MEU SEMINÁRIO

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ESTRUTURA, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DE PORIFERA CNIDARIA, CTENOPHORA E CONULARIIDAE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA VITOR HUGO ENUMO DE SOUZA

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ESTRUTURA, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DE PORIFERA

CNIDARIA, CTENOPHORA E CONULARIIDAE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA COMPARADA

VITOR HUGO ENUMO DE SOUZA

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PORÍFEROS PORÍFEROS

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CLASSIFICAÇÃO DOS PORÍFEROS COMO ANIMAIS

350 a.C – Grécia - primeiro registro como plantas consideradas plantas, pois não se compreendia ainda sua anatomia e fisiologia.

Séc XVIII - como Lineu (1707-1778) e Lamark (1744-1829) - zoophyta (animais-plantas).

1836 - Robert Edmond Grant (1793-1874) - criou o nome Porifera

Início do século XX - A posição de filo foi aceita.

Atualidade - dados de biologia molecular também confirmaram essa posição acima - genes envolvidos no processo de morfogênese, células de adesão e colágeno

Fonte: Ciência Hoje. V. 43, No 258, Abril de 2009.

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SUPOSTA ORIGEM

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GENERALIDADES: Latim: Porus = poro; Ferre = possuir

- Ediacarano (630 milhões e 542 milhões de anos atrás)

- Parazoários

- “Diblásticos”

- Sésseis, exceção larva natante

- ~10.000 espécies marinhas e 150 dulcícolas

- Tamanho: 1mm a 2m de diâmetro

- Maioria assimétricos

- Crescimento: depende das correntes de água, disponibilidade de espaço, natureza e inclinação do substrato

- Coloração variável

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MORFOLOGIA:

- COANODERME

- MESOGLÉIA

- PINACODERME

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PINACODERME

- Pinacócitos

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MESOGLÉIA, MESÊNQUIMA ou MESO-HILO

- ~ tecido conjuntivo dos metazoários - Amebócitos: Esclerócitos – espículas Arqueócitos – células totipotentes Colêncitos – colágeno Miócitos – células “contráteis”

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COANODERME

- COANÓCITOS - alimentação

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ARQUEÓCITOSARQUEÓCITOS

ESPÍCULASESPÍCULAS

REPRODUÇÃO

ASSEXUADA

- Brotamento

- Gemulação

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REPRODUÇÃO

SEXUADA - maioria hermafroditas - coanócitos/arqueócitos – gametas - fecundação externa - desenvolvimento externo e indireto

AnfiblástulaParenquímula

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EVOLUÇÃO DAS ESPONJAS

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TIPOS DE ESPONJAS

ASCON SICON LEUCON

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ASCON

+ primitiva, menor, menos comum

Trajeto água:

Poro – espongiocele - Ósculo

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SICON

Dobramento da parede do corpo e diminuição do espongioloce

Trajeto da água:Poro – canal inalante – prosópila - Canal exalante – apópila – espongiocelo - ósculo

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LEUCON

+ evoluída e maioresCâmaras flagelas e diminuição do espongiocelo (maioria)

Trajeto da água:Poros – canais incorrentes – prosópila - câmaras flageladas –apópila – canal escorrente - ósculo

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SISTEMÁTICA

(Nielsen, 2001)

4 grandes grupos:

- Calcarea

- Demospongiae

- Hexactinellida

- Sclerospongiae*

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CALCAREA

- Ascon, Sicon e Leucon

- Espículas calcáreas

- cores pálidas

- menores de 15 cm

- águas rasas

Leucandra heathi

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HEXACTINELLIDA

- Sicon

- Espículas silicosas

- Cores pálidas - Tamanho variável

- Águas profundas

- Esponjas de vidro

Euplectella aspergillum

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DEMOSPONGIAE

- Leucon

- Espículas silicosas

- Cores fortes e brilhantes

- Maiores esponjas

- 90% das espécies

- Todos os mares

Spongia barbara

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SCLEROSPONGIAE

- Leucon

- Esponjas coralinas

- Espículas silicosas

- Esqueleto de aragonita

- até 1 metro

Ceratoporella nicholsoni

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CNIDÁRIOS CNIDÁRIOS

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GENERALIDADES: Grego: knide = urtiga

- Pré-cambriano e cambriano

- primeiros eumetazoários

- Diploblásticos (epiderme e gastroderme)

- Cavidade interna para digestão

- Sistema nervoso difuso

- solitários ou coloniais

- sésseis ou natantes

- simetria radial

- 2 tipos estruturais: pólipo e medusa

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MEDUSA PÓLIPO

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MORFOLOGIA:

- EPIDERME

- GASTRODERME

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EPIDERME

- Célula epitélio-muscular - Célula intersticial - Célula receptora nervosa - Cnidócito

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GASTRODERME

- Célula epitélio-digestiva - Célula glandular - Célula flagelada

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ESQUELETO

Córneo, CaCO3 ou ausente

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Deslocamento dos cnidários

Pólipos - alguns são fixos e outros podem se deslocar (ex: hidra - cambalhota)

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Medusas – jatopropulsão - os bordos do corpo se contraem e a água acumulada na face oral é expulsa em jato, provocando o deslocamento do animal no sentido oposto.

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Reprodução

- sexuada e assexuada

Assexuada:

brotamentoestrobilização

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Sexuada

- fecundação interna ou externa e direta; desenvolvimento externo, direto ou indireto (larva plânula)

Desenvolvimento direto:

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Desenvolvimento indireto - alternância de gerações.

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CLASSES:

HYDROZOA

SCYPHOZOA ANTHOZOA

CUBOZOA

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CLASSES EXEMPLOS CARACTERÍSTICAS

Hydrozoa Hidra, caravela-portuguesa,

Obelia

medusóide/polipóide (predomínio); única classe que possui

indivíduos de água doce.

Scyphozoa Água-viva Predomínio da forma de medusa

Anthozoa Anêmona-do-mar

Existência apenas de pólipo

Cubozoa Vespa-do-mar Existência apenas de medusa

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HYDROZOÁRIOS

- Mesogléia acelular - Gônadas epidérmicas - Cavidade gastrocelular sem nematocistos - alimentação: microcrustáceos e larvas de insetos - digestão extracelular e intracelular

Hidra sp

Obelia sp

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SCYPHOZOÁRIOS

- Marinhos - 2 cm a 2m/diâmetro - mesogléia abundante - alimentação: partículas em suspensão, invertebrados e peixes - digestão extracelular na cavidade gastro-vascular e intracelular nos canais radiais

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ANTHOZOÁRIOS

-SUB CLASSE HEXACORALLIA - anêmona-do-mar - solitários ou coloniais - esqueleto externo ou ausente - faringe - sifonoglife - septos - óstios - acôncios - cnidócitos - espirocistos

- alimentação: moluscos, crustáceos, peixes

Cribrinopsis fernaldi

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-SUB CLASSE OCTOCORALLIA - 8 tentáculos peniformes - coloniais - pólipos aderidos à mesogléia perfurada por tubos gastrodérmicos, que entram em contato com a cavidade gastrovascular dos pólipos

Alcyonaria sp

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CUBOZOÁRIOS

- Poucas espécies

- Vespas do mar

- Oceano Pacífico

- Predadores ativos

- 24 olhos agrupados em conjuntos de seis e dispostos nas quatro faces que compõem o sifão

- zonas de elevada densidade de nervos junto aos conjuntos de olhos, que podem ser centros de processamento de informação

Carybdea marsupiali

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CTENOPHOROS CTENOPHOROS

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GENERALIDADES: Grego - Ktenos = Pente, Phoros = Possuir

- 80 espécies

- Apenas uma espécie de ctenóforos possui cnidócitos.

- Desenvolveram-se provavelmente a partir dos cnidários ou, pelo menos, os dois filos têm um ancestral comum.

- 8 faixas de placas ciliadas meridionais, com extremidade oral para frente.

- Predadores de pequenos invertebrados

- Dois tentáculos retráteis ramificados apresentam tentílios e coloblastos.

- Alguns ctenóforos capturam a presa diretamente com a boca.

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- Maioria hermafrodita

- Maioria possui bioeluminescência

- Poros anais na região aboral

- Ausência de mitocôndrias

Mnemopsis spPleurobrachia pileus

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Diferenças entre Ctenoforos e Cnidarios:

• Organismos triploblásticos;

• Simetria birradial;

• Não possuem Cnidas; (ressalva)

• Se locomovem através de cílios;

• Se locomovem com a boca voltada para frente

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Reprodução

- Assexuada (clonal)

- Maioria faz reprodução cruzada;

- Estimulados pela luz, os organismos liberam os gametas na água (fertilização externa);

- Desenvolvimento indireto (larva cidipídio);

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CLASSES:

TENTACULATA NUDA

Pleurobrachia pileus

Cestum veneris

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CONULÁRIOS CONULÁRIOS

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GENERALIDADES:

- O termo conulário, foi por muito tempo, aplicado para um número expressivo de fósseis, com teca relativamente simples, de formato piramidal, cônico ou tubular, de composição mineralógica variada.

- “ lixeira taxonômica”

- Atual: cnidários marinhos extintos, bentônicos, com teca fosfática, piramidal e alongada, e na maioria das vezes, com 4 faces (LEMES, 2004).

- Neocambriano ao Triássico

- Solitários (maioria) ou coloniais

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REFERÊNCIAS

MORAES, J.L. Análise cladística de Conulariidae walcott (Neoproterozóico-Triássico): caracterizando e definindo um grupo de cnidários extintos. USP. Tese de doutorado. Geociências. 2006.

NIELSEN, C. Animal Evolution: interrelationships of the living phyla. 2 ed. Oxford University Press. 2001.

OLIVEIRA, O.M.P. Chave para os ctenóforos brasileiros. Biota Neotropica, Vol.7 (n.3): 2007; p. 341-350.

Rodrigues, S.C., Leme, J.M., Simões, M.G. Significado paleobiológico de agrupamentos (coloniais/gregários) de Conularia quichua Ulrich, 1890 (Cnidaria), Formação Ponta Grossa, Devoniano (Pragiano-Emsiano), Bacia do Paraná, Brasil. Ameghiniana v.43 n.2 Buenos Aires abr./jun. 2006.

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Estudo observa portadores da síndrome de Laron e conclui que a baixa atividade do hormônio do crescimento diminui o risco dessas doenças. A pesquisa pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos para prevenir as enfermidades.

Ciência Hoje – fevereiro 2011

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- Acompanhamento da população por 22 anos, onde percebeu-se que os portadores da síndrome de Laron são resistentes ao câncer e diabetes.

- 1.600 pessoas foram analisadas (99 com síndrome de Laron) Com a síndrome – 0 diabetes e 1 câncer não letal Sem síndrome – 5% diabetes e 17% câncer

- Pesquisas com camundongos demonstraram que a inibição do hormônio do crescimento estava relacionada à diminuição do risco de câncer e a uma vida mais longa.

- Células dos portadores de nanismo não crescem tanto, elas investem sua energia na autoproteção.

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Recifes de corais: - Ambiente ideal para o desenvolvimento de fauna e flora- Ambiente ideal para o desenvolvimento de fauna e flora - Localidades de alta produtividade biológica;- Localidades de alta produtividade biológica; - São as mais ricas comunidades em biodiversidade entre as - São as mais ricas comunidades em biodiversidade entre as de águas rasas tropicais; de águas rasas tropicais; - Existe nesses locais forte movimentação de água: - Existe nesses locais forte movimentação de água: permanente migração e imigração de micro e macro fauna e permanente migração e imigração de micro e macro fauna e flora, nutrientes e elementos, da plataforma continental para o flora, nutrientes e elementos, da plataforma continental para o recife, e vice-versarecife, e vice-versa.