preventivas? Tomamos providência quando têm algo estranho?•Estamos atentos e identificamos problemas antes de•acontecerem?•Quando os acidentes, problemas e eventos adversos acontecem...o que eu faço? Eu dou sugestões, idéias e ajudo na prática (de fato)?

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São condições, situações, procedimentos, condutas identificadasque tem a probabilidade de causar danos as pessoas, aoambiente e a organização.

POTENCIAL DE RISCO

A importância de se conhecer os Riscos é a possibilidade de prevenir o dano seja para o paciente, profissional, organização ou para o meio ambiente.

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São lesões ou danos não intencional que resulte em incapacidade ou disfunção, temporária ou permanentemente, com ou sem internação prolongada em conseqüência do cuidado prestado.

EVENTO ADVERSO (EA)

A importância de se conhecer os EA de sua instituição é para saber qual é o percentual dos evitáveis e, assim, melhorar a segurança do paciente.

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NEAR MISS – QUASE FALHA

O conceito de "quase-perda“ OU “quase falha”, em inglês, near miss, referia-se originalmente a um choque de aeronaves durante o vôo que esteve próximo de ocorrer, e que somente não ocorreu por um bom julgamento ou sorte. Do ponto de vista militar, o conceito near missrefere-se ao projétil balístico que erra por pouco seu alvo

Nashef SAM. What is a near miss? Lancet 2003; 361:180-1.

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ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL

• Metodologia de avaliação externa, de caráter voluntário, utilizando padrões de desempenho voltado para os processos de cuidados do paciente e gestão dos serviços entendendo a instituição como um todo e não como sistemas isolados.

QUALIDADE E SEGURANÇA DO CUIDADO AO PACIENTE

Mais de 15.000 instituições acreditadas entre Hospitais, laboratórios e serviços de assistência domiciliar

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METODOLOGIA TRACER

Foco na segurança do paciente

• O método consiste em percorrer o caminho do paciente, desde a sua entrada até a alta para analisar as unidades e os processos pelos quais ele foi submetido no Hospital.

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• O propósito das Metas Internacionais de Segurança do Paciente é...

• “promover melhorias especificas na segurança do paciente, destacando as áreas problemáticas na assistência a saúde, apresentando soluções consensuais para esses problemas, baseadas em evidências e em opiniões de especialistas”.

(MANUAL JCI, 2008).

METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

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Fonte: http://www.jointcommission.org/

Eventos notificados de Janeiro a Dezembro de 2006.

4078 Eventos

Qualquer ocorrência desfavorável que resulta em morte, ameaça a vida, incapacidade persistente ou significativa à pessoa.

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IDENTIFICAR OS PACIENTES CORRETAMENTEMETA 1

MELHORAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA

MELHORAR A SEGURANÇA DOSMEDICAMENTOS DE ALTO RISCO

ELIMINAR PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NOPACIENTE OU NO MEMBRO/LOCAL ERRADO

REDUZIR O RISCO DE ADQUIRIR INFECÇÕES

META 2

META 3

META 4

META 5

META 6 REDUZIR O RISCO DE LESÕES DECORRENTES DE QUEDAS

METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Fonte: http://www.jointcommission.org/

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Fonte: http://www.jointcommission.org/

META 1 - IDENTIFICAR OS PACIENTES CORRETAMENTE

Protocolo 1

Use ao menos dois métodos para identificar o paciente quando administra medicamentos, sangue ou hemoderivados; coleta exames laboratoriais ou presta qualquer outro tratamento ou procedimento.

O número do quarto do paciente não pode ser usado para identificá-lo.

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Fonte: http://www.jointcommission.org/

META 2 - MELHORAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA

Protocolo 2

Implementar um processo/procedimento para atender prescrições verbais ou por telefone ou para relatar um resultado de exame, que requeira uma verificação de “leia de volta” (read back) completa da prescrição ou resultado do exame, pela pessoa que recebe a informação.

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Fonte: http://www.jointcommission.org/

META 3 - MELHORAR A SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS DE ALTO RISCO

Protocolo 3

Remova concentrados eletrolíticos (incluindo, mas não limitado a, cloreto de potássio, cloreto de sódio > 0,9%) das unidades de cuidado ao paciente.

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

META 4 - ELIMINAR PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NO PACIENTE OU NO MEMBRO/LOCAL ERRADO

Protocolo 4

Use um check list, incluindo uma pré-conferência, imediatamente antes do início do procedimento cirúrgico, para assegurar que seja o paciente, o procedimento e o local corretos.

Protocolo 5

Desenvolva um processo ou check list para verificar se todos os documentos e equipamentos necessários ao procedimento estão à mão, se são os corretos e estão funcionando apropriadamente antes do início da cirurgia.

Protocolo 6

Marque o local preciso onde a cirurgia será realizada. Use um tipo compreensível de marca e envolva o paciente neste procedimento.

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

META 5 - REDUZIR O RISCO DE ADQUIRIR INFECÇÕES

Protocolo 7

Estabelecer conformidade com protocolos atuais publicados e amplamente aceitos.

CDC –Legislação lei 2616

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METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

META 6 – REDUZIR O RISCO DE LESÕES DECORRENTES DE QUEDAS

Protocolo 8

Avalie e reavalie periodicamente o risco de cada paciente quanto a queda, incluindo o potencial risco associado ao uso de medicamentos pelo paciente e tome ações para reduzir ou eliminar quaisquer riscos identificados.

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A SEGURANÇA DO PACIENTE DEPENDE.....

• Planejamento e Organização• Interação entre os processos• Interação entre os profissionais• Comunicação Eficaz• Capacitação dos profissionais• Gerenciamento de Riscos - Avaliação -

Punição• Orientação e educação do paciente e família • Elaboração de protocolos• Consentimento Informado

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BRODBECK, Ângela F. Avaliação da qualidade da informação nos sistemas de informação e de apoio à decisão: um estudo introdutório. Revista Brasileira de Administração Contemporânea, v.1, n.4, p.73-87, 1995.

• Marquis BL, Huston CJ. Administração e liderança em enfermagem – Teoria e prática. 4ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

• Moraes AMP. Iniciação ao estudo da Administração. São Paulo- Markron Books, 2000.

• FELDMAN LB. Panorama da Gestão de risco no mundo. IN: Feldman LB. Gestão de Risco e Segurança Hospitalar. SãoPaulo: Martinari; 2008.

• SILVA, MCF. A INFORMAÇÃO CIENTÍFICA-TÉCNICA NA TOMADA DE DECISÃO ADMINISTRATIVA: Um Foco na Gerência do Hospital das Clínicas/UFMG. [Tese]. Escola Paulista de Medicina, 2005.

• Pedreira MLG; Harada MJCS; Peterlini MAS; Pereira SR. O Erro Humano e a Segurança do paciente. São Paulo:Atheneu,2006.

• ALVES VLS. Gestão da qualidade. Ferramentas utilizadas no contexto contemporâneo da saúde. São Paulo: Martinari,2009.

• American Nursing Association. Nursing Quality Indicators. [Internet]. Julho 2008 [citado 02 de fevereiro 2009],Disponível em:http://www.nursingworld.org/MainMenuCategories/ANAMarketplace/ANAPeriodicals/OJIN/TableofContents/Volume122007/No3Sept07/NursingQualityIndicators.aspx

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