Método de Lavra Subterrânea - Recalque
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8/19/2019 Método de Lavra Subterrânea - Recalque
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DEMIN/EM/UFOP
Lavra Subterrânea
Ouro Preto, 2015-1
Prof. José Margarida da Silva
Métodos menos mecanizados
Lavra por Recalque
Shrinkage Stoping
“Câmaras e armazens”
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Sumário
AplicabilidadeDefinição
DesenvolvimentoLavraExemplos de Uso
Vantagens e Desvantagens
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Minério
deixadono realce
Passagemde pessoale ar
Travessas de carregamento
Galeria de transporte3
LAVRA SUBTERRÂNEAMétodos para forte mergulho – lavra por recalque
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Lavra por recalque
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Definição e GeneralidadesDefinição
• lavra ascendente, por tiras horizontais, em que ominério desmontado é mantido temporariamenteno interior do realce, servindo de suporte para asencaixantes e de plataforma de trabalho para aperfuração manual.
• Retirada do material fragmentado regulada em funçãodo avanço do desmonte, de modo que fique um espaçolivre de 1,8 m a 3 m de altura, necessário ao trabalho deperfuração manual do corpo de minério.
• 30 a 40% do material transportado prontamente.
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transversal
planta
longitudinal
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LAVRA SUBTERRÂNEAVisualização
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Lavra por recalquePara garantir a horizontalidade do minério desmontado, os chutes
de descarga devem ser convenientemente espaçados.
Os corpos de minério têm:• largura de 1 a 30 m,
• subníveis de 30 a 75 m,
• travessas de 3 a 10 m de extensão,
• espaçamento dos chutes de 5 a 15 m (Hustrulid, 1982).• Potência até 5 m;
• Tensões baixas a médias
• Veios estreitos: autores como Xishan (1998) tratam dalavra seletiva para corpos de menos de 0,8 m a 1,2 mde largura: extração de estéril para completar o espaçode trabalho (baixa produtividade, mão-de-obra
intensiva).
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Aplicabilidade• Forte mergulho (maior que ângulo de repouso do
material fragmentado);•
Encaixante e minério resistentes (RMR maior que 60, Qmaior que 4 – encaixante, 10 - minério);• Regularidade de limites e de mergulho;• Minério não afetado pela permanência no alargamento
(oxidação, aglomeração ou combustão);• Dimensões: 1 a 30 m de largura, extensão grande ou
razoável ;• teor uniforme e alto;• Forma da jazida: tabular ou lentes de grande extensão;• Profundidade de rasa (100 m) a média (750 m), nível
baixo a médio de tensões.
(Autores como Kersten, 1984 citam situações acima de650 m de profundidade, em que a recuperação deminério cai muito).
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Desenvolvimento
• em cada nível horizontal,no mínimo uma travessade transporte conectandoo poço a uma galeria de
transporte (no contatocom a lapa, na lapa ou nominério);
• travessas de acesso ao
corpo;• arranjo para receber
material fragmentado(chutes ou outro).
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Recalque ou câmaras com armazenamento
Exemplos de uso:
– Caraíba (BA) – combinado com arranque em subníveis;
– Minas Morro da Fumaça, Nova Fátima, Rio dos Bugres(SC) – fluorita;
– EMITANG – fluorita;
– EUA, Alaska, México, Bolívia, Irlanda, Peru, China (Mina
Zhuanshanzi), África do Sul (Mina Agnes); – Fechadas: Anglogold, Mina Morro Velho, Nova Lima/MG
- Au; Mina São Bento, Eldorado, Santa Bárbara/MG – Au; Panelas (PR) – Pb; Camaquã (RS) – cobre; Brejuí
(RN) – tungstênio.
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Lavra por Recalque
• Perfuração manual: frontal ou ascendente;•
Carregamento: – LHD a partir dos pontos de carga, quando são
usados caminhões em sistemas sem chutes ou apartir de chutes ou carregadeiras tipo overshootloader (descarga traseira), quando se utilizam
trens; – Rastelo, retroescavadeira, shovel (Turner, 2000)
• Transporte – caminhões rebaixados e articulados, com
capacidade de 15 t a 25 t. – trens, vagões do tipo gramby com 4 t a 8 t de
capacidade, em trens com 8 a 12 vagões porcomposição.
Eventual rockbolt ou cable bolt .
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Mina 2, Tanguá
• Fluorita, 70º mergulho, 120m profundidade;
• Subníveis 6m, quadros de madeira;• Retroescavadeiras, vagonetas 3m3, poço vertical,
caminhão -> seleção manual, estocagem -> usina;
• Capacidade 35 mil t/ano.
(Pinho, 2007); (Peçanha, 2001)
Mina Zhuanshanzi:
poço vertical na lapa, nível de 40 m,planta 50-150 t/dia, pilares: soleira 3-4 m, crown pillar 2-4 m, subidaexploratória, ventilação e acesso
(Xishan, 1998).
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Morro da Fumaça
• Fluorita, reserva mais 13-15 anos;
• Poço vertical, subníveis 50m;
• Cabeceiras, chaminés de 80/80m, sill pillar 2m;
• Locomotiva - > poço,
(Sampaio et al., 2008)
(Peçanha, 2001) – cut and fill (?) – capacidades NovaFátima – 84mil t/ano, Rio dos Bugres – 132 mil t/ano
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Operação com rastelo
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Estudopara definição da resistência de pilar como Agnes Gold Mine (África
do Sul)
Retroanálise alternativa a fórmulas convencionais;Tensões de 70MPa, combinadas com largura de pilares de soleira e
teto, causaram ruptura no perímetro escavado, teto (teto, piso elaterais).
Como, com a profundidade (700m), aumentou a diluição e diminuiu a
recuperação de minério, propôs-se estudar métodos alternativos.Resultados: para FS mínimo = 1,5 – largura do pilar foi aumentando de
nível para nível.
Tabela Largura de pilares – Mina Agnes Gold (África do Sul) – estudo de Kersten (1984)
Nível Largura do pilar (m)
40 2035 17
30 15
25 12
20 8
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Projetos em seleção do métodoManantial Espejo (Argentina) - Au-Ag
• 2 minas a céu aberto, mais 2 subterrâneas;
• Variações mergulho, potência, várias faixasmineralizadas – recalque + longhole stoping + corte eenchimento.
Young-Davidson (Canadá) –
Au• Céu aberto mais subterrânea;
• Depósito 210 a 1.500 m profundidade;
• Reserva 2,8 Moz;
• Recalque com furo longo, sublevel retreat, sublevelcaving .
Reativação de Sleeping Giant (Canadá) – 11,4 g/t Au, veio
estreito –
recalque furos longos, combinado comcâmaras e pilares (E&Mj, 2009).
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Produtividade e custo operacional
PRODUTIVIDADE E CUSTOS UNIT RIOS (HARTMAN, 1987 OU 2002)
MÉTODO DE LAVRA PRODUTIVIDADE(t/homem x turno)
CUSTOUNITÁRIO
(US$/t)PEDREIRA (CÉU ABERTO) 28 - 165
CÂMARAS E PILARES 27-73 11-33LAVRA FRONTAL (AL. ABERTOS) 27-45 9-33
LAVRA POR RECALQUE 4-9 17-44LAVRA POR SUBNÍVEIS 14-27 13-39
LAVRA CORTE E ENCHIMENTO 9-18 17-55ALARGAMENTOS ESTEIADOS 22-72
LAVRA ESTRUTURAS RETANGULARES 1-3 33-138LAVRA FRENTE LONGA (LONGWALL) 68-163 6-28
ABATIMENTO EM SUBNÍVEIS 18-36 13-44ABATIMENTO EM BLOCOS 14-36 6-22
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Lavra por Recalque
Vantagens e Desvantagens
• boa recuperação (75 a 80%),• baixa diluição (menos de 10%),• pequena necessidade de suporte,• desenvolvimento moderado,• perigosas condições de trabalho (piso
desigual),• mais de 60% do minério só é retirado no
final (permanecendo meses noalargamento).
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Comentários Atualmente este método tem pequena importância e vem
sendo substituído por outros métodos.
Sob as mesmas condições, a lavra com alargamentos porsubníveis, o abatimento em subníveis e a lavra por cortee enchimento podem ser praticados com considerávelvantagem econômica.
Flexível para corpos estreitos que não necessitamde enchimento (miningbasics.com).
Combinação possível com caving (Webster´s).
Era mais comum antes da lavra mecanizada eintrodução do enchimento.
Alternativa para baixo investimento emequipamento e enchimento (Turner, 2000).
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Referências Bibliográficas• Hall, B. E. Mining of narrow steeply dipping veins. 1987, 31pp;
disponível em www.amcconsultants.com.au, acessada em 2008.• Cummins e Given. SME Mining Engineering Handbook, pp. 12-
135 a 12-139. 1973. (1992)• Engineering and Mining Journal, february/09 – p.10, april/09 –
p.16, september/09 – p. 8, november/2009 – p. 8.• Hartman, H. L. Introductory Mining Engineering, John Wiley, pp.
360-365. 1987. (2002)•
Hustrulid, W. A. Underground Mining Methods Handbook, pp.485-508. 1982.• Gerstch e Bullock, 1998. Techniques in Underground Mining.
Selection of Underground Mining Methods Handbook.• Kersten, R. W. O. The design of pillars in the shrinkage stoping of
a South African gold mine. Journal of South African Institute ofMining and Metallurgy, v. 84, n. 11, p. 365-368. 1984. Disponívelem , acessada em 18/09/2010.
• Hustrulid e Bullock, 2001. Underground Mining Methods.• Maia, J. Notas de Aula Mineração IV. UFOP, pp. 47-50. 1979.
http://www.amcconsultants.com.au/http://www.amcconsultants.com.au/
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Referências Bibliográficas • Peçanha, R. M. Balanço Mineral. Fluorita, p. 488. 2001.
Disponível em , acessada em18/09/2010.
• Pinho, R. R. 2007. UFRRJ. Mapeamento geológico e desuperfície e galeria da Mina 2, área de lavra da EMITANG,Tanguá, RJ. Disponível em www.ufrrj.br/degeo/monografias,acessada em 2010.
• Sampaio, Baltar, Savi e Cancian. Fluorita - Cia NitroQuímica
Brasil/ SC, p. 3. 2008. Disponível em ,acessada em 18/09/2010.• Shevyakov. Mining of mineral deposits, pp. 494-502. 1970.• Silva, J. M. Estudo do fluxo de material fragmentado em
mineração subterrânea, com o uso de modelos físicos. Teseapresentada à UFMG, cap. 3.4. 2005.
• Turner, M. 2000. Underground Mining Methods – ShrinkageMethods. Australian Centre for Geomechanics, 20p. Disponívelem