Metodologia Do Trabalho Científico

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO INTRODUÇÃO, CAPÍTULO 1 E CAPÍTULO 2 Gestão de Recursos Humanos - FAF 03-10529 – Marcus Brauer Daniel Nogueira Simões (201320463911)

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO (INTRODUÇÃO, CAPÍTULO 1 E CAPÍTULO 2)

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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

INTRODUÇÃO, CAPÍTULO 1 E CAPÍTULO 2

Gestão de Recursos Humanos - FAF 03-10529 – Marcus Brauer

Daniel Nogueira Simões (201320463911)

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1 RESUMO

1.1 INTRODUÇÃO Este livro tem por objetivo, apresentar aos estudantes universitários alguns subsídios teóricos e práticos para o enfrentamento das várias tarefas que lhes serão solicitadas ao longo do desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem de sua formação acadêmica.

Além dos elementos conceituais que definem e explicam a natureza do conhecimento científico são apresentadas diretrizes para o entendimento e a aplicação das atividades lógicas e técnicas relacionadas coma prática científica. Com esses instrumentos, os estudantes e professores poderão conseguir maior aprofundamento na ciência, nas artes e na filosofia, o que, afinal, é o objetivo do ensino e da aprendizagem na Universidade.

Tomando como foco os capítulos 1 e 2, passaremos por considerações sobre o sentido da formação universitária, que é entendida como tendo uma tríplice dimensão. Ela é simultaneamente formação científica, profissional e política. Visa equipar o estudante com um competente domínio do conhecimento científico, habilitá-lo tecnicamente para o exercício de uma profissão e desenvolver nele uma consciência social, de cunho analítico e crítico.

Além disso, tratar dos principais hábitos de estudo, oferecendo diretrizes bem operacionais sobre como organizar a vida acadêmica, com destaque para os processos da leitura analítica, da leitura de documentação, das atividades didáticas, como o seminário. Logo, a utilização adequada dos instrumentos de aprendizagem que o ambiente universitário coloca à disposição dos estudantes.

1.2 UNIVERSIDADE, CIÊNCIA E FORMAÇÃO ACADÊMICA - CAPÍTULO 1 O ingresso no curso superior implica uma mudança substantiva na forma como professores e alunos devem conduzir os processos de ensino e aprendizagem. Mudança muito mais de grau do que natureza.

O ensino superior tal qual se consolidou historicamente, na tradição ocidental, visa atingir três objetivos. O primeiro é o da formação de profissionais das diferentes áreas aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de habilidades e competências técnicas; o segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a disponibilização dos métodos e conteúdo de conhecimento das diversas especialidades do conhecimento; e o terceiro objetivo é aquele referente à formação do cidadão, pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de sua existência histórica, pessoal e social.

Ao se propor atingir estes objetivos, a educação superior expressa sua destinação última que é contribuir para o aprimoramento da vida humana em sociedade. A Universidade se torna funcionária do conhecimento, se destinando a prestar serviço à sociedade no contexto da qual ela se encontra situada. Para dar conta deste compromisso, ela desenvolve atividades específicas, quais sejam, o ensino, a pesquisa e a extensão.

No entanto, no âmbito universitário, dada a natureza específica do seu processo, a educação superior tem como ponto básico de apoio a pesquisa, ou seja: só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se presta serviços à comunidade, se tais serviços nascerem e se nutrirem da pesquisa.

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Na Universidade, o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante e não ser assimilado passivamente, como ocorre no ensino básico. Assim, ensino e aprendizagem só serão motivadores se seu processo se der como processo de pesquisa. Por este motivo, atividades como iniciação científica e TCC são tão populares. Com isso, podemos assumir que não se trata de se apropriar e de armazenar produtos, mas de aprender processos. Do ponto de vista do estudo, o que conta não é mais a capacidade de decorar e memorizar milhares de dados, fatos e noções, mas a capacidade de entender, refletir e analisar os dados, os fatos e as noções.

A educação pode ser mesmo conceituada como o processo mediante o qual o conhecimento se produz, se reproduz, se conserva, se sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza. A pesquisa é coextensiva a todo o tecido da Universidade e ela deve ser integrada num sistema articulado. Tanto quanto o ensino, a pesquisa precisa ser organizada no interior da Universidade.

Assim, uma instituição efetivamente comprometida com a proposta de criação de uma tradição de pesquisa não pode mesmo deixar de investir na formação continuada de seus docentes como pesquisadores. Porém, pesquisa básica ou aplicada, não se pode perder de vista que ela precisa ser relevante. É necessário que seus objetos sejam escolhidos identificando problemas da comunidade, visando investigar e trazer resultados que contribuam para a mesma.

Refletindo sobre a realidade brasileira, podemos ver que a educação superior no país se limita a repassar informações fragmentadas e a conferir uma certificação burocrática e legal de uma determinada habilitação, a ser, de fato, testada e amadurecida na prática. Sendo, que hoje a atuação profissional, em qualquer setor da produção econômica, exige capacidade de resolução de problemas, com criatividade e riqueza de iniciativas, em face da complexidade das novas situações. Lidar com o conhecimento, como se este fosse mero produto e não um processo, leva o ensino superior brasileiro a se destinar ao fracasso.

O que se desenrola no interior da Universidade, tanto do ponto de vista da construção do conhecimento sob o ângulo da pesquisa, como de sua transmissão, sob o ângulo do ensino, tem a ver diretamente com os interesses da sociedade. À medida que privilegia o ensino transmissivo, a Universidade desprioriza não só a pesquisa, mas também a extensão. Deste modo, a extensão tem grande alcance pedagógico, levando o jovem estudantes a vivenciar sua realidade social.

A extensão se relaciona à pesquisa, tornando-se relevante para a produção do conhecimento, porque esta produção deve ter como referência objetiva os problemas reais e concretos que tenham a ver com a vida da sociedade envolvente. Ela deve funcionar como o cordão umbilical entre a Sociedade e a Universidade, impedindo que a pesquisa prevaleça sobre as outras funções, como função isolada e altaneira na sua proeminência.

Através da extensão pode-se pensar um novo modelo de sociedade, nos três eixos das práticas humanas: do fazer, do poder do saber, ou seja, levando a participação formativa dos universitários no mundo da produção, no mundo da política e no mundo da cultura. Só assim o conhecimento estará se colocando a serviço destas três dimensões mediadoras de nossa existência. E só assim a universidade estará cumprindo sua missão.

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1.3 O TRABALHO ACADÊMICO: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTUDO NA UNIVERSIDADE – CAPÍTULO 2

As condições de aprendizagem transformam-se no sentido de exigir do estudante maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência em relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo oferecidos. O aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma postura de auto atividade didática que precisa ser crítica e rigorosa.

O estudante deve se empenhar num projeto de trabalho individualizado, apoiado no domínio e no manejo de uma série de instrumentos que devem estar contínua e permanentemente ao alcance de suas mãos. Já não basta a presença física às aulas e o cumprimento forçado de tarefas mecânicas: é preciso dispor de um material de trabalho específico de sua para e explorá-lo adequadamente.

O estudante precisa começar a formar sua biblioteca pessoal com livros fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. À medida que o curso for avançando, é interessante adquirir textos monográficos e especializados. Outra forma de conhecimento são as revistas, que mantêm atualizada a informação sobre as pesquisas que se realizam. Deve ser igualmente estimulada entres os alunos a participação em simpósios, congressos, encontros, semas e etc.

Uma vez documentada a matéria abordada em aula, devem ser igualmente documentados os elementos complementares a essa matéria. É preferível na sala de aula concentrar-se nas ideias fundamentais, procurando expressá-las mediante algumas categorias básicas e investir na compreensão, na apreensão das ideias do orador. Depois, procura-se recompor as informações e passa-las para a ficha de documentação com pesquisas extras feitas pelo aluno. Através deste conjunto de atividades que envolve o pensamento, facilitando as tarefas físicas e psíquicas do estudo, o aluno adquire maior familiaridade com o assunto por mais difícil e estranho que possa parecer à primeira vista.

Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas. O cronograma de estudo possibilita ao aluno maior proveito da aula, seja ela qual for. A revisão da aula situa-se como a primeira etapa de personalização da matéria estudada. Rever essas fichas como preparação para a aula seguinte é medida inteligente para o paulatino domínio do seu conteúdo.

A leitura analítica desenvolve no estudante uma série de posturas lógicas que constituem a via mais adequada para sua formação. Ela tem como objetivo favorecer a compreensão global do texto; treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos; auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico e fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, estudo dirigido e etc. Ela passa por processos de preparação do texto; compreensão do texto; interpretação do texto e discussão do mesmo.

No caso de seminários, abordam-se temas com encadeamento lógico. Nestes, o professor atua apenas como supervisor e observador de trabalho; cabe ainda ao coordenador entregar ao professor observações de avaliação da participação dos vários elementos componentes do grupo.

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2 ANÁLISE CRÍTICAO maior foco da análise vai para o capítulo 1, já que a introdução apenas fornece uma visão do que cada capítulo do livro irá falar e explicita a forma de pensar e todo o objetivo do autor ao escrever o livro. Já o capítulo 2 foca em fornecer métodos para os estudantes, de estudo, leitura, foco, cronograma e etc.

O primeiro capítulo passa por conceitos e assuntos um pouco mais sérios e dependendo, até polêmicos. Sendo um pouco mais expositivo, o primeiro capítulo dá o tom do livro e transmite opiniões altamente embasadas e fatos e argumentos e críticas do autor. Até por este motivo creio que o segundo capítulo foca mais em métodos e formas de fazer para os estudantes, pois no primeiro ele fala bastante mas não diz como realmente se pôr em prática, logo, ele não iria contra seus próprios ensinamentos e deixar de mostrar como realmente agir.

Voltando para a grande reflexão do primeiro capítulo, ele passa por pontos muito importantes para o livro. O ambiente do ensino superior é completamente diferente do ambiente do ensino básico, por exemplo. O estudante passa a ter mais liberdade, independência, logo, mais responsabilidade, foco, atenção e não só de forma individualizada, mas também com a instituição e a sociedade. A Universidade não forma apenas profissionais, ela educa pessoas para formar cidadãos.

A Universidade transmite conhecimentos técnicos voltados para a cadeira do estudante, mas passa também cultura, política, economia e transforma um jovem em um homem com capacidade de pensar. A grande crítica está ai, esses jovens são capazes de pensar?

Os jovens precisam sair da instituição com a capacidade e o poder de transformação para impactar de forma positiva na sociedade. Porém o autor mostra, com foco no Brasil, que as instituições não têm cumprido sua missão. Passar conhecimento de forma expositiva, ao invés do foco na pesquisa, nas atividades práticas de extensão ou eventos como seminários e semanas, não forma pessoas que impactam na sociedade.

A responsabilidade nunca será somente da Universidade, o aluno deve procurar, fazer o extra e não se sentir obrigado e trabalhar de forma mecanizada. Mas é claro que todo investimento vem da Universidade e cabe a ela fornecerg os instrumentos para estes jovens alcançarem seus objetivos.