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Formação de Jovens Futebolistas Juniores B - Juvenis ÉPOCA 2007/2008 PROF. RAFAEL SILVA Licenciatura em Educação Física e Desporto Pós-Graduação em Reabilitação no Desporto Curso de Futebol de 11 – Nível I – A.F. Braga – F.P.F.

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Formação de Jovens Futebolistas

Juniores B - Juvenis

ÉPOCA 2007/2008

PROF. RAFAEL SILVA

Licenciatura em Educação Física e Desporto

Pós-Graduação em Reabilitação no Desporto

Curso de Futebol de 11 – Nível I – A.F. Braga – F.P.F.

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Filosofia Desportiva

A Filosofia desta equipa visa os seguintes objectivos:

a) Formação de Jovens Futebolistas para Desempenhos de Excelência:

1 – Contribuir decisivamente para a formação integral dos jovens nos seus mais

elevados valores morais, cívicos e de urbanidade, bem como, no

desenvolvimento das suas capacidades cognitivas, por exemplo, através do

acompanhamento das suas actividades escolares;

2 – Adoptar uma Matriz de Jogo (MJ), alicerçada nos Princípios de Jogo que

garanta uma continuidade harmonizada dos comportamentos futebolísticos

desejáveis na transição entre escalões;

3 – Adoptar uma metodologia de treino adequada e orientada no sentido de

desenvolver com eficácia a capacidade de jogo dos jovens jogadores de acordo

com a Matriz de Jogo Adoptada (MJA);

4 – Construir uma cultura desportiva baseada no rigor disciplinar e no contributo

do rendimento individual através do máximo esforço e empenho para o sucesso

colectivo;

5 – Estabelecer uma politica com base em pressuposto que garantam a

operacionalização do projecto de formação com eficiência;

6 – Regular as atitudes e comportamentos dos jovens jogadores através da

elaboração e aplicação de um regulamento interno de normas e deveres;

6 – Contribuir para integração de atletas no plantel do Departamento Sénior;

7 – Promover os jovens jogadores junto de estruturas que contribuam para a

projecção dos mesmos e por consequência, para a rentabilização financeira das

estruturas do Clube;

8 – Divulgar a boa imagem do departamento de Formação.

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São Deveres dos Jogadores:

1. Representar o Clube com empenho, dignidade, dedicação e respeito;

2. Observar e cumprir as determinações e normas do Clube;

3. Respeitar integralmente os treinadores, dirigentes, pessoal clínico e demais

funcionários do Clube;

4. Respeito mútuo para com os colegas de equipa, quer em deslocações, nos

balneários, em treino, nos jogos, etc.

5. Respeito pelos adversários, equipas de arbitragem, bem como pelo público,

evitando situações desagradáveis para o Clube e para o próprio atleta;

6. Cumprir os horários antecipadamente anunciados (treinos, tratamentos,

jogos, deslocações, etc.);

7. Manter em todas as circunstâncias, dentro e fora dos recintos desportivos,

um comportamento que prestigie o próprio e o Clube;

8. Apresentar-se devidamente equipado quer em situação de treino quer em

situação de jogo (botas de borracha e de alumínio em boas condições e

engraxadas, meias altas, caneleiras, camisola por dentro dos calções);

9. Sempre que em representação do Clube, deverá apresentar-se de uma

maneira condigna e uniforme (fato de treino, t-shirt ou Kispo iguais e em

boas condições; evitar o uso de cabelos demasiado compridos que possam

prejudicar as acções de jogo ou utilizar algo que o segure, etc.);

10. Todos os atletas serão responsáveis pelo material e equipamento distribuído

ou adquirido;

11. Todos os prejuízos causados devido à má utilização do material serão de

responsabilidade do causador;

12. Ser cuidadoso na utilização do seu equipamento (evitar danificar o

equipamento, atirar o equipamento para o chão, etc.);

13. No final dos treinos e jogos é obrigatório tomar banho no local onde

decorreu a actividade desportiva;

14. É obrigatório o uso de chinelos para o banho;

15. Respeitar de uma forma rigorosa as normas médico-preventivas, dietéticas e

de higiene;

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16. Ser cuidadoso com a alimentação, higiene pessoal bem como com o

descanso – “É tão importante o trabalho como o descanso”;

17. O atleta que se encontre doente ou não se sinta em condições de treinar ou

jogar, deverá comparecer no local do treino/jogo, dando a conhecer a sua

situação à equipa técnica. Em caso de impossibilidade, procurará informar

(telefonar) antecipadamente para o Clube, a fim de se tomarem as devidas

providências;

18. Os atletas sempre que se julguem doentes ou lesionados deverão consultar o

médico e os serviços clínicos do Clube (evitar consultar pessoas estranhas ao

Clube, salvo se com indicação prévia);

19. Deverão todos os atletas lesionados, comparecer nas instalações à hora

marcada pelo Coordenador do Departamento Clínico para realizar o

tratamento. Garantir caso não esteja impedido de treinar que estará pronto à

hora marcada para o treino;

20. Manter informado o treinador sobre a evolução da lesão;

21. Ter um grande empenho e uma grande dedicação, quer nos treinos quer nos

jogos – “Treina-se como se joga”;

22. Ser extremamente competitivo e querer ganhar sempre e em todas as

situações, nos treinos, nas bolas divididas, nos sprints, nos jogos reduzidos,

nos jogos, mas sempre com lealdade, com respeito pelas regras e pelos

adversários;

23. Ter espírito de sacrifício e sentido de entreajuda (colaborar na recuperação

defensiva, ajudar os colegas e a equipa em todas as situações, evitar ficar no

chão, etc.). Ser solidário;

24. Ter uma enorme ambição, procurar sempre a vitoria quer sobre si mesmo

quer sobre o adversário, mas sempre com grande lealdade nos

procedimentos;

25. Participar activamente nas actividades do Clube;

26. Não participar em torneios extra-clube. Os torneios de âmbito escolar devem

ser comunicados ao Coordenador Técnico-Pedagógico para posterior análise;

27. Entregar as classificações escolares ao Treinador no máximo de 8 dias após

as receber da escola;

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28. Outras normas e deveres que estejam omissas neste documento orientador

que sejam introduzidas e/ou comunicadas aos atletas durante a época

deverão ser cumpridas e respeitadas e percebidas com igual rigor e sentido

de formação.

PRETENDEMOS QUE SEJAS UM JOGADOR INTELIGENTE, HUMILDE,

DISCIPLINADO, TRABALHADOR, COMPETITIVO, AGRESSIVO, COM

ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO E DE COOPERAÇÃO. DESTA FORMA SERÁS

UM ATLETA GANHADOR E UM VERDADEIRO CAMPEÃO.

Capitão e Sub-Capitães:

a) O Capitão e os dois Sub-Capitães devem ser nomeados pelo treinador, depois

de ouvido o Coordenador Técnico-Pedagógico, segundo os seguintes critérios:

I – Mostrar em treino e na competição uma elevada capacidade de liderança do

grupo;

II – Demonstrar atitudes de companheirismo e entreajuda para com os seus

colegas de equipa;

III – Manifestar civismo e urbanidade nas condutas com os directores,

treinadores, companheiros, árbitros e assistência;

IV – demonstrar capacidade de jogo que permita perspectivar elevadas

possibilidades de inclusão inicial da equipa num elevado número de jogos.

b) São deveres do Capitão e Sub-Capitães:

V – Dar o exemplo de dignidade e comportamento irrepreensível;

VI – Fomentar o companheirismo e a coesão da equipa;

VII – Cumprir e fazer cumprir as instruções dos treinadores, directores e as

disposições do Regulamento Interno;

VIII – Dirigir-se de modo correcto à equipa de arbitragem;

IX – Cumprir com dignidade e correcção as funções que lhe são estipuladas pelo

regulamento.

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Desenvolvimento Global do Atleta

O processo de formação do Clube pretende-se que seja conduzido desde o início,

para o desenvolvimento global do jovem futebolista assente em duas dimensões, a

dimensão humana e a dimensão técnico-desportiva.

Na dimensão humana visamos fundamentalmente que os jogadores do UD

Lavrense encarem as dificuldades com espírito de superação, que desenvolvam a

autonomia, que consigam ultrapassar as barreiras da escolaridade, que desenvolvam

estratégias mentais no sentido de serem rápidos a articular ideias, a tomar opções e a

compreender as mensagens. Pretende-se que tenham uma personalidade vincada, uma

cultura própria que lhes permita inserirem-se na sociedade como cidadãos activos.

Na dimensão técnico-desportiva o que pretendemos é que, subjacente a uma

cultura táctica, os atletas apreendam os fundamentos básicos inerentes a uma carreira

desportiva.

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Matriz de Jogo

Não é minha intenção influenciar a vossa identidade própria enquanto jogadores

de futebol, mas sim criar as condições que permitam a eficiência e eficácia de um

projecto que se deseja colectivo e de cooperação entre todos. O importante é o sucesso

da Equipa e do Clube!

A Matriz de Jogo do Futebol da Equipa de Juvenis UD Lavrense, pretende fazer

com que os seus atletas sejam capazes de compreender o que é o futebol de qualidade

(saber o que é jogar mal e bem), de serem organizados e assim saber o que fazer em

campo, porque o fazem, que funções devem assumir, quais os princípios que modelam o

jogo da equipa e apresentar padrões e rotinas tácticas evoluídas baseados no

conhecimento específico do jogo.

A equipa/atletas da UD Lavrense têm de jogar para ganhar, através de uma

atitude competitiva agressiva, sem qualquer tipo de inibição seja qual for o estádio e o

adversário que enfrenta. Os seus atletas têm que gostar de ter a bola, serem criativos e

imaginativos, com uma cultura táctica elevada, assim como apresentar sempre um

espírito de equipa (sempre mais importante que a individualidade).

No que respeita à organização ofensiva da equipa da UD Lavresne, deixamos

referenciado que as mesmas deverão privilegiar a sua construção de jogo de forma

pensada, permitindo a criação de diferentes situações de finalização com eficácia

através de diferente combinações ofensivas. Para isso deverão jogar de forma a manter

uma maior capacidade de posse e circulação da bola (vasculações constantes) com altos

índices de velocidade de execução.

Privilegiar uma circulação de bola em direcção da baliza por forma a aumentar o

espaço de jogo efectivo.

Os jogadores deverão sempre que possível utilizar desmarcações duplas no

ataque por forma a abrir espaços no ultimo terço do terreno de jogo para penetrações e

remates.

Em fase de ataque, os jogadores da UD Lavrense não poderão nunca descorar os

posicionamentos defensivos correctos por forma assegurar o equilíbrio defensivo da

equipa.

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Sempre que possível, a transição defesa-ataque será rápida com verticalização do

jogo apartir do segundo passe. No entanto, o espaço e o tempo devem ter uma relação

directa com os companheiros e adversários.

Assim, temos 4 fases no ataque, a construção de jogo, a preparação para criação

através de movimentos, criação de oportunidades e a finalização (obtenção de golos).

Em termos de organização defensiva, deverão assegurar uma atitude agressiva

na transição ataque-defesa através de um pressing fortemente exercido pelos jogadores

posicionados na zona de perda evitando ou dificultando a transição ao adversário. Após

o mesmo, as equipas deverão igualmente saber organizar-se como um bloco, encurtando

os espaços entre linhas, definindo zonas pressionantes, mantendo sempre o equilíbrio,

concentração e respectivas coberturas. As zonas pressionantes deverão ser preenchidas

em determinadas zonas e momentos do jogo bem definidos e/ou a jogadores com défice

técnico e/ou posicional.

Utilização sempre de uma defesa zonal como forma mais eficaz de evitar que o

adversário crie situações de finalização ou chegue mesmo a fazer golos. Essa defesa

zonal privilegiará também a ocupação racional de zonas de criação ou de finalização

nobres, por norma privilegiadas pelos adversários.

Nas fases de transição (defesa/ataque e ataque /defesa) a equipa da UD Lavrense

deve fazer a melhor escolha e adoptar a melhor posição, no sentido de avaliar a

organização ou não da nossa equipa e do adversário, os atletas devem revelar

capacidade de decisão (inteligência operacional).

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Organização Estrutural Mais importante que qualquer estrutura de jogo definida o importante é através do

mesmo possibilitar a aplicação dos princípios de jogo e os princípios do modelo.

Os critérios nos quais nos baseamos para a escolha do sistema de jogo adoptado

foram os seguintes:

. Garantia de suporte à Matriz de Jogo Adoptado (MJA);

. Aproximação aos Sistema de Jogo (SJ) das equipas mais evoluídas;

. A procura de sistemas que permitam privilegiar a vertente ofensiva através de uma

maior variabilidade de combinações possíveis;

. A garantia do equilíbrio defensivo através de um elevado sentido de cooperação e

coesão colectiva;

. A perspectiva pedagógica que parece proporcionar ao jovem jogador experiências de

jogo mais abrangentes nas várias posições definidas e que possibilitam uma melhor

adaptabilidade a outros sistemas de jogo – polivalência funcional.

A equipa da Juvenis da UD Lavrense deve adoptar como sistema principal de

jogo o 1: 4: 3: 3 e como sistema alternativo o 1: 4: 4: 2 em losango.

O sistema 1: 4: 3: 3 estrutura a equipa com base numa linha defensiva com 4

atletas, 2 Laterais (direito e esquerdo) e 2 Centrais. Uma linha de meio campo com 1

Médio Defensivo e 2 Médios Ofensivos. A linha de ataque é composta por 2 Extremos

(direito e esquerdo) e 1 Ponta de Lança.

O sistema 1: 4: 4: 2 em losango preconiza uma estrutura com uma linha

defensiva composta por 4 atletas, 2 Laterais (direito e esquerdo) e 2 Centrais. A linha

média é composta por 1 Médio Defensivo, 2 Médios Interiores (direito e esquerdo) e 1

Médio Ofensivo. A linha avançada é composta por dois Avançados.

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Podemos verificar que em termos estruturais a linha defensiva e os três médios

ocupam a mesmo posicionamento nos dois sistemas. Apenas a linha ofensiva sofre

alterações transformando uma linha de três numa de dois com um médio em apoio por

trás. Portanto sendo dois sistemas diferentes, existem muitos pontos em comum, sendo

mais fácil de trabalhar as funções e acções que cada atleta têm que desempenhar em

cada um deles.

Estas duas estruturas permitem claramente a aplicação dos princípios de jogo

que este modelo defende.

Assim sendo, as principais características que o SJA pressupõe são:

a) A distribuição da equipa em 3 linhas (atacante, média e defensiva) assegurando

a profundidade da equipa. A profundidade da equipa deverá ser aumentada ou

diminuída através da distância entre as referidas linhas de acordo com a fase do

jogo (ataque/defesa);

b) A largura da equipa é assegurada pelos Extremos ou Laterais no 1: 4: 3: 3 ou

pelos Laterais, Médios Interiores e Avançados no 1: 4: 4: 2 em losângulo no

entanto, sem nunca perder os equilíbrios defensivos, antecipando uma possível

transição defensiva;

c) A largura da equipa deve ser condicionada devendo os jogadores que asseguram

essa mesma largura posicionar-se mais distantes ou mais próximos do corredor

central em função da fase do jogo, atacante ou defensiva;

d) O posicionamento dos Defesas Centrais em duas linha na fase defensiva do jogo.

Pretende-se que funcionem em cobertura defensiva, posicionando-se o na linha

mais recuado o Central mais distante da bola. Por outro lado, sempre que o

avançado adversário se posiciona numa das zonas de marcação de um dos

referidos Defesas Centrais, esse marca estritamente e o outro está posicionado

para realizar cobertura defensiva ao seu colega.

e) O posicionamento dos Defesas Centrais permite igualmente a aplicação de uma

defesa á Zona nas diferentes fases do jogo privilegiando determinadas zonas do

campo, definindo-as como zonas nobre de finalização. Devem ter como

referências os bicos da pequena área;

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f) O posicionamento interior dos Defesas Laterais em fase defensiva e quando o

Defesa Lateral do corredor contrário se envolve na fase ofensiva, garantindo

assim o equilíbrio defensivo. Em fase ofensiva deve envolver-se adequadamente

na construção do jogo pelo seu corredor em colaboração, sobretudo, com o

Médio, Extremo ou Avançado do seu lado;

g) O posicionamento do Médio Defensivo permite assegurar coberturas ofensivas e

defensivas e assegurar desmarcações de apoio horizontais essenciais para saídas

de pressão do adversário, assegurando primeiras linhas de passe no inicio da

transição defesa-ataque;

h) Com o posicionamento dos Médios Centros pretende-se que ao avanço de um

deles o outro actue em cobertura ofensiva. Em fase defensiva, cada um deles

realizará marcação à zona, oscilando coordenadamente com toda a equipa em

Bloco;

i) Na estrutura 1: 4: 4: 2: em losângulo, pretende-se que os Médios Interiores e os

dois Avançados apresentem uma grande mobilidade e que através de

movimentos de dentro para fora façam o aproveitamento dos espaços nas laterais

provocando constantes desequilíbrios;

j) Nessa estrutura, na fase defensiva, os Médios Interiores devem posicionar-se

numa estrutura defensiva Zonal e o possível acompanhamento das subidas dos

laterais deve ser feita até zonas intermédias por um dos Avançados;

k) O Médio mais Ofensivo da estrutura 1: 4: 4: 2 em losângulo, deverá jogar num

espaço entre linhas defensivas e intermédias do adversário;

l) Os Extremos devem criar desequilíbrios na fase ofensiva através de movimentos

de fora para dentro, não se identificando muito com o extremo clássico. A

mobilidade destes elementos deverá estar presente com frequência. Essa

mobilidade deverá ser aproveitada por outros jogadores que através

dedesmarcações de ruptura deverão fazer um óptimo aproveitamento dos

aclaramentos deixados provocados pelos Extremos;

m) Na estrutura que utiliza os extremos na linha de ataque, o posicionamento

interior dos mesmos na fase defensiva deverá acontecer de forma a tornar o

bloco defensivo mais compacto. Em fase ofensiva devem contribuir para o

aumento da largura da equipa. No entanto deverão possuir muita mobilidade,

criando constantes desmarcações de fora para dentro com e sem bola;

Època 2007/2008 Rafael Silva

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n) Os Extremos deverão colaborar com frequência com o Avançado, Médios

Ofensivos e Laterais nas combinações ofensivas no corredor lateral de forma a

proporcionar um elevado número de cruzamentos para a área e elevadas

situações de finalização através de penetrações;

o) Na estrutura de 2 Avançados exige que o posicionamento dos Avançados seja de

grande mobilidade e sirvam de os pontos fundamentais para o jogo directo (em

profundidade);

p) O deslocamento do GR, avançando ou recuando, conforme a localização do

bloco defensivo;

q) O sistema permite trabalhar em triângulos defensivos e ofensivos.

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ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL 1 : 4 : 3 : 3

OrganizaOrganizaOrganizaOrganizaçççção Estrutural do 1: 4: 3: 3ão Estrutural do 1: 4: 3: 3ão Estrutural do 1: 4: 3: 3ão Estrutural do 1: 4: 3: 3

ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL 1 : 4 : 4 : 2

OrganizaOrganizaOrganizaOrganizaçççção Estrutural do 1: 4: 4: 2ão Estrutural do 1: 4: 4: 2ão Estrutural do 1: 4: 4: 2ão Estrutural do 1: 4: 4: 2

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Organização Funcional

Organização Defensiva

É intenção deste modelo privilegiar a Defesa à Zona (DZ) pressionante, com

correcta ocupação do espaço provocando uma diminuição do mesmo no que respeita ao

jogo ofensivo do adversário. Para isso a equipa deve defender como um bloco

compacto, reduzindo o espaço entre linhas e utilizando uma basculação colectiva

constante em função do lado da bola para assegurar o equilíbrio defensivo.

O Bloco Defensivo deverá ser sempre que possível médio/alto de forma a

provocar a reconquista da bola o mais rápido possível e o mais longe possível da sua

baliza.

Deverão ser asseguradas as coberturas defensivas pelos jogadores com essas

funções tácticas atribuídas.

Utilização de zonas pressionantes, nomeadamente quando a bola entra nos

corredores laterais. Para o sucesso dessa acção deve-se privilegiar o corte das linhas de

passe mais curtas e efectuar correctas coberturas de forma a criar segundas linhas de

pressão. A acção de pressing deve der efectuada em jogadores limitados do ponto de

vista técnico-táctico e deve ser efectuada com agressividade sobre a bola e adversário.

No entanto, a utilização de zonas pressionantes nunca deverá provocar

desequilíbrios defensivos na sua própria equipa. Quando se verificar que a equipa não

possui capacidade para aplicação de zona pressionantes na sua forma de organização

defensiva, então opta-se claramente pela contenção e organização como único método

defensivo.

No que respeita aos lances de bola parada, este modelo define igualmente a

utilização de uma defesa à zona, tendo os jogadores postos específicos a ocupar e

funções específicas a desempenhar. Neste caso particular, é necessária muita

concentração e uma grande disponibilidade para atacar a bola nunca esperando pela

mesma.

Os jogadores deverão possuir um correcto domínio da técnica defensiva (bom

tempo de intervenção) e serem fortes nos duelos individuais.

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Organização Ofensiva

A equipa da UD. Lavrense deverá privilegiar como forma de organização do seu

jogo ofensivo o ataque organizado (quando o adversário está organizado) e o ataque

rápido (quando o adversário se encontra com desequilíbrios).

Deve assegurar este processo através da gestão correcta da posse de bola e muita

circulação da mesma. No entanto, a velocidade da bola deverá ser elevada combinando

e alternando uma boa ocupação de espaços com trocas de posições constantes, criando

muitas e diferentes linhas de passe, controlando o ritmo e velocidade do jogo e

assegurando a alternância dos corredores de ataque.

Formação de triângulos de ataque, com atletas tacticamente evoluídos

(conhecimento específico do jogo e com capacidade de decisão) com excelentes

capacidades técnicas (passe/recepção o mais importante, mas com lugar para a

criatividade), com boas capacidades físicas (velozes, mas capazes de jogar a diferentes

ritmos) e com boas capacidades psicológicas (disciplinados, concentrados, confiantes,

com uma atitude competitiva agressiva e com espírito colectivo), sempre com o

objectivo de criar e finalizar com eficácia o maior número possível de situações de golo.

Utilização constante de coberturas ofensivas por forma a possibilitar a

manutenção da posse de bola mesmo em situações de dificuldade.

Procura de combinações de ataque que possibilitem múltiplas acções ofensivas

com finalização.

Transição Ataque-Defesa

A equipa da UD Lavrense deverá ser capaz de no imediato momento da perda da

bola efectuar uma pressão agressiva sobre o portador da bola com coberturas defensivas

e cortes de primeiras linhas de passe. O objectivo desta acção será condicionar a

transição para o ataque do adversário através de um ataque rápido ou contra ataque. No

caso de falhar a primeira opção de reconquista da bola, deverá a equipa optar por

organizar-se posicionalmente o mais rápido possível, para evitar desequilíbrios

defensivos que o adversário possa aproveitar. E ai utilizar a sua forma natural de

organização defensiva.

Todos os atletas devem participar nas acções de transição Ataque-Defesa.

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Transição Ataque-Defesa

No que respeita à transição ofensiva, se o adversário se encontrar desorganizado

posicionalmente a equipa deve optar por um ataque rápido, com dinâmica e velocidade

nas suas acções. Se o adversário se encontrar organizado a equipa deve tirar a bola da

zona de pressão e iniciar o ataque apoiado. É necessário capacidade de decisão

(inteligência operacional) por parte dos atletas de forma a fazerem a melhor escolha.

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Esquemas Tácticos Canto Contra Canto Contra Canto Contra Canto Contra –––– Defesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à Zona

Canto Curto Contra Canto Curto Contra Canto Curto Contra Canto Curto Contra –––– Defesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à Zona

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Livre Contra nas 1/2as Livre Contra nas 1/2as Livre Contra nas 1/2as Livre Contra nas 1/2as –––– Defesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à Zona

Livre no espaço da área Livre no espaço da área Livre no espaço da área Livre no espaço da área –––– Defesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à ZonaDefesa à Zona

Època 2007/2008 Rafael Silva

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Livre 1/2 frontal Contra Livre 1/2 frontal Contra Livre 1/2 frontal Contra Livre 1/2 frontal Contra –––– Defesa à Zona Defesa à Zona Defesa à Zona Defesa à Zona –––– barreira a 4 barreira a 4 barreira a 4 barreira a 4

Linha de barreira

Livre frontal Contra Livre frontal Contra Livre frontal Contra Livre frontal Contra –––– barreira a 4 barreira a 4 barreira a 4 barreira a 4

Linha de barreira

Època 2007/2008 Rafael Silva

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Canto a favorCanto a favorCanto a favorCanto a favor

Canto curto a favorCanto curto a favorCanto curto a favorCanto curto a favor

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livre indirecto a favor livre indirecto a favor livre indirecto a favor livre indirecto a favor –––– 1/2as/frontal 1/2as/frontal 1/2as/frontal 1/2as/frontal

1

22

livre indirecto a favor livre indirecto a favor livre indirecto a favor livre indirecto a favor –––– 1/2as na zona de área1/2as na zona de área1/2as na zona de área1/2as na zona de área

Livre à Camacho

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livre directo a favor livre directo a favor livre directo a favor livre directo a favor –––– zona central perto da áreazona central perto da áreazona central perto da áreazona central perto da área

1

2

Bate directo no lado contrário do GR

Època 2007/2008 Rafael Silva