Métodos e-técnicas-utilizados-em-ciências-sociais
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MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS EM CIÊNCIAS SOCIAIS
MÉTODOS
Método Experimental – Consiste essencialmente em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto. Pode-se considerá-lo como o método por excelência das ciências naturais nos últimos três século, o que não se repete nas sociais.
Método Comparativo – Investigação de indivíduos, classes, fenómenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. Algumas vezes, é visto como o mais superficial em relação a outros. No entanto, há situações em que seus procedimentos são desenvolvidos mediante rigoroso controle e seus resultados proporcionam elevado grau de generalização.
Método Estatístico – Importante auxílio para a investigação em ciências sociais. No entanto, suas explicações não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas com probabilidade de o serem, com certa margem de erro, o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa.
Método Clínico – Apoia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado, sendo utilizado principalmente na pesquisa psicológica. Este pesquisador deve cercar-se de muitos cuidados ao propor generalizações, visto que este método se apoia em casos individuais e envolve experiências subjectivas.
Método Observacional – Um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. Pode ser considerado o mais primitivo e, portanto, o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais.
Método de estudo de caso ou análise intensiva: Este método é um processo de investigação que se destina ao estudo de fenómenos particulares, observando-os sob todos os aspectos.
Segundo este método, os fenómenos são analisados de uma forma intensiva, recorrendo a todas as técnicas disponíveis e a uma amostra particular.
A sua finalidade é a compreensão ampla do fenómeno na sua totalidade.
Investigação-acão
Este método permite abordar a complexidade em contextos reais, referindo-se a uma multi-referencialidade teórica; conhecer, analisar, esquematizar e generalizar aspectos de processos de construção de novos conhecimentos e de novas práticas, e pôr a descobertos espaços e mecanismos, assim como as dificuldades diversas que daí possam provir, reconhecendo-as como questões reais e pertinentes.
Método de medida ou análise extensiva (resultados relativos a toda a população):
Este método implica a observação de populações vastas. As populações amplas constituem o objecto da análise extensiva, pelo que se recorre, muitas vezes, as técnicas de amostragem.
TÉCNICAS DE PESQUISA
Técnicas documentais
Observam-se documentos escritos, ou não, que revelam fenómenos sociais. As técnicas documentais podem subdividir-se em
Clássicas- permitem uma análise qualitativa em profundidade, mas são muito subjectivas.
Modernas -permitem uma análise quantitativa e são extensivas, cobrindo um amplo campo de estudo, pelo que complementam as técnicas clássicas.
Os dois tipos de técnicas modernas mais frequentes são:
A semântica quantitativa - estuda o vocabulário dos textos, por forma a analisar os estilos, a detectar lacunas.
Análise de conteúdo - uma técnica de investigação para a descrição objectiva, sistemática e quantitativa do conteúdo das comunicações que tem por fim interpretá-las.
Técnicas não documentais
Consiste na recolha de informações através da observação/experimentação.
Dentro destas, existem ainda a:
Observação participante (o observador integra-se no grupo observado, o que lhe permite fazer uma análise global e intensiva)
Observação não participante ( o entrevistador não intervém na situação em estudo)
A observação participante pode subdividir-se em:
Observação participação (implica que o observador seja aceite, ao ponto de se integrar no grupo que observa)
Participação-observação (o investigador, por não ter possibilidade de se integrar no grupo que quer investigar, recorre á colaboração de um participante-observador que aceite submeter-se ás ordens de rigor que lhe são dadas pelo investigador).
A observação não participante pode tomar forma de:
Entrevistas - constituem uma técnica que pode ir do breve contacto formal a uma entrevista longa e relativamente vaga, na qual o investigador permite ao entrevistado desenvolver pontos á sua vontade ou sugerir outros que deseja considerar.
Inquérito por questionário – possibilita obter dados através do questionário, consistindo em apresentar um conjunto pré-determinando de perguntas á população. É portanto um conjunto estruturado de questões expressas num papel, destinado a explorar a opinião das pessoas a que se dirige.
Medida de atitudes e opinião-Visam o conhecimento quantificado e directo do comportamento do sujeito. As medidas de atitudes e opinião têm por objecto a graduação da respectiva intensidade, possibilitando a ordenação dos indivíduos ao longo de uma escala.
Maria Montrond nº 25 / Lídia Santos nº24