MIA COUTO

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Alunos: Joel Colmenares Albany Abreu Daniel Roa Katherine Carrillo

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biografia de Mia Couto

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Alunos:Joel Colmenares

Albany AbreuDaniel RoaKatherine

Carrillo

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BIOGRAFIAMia Couto, (António Emílio Leite

Couto) nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista. É professor, biólogo, escritor.

Filho de portugueses que emigraram para Moçambique em meados do século XX, Mia nasceu e foi escolarizado na Beira. Com catorze anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço Marques (agora Maputo). 

Iniciou os estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois dos 25 de Abril de 1974. 

Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Premio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbábue.

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CARACTERÍSTICA DA ESCRITURA DE MIA COUTO

A escritura de Mia Couto é permeada pela recriação de personagens que se situam à margem da sociedade. O fazer literário desse intelectual confere voz a homens e mulheres silenciados pelas desigualdades sociais presentes em seu país e, dessa forma, evidencia a relevância da palavra nos contextos sociais que ambientam suas “estórias”. As falas e, muitas vezes, os silêncios mantidos pelas personagens de Mia são amplamente significativos na tessitura de suas narrativas, não somente por nos remeterem às situações vivenciadas pelo povo moçambicano, mas por trazerem à tona anseios e tormentos inerentes à condição humana. 

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Estórias Abensonhadas é um conjunto de contos que foram escritos num período pós-guerras em 1994, ano de lançamento do livro, fazia apenas dois anos que a Guerra Civil de Moçambique somada a Guerra da Independência que se arrastou desde os anos 60, haviam terminado e o livro é formado por contos onde figuras como o sangue e a guerra são elementos de histórias de recomeço e iluminações, como se os personagens estivessem aprendendo a ver a luz novamente e assim reconstruindo suas rotinas.

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Nas águas do tempo As flores de Novidade O cego Estrelinho Na esteira do parto O perfume O calcanhar de Virigílio Chuva: a abensonhada O cachimbo de Felizbento

O poente da bandeira Noventa e trêsJorojão vai embalando lembranças Pranto de coqueiro No rio, além da curva O abraço da serpente Sapatos de tacão alto Os infelizes cálculos da felicidade Joãotónio, no enquanto O bebedor do tempo

O padre surdo O adivinhador das mortes O adeus da sombra A praça dos deuses

Os olhos fechados do diabo do advogado A guerra dos palhaços Lenda de Namarói A velha engolida pela pedra

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Mia Couto escreve com a linguagem dos sonhos, opera a palavra como um trabalhador opera o seu melhor instrumento. E vai além, recria seu uso e funções provando que a língua Portuguesa se transmuta conforme a sua geografia. E em Estórias Abensonhadas essa língua ganha ares de esperança num terreno onde tudo precisa de reconstrução e mesmo que a morte esteja presente em boa parte dos contos, não há como esconder a esperança de ir adiante.

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Nas Águas do Tempo, o conto que abre o livro, o leitor é apresenta à magia do relato e a importância da figura do avô, um símbolo do contador de histórias. O avô permite que o neto veja além de um lado do rio em que ele o leva todos os dias, pois os fantasmas da guerra ainda circulam pela região e deve-se respeitá-los. Como se vê em vários outros contos, a presença maciça da mitologia da região representada por figuras e palavras próprias dá ordem do tom de oralidade de Mia Couto.

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Estórias Abensonhadas ultrapassa qualquer relação simplória de leitor e obra, é como se olhássemos através de uma janela e conhecêssemos esses personagens como nossos vizinhos, amigos e parentes. São histórias fantásticas escritas com a liberdade de um contador de histórias, pois além de Mia não se prender à convenções linguísticas, ele dialoga de muito perto com as nossas próprias raízes, é a linguagem universal dos sonhos.

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CADA HOMEM É UMA RAÇA | MIA COUTO

Cada homem é uma raça (1990) apresenta 11 contos ("estórias“):

• A Rosa Caramela.• O apocalipse privado do Tio Geguê.• Rosalinda, a nenhuma.• O embondeiro que sonhava

pássaros.• A princesa russa.• O pescador cego.• O ex-futuro padre e sua pré-viúva.• Mulher de mim.• A lenda da noiva e do forasteiro.• Sidney Poitier na barbearia de

Firipe Beruberu.

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CADA HOMEM É UMA RAÇA | MIA COUTO

Em Cada homem é uma raça o leitor é introduzido em universos que, por envolvimento pleno com o que lhe é contado, passa a sentir do lado de dentro.

Os contos retratam a real vivência do povo moçambicano:

• A dor. • O pesadelo.• A injustiça. • A miséria. • A alienação dos moçambicanos

que não refletem sobre a miséria em que vivem.

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 A PRINCESA RUSSA | MIA COUTO

Um conto racial sobre a desigualdade entre negros e brancos. Essa história começa com uma confissão sobre o passado numa igreja. Uma russa chamada Nádia chega na vila de Manica, uma princesa que chega com o marido Iuri.

O marido compra umas minas de ouro, esperando ficar rico. O confessor é um empregado coxo e negro do casal, Duarte Fortin. A princesa sempre reclusa na sua casa cheia de luxos e o marido nas minas

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 A PRINCESA RUSSA | MIA COUTO

Um dia ela visita as instalações onde dormem os empregados e fica horrorizada com a pobreza. A mina desaba, Fortin e os outros empregados da casa foram ajudar no resgate. Fortin desiste, não aguenta assistir aos corpos mutilados.

Delirando, a russa pede a Fortim que a leve à estação para buscar Anton. Fortin deseja a princesa, sonha com ela, desvia o caminho para a beira do rio, quer se fazer passar por Anton e a deixa ali, deitada, na beira do rio.

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