METROLOGIA OFICINAL

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    7.3- Instrumentos de traçagem ............................................................................................................ 42 

    8- TRABALHO PRÁTICO ...................................................................................................... 47 

    9- CONCLUSÃO ................................................................................................................... 49 

    10- BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 49 

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    INTRODUÇÃOCom este módulo pretende-se complementar os conhecimentos adquiridos no módulo de Metrologiada disciplina de Tecnologia e Processos, sendo que, as aulas serão lecionadas em articulação

    permanente ou estabelecendo aquilo a que chamamos interdisciplinaridade, permitindo que o alunocoloque em prática os conhecimentos adquiridos tanto no âmbito da medição como da traçagem.

    Sendo assim, trata-se de um módulo prático onde iremos realizar diversas medições, com recurso aosinstrumentos de medida existentes e a pequenas peças para análise. Obviamente falar de mediçãopoderá parecer à primeira vista redutor, mas de facto não é. O ato ou efeito de medir não ficaconfinado ao uso da dimensão métrica do comprimento ou da espessura, indo muito mais além. Naverdade o conceito é muito abrangente.

    Uma das primeiras atividades que servirá de mote para iniciar o processo de aprendizagem será adistinção clara entre a medida direta e a medida indireta. Faremos uma quantidade de sessões no

    sentido de esclarecer dúvidas de cálculo e racionalização dos valores obtidos. Por vezes não bastamedir… Mais importante do que isso é sentir a necessidade de medir. Já pensaste, por exemplo,quantos litros de ar tem a sala onde estás neste momento?

    Neste módulo iremos aprender essencialmente como medir, para quê, com quê… claro que isto

    implica muito trabalho. Força!

    O Professor da Disciplina

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    1-MEDIÇÃOO ato de medir assume diariamente nas pessoas ligadas à Mecânica um papel de grandeimportância, e aplica-se a todas as grandezas mensuráveis, nomeadamente às grandezas lineares eangulares das superfícies mecânicas.

    Para o fabrico de qualquer peça existe sempre a necessidade de se efetuarem medições, uma vezque para a sua fabricação se tomam por base as medidas, ou cotas, indicadas num desenho.

    Pode-se definir a Medição, como sendo o ato de avaliar ou determinar a grandeza de um objetocomparando-o com outra da mesma espécie, isto é, comparação de duas grandezas da mesmanatureza. O termo de comparação é a chamada unidade de medida.

    Uma medição é então, uma operação ou conjunto de operações efetuadas com o objetivo dedeterminar o valor de uma grandeza. Ao resultado dessa medição dá-se o nome de medida. Amedição, dependendo do grau de precisão exigido, é uma operação que requer por parte do

    operador que a executa: Boa visão, Cuidado, Sentido de responsabilidade, Tranquilidade,Sensibilidade, Experiência, Habilidade manual, Paciência, Limpeza, Formação profissional.

    Existem duas formas de medição, que se denominam por Medição direta e Medição indireta.

    1.1-MEDIÇÃO DIRETA  

    Diz-se medição direta, quando a medição é efetuada por leitura direta da escala graduada de uminstrumento de medição. Como exemplos de instrumentos de medição direta, temos as réguasgraduadas, os paquímetros e os micrómetros. Estes instrumentos serão tratados em pormenor mais àfrente neste módulo.

    1.2-MEDIÇÃO INDIRETA  

    Diz-se medição indireta, quando para se determinar a dimensão de uma peça, se recorre à suacomparação com um padrão de dimensão conhecida e próxima da medida da peça que se querdeterminar. Determina-se então, através do instrumento de medição, a diferença entre a dimensãoconhecida do padrão e a dimensão desconhecida da peça.

    Verifica-se se essa diferença é por defeito ou por excesso. A dimensão a medir será então igual àdimensão padrão mais ou menos a diferença medida, conforme ela for por excesso ou por defeito,respetivamente.

    A medição indireta também é por vezes denominada medição por comparação. Como exemplo deinstrumento de medição indireta ou, por comparação, temos o comparador. Este instrumento serátratado com pormenor mais à frente neste módulo.

    1.3-AMPLIAÇÃO 

    Em quase nenhum instrumento para medição com precisão, a divisão da escala graduadacorresponde a um deslocamento igual da ponta de medição. Isto é lógico, dado que para medir0,01mm seria impossível a sua resolução à vista desarmada. Note-se que a espessura de um cabelo

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    é cerca de 0,03mm. Medidas inferiores a este valor são difíceis de ver à vista desarmada comprecisão. Daí surgir a necessidade da ampliação.

    Ampliação é o ato de ampliar, que significa aumentar o tamanho. O objeto mais comum do nosso diaa dia, que tem como função a ampliação, são os óculos.

    No caso das medições, uma solução poderia ser o emprego de uma lupa. Tal solução utiliza- senalguns casos, quando não existe outro meio de aumento. Normalmente todos os aparelhos demedição de precisão têm a sua escala graduada ampliada, ou seja, as suas divisões estãoaumentadas de 10, 100, 1000 ou mais vezes o valor que representam.

    1.4-ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO 

    Com recurso à internet ou a outra documentação fornecida elabora um pequeno trabalho de grupoonde se defina de modo diferente os conceitos de:

    1.  Medição direta –  Dá exemplos de aplicação e instrumentos usados.2.  Medição indireta  –   Aponta exemplos onde se proceda a medição indireta e quais os

    procedimentos a usar.3.  Identifica instrumentos de medida, as grandezas em causa e a aplicabilidade de cada um.4.  Apresenta o teu trabalho à turma e responde ao questionário de avaliação efetuado pelo

    professor.

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    2-GRANDEZAS E UNIDADES 

    2.1-DEFINIÇÃO DE GRANDEZA

    Define-se grandeza, como sendo uma propriedade suscetível de ser medida. É possível medir umagrandeza de modo a definir a sua dimensão. Como exemplos de grandezas, entre tantas outras,temos a pressão, o comprimento, a temperatura, o tempo, a massa, o volume e a velocidade.

    Todas as grandezas são identificadas com um símbolo característico, e estão associadas a umaunidade de medida como veremos mais à frente.

    Existem as chamadas grandezas de base ou fundamentais, independentes umas das outras, a partirdas quais se podem definir todas as outras grandezas. Representam-se na tabela a seguir asgrandezas de base, juntamente com o símbolo característico de cada uma.

    2.1.1-GRANDEZAS DERIVADAS 

    As grandezas derivadas, tal como o próprio nome indica, são grandezas que derivam dasgrandezas base vistas atrás. Estas grandezas são determinadas por relações entre as grandezas debase.

    EXEMPLO:

    A grandeza derivada designada por velocidade é obtida pela relação entre as grandezas de basecomprimento (ou espaço) e tempo. A velocidade de um corpo não é mais que o espaço por elepercorrido por unidade de tempo.

     sv  

    A tabela a seguir mostra alguns exemplos de grandezas derivadas.

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    2.2-UNIDADES

    Define-se unidade como sendo uma grandeza tomada como termo de comparação, entre grandezasda mesma espécie. É então, uma grandeza convencional, que numa classe de grandezas, serve depadrão de medida.

    Os números que resultam dessas comparações dão as medidas dessas grandezas. O resultado deuma medição não é, geralmente, apenas um número. Dizer que o comprimento de uma barra é 10não tem qualquer significado. Mas se completarmos a informação dizendo que o comprimento dabarra é, por exemplo, de 10 mm, 10 cm ou de 10 m, já passa a ser uma informação com significado.Daqui se vê a grande importância das unidades, e a necessidade de as conhecer e saber utilizarcorretamente. No caso concreto da Mecânica, torna-se impossível a um profissional do ramo, exercero seu trabalho diário sem dominar as unidades que dizem respeito às grandezas com que trabalha.Um profissional que não domine as unidades, pode até, em determinadas situações, colocar em riscoa sua segurança e a dos seus colegas de trabalho.

    2.2.1-SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI) 

    As unidades são como já vimos indispensáveis nas várias áreas da atividade humana. A existência deum sistema de unidades único em todo o mundo, tem uma grande importância, principalmente hoje,

    em que os Países estão todos interligados, fazendo trocas comerciais entre si.Imaginemos a situação que era, se cada País utiliza-se para as mesmas grandezas, o seu própriosistema de unidades. Seria despendido um esforço desnecessário na conversão de unidades de unssistemas para os outros, e que daria origem a frequentes erros. Assim, com o objetivo de que todostrabalhem com o mesmo sistema de unidades, foi estabelecido o Sistema Internacional de Unidades(S.I.).

    A tabela que se segue representa as grandezas de base com as respetivas unidades adotadas peloSistema Internacional de Unidades (S.I.).

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    As unidades das grandezas derivadas, são unidades que derivam das unidades das grandezas debase, ou seja das unidades de base.

    EXEMPLO:

    A unidade da grandeza Força é o Newton. O Newton, cujo símbolo é N, é uma unidade que derivadas unidades de base quilograma (kg), metro(m) e segundo(s).

    A tabela seguinte representa algumas grandezas derivadas com as respetivas unidades adotadaspelo Sistema Internacional de Unidades (S.I.).

    Cada unidade pode dividir-se em múltiplos e submúltiplos dela própria, que são utilizados conformeo tipo de medição que se efetua, como veremos a seguir.

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    Dado que o assunto deste módulo é a Metrologia aplicada à área da Mecânica, a tabela a seguirrepresenta alguns múltiplos e submúltiplos da unidade de comprimento do Sistema Internacional deUnidades (S.I.), que é o Metro.

    Estes múltiplos e submúltiplos da unidade de comprimento metro, são usados conforme as situações.Por exemplo:

    Quilómetro - Quando nos referimos a distâncias percorridas por automóveis.

    Decímetro - No cálculo de volumes.

    Milímetro - No desenho técnico e nas oficinas de Mecânica.

    Mícron - Medições de grande precisão.

    EXEMPLO:

    Diâmetro de um furo de 15mm, um parafuso de 50mm de comprimento e rosca com um passo de1,25mm.

    2.2.2- SISTEMA MÉTRICO

    O sistema métrico, como o próprio nome indica, utiliza como unidade fundamental de comprimento oMetro (m). Assim, quando nas medições que efetuamos, utilizamos instrumentos de medição comescalas graduadas na unidade metro e seus múltiplos e submúltiplos estamos a utilizar o sistemamétrico.

    2.2.3- SISTEMA INGLÊS 

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    O sistema Inglês é um sistema hoje em dia bastante menos utilizado que o sistema métrico Estesistema utiliza como unidade fundamental de comprimento, o pé cujo símbolo é ft. Uma unidadesubmúltipla do pé é a polegada.

    1 polegada = 1/12 ft

    O símbolo da polegada é in que vem do termo inglês “inch”, mas normalmente representam -se osvalores em polegadas colocando aspas (“) por cima e para a frente do número. 

    Exemplo: 3 polegadas representam-se por 3”. 

    A polegada relaciona-se com o metro da seguinte maneira:

    1 Metro = 39,37 in = 39,37” 

    1 Polegada = 0,0254 m = 2,54 cm = 25,400 mm

    Nota: Os dois zeros à direita do quatro, significam que o valor da polegada é tomado com aaproximação às milésimas.

    CONVERSÃO DE POLEGADAS EM MILÍMETROS

    Como se disse atrás, o milímetro é a unidade de medida mais utilizada em oficinas de mecânica. Noentanto, atualmente ainda se recorre à unidade inglesa, a polegada. Assim, pode encontrar-se adesignação de polegadas em medidas de diâmetros de parafusos, pernos, roscas, perfis, etc.

    Deste modo, existe muitas vezes a necessidade de converter polegadas em milímetros ou, pelocontrário, converter os milímetros em polegadas. Existem tabelas às quais podemos recorrer parafazer a conversão das unidades. No entanto, devemos estar preparados para a eventualidade denão existir nenhuma tabela quando for necessário. Por isso vamos aprender a fazer a conversãoatravés de cálculo:

    Na prática o que se faz, sem entrarmos em teoria matemática, que não é o objetivo deste módulo, éo seguinte:

    Se o valor que temos em polegadas for um número inteiro (por exemplo: 1”, 4”, 20”) ou um número

    fracionário, por exemplo:32

    "5 basta multiplicar esse número inteiro ou fracionário por 25,400 mm.

    Se o valor em polegadas for um número misto fracionário, transforma-se esse número em fracionário,

    e multiplica-se então por 25,400mm.

    EXEMPLO:

    Suponhamos que se pretende transformar32

    "5em milímetros, com a aproximação até às milésimas.

    Primeiro transforma-se o número misto fracionário em número fracionário:

    32

    "37

    32

    5

    32

    32

    32

    "51  

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    Sabendo que 1”=25,4mm temos 37/32 x 25,4 = 29,368mm

    CONVERSÃO DE MILÍMETROS EM POLEGADAS

    O que se faz é o seguinte:

    Primeiro escolhe-se o submúltiplo da polegada em que se pretende exprimir a medida (será umafração de numerador 1 e de denominador igual a uma potência de 2, ou seja 2, 4, 8, 16, 32, ou 64,etc.). A seguir, multiplica-se o número dado em milímetros por esse denominador previamenteescolhido. E por fim divide-se o produto obtido, por 25,4.

    EXEMPLO:

    Suponhamos que queremos converter em polegadas o valor 8,725mm com uma aproximação dedezasseis avos (1/16) de polegada.

    Queremos que o resultado venha expresso em16

    1de polegada. O denominador é então 16.

    Seguindo o que se disse atrás, multiplica-se por 16 o valor que queremos converter em polegadas:

    8,725 X 16 = 139,6

    Divide-se o produto obtido por 25,4:

    16

    "5496,5

    4,25

    6,139 

    2.2.4- UNIDADES ANGULARES 

    O grau corresponde a uma porção da circunferência ou arco de círculo. Para se obter 1 (um) graudivide-se a circunferência em 360 partes iguais. Ao ângulo ao centro formado por dois raiosconsecutivos da circunferência, chama-se grau. Assim sendo, uma circunferência tem 360 graus.

    O grau subdivide-se em 60 minutos e o minuto em 60 segundos, como mostra a tabela.

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    Para além do grau usam-se frequentemente o radiano  e o grado  para quantificar os ângulos. Arelação do radiano e do grau faz-se pela igualdade π=180º.

    2.3-EXERCÍCIOS

    2.3.1-CONVERTER POLEGADA FRACIONÁRIA EM MILÍMETRO: 

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    2.3.2-CONVERTER MILÍMETRO EM POLEGADA FRACIONÁRIA (1/128)

    a) 1,5875mm = ..................................................................

    b) 19,05mm = ..................................................................

    c) 25,00mm = ..................................................................

    d) 31,750mm = ........................................................................

    e) 127,00mm = ....... ................................................................

    f) 9,9219mm = ........................................................................

    g) 4,3656mm = .......................................................................

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    3- INSTRUMENTOS DE MEDIDA

    3.1-RÉGUA GRADUADA  

    A régua graduada é o mais simples entre os instrumentos de medida lineares. Apresenta-segeralmente em forma de lâmina de aço carbono ou de aço inoxidável.

    Nessas lâminas estão gravadas as medidas em centímetros (cm), milímetros (mm), conforme o sistemamétrico, ou em polegadas, conforme o sistema inglês.

    Tipos e usos:

    a) 

    Régua de encosto interno

    Destinada a medições que apresentem faces internas de referência.

    b)  Régua sem encosto

    Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

    a)  Régua com encosto

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    Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, a qual é utilizada como encosto.

    3.1.1-LEITURA NO  SISTEMA MÉTRICO

    Na régua graduada a seguir, cada centímetro da escala encontra-se dividido em 10 partes iguais ecada parte equivale a 1 milímetro. Dessa forma, a leitura pode ser feita diretamente em milímetros.

    3.1.2-LEITURA NO  SISTEMA INGLÊS 

    Neste sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão chegam aapresentar 32 divisões por polegada. A ilustração a seguir mostra essa divisão, representando a

    polegada dividida em frações de16

    1”. Repara que estão indicadas somente frações de numerador

    ímpar. Isso acontece porque, sempre que há numeradores pares, a fração é simplificada.

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    A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do objeto, conformeindicado no exemplo abaixo:

    Assim, a leitura realizada é igual a8

    11 " (uma polegada e um oitavo de polegada) de comprimento.

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    3.1.3-EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

    Faz a leitura, em milímetros, das dimensões indicadas abaixo e escreve o numeral à frente das letrasque representam as cotagens. 

    Efetua a leitura de frações de polegada em régua graduada.

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    4-PAQUÍMETRO

    A figura a seguir ilustra o aspeto de um paquímetro com todas as suas peças devidamenteidentificadas.

    1. Orelha fixa (face para medição interna) 8. Encosto fixo (face para mediçãoexterna)

    2. Orelha móvel (face para mediçãointerna)

    9. Encosto móvel (face p/ mediçãoexterna)

    3. Nónio ou vernier (polegada) 10. Bico móvel

    4. Parafuso de trava 11. Nónio ou vernier (milímetro)

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    5. Cursor 12. Impulsor

    6. Escala fixa de polegadas 13. Escala fixa de milímetros

    7. Bico fixo 14. Haste de profundidade

    Trata-se de um instrumento finamente acabado, com superfícies planas e polidas. O cursor é ajustadoà régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente éconstruído de aço inoxidável e as suas graduações referem-se a 200mm. A escala é graduada emmm e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de umaescala chamada nónio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da régua e indica o valor dadimensão tomada. Esta escala permite a leitura de frações da menor divisão da escala fixa.

    4.1-PAQUÍMETRO UNIVERSAL  

    A figura abaixo mostra o uso do paquímetro em medições internas (A), de ressaltos (B), externas (C)e de profundidade (D).

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    4.2-  USO DO PAQUÍMETRO

    Posicione corretamente os bicos principais na medição externa, aproximando o máximo possível apeça da escala graduada, ou seja, a peça deve ser colocada o mais profundamente possível entreos bicos de medição. Isso evitará erros por folga do cursor e o desgaste prematuro das pontas onde

    a área de contato é menor.

    Verifica também o perfeito apoio nas faces de medição como mostra a figura abaixo, para maiorsegurança nas medições.

    Posiciona corretamente as orelhas para medição interna. Procura introduzir o máximo possível asorelhas no furo ou ranhura, mantendo o paquímetro sempre paralelo à peça que está sendo medida.

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    Nas medições de diâmetros internos, as superfícies de medição das orelhas devem coincidir com alinha de centro do furo.

    Posiciona corretamente a vareta de profundidade, no caso de medições de profundidade. Antes defazer a leitura, verifica se o paquímetro está apoiado perpendicularmente ao furo em todo osentido, apoiando-o corretamente sobre a peça, evitando que ele fique inclinado.

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    Nas medições de ressaltos, apoia primeiro a face da escala principal e depois encosta suavemente aface do cursor. Faz a leitura sentindo as faces encostadas. Não se deve usar a haste deprofundidade para esse tipo de medição, pois ela não permite um apoio firme.

    4.3-CUIDADOS ESPECIAIS E CONSERVAÇÃO

    Manusear o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques. Toma todas as providênciaspara que o instrumento não sofra quedas e não seja usado no como martelo.

    Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode causar danos,nomeadamente corrosão ou empenos.

    Evitar arranhões ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.

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    Evitar danos nas pontas de medição. Nunca utilizar as orelhas de medição como compasso detraçagem.

    Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.

    Limpar e guardar o paquímetro em local apropriado, após sua utilização

    4.4-NÓNIO 

    A escala do cursor é chamada de nónio ou vernier, em homenagem ao português Pedro Nunes e aofrancês Pierre Vernier, considerados seus inventores. Nos paquímetros em que o nónio possui dezdivisões, o traço de número 1 está desproporcionado 0,1mm em relação à escala fixa. Há, portanto,uma diferença de 0,1mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.

    Essa diferença é de 0,2mm entre o segundo traço de cada escala e de 0,3mm entre o terceiro traçode cada escala e assim por diante.

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    RESOLUÇÃO DE UM PAQUÍMETRO

    Lembramos que resolução de um instrumento é a menor medida que o instrumento oferece . Nospaquímetros, a resolução é calculada dividindo-se a menor divisão da escala fixa pelo número dedivisões do nónio.

    a) Divisão da escala fixa de 1mm e nónio com 10 divisões.

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    4.5-LEITURA NO SISTEMA MÉTRICO  

    Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio corresponde àleitura em milímetro. Em seguida, devem-se contar os traços do nônio até o ponto em que um delescoincidir com um traço da escala fixa. Esse valor lido no nônio representa a parte decimal da leitura.

    Depois, soma-se o número lido na escala fixa ao número lido no nônio.

    a) Paquímetro com nônio de 10 divisões Resolução = 0,1 mm.

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    A escala principal fornece a parte inteira 1,0 mm

    O nónio fornece a parte fracionária (decimal) 0,3 mm

    O resultado da leitura é a soma dos dois valores 1,3 mm

    b) Paquímetro com nónio de 20 divisões Resolução = 0,05 mm.

    O procedimento de leitura é similar ao paquímetro de resolução 0,1mm, observando que, neste caso,a parte fracionária da leitura (traço coincidente do nônio) não é mais obtida em décimos demilímetros e sim em múltiplos de 5 centésimos de milímetros (0,05; 0,10; 0,15;...;0,95).

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    73,00 mm escala fixa 

    0,65 mm nónio

    73,65 mm total

    c) Paquímetro com nónio de 50 divisões  Resolução = 0,02 mm.

    68,00 mm escala fixa

    0,32 mm nónio

    68,32 mm total

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    4.6-EXERCÍCIOS

    1. Calcule a resolução do paquímetro, faça a leitura e escreva as medidas nos locais indicados.

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    2. Faça a leitura dos paquímetros com resolução 0,05 mm a seguir e escreva as medidas nos locaisindicados, não se esquecendo de colocar a unidade.

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    3. Calcule a resolução do paquímetro, faça a leitura e escreva as medidas nos locais indicados, nãose esquecendo de colocar a unidade.

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    5-MICRÓMETRO

    5.1-PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

    O princípio de funcionamento do micrómetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. Assim, háuma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta completa, provocará um descolamentoigual ao seu passo.

    Deste modo, dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores que uma volta e,com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

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    Características

    Os micrómetros caracterizam-se pela:

    · capacidade;

    · resolução;

    · aplicação.

    A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1"), variando o tamanho doarco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1"). Podem chegar a 2000 mm (ou 80").

    A resolução nos micrómetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001" ou .0001".

    No micrómetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estão juntas, a borda dotambor coincide com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincidecom o zero (0) da escala do tambor.

    Para diferentesaplicações, temos osseguintes tipos demicrómetro.

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    5.2-EXERCÍCIOS  

    Exercício 2

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    Cita nome de alguns modelos de micrómetro e pra que servem.

    Exercício 3

    Quando será necessário utilizar um micrômetro e não um paquímetro?

    6-NORMALIZAÇÃOA Normalização tem por fim a elaboração de regras - normas - de utilização generalizada ougeneralizável, de interesse comum ou específico. O advento das normas como necessidade objetivada sociedade pode localizar-se na passagem da produção artesanal à industrial, dada a

    necessidade da intermutabilidade dos produtos entre si e da sua correspondência à população aque se destina. Já na própria produção artesanal se colocavam necessidades de normalização.

    A produção de normas visa, afinal, definir características, qualitativa e quantitativamente, por formaa obter uma melhor correspondência possível dos produtos às necessidades. A escolha e a definiçãodas qualidades e quantidades normalizadas e dos processos de as obter e controlar são a essênciada atividade da normalização. As normas podem ser tornadas obrigatórias em um dado país ouregião por razões de saúde, segurança, defesa do ambiente, económicas, etc.

    Segundo a NP  –  1620, Norma é uma especificação técnica ou outro documento do domínio público,preparado com a colaboração e o consenso ou a aprovação geral de toda as partes interessadas,

    baseado em resultados conjugados da ciência, da tecnologia e da experiência, visando a otimizaçãode benefícios para a comunidade no seu conjunto e aprovado por um organismo para talqualificado.

    A preparação e elaboração das normas deve seguir determinadas regras que estãointernacionalmente indicadas em Guias da ISO (International Standard Organization), e que são,geralmente, adotadas nos vários países. Como é lógico, as normas são de utilização voluntária. Oideal seria os produtores sentirem necessidade da sua utilização e os utilizadores exigirem o seuemprego quando adquirem produtos, bens e serviços.

    As normas podem ser tornadas obrigatórias em um dado país ou região por razões de saúde,

    segurança, defesa do ambiente ou do consumidor, ou por outras razões muito específicas (porexemplo, económicas). Podemos, pois, dizer que as normas podem ser obrigatórias ou voluntárias, seo Governo, num dado país, publica ou não legislação (regulamentação) com a adequadajustificação, tornando o seu uso obrigatório.

    A mesma obrigatoriedade pode ser regulamentada por organizações regionais (UE - UniãoEuropeia) ou internacionais (UE/ONU - Organização das Nações Unidas). Consideremos que anormalização é um fator de melhoria da economia global, pois contribui para:

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    Racionalizar a produção tanto a nível de conceção como de fabricação - melhor utilização damatéria-prima e da energia, otimização do número de modelos ou de tamanhos;

    Facilitar as trocas comerciais ao estabelecer uma linguagem comum -vocabulário,

    classificação, modelos, etc.;Utilizar melhor os produtos - melhor conhecimento do produto, da sua utilização e da suamanutenção;

    A norma é uma garantia para o utilizador, referenciando:

    • Níveis de qualidade 

    • Aptidão ao uso 

    • Segurança 

    • Intermutabilidade 

    A garantia é reforçada, quando serve de documento de referência para uma certificação.

    Para o produtor, a norma pode ser igualmente um argumento de venda no mercado nacional e, cadavez mais, no mercado internacional (produtos fabricados e controlados segundo critériosreconhecidos...).

    7-TRAÇAGEMDá-se o nome de traçagem ao conjunto das operações a realizar para marcar, nas peças a submeteraos vários tipos de trabalho de formação e acabamento mecânico, as linhas e pontos que lhes

    delimitam as formas.

    Poderíamos, portanto dizer, que a traçagem consiste em transportar para as peças os desenhos dosplanos ou então em marcar nelas outros pontos ou linhas importantes para as operações de fabrico eacabamento - eixos de simetria, etc..

    É esse, por exemplo, o caso das peças em bruto, de fabricação fundida, que terão de sertrabalhadas mecanicamente para se lhes retirar o excesso de material que ainda tem, sendonecessário efetuar nelas uma traçagem prévia que assinale a quantidade de material a suprimir.

    O trabalho de traçagem pode ser classificado em dois grandes tipos:

    Traçagem planaTraçagem no espaço

    A reprodução das linhas do desenho na face da peça não pode porém realizar-se com o mesmomaterial do desenho. Deverá, pois, usar-se material adequado e preparar as superfícies da peçapara receber as linhas.

    7.1-TRAÇAGEM NO ESPAÇO 

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    A traçagem no espaço é realizada nas peças mais volumosas, como por exemplo, as peças obtidaspor fundição.

    A traçagem no espaço realiza-se, pois, em peças que não são planas, e delimita volumes.

    Um exemplo característico é o da traçagem que se teria de realizar num cilindro para dele seobter uma barra de secção quadrada. Para esse efeito é necessário traçar um quadrado na faceda base do cilindro e traçar também as arestas da barra, conforme representa a Figura a seguir.

    A traçagem no espaço tem de ser realizada em casos muito numerosos e variados e tem imensasaplicações, como vamos ver seguidamente.

    Sabemos já que as peças obtidas por fundição não ficam com as exatas medidas finais etem, por esse motivo, de serem submetidas a desbaste manual ou mecânico que as leva a formae dimensões devidas.

    Para se desbastar mecanicamente as peças é necessário, primeiramente, determinar e marcar aspartes em excesso, ou seja, marcar as linhas e superfícies que delimitarão a sua forma e dimensõesfinais.

    Ao mesmo tempo, devem ser marcados os centros dos furos a praticar nas peças e, em certos casos,os eixos ou planos de simetria que servirão de guia ao trabalho de desbaste mecânico.

    Fazer essas marcações é o objetivo da traçagem no espaço.

    7.2-PREPARAÇÃO DAS SUPERFÍCIES  

    Antes de iniciar a traçagem propriamente dita, as peças devem ser previamente preparadas. Emprimeiro lugar e necessário proceder à limpeza e remoção de escória, gorduras ou oxidações.

    Em seguida, é preciso revestir as superfícies com uma pintura especial ou com algumasubstancia que proporcione boa visibilidade dos traços do riscador. Uma prática habitual emserralharia é passar giz de gesso na superfície para poder riscar de seguida com o riscador.

    Os orifícios, caso existam, deverão ser tapados com tampões ou algo similar, tal como se mostra nasfiguras a seguir.

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    Como se verifica a traçagem no espaço serve os mesmos prop6sitos e realiza-se segundo os mesmosprincípios que a traçagem plana.

    Se houver perigo de a traçagem se apagar ou desaparecer durante as operações a que a peçavier a ser submetida, marca-se na sua superfície, a punção e martelo, um conjunto de pontosque definam as linhas da traçagem e os seus pormenores mais importantes.

    7.3-INSTRUMENTOS DE TRAÇAGEM 

    RISCADOR- Serve para traçar ou riscar os materiais ou peças.

    As figuras ao lado mostram o aspeto desta ferramenta.

    Para efetuar um traço devemos adotar a posição da figura a seguir.

    PUNÇÃO (de marcação ou de bico)

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    Trata-se de uma ferramenta que serve para marcar pontos para furação ou como referência paratraçagem. Há muitas formas mas as três mais comuns são as que se apresentam a seguir:

    Trata-se do punção de bico liso, quadrado ou recartilhado.

    O modo de operar com esta ferramenta é descrito nas figurasque se apresentam a seguir:

    1-  Aplicação

    2-  Marcação por pancada

    3-  Inspeção da marca

    A marcação de centros com o punção é de grande importância;a marca deixada pelo punção deve ter um diâmetroaproximado de 0,5 mm e, em certos casos, até mesmo de 3 a 5mm, isso depende das dimensões da peça, da importância damarcação, etc. O mais importante de tudo é a posição dovértice da cavidade c6nica feita com o punção.

    Esse vértice deve estar exatamente no cruzamento das duaslinhas que o determina. Na Figura pode ver-se um centrocorretamente marcado: observe-se que o vértice da marca estaexatamente no cruzamento das duas linhas retas.

    Se, com a primeira pancada do martelo, a marca ficar desviada da posição correta, facto que éfrequente, pode proceder-se a sua correção do seguinte modo: inclina-se o punção para o lado paraonde se deve deslocar a marca e, com ele assim inclinado, dá-se uma nova pancada; depois,com o punção novamente na vertical, dá-se uma pancada definitiva.

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    No ponteamento de linhas retas devemos usar umadistância de cerca de 30mm. No caso de havernecessidade de pontear linhas curvas deveremosproceder de acordo com o desenho da figura ao lado.

    RÉGUA

    Já foi referida neste manual, sendo que, a régua de traçar não é a mesma que serve para medição.A régua de traçagem é mais robusta e normalmente não tem escala, tal como se poder ver na figuraa seguir.

    ESQUADRO

    Também já foi referido e, tal como na régua, o esquadro de traçagem é desprovido de escala.

    A - Esquadro de cepo

    B - Esquadro T

    C - Esquadro de cepo com lâmina biselada

    D - Esquadro liso de lâmina biselada

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    E - Esquadro liso

    A figura a seguir apresenta um exemplo de utilização do esquadro.

    Para marcar o centro de uma face circular da peça, usa-se o chamado esquadro de centrarconforme representa a figura abaixo, que é formado por uma régua graduada na qual está ligadauma peça com um angulo de 90°, estando o vértice deste ângulo em coincidência com a aresta da

    régua. Traçando dois diâmetros da face circular da peça, encontra-se o respetivo centro.

    COMPASSO

    O compasso, e um dos instrumentos mais utilizados nas operações de traçagem. É fabricado em aço

    temperado, para que as pontas não se desgastem prematuramente pela fricção nos materiais amarcar. Os tipos de compassos mais correntes são o compasso de bicos representado na Figura aseguir.

    A figura que se segue apresenta um compasso de calibre que é usado para traçar arcos de círculo.

    A seguir apresenta-se uma técnica operatória de marcação de semicírculos.

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    GRAMINHO

    Juntamente com o plano de traçagem, o graminho é o mais característico instrumento, e o mais usado,na traçagem no espaço. É formado por um riscador montado num suporte especial, cuja forma maissimples e mais corrente é representada na Figura a seguir.

    A base (l) deste suporte, cuja face inferior é plana para poder deslizar com suavidade sobre

    o plano de traçagem, sustenta uma haste cilíndrica montada na vertical (2).A peça (3), em que é montada a haste do riscador, pode correr para cima e para baixo epode, além disso, aumentar ou diminuir a inclinação do riscador.

    O parafuso (4) serve para a fixação: desapertando-o, desloca-se e inclina-se o riscador comoconvier e, uma vez obtida a posição desejada, aperta-se o parafuso imobilizando nessa posição oriscador.

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    Depois de se fixar o riscador na posição que se deseja, e fazendo deslizar a base do graminhosobre o plano sem dele o levantar, é evidente que a ponta do riscador se conservará semprenum mesmo plano horizontal conforme demonstra a Figura.

    Esta propriedade do graminho permite a sua utilização para traçar planos e retas paralelasa vários níveis, eixos de simetria, etc.

    8- TRABALHO PRÁTICO

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    Objetivo específico

    Desenvolver técnicas de operação e traçagem básica, fazendo uso das ferramentas adequadas aoexercício.

    • Procedimentos 

    a) Ler e interpretar o desenho apresentado (DES. N° 1).

    b) Fornecimento de uma placa em ST37 ou CK45 previamente maquinada com as dimensões de:80x60x15mm.

    c) Fornecer as seguintes ferramentas:

    Graminho de traçagem; Paquímetro de 150mm; Martelo de bola pequeno; Puncão de bico

    d) O aluno deverá ter conhecimento de:

    Posto de trabalho

    Posição correta no decorrer do trabalho de traçagem.

    Higiene e segurança no trabalho

    e) Durante o processo de execução do exercício pratico proposto, o aluno deve ser esclarecido de

    forma simples mas objetiva, das dúvidas que possam surgir.

    f) O aluno deve ser exercitado as vezes julgadas necessárias no que respeita à sua postura noposto de trabalho, a forma correta do seu posicionamento na operação de traçagem, etc.

    O tempo estimado para a realização deste exercício será de : 3 horas (dois blocos de aula)

    Avaliação

    A avaliação do exercício é qualitativa, e deve ter em consideração os seguintes critérios:

    Correção no posto de trabalho

    Método de medição e traçado

    Acabamento final

    Tempo utilizado ou rapidez de execução

    Desenho 1

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    9-CONCLUSÃO

    Este primeiro módulo serviu essencialmente para focar a tecnologia do traçado, a preparação dassuperfícies, os instrumentos mais utilizados no processo de traçagem, os apetrechos de assento esujeição necessários, e as técnicas operacionais de vários processos de traçagem, tendo emconta o nível de aprendizagem a que se destina.

    Antes foram dadas as noções básicas de metrologia onde foi feita uma abordagem teórico-práticaaos instrumentos de medida mais usados. É provável que no decorrer dos módulos surjam outrasnecessidades de medido e, portanto, apesar do módulo ter terminado, não terminou a aprendizagemsobre metrologia. Antes pelo contrário, começou agora… 

    Esperamos que este módulo tenha servido para criares motivação para um processo evolutivoconstante no caminho da construção das aprendizagens, rumo ao futuro, com mira permanente nosucesso e na procura incessante de novas aprendizagens e novas competências.

    O professor.

    10-BIBLIOGRAFIA

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    Alves, Mário Ferreira, ISEP –  Dep. Engenharia Eletrotécnica, Março de 2003

    CASILLAS, A. L., Maquinas - Formulário Técnico, Editora Mestre Jou

    CEPRA –  Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel, Metrologia –  Cepra- Direção

    Guedelha, Joaquim, Metrologia e Normalização –  IEFP Instituto de emprego e Formação Profissional

    SODANO, E., Manual do Torneiro Mecânico, Coleção Manuais Técnicos - Editorial Presença