METODOLOGIA DE ESTUDO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A...

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11 METODOLOGIA DE ESTUDO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Profª. Drª. Maria de Lourdes Pereira Profª Ms. Lebiam Tamar Silva Bezerra Convençamo-nos de que todo brasileiro poderá ser um homem admirável e um modelar cidadão. Para isso conseguirmos há um só meio, uma só terapêutica, uma só providência: é preciso que todos os brasileiros recebam educação. (GETÚLIO VARGAS, 1933). A ninguém se pode negar a oportunidade de aprender por ser pobre, estar isolado geograficamente, marginalizado, doente ou por qualquer outra circunstância que impeça seu acesso a alguma instituição de ensino. Estes são elementos que supõem o reconhecimento de uma liberdade para alguém decidir se quer ou não estudar. (CHARLES A. WEDEMEYER, 1986, p. 34). Atualmente, inúmeros sistemas educacionais do planeta se encontram imersos em sociedades caracterizadas fundamentalmente por um grande desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) que favorecem a rápida difusão do saber em todas as áreas do conhecimento humano. Quanto a esse aspecto, presenciamos grande avanço na democratização e universalização do saber, visto que as novas mídias interativas aportadas na informática e na comunicação possibilitam um novo fazer pedagógico com ênfase no processo de autodidatismo e auto- aprendizagem. Definimos Educação a Distância (EAD) como uma das modalidades do processo ensinar/ aprender. Essa modalidade abrange diferentes formas de auto-estudo e se aplica a todos os níveis do conhecimento humano. Sua estrutura permite maior democratização do sistema educativo e se concretiza através de cursos pré-produzidos por meio da palavra escrita (material impresso) e por uso extensivo de TIC’s. Entende-se que o uso adequado das TIC’s, associado à produção de material impresso, constitui recursos indispensáveis para o desenvolvimento e a implementação criativa de programas educativos, voltados para a Formação Docente no âmbito da EAD. Nessa perspectiva, cursos pedagogicamente informatizados que tenham como objetivo desenvolver potencialidades individuais e democratizar o processo de formação acadêmica em nível superior necessitam tanto de instrumento mediador (software X sujeito) como de interventor pedagógico, de tal sorte que se estabeleça a triangulação: aluno-sujeito, professor-facilitador e objeto-tecnologias. Nesse aspecto, a EAD possibilita ao aluno-sujeito condições adequadas para aprendizagem em ritmo personalizado, desenvolvimento de habilidades mentais, potencial criativo e análises crítico-construtivas. Acredita-se que a modalidade de Educação a Distância pode contribuir efetivamente para a metacognição, não só por facilitar o respeito às diferenças individuais de aprendizagem, mas também por proporcionar a elevação da auto-estima, do autoconhecimento e da autorealização. Nessas circunstâncias, o aprendente se apropria de novos saberes e se descobre como um autodidata e autoconstrutor do próprio saber. Concorda-se com Krüger (1991, p.10), quando afirma: A metacognição é uma forma particular de autoconsciência, restringindo-se ao conhecimento que obtemos a respeito de nossos conteúdos e processos cognitivos e pode ser alcançada através de condutas e estratégias distintas, sendo uma delas a experiência do uso de computador.

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METODOLOGIA DE ESTUDO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO ADISTÂNCIA

Profª. Drª. Maria de Lourdes PereiraProfª Ms. Lebiam Tamar Silva Bezerra

Convençamo-nos de que todo brasileiro poderá ser um homem admirável e

um modelar cidadão. Para isso conseguirmos há um só meio, uma só

terapêutica, uma só providência: é preciso que todos os brasileiros recebam

educação. (GETÚLIO VARGAS, 1933).

A ninguém se pode negar a oportunidade de aprender por ser pobre, estar

isolado geograficamente, marginalizado, doente ou por qualquer outra

circunstância que impeça seu acesso a alguma instituição de ensino. Estes

são elementos que supõem o reconhecimento de uma liberdade para alguém

decidir se quer ou não estudar. (CHARLES A. WEDEMEYER, 1986, p. 34).

Atualmente, inúmeros sistemas educacionais do planeta se encontram imersos emsociedades caracterizadas fundamentalmente por um grande desenvolvimento das Tecnologiasda Informação e Comunicação (TIC’s) que favorecem a rápida difusão do saber em todas asáreas do conhecimento humano.

Quanto a esse aspecto, presenciamos grande avanço na democratização e universalizaçãodo saber, visto que as novas mídias interativas aportadas na informática e na comunicaçãopossibilitam um novo fazer pedagógico com ênfase no processo de autodidatismo e auto-aprendizagem.

Definimos Educação a Distância (EAD) como uma das modalidades do processo ensinar/aprender. Essa modalidade abrange diferentes formas de auto-estudo e se aplica a todos osníveis do conhecimento humano. Sua estrutura permite maior democratização do sistema educativoe se concretiza através de cursos pré-produzidos por meio da palavra escrita (material impresso)e por uso extensivo de TIC’s.

Entende-se que o uso adequado das TIC’s, associado à produção de material impresso,constitui recursos indispensáveis para o desenvolvimento e a implementação criativa de programaseducativos, voltados para a Formação Docente no âmbito da EAD.

Nessa perspectiva, cursos pedagogicamente informatizados que tenham como objetivodesenvolver potencialidades individuais e democratizar o processo de formação acadêmica emnível superior necessitam tanto de instrumento mediador (software X sujeito) como de interventorpedagógico, de tal sorte que se estabeleça a triangulação: aluno-sujeito, professor-facilitador eobjeto-tecnologias. Nesse aspecto, a EAD possibilita ao aluno-sujeito condições adequadas paraaprendizagem em ritmo personalizado, desenvolvimento de habilidades mentais, potencial criativoe análises crítico-construtivas.

Acredita-se que a modalidade de Educação a Distância pode contribuir efetivamentepara a metacognição, não só por facilitar o respeito às diferenças individuais de aprendizagem,mas também por proporcionar a elevação da auto-estima, do autoconhecimento e da autorealização.Nessas circunstâncias, o aprendente se apropria de novos saberes e se descobre como umautodidata e autoconstrutor do próprio saber. Concorda-se com Krüger (1991, p.10), quando

afirma:A metacognição é uma forma particular de autoconsciência, restringindo-se aoconhecimento que obtemos a respeito de nossos conteúdos e processoscognitivos e pode ser alcançada através de condutas e estratégias distintas,

sendo uma delas a experiência do uso de computador.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância12

A combinação de texto, imagem e som constituem, portanto, novas ferramentas de

mediação dialógica no processo EAD. Nessa modalidade educativa, o ato de aprender é centrado,primeiro, em diversas ações discentes (sujeito ativo e autônomo), que busca a construçãocrítico-criativa do próprio saber e segundo, em ações docentes (orientações didático-metodológicasfacilitadoras do aprender), ou seja, planejamento de estratégias para facilitar as diferentesformas de auto-estudo. Para tanto, professores pesquisadores produzem material impresso queorienta o processo de aprendizagem crítica, criativa, autônoma, eficiente e segura.

Para facilitar o seu estudo a distância, no Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia,Magistério em Educação Infantil, serão disponibilizados, em cada Pólo Municipal de Apoio Presencial(PMAP), as Trilhas do Aprendente (material impresso e digital); recursos multimídia auxiliares(vídeo-aulas, filmes e páginas da internet); apoio pedagógico através dos mediadores pedagógicospresenciais e a distância; navegação no ambiente virtual de aprendizagem - Moodle, para acessoaos conteúdos digitais e às ferramentas de comunicação (correio eletrônico, bate-papo, fórum)e locais para estudos individual ou em grupo.

Compete aos mediadores pedagógicos a distância, intermediar as questões (dúvidas outrocas argumentativas) entre você (aprendente) e o professor pesquisador responsável por cadaum dos componentes curriculares. Portanto, quaisquer que venham a ser suas dificuldades oulimitações, entre em contato com o mediador pedagógico a distância através do ambiente virtualde aprendizagem - Moodle <www.ead.ufpb.br>.

Os mediadores pedagógicos presenciais orientarão cada aprendente quanto ao acesso eao uso de:

- Ambiente virtual de aprendizagem (fórum, chat e e-mail);- Ambiente de estudo individual e/ou grupal;- Material didático impresso e digital.Quaisquer que sejam os obstáculos encontrados em cada um dos desafios propostos nos

componentes curriculares deste curso, lembre-se que você poderá solucioná-los interagindo comos mediadores pedagógicos presencialmente ou a distância.

A prática educativa deste curso buscará uma abordagem interdisciplinar dos conteúdostrabalhados em cada componente curricular. Observe, nas Figuras 1 e 2, que o componentecurricular de Introdução à Educação a Distância corresponde ao eixo interdisciplinar desseprimeiro marco das Trilhas do Aprendente, juntamente com o estudo do livro Pinóquio às avessas,de Rubem Alves.

Segundo Leis (2005, p. 2),

[...] a interdisciplinaridade pode ser entendida como uma condição fundamen-

tal do ensino e da pesquisa na sociedade contemporânea. No entanto, o

conceito de interdisciplinaridade tem sofrido usos excessivos que podem gerar

sua banalização. Por isto, parece prudente evitar os debates teórico-ideológicos

sobre o que é a interdisciplinaridade, sendo preferível partir da pergunta sobre

como esta atividade se apresenta no campo acadêmico atual. A partir das

dinâmicas existentes, o autor afirma que a interdisciplinaridade pode ser

definida como um ponto de cruzamento entre atividades (disciplinares e

interdisciplinares) com lógicas diferentes. Ela tem a ver com a procura de um

equilibro entre a análise fragmentada e a síntese simplificadora, assim como

entre as visões marcadas pela lógica racional, instrumental e subjetiva.

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Como obter sucesso ao ingressar nesse curso programado na modalidade Educação aDistância? Observe a figura seguinte:

MAPA SINÓPTICO DO PROCESSO ENSINAR/APRENDER

Introduçãoà EAD

História daEducação

Brasileira I

Filosofia daEducação I Sociologia

Educacional I

PortuguêsInstrumental

MatemáticaInstrumental

Figura 1

SociologiaEducacional I

Filosofia daEducação I

PortuguêsInstrumental

MatemáticaInstrumental

História daEducação

Brasileira I

Introduçãoà EAD

Figura 2

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância14

Entenda que, ao optar por essa forma de estudo, o aprendente adentra ao processo deEducação Aberta ou Educação Autodidata. Isso significa que, ao longo do curso, cada estudantedesenvolverá habilidades e competências que estimularão o crescimento da auto-estima aodescobrir-se autor e construtor do próprio saber. Compreenda que o sucesso da aprendizagemserá proporcional à capacidade individual de autodisciplina quanto à execução das seguintesações:

1. Estabelecer horário diário para estudar, individualmente, seguindo as orientações didático-metodológicas propostas nas Trilhas do Aprendente (material impresso), criadas pelosprofessores pesquisadores de cada componente curricular, e usar os recursos multimídiadisponibilizados em cada Pólo Municipal de Apoio Presencial;

2. Formar grupos de estudo no próprio município para adequação às necessidades deintercâmbio sócio-cultural e socialização do saber;

3. Dirigir-se ao Pólo Municipal de Apoio Presencial para solucionar possíveis dificuldades deaprendizagem e navegação no ambiente virtual de aprendizagem (Moodle). No Pólo, oaprendente será orientado pelo mediador pedagógico presencial (profissional responsávelpela interlocução docente/aprendente);

4. Preparar-se intelectualmente para os encontros presenciais. Nesse momento, serãorealizadas as avaliações do aprendizado em cada componente curricular (prova escrita).Todas as informações para o processo avaliativo estarão descritas nas respectivas Trilhasdo Aprendente (material impresso) e no ambiente virtual de aprendizagem;

5. Registrar, diariamente, o próprio desempenho, conforme modelo apresentado a seguir:

DESEMPENHO DO APRENDENTE

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APROVAÇÃO(MA > OU = 7,0)Você foi genial, o

esforço garantiu plenosucesso!

PROVA FINAL(MA < 7,0)

Estude um pouco maise garanta suaaprovação!

MÉDIA FINAL(MA > ou = 5,0)

Aprovado!Felizmente!

SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS) NO PERCURSO

Critérios para aprovação segundo a legislação vigente: Resolução Nº 49/80 do CONSEPE/UFPB.

1) Quando a Média Aritmética (M.A.) for maior ou igual a 7,0, o aprendente estará aprovadopor média.2) Média Aritmética menor que 7,0, o aprendente será submetido à prova final, cujapontuação será de 0 a 10.

3) A média final será obtida através da seguinte fórmula:

M.F. = M.A.x6 + M.F.x4

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DIAGRAMA COM PRÉ-REQUISITOS PARA APROVAÇÃO

MÉDIA FINAL(MA < 5,0)

Não desanime, vocêcursará este

componente curricularmais uma vez, ok?!

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância16

Foto: Adaptação da imagem de Walter Geiersperger. http://pro.corbis.com, acessado em 21/08/2007.

A imagem acima representa a caminhada pelas Trilhas do Aprendente, a ser cumprida– desde o marco 1 até o marco 8 – com apoio dos professores pesquisadores, dos mediadorespedagógicos (presenciais e a distância) e dos aprendentes do curso.

No início, dúvidas, afirmações, ansiedades, expectativas, vindas de todos os recantos,conhecendo-se, construindo os fundamentos, organizando suas estratégias, enfim, começando!.Afinal, trata-se do primeiro semestre do curso (marco 1), com seis componentes curriculares(Introdução à EAD, Filosofia da Educação I, Sociologia Educaional I, História da Educação BrasileiraI, Português Instrumental e Matemática Instrumental) e seus respectivos conteúdos programáticos,aqui tratados como etapas dos percursos. Em cada uma destas etapas, o aprendente seráavaliado pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS). Para cada percurso (componentecurricular) existe um croqui, com base no qual todos, juntos, seguiremos adiante.

Após os 8 marcos terem sido completados, já no pico da montanha, enfim, a conquista:PEDAGOGO! Nesse momento, como profissionais da educação, deliciemo-nos com as boas surpresasque surgirão à nossa frente!GLOSSÁRIO:Trilhas do Aprendente: caminho que se inicia no primeiro marco (Volume 1) e que é finalizado aoser completado o último percurso do oitavo marco (Volume 8).Marcos: correspondem aos semestres letivos do curso, cada qual com seus percursos internos.Percursos: representam os componentes curriculares e seus respectivos conteúdos programáticosa serem estudados.Sistema de Posicionamento Global (GPS): corresponde aos instrumentos de avaliação.Componente curricular: corresponde a cada disciplina integrante do fluxograma curricular docurso de Pedagogia a Distância.Croqui do percurso: equivale ao plano de curso de cada disciplina.

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Linguagem hipertextual das Trilhas do Aprendente

Embora a explicitação da linguagem hipertextual já tenha sido feita no Mapa de Navegaçãodo Aprendente, devido à sua relevância para a compreensão da leitura dos conteúdos expostosnas Trilhas do Aprendente de cada componente curricular, retomaremos o texto com o intuito dedirimir quaisquer dúvidas e facilitar a sua aprendizagem.

Os materiais impressos e multimídia serão elaborados com base na linguagem hipertextual,tendo em vista a apropriação dos símbolos e códigos que integram a comunicação digital. Portanto,os aprendentes encontrarão menus de navegação e links que tornam o texto impresso semelhanteao hipertexto (formato textual em uso nas páginas da Internet).

Os menus de navegação funcionam como índices e servem para situar o aprendente noconteúdo geral do texto. Esses menus apresentam as subdivisões do texto e apontam asinformações contidas em cada página.Veja o exemplo:

Na parte superior do menu, estão informadas as principais subdivisões do texto.

Na parte inferior do menu, estão apresentadas as informações contidas em cada subdivisão.A indicação da subdivisão e das informações apresentadas em cada página será feita

através do uso da cor cinza. Desse modo, com base no exemplo exposto acima, o menu denavegação estaria indicando ao aprendente que, nessa página, ele encontrará conteúdos daUNIDADE I refentes à Aula 1.

Além disso, os menus favorecem a visibilidade geral do texto e da sua organização lógica,permitindo ao aprendente saber, continuamente, em que parte da leitura está naquele momento eque conteúdos ele encontrará para trás ou adiante.

Os links (elos/ligações) são palavras destacadas no texto, sublinhados e entre os símbolosde menor (<) e maior (>). Sempre que os encontrar, entenda que o texto assim destacadocorresponde ao endereço de um site (página da Internet). Para acessar as informaçõesdisponibilizadas nesse link, você deve usar um programa específico para a navegação naInternet (browser, cujo significado é navegador), instalado em um computador conectado àrede mundial.

Observe o exemplo: <www.uab.mec.gov.br>. O fragmento de texto apresentado entre ossímbolos < e > corresponde ao endereço do site da Universidade Aberta do Brasil.

UNIDADE I

AULA 1 AULA 3 AULA 4

UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 2

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância18

Iconografia das Trilhas do Aprendente

Nas Trilhas do Aprendente de cada componente curricular serão apresentadas informaçõescomplementares ao texto escrito, denominadas de <links>. Os links integrarão o corpo do textoe remeterão o aprendente para janelas de diálogo, localizadas ao lado do parágrafo no qual seencontra o link em destaque.

De acordo com as informações apresentadas em cada janela de diálogo, os links foramorganizados conforme a legenda a seguir:

Link: <Teias dosaber>

Nesta janela de diálogo,serão apresentadasinformações (unidade,aula ou página) sobretextos disponíveis emoutros componentes dasTrilhas do Aprendente.

Link: <Glossário>

Esclarecerá ossignificados de termostécnicos e/ou científicosapresentados nos textosdas Trilhas doAprendente.

Mediadores Presenciais

São professores que, emcada pólo, orientarão osaprendentes quanto aoacesso e uso de:ambiente virtual deaprendizagem; ambientede estudo individual e/ougrupal; material didáticoimpresso e digital.

Professorespesquisadores

Os professorespesquisadores são osresponsáveis pelocomponente curricular epela elaboração domaterial didático.

Aprendentes

Vocês, alunos e alunasque ingressaram noCurso de LicenciaturaPlena em Pedagogia -modalidade a distância.

Mediadores a Distância

São professores queintermediarão as dúvidasou trocas argumentativasentre o aprendente e oprofessor pesquisadoratravés do ambientevirtual de aprendizagem<www.ead.ufpb.br>.

Link: <AVA - Moodle>.Este ícone simboliza oambiente virtual deaprendizagem - Moodle.Sempre que ele forexibido, o aprendentedeverá acessar oe n d e r e ç o :<www.ead.ufpb.br> erealizar o desafioproposto.

Link: <Música>.

Indicará textos sonoros(músicas) que integrarãoa aprendizagem dosconteúdos propostos emcada Trilha doAprendente.

Link: <Conectado>

Esse l ink apresentaráendereços de sites nainternet com conteúdocomplementar para oaprofundamento dosestudos e realização dosdesafios propostos.

Link: <Comentários>

Nesta janela de diálogo,serão apresentados oscomentários feitos peloprofessor pesquisadorde cada disciplina.

Link: <Leituras>Trará indicações deleituras em livros,periódicos e textos,disponibil izados noambiente virtual deaprendizagem (AVA) ouna biblioteca do PóloMunicipal de ApoioPresencial.

Link: <Vídeos>.

Indicará fi lmes,documentários e vídeo-aulas relacionados com adiscussão dos conteúdose a realização dosdesafios propostos em

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REFERÊNCIAS

CHARLES, A. Wedemeyer.Teoria crítica y resitencia en la educación. Madri/Espanha:UNED,1986.

KRÜGER. Morosov et al. Educacioón Superior a Distancia: analise de su eficacía. Merida/Espanha: UNED,1991.

LEIS,Héctor Ricardo. Sobre o conceito de interdisplinaridade. Cadernos de pesquisaintrediscipinar em ciêcnias humanas. nº 79. Fpolis. Agosto, 2005. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.br/~dich/textoCaderno73.pdf>. Acesso em:17 jul.2007.

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Palavras do professor pesquisador

Caros aprendentes,

Este é apenas o começo de uma trajetória que esperamos queseja proveitosa, pois ao final dela gostaríamos de constatar arealização de uma revisão paradigmática capaz de encaminhar o usopedagógico dos recursos comunicacionais informatizados na sua vidaacadêmica.

Durante esta trajetória faremos uso de várias ferramentas parasuporte ao ensino mediado pela tecnologia. Estas ferramentas fazemparte de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) chamado Moodle.Ele é o elo de colaboração entre o professor pesquisador, osmediadores pedagógicos presenciais e a distância e vocês.

O que desejamos ao final desta trajetória? Que todos nós, juntos,possamos criar uma nova cultura de aprendizagem, para que cadaum possa entender o significado da construção coletiva doconhecimento. Então, tudo pronto para a trilha?

Prof. Dr. Ed Porto Bezerra.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância24

Imagem do mapa conceitual da disciplina deIntrodução à EAD

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CROQUI DO PERCURSO

Professor pesquisador: Dr. Ed Porto BezerraE-mail: [email protected] curricular: INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA60 horas/aula04 créditos

Ementa: O projeto político-pedagógico do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia na modalidadea distância; fundamentos da Educação a Distância; sistema de gestão; o ato de estudar: métodose técnicas de trabalho científico; a leitura produtiva.

Objetivo: Apreender conceitos envolvendo a educação a distância, sua história no Brasil e nomundo, suas principais características e o processo de gestão de cursos.

Etapas do percurso: fundamentos, história mundial e nacional, características e sistema gestorda educação a distância.

Estratégias: o desenvolvimento dos desafios se fará a partir da leitura do material didáticoimpresso, da navegação em sites, da participação em fóruns de discussão e da construção doblog individual.

Desafios: participação em fóruns de discussão e listas de discussão, elaboração de respostasindividuais, construção do blog, realização de bate-papo (chat) sobre temas propostos, compequenos grupos, produção de texto (resumos com pelo menos uma página, resenhas etc.).

GPS (Sistema de Posicionamento Global): verificação da participação em fóruns de discussãono Moodle, correção das respostas individuais dos desafios expressos no material didático eanálise do blog do aluno.

REFERÊNCIAS BÁSICAS:

BARRETO, Raquel Goulart (et.al.). Tecnologias educacionais e educação a distância:avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quatet, 2001.

CORDERO, Jésus Martín. Perspectivas em educação a distância. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia.asp?seq=177>. Acesso em: jun. 2004.

MAGGIO, Mariana. O tutor na educação a distância. In: LITWIN, Edith; MURAD, Fátima (org.).Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2001.

MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas-SP: Papirus, 7.ed., 2003.

PETTERS, Otto. Didática do ensino a distância. São Leopoldo-RS: Editora da Universidade doVale do Rio dos Sinos, 2001.

SAMPAIO, Marisa Narcizo. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis-RJ: EditoraVozes, 4.ed., 2004.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância26

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:

ALVES, Lynn Rosalina Gama Alves; SILVA, Jamile Borges da (Org.). Educação e cibercultura.Salvador: EDUFBA, 2001. Disponível em <www.ead.ufpb.br>.

Biblioteca Virtual de Educação a distância. Disponível em: <http://www.prossiga.br/edistancia/>

Escol@24horas. Disponível em: <http://www4.escola24h.com.br/data/Pages/LUMIS08FEBD2DPTBRIEGUEST.htm>.

FARIA, Elaine Turk. Educação presencial e virtual: espaços complementares essenciais naescola e na empresa. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

GOUVÊA, Guaracira; OLIVEIRA, Carmen Irene. Educação a distância na formação deprofessores: viabilidades, potencialidades e limites. Rio de Janeiro: Vieira & Lent, CasaEditorial, 2006.

GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da tutoria em educação a distância. São Paulo: EditoraAvercamp, 2005.

LÉVY, Pierre. Inteligência Coletiva: Por uma antropologia do ciberespaço. 2. ed. São Paulo–SP:Loyola, 1999.

Links Temáticos. Disponível em: <http://www.cni.org.br/links/links-at-educacao.htm#textos>.

MASETTO, Marcos T., Mediação Pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, J. M. Novastecnologias e mediação pedagógica. 7. ed. Campinas-SP: Papirus, 2003.

MORAN, J.M. Contribuições para uma Pedagogia da Educação Online. Disponívelem:<www.eca.usp.br/prof/moran>. Acesso em: Maio 2007.

PERRENOUD, Philipe. Construir as competência desde a escola. Porto Alegre: Artes MédicasSul, 1999.

Projeto político-pedagógico do curso de Pedagogia a Distância. Disponível em:<www.virtual.ufpb.br>.

RAMAL, Andréa Cecília. Avaliar na Cibercultura. Revista Pátio. Porto Alegre: Ed. Artmed, fevereiro/2000.

Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância. Disponível em:<http://www.abed.org.br/publique>.

SALGADO, M.U.C. Materiais escritos nos processos formativos a distância. Disponível em<www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt3a.html>.Acesso em:Maio 2005.

SILVA, Marco (0rg). Educação online: Teorias, práticas, legislação, formação corporativa. SãoPaulo: Edições Loyola, 2003.

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Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância28

Em geral, os cursos a distância podem ser assim classificados:

1) Cursos abertos: São cursos cujos conteúdos oferecidos estão relacionados às áreas geraisdo conhecimento. Seu público-alvo é formado por universitários, pessoas da melhor idade, membrosda comunidade etc. Geralmente não há pré-requisitos aos ingressantes e duram de 12 a 36horas. Dentre esses cursos, destacam-se: inglês para viagem, qualidade de vida, alimentaçãonatural, etc;

UNIDADE I

OS PILARES DA EAD

AULA1: Fundamentos da Educação a Distância

Caro(a)s aprendentes,

Esta aula trata de conceitos fundamentais à compreensão do conteúdo abordado na áreade educação a distância, em cujo final, dela esperamos que o aprendente tenha absorvido umagama de conhecimentos que o capacitem ao aprofundamento de assuntos relacionados a essaárea.

O primeiro passo é esclarecer algo que tem se tornado comum na literatura da área, ouseja, a comunhão de significados atribuídos aos termos Educação a distância (EAD) e e-learning(aprendizagem eletrônica, em tradução livre para o português). Para tanto, conceituaremosambos com destaque para uma tênue diferenciação entre eles. Segundo a Secretaria de EducaçãoSuperior (Sesu) do MEC, “a Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediaçãodidático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios etecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividadeseducativas em lugares ou tempos diversos”. Essa definição está presente no Decreto nº 5.622,de 19.12.2005 (que revoga o Decreto nº 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96(LDB). A EAD é uma modalidade de ensino com característicasespecíficas sendo a principal delas a mediatização das relações entreos docentes e os aprendentes, ou seja, ambos participam em espaçose tempos distintos do ensino presencial. Essa mediatização se realizaatravés das mais diferentes tecnologias: material impresso, televisão,rádio, fitas de áudio e vídeo. A partir dos anos 90, as redes desatélite, o <correio eletrônico>, a <internet> e os <softwares>de suporte ao ensino surgiram como potencializadores da EAD,permitindo que as tecnologias até então vigentes pudessem sersuportadas por elas. Daí, o surgimento do termo aprendizagemeletrônica (e-learning) para especificar a EAD realizada apenas viainternet, estabelecendo assim a pequena diferença conceitual entreEAD, que pode se realizar sem o suporte eletrônico, e a e-learning.Vale ressaltar que é comum o uso de EAD para significar a modalidadede ensino a distância que independe da mídia que a suporta. Usaremosessa concepção ao longo deste componente curricular.

UNIDADE I

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

Para ampliar seuvocabulário, leia osignificado dos termosabaixo:1) Correio eletrônico:f e r r a m e n t acomputacional disponívelna internet para acomunicação assíncrona.

2)Internet: redemundial decomputadores.

3) Software: programade computador.

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1) Assista ao vídeo <Educação a distância>, escreva um resumo eanexe-o em seu blog no ambiente virtual de aprendizagem -Moodle.

2) Conceitue EAD e e-learning, citando referências que as embasem.

3) Assista ao vídeo educativo <Ciência e interdisciplinaridade: oconhecimento com fronteiras abertas no século XXI>. Agora,responda: em sua opinião, quais as principais áreas do conhecimentohumano envolvidas na Educação a Distância?

2) Cursos de atualização: são espaços dirigidos aos profissionais em geral e a graduandos. Seuconteúdo procura atender às necessidades de desenvolvimento profissional, treinamentocorporativo, sindicalizados etc., com duração de 24 a 48 horas. Alguns exemplos de cursos dessetipo são: liderança sindical, investimento financeiro etc;

3) Cursos de aperfeiçoamento: são cursos que duram de 60 a 180 horas, dirigidos aosprofissionais e estudantes, para permitir que validem os créditos em cursos de especializaçãolato sensu ou se habilitem profissionalmente em áreas específicas, com base em dispositivoslegais;

4) Cursos de graduação: destinam-se àqueles que desejam obter formação em educação superior,com habilitação em uma área profissional. Como pré-requisito, é exigida a conclusão do EnsinoMédio e a carga horária é semelhante à de cursos presenciais;

5) Cursos de especialização: são organizados de maneira que cumpram uma carga horáriamínima de 360 horas. A graduação em nível superior é seu pré-requisito.

DESAFIOS (20 pontos)

Atenção!Os desafios 2 e 3 devem ser postados no AmbienteVirtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle. Em casode dúvidas para realizar esse procedimento, consulteo mediador pedagógico presencial no Pólo Munici-pal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

Para assitir ao vídeo eresponder ao desafio 1,acesse:<www.ead.ufpb.br/mod/resource/view.php?id=98>

Lembrete: Você deve terum programa de exibiçãode vídeo instalado em seucomputador.(Ex.: MediaPlayer.)

O vídeo educativo (DVD),referente ao desafio 3, in-tegra o material didáticodas Trilhas do Aprendente.Caso tenha problemascom o funcionamento doDVD, procure o mediadorpedagógico presencial noPMAP.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância30

Esta aula aborda características da EAD com

destaque para o estudo autônomo. As principaiscaracterísticas da EAD são as seguintes:

- O professor pesquisador, o mediador pedagógico a distância e o<aprendente> estão separados no espaço e/ou no tempo. Temposeparado significa que as interações não são simultâneas. Por exemplo,quando o professor pesquisador e o aprendente se comunicam atravésde correio eletrônico (e-mail), fazem-no em momentos distintos.Todavia, é provável que ambos se comuniquem simultaneamenteatravés de ferramentas síncronas:<fórum de discussão>, <chat>,<videoconferência>, <telefonia via internet> etc.; - O controle do aprendizado é realizado mais intensamente peloaprendente do que pelo mediador pedogógico. Essa característicaprivilegia que a velocidade de aprendizado seja mais controlável peloaprendente. Para tanto, ele deve ter mais liberdade de criar seupróprio cronograma de estudo em horários que lhe são mais adequados.Entretanto, é fundamental ressaltar que a auto-disciplina é fatorprimordial para o sucesso do aprendizado. Ademais, há atividadesagendadas pelo mediador pedogógico que carecem da presença virtualdo aprendente em determinado período de tempo, como por exemplo,aquelas em chat e em videoconferência. - A comunicação entre professores pesquisadores e aprendentes,inclusive entre estes e seus mediadores pedagógicos, é mediadaprincipalmente por material didático impresso e pelo <ambientevirtual de aprendizagem - (AVA)>. O material didático impresso,também conhecido por material instrucional, foi elaborado de formaque o aprendente detenha razoável autonomia de estudo, ou seja, omaterial obedece a procedimentos tais que o aprendente desenvolvaseu trabalho com o máximo de independência do professor pesquisadore de seu mediadores pedogógicos. Um glossário é parte fundamentaldesse material. Os AVAs são plataformas contendo ferramentas (e-mail, chat, fórum de discussão etc.) compartilhadas pelosaprendentes, pelos mediadores pedagógicos e pelo professorpesquisador. Por serem acessíveis pela internet, os AVAs se constituemcomo ambientes essenciais para a comunicação feita pela EAD.

AULA 2: Características da Educação a Distância

Em relação à segunda característica, estenderemos um pouco mais a discussão, tendoem vista que o estudo autônomo é ponto fundamental para o sucesso de um curso a distância.Ademais, a autonomia do estudante é pouco requerida pelo sistema de Ensino Superior presencialatual. Daí, a ausência de uma cultura da autonomia entre os estudantes acostumados aoaprendizado dependente dos ditames professorais. Assim, discorreremos em busca de respostasà seguinte questão formulada por Peters (2001, p. 156):

Aprendente: um dostrês elementos doprocesso de gestão daEducação a Distância. Osoutros são o professorpesquisador, o mediadorpedagógico presencial eo mediador pedagógico adistância e o ambientevirtual de aprendizagem.

Fórum de discussão:discussão aberta em queuma ou mais pessoasdominam o assunto emquestão e um grupo

inteiro participa.

Chat: é um sistema quepermite conversas on-line e no qual uma oumais pessoas participamsimultaneamente de umbate-papo.

V i d e o c o n f e r ê n c i a :ferramenta decomunicação síncrona,por meio da qualinterlocutores secomunicam através deáudio (audioconferência)e de vídeo.

Telefonia via internet:serviço de comunicaçãotelefônica disponível nainternet.

AVA – Sigla deAmbiente Virtual deA p r e n d i z a g e m :Software educacionalacessível via internetcom ferramentas deapoio à educação adistância.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE IVUNIDADE III

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

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1) Em que a EAD pode contribuir para a formação de auto-responsabilidade, se seus objetivos,conteúdos e métodos de exposição são pré-determinados?

2) Como se pode pretender que os aprendentes cheguem à emancipação, se a eles não sãodadas condições para agirem com responsabilidade própria inclusive no estudo?

3) Como podem os aprendentes desenvolver iniciativa, criatividade e disposição para assumirriscos, se em questões curriculares, negam-lhes uma atividade própria responsável?

4) Como podem os aprendentes chegar a um conhecimento próprio, ao uso autônomo da razão,se na leitura recebem, em grande parte, apenas idéias pré-pensadas?

5) O estudo autônomo pode ser alcançado com a EAD atualmente praticada?

Qual é o papel do estudo autônomo na prática do ensino a distância? Eleconcebe que “essa independência é incomum no sistema de ensino tradicional[...]. Ela não apenas concede aos estudantes a ocasião de desdobrareminiciativas no planejamento e na organização de seu estudo, revelandoatividades especiais como, inclusive, os obriga a isso. Com efeito, eles podeme têm que decidir onde, por quanto tempo, quanto, com que intensidade, em queordem e em que ritmo irão estudar. Com isso assumem maior responsabilidadede seu próprio estudo do que outros estudantes.” Ressaltamos mais uma vezeste aspecto: assumir maior responsabilidade é uma característica vital naEAD, pois o controle do aprendizado pelo aprendente é algo por demais

considerável para o seu êxito.

Esta “liberdade”, enaltecida pela maioria dos defensores da EAD como vantagem didática

especial, é abordada por Peters (2001, p. 157). Ele assevera que essa independência organizatório-formal é reduzida e restrita entre os aprendentes porque há restrições institucionais quanto àsregulamentações. Por exemplo, os aprendentes não podem iniciar seus estudos em qualquerépoca, estando limitados a fazê-lo no início de um semestre ou de um ano letivo, segundo umcronograma pré-estabelecido; os aprendentes devem enviar as tarefas em datas fixas, ao invésde eles mesmos criarem seus prazos etc.

Ainda segundo Peters, algo mais grave é a restrição da autonomia dos aprendentesquanto a decisões curriculares. Os objetivos, conteúdos e ênfases no estudo são normatizadospor meio de regulamentações do estudo e de exames pré-estabelecidos pela instituição educacionale operacionalizados pelos docentes. Com isso, engessam-se os objetivos e os conteúdos deensino e o modo de estudar sem a colaboração dos aprendentes. Para que se amenizasse talfato, seria importante que os aprendentes colaborassem para a elaboração do material didático,o que, na prática atual, não se tem notado.

As seguintes questões foram adaptadas de interrogações feitas por críticos com relação àautonomia curricular (PETERS, 2001, p.159). Elas podem ser respondidas individualmente apósum amplo debate entre os aprendentes via fórum de discussão.

DESAFIOS (15 pontos)

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância32

Outras considerações sobre o estudo autônomo são retomadas por Peters (2001, p. 258)ao discutir a abertura de “um espaço incomensuravelmente grande para formas de estudo autônomoe autodirigido” num ambiente de ensino digital. Ele afirma que um ambiente de ensino digital:

- Pode desonerar a memória dos aprendentes e, desse modo, facilitar a aprendizagem eabrir novas dimensões para o estudo, em virtude de sua grande capacidade de armazenagem dedados;

- Possibilita o acesso a um grande número de informações;- Oferece condições favoráveis para comparações, testes e avaliações autônomas das

informações à disposição;- O rápido acesso às informações é, além disso, a premissa para a seleção e a estruturação

das informações apropriadas, bem como para sua transformação em saber;- Oferece possibilidade de desenvolvimento de estratégias individuais de pesquisa ;- Possibilita a participação dos aprendentes em teleconferências e dissemina seus estudos

autônomos para grupos;- Leva o aprendente a formar comunidades virtuais para determinados temas de pesquisa.

Assim, há ampliação da autonomia, do espaço decisório, da interatividade e daindividualização dos aprendentes que, com isso, adquirem importância nos novos aspectos: obuscar, o encontrar, o avaliar e o compreender fontes necessárias, independentemente deprofessores, o que ocasiona uma aproximação ao ensino científico, favorecendo a mudança daconcepção fundamental do modus operandi dos aprendentes, ou melhor, dos pesquisadores.

6) Elabore um resumo, expressando suas considerações sobre o estudo autônomo abordado porPeters.

Atenção!Os desafios propostos na aula 2 devem ser postadosno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) -Moodle. Em caso de dúvidas para realizar esseprocedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

DESAFIOS (15 pontos)

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

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AULA 3: Histórico da Educação a Distância

Esta aula delineia um breve apanhado histórico da EAD no mundo e no Brasil

objetivando nos situarmos enquanto partes atuantes dessa modalidade de ensino.

A institucionalização da EAD não é antiga. No fim do século XIX, algumas instituiçõesparticulares nos Estados Unidos e na Europa passaram a oferecer cursos por correspondênciavoltados ao ensino de assuntos relacionados a ofícios não pertinentes à academia. Por essarazão, ainda há um substancial preconceito quanto a essa modalidade, pois sua origem é exteriorao ambiente acadêmico. Ademais, por se ter transformado numa segunda oportunidade de estudopara muitos. Após várias décadas, e com o aparecimento de tecnologias como a televisão, orádio e a internet, a EAD se estabeleceu como uma modalidade competente de ensino.

Em 1892, a Universidade de Chicago criou um curso por correspondência. No começo doséculo XX, surgiram cursos para a escola primária. Em 1930, já existiam 39 universidades norte-americanas, oferecendo cursos a distância.

A Universidade Aberta da Grã-Bretanha, conhecida como Open University, foi criada em1962 com uma proposta utilizando meios impressos, televisão e cursos intensivos em períodos derecesso de outras universidades convencionais. Tornou-se marco importante no desenvolvimentoda EAD ao produzir cursos de qualidade inquestionável. A criação de outras universidades naEuropa, como a Universidade Nacional de Educação a Distância, gerou significativo aumento deestudantes de graduação e de pós-graduação.

Na América Latina, foram criadas, na década de 60, a Universidade Aberta da Venezuela ea Universidade Estatal a Distância de Costa Rica as quais adotaram o modelo inglês.

No Brasil, a Rádio-Escola Municipal do Rio foi instalada em1934. Seus alunos usavam folhetos e esquemas de aula, além decorrespondências. Em 1939, foi criado, em São Paulo, o InstitutoUniversal Brasileiro, hoje <Instituto Monitor> , que oferecia cursostécnicos e profissionalizantes por correspondência. Atualmente, oInstituto Monitor oferece cursos técnicos; profissionalizantes,supletivos, de formação profissional, presencias e cursos e-learning.Em 1965, deu-se a criação das TV’s educativas pelo poder público.Em 1980, começa a oferta de ensino supletivo por telecursos (materialimpresso e televisão) por instituições sem fins lucrativos. Apenas em1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília para a organizaçãode cursos específicos, de acesso geral, para atualização acadêmicade profissionais com e sem nível superior e para a oferta do ensinosuperior em nível de graduação e de pós-graduação. Atualmente, hámais de 30 instituições de ensino superior credenciadas pelo MECpara ofertar mais de 25 cursos de graduação, inclusive seqüenciais,a distância, com cerca de 50.000 alunos matriculados. Com relaçãoaos cursos de pós-graduação lato sensu, há várias instituiçõesatualmente autorizadas pelo <MEC> para ofertar especializaçõesem diversas áreas do conhecimento.

Para conhecer maissobre o Instituto Monitor,você deve acessar a suapágina na internet.O endereço é:www.institutomonitor.com.br

Para dados maisdetalhados, acesse oportal do MECportal.mec.gov.br/sesu/

Para dados maisdetalhados, acesse oportal do E-learningB r a s i lwww.elearningbrasil.com.br

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância34

Cabe ressaltar que a EAD também vem sendo usada para a capacitação de profissionaisem organizações brasileiras que elaboram seus próprios cursos.

1) Acesse o site do Instituto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira <INEP>, analise os dados sobre a<Educação Infantil no Brasil> e elabore um resumo sobre osresultados de sua análise.

2) Leia o <anuário> e faça um resumo.

Para ter acesso aosdados sobre a EducaçãoInfantil no Brasil, acesseo site do INEP:

www.inep.gov.br

O anuário estádisponível para leitura noendereço:www.elearningbrasil.com.br/anuario/download/

ATENÇÃO!Os endereços dos sitesdevem serc u i d a d o s a m e n t edigitados. Uma únicaletra ou númeroincorretos ou nãodigitados ocasiona erro ea informação não éexibida.

DESAFIOS (20 pontos)

Atenção!Os desafios propostos na aula 3 devem ser postadosno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) -Moodle. Em caso de dúvidas para realizar esseprocedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

Essa questão estárelacionada com oassunto abordado nasseções 2 e 3 docomponente curricular deHistória da EducaçãoBrasileira I.Em caso de dúvida, façauma revisão do assunto.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

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AULA 4: O processo de gestão em Educação a Distância

Esta aula trata do processo de gestão de cursos oferecidos na modalidade adistância, que é composto, basicamente, pelos seguintes elementos: professor pesquisador,mediadores pedagógicos (presencial e a distância) e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

O professor pesquisador é um docente com amplos conhecimentos no componente curricularpelo qual é responsável. Geralmente, ele é o autor do conteúdo a ser estudado e coordenador doprocesso ensinar-aprender.

O mediador pedagógico a distância acompanha todo o desenvolvimento do processo deaprendizagem, respondendo as dúvidas dos aprendentes no componente curricular em estudo.Ele também é responsável pela mediação dos aprendentes nos chats, estimulando-os a realizaremseus desafios, além de avaliar a participação de cada um deles. A avaliação pode ter comocritérios: o nível de participação nos chats e no fórum de discussão; a qualidade das dúvidasenviadas; as atividades realizadas nos prazos pré-estabelecidos; a auto-avaliação etc. O mediadorpedagógico a distância deve também se relacionar com o especialista em computação, responsávelpelo AVA, objetivando manter o ambiente operacional, ou seja, sem problemas de acesso, detransmissão de e-mail etc.

O AVA é a plataforma computacional na internet que possibilita a comunicação entre osprofessores pesquisadores, os mediadores pedagógicos e os aprendentes. Os recursos ouferramentas de um AVA podem ser classificados em: ferramentas de comunicação, ferramentasde coordenação, ferramentas de cooperação e ferramentas de administração.

As ferramentas de comunicação dividem-se naquelas de comunicação síncrona (fórum dediscussão e chat) e assíncrona (lista de discussão e correio eletrônico). A videoconferência e atelefonia via internet são serviços de comunicação síncrona ainda não suportados pelos AVAs.

As ferramentas de coordenação são usadas pelos professores pesquisadores e mediadorespedagógicos para disponibilizar material didático de apoio aos desafios dos aprendentes. Elasoferecem recursos para informar, orientar e avaliar os aprendentes, sendo que sua denominaçãopode variar entre os AVAs. As seguintes ferramentas são classificadas como de coordenação:estrutura do ambiente; dinâmica do curso e agenda (onde são divulgadas as datas de atividades).

As ferramentas de cooperação são espaços para publicação dos dados e desafios dosaprendentes. Classificam-se em: blog, diário, perfil e grupos (espaço comum de publicaçãogrupal).

As ferramentas de administração apóiam os professores pesquisadores na administraçãodo conteúdo do componente curricular, assim como na administração dos aprendentes e dosmediadores pedagógicos. Alguns procedimentos realizáveis com essas ferramentas são: inscriçãode aprendentes e mediadores pedagógicos; inclusão de arquivos de texto, áudio e vídeo; seleçãode ferramentas para aprendentes; acesso a relatórios de freqüência dos aprendentes no AVAetc.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância36

1) Classifique as ferramentas do <AVA - Moodle> de acordo com ostipos apresentados.

DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!O desafio proposto na aula 4 deve ser postado noAmbiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle.Em caso de dúvidas para realizar esse procedimento,consulte o mediador pedagógico presencial no PóloMunicipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

AVA é a sigla deAmbiente Virtual deAprendizagem. Softwareeducacional, acessívelvia internet, comferramentas de apoio àEducação a Distância.

Moodle é um softwarel ivre de um AmbienteVirtual deAprendizagem.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4

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UNIDADE II

APRENDIZAGEM COLABORATIVA

AULA 1: Aprendizagem colaborativa na Educação a Distância

Com o surgimento da sociedade do conhecimento, aumentam as perspectivas que sebaseiam na educação para a concretização das transformações políticas e sociais pelas quais o

mundo vem passando. As tecnologias da informação e da comunicação alteram as formas derelacionamento humano nas mais diversas áreas do conhecimento e podem tornar igualitárias

as possibilidades de acesso ao conhecimento, uma vez que ajudam na construção de umaaprendizagem colaborativa entre os agentes.

Esta aula aborda temas fundamentais que dizem respeito a essa nova cultura educacionalem crescimento, ocasionada pela capilaridade da internet nas várias regiões do planeta: aaprendizagem colaborativa. Instituições de trabalho e de educação vêm percebendo a importânciada criação e organização de seu acervo para que este sirva de insumo à cooperação de seusparticipantes através da disseminação do conhecimento. Há uma mudança de paradigma nasinstituições. Os modelos de negócios inovam-se para incorporar essa nova cultura educacional. Aárea de educação a distância se solidifica, paulatinamente, por se constituir estratégica aodesenvolvimento das comunidades. A internet e seus ambientes virtuais de aprendizagemoperacionalizam os meios para que flua a aprendizagem colaborativa.

Segundo Behrens (2001, p.70),

as mudanças desencadeadas pela sociedade do conhecimento têm desafiadoas universidades no sentido de oferecer uma formação compatível com asnecessidades deste momento histórico. A visão de terminalidade oferecida nagraduação precisa ser ultrapassada[...]. O novo desafio das universidades éinstrumentalizar os alunos para um processo de educação continuada quedeverá acompanhá-lo em toda sua vida.

Entendemos que para facilitar essa educação continuada, os aprendentes precisamapreender quais as ferramentas necessárias para garimpar continuamente o conhecimento namina da internet e como manuseá-las. A experiência de um curso a distância abrirá possibilidadespara o uso contínuo de ferramentas para esse propósito. Por outro lado, o professor pesquisadorprecisa compreender que o eixo de sua ação deve passar do ensinar para destacar o aprender e,principalmente, o aprender a aprender. Logo, o papel dos agentes mais diretamente envolvidosno processo de aprendizagem é o de modificar sua atuação diante deste novo mundo deoportunidades de ampliação do conhecimento.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância38

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

1) Escreva um texto sobre as seguintes frases de Behrens, refletindo-as no contexto da EAD:

“O homem precisa se apropriar da técnica e colocá-la a seu serviço, buscando uma melhor qualidadede vida para si e para seus semelhantes.”

“A tecnologia precisa ser contemplada na prática pedagógica do professor, de modo a instrumentalizá-lo a agir e interagir no mundo com critério, com ética e com visão transformadora.”

DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!O desafio proposto na aula 1 deve ser postado noAmbiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle.Em caso de dúvidas para realizar esse procedimento,consulte o mediador pedagógico presencial no PóloMunicipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

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AULA 2: A linguagem digital

O paradigma educacional antigo estava baseado na transmissão deconhecimento do professor, na memorização dos alunos e numa aprendizagem competitiva eindividualista. No paradigma tradicional, a linguagem oral e a escrita eram empregadas para queos alunos decorassem números, datas, fórmulas etc., levando-os a reter, por um breve período, oque eram obrigados a decorar. O professor cria que pela quantidade de dados decorados o ensinoocorria, enquanto que os alunos, mesmo aprovados nos testes, não conseguiam aplicar, emsituações reais, o volume de dados decorados. O desafio de mudança dessa prática pedagógicasurgiu quando o docente se confrontou com uma nova forma de representação da linguagem quenão a oral nem a escrita: a representação digital. Na realidade, é essencial que os professorescompreendam a necessidade de lidar com a forma digital da linguagem, pois ela vem se mostrandocom uma significativa velocidade de comunicação, principalmente entre os alunos da EducaçãoInfantil. Cabe ressaltar que o reconhecimento da linguagem digital como nova forma de representaro conhecimento não descarta as potencialidades das linguagens oral e escrita nem devem contribuirpara o uso indiscriminado da internet no ensino, mas que se compreenda seu uso como facilitadorda construção de metodologias mais significativas às novas gerações.

Segundo Pierre Lévy (1999), a linguagem digital apresenta-se nas novas TICs, principalmente na internet. Logo, o paradigma naera digital desafia a prática do professor assentada na elaboraçãoindividual e coletiva do conhecimento. Ele precisa criar possibilidadesde encontros presenciais e virtuais que instiguem os alunos a buscardados na internet; deve usar a informática como instrumento de suaprática pedagógica, refletindo criticamente sobre o papel desta naaprendizagem e sobre os benefícios e malefícios acarretados peloseu uso. Os alunos tornam-se descobridores, transformadores,produtores e disseminadores do conhecimento. A <Web 2.0> e o<Creative Commons> têm revolucionado as formas de produção edisseminação do conhecimento, ao propor flexibilidades quanto aodireito autoral. Assim, professores e alunos, como parceiros, podemdesencadear um processo de aprendizagem colaborativa para produzirnovos conhecimentos.

De acordo com Behrens (2001, p. 71), “a abordagempedagógica que valorize a aprendizagem colaborativa depende dosprofessores e dos gestores da educação, que deverão tornar-sesensíveis aos projetos criativos e desafiadores. Redimensionar ametodologia oferecida dentro de sala de aula demanda contemplaratividades que ultrapassem as paredes das salas, dos laboratórios edos muros das universidades.” Ainda segundo essa mesma autora,“como usuário da rede de informações, o aluno deverá ser iniciadocomo pesquisador e investigador para resolver problemas concretosque ocorrem no cotidiano de suas vidas.” A aprendizagem

Web 2.0: tecnologia quefacil ita a produção dedocumentos digitaispelos usuários dainternet. Antes, osusuários eram apenasconsumidores deinformações pré-produzidas.

Creative Commons:conceito que modifica odireito exclusivo doautor (propriedadeintelectual) sobre seusbens culturais, ao propornovos tipos de licençaspara estes. Substitui opopular “todos osdireitos reservados” por“alguns direitosr e s e r v a d o s ” .www.creativecommons.org.br

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância40

precisa ser significativa, desafiadora, problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o alunoe o grupo a buscarem soluções possíveis para ser discutidas à luz de referenciais teóricos/práticos. Assim, a abordagem pedagógica deve promover uma metodologia em que a interação serealize também em ambiente extraclasse. A respeito da importância do processo de interaçãoMaçada e Tijiboy (1998, p. 3) consideram que “ o processo de interação entre indivíduos possibilitaintercambiar pontos de vista, conhecer e refletir sobre diferentes questionamentos, refletir sobreseu próprio pensar, ampliar com autonomia sua tomada de consciência para buscar novos rumos.”

<Maçada e Tijiboy (1998)> abordam três elementosrelevantes para a aprendizagem em ambientes cooperativos adistância: postura cooperativa, estrutura do ambiente efuncionamento heterárquico. A postura cooperativa é composta porsub-elementos sendo que a interação é tida como sub-elementobásico e inicial de todo o processo, pois é ela que abre o canal decomunicação. A estrutura do ambiente suporta a funcionalidade doambiente cooperativo a distância na internet. Seus recursos variamde acordo com o desenvolvimento tecnológico. O funcionamentoheterárquico é o mais adequado ao ambiente cooperativo a distância,pois as decisões são consensuais ao grupo de usuários autônomos,ou seja, não há relações de subordinação entre eles.

A Figura 1 mostra alguns aspectos que compreendem a

postura cooperativa.

Leia o texto de Maçadae Tijiboy (1998),disponivel em:

mathematikos.psico.ufrgs.br/textos/

aprendizagem_cooperativa.pdf

Para ler textos emformato PDF, vocêprecisa instalar umprograma chamadoAcrobat Reader.Para obter uma cópiadeste programa e instalarem seu computador,acesse:

www.baixaki.com.br

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AULA 1 AULA 2 AULA 3

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A interação é básica em todo o processo porque deve estarpresente durante o trabalho em grupo onde há constante negociação.As relações são do tipo heterárquicas, permitindo tomadas de decisãoem grupo, porém, de forma consensual, o que promove umaconsciência social, em que se fazem presentes a tolerância e aconvivência com as diferenças dos grupos. Como partes importantesdo processo, os usuários assumem uma postura de responsabilidadepelo seu aprendizado e pelo do grupo. Assim, surge a colaboração,mais especificamente o que chamamos de aprendizagem colaborativa,ou seja, as contribuições individuais, para o alcance de objetivoscomuns ao grupo, através do compartilhamento de idéias, propostas,dados, questionamentos e dúvidas. Na colaboração, os pontos devista são confrontados, caracterizando a descentralização dopensamento único e provocando a reflexão. Através da ação conjuntae coordenada, é possível contribuir para uma inteligência coletiva.Um dos exemplos que bem caracterizam o processo de postura coletivaé a constante construção do sistema operacional <Linux>.

Ainda em relação à colaboração, é importante considerar queos meios atuais de produção do conhecimento agregam o trabalhode forma colaborativa. Isso se deve ao crescimento da complexidadede tarefas que requerem habilidades multidisciplinares, envolvendo,assim, diversos tipos de conhecimento. Os trabalhadores doconhecimento carecem do trabalho em grupo e interagem na buscade soluções para essas tarefas. Segundo <Fuks et. al. 2003, p.233>, “em um grupo ocorre a complementação de capacidades, deconhecimentos e de esforços individuais.” Assim, para que hajacolaboração, uma pessoa precisa debater idéias (comunicação), estarsintonizada com os outros participantes (coordenação) e operarconjuntamente no espaço compartilhado (cooperação). Caso existaentendimento das mensagens, a comunicação entre emissor ereceptor será realizada com sucesso. A coordenação, além de tratarconflitos, é responsável pela organização do grupo para evitar queesforços de comunicação e de cooperação se percam e para garantirque as tarefas assumidas sejam executadas segundo o cronogramaacordado. Para a realização dessas tarefas, é preciso que hajacooperação, ou seja, a operação conjunta dos grupos no espaço

compartilhado.

A Figura 2, mostra um diagrama do modelo da aprendizagem colaborativa.

Linux – Sistema gratuitoque opera computadorese que está sendoconstruído porprogramadores de todo omundo. Por isso, diz-seque é um software livre,ou seja, não possuiproprietário.

Para ter acesso ao livroindicado abaixo, vá aoPólo Municipal de ApoioPresencial e procure omediador pedagógicopresencial.

SILVA, Marco (org).Educação online:Teorias, práticas,legislação, formaçãocorporativa. SãoPaulo: Edições Loyola,2003.

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Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância42

1) Pesquise na internet <www.creativecommons.org.br> sobre <Web 2.0> e sobre <Creative

Commons> e faça um resumo.

2) Pesquise na internet <www.wikipedia.org> sobre o que Pierre Lévy chama de InteligênciaColetiva. Reflita sobre a colaboração entre trabalhadores do conhecimento, assumindo queestes sejam professores. Escreva como deve haver a colaboração entre eles.

Figura 2Fonte: Adaptada de SILVA (2003, p.211).

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AULA 1 AULA 2 AULA 3

DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!Os desafios 1 e 2 devem ser postados no AmbienteVirtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle. Em casode dúvidas para realizar esse procedimento, consulteo mediador pedagógico presencial no Pólo Munici-pal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

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AULA 3: Os pilares da aprendizagem colaborativa

<Delors (1998)> apresenta, no relatório para aeducação, uma aprendizagem ao longo de toda vida assentada emquatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender aviver juntos e aprender a ser. Esses quatro pilares têm uma relaçãoestrita sobre o processo de aprendizagem colaborativa que estamosapreendendo nesta unidade.

No primeiro pilar, aprender a conhecer, é apontada pelo autora visão de se ter prazer em investigar, de ter curiosidade, de construire reconstruir o conhecimento. Ela compreende a aprendizagem comoum processo infindo, ela implica um aprender a aprender. SegundoDelors (1998, p. 91), “este tipo de aprendizagem que visa não tantoà aquisição de um repertório de saberes codificados, mas antes aodomínio dos próprios instrumentos do conhecimento pode serconsiderado, simultaneamente, como meio e como finalidade da vidahumana. Meio, porque se pretende que cada um aprenda acompreender o mundo que o rodeia, pelo menos na medida em queisso lhe é necessário para viver dignamente, para desenvolver assuas capacidades profissionais, para comunicar. Finalidade, porqueseu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir.”

Com a atual velocidade de renovação da produção de dados, em diversas mídias e,principalmente, na internet, o aprender a decorar tornou-se tarefa questionável. O papel doprofessor, detentor de todo o conhecimento a ser transmitido ao seu aluno está ultrapassado,pois o oceano de informações na internet se amplia diariamente. Um exemplo evidente disso é aatual construção da enciclopédia universal chamada wikipédia, onde voluntários de todas aspartes do mundo definem artigos em sua língua original. Esses artigos podem ser refinados poroutros usuários, evidenciado assim um grande modelo de trabalho colaborativo entre os humanos.A wikipédia tem se tornado fonte inicial de consulta aos mais variados temas do conhecimento.

Sobre o segundo pilar, aprender a fazer, a recomendação de Delors é a seguinte: “Aprendera fazer não pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar alguém para tarefamaterial bem determinada, para fazê-lo participar no fabrico de alguma coisa. Como conseqüência,as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples transmissão depráticas mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo que não é dedesprezar”. (DELORS, 1998, p. 93).

Isso implica, portanto, superar o limite da tarefa repetitiva, em buscar o prazer na criaçãocom autonomia. Logo, o aprender a fazer leva ao desenvolvimento de aptidões importantes àatuação profissional com competência e com habilidade. Espera-se que, ao unir o aprender aconhecer com o aprender a fazer, o professor supere em sua prática pedagógica a dicotomiateoria e prática. O docente deve criar situações que levem seu aluno a acessar os conhecimentosnecessários para aplicá-los como se fora um profissional. As aptidões para decodificar a teoria econvertê-la em prática efetiva tornam-se tarefa essencial, pois prepara o aluno a atuar como

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AULA 1 AULA 2 AULA 3

DELORS, Jacques et. al.Educação: umtesouro a descobrir –relatório para UNESCOda ComissãoInternacional sobreEducação para o SéculoXXI. São Paulo: Cortez/UNESCO, 1998.

Para ter acesso aolivro indicado acima, váao Pólo Municipal deApoio Presencial eprocure o mediadorpedagógico presencial.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância44

profissional. A velocidade de renovação do conhecimento, provocada pelas TICs, acarreta anecessária readaptação do profissional em períodos curtos, uma vez que as funções dostrabalhadores tornam-se também renováveis.

Segundo Delors (1998, p. 97), “[...] os alunos ao tomarem consciência das semelhanças eda interdependência entre todos os seres humanos no planeta” evidenciam o aprender a viverjuntos, ou seja, é o terceiro pilar da aprendizagem colaborativa. Conviver harmoniosamente comtodos os seres, homens e animais, mar, terra e ar é o lema atual de organizações que sepretendem ecologicamente responsáveis. As evidências de que somos parte de um todo universale de que é fundamental que preservemos o planeta, corroboram para o estímulo da entropia entreos homens e apontam para a colaboração como condição basilar para a preservação da vida naterra.

Este novo paradigma propõe a visão de inter-relacionamento, de interconexão e decolaboração, buscando assim a superação das ditas verdades absolutas, do positivismo e daracionalidade. Nessa visão, o mundo é um complexo tecido de eventos que se interconectam e secombinam, para determinar um todo. Daí as instituições educacionais, em especial, necessitaremrever seus processos pedagógicos que ainda instigam, em sua maioria, a competitividade e otrabalho individual. Logo, a escola precisa oportunizar situações para que os alunos aprendam arefletir, a administrar conflitos, a respeitar pensamentos divergentes, a colaborar. Para validar oaprender a viver juntos, é preciso redimensionar as práticas pedagógicas dos professores emtodos os níveis de ensino, praticando a parceria entre eles e alunos desde a Educação Básica.

O quarto pilar refere-se ao aprender a ser. Delors (1998, p. 99) recomenda quea educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espíritoe corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado, especialmente, graçasà educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomose críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poderdecidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.

Essa visão tenta superar a desumanização do mundo, dando ao homem a liberdade depensamento e a responsabilidade sobre seus atos, na busca de desenvolver os processos deaprender a ser. As inúmeras manifestações sociais de violência representam o embrutecimento aque foram levados os homens nestas últimas décadas. A falta de companheirismo tornou amaioria das pessoas insensíveis às injustiças sociais.

O capitalismo superou a formação holística, subsidiando conflitos relevantes sobre o direitodos injustiçados pela falta de moradia, alimentação e educação. Daí, tornar-se essencial saberrefletir, para não absorver o viés da obtenção material em detrimento da valorização pessoal ecoletiva do ser humano. Não se trata de uma visão romântica, mas de um desafio familiar eescolar.

Cabe, pois, à escola possibilitar o desenvolvimento desses quatro pilares, agregando-osem práticas pedagógicas, para que os futuros profissionais deste século XXI assimilem umaaprendizagem colaborativa, humanista, crítica, competente, sensata e ecologicamente responsável.Também os docentes precisam compreender seu papel de parceiros neste novo paradigma, paraque ajudem a construir uma prática pedagógica emancipatória, através da busca da qualidadedos relacionamentos humanos para que flua a colaboração nos trabalhos coletivos.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

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1) Pesquise artigos sobre Aprendizagem Colaborativa na <Wikipédia>e resuma-os.

2) Pesquise sites de entidades de defesa do meio-ambiente eidentifique neles o pilar aprender a viver juntos. Faça um resumosobre isso.

Wikipédia:enciclopédia mundialdisponível na internet

sobre vários temas emmuitas línguas.

www.wikipedia.org

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

DESAFIOS (40 pontos)

Atenção!Os desafios 1 e 2 devem ser postados no AmbienteVirtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle. Em casode dúvidas para realizar esse procedimento, consulteo mediador pedagógico presencial no Pólo Munici-pal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância46

UNIDADE III

O PROFESSOR NA EAD

AULA 1: Mediação pedagógica e novas tecnologias em Educação

a Distância

Inicialmente, consideraremos alguns fatos importantes envolvendo o emprego de tecnologiasno processo de aprendizagem, seja esta presencial ou não. O primeiro fato é que a valorização douso da tecnologia em educação escolar não tem sido cultivada. Talvez isto ocorra devido àconvicção arraigada de que o papel da escola seja o de transmitir um conjunto sistematizado deconhecimentos aos seus alunos e exigir deles apenas uma memorização para posterior reproduçãodesses conhecimentos numa avaliação. Assim, o professor é formado para valorizar ensinamentose privilegiar a técnica de aula expositiva para transmiti-los.

Outro fato é que os cursos de licenciatura e de pedagogia valorizam mais o domínio deconteúdos em áreas específicas do que as disciplinas pedagógicas, ou seja, não se agrega valorà competência para a docência. Como conseqüência, a prática dos aspectos fundamentais parase desenvolver um processo de aprendizagem (questões como relacionamento entre professor ealuno, metodologia de trabalho, processo de avaliação etc.) comprova a incompletitude nomagistério.

O surgimento da informática e da telemática facilitou o acesso às pesquisas e às produçõescientíficas, proporcionou o desenvolvimento da auto-aprendizagem e da aprendizagem a distância;a orientação de alunos em atividades extra-classe; a videoconferência, o correio eletrônico etc.Tal fato provocou o debate sobre o uso dessa nova tecnologia, assim como o papel do professore de sua mediação pedagógica no processo de aprendizagem, seja esta presencial ou não. Háhoje uma série de estudos, reflexões, pesquisas, experimentos, situações de aprendizagem etc.que apontam para uma revisão da mediação pedagógica diante dessas novas possibilidades.Logo, parece-nos fundamental a discussão sobre a informática na educação.

Cabe ressaltar que a tecnologia apresenta-se apenas como instrumento para colaborar noprocesso de aprendizagem, ou seja, ela é meio, por isso, tem importância somente como uminstrumento para facilitar a aprendizagem de alguém. A tecnologia não resolverá os problemaseducacionais de nenhum país, porém, ela pode colaborar para seu desenvolvimento educacional,se for usada adequadamente.

Podemos ampliar o conceito de novas tecnologias em educaçãopara abranger o uso do computador (CD, DVD, softwares educativosetc.) e da internet (<portais>, <comunidades virtuais>),<mecanismos de busca>, <bibliotecas digitais> etc.). Essastecnologias cooperam tanto para a aprendizagem presencial,dinamizando as aulas, quanto para a aprendizagem a distância. Elasembutem possibilidades motivadoras ao explorar o uso de áudio, vídeoe texto; ao colocar professores e alunos interagindo a distância; aopermitir a comunicação eficiente entre especialistas e pesquisadoresetc.

Portais – sitesespecializados emd e t e r m i n a d a stemáticas. Há portaiseducacionais, portais emsaúde, portaisesportivos, portaismusicais etc.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

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A seguir, discorreremos sobre possibilidades de uso de algumasdessas novas tecnologias, numa perspectiva de mediação pedagógica.Primeiramente, alertamos para o fato de que deve haver umplanejamento detalhado do processo de aprendizagem em que asatividades educacionais se integrem em busca de objetivos e váriasferramentas sejam usadas para colaborar com a execução dessasatividades.

O CD e o DVD são recursos motivadores da aprendizagem,pois integram áudio, vídeo, texto, <link> etc. Eles podem tambémarmazenar softwares e jogos educativos. Destacamos mais uma vezque seus recursos multimídia podem colaborar para ações conjuntasde professor e alunos.

A internet traz inúmeras possibilidades de mediaçãopedagógica. Os AVAs e suas ferramentas foram apresentados naunidade I deste componente curricular.

Os portais e as comunidades virtuais serão brevementeabordados: os portais são sites especializados em temas de áreas doconhecimento, como educação, saúde, música, notícias etc. Elessão assim denominados, por serem portas de entrada na internet esão arranjados de forma sistemática para facilitar a busca de dadospelos seus usuários.

Na Wikipédia, existe o seguinte artigo sobre comunidade virtual:uma comunidade virtual é uma comunidade que estabelece conexõesnum espaço virtual através de meios de comunicação a distância.Caracteriza-se pela aglutinação de um grupo de indivíduos cominteresses comuns que trocam experiências e informações no ambientevirtual”. A essas comunidades podem aderir internautas com interessesafins para a livre troca de informações. Geralmente possui um grupo,chamado moderador, responsável pela criação de um código de éticaentre seus membros e pelo monitoramento destes. A seguir, listamosalguns exemplos de portais educativos: <portal educativo> dirigidoa educadores e alunos do Ensino Fundamental e Médio; <portalcom obras de domínio público> etc.

Um mecanismo de busca é uma ferramenta para pesquisa deassuntos na internet. Um usuário submete uma consulta a partir dadigitação de uma ou mais palavras (consulta simples) ou dacombinação de palavras e caracteres especiais (consulta compostaou pesquisa avançada). O mecanismo varre os sites e lista comoresultado aqueles mais indicados para tratar do assunto. O mecanismode busca é uma das ferramentas mais utilizadas para pesquisa nainternet.

As bibliotecas digitais são coleções de dados digitais organizados para facilitar seu acesso.Elas armazenam documentos textuais, áudio e vídeo sobre determinada personalidade ou tema. É

C o m u n i d a d e svirtuais – comunidadeformada por grupos deinternautas interessadosem certos temas.

Mecanismos de busca– são softwaresespecializados empesquisar dados nainternet. Geralmenteiniciam a busca a partirde uma combinação depalavras-chave. Umexemplo popular é omecanismo da Google.

Bibliotecas digitais –base especial de dadossobre umapersonalidade ou umtema. Caracterizam-sepor possuir um acervode documentosd i g i t a l i z a d o sorganizados de forma aproporcionar seu fácilacesso.

Link – tipo de texto queleva a outras partestextuais ou a endereçosna internet.

Para ver um exemplo deportal educativo, acesse:www.educarede.org.br

Para obter obraspertencentes a umacervo digital, acesse:www.dominiopublico.gov.br

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AULA 1 AULA 2

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância48

1) Assista ao vídeo sobre as <cinco fases da evolução da escrita>,segundo Emília Ferreiro, e pesquise sobre como os softwareseducacionais podem contribuir para o processo de alfabetização.

2) Baixe um vídeo de sua preferência do <portal de domíniopúblico>, assista-o e escreva um relato sobre seu conteúdo.

comum a implementação de um mecanismo de busca próprio parafacilitar a consulta a documentos previamente indexados. Comoexemplos de bibliotecas digitais educativas, podem-se destacar:<biblioteca digital de teses e dissertações>;<biblioteca digitalPaulo Freire>; <biblioteca nacional>; <biblioteca virtual deacervos raros>; <biblioteca virtual do estudante de línguaportuguesa>, etc. Você conhece alguma

biblioteca digital?Hoje, professores ealunos dispõem desteespaço de aprendizagemem ambientes reais evirtuais.Veja os exemplos aseguir:

http://bdtd.ibict.brwww.paulofreire.ufpb.brwww.bn.brwww.docpro.com.brwww.bibvirt.usp.br

Para responder aodesafio 1, acesse o vídeodisponível no site:w w w . y o u t u b e . c o m /watch?v=WILzj1uUhmQ

Para acessar vídeos eresponder ao desafio 2,acesse:www.dominiopublico.gov.br

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!

O relato proposto, a partir dos desafios 1 e 2, deveser postado no Ambiente Virtual de Aprendizagem(AVA) - Moodle. Em caso de dúvidas para realizaresse procedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

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AULA 2: Propostas de competências do professor da modalidade a

distância

Nesta aula, será apresentada uma proposta de competências específicas para oprofessor da modalidade a distância, o qual, mesmo não sendo mais o centro de conhecimentopara seus alunos, passa a influenciá-los através da motivação, da mediação e da coordenação.Abordaremos os três seguintes tipos de competências que devem ser desenvolvidas por essesprofessores: as competências pedagógicas, as competências tecnológicas e as competênciascomunicativas. Elas são o resultado de uma pesquisa de campo, descrita em Faria (2006, p. 71-85), pela pedagoga em multimeios e Informática Educativa, Daiane Grassi.

Segundo <Perrenoud (1999)>, o termo competência “sedefine na capacidade de agir eficazmente em um determinado tipode situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles”.Segundo esse autor, as competências de alguém vão além de seusconhecimentos, pois envolvem a mobilização de determinados recursos,como habilidades, esquemas mentais e experiência para solucionarcom êxito um problema. Por isso, o trecho “sem limitar-se a eles” dadefinição do termo competência.

Salientamos que as competências desenvolvidas por umprofessor da modalidade presencial também são importantíssimas parao professor da modalidade a distância. Entretanto, a forma comoelas são praticadas na modalidade a distância é que as tornamdiferentes.

COMPETÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Segundo <Grassi (2006)>, são seis as competênciaspedagógicas que integram o conjunto das competências relacionadasà área humana: trabalho em equipe, motivação, mediação, afetividade,administração das diferenças e objetividade.

O trabalho em equipe é cada vez mais imprescindível nasociedade do conhecimento. A valorização dos trabalhadores doconhecimento que cultivam o trabalho cooperativo é buscada desdea sua formação nos mais diversos cursos de capacitação, passandopelos aspectos dos processos seletivos, até sua prática cotidiana. AEAD representa bem essa competência em sua origem, pois ainterdisciplinaridade de ação de seus partícipes é fundamental paraseu bom termo. Por isso, é necessária a existência de equipesresponsáveis pelas suas diversas etapas: a produção dos materiaisdidáticos de qualidade (textos, vídeo, áudio etc.), o envio demensagens eletrônicas aos aprendentes, a manutenção de ambientesvirtuais de aprendizagem etc. Ademais, os aprendentes precisamdesenvolver atividades em equipe; professor e mediador necessitamtrabalhar juntos, assim como aprendentes e mediadores devemconstruir o conhecimento coletivo.

Para aprofundar seusconhecimentos sobre ascompetências docentes,leia os livros indicadosabaixo. Lembre-se queeles estão disponíveis noPólo Municipal de ApoioPresencial.

1. PERRENOUD, Phillippe.Construir ascompetências desde aescola. Porto Alegre:Artes Médicas Sul, 1999.

2 . G R A S S I .Competências emEducação a Distância. In:FARIA, Elaine Turk.Educação presencial evirtual: espaçoscomplementaresessenciaisna escola e na empresa.Porto Alegre: EDIPUCRS,2006.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância50

A motivação pressupõe o envolvimento em processosparticipativos e afetivos. Segundo <Cordero (2004)>, é precisomotivar os aprendentes, acompanhar suas atividades, fazer com quenão se sintam sozinhos e saber planejar atividades freqüentes deinteração social. O professor deve desenvolver atividades queproporcionem momentos interativos entre os aprendentes, pois estestêm angústias e experiências para socializar, porquanto vivenciamesta nova realidade que é a formação a distância. Compete, ainda,ao professor criar estratégias motivacionais tanto nos materiaispedagógicos (animações, efeitos, mensagens de auto-estima etc.)quanto nos encontros virtuais via chat e fórum de discussão, inclusiveabordando assuntos extradisciplinares. Reiteramos que a motivaçãotambém deve ser assimilada pelo mediador.

Sobre mediação, o que importa é que o aprendente saiba que há alguém mediando suaaprendizagem. O professor e o mediador precisam estar atentos às situações de aprendizagem.Mesmo que a autonomia seja incentivada pela EAD, é preciso observar o que se passa com oaprendente, independentemente de ele revelar ou não suas necessidades. Há ferramentas nosAVAs propícias para o acompanhamento dessas situações de aprendizagem.

Assim como acontece na modalidade presencial, em que apenas com um gesto do professoro aluno é algumas vezes sensibilizado, na modalidade a distância o professor deve se utilizar derecursos para sensibilizar o aprendente, levando-o a participar e a interagir nas atividadespropostas. O professor deve ser capaz de identificar quais os aprendentes que precisam deatenção às suas peculiaridades. Assim como importa ao aluno da modalidade presencial serchamado pelo seu nome, o aprendente virtual se sente especial ao receber um e-mail de umprofessor-mediador cujo destinatário é apenas ele, ou seja, é importante se buscar ao máximo otratamento individualizado na EAD.

A administração das diferenças diz respeito às características individuais dos aprendentes.Não apenas aquelas relacionadas à velocidade de assimilação de conteúdos das disciplinas, mastambém as concernentes à cultura, à situação sócio-econômica, ao clima, ao fuso horário, àreligião etc. Cabe, pois, ao professor incorporar essa competência, tão necessária na modalidadepresencial quanto na modalidade a distância.

A objetividade é a competência que denota a clareza que o professor deve evidenciar emsuas colocações. Na modalidade a distância, o esclarecimento de dúvidas diretamente com oprofessor, através da interação em encontros presenciais é, em princípio, mais difícil. Por isso, aobjetividade pode evitar eventuais constrangimentos e deve ser uma competência trabalhadapelo professor por meio de todas as mídias disponíveis para interação com seus aprendentes.

COMPETÊNCIAS COMUNICATIVAS

As competências comunicativas denotam as formas com que o professor apresenta osconteúdos de aprendizagem para os aprendentes. Geralmente enfatizam duas competênciasfundamentais: a audiovisual e a escrita. Destacamos sua importância no processo de aprendizagema distância porque, muitas vezes, são elas as responsáveis pela permanência ou não de umaprendente dessa modalidade num curso.

CORDERO, J. M.Perspectivas emEducação a Distância,2004.

Para ler o texto mencionadoacima, acesse:www.educacaopublica.rj.gov.br/j o r n a l /materia.asp?seq=177

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

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A competência audiovisual é aquela necessária para que oprofessor interaja eficientemente com seus aprendentes, através dasua expressão física e verbal. Ela abrange tanto os momentos devideoconferência, quanto os momentos de atendimento via áudio(telefonia convencional e/ou <telefonia via internet>). Uma aulagerada via videoconferência é um momento rico para professor eaprendente, pois eles interagem face a face. Todavia, a preparaçãotécnica do professor não é tarefa simples. Ele se envolve comatividades para transmissão de sua imagem e de seu áudio, incluindodesde os detalhes de sua roupa, forma de olhar para a câmera,entonação de voz, até os tipos de expressões e movimentos corporaisadequados. É relevante atentar que para que a videoconferênciasurta efeito positivo, é preciso também que as competênciaspedagógicas e tecnológicas (próxima sub-seção) surtamsimultaneamente o mesmo efeito que a competência comunicativa.

A competência escrita se materializa através de diversas formas: e-mail, chat, fórum dediscussão, materiais impressos etc. Daí a importância do cuidado do professor com a escrita,devido às variadas formas de interpretação que uma expressão escrita pode ter.

Conforme <Salgado (2005)>, é preciso notar que um bommaterial para educação a distância tem características específicas,decorrentes das peculiaridades do processo de ensino e deaprendizagem mediado por qualquer tipo de dispositivo que substituaa interação face a face.” Logo, destacamos que o grau deinteratividade e de reflexão, além da clareza e da objetividade, devemser levados em conta quando da elaboração de qualquer uma dasformas de comunicação escrita.

COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS

As competências tecnológicas dizem respeito ao uso dastecnologias de informação e comunicação (TICs) para interação entreprofessor e aprendente. É necessário que o professor conheça aspossibilidades que as TICs lhe oferecem para saber aplicá-las comorecurso no processo de aprendizagem a distância. Grassi (2006)classifica as competências tecnológicas, em função das possibilidadesde interação de algumas ferramentas, em: competência de interaçãosíncrona e competência de interação assíncrona.

Segundo <Moran (2004)>, “o professor da modalidade adistância precisa aprender a trabalhar com as tecnologias sofisticadase com as tecnologias simples[...], ele não pode acomodar-se porquea todo momento surgem soluções novas que podem facilitar o trabalhopedagógico dos alunos. Ele precisará ter flexibilidade para adaptar-se a situações muito diferenciadas e ter sensibilidade para escolheras melhores soluções possíveis para cada momento.” Perceber essasdiferenças é fruto de sua competência pedagógica.

Telefonia viainternet: Serviço decomunicação telefônicadisponível na internet.

SALGADO, MariaUmbelina Caiafa.Materiais escritos nosprocessos formativosa distância, 2005.

Disponível em:www.redebrasi l . tv.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt3a.htm

MORAN, José Manuel.Contribuições parauma Pedagogia daEducação Online.

Disponível em:www.eca.usp.br/prof/moran

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância52

As competências de interação síncrona (em tempo real) são aquelas adquiridas para o usode ferramentas tecnológicas síncronas, como chat (conferência), audioconferência evideoconferência. Essas ferramentas são familiares e importantes, posto que podem reproduzir oambiente dialógico da sala de aula. Através delas, o professor deve mobilizar as competênciastecnológicas (saber usá-las), as competências pedagógicas (saber como e quando usá-las) e ascompetências comunicativas (saber comunicar-se).

As competências de interação assíncrona são aquelas adquiridas para o uso de ferramentastecnológicas assíncronas, como e-mail e fórum de discussão. A característica marcante dessasferramentas é o fato de que a comunicação se dá mesmo sem a presença em tempo real de umdos interlocutores, ou seja, elas são acessíveis a qualquer momento.

1) Leia a entrevista do especialista em EAD, <Jesús MartinCordero>, e elabore um resumo destacando o que diz sobrecompetências.

2) Leia o texto <Materiais escritos nos processos de formativosa distância>, e responda quais as características que um bom materialimpresso para EAD deve ter.

3) Estude um dos textos do professor Moran, disponíveis em < http://www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm> e, após discuti-lo em um fórum de discussão criado no <Moodle>, escreva asprincipais questões ali apreendidas.

4) Faça um estudo comparativo entre as propostas de competênciasdo professor, vistas nesta unidade, e as ações docentes abordadasno texto intitulado “Em direção a uma ação docente mediada pelastecnologias digitais.” (BARRETO et. al., 2001, p. 74-84), disponívelna biblioteca do Pólo Municipal de Apoio Presencial de sua cidade.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2

DESAFIOS (70 pontos)

Atenção!Os desafios propostos na aula 2 devem ser postadosno Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) -Moodle. Em caso de dúvidas para realizar esseprocedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

Para ler a entrevista eresponder ao desafio 1,acesse:

www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia.asp?seq=177

Leia o texto, disponívelno endereço abaixo eresponda ao desafio 2:

www.redebrasi l . tv.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt3a.htm

Para participar do fórumde discussão sobre ostextos de Moran, acesseo Moodle:

www.ead.ufpb.br

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UNIDADE IV

O MEDIADOR NA EAD

AULA 1: O pedagogo multimeios

Uma característica importante da EAD é que ela é suportada por uma equipe multidisciplinar

de profissionais. Dentre outras atribuições, essa equipe é responsável por elaborar os materiaispedagógicos dos cursos a distância, razão por que é fundamental que os professores que coordenamessa equipe detenham conhecimento tecnológico, além, obviamente, do conhecimento pedagógico.Isso pode evitar que se produzam materiais pedagógicos adequados do ponto de vista de uminformata, porém inadequados do ponto de vista de um pedagogo. Uma solução à elaboração demateriais pedagógicos adequados é a inserção, nessa equipe, de um novo profissional, chamadopedagogo multimeios, que é capaz de mobilizar habilidades didáticas, pedagógicas e tecnológicas.

O papel do pedagogo multimeios é mediar as relações entre professor, aprendente erecursos tecnológicos. Para que sejam atingidos os objetivos propostos numa determinadaaprendizagem, convém que haja colaboração entre o pedagogo multimeios e o professor, a fim deque identifiquem os recursos a serem utilizados. O professor cria estratégias e situaçõessignificativas de aprendizagem para incentivar os aprendentes à troca de idéias e à discussãosobre conteúdos do curso, as quais podem ser construídas com a colaboração do pedagogomultimeios. Ademais, cabe a ambos a tarefa de estimular nos aprendentes a busca peloconhecimento novo, o levantamento de dados, as pesquisas, os relatos de experiência e demaisatividades importantes à aprendizagem significativa.

Os papéis do pedagogo multimeios, com ênfase nos cursos decapacitação profissional nas empresas, são abordados por <Souza(2006)>. Segundo a autora, há várias atribuições para este novoprofissional:

• Auxiliar a seleção de informações úteis à empresa;• Atentar para a individualidade dos funcionários,

observando seus contextos, realidades, ansiedades eexpectativas, para harmonizá-la com a dos gestores;

• Interagir com os profissionais responsáveis pelodesenvolvimento estratégico da empresa, objetivandopropor mecanismos de capacitação profissional, quandonecessários;

• Conhecer o público-alvo dos diferentes cursos decapacitação para propor cursos de capacitação emque as ferramentas tecnológicas possam auxiliar oscursistas;

• Analisar as ferramentas apropriadas aos cursos decapacitação para que ocorra a motivação dos cursistas;

• Estimular o uso das mídias para a construção de novossaberes: televisão, câmeras digitais, CD, DVD, internetetc.;

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

SOUZA, Giandra Oliveirade. Um novo pedagogona capacitaçãoprofissional emempresas. In: FARIA,Elaine Turk. Educaçãopresencial e virtual:e s p a ç o scomplementaresessenciaisna escola e na empresa.Porto Alegre: EDIPUCRS,2006.

LEMBRE-SE: Para teracesso ao livro indicadoacima, vá ao PóloMunicipal de ApoioPresencial e procure omediador presencial.

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância54

Segundo <Almeida (2006)>, “o Pedagogo Multimeios deve

se utilizar das ferramentas de comunicação e de coordenação

disponíveis para instigar os alunos a pesquisar e a socializar osresultados dessas pesquisas para os colegas. A partir daí, éimprescindível suscitar a colaboratividade (sic.) entre todos,participando ativamente das discussões.”

Alguns dados revelam a importância que a formação dopedagogo multimeios vem adquirindo nas instituições educacionais.Destacamos alguns cursos de especialização em andamento naUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O Curso de Especialização em Informática na Educação (Pós-graduação Lato Sensu a Distância) tem como um de seus objetivos:“Propiciar aos profissionais um perfil interdisciplinar capacitando-osa buscar na Informática Educativa soluções para uma atitude deensino e de aprendizagem que, embora usando tecnologia digital,com maior ou menor grau de sofisticação, não seja pautada apenaspelos aspectos tecnológicos em si, mas que seja também desenvolvidaem coerência com a epistemologia da Educação e da Psicologia”.Esse curso é promovido pelo <Centro Interdisciplinar de NovasTecnologias na Educação (CINTED)>, da UFRGS, para um público-alvo de docentes do ensino médio e do superior. O CINTED tem porobjetivo realizar estudos e pesquisas interdisciplinares que darãosuporte a atividades de implementação de tecnologias alternativasem programas e projetos educativos presenciais e/ou a distância,bem como sediar cursos de Pós-graduação e desenvolver atividadesde extensão. O CINTED publica, desde fevereiro de 2003, a revistasemestral online, chamada <RENOTE (Revista Novas Tecnologias

na Educação)>.

O Curso de Pós-graduação Lato Sensu especialização emtecnologias da informação e comunicação na promoção daaprendizagem (PROA), promovido pelo <Instituto de Matemáticada UFRGS>, visa qualificar professores para atuarem comomultiplicadores do uso das TICs na educação, privilegiando aaprendizagem baseada na construção cooperativa de conhecimento.A arquitetura pedagógica do curso tem por base a utilização de umametodologia interativa e problematizadora e, como eixo central, odesenvolvimento de “Projetos de Aprendizagem” interdisciplinares coma utilização da <telemática>. A estruturação básica da formaçãoenfatiza uma articulação entre os estudos teóricos-metodológicos ea apropriação da tecnologia, em torno de situações práticas.

ALMEIDA, Carina Turk de.O papel do pedagogomultimeios na utilizaçãode recursos mediáticoscolaborativos namodalidade a distância.In: FARIA, Elaine Turk.Educação presencial evirtual: espaçoscomplementaresessenciaisna escola e na empresa.Porto Alegre: EDIPUCRS,2006. p. 87-104.

Telemática – conjuntode serviços informáticosfornecidos através deuma rede detelecomunicações.

UNIDADE I UNIDADE II UNIDADE III UNIDADE IV

AULA 1 AULA 2 AULA 3

Para ter acesso àsinformações sobre ocurso promovido peloCINTED e aos artigospublicados na revistaRENOTE, visite os linksabaixo:

www.c inted.uf rgs .br/e s p i e 2 0 0 7 /espie2007.htm

www.c inted.uf rgs .br/renote/

Para informações sobreo curso dee s p e c i a l i z a ç ã opromovido pelo Institutode Matemática daUFRGS, acesse:

www.c inted.uf rgs .br/r e n o t e / d e z 2 0 0 6 /artigosrenote/25136.pdf

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1) Pesquise na <internet> sobre o pedagogo multimeios e depoisparticipe do <chat> onde serão discutidos os papéis deste novotrabalhador do conhecimento.

2) Compare os papéis do pedagogo multimeios de uma instituiçãoeducacional e de uma empresa. Quais as semelhanças e diferençasentre eles?

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AULA 1 AULA 2 AULA 3

DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!Os desafios propostos nesta aula devem serpostados no Ambiente Virtual de Aprendizagem(AVA) - Moodle. Em caso de dúvidas para realizaresse procedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

Para pesquisar, use umaferramenta de busca naWeb. Exemplo:

www.google.com.brwww.altavista.com.br

Para participar do chat(bate-papo), você deveacessar o Ambiente Vir-tual de Aprendizagem -Moodle

www.ead.ufpb.br

Trilhas do Aprendente, Vol. 1 - Ed. 2009 - Introdução à Educação a Distância56

AULA 2: O mediador em Educação a Distância

, Além do domínio da política educativa de sua instituição educacional e doconhecimento atualizado do conteúdo do componente curricular sob sua responsabilidade, espera-se que o mediador exerça a motivação pedagógica necessária ao aprendente. Assim, esseprofissional deve investir na criação de uma relação de confiança, buscando despertar noaprendente o prazer em conhecer o assunto do componente curricular e se dispondo a ajudá-lona superação de possíveis obstáculos. À medida que o processo de aprendizagem se desenvolve,a relação do mediador com o aprendente deve se aprofundar, uma vez que a educação é umaprática social ligada à formação de valores e práticas do indivíduo para a vida social, objetivandosua autonomia. Para que essa relação seja proveitosa, é fundamental que o mediador tenha,entre outras qualidades, facilidade de comunicação, dinamismo, liderança e iniciativa para realizarcom eficácia seu trabalho de facilitador da aprendizagem. É importante que ele demonstrecompetência para analisar situações, criando planos de ação coerentes e mantendo uma atitudereflexiva sobre a teoria e a prática educativas do processo de aprendizagem.

Para o desempenho satisfatório do papel do mediador, são esperadas algumas habilidadese competências essenciais a ele em relação aos aprendentes, a saber:

1. Elogiar seu desempenho. Isso lhes proporcionará o reforço da auto-estima, direcionando-os à autonomia;2. Captar-lhe a atenção, através do domínio das ferramentas tecnológicas disponíveispara a mediação;3. Estar disponível, principalmente quando solicitado; estar pronto para apoiar e orientar;4. Ser continente, controlando prováveis angústias e necessidades pessoais e da suaturma;5. Manter comportamento ético. Isso favorece a ampliação do espaço dos aprendentes,ao escutar e valorizar opiniões diferentes, mantendo sigilo do que lhe foi confiado;6. Ter empatia e comunicação, colocando-se no lugar do outro, escutando, sendo pacientee tolerante;7. Ter humildade científica: a postura de que não é detentor exclusivo do conhecimento.

Compreendendo que tanto o mediador quanto o professor sãoresponsáveis pela aprendizagem do aprendente - nesse aspecto,parece não haver distinções importantes no sentido didático - cabea nós a seguinte questão: Afinal, qual a diferença básica entreprofessor e mediador? Segundo <Maggio (2001)>, a tênue diferençaé que as intervenções do mediador são distintas em função de trêsdimensões: tempo, oportunidade e risco.

O mediador não deve nunca dizer ao aprendente: “amanhãresolveremos.” Na modalidade a distância, cujos índices de evasãoainda são altos, tal postergação poderia condenar o processo deaprendizagem ao fracasso. A habilidade do mediador consiste emsaber aproveitar seu tempo, sempre escasso.

MAGGIO, Mariana. OTutor na Educação aDistância. Cap. 6 deEducação a Distância:temas para o debate deuma nova agendaeducativa. LITWIN,Edith; MURAD, Fátima(org). Porto Alegre:Artmed, 2001.

LEMBRE-SE: Para teracesso ao livro indicadoacima, vá ao PMAP.

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Em relação à dimensão da oportunidade, o mediador precisa oferecer respostas as maisespecíficas possíveis, dar a pauta para a sua análise e conduzir essa análise. O mediador sabequando tem a oportunidade de fazer isso, mas não sabe se no futuro voltará a tê-la.

Na educação presencial, os professores permitem que os alunos sigam adiante, com umacompreensão apenas parcial de um assunto, pois crêem que haverá nova oportunidade paraajudá-lo a obter a aprender. Na modalidade a distância, a compreensão parcial pode levar a umaconstrução errônea, sem que o mediador tenha nova oportunidade para advertir o aprendente:nisso consiste o risco. Portanto, o mediador deve aproveitar a oportunidade presente paraoferecer bons caminhos para o aprofundamento do tema e promover processos de reconstrução.

1. Há diferença entre o mediador e o pedagogo multimeios? Fundamente sua resposta.

2. Quais as competências (Unidade III) que deveriam ser mais acentuadas no mediador do que noprofessor? Justifique sua resposta.

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DESAFIOS (30 pontos)

Atenção!Os desafios propostos nesta aula devem serpostados no Ambiente Virtual de Aprendizagem(AVA) - Moodle. Em caso de dúvidas para realizaresse procedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.

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AULA 3: Avaliação na Educação a Distância

“Estamos em 3069, num ambiente de estudo e pesquisa, chamado antigamente, desala de aula”. Os aprendizes têm entre doze e dezesseis anos e conversam com o dinamizador dainteligência coletiva do grupo, uma figura que em outras décadas já foi conhecida como “professor”.Eles estão levantando e confrontando dados sobre os Centros de Cultura e Saberes Humanos(ou, como diziam antes, as “escolas”) ao longo dos tempos. Admirados, não conseguem concebercomo funcionava, no século passado, um ensino que reunia os jovens não em função dos seusinteresses ou temas de pesquisa, mas simplesmente por idades. O orientador de estudos lhes falada avaliação: ela classificava os alunos por números ou notas segundo seu desempenho, e, emfunção disso, eles eram ou não “aprovados” para o nível seguinte. Os aprendizes ficam cada vezmais surpresos. Como determinar “níveis de ensino”? Como catalogar “fases de conhecimento”? Oque seriam “etapas” escolares? Em que nó da rede curricular eles se baseavam para fundamentarisso? A surpresa maior se dá quando descobrem que essas avaliações ou “provas” eram aplicadasa todos os estudantes do grupo. A MESMA PROVA? – espantam-se todos. Não conseguem conceberuma situação em que todos tivessem que saber exatamente os mesmos conteúdos, definidos poroutra pessoa, no mesmo dia e hora marcados. “Eles ficavam angustiados?” – comenta um aprendizcom outro. Os jovens tentam se imaginar naquela época: recebendo um conjunto de questões aresolver, de memória e sem consulta, isolados das equipes de trabalho, sem partilha nem construçãocoletiva. Os problemas, em geral, não eram da vida prática, e sim coisas que só iriam utilizar emdeterminadas profissões, anos mais tarde. Imaginando a cena, os aprendizes começam a sentiruma espécie de angústia, tensão, até mesmo medo do fracasso, pânico de ficar na mesma “série”,de ser excluído da escola[...]. “Assim, eu não ia querer estudar”, diz um deles, expressando o quetodos já experimentam. Mas, em seguida, envolvido pelos outros temas da pesquisa, o grupo iniciauma nova discussão ainda mais interessante, e todos afastam definitivamente da cabeça aqueleestranho pensamento.” (RAMAL, 2000).

Segundo a autora, o único dado que lhe parece fictício é oano em que ocorre a cena (2069), pois crê que essa mudançarealmente ocorrerá na escola. O tempo da mudança, segundo Ramal,depende de nós que estamos nas escolas, depende da abertura devisão das instâncias governamentais de supervisão escolar e daspolíticas públicas de investimento numa reforma educativa. Ele afirmaque “as práticas escolares tradicionais não vão poder mais sesustentar na <cibercultura>. As novas formas de ler, escrever elidar com o conhecimento integram uma nova ecologia cognitiva:maneiras diferentes de pensar e de aprender. Conheceremos tambémoutras formas de ensinar, de organizar a escola e, é claro, de avaliar.”Esta última forma é a que abordaremos, com enfoque na avaliaçãoem EAD, nesta seção.

A complexidade da avaliação ainda é pauta nas discussões a respeito de como quantificaro nível de conteúdo assimilado por um aluno do ensino presencial. Há controvérsia sobre asformas mais eficazes de avaliação: prova escrita, prova oral, seminários, trabalhos de pesquisaetc. A maioria das instituições de ensino ainda adota o tradicional método da prova escrita em

Cibercultura -“conjunto de técnicas(materiais eintelectuais), depráticas, de atitudes, demodos de pensamento ede valores que sed e s e n v o l v e mjuntamente com ocrescimento dociberespaço.” (LÉVY,1999).

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seus processos avaliativos. Os vestibulares para ingresso em instituições de ensino superiortambém utilizam o modelo escrito, assim como os concursos para seleção de candidatos a cargospúblicos.

Não pretendemos aqui discutir as deficiências e vantagens desse método de avaliação. Oque pretendemos é contribuir com considerações a respeito de formas alternativas de se avaliaro nível de aprendizagem de um aprendente de EAD. Quais as práticas mais indicadas para amodalidade de educação a distância? Por que a avaliação presencial ainda é utilizada nessa

modalidade?

De acordo com <Masetto (2003)>, “com efeito, muitas vezeso que acontece é a perda de todo um trabalho docente inovador pornão se cuidar coerentemente do processo de avaliação, ou em outraspalavras: perde-se todo um trabalho novo porque a avaliação é feitado modo mais tradicional e convencional que se conhece.”Discutiremos nove pontos básicos, questionados por esse autor, sobreo processo de avaliação na modalidade de ensino a distância:

1) Reconsiderar o processo de avaliação: devemos considerá-lo como um processo integradorde outro processo: o de aprendizagem. Assim, é necessário que funcione como um elementomotivador do processo de aprendizagem, e não como o conjunto de provas realizado emdatas pré-estabelecidas para aprovar ou não um aluno;2) Alterar a cultura de alunos e professores: ambos se relacionam com o processo avaliativocomo meio de notificar para seguir ou não numa nova etapa escolar. Os instrumentosusados geralmente são no sentido de indicar o índice de acertos e erros cometidos numaprova. Esse índice, em geral, não é símbolo do que aprendemos, ou seja, nem sempre estárelacionado com a aprendizagem adquirida;3) Rever a avaliação como um processo de retroalimentação: retornar ao aprendenteinformações necessárias ao longo de todo o processo de aprendizagem para que ele adesenvolva de forma contínua. Assim, terá consciência do seu avançar em direção aosobjetivos propostos, corrigindo eventuais erros. Essa avaliação servirá para orientar oaluno para os objetivos propostos, e não, para julgá-lo em duas ou três oportunidades,sentenciando-lhe a reprovação ou a aprovação;4) Mudar a atitude docente: o professor deve incentivar o aluno, ao transmitir-lhe osresultados avaliativos, a ir além do já aprendido, ou a refazer a mesma atividade, ou atésubstituí-la. Isso é mais do que uma sentença ou julgamento, certo ou errado, aprovado ounão;5) Atentar para a redação textual: ao contrário do que acontece no diálogo presencial, em

que a interação se pretende plena, o registro escrito limita a interação a distância;

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MASETTO, Marcos T.,Mediação Pedagógica e ouso da tecnologia. In:MORAN, J. M. Novastecnologias em e d i a ç ã opedagógica. 7. ed.Campinas-SP: Papirus,2003. Para ler esse livro,dirija-se ao PóloMunicipal de ApoioPresencial.

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6) Ser objetivo na retroalimentação, de preferência, orientando discursivamente, ou pormeio de questões, sugestões etc.;

7) Historiar o processo avaliativo: acompanhar o portfólio de cada aprendente, onde estãoregistrados seus avanços, paradas, retrocessos etc., em cada atividade desenvolvida;

8) Realizar a avaliação do docente e do curso: avaliar o desempenho do professor, suas

ações, intervenções, interações etc. com relação aos objetivos propostos, assim como do

programa do curso, atividades realizadas etc.;

9) Realizar auto-avaliação docente-discente: comentários e reflexões sobre as atividades,

feitos pelo professor e pelos alunos, podem redirecionar soluções e motivar a todos.

1) A expressão “[...] na cibercultura a nota pode deixar de existir” édo texto <Avaliar na Cibercultura>. Leia esse texto e escreva umresumo com suas considerações sobre avaliação.

2) Participe de um dos nove fóruns de discussão sobre cada um dospontos abordados por Masetto (2003). Elabore seu resumo sobreessa atividade.

3) Opine sobre vantagens e desvantagens das avaliações realizadasatravés de ferramentas síncronas e assíncronas dos AVAs.

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RAMAL, Andréa Cecília.Avaliar na Cibercultura.Revista Pátio. PortoAlegre: Ed. Artmed,fevereiro/2000.

Para ler o textomencionado acima,acesse seu ambiente vir-tual de aprendizagem -Moodle:www.ead.ufpb.br

DESAFIOS (40 pontos)

Atenção!Os desafios propostos nesta aula devem serpostados no Ambiente Virtual de Aprendizagem(AVA) - Moodle. Em caso de dúvidas para realizaresse procedimento, consulte o mediador pedagógicopresencial no Pólo Municipal de Apoio Presencial.Dúvidas sobre o conteúdo estudado, conecte-secom o mediador pedagógico a distância por meiodo endereço: <www.ead.ufpb.br>.