Metodologia do Ensino Apresentação da Professora Profa. Me...

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1 Metodologia do Ensino de História Teleaula 1 Profa. Me. Gisele Thiel Della Cruz [email protected] Pedagogia Apresentação da Professora Graduação em História – FURG Graduação em Letras – UFPR Especialização em Currículo e prática educativa – PUC-RJ Mestrado em História – UFPR Doutorado em curso, Estudos Literários – UFPR 21 anos em sala de aula – Ensino Fundamental, Médio e Superior Ementa Historicização das diferentes concepções de História Pressupostos teórico- -metodológicos do ensino de História Elementos e conceitos que organizaram o ensino de História no século XX Perfil do professor de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental Organização dos conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental Avaliação em História Organização da Disciplina 1 o encontro – o estudo da história; teorias contemporâneas; noções de fato, tempo e sujeito históricos 2 o encontro – o ensino de História no Brasil; tendências contemporâneas do ensino de História

Transcript of Metodologia do Ensino Apresentação da Professora Profa. Me...

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Metodologia do Ensino de História

Teleaula 1

Profa. Me. Gisele Thiel Della Cruz [email protected]

Pedagogia

Apresentação da Professora

� Graduação em História – FURG

� Graduação em Letras – UFPR

� Especialização em Currículo e prática educativa – PUC-RJ

� Mestrado em História – UFPR

� Doutorado em curso, Estudos Literários – UFPR

� 21 anos em sala de aula –Ensino Fundamental, Médio e Superior

Ementa

� Historicização das diferentes

concepções de História

� Pressupostos teórico-

-metodológicos do ensino de

História

� Elementos e conceitos que

organizaram o ensino de História

no século XX

� Perfil do professor de História

nos anos iniciais do Ensino

Fundamental

� Organização dos conteúdos

dos anos iniciais do Ensino

Fundamental

� Avaliação em História

Organização da Disciplina

� 1o encontro – o estudo da história; teorias contemporâneas; noções de fato, tempo e sujeito históricos

� 2o encontro – o ensino de História no Brasil; tendências contemporâneas do ensino de História

2

� 3o encontro – seleção

de conteúdos e fontes e a

importância do conhecimento

histórico

� 4o encontro – os Parâmetros

Curriculares Nacionais e as

propostas de trabalho em

História

� 5o encontro – os temas

transversais e seu diálogo

com a História

� 6o encontro – História para a

Educação Infantil, as propostas

do RCNEI

Referências de Apoio

� VASCONCELOS, José Antonio. Metodologia do Ensino de História. 2. ed. Curitiba: Ibpex, 2011.

� AVELAR, Alexandre de Sá. Os desafios do ensino de história: problemas, teorias e métodos. Curitiba: Ibpex, 2011.

� MOREIRA, Cláudia R. B. S. e

VASCONCELOS, José Antonio.

Didática e Avaliação da

Aprendizagem no Ensino de

História. Curitiba: Ibpex, 2009.

Coleção Metodologia do Ensino

de História e Geografia.

Contextualização

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O Estudo da História

� O ensino da História pode dar

ao aluno subsídios para que ele

compreenda, de forma mais

ampla, a realidade em que está

inserido e nela interfira de

maneira consciente e

propositiva

� Escolhas na maneira de ensinar

História – provenientes de

mudanças na produção

historiográfica dentro dos

circuitos acadêmicos + novas

proposições de ensino

� Consciência – intervenção social

– conhecimentos elementares

sobre a sociedade em que vive

� Identificar o processo de

formação e organização

da sociedade humana

� Objeto relevante no ensino da

História – noção de identidade

e reflexão sobre cidadania

� Os estudos históricos devem

abranger três aspectos:

A. identidade social a partir da

relação entre o particular e o

geral (cultura e localidade)

B. noções de diferença

e semelhança

C. noções de continuidade

e permanência

� Importância de três conceitos

básicos para a construção da

História: fato, sujeito e tempo

históricos

Conceitualização

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Teorias Contemporâneas

� Conceitos – representações

mentais da realidade

� Em cada cultura há uma

representação por meio de

um signo

� A aprendizagem de História

– apropriação de conceitos

específicos e do estabelecimento

de relações entre eles, formando

uma espécie de rede conceitual

� Conexões entre conceitos

– processo de conhecimento

� A Escola dos Annales x

Pensamento Positivista

� Perspectivas da História

– heroicização e factualização

– grandes feitos – século XIX

� Novas perspectivas – sujeito

histórico e os processos

– século XX

� Linhas/escolas historiográficas

� Movimento de criação que se

deu em sua maioria a partir

da década de 1960

� História da família, História

das mentalidades, História do

cotidiano, História social, História

da alimentação, História

demográfica entre outras

� Temas e abordagens:

alimentação, morte, loucura,

gestos, corpo, comportamento

sexual, mulheres, gênero,

prisioneiros, crianças e velhos

� Autores: Fernand Braudel,

Jacques Le Goff, Georges Duby,

Philipe Ariès, Roger Chartier e

Michelle Perrot

Conceitos: Fato Histórico

� Velha exposição e

encadeamento dos fatos, que

fez parte do ofício do historiador

no século XIX e parte do século

XX – positivismo

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� O fato histórico é algum

acontecimento e/ou evento

cujo significado é importante

para a compreensão do passado

� Os fatos podem ter ocorrido

em um passado distante ou

em um passado mais próximo

� Os fatos históricos podem ser

apresentados de uma maneira

isolada ou descontextualizada

� Fernad Braudel – tempo do

acontecimento breve – firmado

em uma data

� O que se propõe hoje – fato

histórico – sentido de importância

maior; trazer em si fundamentos

para compreender as mudanças

materiais e culturais ocorridas ao

longo do tempo / dinâmica

histórica das sociedades humanas

� O fato histórico deixa de ser um

dado singular solto no tempo

� Motivações para o modelo anterior – o Estado desejava criar uma consciência cívica, normatizadora e moralizante nos cidadãos

� A história estava na escola para ser decorada e sua prática constava de recitar lições, datas e nomes considerados significativos

� História – olhar sobre o sujeito

histórico – todos os homens

desempenham na formulação

da história

� Introduziu-se a chamada

História Crítica – compreensão

da realidade e de capacitação

para a cidadania

� O fato puro não

agrega criticidade

� O professor não deve limitar-se

a ensinar aos seus alunos os

nomes e feitos de personalidades

– contextualizá-los

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� A história deixa de ser o

resultado da vontade de alguns

indivíduos imperando sobre os

outros, ou mesmo de fatos

estanques – possibilidade

da construção coletiva e de

compreensão do processo

Conceitos: Sujeito Histórico

� Sujeito histórico – relações deste conceito com o fato e com o tempo histórico

� Escola dos Annales – noção de sujeito histórico reformulada

� A história tradicional contada através dos fatos e dos grandes vultos

� A Nova História – nova

abordagem – dimensão das

ações coletivas, das lutas

por mudanças, dos valores e

perspectivas de grupos sociais,

dos costumes que

permaneceram ou

que se modificaram

� Sujeitos Históricos – Podem

ser, assim, todos aqueles que,

localizados em contextos

históricos, exprimem suas

especificidades e características,

sendo líderes de lutas para

transformações (ou

permanências) mais amplas

ou de situações mais cotidianas,

(...)

(...) que atuam em grupo ou

isoladamente, e produzem para

si ou para uma coletividade.

Podem ser trabalhadores,

patrões, escravos, reis,

camponeses, políticos,

prisioneiros, crianças, mulheres,

religiosos, velhos, partidos

políticos etc. (PCN, v. 5, p. 36)

� A elite mitifica o herói, cria

a identidade de uma nação

alicerçada nessa figura

� Construção da história →

indivíduos – como sujeitos

históricos, capazes de compor

as fileiras da história e de sua

construção com as suas

atividades e atitudes

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� Estar no poder significa muitas

vezes contar a história através

do seu ponto de vista e de suas

necessidades

� Como a minoria pode ser ouvida

pela história – na nova produção

historiográfica a voz foi dada

àqueles que foram esquecidos

� Compreensão dos alunos de que

eles fazem parte da história e de

que são sujeitos dessa mesma

história – consciência de

participação e noção de

identidade

� Fim da memorização – o aluno

passa a pensar e pensar-se na

história

� Trabalhar ações ou atividades cotidianas e observar essas ocupações – mudanças e permanências

� Trabalhar com pesquisa em revistas, fotografias, discos ou em entrevistas com parentes, dados que apontem para a diversidade de vestuário em diferentes épocas da história do Brasil

� História do Brasil e História

Geral – trabalhar o conceito

de sujeito histórico

Conceitos: Tempo Histórico

� Todos os homens convivem com

fenômenos que são temporais

� A conceituação do tempo

também está relacionada com a

noção/interpretação que

diferentes culturas, em distintos

períodos e espaço, lhe impõe

� O tempo cronológico ou

físico

� O tempo histórico não é linear

ou regular como o tempo físico

e cronológico

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� As periodizações históricas são

expressões da cultura, ficando

evidenciado o comportamento e

os valores de uma determinada

sociedade ou civilização, a partir

da leitura e do grau de

importância dado a determinado

episódio e/ou fato

� Fernand Braudel – o conceito de tempo

� Tempo histórico – tempo das durações

• Longa duração

• Curta duração

� Tempo do acontecimento breve,tempo da conjuntura e tempo daestrutura

Aplicação Prática

Conceitos Históricos em Sala de Aula

� A morte de Tiradentes e

a iconografia a respeito –

releitura – interesses da elite

brasileira em mostrar o Mito

� O que Tiradentes e sua morte sugerem?

� Como/o que acrescentar para a vida das crianças

� Comemoração do dia de Tiradentes

� Brasil transformou Tiradentes

� Quando a figura de Tiradentes (produzida) passou a ter importância para a historiografia?

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� Aluno – informação sobre

alguns temas ou fatos

� Professor – recursos visuais e

tornar mais rico o fato histórico

trabalhado

� O referencial do aluno será o

texto escolar, oral ou escrito, e

aquele que lhe é veiculado pela

televisão ou filme no cinema

De acordo com Saliba (1996), “as imagens são estratégias para conhecimento da realidade, mas não constituem sucedâneos para

nenhum suporte escrito. Ao contrário do que se diz,

frequentemente, a imagem não fala. Sem comentários uma

imagem não significa rigorosamente nada.” (p. 161)

� Primeiro ciclo – o professor poderá trabalhar as mudanças ocorridas no tempo através das transformações de costumes

� Recorrer às fotografias antigas, preferencialmente de família –análise e questionamento –identificação das mudanças ocorridas nas construções, nos meios de transporte, de comunicação e na moda

� Essas modificações podem ser

pesquisadas e articuladas com

as datas em que ocorreram

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Síntese

� A importância do estudo da História para a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental

� Identidade e História

� Teorias e abordagens históricas

� Conceitos-chave: fato, sujeito e tempo

� Algumas propostas práticas