Metodologia Do Ensino Religioso

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METODOLOGIA PARA O ENSINO RELIGIOSO ESCOLARDIMENSO RELIGIOSA DO SER HUMANODiocese de So Jos do Rio Preto - SP

Dimenso Religiosa um barco, onde o mundo da pessoa humana navega no infinito do Transcendente....Leonor.

com imenso carinho que apresentamos este material sobre o Ensino Religioso nas Escolas Pblicas, aos senhores educadores e educadoras, no ensino oficial. Com isto, aproveitamos para acolher a todos e todas, pedindo a Deus para abenoar esse evento de tamanha importncia para ajudar na educao e formao das crianas, adolescentes e jovens de nossas comunidades. O Encontro Metodologia para o Ensino Religioso Escolar vai permitir e criar espao para reflexo e questionamento sobre o Ensino Religioso nas Escolas, nos aspectos histrico, legislativo, formao de professores, produo de subsdios, projeto de vida cidad e convivncia entre os educadores e educadoras das diversas regies e escolas. Alm disto, ser tambm oportunidade para se discutir o papel da Igreja no processo de espiritualidade do Educador na Educao em Ensino Religioso. Levar em conta ainda o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, isto , pessoa com deficincia num mundo para todos. nosso desejo que o Encontro seja muito significativo, dando melhor norteamento no processo educativo. Com isto, poderemos formar melhor nosso povo, atingindo principalmente as famlias dos educandos, favorecendo maior harmonia e qualidade de vida para todos.

MensagemSonhei que entrevistei Deus Eu: O Senhor tem um tempinho para mim? Deus: Claro! Meu tempo a eternidade. O que quer saber? Eu: O que mais o surpreende no ser humano? Deus: Que ele tem pressa de crescer e depois quer voltar a ser criana. Que perde a sade para fazer dinheiro e depois perde o dinheiro para recuperar a sade. Que, por pensar ansiosamente no futuro, esquece o presente, no vivendo nem o presente e nem o futuro. Que ele vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido. Depois dessas respostas, Deus segurou minhas mos e ficamos em profundo silncio por alguns instantes. Encantado, rompi o silncio e voltei a perguntar. Eu: Como Pai, que lies de vida gostaria que seus filhos apresentassem? Deus: Que no se pode fazer uma pessoa amar outra. O que se pode fazer deixar-se amar. Que o mais valioso no o que se tem na vida, mas quem se tem na vida. Que uma pessoa jamais deve se comparar a outra, pois cada uma tem seu mrito. Que rico no aquele que tem mais, mas aquele que precisa de menos. Que so necessrios apenas alguns segundos para abrir profundas feridas em algum a quem se ama e anos para cicatriz-las. Aprender que um amigo de verdade aquele que sabe tudo sobre o outro e gosta dele assim mesmo. Aprender a perdoar perdoando, e que nem sempre o perdo do outro suficiente... preciso perdoar-se a si mesmo. Fiquei ali parado, aproveitando aquele momento raro e refletindo sobre tudo o que havia ouvido. Deus concluiu: As pessoas esquecero o que voc um dia disse... Esquecero o que um dia voc fez, mas jamais esquecero o que um dia voc as fez sentir. Texto adaptado de original enviado nossa redao pelo leitor, Luiz Roberto Funes Bem-Hur Teixeira Machado, jornalista, editor de O Prtico.

Sumrio CAPTULO I ....................................................................................01 Ensino Religioso nas Escolas Pblicas - Pedagogia e Projetos. CAPTULO II ...................................................................................05 Temas para projetos de Vida Cidad. CAPTULO III ..................................................................................12 Ensino Religioso na Educao para Incluso / Pessoas com deficincia / Projetos Pedaggicos abordando temas da Campanha da Fraternidade.

Elaborao:

Prof Leonor Maria Bernardes Neves. Psicopedagoga. Coordenadora Diocesana do RP2 - ERE. Diocese de So Jos do Rio Preto - SP (novembro de 2006).

Ensino Religioso nas Escolas Pblicas."Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos" (Eduardo Galeano). Religioso: o desejo do homem de buscar sua prpria verdade que abrange a plenitude do seu ser na realizao coerente a seus princpios e propsitos de vida. Os quatro pilares bsicos para a educao integral do ser humano(Jacques Delors), que passamos a considerar tambm faz parte da educao em ensino religioso que ir contribuir para o reconhecimento dessa realidade como: - Aprender a conhecer. Nesse sentido a educao ser continuada e permanente, porque o mrito do ser humano est em evoluir. - Aprender a fazer. algo que acontece ao longo de toda a vida, no meio social constitudo pela comunidade a que pertence cada cidado, ou cidad, principalmente na famlia. - Aprender a viver juntos. A descoberta do outro fundamental para a descoberta de si mesmo. Isto s acontece num dilogo com o outro de forma recproca e generosa. - Aprender a ser. A palavra tica vem do vocbulo grego ethos, que significa costume, hbitos, maneira comum de viver, segundo as normas reconhecidas como politicamente corretas numa determinada sociedade.

CAPTULO I

tica e moral so trilhos, sempre juntos e numa mesma direo, sobre os quais desliza a conduta humana. O seu ponto de partida e de chegada a arte de bem viver. Assim, cada ser humano traz em si um potencial que somente a educao poder contribuir para o desenvolvimento total da pessoa. E essa educao est nas mos de quem se dedica e se volta aos estudos capazes de formar cidados conscientes, como filsofos, socilogos, antroplogos, pedagogos, etc... e os voltados para o interesse na construo de uma gerao melhor. Por que ainda alguns resistem na implantao do Ensino Religioso nas escolas? Ser que no esto preocupados com o futuro de nossa gerao? Hoje muitos estudiosos e projetistas esto voltados para seus livros e no tm tempo para dedicar seus conhecimentos nas escolas como voluntrios na recuperao e preveno de desajustamento de nossas crianas e jovens. Ento seria, mas seguro colocar essa formao nas mos de um professor que ser capacitado pela diretoria de ensino, secretaria municipal, cursos, acompanhamentos, para efetuar tal trabalho. Professor por mais desestimulados e desvalorizados que estejam, ainda fundamental seu papel no processo da educao, eles sero como j disse preparados para dar a educao da religiosidade (Ensino Religioso), que busca o sentido da vida, no encontro com o Criador (Transcendente) o ser absoluto, que nos poder preencher as lacunas do encontro consigo e o outro. E tero tambm conhecimento das tradies e culturas religiosas. Sem fazer proselitismo, como manda a L.D.B. (ver Dirio Oficial 28.07.01 deliberao do Ensino Religioso). Enquanto fenmeno e enquanto objeto de conhecimento, a arte e a religio constituem-se importante patrimnio da humanidade. A misso da escola educar e instruir os alunos, ajudando-os a integrar-se na sociedade e a escola tem a funo social, que a de preparar os alunos para enfrentarem futuras exigncias da sua comunidade. E o professor quem poder modificar a sociedade, apesar das barreiras existentes nas escolas, construdas pela falta de equilbrio entre o conhecimento cientfico e o humano. Portanto o ensino religioso vem de encontro possibilidade de fazer os alunos acrescerem, ajudando professores em seus trabalhos, porque est inserido em nossas qualidades pessoais voltadas para o nosso ser e conhecer. Prof Leonor Maria Bernardes Neves Psicopedagoga Ensino Religioso Diocese de So Jos do Rio Preto (SP). E-mail: [email protected]

PEDAGOGIA X PROJETOA pedagogia de projetos visa re-significao de um espao escolar com seus tempos, rituais, rotinas e processos, de modo a que ele possa, efetivamente estar voltado para a formao de sujeitos ativos reflexivos, cidados atuantes e participativos, como desejam os profissionais da educao. Um espao vivo de interaes, aberto ao real e s suas mltiplas dimenses. O trabalho de projetos traz uma nova perspectiva para entendermos o processo de ensino aprendizagem.

COMO MONTAR UM PROJETO?I - Cabealho: Tema proposto - Srie atendida - Perodo. a) Abordagem proposta e justificativa do tema escolhido. b) Pblico-alvo do projeto, tipo de aluno. II - Objetivos Gerais e Especficos: Por que trabalhar com projeto? O que se pretende atingir com ele? Qual o propsito do projeto? III a) Desenvolvimento do Projeto - Discriminar as atividades a realizar, incluindo local, tempo, durao, material utilizado, como repartir as tarefas, etc...

b) Cronograma de atividade - Perodo de durao de cada atividade ou do projeto como todo. IV - Avaliao - Finalizao do projeto, atividade de culminncia (excurso, auditoria, exposio, etc). o produto final de acordo com o que foi proposto. Todo projeto se organiza: 1-Detectando junto com os alunos as necessidades e os interesses reais deles. 2-Elegendo, coletivamente, um objetivo a ser realizado durante as aulas. 3-Recordando da realidade partes significativas, para evitar que se desgastem ao se estenderem. 4-Quando se fizer necessrio para a realizao do objetivo, envolver os alunos, escola e comunidade. Num projeto de trabalho, o ambiente dever ser cooperativo, onde as decises so coletivas e comprometidas com os objetivos, s etapas e a avaliao. A escola tem que ter o seu espao de aprendizagem re-significado, numa perspectiva social (escola/professor/aluno/comunidade), transformando-a num ambiente cooperativo, onde sejam consideradas as estruturas estimulantes, exigentes, conflituosas, de valores e responsabilidades. Onde o aluno possa viver suas estratgias de aprendizagem, formando alunos ativos e interagidos num meio e no processo de aprendizagem. Dessa forma, o aluno vai se formando enquanto sujeito da sua aprendizagem, sendo capaz de ter uma percepo global, organiza-se, estar aberto a outras propostas, ser autnomo e exigente, ter confiana em si mesmo e saber avaliar-se. Observaes para estrutura de projetos para ENSINO RELIGIOSO. Os projetos tm como objetivo atender aos temas propostos, abordando as necessidades do seu prprio meio (convvio social, familiar e escolar), dando prioridade o que importante ao aluno dos quais se devem atingir com a finalidade de form-los em viver e conviver com o outro, consigo e com a comunidade e a sociedade. Assim, poder-se- atingir a formao de cidados conscientes de suas responsabilidades em busca do sentido da vida e no encontro com o Transcendente ou Deus (que o alvo da plenitude humana). O Ensino Religioso por ser a Educao da religiosidade tem como meta, desenvolver e promover o ser humano em todas as suas dimenses, em relao a si e ao outro, conseguindo assim integrar-se nos demais grupos sociais.

E ter tolerncia para com a diversidade no discriminando raas ou religies, sem negar a sua prpria crena. Os projetos pedaggicos indicam um modo possvel e adequado para o tratamento dos temas transversais. (Deliberao CEE 16, de 27/7/2000 - Est. SP)

CAPTULO III - TEMAS PARA PROJETOS DE VIDA CIDAD VIDA CIDAD Os projetos sero desenvolvidos de acordo com as necessidades da comunidade escolar, para que suas crianas, jovens e famlias sejam favorecidas pelos projetos escolares de vida cidad como, por exemplo, poder trabalhar: Amizade (atravs do auto conhecimento e conhecimento do outro) Conservao do patrimnio. (a importncia histrica, o bem estar e o valor pedaggico desse espao educacional). Famlia. (o conceito de famlia na atualidade e porque est havendo mudanas? Deveria ter mais orientao e preveno para constituir uma famlia?). Amor (como definir? Porque importante amar? Precisamos de amor em tudo? Por que?). Sexualidade (Qual a distino entre relao sexual e sexualidade?)

Drogas (e suas conseqncias) Violncia (os possveis caminhos que a induz e conseqncias); tica (com um respeito capaz de ajuda-los a crescer na compreenso amor e cooperao sem ferir a liberdade do outro). Comemoraes cvicas ou sociais (ajudam voc a amar seu Pas? Como?). Incluso (de pessoas com necessidades e educao especiais como: cegos, surdos, deficientes fsicos e mentais. Como estes devero ser acolhidos pela escola e a sociedade?). Religio ( importante seguirmos a palavra de Deus? Por que? Em que a religio pode ajudar as pessoas na busca de Deus e seus ensinamentos? Como e quando uma religio usa das Escrituras Sagradas, para obter lucros financeiramente e no coloca como prioridade, o crescimento na f dos que participam dessa tradio religiosa?). Enfim tudo o quanto estiver sendo necessrio no momento e sempre voltados para o crescimento na formao das crianas e jovens.

SEXUALIDADEO ser humano tem como sua aspirao maior a busca de prazeres. A percepo do prazer varia de pessoa a pessoa, de acordo com sua histria pessoal e social. As normas sociais, que mudam em cada cultura, norteiam a busca deste prazer, interferindo nos comportamentos, determinando o que permitido, o que proibido, quando permitido e quando proibido. Para isto, existem leis explcitas em documentos oficiais e outras que se constroem no dia-a-dia. Chama-se sexualidade a todas as formas, jeitos, maneiras como as pessoas expressam a busca do prazer. Uma pessoa est vivenciando sua sexualidade quando ela dana e se no momento em que est danando, ela est querendo sentir prazer.Uma pessoa est vivenciando sua sexualidade quando ela nada e se no momento em que est nadando, ela est querendo sentir prazer. Uma pessoa est vivenciando sua sexualidade quando ela bebe e se neste ato de beber ela est querendo sentir prazer. Uma pessoa est vivenciando sua sexualidade quando ela tem uma relao sexual e se nesta relao, ela est querendo sentir prazer. Sob este aspecto, a sexualidade no est sujeita a julgamentos e no est restrita ao aspecto genital: extrapola a relao sexual. muito importante entender que entre a busca de prazer e o encontro deste

existe uma distncia. O encontro do prazer no exerccio da sexualidade depende de uma srie de fatores, que compem a histria das pessoas: sua relao consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Vamos imaginar: E se antes de sair de casa para danar, ela discutiu com algum? Se na pista de dana ela se sente desconfortvel com sua roupa? Se o cheiro de fumaa pode incomod-la? E se ao ir para a aula de natao, o trnsito estava insuportvel e ela chegou atrasada? Se durante a aula, entrou gua no ouvido e ela precisou parar? E se ao beber, esta pessoa se sentiu muito mal e precisou ir para o hospital? Se a cerveja estava muito quente e o primeiro gole desceu agredindo o paladar? E se ao se relacionar sexualmente com algum, ela no usou o preservativo e ficou com uma ressaca moral daquelas? Se o ambiente no qual aconteceu a relao tinha muito barulho e ela no aproveitou nada do encontro? Muitas coisas podem acontecer entre a inteno e a ao, entre o sonho e a realidade, o desejo e a possibilidade... Quando se entende que a sexualidade est apenas vinculada ao aspecto da relao sexual se diz genitalidade, isto centrada nos genitais. Esta abordagem, apesar de restritiva, nos leva a pensar que sobre a relao sexual preciso ainda muito dilogo, pois pairam dvidas, culpas, medos, presses e represses. Para aquecer a reflexo, vamos pensar em questes muito comuns: Quando posso comear a transar? Fazer sexo sempre gostoso? Para quem vou perguntar? Porque tenho medo? O orgasmo para todos? Por que tenho vergonha de falar sobre isto? muito importante aceitar que dvidas so naturais. Elas acompanham todo o desenvolvimento do ser humano e aumentam e diminuem de acordo com as experincias, sejam elas opcionais ou impostas. As dvidas relacionadas sexualidade passam pelo crivo de poder ser expostas ou no, pois apresentlas pode sugerir falta de conhecimento ou imaturidade. Imagina... querer saber algo que para a maioria pode parecer to bvio... e de repente faz-se a opo pelo benefcio da dvida e esse benefcio pode custar caro... Para construir confiana, resgatar o prazer e desvendar os mistrios necessrio acionar todos os meios disponveis de informao. preciso atitude

para se lanar na aventura de poder desnecessrios. www.adolesite.aids.gov.br

sentir

prazer

e

evitar

riscos

DICAS PARA O PROFESSOR PROJETOS. Vamos valorizar e refletir aprendendo com a vida na busca da verdadeira felicidade. I - BUSCAR A SI PRPRIO COM AUXLIO DO OUTRO. A busca da prpria identidade no uma tarefa fcil, para isso necessrio um processo gradual do autoconhecimento, porque somos seres em evoluo. Objetivo: Dar importncia e valorizar sua prpria identidade. Praticar a autodefinio para esta busca e chegar onde todo ser humano anseia que a capacidade de ser feliz. Com isso dar importncia em conhecer a si mesmo, procurando cada vez mais melhorar suas atitudes. Metodologia: Formar grupos ou duplas e com auxilio de texto, proporcionar reflexes sobre o tema, com atividades dirigidas de interpretaes, elaborao e criao de conceitos e definies pelos grupos sob acompanhamento de um orientador. OBS. 1: O orientador poder pesquisar textos adequados ou dar oportunidade para que os participantes tragam algo que possa ajuda-los a refletir. Como, por exemplo. Texto para reflexo: Compreenso de si mesmo. Do carter, do talento, do discernimento e das emoes. Ningum consegue dominar-se se no compreender a si prprio. Existem espelhos para o rosto, mas no para o esprito; tome lugar do espelho a ponderada auto-reflexo. E, ao se esquecer de sua imagem exterior, tente corrigir e aprimorar a interior. Conhea a fora da sua prudncia e perspiccia. Verifique se tem condies de se empenhar. Explore seu ntimo e verifique seus recursos para tudo. Baltasar Gracin

OBS. 2: Nesse momento os participantes precisam ter coragem para dizer sempre a verdade, para dar importncia na realizao da dinmica. 1 Momento: Leitura individual.

_Refletindo: Consigo conhecer-me ou para avaliar minhas atitudes preciso do auxilio de outra pessoa? 2 Momento: Organizar duplas, para interpretar o texto e um ser o espelho do outro com as perguntas: a) Como voc me v, como amigo(a), colega ou nunca temos nos relacionado? b) Qual o conceito negativo e positivo que tem a respeito de minha pessoa? E que conselho daria para ajudar-me a mudar minhas atitudes incorretas? c) Para sermos amigos, como gostaria que eu fosse? d) O que voc mais gosta ou menos gosta de fazer para si e para os outros? e) Voc acredita em Deus? Como este Deus atua em sua vida?

3 Momento: Aps ter feito as perguntas um para o outro no 2 momento, prossegue a dupla. _ Mas como o espelho v somente o exterior e no o interior (esprito), o procedimento o seguinte: a) Um dir ao outro como ir corrigir suas atitudes negativas e como empenhar para melhor-las.

Momento Final: Ser feito um nico grupo e todos sero livres para expor suas dificuldades em buscar recursos, para crescerem e libertarem de suas atitudes que os impeam de serem felizes. Ento o orientador ter que concluir com palavras de conselho ajudando-os a explorar seu ntimo e verificar quais os recursos disponveis que dispem para crescerem com dignidade. OBS. 3: O professor ou orientador desse projeto poder enriquecer-lo com outros questionamentos isto adaptando de acordo com as necessidades do grupo. Reflexo para concluso: Alcanar a perfeio. Ningum nasce perfeito. Deve se aperfeioar dia a dia, tanto pessoal quanto profissionalmente, at se realizar por completo de dotes e de qualidades. Ser reconhecido pelo requintado gosto, inteligncia aguda, inteno clara, discernimento maduro. Alguns nunca se realizam, falta-lhes sempre alguma coisa. Outros requerem um longo tempo para formar. O homem completo sbio na expresso, prudente nas aes aceito, e at desejado para privar do seleto grupo dos discretos. (Baltasar Gracin).

II - O VALOR DA VIDA Introduo. Sabemos que necessrio pensar no futuro, ter planos e metas, mas no saudvel viver apenas para o futuro. Viver aqui e agora significa valorizar o presente sem deixar perturbar pelo passado, que pode ter sido doloroso ou feliz; nem pelo presente, ou viver com a falsa iluso do que tem e do que poderia ter. Viver aqui e agora significa valorizar o que agora, comunicar-se com quem est a nossa volta, ter os ps bem firmes sobre o cho e um olho no futuro. Objetivo: Refletir a cada momento que est vivendo. Valorizar e ter conscincia sobre o que est acontecendo. Sentir feliz e valorizar a sua vida. Metodologia: O professor ler a introduo formar grupos e orienta-los a reflexo com os questionamentos: a) Vocs acreditam que viver o agora significa no se preocupar com o futuro, no sentido de no trabalhar nem estudar? Explique. b) As pessoas que s trabalha, com pensamento voltado em ter muito dinheiro e ser importante. O que voc pensa disso? c) O que trabalho social? O trabalho social nos aproxima dos necessitados? Isto nos poder trazer felicidade? Porque? d) Voc gostaria de desenvolver algum trabalho social? Qual? (nesse momento o professor dever apontar as necessidades e os trabalhos sociais, que existem na comunidade e na cidade). e) importante cuidarmos tanto da nossa vida espiritual como material? Por que? f) A solidariedade nos ajuda a compreender melhor o outro? E tambm a crescermos em espiritualidade? (o professor (a) antes de trabalhar estes questionamentos precisa refletir com os educandos as palavras, solidariedade e espiritualidade). CONCLUSES. PARA O ORIENTADOR DOS GRUPOS. Os adolescentes so considerados, dinmicos e devem ser motivados com encontros e trabalhos atraentes, com dinmicas onde iro transmitir a descoberta de si e do outro com confiana. Nesse perodo comeam a procurar respostas, mais profunda, sobre Deus. Ento so necessrios os trabalhos sociais; isto , serem encaminhados a aes comunitrias, para estabelecer uma relao saudvel e profunda com a religio.

PARA REFLEXO DOS GRUPOS. O VALOR DO TEMPO Autor desconhecido O relgio est andando. Obtenha o mximo do dia de hoje. Para saber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que no foi aprovado no ano escolar. Para saber o valor de UM MS, pergunte a uma me que deu luz a um beb prematuro. Para saber o valor de UMA SEMANA, pergunte ao editor de um jornal semanal. Para saber o valor de UMA HORA, pergunte aos amantes que esperam encontrar-se. Para saber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu o trem. Para saber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a uma pessoa que acaba de evitar um acidente. Para saber o valor de UM MILISEGUNDO, pergunte a uma pessoa que ganhou uma medalha nas olimpadas. Valorize cada momento que tenhas! E, valorize mais ainda quando possas dividir com algum especial, o suficientemente especial para que queiras gastar teu tempo com essa pessoa. E no se esquea, o tempo no espera a ningum. O ontem histria. O amanh um mistrio. O hoje um presente, por isso mesmo se chama presente. Os amigos so uma jia muito rara na realidade. Eles nos fazem sorrir e nos do foras para triunfar. Nos emprestam um ouvido, nos entregam palavras de elogio e sempre querem abrir seus coraes para ns.

Prof Leonor Maria Bernardes Neves.

CAPTULO III INCLUSO SOCIAL.Ensino Religioso na Educao para Incluso A disciplina Ensino Religioso tem como objetivo formar o cidado, educando-o na religiosidade, que uma das dimenses do ser humano.

Esta disciplina tambm ensina viver e conviver, estimulando o aluno a sair de si mesmo para encontrar o outro. Principalmente se este outro for pessoas que necessita de uma educao especial. Ento o ensino religioso, na sua dinmica interpessoal incluir o diferente, como cidado com direitos iguais aos demais, segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educao Nacional, n 9394, de 20 de dezembro de 1996 como especifica a Educao Especial no Capitulo V desta lei. Alis, as dimenses religiosa e cultural fazem parte do crescimento integral do cidado, que no pode deixar de lado este to importante complemento. Imperdovel privar o educando do acesso aos conhecimentos desta natureza, seja quais forem suas dificuldades em superar os limites como pessoa. Vale dizer que os tpicos abordados em Ensino Religioso vm ao encontro das mais bsicas e essenciais indagaes e necessidades do homem. Ora, o convvio com o diferente, superando os preconceitos desafiador e fundamental para o sucesso. Assim, a importncia da solidariedade intelectual e moral da humanidade essencial, a fim de que o homem no recuse ser aquilo que , mas sim busque a sua plenitude atravs do seu desenvolvimento com o Transcendente. Ademais, o Ensino Religioso, na ao educativa, est ainda presentes nas demais disciplinas, cumprindo a misso propriamente espiritual da Educao. Isto porque consiste em rea de conhecimento que forma o cidado e o estimula a descobrir a si e ao outro no respeito mtuo, especialmente pluralidade religiosa, sem qualquer proselitismo dentro das unidades escolares (LDBEN/97 - Lei 9475/97, nova redao do art. 33 da Lei 9394/96). Ento a disciplina Ensino Religioso ter o papel de desenvolver nas escolas, um contedo voltado ao despertar para a vida atravs da cidadania e religiosidade em busca de si, do outro e o Transcendente na descoberta do homem no mundo, num caminho da plenitude do ser humano, isto conhecendo situaes que podero crescer. Assim o Ensino Religioso Escolar oferece aos alunos uma pluralidade de conhecimentos na importncia de seu papel na construo da espiritualidade e de valores que podero ser ensinados independente de crenas como: respeito mtuo, a no-violncia e a compreenso que no tem relao direta com a religio, mas que ajudam as crianas, adolescentes e jovens a uma transformao voltada ao crescimento de sua dimenso espiritual, no encontro com o Transcendente. O ser humano com deficincia ou no tem que, descobrir o caminho que leva dimenso religiosa. Isto acontece quando este se descobre no mundo e aprende a importncia dos valores essenciais da conduta correta, que o faz crescer em dignidade e sabedoria, capaz de ser feliz onde toda busca encera. Os pais devero estar atentos no ato da matrcula para que, nas unidades escolares o ensino religioso faa parte da grade como as outras

demais disciplinas. Com isso as crianas, adolescentes e jovens sero beneficiados pelos contedos desta importante dimenso educacional, aos quais eles tm por direito, nesse perodo de escolaridade.

Prof Leonor Maria Bernardes Neves Psicopedagoga / Ensino Religioso/ Pastoral dos Surdos. Diocese de S. J. Rio Preto - SP. Fone: (17) 32322940 res. / (17)3 2357799 (Fax / comercial) - 97144235. e-mail: [email protected] e [email protected] . PESSOAS COM DEFICINCIA. 1. Pessoas com deficincia sempre fizeram parte da realidade histrica da sociedade desde os primrdios da humanidade. O ser humano, ao longo da histria, teve que decidir como seria o tratamento dado aos indivduos mais vulnerveis, tais como, doentes, velhos, crianas e pessoas com deficincia. 2. Foram vrios os termos utilizados para caracterizar as pessoas com deficincia. Por exemplo: deformados, paralticos, aleijados, monstros, coxos, mancos, cegos, invlidos, surdos-mudos, imperfeitos, idiotas, dbeis mentais, excepcionais, etc. Assim, esses termos foram incorporados at mesmo pela literatura e encontram-se presentes nos dicionrios atuais. 3. O fato de essas pessoas terem sido e ainda continuarem sendo infantilizadas, deu origem a termos pejorativos do tipo: ceguinhos, manquinhos, aleijadinhos, surdinhos, tortinhos e outros. 4. Essas expresses, alm de revelar um profundo preconceito, esto carregadas de um sentimento caritativo, fundado na compaixo e na piedade. Esse tipo de sentimento tem o seu valor, mas quando fica restrito ao benevolente, traz srios prejuzos para as pessoas com deficincia. Nesse caso, elas continuam sendo apenas objetos da caridade, so os coitadinhos e pobrezinhos merecedores da ajuda, que normalmente feita espera de uma recompensa. 5. At a metade do sculo 19, houve um processo de excluso social. As pessoas com deficincia eram consideradas objeto do castigo divino. Completamente, desconsideradas no plano das aes pblicas, as pessoas com deficincia eram enclausuradas e abandonadas em cadeias, leprosrios e hospcios, sem nenhum tipo de tratamento. 6. Em meados do sculo 20, surgem os primeiros movimentos de luta por direitos (trabalhadores, negros, mulheres etc), garantindo reais avanos quanto insero social e econmica desses grupos. Ed Roberts, um dos maiores precursores da incluso de pessoas com deficincia

Romeu Kazumi Sassaki At a dcada de 60, as pessoas com deficincia nos EUA eram tratadas como objetos de caridade, no podiam opinar e tinham de obedecer s decises que os especialistas e os pais tomavam por elas, em tudo o que se referia vida delas. A situao comeou a mudar em 1962 quando um grupo de 7 pessoas, todas tendo deficincias muito graves (tetraplegia em sua maioria), resolveu agir. Edward V. Roberts (ou simplesmente Ed Roberts) era o lder do grupo. Devido sua tetraplegia grave em conseqncia da poliomielite que teve aos 14 anos de idade, Ed Roberts no movia nenhuma parte do seu corpo exceto a boca e os olhos. Para respirar, ele tinha de ficar, noite, deitado dentro de um pulmo de ao (um enorme tanque, como ele gostava de chamar) e, durante algumas horas do dia, sentado fora do tanque mas com um respirador porttil. A jornalista Lucy Gwin (no artigo Ed Roberts: We're talking about inclusion here in New Mobility, Culver City, v. 5, n. 15, p. 42-45 e 59, maio/junho 1994) conta que, quando Ed Roberts comeou seu programa de reabilitao profissional em um centro estadual da Califrnia, o conselheiro profissional s olhou para o atendente pessoal que empurrava a cadeira de rodas de Ed e em seguida para o respirador porttil dele. Imediatamente, o conselheiro anotou no pronturio de Ed a seguinte observao: INELEGVEL PARA TRABALHAR. Corria o ano de 1961. Uma liderana estudantil pelos direitos Ed Roberts e alguns outros estudantes com deficincia da Universidade da Califrnia integraram-se na vida do campus e na vida da cidade de Berkeley. Eles convenceram a prefeitura a fazer as primeiras guias rebaixadas do mundo, usando como plataforma de lanamento o programa universitrio para alunos com deficincia. Durante a revoluo estudantil dos anos 60, Ed Roberts e seus amigos (conhecidos em Berkeley comoOs Tetras Rolantes) criaram o servio de atendentes pessoais de que eles mesmos precisavam a fim de viver com autonomia, o que originou o movimento de direitos das pessoas com deficincia. Um homem pblico empreendedor A partir de 1975, j como Diretor da Secretaria de Reabilitao da Califrnia, Ed Roberts usou sua autoridade e suas convices para ajudar a desenvolver uma rede de centros de vida independente. A influncia de Ed Roberts, no s nos Estados Unidos como em todo o mundo, foi decisiva para mudar a atitude da sociedade em relao s pessoas com deficincia. Ed Roberts faleceu em 14-3-95, deixando um filho, Lee, de 16 anos de idade, que era tudo para Ed. Crescendo junto ao pai, Lee acompanhou toda a trajetria de Ed Roberts que, alm de cri-lo, deixou para ele suficiente dinheiro para viver e pagar todos os estudos universitrios no futuro. Ed Roberts foi um dos principais responsveis pela disseminao da filosofia de vida independente nos EUA. Mudana da sociedade

Assim se expressa Barry Corbet, editorialista da revista New Mobility: Ed Roberts mudou o modo como o mundo pensa a respeito de pessoas com deficincia. Primeiro ele o fez por ele mesmo e depois por todas as outras pessoas com deficincia. Ainda h muito a ser feito e um longo caminho a ser percorrido, mas Ed Roberts tem muito a ver com o progresso que as pessoas com deficincia desfrutam hoje. Nenhum movimento tem fora sem a sustentao da base formada anonimamente por muitas pessoas, mas o movimento de vida independente no comeou por combusto espontnea. Algum abriu o caminho. Esse algum foi Ed Roberts. (Barry Corbet, [Apresentando dois artigos sobre Ed Roberts]. New Mobility, Culver City, v. 5, n. 15, p. 42, maio/junho 1994). 7. A histria brasileira do movimento social das pessoas com deficincia teve como marco inicial o ano de 1979, ltimo ano da Dcada da Reabilitao, proclamada pela International Rehabilitation. 8. At ento vigorava o paternalismo humilhante com relao s necessidades e potencialidades das pessoas com deficincia. At ento era comum que s pessoas com deficincia no fossem permitidos voz e voto nas pequenas e nas grandes decises que afetavam sua vida. Por demasiado longo tempo, essas pessoas vinham sendo tratadas como se no fossem capazes de falar ou decidir por si mesmas sobre suas necessidades ou como se elas no tivessem conscincia das injustias ou coragem de denunci-las publicamente, tambm por conta de constiturem uma minoria invisvel dentro da populao geral. 9. Nesta fase, as pessoas com deficincia comearam a questionar o modelo mdico, propondo o modelo social da deficincia que afirma que a sociedade tambm tem a responsabilidade de eliminar os obstculos que impedem a participao das pessoas com deficincia e enfatiza os direitos humanos e a equiparao de oportunidades.1 Em 1980, conforme Romeu Sassaki, o movimento eclodiu simultaneamente em diversas cidades do Pas, de incio sem nenhuma comunicao ou coordenao entre os grupos. Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, So Paulo, Salvador, Braslia, Ourinhos e outras cidades registraram a presena de movimentos organizados por pessoas com deficincia que, uma vez estabelecida a comunicao entre eles, comearam a realizar freqentes encontros de mbitos local, regional e nacional, para troca de idias e tomada de decises.2 10. Em 1980, as lideranas do movimento se dedicaram a realizar diversas atividades preparatrias para o ano seguinte, 1981 proclamado pela ONU como o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD). Dentre essas atividades, tem destaque o 1 Encontro Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes, que reuniu, em outubro, em Braslia, mais de 500 participantes, estabeleceu os rumos do movimento nacional e culminou com a criao da Coalizo Nacional de Entidades de Pessoas Deficientes. 11. Um exemplo da nova imagem que as pessoas deficientes queriam que sociedade reconhecesse a matria publicada no jornal O Globo (7/12/80),

com o ttulo Movimento aprova programa para defesa do deficiente, informando que em reunio realizada na Assemblia Legislativa, com a participao de cerca de 400 pessoas, o Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes aprovou a carta-programa da entidade, estabelecendo os princpios para sua atuao, principalmente com vistas a 1981, declarado pela ONU o Ano Internacional das Pessoas Deficientes.Na ocasio, um dos lderes do movimento, Jos Evaldo de Mello Doin, explicou que o movimento espera reunir 15 entidades que tratam do problema. O movimento poltico, mas no partidrio, e sem burocracia, pois no tem presidente. Destina-se a promover o lobby da pessoa deficiente para que ela passe a ser encarada sem piedade e paternalismos, tornando-se dona de seu prprio destino. A carta-programa do movimento lanada no evento repudiava a marginalizao das pessoas deficientes, decorrentes da noo errnea de que seriam seres inferiores sem capacidade profissional e respeitabilidade, incapazes de tomar decises por si mesmas e ignorantes por no serem vistas nas escolas. Fonte: Texto - Base / Campanha da Fraternidade de 2006. Diocese de So Jos do Rio Preto - So Paulo Pastoral do Ensino Religioso. ___________________________________________ 1 FLETCHER, Agnes. Dia Internacional das Pessoas com Deficincia. http://www.cedipod.org.br/Dia3.htm 2 SASSAKI, Romeu Kazumi. Vida Independente - Histria, movimento, liderana, conceito, filosofia e fundamentos. Reabilitao, emprego e terminologia, So Paulo: RNR, julho, 2003, p.3

SUGESTES DE PROJETOS DE ENSINO RELIGIOSO de 5 a 8 sries.ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS PBLICAS E SUA PRTICA NA SALA DE AULA

Introduo.

Num mundo conturbado, onde todos correm em busca do ter para ser, surge a necessidade da descoberta do sentido da vida, para que o homem encontre a felicidade e a paz. Como o Ensino Religioso, nas escolas pblicas do Estado de So Paulo, publicada no DOESP de 28/07/01, deu-se o primeiro passo

de uma nova caminhada para formar novos cidados e alunos conscientes de seu papel na sociedade. Ensino Religioso: a educao da religiosidade, que algo que se mostra, revela ou manifesta na experincia humana; o resultado do processo do ser humano em busca do Transcendente (ou Deus). A religiosidade desenvolve-se e promove o ser humano em todas as suas dimenses em relao a Si e ao Outro, conseguindo assim integrar-se nos demais grupos sociais. E ainda, essa disciplina em sala de aula favorecer grupos discriminados de raas ou religies, classes sociais, necessidades especiais o convvio respeitoso entre os alunos, a tolerncia para com a diversidade, sem negar a sua prpria crena e indica um modo possvel e adequado para o tratamento dos temas transversais. Ademais, atravs de temas propostos, abordando as necessidades do seu prprio meio (convvio social, famlia e escola), chega-se na prioridade aos alunos, dos quais se pretendem atingir no sentido do viver e conviver, com ele prprio, com a comunidade e a sociedade. Assim, poder-se- concluir na formao de cidados conscientes de suas responsabilidades em busca do sentido da vida e no encontro com o Transcendente, ou Deus (que o alvo da plenitude humana). Os projetos de Ensino Religiosos podero ser, disciplinares ou interdisciplinares, sendo a responsabilidade do acompanhamento e concluso pelo professor de Ensino Religioso, quando parte dele. E tambm poder existir, projetos que o Ensino Religioso ir fazer parte. I - Exemplo de interdisciplinaridade envolvendo as disciplinas. Objetivo: Envolver a unidade escolar, na inteno de que os alunos tenham conhecimento da diversidade de caminhos importantes, de um determinado tema. E com isso favorece e refora o aprendizado, nos valores de vida cidad e religiosidade. Assuntos que podero ser trabalhados: meio ambiente, gua, lixo.. Como exemplo, vamos trabalhar a gua nas disciplinas. Como:

gua fonte de vida.Desenvolvimento. Para algumas disciplinas - (ficando a critrio da escola, quais disciplinas trabalharem).

Cincias: Como a gua dever estar em condies de ser servida a populao, sem risco para a sade? Quando cuidamos do nosso corpo, estamos valorizando a vida? Comente. Matemtica: Apresentar uma estatstica com dados sobre poluio existente, nos fornecimentos de gua de seu municpio. O aluno dever fazer comentrio de acordo com o seu conhecimento matemtico (grficos ou relatrio). Histria: Pesquisar na histria a busca do povo pela gua. Observar se hoje essa situao continua. Geografia: geograficamente, como est a distribuio de gua em nosso planeta? Representar atravs de mapeamento ou comentrios. Portugus: Escrever texto ou poesia sobre a gua. Selecionar o melhor trabalho e expor na escola. ENSINO RELIGIOSO a) Para ser cidado, qual o valor se deve dar a gua? Comente sobre o controle de consumo. b) Qual a representao da gua no sagrado como religiosidade, ex: textos sagrados, nos ritos, cultos na aliana em relao o Transcendente (ou Deus).

II - Disciplinar: Projeto de Ensino Religioso: Na Incluso. Viver e conviver com respeito e dignidade. - Atravs do autoconhecimento e conhecimento do outro, formar cidados que se respeitem e aceite principalmente o deficiente com dignidade e igualdade procurando conhecer o porque de sua deficincia e como conviver de modo que este sentir acolhido na comunidade escolar. - Um respeito capaz de ajud-los a crescer na compreenso, amor e cooperao sem ferir a liberdade do outro. Sugestes: trabalhar com os alunos os questionamentos: 1 - Por que devemos respeitar os nossos semelhantes? Sempre fazer o aluno se colocar no lugar do outro. 2 - Por que devemos ajudar ao nosso prximo? Aqui o professor(a) dever comentar sobre as pessoas com necessidades especiais e como devero

proceder em relao a essa educao to importante e necessria na nossa sociedade. Principalmente se esse prximo necessita de cuidados especiais. 4 - Se o mundo pertence a todos, por que tanta fome e misria? Comentrio. 5 - importante vivermos num mundo de paz? Por qu? Como essa paz comear a fazer parte de nossas vidas? - Cada questionamento dever ser trabalhado em uma aula ou perodo suficiente para conclu-lo. OBS: Os outros projetos sero desenvolvidos de acordo com as necessidades da comunidade escolar, para que suas crianas, jovens e famlias sejam favorecidas pelos projetos escolares de vida cidad como, por exemplo, poder trabalhar: amizade, conservao do patrimnio, famlia, amor, sexualidade, etc. Importante: Como nas 8 sries o contedo a histria das religies, poder o(a) professor(a) nesse momento trabalhar do seguinte modo: cada aluno dever trazer para a sala de aula suas experincias religiosas, isto , falar de sua tradio religiosa de famlia e da sua religio, nos seus aspectos de conhecimento e postura no meio social. O(a) professor(a) dever completar explicando, os restantes das religies que no foram abortadas, somente para que tenham conhecimento, sem ferir nenhum credo e nem leva-los a negar suas crenas. A outra opo que o(a) professor(a) poder orientar os seus alunos a pesquisarem em grupos as religies que no foram mencionados e cada grupo expor sua pesquisa. O(a) professor(a), dever conduzir um trabalho com o sbio controle da situao para no lev-los discriminao, excluso e nem fazer proselitismo ou negarem suas crenas. A avaliao - dever ser contnua e procurar aproveitar o mximo os sinais de transformao voltada para o crescimento, tanto individual quanto coletivo dos alunos. E como rea de conhecimento, o aluno poder apresentar trabalhos sobre assuntos propostos. "Professor que s vezes acha-se limitado e incapaz de fazer um ser crescer e transformar. Pois que voc acredite, que por tudo o quanto sabe, se existir o amor, dedicao e carinho, ter o resultado que o nosso mundo atual tanto precisa, na formao de crianas e jovens para um mundo melhor".

Prof Leonor Maria Bernardes Neves Assessoria do Ensino Religioso - Diocese de So Jos do Rio Preto-SP