Microbiologia ambiental aula2_09_11
-
Upload
grazi-ruas -
Category
Engineering
-
view
1.388 -
download
0
Transcript of Microbiologia ambiental aula2_09_11
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTAL AULA 2
Prof.ª Mestranda Graziele Ruas
2 Sem 2015/ 1 Sem 2016
Objetivo
• Anatomia funcional de células procarióticas e eucarióticas;
• Metabolismo microbiano – principais conceitos *;
• Crescimento microbiano – principais conceitos**;
• Classificação dos Microorganismos;
• Procariotos: Domínio Archaea e Bactéria.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 2
Anatomia funcional de células procarióticas e eucarióticas
• Procariotos (do grego pré-núcleo) – DNA não está envolto por
uma membrana;
– DNA não associado com as proteínas histonas;
– Não possuem organelas revestidas por membranas;
– Parede celular quase sempre com o polissacarídeo complexo peptideoglicano;
– Divisão por fissão binária.
• Eucarioto (do grego núcleo verdadeiro) – DNA no núcleo da célula;
– DNA associado com as histonas;
– Organelas revestidas por membranas;
– Paredes celulares quimicamente simples;
– Divisão celular por mitose;
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 3
Anatomia funcional de células procarióticas
• CÉLULA PROCATIÓTICA
– Grupo de organismos unicelulares: Bactérias e Archaeas;
– As diferentes espécies de bactérias são diferenciadas pela forma (morfologia), composição química, necessidades nutricionais, atividades bioquímicas e fontes de energia (luz solar ou química).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 4
Anatomia funcional de células procarióticas
• Morfologia das Bactérias – Cocos (esféricos ou
ovais); – Bacilos (bastão); – Espiral.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 5
Anatomia funcional de células procarióticas
• ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR
– Glicocálice
• Termo geral usado para substâncias que envolvem a célula, é um polímero viscoso e gelatinoso. Produzido dentro da célula e secretado para fora; – Cápsula: quando é organizada e firmemente aderida à parede
celular;
» Contribui para virulência bacteriana, pois frequentemente protegem as bactérias da fagocitose.
– Camada viscosa: fracamente aderida à parede celular.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 6
Anatomia funcional de células procarióticas e eucarióticas
• ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR
– Glicocálice
• Importante para formação dos biofilmes, pois ajudam as bactérias para se fixarem no meio e umas as outras. Esse glicocálice é chamado de Substância Polimérica Extracelular (SPE);
• O SPE protege as células, facilita a comunicação e permite que as bactérias cresçam em diferentes superfícies (Ex: bactéria que causa a cárie = Streptococcus mutans).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 7
Anatomia funcional de células procarióticas
• FLAGELOS: longos apêndices filamentosos que promovem a locomoção das bactérias; – Sem flagelos: atríqueas; – Flagelos pode ser: Petríqueos (em toda a célula) ou Polares
(em um ou ambos as extremidades das bactérias);
• MOBILIDADE: permite que as bactérias se movam para um ambiente favorável ou que se afastem de um ambiente adverso (taxia);
• Uma proteína flagelar denominada antígeno H é importante para diferenciar entre variações dentro de spp de bactérias gram-negativas (Ex: ~50 varações de E. coli).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 8
Anatomia funcional de células procarióticas
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 9
Anatomia funcional de células procarióticas
• PAREDE CELULAR – Nas bactérias as paredes celulares são semirrígidas,
complexa e responsável pela forma da célula; – Protege as células das condições adversas do meio
ambiente; – Previne a ruptura das células quando há pressão da
água dentro dela é maio que fora; – Determina a capacidade que algumas bactérias tem
de resistir a antibióticos e causar doenças; – Sua composição química ajuda a diferencias os
principais tipos de bactérias.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 10
Anatomia funcional de células procarióticas – Parede Celular
Gram - Negativas
• Uma ou duas camadas finas de peptideoglicana;
• Membrana externa;
• Não contém ácidos teicoicos;
• São mais suscetíveis ao rompimento mecânico;
• A membrana externa fornece uma barreia aos antibióticos, à fagocitose , detergentes, metais pesados, corantes e sais biliares.
Gram – Positivas
• Muitas camadas de peptideoglicana;
• Espessa e rígida;
• Contém ácidos teicoicos (álcool + fósfato), carga negativa.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 11
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 12
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 13
Anatomia funcional de células procarióticas – Parede Celular
TESTE DE GRAM – Desenvolvido em 1884
1. Corante básico púrpura, coloração primária;
2. O corante púrpura é lavado e coberto com iodo, e depois o iodo é lavado.
3. A lâmina é lavado com álcool.
4. O álcool é lavado, adiciona-se safranina (cor rosa) e examina-se a lâmina.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 14
Anatomia funcional de células procarióticas – Parede Celular
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 15
• As bactérias onde o iodo e o púrpura são retidos são denominadas GRAM-POSITIVAS, e as que não retém GRAM-NEGATIVAS;
• O corante safranina é adicionado para que as gram-negativas sejam vistas;
• GRAM-POSITIVAS= mortas mais facilmente por antibióticos;
• GRAM-NEGATIVAS= mais resistentes a antibióticos devido a camada de lipopolissacarídeos.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 16
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 17
Cerca de 90 a 95% das bactérias Gram-negativas são patogênicas e muitas Gram-positivas são não patogênicas e algumas, inclusive, são úteis.
Alguns exemplos de micro-organismos Gram-positivos e Gram-negativos Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus faecalis. Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 18
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 19
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 20
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 21
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 22
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 23
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 24
Otite, sinusite, bronquite, conjuntivite.
Anatomia funcional de células procarióticas
• ESTRUTURAS INTERNAS À PAREDE CELULAR – Membrana plasmática: permeabilidade seletiva,
enzimas que ajudam na digestão de nutrientes e alvo de agentes microbianos (desinfetantes);
– Inclusões: depósitos de reversa. As células acumulam certos nutrientes quando estes estão abundantes no meio, para usá-lo quando este faltar; • Grânulos de Enxofre: bactérias do gênero Thiobacillus
que obtém energia oxidando enxofre, armazenam o enxofre como reserva de energia.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 25
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 26
Anatomia funcional de células eucarióticas
• CÉLULA MAIOR E MAIS COMPLEXA; • Inclui as algas, protozoários e fungos;
– Nas células eucarióticas os flagelos (e cílios) são projeções com citoplasma e revestidos de membrana plasmática;
• PAREDE CELULAR E GLICOCÁLICE – Muitas células eucarióticas possuem parede celular,
mas são mais simples que das células procarióticas.; – As células eucarióticas não tem a peptideoglicana na
estrutura da sua parede celular; substância atacada por antibióticos.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 27
METABOLISMO MICROBIANO
• CATABOLISMO E ANABOLISMO – METABOLISMO = soma de todas as reações químicas
de um ser vivo, essas reações podem liberar ou gastar energia;
• Reações que liberam energia = catabolismo (reações degradativas);
• Reações que requerem energia = anabolismo ou biossintéticas (construção de moléculas – crescimento celular); – As reações catabólicas fornecem energia e matéria prima para as
reações anabólicas.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 28
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 29
METABOLISMO MICROBIANO
• FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA Obs: Enzimas – Catalisadores biológicos;
– Temperatura;
– pH;
– Concentração do substrato;
– Inibidores (Ex: cianeto, arsênio e mercúrio). Impedem o funcionamento das enzimas.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 30
METABOLISMO MICROBIANO
RESPIRAÇÃO CELULAR
• PROCESSO GERADOR DE ATP, no qual moléculas são oxidadas;
• Ação de uma cadeia de transporte de elétrons; – AERÓBIO: aceptor final de
elétrons é o Oxigênio;
– ANAERÓBIO: aceptor final de elétrons não é o oxigênio, mas é uma molécula inorgânica (raramente uma orgânica).
FERMENTAÇÃO • Libera energia através de
açúcares ou outras moléculas orgânicas;
• Não requer e não é inibida pelo oxigênio;
• Não usa a cadeia de transporte de elétrons (Ciclo de Krebs);
• Utiliza molécula orgânica como aceptor final de elétrons;
• Produz menor quantidade de ATP.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 31
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 32
METABOLISMO MICROBIANO
FOTOSSÍNTESE
• Síntese de compostos orgânicos complexos a partir de substâncias simples;
• Converte energia do sol em energia química, essa energia é usada para converter o CO2 em compostos orgânicos (fixação de carbonos);
• Os elétrons são obtidos da água (H).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 33
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 34
CRESCIMENTO MICROBIANO
• FATORES NECESSÁRIOS PARA O CRESCIMENTO – FÍSICOS
• Temperatura (psicrófilos, mesófilos e termófilos);
• pH;
• Pressão Osmótica.
– QUÍMICOS • Carbono;
• Nitrogênio, Enxofre e Fósforo;
• Elementos traço;
• Oxigênio;
– FATORES ORGANICOS DO CRESCIMENTO!
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 35
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 36
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 37
CRESCIMENTO MICROBIANO
• BIOFILMES – Comunidade microbianas (funcional e coordenada),
estrutura feita de polissacarídeos, DNA e proteínas (limo);
– Pode ser considerado um hidrogel; – Permite a comunicação química entre as células; – Permite que as bactérias compartilhem nutrientes; – Microrganismos em forma de biofilme são até 100x
mais resistentes a antibióticos; – A maioria das infecções hospitalares são causadas por
bactérias que formam biofilme (Pseudomonas);
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 38
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 39
CLASSIFICAÇÃOS DOS MICRORGANISMOS
• Os organismos são classificados pelo tipo de célula, diferenças no RNA, estrutura lipídica da membrana, moléculas de RNA e sensibilidade a antibióticos.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 40
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 41
BACTÉRIAS
BACTÉRIAS
• PROTEOBACTÉRIAS – Gram-negativas quimio-heterotróficas; – Divididas em 5 classes:
• Alfa-Proteobactérias: são capazes de crescer com níveis baixos de nutrientes (Rhizobium, Agrobacterium, Nitrobacter e Nitrossomonas);
• Beta-Proteobactérias: utilizam substâncias excretadas na digestão anaeróbia (Thiobacillus, Zoogloea – importante na formação do lodo ativado);
• Gama-Proteobactérias (Psedoudomonas, Azotobacter, Azomonas, Legionella, Eschirichia, Salmonella e Enterobacter).
• Delta-proteobactérias: bactérias predadoras de outras bactérias e incluem bactérias do ciclo do enxofre.
• Epsilon-Proteobactérias. MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 42
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 43
BACTÉRIAS
• Não -Proteobactérias – Gram-negativas e fotossintéticas; – Divididas em :
• Cianobactérias: bactérias fotossintéticas oxigênicas, podem fixar N da atmosfera***, ocupam nichos ambientais similares as algas eucarióticas;
• Bactérias fotossintetizantes púrpuras e verdes: podem ser sulfurosas e não sulfurosas, geralmente anaeróbias, não produzem O2 e sim S◦.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 44
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 45
BACTÉRIAS
• Gram-Positivas
• Divididas em: – Firmicutes (bactérias formadoras de esporos);
– Actinobacteria (crescem em forma de filamentos).
• Outros filos: Planctomycetes, Chlamydiae, Spirochaetaes e Fusobacteria.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 46
BACTÉRIAS
• MORFOLOGIA
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 47
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 48
BACTÉRIAS
• Cápsula – A cápsula é formada pelo glicocálice, o qual consiste em
uma substância polissacarídicas produzida no citoplasma e secretados para a superfície celular.
– Funções da cápsula: • Impedir que a célula seja fagocitadas por células de defesa. • Promover a adesão das bactérias em diferentes substratos (dentes
humanos, trato respiratório, mucosa intestinal, etc.) • Proteger as bactérias contra desidratação e choques mecânicos.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 49
BACTÉRIAS
• - Fímbrias – Fímbrias são apêndices que se estendem da
membrana plasmática passando pela parede celular e cápsula emergindo para o meio externo. As fímbrias podem ocorrer em toda a superfície da célula. • Função das fímbrias: Fixar as bactérias ao substrato e em
outras células.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 50
BACTÉRIAS
• PILI • Os Pili sexuais normalmente são mais longos que
as fímbrias, havendo um ou dois por célula. – Funções dos pili: Responsável pela formação da ponte
citoplasmática que permite a transferência de informação genética durante o processo de conjugação.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 51
BACTÉRIAS
• Flagelos – Os flagelos são responsáveis pelo deslocamento das bactérias. – Estendem-se a partir da membrana celular, passam pela parede
celular e atingem a região externa. – O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 52
BACTÉRIAS
• Parede celular é um envoltório semi-rígido, composto por peptídioglicanos, é responsável pela forma e proteção da célula bacteriana. – Composição dos peptídioglicanos: Polímero de
carboidratos associados à proteínas. – As bactérias podem ser divididas em dois grandes
grupos, segundo a composição da parede celular: • 1) Bactérias Gram-positivas • 2) Bactérias Gram-negativas
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 53
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 54
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 55
BACTÉRIAS
Membrana Celular • Membrana celular:
lipoprotéica semelhante às membranas dos organismos eucariontes.
• Funções:
1. Proteção 2. Transporte seletivo de
nutrientes 3. Síntese de componentes da
parede celular 4. Secreção de enzimas
digestivas 5. Respiração celular 6. Ancora flagelos, fímbrias e
pili 7. Armazenamento de
pigmentos e enzimas da fotossíntese (em cianobactérias)
Citoplasma • Citoplasma: Sinônimos
(hialoplasma e citosol). Possui 4/5 de água e 1/5 de substâncias dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídios, íons, etc).
• Possui em seu conteúdo: Ribossomos (única organela), plasmídeos e o cromossomo circular único (região do nucleóide).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 56
BACTÉRIAS
• Endósporo Estruturas de latência que exibem altíssima resistência tanto a agentes físicos como químicos. Quando as bactérias com capacidade de esporular se encontram em ambientes cujas condições tornam-se inadequadas, estas iniciam o processo de esporulação, garantindo assim a manutenção de seu material genético.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 57
Nucleóide
Endósporo em formação
Conteúdo celular em degeneração
Endósporo maduro
BACTÉRIAS
RESPIRAÇÃO
AERÓBIAS
ANAERÓBIAS
FACULTATIVAS
NUTRIÇÃO
AUTOTRÓFICAS
HETEROTRÓFICAS
REPRODUÇÃO
SEXUADA
ASSEXUADA
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 58
REPRODUÇÃO
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 59
Bactérias-filhas
Estrangulamento citoplasmático
Duplicação cromossônica
Cromossomo Bactéria
Reprodução Assexuada • Bipartição ou Cissiparidade
Células filhas idênticas a célula mãe Não ocorre variabilidade genética
Podemos afirmar que bipartição é a mesma coisa que mitose?
Não!!! O termo mitose refere-se a cariogamia (divisão do núcleo),
como bactérias não tem núcleo não sofrem mitose.
Qual a grande desvantagem da Bipartição?
Não há troca de material genético, portanto não há variabilidade. Se o ambiente modificar, pode erradicar todas as bactérias de uma só vez.
Qual a grande vantagem da Bipartição?
Permite a rápida colonização de bactérias,em meio ambiente
favorável, num pequeno intervalo de tempo.
REPRODUÇÃO
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 60
Reprodução Sexuada a) Transdução
REPRODUÇÃO
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 61
Reprodução Sexuada b) Transformação
Uma bactéria pode absorver DNA livre no meio ambiente, proveniente de outra bactéria morta,
e inseri-lo ao seu material genético.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 62
Reprodução Sexuada c) Conjugação
Ocorre quando duas ou até três bactérias se unem, normalmente, por uma ponte formada através das pili sexuais, sendo os plasmídeos
passados de uma bactéria para outra.
Difteria (crupe)
Agente Etiológico: Corynebacterium diphthriae
Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva
Sintomas: Inflamação das amígdalas, faringe e mucosa nasal. A bactéria produz toxina que destrói as fibras cardíacas, células nervosas e renais.
Tratamento: Utilização de antibióticos penicilina e eritromicina.
Profilaxia: Vacina Tríplice
DOENÇAS ASSOCIADAS
Difteria (crupe)
Doenças Associadas
Disenteria Bacilar
Agente Etiológico: Bactérias do gênero Shigella
Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes.
Sintomas: Infecção intestinal, dores abdominais, diarréias sanguinolentas e vômitos.
Tratamento: Utilização de antibióticos e soro caseiro.
Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico.
Doenças Associadas
Disenteria Bacilar
Doenças Associadas
Febre Tifóide
Agente Etiológico: Salmonella thyfi
Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes.
Sintomas: Febre, dor de cabeça, fadiga, bradicardia, hemorragias nasais, diarréia e vômitos.
Tratamento: Utilização de antibióticos específicos.
Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico.
Febre Tifóide
Mosca doméstica – uma
das principais veiculadoras
da febre tifóide.
Doenças Associadas
Tétano
Agente Etiológico: Clostridium tetani (anaeróbico estrito)
Forma de transmissão: Contaminação acidental de ferimentos profundos com terra contaminada com esporos da bactéria.
Sintomas: Enrijecimento muscular por todo o corpo causada pela toxina tetânica. Bloqueio da via de relaxamento dos músculos (espamos musculares).
Tratamento: Utilização de soros.
Profilaxia: Vacina tríplice (antitetânica).
Doenças Associadas
Tétano
Doenças Associadas
Tuberculose
Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch)
Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva.
Sintomas: Tosse constante, as vezes com sangramento, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e indisposição.
Tratamento: Medicamentos específicos que elimina as bactérias.
Profilaxia: Vacinação (BCG), evitar contanto com pessoas contaminadas, evitar permanecer em ambientes fechados.
Doenças Associadas
Tuberculose
Doenças Associadas
Cólera
Agente Etiológico: Vibrio cholerae
Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes.
Sintomas: Vômitos, diarréia intensa, desidratação severa. Os sintomas são causados por uma toxina produzida pelas bactérias.
Tratamento: Medicamentos específicos que elimina as bactérias.
Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico. A vacina é pouco eficaz e de curta duração. Só é recomendada para quem viaja para locais onde existe a doença.
Doenças Associadas
Cólera
Doenças Associadas
Coqueluche
Agente Etiológico: Bordetella pertussis
Forma de transmissão: Pelo ar e saliva contaminados com a bactéria.
Sintomas: Tosse persistente (tosse de cachorro), causada devido a infecção dos brônquios e bronquíolos.
Tratamento: Uso de antibióticos específicos
Profilaxia: Vacinação (Tríplice)
Doenças Associadas
Coqueluche
Doenças Associadas
Botulismo
Agente Etiológico: Clostridium botulinum (anaeróbico estrito)
Forma de transmissão: Intoxicação alimentar pela toxina botulínica (geralmente alimentos enlatados com embalagem estufadas apresentam a toxina).
Sintomas: Paralisia muscular e dificuldades respiratórias.
Tratamento: Uso de antitoxinas. A vacina é pouco eficiente.
Profilaxia: Não consumir produtos enlatados que apresentem aspectos anormais. A partir de casos suspeitos, identificar as prováveis fontes de contaminação para adoção das medidas de controle pertinentes.
Doenças Associadas
A toxina botulínica é usada em pequenas doses BOTOX, como tratamento estético temporário. A sua intensa capacidade paralítica é desejada por indivíduos que procuram
esconder as suas rugas (as rugas são causadas por contrações musculares) e outras imperfeições faciais.
Botulismo
Doenças Associadas
Pneumonia
Agente Etiológico: Streptococos peneumoniae
Forma de transmissão: Pelo ar
Sintomas: Infecção pulmonar aguda com calafrios, febre, dor nas costas e tosse com expectoração sanguinolenta.
Tratamento: Uso de antibióticos
Profilaxia: Vacina pouco eficiente, o mais recomendado é não permanecer em locais sem ventilação por muito tempo, verificar periodicamente as condições de aparelhos ar condicionados, esterilização de carpetes e tapetes.
Doenças Associadas
Pneumonia
Doenças Associadas
Hanseníase (Lepra)
Agente Etiológico: Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen)
Forma de transmissão: Contato direto com pessoas doentes, pela pele ou pelo ar, após contatos íntimos e prolongados com o portador.
Sintomas: Aparecimento de manchas na pele, ulcerações e deformidades, lesões nas terminações nervosas causando perda de sensibilidade.
Tratamento: Uso de antibióticos (há cura se for diagnosticado e tratado nas fases iniciais)
Profilaxia: Educação sanitária, tratamento imediato dos doentes, vacinar todos os familiares e pessoas que convivem intimamente com o doente (vacina BCG)
Doenças Associadas
Hanseníase (Lepra)
Doenças Associadas
Meningite bacteriana
Agente Etiológico: Nisseria meningitidis
Forma de transmissão: Pelo ar e saliva contaminados com a bactéria.
Sintomas: Diarréia grave, vômito, convulsões, hemorragias internas, hipotensão arterial, choque e, freqüentemente, a morte.
Tratamento: Uso de antibióticos intravenosos.
Profilaxia: Vacinação
Doenças Associadas
Meningite bacteriana
Doenças Associadas
Leptospirose
Agente Etiológico: Leptospira interrogans
Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados pela urina de ratos e cães.
Sintomas: Calafrios, febre alta, dores articulares, lesões renais, icterícia e anemia.
Tratamento: Uso de antibióticos (penicilina).
Profilaxia: Educação sanitária, adotar medidas que minimizem a proliferação de ratos, realizar vistoria de bueiros e redes de esgoto para evitar possíveis entupimentos que promovam inundações, quando entrar em contato com regiões inundadas ou com lama, usar luvas e botas de borracha.
Doenças Associadas
O rato de esgoto (Rattus novergicus) é o principal responsável pela infecção humana, em razão de existir em grande número e da proximidade com seres humanos. A bactéria multiplica-se nos rins desses animais sem causar danos, e é eliminada pela urina, às vezes por toda a vida do animal.
Leptospirose
Doenças Associadas
ENTEROBACTÉRIAS
• Enterobacteriales
– Entérico, pois habitam o trato gastrointestinal do homem e outras animais de sangue quente;
– Escherichia
• E. coli é umas das bactérias mais comuns no trato intestinal humano. Sua presença na água e nos alimentos indicam contaminação fecal;
• Algumas variações da E. coli podem causar sérias infecções.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 87
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 88
ARCHAEAS
ARCHAEAS
• Não contém peptideoglicana na Parede Celular; • Diferentes sequencias de RNA; • Morfologia: Cocos, Bastonetes e Espiralados; • Encontram-se em condições ambientais extremas
– extremófilas; • Não se conhece nenhuma Archaea patogênica; • Archaea metanogênicas - produção de metano,
são anaeróbios obrigatórios; • A maioria é quimiorganotrófica (energia de
compostos orgânicos). MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 89
ARCHAEA
• FILOS
– EURYARCHAEOTA;
• Principais Gêneros – Methanobacterium;
– Methanocaldococcus;
– Methanosarcina.
– CRENARCHAEOTA;
– KORARCHAEOTA (ainda sendo pesquisado).
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 90
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 91
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 92
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 93
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 94
Relembrando...
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 95
ATIVIDADE DE HOJE
• 1) Descreva o método de Coloração de GRAM e porque ele é importante para a microbiologia ambiental e médica.
• 2) O que são biofilmes, quais suas funções, características e importância?
• 3) Conceitue: – Procariontes; – Eucariontes; – Respiração; – Fermentação; – Enterobactérias.
MICROBIOLOGIA AMBIENTAL 2015/2016 96