mfiLm - Comunidade São José · E os descobridores, quem foram eles? A terra assim descoberta, já...

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mfiLm COMUNIDADE SÃO JOSÉ mfiLm COMUNIDADE SÃO JOSÉ OS SINOS DE SÃ.O JOSÉ Número 266 .J'. Abril 2015 22 de abril: O Brasiljáfoi descoberto? Ao irmos para a escola, tanto em nossa infância, como na adolescência, aprendemos que no dia 22 de abril, Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Sem dúvida é uma data importante para todos nós, pois foi então que começou a se formar este nosso imenso país, nossa pátria amada. Mas cabe aqui uma dúvida que por certo é compartilhada por muitos de nós: o Brasil já foi realmente descoberto, como nação independente, com sua própria cultura, hábitos e tradições, que o caracterizam como tal? Inicialmente, tivemos em nossa formação, toda uma influência dos costumes, cultura, tradições e religião dos povos nativos (indios) e da nação portuguesa. Outras nações também contribuíram para nossa formação, como os holandeses que se estabeleceram no norte; sem dúvida alguma os imigrantes alemães, italianos, poloneses e de modo especial os africanos, que para cá foram trazidos como escravos. Estes últimos tiveram influência bem maior, pois se amalgamaram com os brasileiros (naturais da terra) de uma forma quase que completa ainda mais depois da abolição da escravatura. Da mesma forma os índios, que sendo aos poucos aculturados e catequizados, constituíram a tão famosa raça "cabocla". Somos, portanto, um povo de muitas origens, formados por diversas etnias que, por fim, deram a caracterização final ao nosso povo. Se bem ou mal, não nos cabe aqui julgar. Queremos, sim, uma resposta a nossa pergunta inicial, definindo se realmente já fomos descobertos. Mas o que significa descobrir? É somente descoberta aleatória, ao acaso, impulsionada por ventos (favoráveis), que fizeram" as "caravelas" chegarem a nossa terra? E os descobridores, quem foram eles? A terra assim descoberta, já era habitada? Como foram os descobridores recebidos? A terra propiciada tão espontaneamente, satisfez aos que nela vieram em busca de algo, de riquezas, de produtos quem sabe exóticos, enfim de especiarias e coisas de valor? Pela história e registros existentes, sabemos que nem tudo foi bem assim, mas uma parte foi, e eis que uma grande nação surgiu, mas que na realidade ainda não foi descoberta. Por que não foi descoberta? É que temos muitas culturas que precisam ser melhoradas, muitos costumes necessitam ser aprimorados, relações entre pessoas carecem de maís aceitação, Deus em nossa terra tem que ser mais amado e respeitado. O primeiro ato após nossa descoberta foi o de construir um altar com uma grande cruz, dando a entender que esta grande cruz seria o elo de união entre descobridores e descobertos, no altar imenso das terras e águas que formariam nosso BRASIL recém encontrado. Quando tudo isto se realizar, então sim, teremos descoberto a nação com a qual tanto sonhamos e onde pode e deve reinar o verdadeiro AMOR! Fernando M. Englert - Presidente Abril, Pâscoas da libertação Neste mês de Abril o mundo judeu-cristão celebra a Páscoa, diria em duas edições. A primeira edição no rito de Moisés, com o cordeiro imolado. A última edição no rito vivo de Jesus Cristo, o Messias ressuscitado, vivo entre nós. o rito sacrifical do Cordeiro Através de Moisés, quatro séculos depois de José (Ex.12,40), por ocasião da libertação de seu povo do Egito, Deus Ihes deixou um preceito: celebração da Páscoa. Seria em Abril, que passaria a ser o primeiro mês do ano. Um cabrito ou cordeiro seria imolado para a ceia pascal (Ex.12,1- 31). A Ceia Pascal é o memorial da libertação do povo e de sua saída do Egito: cerca de 600.000 homens (Ex. 12,37), bem armados (Ex.13,18) e com muitos bens materiais (Ex.12,35-36), Foi durante os festejos pascais dos judeus que o judeu Jesus, o Messias Prometido, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (10.4,29), foi sacrificado. Realizou em plenitude a libertação. Como o grão de trigo, germinou e multiplica permanentemente os frutos (Jo. 12,24) da libertação do pecado. o ritopascal do Cristo vivo Chegada a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho para DOS resgatar (GáI.4,3). O cordeiro de Deus (Jo.l ,35), que celebrou a Páscoa com os que amava (Jo. 13,1-2), na qual deixou-nos seu corpo e sangue (Mt.26,28), antecipando o sacrifício cruento da cruz. Elevado na cruz levou à plenitude a libertação da humanidade. Morto e ressuscitado (2Cor.5, 14-15), Jesus selou a força libertadora do amor de Deus, para que cresçamos na alegria, amando-nos (10.15,9- 16). Rejeitando o dolo do pecado e das falácias, escolhemos a vida (Deut.30, 15-20), a vida eterna com Jesus no paraíso (Lc.23,43). Com sua alegria(Jo. 15,11-13) ena sua paz (10.14,27; 16,33). Em síntese, a humanidade está redimida. Porém, liberto, o ser humano aínda corre o risco de deixar-se dominar pela moda psicopata do ateísmo "oba-obástico", dos sofismas e das meias verdades de setores "escaravelhescos" de meios de comunicação. Mas, Cristo ressuscitado, (Rom. 14,9) é a verdade que liberta (10.8,32) a todos que dele se aproximam (Mt.ll ,28-30). Pe. Eloy Oswaldo Guella - Reitor

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OS SINOS DE SÃ.O JOSÉNúmero 266 .J'. Abril 2015

22 de abril: O Brasiljáfoi descoberto?Ao irmos para a escola, tanto em nossa infância, como na

adolescência, aprendemos que no dia 22 de abril, Pedro Alvares Cabraldescobriu o Brasil. Sem dúvida é uma data importante para todos nós,pois foi então que começou a se formar este nosso imenso país, nossapátria amada.

Mas cabe aqui uma dúvida que por certo é compartilhada pormuitos de nós: o Brasil já foi realmente descoberto, como naçãoindependente, com sua própria cultura, hábitos e tradições, que ocaracterizam como tal? Inicialmente, tivemos em nossa formação, todauma influência dos costumes, cultura, tradições e religião dos povosnativos (indios) e da nação portuguesa. Outras nações tambémcontribuíram para nossa formação, como os holandeses que seestabeleceram no norte; sem dúvida alguma os imigrantes alemães,italianos, poloneses e de modo especial os africanos, que para cá foramtrazidos como escravos. Estes últimos tiveram influência bem maior, poisse amalgamaram com os brasileiros (naturais da terra) de uma formaquase que completa ainda mais depois da abolição da escravatura. Damesma forma os índios, que sendo aos poucos aculturados ecatequizados, constituíram a tão famosa raça "cabocla". Somos, portanto,um povo de muitas origens, formados por diversas etnias que, por fim,deram a caracterização final ao nosso povo. Se bem ou mal, não nos cabeaqui julgar. Queremos, sim, uma resposta a nossa pergunta inicial,definindo se realmente já fomos descobertos.

Mas o que significa descobrir? É somente descoberta aleatória,ao acaso, impulsionada por ventos (favoráveis), que fizeram" as"caravelas" chegarem a nossa terra? E os descobridores, quem forameles? A terra assim descoberta, já era habitada? Como foram osdescobridores recebidos? A terra propiciada tão espontaneamente,satisfez aos que nela vieram em busca de algo, de riquezas, de produtosquem sabe exóticos, enfim de especiarias e coisas de valor?

Pela história e registros existentes, sabemos que nem tudo foibem assim, mas uma parte foi, e eis que uma grande nação surgiu, mas quena realidade ainda não foi descoberta. Por que não foi descoberta? É quetemos muitas culturas que precisam ser melhoradas, muitos costumesnecessitam ser aprimorados, relações entre pessoas carecem de maísaceitação, Deus em nossa terra tem que ser mais amado e respeitado. Oprimeiro ato após nossa descoberta foi o de construir um altar com umagrande cruz, dando a entender que esta grande cruz seria o elo de uniãoentre descobridores e descobertos, no altar imenso das terras e águas queformariam nosso BRASIL recém encontrado. Quando tudo isto serealizar, então sim, teremos descoberto a nação com a qual tantosonhamos e onde pode e deve reinar o verdadeiro AMOR!

Fernando M. Englert - Presidente

Abril, Pâscoas da libertaçãoNeste mês de Abril o mundo judeu-cristão celebra a Páscoa, diria em

duas edições. A primeira edição no rito de Moisés, com o cordeiroimolado. A última edição no rito vivo de Jesus Cristo, o Messiasressuscitado, vivo entre nós.

o rito sacrifical do Cordeiro

Através de Moisés, quatro séculos depois de José (Ex.12,40), porocasião da libertação de seu povo do Egito, Deus Ihes deixou um preceito:celebração da Páscoa. Seria em Abril, que passaria a ser o primeiro mês doano. Um cabrito ou cordeiro seria imolado para a ceia pascal (Ex.12,1-31).

A Ceia Pascal é o memorial da libertação do povo e de sua saída doEgito: cerca de 600.000 homens (Ex. 12,37), bem armados (Ex.13,18) ecom muitos bens materiais (Ex.12,35-36),

Foi durante os festejos pascais dos judeus que o judeu Jesus, oMessias Prometido, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo(10.4,29), foi sacrificado. Realizou em plenitude a libertação. Como ogrão de trigo, germinou e multiplica permanentemente os frutos (Jo.12,24) da libertação do pecado.

o ritopascal do Cristo vivo

Chegada a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho para DOS

resgatar (GáI.4,3). O cordeiro de Deus (Jo.l ,35), que celebrou a Páscoacom os que amava (Jo. 13,1-2), na qual deixou-nos seu corpo e sangue(Mt.26,28), antecipando o sacrifício cruento da cruz.

Elevado na cruz levou à plenitude a libertação da humanidade.

Morto e ressuscitado (2Cor.5, 14-15), Jesus selou a força libertadorado amor de Deus, para que cresçamos na alegria, amando-nos (10.15,9-16).

Rejeitando o dolo do pecado e das falácias, escolhemos a vida(Deut.30, 15-20), a vida eterna com Jesus no paraíso (Lc.23,43). Com suaalegria(Jo. 15,11-13) ena sua paz (10.14,27; 16,33).

Em síntese, a humanidade está redimida. Porém, liberto, o serhumano aínda corre o risco de deixar-se dominar pela moda psicopata doateísmo "oba-obástico", dos sofismas e das meias verdades de setores"escaravelhescos" de meios de comunicação. Mas, Cristo ressuscitado,(Rom. 14,9) é a verdade que liberta (10.8,32) a todos que dele seaproximam (Mt.ll ,28-30).

Pe. Eloy Oswaldo Guella - Reitor

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( CALENDÁRIO LtTÚRGICO - Abril 2015

Intenções do Apostolado da Oração

Universal: Respeitar e cuidar a criação. Para que as pessoasaprendam a respeitar a criação e a cuidá-Ia como dom de Deus.

Pela evangelização: Cristãos perseguidos. Para que oscristãos perseguidos sintam a presença reconfortante doSenhor Ressuscitado e a solidariedade de toda a igreja.

SOLENIDADES, FESTAS E MEMÓR!AS

02/04 qui. Quinta-feira Santa missa do Crisma na Catedral às

09:00hs. Inicia o tríduo pascal, na Igreja São José

Missa vespertina da ceia do Senhor às 19:00hs.

03/04 sexo Dia de jejum e abstinência. Sexta feira da Paixão

do Senhor. Celebração às 15:00hs.

04/04 sáb. Sábado Santo vigília pascal às 17:00hs.

05/04 dom. Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor,

missa às 1O:OOhse 20:00hs

07/04 ter.

11/04 sáb.

São João Batista de La Salle.

Santo Estanislau. Missa dos cremados às

17:00hs.

12/04 dom. 2° Domingo da Páscoa. Domingo da Divina

Misericórdia.

13/04 sego São Martinho.

19/04 dom. 3° Domingo da Páscoa.

21/04 ter. Santo Anselmo. Não haverá missa (feriado de

Tiradentes).

22/04 qua. Dia onomástico do Santo Papa Francisco.

23/04 qui Santo Adalberto e São Jorge.

25/04 sáb. São Marcos evangelista.

26/04 dom. 4° Domingo da Páscoa. Domingo do Bom Pastor,

jornada mundial de oração pelas vocações

presbiterais e religiosas.

28/04 ter. São Pedra Chanel e São Luis Maria de Montfort.

29/04 qua. Santa Catarina de Sena.

30/04 qui. São Pio V.

SITE DA IGREJA SÃO JOSÉ E DA COMUNIDADESÃO JOSÉ

Informamos aos nossos associados e distintos leitores, que nosso siteestá no ar. Para informações, histórico, normas para casamentos e

batizados, boletim Sinos de São José e demais atividades e noticiaspertinentes acesse: www.comunidadesaojose.comEsperamos, assim, propiciar mais um elemento importante

em nossa maneira de nos comunicar com nossos associados.

SecretariaAv.Alberto Bins, 467 - PortoAlegre - RS - Fone/Fax (51) 3224 5829

[email protected] - Horário expediente: segunda a sexta-feiraManhã: 8h30min às 12h - Tarde: 13h30min às 18h

HORÁRIO DAS MISSASSegunda a Sexta: 12h10min - Sábados: 17h - Domingos: 10h e 20h

1°Domingo do Mês: Missa em Alemão às 09h

) PAPA: NÃO EXISTE NENHUM PECADOQUE DEUS NÃO POSSA PERDOAR

Ao receber os participantes de um curso promovido pelaPenitenciaria Apostólica, o Santo Padre recorda que cada fiel que seaproxima da confissão é solo sagrado.

Por Rodo Lancho GarciaROMA, 12 de Março de 2015 (Zenit.org) - Os sacramentos são o lugar

da intimidade e da temurade Deus para os homens, são a forma concreta queDeus pensa para vir até nós. para abraçar-nos, sem ter vergonha de nós e dosno os limites. Assim explicou o Papa no seu discurso aos participantes doCurso sobre o Foro Interno organizado pela Penitenciária Apostólica.Francisco afirmou que entre os sacramentos, com certeza o da reconciliaçãofaz palpável, com especial eficácia, o rosto misericordioso de Deus, "omaterializa e o manifesta continuamente, sem descanso". Da mesma formaafirmou que não existe nenhum pecado que Deus não possa perdoar. "Sóaquele que se distancia da misericórdia que não pode ser perdoado, comoaquele que se afasta do sol não pode ser iluminado nem aquecido", explicou.

Assim, à luz deste "maravilhoso dom de Deus", o Pontífice ressaltoutrês exigências: "viver o sacramento corno meio para educar à misericórdia","deixar-se educar pelo que celebramos", "cuidar o olhar sobrenatural".

Em primeiro lugar, o Santo Padre recordou que "viver o sacramentocomo meio para educar na misericórdia, significa ajudar os nossos irmãos afazer a experiência de paz e de compreensão, humana e cristã". Aliásgarantiu que a confissão não deve ser uma "tortura", mas que todos deveriamsair do confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante deesperança, embora, às vezes, também banhado em lágrimas de conversão eda alegria derivada. Além disso, o Sacramento "não implica que ele se tomeum interrogatório pesado, chato e invasivo". Pelo contrário, Francisco disseque "deve ser um encontro libertador e rico de humanidade, através do qualpoder educar na misericórdia, que não exclui, mas que compreende tambémo justo compromisso de reparar, na medida do possível, o mal cometido".Neste ponto, o Papa advertiu que muitas vezes se confunde a misericórdiacom ser confessores bonachões. "Nem confessores bonachões, nemconfessores rígidos são misericordiosos", afirmou. O confessormisericordioso "te e cuta, te perdoa, mas te sustenta e te acompanha, porquea conversão sim, começa - talvez - hoje, mas deve continuar com aperseverança ... te segura consigo, como Bom Pastor que vai em busca daovelha perdida e a carrega".

No segundo aspecto abordado pelo Papa, exortou aos confessores quese deixem educar pelo sacramento da reconciliação. "Quantas vezesacontece escutar confissões que nos edificam!", exclamou. Da mesma formaobservou que muitas vezes acontecem "verdadeiros milagres de conversão".Pessoas que há meses, ano, estão sob o domlnio do pecado e que, como ofilho pródigo, voltam a si mesmos e decidem levantar-se de novo e voltar àca ado Pai para implorar o perdão.

Por fim, o Papa refletiu sobre o terceiro aspecto afirmando que"quando se ouvem as confi sões sacramentai dos fiéi ,é preciso ter sempreo olhar interior dirigido ao Céu, ao sobrenatural". Dessa forma, o Paparecordou que devem reavivar a consciência de que ninguém foi colocadonesse ministério por méritos próprios, nem pelas capacidades teológicas oujurídicas, nem pelo trato humano ou psicológico.

"Todos fornos feitos ministros da reconciliação por pura graça deDeus, gratuitamente e por amor, e mais ainda, precisamente pormisericórdia", lembrou. "Somos ministros da misericórdia graças amisericórdia de Deus, nunca devemos perder este olhar sobrenatural, quenos faz verdadeiramente humildes, acolhedores e misericordiosos com oirmão e irmã que pede confissão". Também pediu que o momento da escutada administração do sacramento deve ser sobrenatural "escutar de formasobrenatural, de forma divina; respeitoso com a dignidade e as históriaspessoais de cada um, para que possa compreender o que Deus quer para eleou para ela".

E, finalmente, Francisco disse que também"o maior pecador que vem diante de Deus parapedir perdão é "solo sagrado", e também eu,que tenho que perdoá-lo em nome de Deus,posso fazer coisas piores que ele".

Cada fiel penitente que vai se confessardestacou - é solo sagrado, terra sagrada paracultivar com dedicação, cuidado e atençãopastoral.

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DESESPERANÇA & MUDANÇA

Já houve algum dia em que ao acordar desejou não se

levantar, mas passar o dia inteiro ali, achando-se sem forças para

enfrentar os problemas, sem ânimo e sem armas para resolver o que

estava lhe incomodando?

Pois é mais ou menos assim o sentimento que parece estar

predominando em nosso país. Uma perceptível falta de ânimo, uma

desesperança coletiva, uma angústia por parecer que nada vai mudar,

~ que se mudar será para pior, um sentimento de que a corrupção não

tem cura, que a violência só vai crescer, que vai faltar dinheiro e sobrar

aumento de preços, de impostos, de juros ...

Nos últimos tempos, os noticiários assumiram um formato

de mero relato de ocorrências policiais, trazendo a violência nua e crua

das ruas, detalhando e decifrando os meandros da corrupção. A par

disso, apresentam e profetizam um cenário de mais crise financeira e

política ... Ora, não há dúvida que essa inserção diária, nas nossas

vidas, desse tipo de notícias, contribui, em muito, para esse sentimento

de medo e de desesperança.

Certo dia desses, assisti a uma missa em São Paulo, em

que a HOMILlA versou de forma inteligente e apreensiva, sobre o

cenário em que estamos vivendo. As PRECES DA COMUNIDADE

traziam pedidos no sentido de que Jesus nos libertasse "do medo que

paralisa e acovarda", "da violência nas ruas e nas escolas': "da

corrupção que arrasa a vida social", "da falta de esperança em um

mundo melhor" ...

o momento exige mesmo muita oração e uma grande dose

de esperança. Esperança que vá além do mero otimismo ou de uma

atitude positiva perante as coisas. Precisamos de esperança que

envolva uma ação efetiva.

Existem velhos comportamentos que precisam ser

mudados. Sâo procedimentos, que parecem não ter importância, mas

que acabam por contribuir para disseminar a cultura do 'mais ou menos

correto', dos 'pequenos golpes', até chegar aonde chegamos - grandes

fraudes, grande roubos, que nos causam tanta indignação. Quantos de

nós já usaram artificios para colorir a verdade, ou até mesmo para

escondê-Ia, visando tirar proveito em determinada situação? Quantos

de nós já furaram alguma fila, não devolveram um troco a mais, já

passaram com o sinal fechado, estacionaram em local prolbldo,

acabaram por não devolver o que nos foi emprestado?

Novos pequenos gestos podem colaborar para a formação

de uma nova mentalidade. A sinceridade no dia a dia e a correção de

certos comportamentos banais podem se espalhar pela força do

exemplo e, aos poucos, contaminar uma comunidade inteira. É hora

de mudança sim. É hora de mudança de atitudes em casa, no nosso

círculo, na rua. E também em relação ao nosso trabalho, procurando

ser mais criativo, na busca de novos caminhos e oportunidades.

Parece pouco??? Sim e não. Dependendo do papel que

cada um desempenha na sociedade, é claro que alguns podem fazer

bem mais do que isso. O certo é que precisamos não só de

governantes, de legisladores e de dirigentes melhores, mas também de

pais, de filhos, de educadores, de alunos, de vizinhos melhores ... Se

cada um fizer sua parte, é possível mudar sim!

"O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano.Mas sem ela, o oceano será menor."

(Madre Teresa de Calcutá)

Maria Beatriz de Oliveira

CO CEITO DE LITURGIA DE ACORDOCOM O DOCUME TO SACROS CTUM

CO CILIUM

Os números 05 a 08 do Documento Sacro anctum

Concilium expressam o ceme teológico da liturgia, a sua natureza.

Liturgia é o serviço sacerdotal de Cristo exercido pela Igreja em prol

da glorificação de Deus e da santificação do eres humanos. Jesus

Cristo, pelo oferecimento de sua vida como sacramento ao Pai louva e

O glorifica, pela força do Espírito Santo. A obra da salvação, outrora

prenunciada pelos profeta. se realiza em Cristo. É Cristo que em seu

mistério pascal, revela a face do Pai à Igreja como dom supremo de

amor. E a Igreja atinge, pelo culto divino, como resposta a essa graça,

a central idade da plenificação escatológica.

O mistério pascal de Cristo é o centro de toda a ação

salvífica de Deus. Essa ação promana da força do Espírito Santo

através da liturgia como espaço privilegiado da Igreja. ela a

presença real e multiforme de Cristo se dá, por excelência, na

eucaristia, sacramento de Cristo ao Pai em favor da Igreja. Cristo não

age sozinho, mas associa a sua Igreja a si, e nela todo o povo de Deus

toma parte como corpo, em comum unidade, de serviço a Deus.

A liturgia, como serviço sacerdotal de Cristo apresenta

duas dimensões: a dimensão catafática (movimento ascendente)

opera a santificação da humanidade a partir de Deus; e a dimensão

anabática (movimento descendente) realiza a adoração a Deus pela

humanidade. Sendo ação sacerdotal, essas duas dimen ões, só podem

ser realizadas por Cristo, único sacerdote e mediador entre Deus e a

humanidade. Diante de Cristo o ministro se apaga, pois é o próprio

Cristo que age na pessoa do ministro, nas ações litúrgicas e na

comunidade reunida.

A forma pela qual a liturgia se realiza é através de sinais

sensíveis, ritos associados às palavras por uma necessidade

antropológica, cristológica e eclesiológica. Por ser o lugar em que se

dá a mais alta eficácia da Igreja (que exerce a salvação), a liturgia

plenifica a dimensão escatológica sob três aspectos: como antegozo

da liturgia celeste, como união à Igreja celeste e como vinda gloriosa

de Cristo.

Pe. Adilson Feiler

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CORO Masculino 25 de Julho de Porto Alegre JUBILEU DE PLATINA14/05/1950-14/0512015 - 65ANOS

Fundado em 14 de maio de 1950, o Coro Masculino 25 de Julho de Porto

Alegre deve a sua existência ao movimento criado após a Segunda GuerraMundial SEF ( Socorro à Europa Faminta).

Esta iniciativa que teve o apoio ecumênico das Igrejas Cristãs destinou-

se a angariar víveres e gêneros não perecíveis aos povos da Europa, através da

Cruz Vermelha Sueca. À testa do movimento estavam pastores das Igrejas

Evangélicas e religiosos da Igreja Católica, em especial os Padres Balbuíno

Rambo,SJ,(*11/08/1905-+12/0911961) e Henrique Aloísio Pauquet,SJ

(*30108/1907-+26/04/1986).

Os gêneros foram sendo arrecadados e encaminhados aos locais de

embarque onde centenas de voluntários de todos os credos e origens se

dispunham em fazer os correspondentes pacotes para-o despacho por navio

para o destino final. Tudo foi bem encaminhado e dividido fraternalmente no

destino para proveito dos necessitados.

O convivio de arrecadação e empacotamento foi tão encantador que se

criou prontamente o Coro Masculino 25 de Julho e, no ano seguinte, o próprio

Centro Cultural 25 de Julho de Porto Alegre, hoje com 64 anos.

O Coro Masculino neste período de 65 anos teve os seguintes regentes:

I-GottholdSchuler, 1950/1951

2-KarIKatzmann,1951-1952

3 -Oscar Zander, 1952-04/01/1955

4- MaxAlfred Leopold Breuel, 01102/1955-28/04/1959

5 - Alberto Mattis, 19/03/1957-28/04/1959

6- Max Brueckner, 05/05/1959-20/08/1964

7 - Heinz Schreurs , 31/08/1964 a 26/10/1964

8-Aloisius Staub , 26/10/1964-12/06/1973

9 - Agostinho Norrnélio Ruschel, 10/07/1973 até hoje.

Foram Diretores do Coro, de 1950 até hoje, em períodos variados: Luiz

Kronixfeld, Karl Katzmann. Wilhelm Straub, Heinz Doehmel,Waldemar

Martau.Walter Wencla ki, João Sigismundo Baldauf, Norberto Gennano

Adolfo Gebrke, Paulino Kunrath, Max Breuel, Hermann WilIy Schmidt,

Arlindo Mallmann, Rodolfo Francisco Zarpe e Inácio Cláudio Butzen.

O Coro Masculino 25 de Julho destacou-se neste período todo em cultivar

a música coral dos seus antepassados o que vem demonstrando pela assiduidade

em eventos comemorativos na própria Igreja São José, em vias de ela mesma

completar seus 91 anosem2015.

O Coro sempre se sentiu acolhido pela Comunidade São José e foi

também o refúgio que acolheu os cantores masculinos do Cãzilienchor; quando

de seu fechamento em 1964. O Coro Masculino 25 de Julho visitou a Europa em

turnês em 1989, 1992, 1997,2001 e 2009. Visitou também o Chile, Paraguai,

Argentina e Uruguai.

Em 1997 atendeu convite do Ministério da Cultura para o Programa ata!

Cultural quando, por conta do mesmo programa, esteve em Palmas, Brasflia,

Cuiabá e Manaus. Os coros masculinos têm um espaço especial na música sacrà

para o que se prestam muito bem as vozes masculinas.

O Coro Masculino é muito grato a todos os cantores que neste período

emprestaram as suas vozes e o seu devotamento e a sua devoção àmúsicacoral e,

em especial, à sacra. Espera poder continuar nesta linha e faz votos de que possamerecer no futuro a mesma dedicação de cantores que tem merecido até agora.

Obrigado aos seus Regentes, Dirigentes, Cantores e Familiares.

Arlindo Mallmann - Diretor

Gemeinsam auf dem Weg mil den Armen.Papst Franziskus geht neue Wege", so schrieb Tomas Seiterich in der

Deutschen Zeitschrift .Publik-Forum" (Dezember 2014). Ais erster hat PapstFranziskus die Vertreter der Basisbewegungen aus aller Welt nach Romgeladen, Rund 200 Mãnner und Frauen trafen sich vom 27 bis zum 29.Oktober2014 im Vatikan: Spechervom Verband derObdachlosen undArmenaus Zambia, Vertreter des Kleinbauernverbandes Via Campesina ausLateinamerika, Sprecher von Migranten und Bewohner der Elendsvirtel ausgrossen Stãdten, sowie ein kurdischer Jugendverband aus Syrien und Vertreterselbsverwalteter 8etriebe. Anliegen des Papstes war den Armen undAusgegrenzten eine Stimme zu geben. Sie werden zu oft ignoriert.

Die Frage war: wo sind die Ursachen für Hunger und Massenarmut, fürdie wachsende soziale Ungleichheit, für Kriege und Vertreibungen? Was ist zutun gegen den Prozess der Ausgrenzung und des Wegwerfens angeblich"üeberflüssiger" Menschen? Nachdem der Papst lange zugehõrt hatte, hielt ereine "unerhõrte" Rede. Er nahm sich kein Blatt vor den Mund ais er sich aufdie Seite der Armen stellte und das heutige kapítalistische Systemanprangerte, weil es die Profitgier über Menschenwürde setze. Dasherrschende Wirtschaftssystem grenzt aus, tôtet und unterdrückt, meint derPapst. .Jhr kommt, um vor Gott, der Kirche, vor den Võlkem eine Realitãtauszusprechen, die allzu oft untergebüglet wird, sagte der Papst: "die Armenleiden das Unrecht nicht blos, sie bekampfen es auch. Ihr gebt Euch nichtzufrieden mit illusorischen Versprechen oder Vertrõstungen ..."

Wenn ganze Võlker, vor aliem ihre Aermsten und die Jugendlichen, sichin Bewegng setzen, "da spürt man den Wind der Verheissung, der Hoffnungauf eine bessere Welt. Dieser Wind soll zu einem Sturrn der Hoffnung werden.Das wünsche ich, sagte der Papst.

Er sprach auch über die Leitwrote des Treffens: Land, ein Dach über denKopf und Arbeit. .Es ist befremdlich: wenn ich ais Papst hiervon spreche,heisst das für einige, dass dieser Papst ein Kommunist isto Diese RechteeinzukJagen ist keine Regelwiedrigkeit, sondem gehõrt zur Soziallehre derKirche", betonte der Papst.Ueber die Rede des Papstes kommentierte derTheologe Norbert Mette: .An uns, die wir in privillegierten Verhãltnissenleben, ist diese Rede eine Aufforderung unser Teil beizutragen zumgemeinsamen Kampfum Gerechtigkeit".

Resumo: O Papa surpreendeu ao receber no Vadcano, em outubrode 2014, uns 20 Orepresentantes de movimentos sociais de todo mundo eao posicionar-se claramente a seu lado, num discurso sem meias palavras,de critica a um sistema capitalista excludente e em apoio às suas lutas pordireitos básicos e contra a opressão. A grande imprensa ignorou esteencontro.

P. Martlnho Lenz; SJ