Meu Resumo - Clarice Lispector

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Felicidade Clandestina: menina gorda, baixinha, gostava de ler. Menina sdica que tinha o livro e no o emprestava. As reinaes de narizinho. -=-=-=-=-=Amizade sincera. Familia de um do Piaiu. O outro foi morar em So Paulo. No tinham mais assunto. Transformavam qualquer evento pequeno numa grande coisa p ara solucionar. -=-=-=-=-=-= MIOPIA PROGRESSIVA Menino inteligente, adiantado em seu tempo que vai passar um dia na casa da tia. Comea imaginando como deve atuar e como ser julgado. A tia nunca teve filhos. -=-=-=-=-=-=RESTOS DO CARNAVAL Cabelos lisos, causavam desgosto. Me doente. Fantasia de rosa, sobra de papel cre pom da amiga. A me da amiga fez pra ela. Um menino de 12 (ela tinha 8) jogou conf ete nela. Ela riu. -=-=-=-=-=-=-= O GRANDE PASSEIO Velha sequinha. Nome: Mocinha. Margarida na verdade. Pequena, famlia j toda morta. Esmola pouca, davam cama pequena e estreita para dormir. Botafogo. Saia da casa para passear. Nasceu no Maranho. enviada para Petropolis, para a casa de um sobrinho. Ele no aceitou. Deu dinheiro para ela voltar para o Rio. No entendeu. Caminhou pela estrada de Petropolis. So l forte. Ali morreu. -=-=-=-=-=-=-=COme MEU FILHO O filho questiona o mundo redondo (ou chato) e o pepino "inreal", irreal. Come, meu filho. =-=-=-=-=-=-=-=PERDOANDO DEUS Passeando pela Avenida Copacabana, sente um amor imenso pelas coisas, amor mater nal por Deus. De repente quase pisa num rato morto. Inicia um processo de raiva de Deus, [a grosseria de Deus insultava-me], querendo vingar-se dele. Passa por um momento de perdo-lo [quem sabe o mundo tambm rato, e eu achei que estava pronta para ele] e de acreditar que ele o todo poderoso. [sou muito teimosa] [brigona, este meu jeito].[Como posso amar a grandeza do mundo se no posso amar o tamanho de minha natureza?] [Enquanto eu amar a um Deus s porque no me quero, serei um dad o marcado / Enquanto eu inventar Deus, Ele no existe]. -=-=-=-=-=-=-=-= TENTAO Menina ruiva, numa terra de morenos. Chama ateno. Soluo. Um cachorro basset tambmm r uivo. Infancia impossivel. O Basset segue em direo dona sob o guarda-sol. A menina s observa. -=-=-=-=-=-=-=-=O OVO E A GALINHA Meu Deus que histria pirada. Ela brinca com o ovo, coloca a galinha como um agente. Coloca a autora como agen te, que no precisa saber muito sobre o ovo. Ao mesmo tempo o ovo frito, vira comi da. Ela divaga e esquece do ovo. Refere o Ovo com Deus. O Ovo passa pela Macednia (Jesus tambem passou por l). Muito sinistro. Sem comeo, meio e fim, meio infinito. LER DENOVO. -=-=-=-=-=-=-=-=CEM ANOS DE PERDO O conto em que roubava rosas e pitangas. Descreve como faz, p ante p, corao pulsando . As pitangas, segundo ela, pedem para ser colhidas ou morrem maduras no galho, virgens.

-=-=-=-=-=-=-=-=A LEGIO ESTRANGEIRA Conta a histria da menina Oflia, criana, e uma vizinha mais velha j moa. A Oflia fi de hindus e esta famlia no parecia gostar muito da moa, apenas a Oflia [a criana]. Esta menina vinha visit-la. Era uma tortura. A criana parecia julg-la em cada movim ento. Mas um dia, por acaso, era Natal e a moa havia comprado um pinto para seus filhos . E o pinto piou, assustando a Ofelia. Neste momento, descreve-se todo um desenr olar de criana comparando-a com metamorfose de lesa para borboleta. No fim, o trgico, a menina hindu mata o pinto. -=-=-=-=-=-=-=-=-=OS OBEDIENTES Conta a histria de um casal certinho. Muito certinho, muito convencional, mas ras os nas ideias. O marido chega um dia mais cedo mas no ficou claro se ela o traiu ou se ela mordeu literalmente uma ma. Quebrou o dente. Foi olhar o espelho e se de u conta de que estava com 50 anos. joga-se da janela do apartamento. O mundo dele desabou "uma vez seco o leito do rio e sem nenhuma gua que o afogass e (...) andava perplexo e sem perigo sobre o fundo com uma lepidez de quem vai c air de bruos mais adiante". -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=A REPARTIO DOS PES Narra a histria de um almoo de sbado, to sem graa como todos os sbados. Ningum queri star ali. Mas no justo com a anfitri: sempre alegre como se estivesse recebendo pe ssoas importantes. Sem apeite, so chamados mesa. E a mesa, impressionante, com muita abundncia. Ela c ome, sem piedade, pensando em Deus. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-= UMA ESPERANA um bichinho verde, um inseto. Estava presa numa teia de aranha. ela e o filho lu taram para a aranha no estraalha-la. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=MACACOS Apareceu um na casa dela, ela o expulsou mas ficou com remorso. Era em copacaban a no RJ. Foi atrs de vendedores de macacos e comprou um pequenina, Lisette, mas e la morreu no pronto-socorro. -=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=OS DESASTRES DE SOFIA Conta a historia de uma menina, bem levada, que percebeu que o professor ensinav a a turma com impacincia. Humilhada, ela resolveu atormentar o professor. Mas tam bm ficava atormentada. Tinha apenas 9 anos. Mas essa histria muda quando, num dia, eles precisam continuar uma histria fictcia que o professor havia comeado [narrao]. A histria dela foi to diferente do comum: para ela, foi para terminar de uma vez e ir pro recreio. Mas o professor adorou e elogiou-a. Do momento em que ele a cha ma at o elogio, ela descreve toda uma cena de medo do professor. Quando ele a elo gia, ela sente que ele um tolo porque ela s contou "mentiras" - at ento ela achava que inventar histrias era contar mentiras. -=-=-=-=-=-=A CRIADA Descreve a Eremita, uma criada que tinha um mundo particular dela. Uma profundid ade que ela, de vez em quando, acessava e ficava calada. Profundidade escura que s a escurido encontrava. Uma floresta, que ela ia de vez em quando. Esta criada tambm tinha o hbito de pequenos furtos na casa da patroa, para levar u mas comidinhas a seu noivo. -=-=-=-=-=-=-= A MENSAGEM Conta a hisria de um menino e uma menina, jovens de 16 e 17 anos. Angustiados. El e ouve que ela est angustiada e, a partir da, nasce uma amizade sem pretenses de ho mem e mulher. At que, no ultimo dia de aula, eles esto voltando para casa juntos e so surpreendidos com o desabrochar da sexualidade. Isso tudo provocado por um mo mento em que eles ficam na calada entre um onibus que est passando e uma casa velh

a no Rio. A partir deste momento ele a olha com olhos de homem. -=-=-=-=-=-=-=-= MENINO A BICO DE PENA Narra as atitudes de um nenque fica na sala e de repente percebe que est sozinho. Comea a chorar. A me vem acud-lo: pega-o no colo e ele sente que est mais quente e m ais longe do cho. V a mesa de cima. Logo vem o sono, os olhos fechando no horizont e. Quando acorda, est sozinho: poe-se a chorar. A me vem com um fralda - ele est mo lhado. Mas pra de chorar. De repente um barulho de carro e ele comenta: "fon fon" . -=-=-=-=-=-=-=UMA HISTORIA DE TANTO AMOR Galinhas Pedrina e Petronilha. A menina cuidava das duas, como uma enfermeira, cheirava as asas da galinha [que no cheiram bem]. No ocorreu a ela passar desodorante - at porque na cidadezinha de la no se tinha o hbito - ento pede tia um remdio para o fgado. Ela resolve dar para s duas galinhas, para evitar contgios. A tia dava um remdio escuro, que ela acredi tava ser pingo de caf - e "vinha o inferno de tentar abrir o bico das galinhas" Um dia ela foi brincar na casa da amiga e quando retornou, tinham comido a Petro nilha. Ela ficou revoltada com todos que gostavam de galinha. A me tentou consol-l a, dizendo que quando comemos um bicho ele fica dentro de ns, faz parte de ns. Um pouco mais velha, ela cuida da galinha Eponina. Quando chegou a hora dela morrer , a menina comeu a Eponina "mais do que os outros" e tinha ciumes de quem comia a Eponina. Eponina ao molho pardo. -=-=-=-=-=-=-=-= AS GUAS DO MUNDO O mar ininteligvel e infinito no horizonte. A mulher, ininteligivel porque pergun ta sobre si mesmo. Encontro de mistrios, de dois mundos incognoscveis. O sal do ma r, o frio, ela tem muita coragem por entrar sozinha. O mar no est sozinho. Ela bri nca na gua, com a mo faz uma concha, bebe um pouco de gua. Sua garganta reclama do sal, ela se acostuma e toma mais um gole. Agora ela vai sair, as ondas puxam-na para dentro, mas ela resiste e sai. -=-=-=-=-=-=-=-=A QUINTA HISTRIA Conta a mesma histria em 5 tempos. "Como matar baratas" o comeo: ela se queixa das baratas e aprende com uma senhora uma receita para matar baratas: misturar em p artes iguais acar,farinha e gesso. O acar e a farinha atraem-nas e o gesso as endure ce e mata. A segunda histria "O Assassinato" - a mesma coisa - ela se queixa das baratas. S que no so baratas dela, so as que sobem pelo cano e chegam casa dela. Ela prepara o elixir da morte noite para efeito na madrugada. A terceira histria "Es ttuas" como ficavam as baratas depois de comer o elixir: elas endureciam de dentr o pra fora. [que horror]. A quarta narrativa - queixou-se de baratas - mas agora ela se pergunta se teria que repetir este ritual toda noite? A quinta histria ch ama-se "Leibnitz e A transcendncia do amor na Polinsia" comea: "queixei-me de barat as". -=-=-=-=-=-=-=-=ENCARNAO INVOLUNTRIA Ela involuntariamente encarna as pessoas para entend-las. Numa viagem de avio, peg ou-se encarnando numa missionria. Percebeu que ela andava de levinho, cuidando da saia: encarnou. O avio fez um pouso de conexo e eles poderiam sair do avio. Saindo , ela encarna na missionria e cuida das imaginrias barras da saia para o vento no l evantar. Outra situao, ainda em viagem, ela encarnou numa prostituta, que tinha um perfume forte e fechava o olho enquanto fumava [tragava e fechava] enquanto olhava para um candidato a cliente. Ela tentou fazer o mesmo, mas o seu perfume era leve dem ais e o candidato estava entretido com seu jornal. No funcionou. -=-=-=-=-=-=-=-= DUAS HISTRIAS A MEU MODO