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Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII1 Henrique de Melo Lisboa Waldir Nagel Schirmer UNIDADE VII Montreal Primeira verso - Novembro Outubro 2007 CONTROLE DA POLUIO ATMOSFRICAMETODOLOGIA DE CONTROLE DA POLUIO ATMOSFRICA Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII2 SUMRIO 7.1 INTRODUO ........................................................................................................................................................ 3 7.2 MTODOS DE CONTROLE DA POLUIO DO AR....................................................................................... 3 7.2.1MEDIDAS INDIRETAS ..................................................................................................................................... 4 7.2.2MEDIDAS DIRETAS .......................................................................................................................................... 5 7.3 CLASSIFICAO DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DA POLUIO DO AR ............................... 6 7.3.1 EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO .................................................... 6 7.3.2 EQUIPAMENTOS DE CONTROLE PARA GASES E VAPORES ............................................................... 7 7.4CONCEITOS BSICOS PARA OS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DA POLUIO DO AR ............. 7 7.4.1 EFICINCIA DOS EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 7 7.4.2 EFICINCIA GLOBAL DE COLETA ............................................................................................................. 7 7.4.4EFICINCIA FRACIONADA - T(x)................................................................................................................. 8 7.4.5 PRINCIPAIS PRINCPIOS PARA A DEPURAO DO AR ........................................................................ 9 7.4.6MECANISMOS DE COLETA ......................................................................................................................... 10 7.5.CLASSIFICAO DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO ............ 13 7.5.1COLETORES SECO ..................................................................................................................................... 13 7.5.1.1 CMARA DE SEDIMENTAO GRAVITACIONAL ............................................................................. 13 7.5.1.2CICLONES ..................................................................................................................................................... 17 7.5.1.3FILTROS DE TECIDO .................................................................................................................................. 28 7.5.1.4PRECIPITADORES ELETROSTTICOS .................................................................................................... 37 7.5.2 COLETORES MIDOS ................................................................................................................................... 43 7.6 EQUIPAMENTOS PARA REMOO DE GASES E VAPORES ................................................................... 48 7.6.1 ABSORVEDORES ............................................................................................................................................ 48 7.6.2ADSORVEDORES ............................................................................................................................................ 58 7.6.3 INCINERADORES DE GASES E VAPORES ............................................................................................... 66 7.6.4PROCESSOS BIOLGICOS DE TRATAMENTO DE GASES E VAPORES .......................................... 78 7.6.5CONDENSAO PARA TRATAMENTO DE GASES E VAPORES ........................................................ 85 7.7FATORES A SEREM VERIFICADOS NA SELEO DE EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DA POLUIO DO AR ............................................................................................................................................................. 87 7.8REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................................................. 91 Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII3 7.1 INTRODUO DeacordocomDENEVERS(1995)eSEINFELD(1995)oprocessodepoluiodoarse resumeatrsmomentos:(1)emissodepoluentesparaaatmosfera;(2)transporte,diluioe modificao qumica ou fsica dos poluentes na atmosfera; (3) imisso dos poluentes - Figura 7. 1. Figura 7. 1 - Processo de poluio do ar. Fonte: Mauricy Kawano. Fases do processo de poluio do ar: 7.2 MTODOS DE CONTROLE DA POLUIO DO AR Demodogeralhdoismtodosbsicospelosquaissepodecontrolaraemissodepoluentes atmosfricos(eodores)nosprocessosindustriais.Estastcnicassodivididasemdoisgrupos:a) Mtodosindiretos,taiscomomodificaodoprocessoe/ouequipamento;b)Mtodosdiretosou tcnicas de tratamento. EMISSO Aspecto ambiental IMISSO Impacto ambiental TRANSPORTE Ventos, Gradiente trmico Gerao de poluio Emisso na atmosfera Transp./difuso (disperso) Recepo Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII4 7.2.1MEDIDAS INDIRETAS Este grupo classificado como mtodo indireto de controle de gases, uma vez que tal controle conseguido atravs da modificao do equipamento/processo, alterao de matrias primas poroutras ecologicamente mais adequadas, manuteno dos equipamentos e operao dos mesmos dentro da sua limitao,etc,semprecomoobjetivodepreveniroescapeouformaodosgases.So,emgrande parte, chamadas de Tecnologias Limpas.Eis algumas destas medidas: Impedir gerao do poluente: Substituio de matrias primas e reagentes: . enxofre por soda na produo de celulose . eliminao da adio de chumbo tetraetila na gasolina . uso de resina sinttica ao invs de borracha na fabricao de escovas de pintura Mudanas de processos ou operao: . utilizao de operaes contnuas automticas . uso de sistemas completamente fechados . condensao e reutilizao de vapores (indstria petrolfera) . processo mido ao invs de processo seco . processo soda ou termoqumico ao invs de processo KRAFT na produo de celulose(soda reduz emisso de gs sulfdrico) Diminuir a quantidade de poluentes geradas: Operar os equipamentos dentro da capacidade nominal Boa operao e manuteno de equipamentos produtivos Adequado armazenamento de materiais pulverulentos Mudana de comportamentos (educao ambiental) Mudana de processos, equipamentos e operaes: . forno cubil por forno eltrico de induo . fornos leo por fornos eltricos de induo (fundies) . umidificao (pedreiras) . utilizao de material sinterizado em alto-fornos . evaporao de contato direto por evaporao de contato indireto na recuperao do licor negro na produo de celulose. controle da temperatura de fuso de metais . operao de equipamentos com pessoal treinado . reduo da oxidao de SO2 SO3 pela reduo do excesso de ar (menor que 1%) quando da queima de leos combustveis Mudana de combustveis . combustvel com menor teor de enxofre (leo BPF por BTE) . combustvel lquido por combustvel gasoso . combustvel slido por combustvel lquido ou gasoso Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII5 . substituio de combustveis fsseis por energia eltrica Diluio atravs de chamins elevadas : Figura 7. 2. Fatores a serem considerados: Relacionados com o processo: quantidade emitida temperatura de emisso estado dos poluentes concentrao distrib. de tamanho das partc. propr. qumicas e toxicolgicas dos poluentes Relacionados com a fonte:altura e dimetro da chamin velocidade dos gases na chamin relao da chamin com as demais Meteorolgicas: direo e velocidade dos ventos temperatura estabilidade atmosfrica aspectos topogrficos Mascaramento do poluente: . Eliminao da percepo nasal humana de um odor pela superposio de outro odor. Localizao seletiva Fonte/Receptor (planejamento territorial) Adequada construo (lay-out) e manuteno dos edifcios industriais: . armazenamento de produtos . adequada disposio de resduos slidos e lquidos 7.2.2MEDIDAS DIRETAS Asmedidasoumtodosdiretosdecontroleincluemtcnicasdestrutivascomoincineraoe biofiltrao,etcnicas recuperativas, como absoro, adsoro e condensao (KHAN e GHOSHAL, 2000;SCHIRMEReLISBOA,2003).Naseqnciaserapresentadoumabrevedescriodecada uma destas tcnicas. Maiores detalhes, parmetros de projeto, etc., podem ser encontrados em literatura especfica. Estas tcnicas passam por duas etapas: Concentraodospoluentesnafonteparatratamentoefetivoantesdolanamentona atmosfera: Figura 7. 2 - Diluio atravs de chamins elevadas. Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII6 sistemas de ventilao local exaustora: Ver Captulo 6 - Figura 7. 3. Figura 7. 3 - Sistemas de ventilao local exaustora Retenodopoluenteapsgeraoatravsde equipamentosdecontroledepoluiodoar (ECP) - Figura 7. 4. Figura 7. 4 - Equipamentos de controle da poluio do ar. 7.3 CLASSIFICAODOSEQUIPAMENTOSDECONTROLEDA POLUIO DO AR Osequipamentosdecontrolesoclassificadosprimeiramenteemfunodoestadofsicodo poluente a ser considerado. Em seguida a classificao envolve diversos parmetros comomecanismo de controle, uso ou no de gua ou outro lquido, etc. 7.3.1 EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO Coletores secos: . coletores mecnicos inerciais e gravitacionais . coletores mecnicos centrfugos (ex.: ciclones) . precipitadores dinmicos secos . filtro de tecido (ex.: o filtro-manga) . precipitador eletrosttico seco Coletores midos: . torre de spray (pulverizadores) Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII7 . lavadores com enchimento . lavador ciclnico . lavador venturi . lavadores de leito mvel 7.3.2 EQUIPAMENTOS DE CONTROLE PARA GASES E VAPORES Absorvedores Adsorvedores Incinerao de gs com chama direta Incineradores de gs catalticos Ver:EquipamentosdecontroleApostilasdocursodeengenhariaambientalnaindstria.Faculdade de Sade Pblica/USP: 01. Mecanismo de coleta de partculas (Armando Luiz de Souza Mesquita) 02. Lavadores (Joo Baptista Galvo Filho) 03. Coletores centrfugos secos ciclone (Paulo T . Hasegawa) 04. Filtros de tecidos sumrio das especificaes (idem) 05. Precipitadores eletrostticos (Ernesto R. Lima) 7.4CONCEITOSBSICOSPARAOSEQUIPAMENTOSDECONTROLE DA POLUIO DO AR 7.4.1 EFICINCIA DOS EQUIPAMENTOS onde,A = carga de entrada (concentrao) B = carga de sada 7.4.2 EFICINCIA GLOBAL DE COLETA Na prtica existem muitos casos de utilizao de equipamentos de controle em srie, como por exemplo, um ciclone seguido de um lavador. Nesse caso define-se a Eficincia Global de Coleta 7.4.3PENETRAO, FATOR DE DESPOLUIO E NDICE DE DESPOLUIO Usada para coletores com eficincia extremamente alta ( )( )AB A=100% =100 P( )( ) ( )[ ] ( ) g i= 1 1 1 1 1001 2...Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII8 Onde, P = penetraopara Ologaritmoembase10doFD(FatordeDespoluio)conhecidocomoondicede despoluio ID. Para o caso acima ID = 5 Exemplo:Determinaraeficinciaglobaldecoleta,apenetraoeaquantidadeencontradaaps controle, para um sistema de controle de poluio do ar composto de 3 equipamentos em srie, numa fonte de material particulado. Dados: . quantidade inicial de material particulado presente no efluente: 10.000 kg/h . eficincia de controle do equip. 1: 40% . eficincia de controle do equip. 2: 60% . eficincia de controle do equip. 3: 90% Soluo: P = 2,4% Emisso aps controle (Ef) Quantidade coletada = 10.000-240 Qc= 9760 Kg 7.4.4EFICINCIA FRACIONADA - T(x) Quando a eficincia expressa por tamanho de partculas. Um exemplo mostrado naTabela 7. 1 para vrios tipos de coletores e na Figura 7. 5. ||

\|= =10011BAFD510 999 , 99 = = FD % 6 , 97 =g024 , 0 976 , 0 1 1 : = = = P Penetrao( ) = = 1i i fE P E E 024 , 0 000 . 10 = h kgh kg Ef240 =( ) ( ) ( )[ ] ( ) g= 1 1 0 4 1 0 6 1 0 9 100 , , ,( ) ( ) ( )[ ] ( )Eficienciag: = 1 1 1 1 1001 2 3Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII9 Tabela7.1Eficinciafracionadadecoletoresdematerialparticuladoemfunoda distribuiodetamanhodaspartculas(emporcentagens).Fonte: CETESB, 1987. Tipo de equipamento1Dimetro (m) 0 55 1010 2020 44> 44 Cmaradesedimentao(com chicanas) 7,522,043,080,090,0 Ciclone de baixa presso12,033,057,082,091,0 Ciclone de alta presso40,079,092,095,097,0 Multiciclone25,054,074,095,098,0 Filtro de tecido99,0100,0100,0100,0100,0 Lavadores de mdia energia80,090,098,0100,0100,0 LavadorVenturi(lavadorde alta energia)95,099,5100,0100,0100,0 Precipitador eletroesttico97,099,099,5100,0100,0 Torre de spray90,096,098,0100,0100,0 T(x) 1,0 0,5 0,0 xminxmaxDimetro das partculas Figura 7. 5 Aumento da eficincia fracionada com o dimetro das partculas. 7.4.5 PRINCIPAIS PRINCPIOS PARA A DEPURAO DO AR GRAVITAO SEPARAO POR INRCIA FILTRAO SEPARAO POR MEIOS LQUIDOS PROCESSO ELETROSTTICO ABSORO E ADSORO INCINERAOE COMBUSTO CATALTICA BIOTRATAMENTO

1 Valores comparativos. No devero ser utilizados para fins de dimensionamento. Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII10 7.5EQUIPAMENTOS DE COLETA DE MATERIAL PARTICULADO (AEROSIS) Aretenodepartculas,originadodegasesresiduais,umdosproblemasdemaior importnciadentrodocontextodalimitaodaemissodecontaminantesgasosos.Essesso responsveis por elevado nmero de fenmenos que depende da concentrao e tempo de exposio.Dopontodevistadameteorologiaaspartculassecomportamcomoncleosdecondensao favorecendo a formao de neblinas que modificam, nas zonas altamente contaminadas, o microclima.Dopontodevistasanitrio,aspartculasemsuspensorepresentamumgraveperigopara pessoas afetadas por enfermidades bronquticas crnicas. Poroutraparte,grandeainfluncianavegetao,queumavezdepositado,obstruem estmatosefolhasdificultandoonormaldesenvolvimentodemuitasdasatividadesbiolgicas (fotossntese). A reteno das partculas um problema bastante complicado que carece de uma soluo nica. Juntocomoaspectodadaseparaoemsi,seencontramfenmenostaiscomo:perdadecarga, esfriamentodacorrentegasosaeoutrosqueobrigamestudarcadacasoparticularelegendoosistema mais adequado em cada circunstncia. 7.4.6MECANISMOS DE COLETA A coleta de partculas envolve a aplicao de um ou mais dos seguintes mecanismos: sedimentao gravitacional fora centrfuga impactao intercepo difuso fora eletrosttica fora trmica SEDIMENTAOGRAVITACIONAL:Asedimentaogravitacionalummecanismode deposio importantesomente para partculasgrandes (maiores que 20micra). A eficinciadecoleta departculasatravsdesedimentaogravitacionalfunodavelocidadeterminaldapartcula,a qual, expressa por: onde, Ut = velocidade terminal da partcula p = dimetro da partcula g= constante gravitacional p = densidade da partcula g = densidade do gs carreador g = viscosidade do gs carreadorC = fator de correo de Cunningham (admensional) Fator de correo de Cunnigham:121 23 0 410 44+ +

(( DefDf, ,, Pela expresso acima verifica-se que a sedimentao gravitacional diretamente proporcional densidadeedimetrodapartcula.OfatordeCunninghamcorrigeparaoefeitodedeslizamentodas ( )Utg Cp p gg= 218. . .Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII11 partculas o qual s deve ser considerado para partculas pequenas (menores que aproximadamente 1 ) em condies de ar padro (temperatura ambiente e presso prxima do normal). IMPACTAOINERCIAL:Aimpactaoumimportantemecanismodecoletade partculas.Aimpactaorepresentaa"batida"dapartculacontraumobstculoquefazcomquea partculaqueestavaemmovimentodiminuaasuaenergiaeseseparedofluxogasosoquea transportava - Figura 7. 6. Figura 7. 6 Mecanismo de coleta de partculas por impactao inercial (caso da partcula 2). Ocontroledepartculasporimpactaogeralmenteconseguidoatravsdepequenos obstculossecosoumidos.Oobstculomido,emgeral,soasgotasdolquidodelavagem.Os obstculossecossodevriasformas,comoporexemplo,cilndricos,esfricos,chatos,elipsidicos, etc. A impactao inercial um importante mecanismo de coleta, mas se restringe a partculas maiores que 1 ( em dimetro. FORA CENTRFUGA: A Fora Centrfuga age sobre partculas que estejamem movimento numatrajetriacircular,fazendocomqueapartculaseafastedocentrodocrculoenocasode ciclones, se dirija s paredes do mesmo. A fora centrfuga dada por: sendo,m = massa da partcular = raio da trajetriaVn = velocidade tangencial da partcula Da expresso acima verifica-se que a coleta atravs do mecanismo da fora centrfuga ser tanto maiorquantomaioresforemodimetrodapartculaesuavelocidadetangencialequantomenoro dimetro do coletor. A coleta por fora centrfuga na prtica limitada a fontes de poluio do ar que emitem quantidades razoveis de partculas maiores que 5 a 10 micra. Em geral os coletores centrfugos (ciclones) so utilizados como pr coletores. INTERCEPO:Aintercepoummecanismodecoletaquepodeserconsideradocomo um caso limite da impactao, pois representa o mecanismo de coleta para as partculas que ao atingir o coletor(obstculo)estejamaumadistnciaigualaoseudimetro,ouseja,aquelaspartculasque "raspam" o coletor Figura 7. 7. Fc mVrn=2Gotas deum lavador ou fibras de um filtro manga Impactaco de partculasControle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII12 Figura 7. 7 Mecanismo de coleta de partculas por intercepo inercial (caso das partcula 4 e 5). DIFUSO:Omecanismodedifusotorna-semaisimportanteamedidaqueotamanhodas partculas diminui. Esse mecanismo de coleta no apresenta importncia para as partculas maiores que 1memdimetro.Aspartculasmenores,emfunodasuaenergiatrmica,estoemconstante movimento,similarmenteaoqueocorrecomasmolculasdeumgs,fenmenoestechamadode Browniano Figura 7. 8 Figura 7. 8 Mecanismo de coleta de partculas por difuso. FORAELETROSTTICA:Aforaeletrostticaummecanismodecoletapredominante em precipitadores eletrostticos. No entanto apresenta importncia em outros tipos de equipamentos de controle de poluio do ar, como os filtros de tecidos, uma vez que as partculas podem ter, na ausncia decampoeltrico,cargaseltricaspositivasounegativas.DeacordocomaleideCoulumb,afora eletrosttica expressa por: Fe = fora eletrosttica Fe = q.Esendo q = carga eltrica da partcula E = intensidade do campo eltrico Ocarregamentoeltricodepartculasocorrenosporaodocampoeltrico,oqual importante parapartculas de tamanhosmaioresque 0,5 m em dimetro,mas tambmpor difuso, o qualagemaisintensamenteempartculaspequenas(menoresque0,2m).Paraaspartculascom Movto brawniano Gotas deum lavador ou fibras de um filtro manga Interceptaco de partculasControle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII13 dimetro entre 0,2 m e 0,5 m o carregamento eltrico ocorre tanto por ao do campo eltrico como por difuso. 7.5.CLASSIFICAODOSEQUIPAMENTOSDECONTROLEDE MATERIAL PARTICULADO COLETORES SECO COLETORES MIDOS Um sistema de captao de material particulado formado pelas seguintes partes: dispositivo de captao (captor) rede de coletores (tubulaes) aspirador de potncia necessria (ventilador) sistema de evacuao das partculas residurias (equipamento de controle) Deve-se respeitar uma srie de princpios a fim de lograr a alta eficincia da captao. Os mais importantes so: Colocarodispositivodeaspiraoomaisprximopossveldafonteemissoradevidoao fenmeno da diminuio da velocidade de aspirao com a rea da seo. Envolver,omximopossvel,azonadegeraodaspartculasslidas.Asoluoideal consisteemcolocarafonteemumrecintohermticodiretamenteunidocomocircuitode aspirao,oqueprovocafrgildepressoeassegurarumaproteodazonadeemisso contra as correntes de ar. O desenho da instalao de captao um fator muito importante para resolver corretamente o problema da eliminao das partculas. Um sistema sobre-dimensionado pode conduzir a gastos muitos elevados,eseumsistemasub-dimensionadodlugaraumaemissodepartculasemsuspenso muito difcil de controlar. 7.5.1COLETORES SECO 7.5.1.1CMARA DE SEDIMENTAO GRAVITACIONAL Acmaradesedimentaogravitacionalumequipamentodecontrolecujomecanismode coletaaforagravitacional.Possuidimensessuficientementegrandesnasquaisavelocidadeda correntegasosasereduz,deformaqueaspartculasqueseencontramemsuspensotenhamtempo suficienteemdepositar-se. Apresentapoucaimportnciaemtermosdepoluiodoarfacebaixa eficinciaparapartculasmenoresque40.Oseuusomaiscomumcomopr-coletorqueretirao particuladogrosso diminuindo a sobrecarga do equipamento de controle final. Outra desvantagem o espaoocupado.Esquemasdeumacmaradesedimentaogravitacionalsoapresentadosnas Figuras 7.9 e 7.10. A cmara de sedimentao apresenta a vantagem da construo simples e baixa perda de carga, daordemde10mmdecolunadegua,reduzindoocustodeoperao.Outravantagemacoletaa seco do material particulado. A eficincia de coleta de uma cmara gravitacional simples dada por: Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII14 Sendo:p = dimetro da partcula (m) Q = vazo de gs (m3/s) g= constante gravitacional (m/s2)p = densidade da partcula (kg/ m3) g = densidade do gs (kg/ m3)g = viscosidade do gs (Pa.s) Lc = comprimento da cmara (m)B = largura da cmara (m) K= constante emprica (em geral 0,5) Figura 7. 9 - Cmara de sedimentao gravitacional do tipo simples. Figura 7. 10 Mecanismo de deposio de MP por ao gravitacional. O rendimento da cmara funo da superfcie e independe, em primeira aproximao, de sua altura,queseencontralimitadadeformaqueavelocidadedogsnoalcancevaloresaltospara arrastar as partculas depositadas. Orendimentodascmarasdesedimentaoaumentaaodiminuiravelocidadedogs,que dessemodotenhamtempodedepositar-se,incluindoaspartculasdemenortamanho.Avelocidade dogsnacmaraemgerallimitadaanomximo3m/sparaevitarareentradadaspartculas coletadas no fluxo gasoso. Em geral encontra-se na faixa de 0,5 a 1,5 m/s. ( )2. 18. .pgc g pQB L gk =Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII15 OsresultadosapresentadosnoQuadro7.1indicamquedeveriammontar-secmarasmuito grandesparapartculasdepequenodimetro.Porestarazoestesistemasemprega-sebemcomo etapa prvia de outro sistema de separao ou bem para partculas de grandes tamanhos (50m). Quadro 7. 1 - Relao altura comprimento em funo do dimetro da partcula. DIMETRO(m)RELAO h/L 1001,33 871,00 500,33 250,085 100,013 10,00013 Umaformadeaumentaraeficinciadeumacmaradesedimentaogravitacionalcoma adio de chicanas ou anteparos - Figura 7. 11. Outros mecanismos vem a se somar gravitao, como a impactao e a inrcia.

Figura 7. 11 Cmara de sedimentao gravitacional com chicanas. USOS, VANTAGENS E DESVANTAGENS: USOS: - pr-coletor de partculas grandes (> 40 ); - para reduzir a carga poluidora do ECP final; Controle da Poluio Atmosfrica ENS/UFSC Cap. VII16 VANTAGENS:- baixa perda de carga (< o,5"ca: em geral na faixa de 10 a 25 mm ca); - projeto, construo e instalao simples; - baixo custo de instalao e de manuteno; - no tem limitao de temperatura, exceto pelo material de construo;- coleta a seco: permite recuperao mais fcil. OBS:Autilizaodepr-coletoresresulta,emgeral,namelhoradaperformanceeaumentodavida tildosequipamentosdecoletafinal(filtrosdetecido,precipitadoreseletrostticose lavadores), os quais so mais caros e complexos que os coletores mecnicos. DESVANTAGENS :- baixa eficincia p/pequenas partculas (