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Elementos para Álgebra Linear
2º Ano Licenciatura em Matemática
1
Capítulo 01
Matrizes
1.0 Introdução A teoria das matrizes é muito presente em aplicações da Economia, Engenharia,
Matemática, Física, Tecnologia etc.
Os chineses apresentam como um dos mais antigos povos a mencionar a teoria das matrizes.
Eles gostavam de diagramas conhecidos como quadrados mágicos, como o exemplo a seguir.
4 9 2
3 5 7
8 1 6
1.1 Matriz Podemos definir matrizes com sendo uma tabela de números dispostos em linhas e colunas,
colocados entre parênteses ou colchetes:
2 2
2 3
1 4x
−
3 2
4 0
2
1 1x
π
−
Tabelas com m linhas e n colunas são denominadas matrizes m x n sendo * e m n ∈�
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1.2 Notação e Formação de uma Matriz
As matrizes costumam ser representadas por letras maiúsculas e seus elementos por letras
minúsculas, acompanhadas de dois índices que indicam a linhas e a coluna, respectivamente, de
cada elemento. Um formato geral para matiz m x n é:
11 1
1
An
m mn
a a
a a
=
…
� � �
�
Abreviando a matriz A teríamos:
[ ]ij m x nA a= Onde i e j representam,
respectivamente, a linha e a coluna que o
elemento ocupa.
Vejamos um exemplo de uma matriz 2 x 3. isso indica que a matriz possui duas linhas e três
colunas.
2 3
2 3 4A
1 0 5x
− =
Onde:
11 12 13
21 22 23
2 3 4
1 0 5
a a a
a a a
= = − =
= = =
As matrizes podem obedecer a uma lei de formação. Veja os exemplos a seguir.
Exemplo
E 01) Determinar a matriz 2 3[ ] 2 .ij x
A a i j= = +
Solução:
11 12 13
21 22 23 2 3
Ax
a a a
a a a
=
= 11 12 13
21 22 23 2 3
2.1 1 3 2.1 2 4 2.1 3 5
2.2 1 5 2.2 2 6 2.2 3 7x
a a a
a a a
= + = = + = = + =
= + = = + = = + =
2 3
3 4 5A
5 6 7x
=
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1.3 Matrizes Especiais
1.3.1 Matriz Linha
É toda matriz do tipo 1 x n , ou seja, uma única linha. Exemplo.
1 4A [4 5 1] x= −
1.3.2 Matriz Coluna
É toda matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma única coluna. Exemplo.
4 1
3
0
1
2x
B
= −
1.3.3 Matriz Quadrada
É toda matriz do tipo m x m, ou seja, o mesmo número de linhas e colunas. Com isso
dizemos que a matriz possui ordem n onde n é seu número de linhas e colunas.
Exemplo:
2 2
1 2
4 1x
C−
=
ordem 2
3 3
4 0 1
0 0 4
1 2 4x
D
−
=
ordem 3
1.3.3.1 Diagonais de uma Matriz Quadrada
o Diagonal principal: é o conjunto de elementos, tal que i = j.
o Diagonal Secundária: é o conjunto de elementos, tal que i + j = n + 1.
12
21 23
13
31 32
11
22
33
A
a
a
a
a a
a
aa
a
=
Diagonal principal
Elementos 11a , 22a e 33a .
Diagonal Secundária
Elementos 31a , 22a e
13a .
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1.3.4 Matriz Nula
É toda matriz em que seus elementos são nulos. [ ] 0ij mxn ij
A a a= = = .
Exemplo:
3 3
0 0 0
A 0 0 0
0 0 0x
=
1.3.5 Matriz Diagonal
É toda matriz quadrada onde todos os elementos que não estão na diagonal principal são
nulos.
Exemplos:
2 2
1 0
0 1x
A
=
3 3
4 0 0
0 1 0
0 0 3x
B
= −
1.3.6 Matriz Identidade
É toda matriz quadrada onde os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais
iguais a 0.
1, [ ],
0, n ij ij
se i jI a a
se i j
== =
≠
Exemplos:
2
1 0
0 1I
=
3
1 0 0
0 1 0
0 0 1
I
=
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1.3.7 Matriz Transposta
Chamamos de matriz transposta a matriz obtida a partir de uma matriz A, trocando-se
ordenadamente suas linhas por colunas ou colunas por linhas. Notação TA .
Exemplo:
Se 1 2 3
A4 5 6
− =
então T
1 4
A 2 5
3 6
= −
1.3.8 Matriz Simétrica e Anti-Simétrica
• Uma matriz quadrada é simétrica quando tem-se TA = A .
• Uma matriz quadrada é anti-simétrica quanto tem-se TA A= − .
1.3.9 Matriz Oposta
Chamamos de matriz oposta de A, a matriz obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos
os seus elementos. Notação: – A.
Exemplo:
3 1A
2 2
− =
− então T 3 1
A2 2
− =
−
Exercícios
01.) Determinar a matriz 3 3[ ]ij x
B b= , tal que 2 2
1, se
, se ij
i jb
i j i j
==
− ≠
02.) Determine as seguintes matrizes:
a. 22 2( ) ( )ij xA a i j= = +
b. 33 3( ) ( )ij xB b i j= = −
c. 2 3
2, ( )
, ij x
se i jC c
i j se i j
== =
+ ≠
03.) Dada a matriz 3 3( )ij xA a= , tal que 2 2 5ija i j= + − , calcule 12 31a a+ .
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Respostas
01.)
1 3 8
3 1 5
8 5 1
B
− −
= −
02.) a. 4 9
9 16A
=
b.
0 1 8
1 0 1
8 1 0
B
− −
= −
c. 2 3 4
3 2 5C
=
03.) 6
1.4 Operações com Matrizes
1.4.1 Igualdade de Matrizes
Duas matrizes A e B do mesmo tipo m x n, são iguais, se, e somente se, todos os elementos
que ocupam a mesma posição são idênticos. Notação A = B.
Exemplos
E 02) Dadas as matrizes 1 2
3A
a
=
e 3
3
xB
b
=
, determinar a, b e x para que TA B= .
Solução:
1 2
3 3 3T
x bA B
a
= ⇒ =
Então x = 1, b = 2 e a = 3.
E 03) Para que ocorra a igualdade das matrizes 2 0 11 1
2 02 1
m
m
− =
−− − qual deve ser o valor de
m?
Solução:
21 0 1 1
1 0 1
m m ou m
m m
− = ⇒ = − =
− = ⇒ = Como devem ser satisfeitas simultaneamente então m = 1.
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1.4.2 Adição e Subtração
Dada duas matrizes ( )ij mxnA a= e ( )ij mxnB b= , a matriz soma A + B é a matriz ( )ij mxnC c= ,
tal que ij ij ijc a b= + .
Exemplo:
1 2 0 3 1 0 2 3 1 5
3 4 1 5 3 1 4 ( 5) 2 1
+ + + = =
− − − + + − − −
Dada duas matrizes ( )ij mxnA a= e ( )ij mxnB b= , definimos a diferença A − B como a soma de
A com a oposta de B, ou seja, ( )A B A B− = + − .
Exemplos
E 04) Determine a matriz X na equação matricial 2 1 1 1/ 2 2 3/ 2
3 4 3 5 4 3X
− − − = +
− − − .
Solução:
Fazendo a b
Xc d
=
temos que 2 1 1 1/ 2 2 3/ 2
3 4 3 5 4 3
a b
c d
− − − = +
− − −
2 1 1 2
3 4 1 2
a b
c d
− + − =
+ − − − ⇒
2 1 1 2 1 1
3 1 4 2 4 2
a b a b
c d c d
− = − + = = = =
+ = − − = − = − =
1 1
4 2X
∴ =
−
E 05) Determine a matriz X na equação matricial
2 3 5 1
1 1 4 3
4 2 3 2
X
−
− + = − −
.
Solução:
Fazendo X =
3 2x
a b
c d
e f
temos que
2 3 5 1
1 1 4 3
4 2 3 2
a b
c d
e f
−
− + = − −
2 3 5 1 2 5 3 1 3 4
1 1 4 3 1 4 1 3 5 4
4 2 3 2 4 3 2 2 1 4
a b a b
c d c d
e f e f
+ + − + = + = − −
− + + = − ⇒ − + = + = − = − + − + + = − + = −
3 4
5 4
1 4
X
−
∴ = − −
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1.4.3 Produto de uma Matriz por um Escalar
Seja a matriz ( )ij mxnA a= e um número real k com 0k ≠ . O produto de k pela matriz A é
dado por uma matriz B, tal que, B = k.A onde .ij ijb k a= .
Exemplo:
0 2 1 3.0 3.2 3.1 0 6 3
3. 2 3 5 3.( 2) 3.3 3.( 5) 6 9 15
0 1 4 3.0 3.1 3.4 0 3 12
− − = − − = − −
Exercícios
01.) Determine a, b, c e d para que se tenha 5 5
16
2 10 3
a b
cd
− = −
.
02.) Determine x, y e z que satisfaçam 3
1 2 1 24
3 5 16 5 0
x
y z
− − = − −
.
03.) Determine p e q, tais que 2 6 2
0 2 0 3
p q
p q
+ − − =
− .
04.) Verifique se existe m, m ∈� , para que se tenha 2 2 02 9
0 03 3
m
m m
− =
− + .
05.) Determine m, m ∈� , se existir, tal que 2 0 14 1
32 3
m
m
− =
− .
06.) Seja 2 3( )ij xA a= , em que ija i j= + . Determine m, n e p em 3 4
1 2 5
m nB
n m p
+ =
− − tal
que A = B.
07.) Calcule:
a. 1 0 3 4 2 1/ 2
2 3 1 1 1 0
− − +
− − −
b. 2 3 5 4
0 13 0
− − +
−
c.
3 5 1 2
2 7 3 5
4 0 1 1
−
− − −
d.
1 0
3 2
5 4
− − −
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08.) Sejam as matrizes 3 2( )ij xA a= , em que 2i ja i j= + , e 3 2( )ij xB b= , em que 1 .ijb i j= + +
a. Determine A + B.
b. Determine D = A – B.
09.) Sejam 2 1
4 3A
− =
, 3 1
2 2B
− =
− e
1 3
1 0C
− =
− . Determine A + B + C.
10.) Resolva as seguintes equações matriciais:
a.
3 11
1 3
5 2
X
+ − = −
b. 2 3 4 1
4 1 0 3X
− − =
11.) Determine a matriz X em 2 4 1 3 1 2
3 5 5 0 3 4X
− − + = −
− .
12.) Sejam as matrizes 7 9( )ij xA a= , em que 2ija i j= − , e 7 9( )ij xB b= , em que ijb i j= + . Seja
C A B= + , em que ij ij ijc a b= + . Determine os elementos:
a. 21c b. 63c
13.) Dada a matriz 1 11 3
8 5 2A
− =
− , obtenha as matrizes:
a. 3.A b.
1
2A
14.) Sejam as matrizes
3 2
1 5
4 3
A
−
= − −
e
0 1
3 2
1 5
B
= −
. Determine as seguintes matrizes:
a. 2A B+ b. 2A B−
15.) Sejam as matrizes
2 1 0
1 2 2
0 5 4
A
= − −
e 3 3( )ij xB b= , em que ijb i j= − . Determine a matriz
1A 4
2B+ .
16.) Resolva a equação 1 2 3 1 1 0
2.X3 2 4 1 2 5
− + =
− − − .
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17.) Dadas as matrizes 2 0 3 1 0 2
, 1 1 0 1 1 0
A B e C−
= = = − −
, determine a matriz X, tal
que 2 2A B X C+ = + .
18.) Sendo 1 2
3 4A
=
− e
0 1
4 3
2 5
B
= −
, determine:
a. 2 TA A+ b. TB
Respostas
01.) 1
1, , 6, 106
a b c d= − = = = −
02.) 3
, 2, 14
x y z= = − =
03.) 3, 3p q= =
04.) não existe m real que satisfaça.
05.) 2m = −
06.) 2, 4, 3m n p= − = = −
07.) a. 5
5 22
3 4 1
− −
− −
b. 7 7
3 1
−
−
c.
2 7
5 2
5 1
− −
d.
1
5
9
−
08.) a.
6 9
8 11
10 13
b.
0 1
0 1
0 1
09.) 6 5
1 5
−
10.) a.
8
4
7
−
b. 6 2
4 4
11.) 2 5
5 9
12.) a. 21 6c = b. 63 18c =
13.) a. 3 33 9
24 15 6
−
− b.
1 11 3
2 2 25
4 12
−
−
14.) a.
6 3
1 8
9 1
−
− − −
b.
3 4
7 9
2 13
−
− −
15.)
71 8
27
1 32
138 2
2
− −
− −
16.)
3 30
2 21
1 22
X
− −
=
17.) 7 5
4 1
−
−
18.) a. 4 2
2 16
−
− b.
0 4 2
1 3 5
−
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1.5 Multiplicação de Matrizes
Dadas duas matrizes ( )ij m x nA a= e p( )ij n xB b= , chama – se o produto AB a matriz
( )ik m x pC c= tal que:
1 1 2 21
...n
ij ij i j i k i k in nk
j
c a b a b a b a b=
= ⋅ = ⋅ + ⋅ + + ⋅∑ para todo { }1,2,...,i m∈ e todo
{ }1,2,...,k p∈ .
A definição garante a existência do produto AB se, e somente se, o número de colunas de A
for igual ao número de linhas de B.
A B Cx x x
Colunas Linhas
pm pmn n
=
⋅ =������
Vejamos um exemplo prático:
Sejam as matrizes
1 2 3
5 1 2
3 2 1
A
= −
e
2 1
4 0
2 3
B
−
=
façamos o produto AB conforme o
esquema abaixo.
2 1
4 0
2 3
1 2 3 1*2 2*4 3*2 1*( 1) 2*0 3*3 16 8
5 1 2 5*2 ( 1)*4 2*2 5*( 1) ( 1)*0 2*3 10 1
3 2 1 3*2 2*4 1*2 3*( 1) 2*0 1*3 16 0
−
+ + − + +
− + − + − + − + = + + − + +
�
�
�
Então o produto AB foi dado por
16 8
10 1
16 0
AB
=
obs.: Lembrar que o produto de matrizes, em geral, não é comutativo, ou seja, AB BA≠ .
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12
Exemplos
E 06) Encontre a matriz X em AX = B, sendo 2 4
3 1A
− =
e 5
3B
=
− .
Solução:
Temos que 2 2 2 1
2 4 5.
3 1 3x x
X−
= −
vemos que a Matriz X é do tipo a
Xb
=
, daí
2 2 2 1
2 4 5.
3 1 3x x
a
b
− =
− ⇒
2 4 5
3 3
a b
a b
− =
+ − , donde resulta o sistema
2 4 5
3 3
a b
a b
− =
+ = − cuja a
solução é 1
2a = − e
3
2b = − . Logo
1
2
3
2
X
−
= −
E 07) Sejam as matrizes 6 3( )ij xA a i j= = + , e 3 8( ) 2ik xB b j k= = − . Determine o elemento
35c , sendo que C A B= ⋅ .
Solução:
Vejamos aqui que não é necessário montar as duas matrizes por completo. Para adquirir o
elemento 35c , basta usar a terceira linha de A e a coluna 5 de B.
31 32 33A a a a
=
� � �
� � �
= 4 5 6
� � �
� � �
; 15
25
35
3
1
1
b
B b
b
−
= = −
� � � �
� � � �
� � � �
Assim 35 4 ( 3) 5 ( 1) 6 1 11c = ⋅ − + ⋅ − + ⋅ = −
∴ 35c = − 11
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1.6 Matriz Inversa (parte I) Seja A uma matriz quadrada de ordem n. A é dita inversível se existir uma matriz B tal que:
nA B B A I⋅ = ⋅ =
E neste caso B é dita a inversa de A e denota-se por 1A− . A Matriz inversa de A só irá existir
se, e somente se, det( ) 0.A ≠ (Determinante será estudado no próximo capitulo).
Exemplos
E 08) Encontre a inversa da matriz 4 5
3 1A
− =
.
Solução:
Devemos ter 4 5 1 0
3 1 0 1
a b
c d
− ⋅ =
⇒
4 5 4 5 1 0
3 3 0 1
a c b d
a c b d
− − =
+ + donde o sistema
4 5 1 1 3
3 0 19 19
a ca e c
a c
− = −⇒ = =
+ = e também
4 5 0 5 4
3 1 19 19
b db e d
b d
− =⇒ = =
+ =
Assim 1
1 51 5119 19
3 4 3 419
19 19
A−
= = ⋅ − −
E 09) Verifique se as matrizes 2 0
4 3A
=
− e
10
22 1
3 3
B
= −
são inversas, isto é, 1B A−=
Solução:
Vamos fazer o produto AB.
1 2 112 0 2 0 00
2 0 1 02 3 322 14 3 1 2 1 0 1
4 3 4 0 33 3 2 3 3
− ⋅ + ⋅ ⋅ + ⋅
⋅ = = −− ⋅ − ⋅ ⋅ + ⋅
Como 1
nAB I B A−= ⇒ =
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14
Exercícios
01.) Determine os produtos.
a. 2 1 1 4 3 2
4 3 0 1 1 3
− − − ⋅
− b.
4 3 1 1
2 5 0 2
− − ⋅
02.) Sejam as matrizes
3 1
0 2
1 4
A
−
=
, 0 1
1 3B
=
− e
4
1C
=
− . Determine, caso existir:
a. A.B
b. B.A
c. A.C
d. BT.C
e. B.AT
03.) Sejam as matrizes
4 1 5 3
0 2 0 1
4 3 2 5
1 3 0 8
A
−
− =
−
e
10 6
5 3
2 4
1 8
B
−
− = −
. Se 4 2A B ( )ij xC c⋅ = = , determine
os elementos 12C e 41C .
04.) Calcule x e y em 2 4 1
3 5 3
x
y
⋅ =
− − − .
05.) Sejam as matrizes 6 3( )ij xA a= , em que ija i j= + , e 3 4( )ik xB b= , em que 3 2ikb j k= − .
Sendo 6 4( )ik xC c= a matriz produto AB, determine o elemento 52C .
06.) Determine x e y a fim de que as matrizes 2 0
3 4
− e
3
1
x
y
comutem.
07.) Resolva a equação matricial 2 3 0 3
1 4 1 5X
− ⋅ =
−
08.) Um fast-food de sanduíches naturais vende dois tipos de sanduíche, A e B, utilizando os
ingredientes (queijo, atum, salada, rosbife) nas seguintes quantidades, em gramas, por
sanduíche:
Sanduíche A Sanduíche B
queijo 18 g 10 g
salada 26 g 33 g
rosbife 23 g 12 g
atum 0 16 g
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15
Durante um almoço foram vendidos 6 sanduíches do tipo A e 10 do tipo B. Qual foi a
quantidade necessária de cada ingrediente para a preparação desses 16 sanduíches?
09.) Sendo 1 2
3 4A
=
− e
0 1
4 3
2 5
B
= −
, resolva a equação T TA X B⋅ = .
10.) Resolva a equação A X B C⋅ + = , na qual 1 0
1 3A
− =
, 1
5B
=
e 0
3C
=
− .
11.) Resolva a equação A B X C⋅ = ⋅ , se 1 0 3
2 1 4A
− =
,
1 0
4 1
0 2
B
= −
e 2 1
3 4C
− =
.
12.) O produto das matrizes 2
3 1
xA
− =
e 1 1
0 1B
− =
é uma matriz simétrica. Qual é o
valor de x?
13.) (Vunesp – Adaptado) Considere as matrizes reais 2 x 2 do tipo cos( ) ( )
( )( ) cos( )
x sen xA x
sen x x
=
,
calcule A(x).A(x).
14.) Verifique se 3 / 5 2 / 5
1/ 5 1/ 5
−
é a inversa de 1 2
1 3
− .
15.) Determine, se existir, a inversa da matriz 2 1/ 2
4 1
−
.
16.) Seja 1 2
3 4A
− =
. Determine 10 1A−⋅ .
17.) Sejam as matrizes 3 2
1 1A
=
e 0 1
3 4B
=
− . Determine:
a. 1A B− + b. 1.A B−
18.) A inversa de 3
2
y
x
−
− é a matriz
4
5 1
x x
x
−
− . Determine x e y.
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16
Respostas
01.) a. 2 7 5 1
4 19 15 17
− − − −
b. 4 10
2 8
−
02.) a.
1 6
2 6
4 11
−
− −
b. ∃
c.
13
2
0
−
d. 1
7
−
e. 1 2 4
6 6 11
−
− −
03.) a. 12 23C =
b. 41 3C =
04.) 7
5x = e
9
2y
−=
05.) 48
06.) 0x = e 3y =
07.)
3 6
11 119 7
11 11
X
−
= −
08.) 208 g de queijo, 486 g de salada, 258 g
de rosbife e 160 g de atum.
09.)
3 5 7
10 2 101 1 9
10 2 10
X
= −
10.) 1
3X
=
−
11.) 2 1
35 16
11 11
X
− = −
12.) x = 1
13.) 1 (2 )
(2 ) 1
sen x
sen x
14.) sim é inversa
15.)
1 1
4 81
12
−
16.) 4 2
3 1
−
17.) a. 1 1
4 7
−
−
b. 6 7
9 11
−
−
18.) x = 7 e y = 1
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17
Capítulo 02
Determinantes
2.0 Introdução Definição: Determinante é um número real associado a uma matriz quadrada.
As aplicações dos determinantes em matemática estão associadas a:
- Cálculo da matriz inversa;
- Resolução de alguns tipos de sistemas lineares;
- Cálculo da área de um triângulo, quando são conhecidas as coordenadas dos vértices.
2.1 Determinante de 1ª Ordem Dada uma matriz quadrada de ordem 1ª Ordem 11[ ]M a= , seu determinante é dado por:
11det( )M a= .
2.2 Determinante de 2ª Ordem
Dada a matriz 11 12
21 22
Ma a
a a
=
,por definição, temos que o determinante associado a essa
matriz é dado por: 11 22 12 21det(M) a a a a= − .
Exemplo:
Sendo 2 3
4 5M
=
, então det( ) 2 5 4 3 2M = ⋅ − ⋅ = − .
Conclusão: O determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto
dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
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18
Exemplos
E 10) Calcular o valor dos determinantes:
a. 1 1
2 33 8
A = � 1 1
8 3 4 1 32 3
⋅ − ⋅ = − = det( ) 3A∴ =
b. ( ) cos( )
cos( ) ( )
sen x xB
x sen x=
− � 2 2( ) ( ) ( cos( ) cos( )) ( ) cos ( ) 1sen x sen x x x sen x x⋅ − − ⋅ = + =
det( ) 1B∴ =
E 11) Calcular o valor de x, x ∈� , na igualdade:
a. 3 3
04 3
x
x=
+ � 23 ( 3) 4 3 3 3 12 0x x x x⋅ + − ⋅ = + − = donde tiramos que
4
1
x
x
= −
=
2.3 Regra de Sarrus
Para determinantes de 3ª ordem usaremos um dispositivo prático conhecido como regra de
Sarrus (lê-se “Sarrí”).
O dispositivo consiste em:
1º. Repetir as duas primeiras colunas ao lado da terceira;
2º. Multiplicamos os elementos da diagonal principal de A. Segundo a direção da diagonal
principal, multiplicamos, separadamente, os elementos das outras duas “diagonais”. Conservando o
sinal dos elementos;
3º. Multiplicamos os elementos da diagonal secundária de A, trocando o sinal do produto obtido.
Segundo a direção da diagonal secundária, multiplicamos, separadamente, os elementos das outras
diagonais, também trocando o sinal dos produtos;
4º. Somamos todos os produtos obtidos nos passos 2º e 3º.
11 12 13 11 12
21 22 23 21 22
31 32 33 31 32
a a a a a
a a a a a
a a a a a
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19
Exemplo
E 12) Calcular o determinante da matriz
2 3 5
1 1 2
3 4 3
−
.
Solução:
2 3 5 2 3
1 1 2 1 1
3 4 3 3 4
− − det( ) 32 10 22A∴ = − =
Exercícios
01.) Calcule:
a. 2 5
3 8 b.
3 2
5 1
− −
− − c.
4 3
2 1−
02.) Calcule o valor de 11 7 4 5
3 2 2 3y
−= +
−.
03.) Resolva, em � , a equação 2
4 3
x xx
+= .
04.) Resolva, em � , a equação 3
2.1 1
x
x x=
+ −
05.) Resolva, em � , a desigualdade
3
2 33
1 2 5
3 1
x
xx
x
−
−≥
−.
06.) Calcule o valor de cada um dos determinantes.
a.
3 7 2
4 1 1
2 2 3
−
−
−
b.
1 1 1
2 1 1
4 3 3
−
−
−
6− 18+ 20+ 32=
15+ 16− 9− 10= −
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20
07.) Qual o valor de cada um dos seguintes determinantes:
a.
0 1 3
4 2 5
3 0 1
−
− −
b. 2
1 1
1
1
a
a a
a a
− −
08.) Sejam as matrizes 3 3( )ij xA a= , em que 1,
2,ij
se i ja
se i j
≥=
<, e 3 3( )ij xB b= , em que
1,
1,i j
se i jb
se i j
− ≥=
<. Qual o valor de det (A) + det (B)?
09.) Resolva, em � , a desigualdade
6 1 5 1 2 1
0 1 0 4
1 3 2 0 0 6
x x
− −
>
− −
.
10.) Sejam as matrizes 1 2
1 0A
=
, 1
2B
=
− e ( )5 1C = − Pede-se:
a. Calcular BC + 2A e CB.
b. Determinar λ de maneira que det( ) 0A Iλ− = , em que I é a matriz identidade de
ordem 2.
11.) Resolva, em � , as seguintes equações:
a.
1 2
1 1 6
3 2
x
x x
x
− + = b.
0 1
2 2 0
3 2
x
x x
x x
=
12.) Determine k para qual o determinante da matriz A é nulo.
1 1 1
2 3
1 0
A k
k
=
.
13.) Determine o valor de a para que a matriz 5
1 1/ 2
aA
=
tenha determinante nulo.
14.) Na matriz do Exercício 12, faça k = 0 e resolva a equação matricial
1
. 2
1/ 2
x
A y
z
=
. Dê o
valor de x – y – z.
15.) Resolva, em � , a equação
4 23
1 12 1
1 1 3
xx
x x
x
−
− =
+
.
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21
16.) Calcule o valor de x para que o determinante da matriz A seja nulo.
1 2 1
4 9 4
6 7
A
x x
= −
.
Respostas
01.) a. 1 b. -7 c. – 10
02.) – 1
03.) S = { −4 }
04.) S = {−1, 5}
05.) 1
|3
S x x
= ∈ ≤ − �
06.) a. 105 b. 0
07.) a. −1 b. 3a a−
08.)08.)08.)08.) −3
09.) { }| 1S x x= ∈ > −�
10.) a. 7 3
8 2
− e ( 7 )
b. −1 ou 2
11.) a. {1}S = b. {0, 3, 3}S = −
12.) 3
2k =
13.) 10a =
14.) zero
15.) {2}S =
16.) x = 13
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22
2.4 Menor Complementar Chamamos de menor complementar relativo ao elemento ija de uma matriz M quadrada e de
ordem n > 1, o determinante de ordem n – 1, associado à matriz obtida de M quando suprimimos a
linha e a coluna que passam por ija .
Exemplos
E 13) Dada a matriz 11 12
21 22
a aM
a a
=
determine o menor complementar ao elemento 21a .
Solução: 11 12
21 22
a a
a a
suprimindo a linha e coluna do elemento 21a obtemos então que o menor
complementar de 21a é 12a
E 14) Obter o menor complementar ao elemento 12a da seguinte matriz 4 2
5 6M
− =
.
Solução: na matriz M o elemento 12a = 2, então 4 2
5 6
−
encontramos 5 como menor
complementar ao elemento 12a .
E 15) Encontrar o menor complementar ao elemento 22a na matriz
2 0 1
3 1 2
1 1 2
M
=
.
Solução: Suprimindo linha e coluna do elemento 22a , obtemos
2 0 1
3 1 2
1 1 2
a matriz 2 1
1 2
que
tem como determinante o valor 3 e, portanto, o menor complementar do elemento 22a é igual a 3.
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23
2.5 Cofator Chamamos de cofator relativo ao elemento ija de uma matriz quadrada de ordem n o
número ijA , tal que:
( 1)i j
ij ijA MC+= − ⋅
Exemplos
E 16) Dada a matriz 3 2
1 0A
− =
determine os cofatores 11A e 21A .
Solução: 1 111 ( 1) 0 0A += − ⋅ = 1 2
12 ( 1) 1 1A += − ⋅ = −
E 17) Dada a matriz
4 1 2
3 1 0
2 3 1
M
= − −
determine o cofator 23A .
Solução: 2 323
4 1( 1) 1 (4 3 2 1) 14
2 3A
+= − ⋅ = − ⋅ ⋅ + ⋅ = −−
23 14A∴ = −
2.6 Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada de ordem n ( 2n ≥ ) pode ser obtido pela soma dos
produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da matriz M pelos respectivos
cofatores. Assim, fixando um j ∈� , tal que 1 j m≤ ≤ :
1
detm
ij ij
i
M a A=
=∑
O teorema de Laplace se aplica a qualquer ordem de uma matriz quadrada, porém, para
ordem 2 e 3 é mais interessante aplicar regras anteriormente vistas. Esse teorema é mais interessante
ser aplicado quando a matriz possui um grande número de elementos iguais a zero em suas linhas
ou colunas.
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24
Exemplos
E 18) Calcule o determinante da matriz
3 1 2 1
5 2 2 3
7 4 5 0
1 1 11 2
D
− = −
−
.
Solução: Vamos escolher a 3ª linha da matriz D. e usando o teorema de Laplace então
teremos:
31 32 33 347 4 ( 5) 0D A A A A= ⋅ + ⋅ + − ⋅ + ⋅ Trocando pelos valores devidos temos:
431
1 2 1
( 1) 2 2 3 9
1 11 2
A
−
= − =
−
, 532
3 2 1
( 1) 5 2 3 20
1 11 2
A
−
= − = e 633
3 1 1
( 1) 5 2 3 7
1 1 2
A = − =
−
não calculamos o 34A pois não há necessidade uma vez que ele está sendo multiplicado por zero.
7 9 4 20 ( 5) 7 108D = ⋅ + ⋅ + − ⋅ =
E 19) Qual é o valor de
1 0 10 0
3 2 1 1
5 0 3 2
9 0 4 7
D− −
=− −
−
.
Solução: Vamos escolher a segunda coluna, pois, ela apresenta um grande número de
elementos com valor zero e isso facilita as contas.
12 22 32 42 220 ( 2) 0 0 2D A A A A A= ⋅ + − ⋅ + ⋅ + ⋅ = − ⋅ Assim basta calcular apenas esse último termo.
2 222
1 10 0
( 1) 5 3 2 183
9 4 7
A += − ⋅ − − = −
−
, segue que ( 2) ( 183) 366D = − ⋅ − =
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25
Exercícios
01.) Calcule os seguintes determinantes:
a.
3 4 2 1
5 0 1 2
0 0 4 0
1 0 3 3
− −
−
b.
2 3 1 7
0 1 2 0
3 4 5 1
1 0 2 1
−
−
−
− −
c.
1 1 5 1
0 3 2 1
0 0 7 1
0 0 0 4
−
−
02.) Calcule os seguintes determinantes:
a.
0 5 3 4
11 1 2 7
0 0 0 0
4 3 2 1
−
−
− −
b.
0 1
0 1 0 0
0
1 0
a b
a a b
b a
c.
1 0
0 1
0 0 0 2
1 1
x y
y x
x y
−
− −
−
03.) Resolva, em � , a equação:
0 0 3
1 0 03.
0 1 1
0 0 1 2
x
x
x
−=
−
− −
04.) Resolva, em � , a equação:
2 0 1 2
1 2 1 379
0 0 1 1
3 1 2 0
x
−= −
−
− −
.
05.) Calcule
2 2 3 4 2
0 1 0 0 0
.0 4 0 2 1
0 5 5 1 4
0 1 0 1 2
−
−
−
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26
Respostas
01.) a. – 208 b. – 3 c. 84
02.) a. 0 b. 2 2a b+ c. 22 (1 )x y− +
03.) 1
0,2
S
=
04.) { }5S =
05.) 50−
2.7 Propriedades dos Determinantes Em alguns casos, o cálculo de determinantes pode ser simplificado como auxílio de algumas
propriedades.
2.7.1 Fila Nula
Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) são nulos, o determinante dessa
matriz também é nulo.
Exemplos: a.
3 0 2
1 0 5 0
2 0 7
− =
−
b.
4 9 8 5
0 0 0 00
1 1 2 3
3 4 1 1
−
=− −
2.7.2 Filas Paralelas iguais
Se duas filas paralelas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.
Exemplo:
2 1 3 5
2 1
1 4 5 00
7
3 5
8 1 3
−=
−
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27
2.7.3 Filas Paralelas Proporcionais
Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então seu determinante é nulo.
Exemplo:
4 4 21 2
1
1 1
2 4 2 1 2 0
2 6 2
2
3 3 32
⋅
= ⋅ =
⋅
2.7.4 Filas Paralelas com Combinações Lineares
Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos elementos
correspondentes de filas paralelas, então o seu determinante é nulo.
Exemplos:
a.
1 3 4 1 3 41 3
2 42 4 6 2 4 6 0
3 2 5 3 2 53 2
=
=
+
=
=
+ =
+
b.
3 4 1 3 4 1
1 2 3 1 2
2 3 1
3 0
7 10 5 7 10 52 4 2 2 1 3⋅ + ⋅ + ⋅ +
= =
= = =
2.7.5 Teorema de Jacobi
O determinante de uma matriz não se altera quando somamos aos elementos de uma fila
uma combinação linear dos elementos correspondentes de filas paralelas.
Exemplo:
1 2 3
2 1 2 9
2 4 3
= �
1 2 2 2 3 5 2 3
2 1 2 1 2 4 1 2 9
2 4 2 4 3 10 4 3
+ ⋅
+ ⋅ = =
+ ⋅
2.7.6 Matriz Transposta
O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais.
Exemplo:
1 2 3
det( ) 2 1 2 9
2 4 3
A = =
1 2 2
det( ) 2 1 4 9
3 2 3
TA = =
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28
2.7.7 Produto de uma fila por um escalar
Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em um matriz, o
determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.
Exemplo:
1 2 3
2 1 1 4
3 2 1
− = − multiplicando a primeira coluna por 2
2
2
2
1 2 3
2 1 1 2 ( 4) 8
3 2 1
⋅
⋅ − = ⋅ − = −
⋅
2.7.8 Troca de filas paralelas
Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz muda de
sinal.
Exemplo:
2 1 1 4
3 2
1 2 3
1
− = − trocando-se a primeira linha com a segunda 1 2 3 4
3 2
2 1 1
1
= +
−
2.7.9 Matriz Triangular
Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são todos
nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.
Exemplos:
a. 3 2
2
4
1
0 0
0 4 ( 1) 8
1 7
= ⋅ ⋅ − = −
−
b.
1
3
4
2 2
7 1 30
0
4 12
0
−
= ⋅ ⋅ =
2.8 Outras Propriedades
2.8.1 Teorema de Binet
Sejam duas matrizes quadradas A e B de mesma ordem, temos:
det( ) det( ) det( )AB A B= ⋅
obs.: Como 1A A nI−⋅ = , pelo teorema acima, temos que:
1 1det( )
det( )A
A
− =
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29
2.8.2 Produto de um escalar por toda a matriz
Quando todos os elementos de uma matriz é multiplicada por um escalar k o seu
determinante fica multiplicado por nk , onde n é a ordem da matriz.
Se k ∈� , então det( ) det( )nk A k A⋅ = ⋅ .
Exemplo:
2 1
4 5A
=
� det(A) = 6 6 3
312 15
A
=
� det(3A) = 54
det( ) det( )nk A k A⋅ = ⋅ � 54 = 32. 6
Exercícios
01.) Se 1
2
x y
z w= , qual é o valor de (diga qual a propriedade que usou):
a. x z
y w b.
2
2
x z
y w
02.) Se 3
a b c
d e f
g h i
= − , qual é o valor de
6 6 6
6 6 6
6 6 6
a d g
b e h
c f i
?
03.) Sejam A e B matrizes quadradas de ordem 3, det( ) 5A = e det( ) 3B = . Qual é o valor de:
a. det( )A B⋅
b. det( )T TB A⋅
c. det(2 )TA
Respostas
01.) a. 1
2 ( det( ) det( )TA A= ) b. 1 ( prop 2.7.7 e 2.7.6)
02.) 36 ( 3) 648⋅ − = −
03.) a. 15 b. 15 c. 40
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30
2.9 Regra de Chió A regra de Chió nos permite passar de uma matriz de ordem n para outra de ordem n – 1, de
igual determinante. Para que a regra seja aplicada, a matriz deve ter pelo menos um de seus
elementos igual a 1 e de preferência na posição 11a .
Exemplos
E 20) Calcule, usando a regra de Chio, o determinante da seguinte matriz:
5 2 2 1 2 3 3 2 0 1 5 35 1 3
1 ( 3) 2 2 ( 3) 3 5 ( 3) 0 7 11 51 2 5
6 ( 4) 2 7 3 ( 4) 2 0
2 3
( 4) 2 19 26 7 2
0
2
3
4
1Chió
− ⋅ − ⋅ − − ⋅ − −−
= − − ⋅ − − ⋅ − − ⋅ =
− − − ⋅ − ⋅ − − ⋅ −−
−
−
Aplicando a regra
novamente, temos:
11 7 ( 5) 5 7 ( 3) 46 2611 5 386
19 2( 5) 2
5
2 ( 3) 29 8
31
12 2
7
9
− ⋅ − − ⋅ −= = = −
− − − ⋅ −
− −
E 21) Calcule, usando a regra de Chio, o determinante de:
1 2
7 4
2
3
1
0 3
− Vamos trocar a segunda com a primeira linha e em seguida aplicarmos a Regra de Chio.
7 3 2 4 3 ( 1) 1 7( 19) 19
3 0 2 2 0 (
1 2
1)3
27 4
30 2
1
3
− ⋅ − ⋅ −− = − = − = − − =
− ⋅ − ⋅ −
−
E 22) Calcule, usando a regra de Chio, o determinante de:
2 2 2 2
2 2 2 3
2 2 3 3
2 3 3 3
Temos que dividir toda a primeira coluna por 2, daí:
2 2 20 0 1
2 2 30 1 1 ( 1) 2
2 3 31 1 1
3 3
1
12 2
3
1
1
Chió
⋅ = = ⋅ − = −
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31
Exercícios
01.) Calcule, usando a regra de Chió:
a.
1 2 3
1 4 7
0 3 2
− b.
1 0 0 0
5 4 3 2
1 3 2 0
0 1 0 1
−
−
c.
0 1 3 0
3 5 1 1
1 4 0 0
0 2 1 1
−
−
02.) Calcule, usando a regra de Chió:
a.
3 3 3
4 5 6
1 0 2−
b.
5 3 2 0
0 2 4 6
2 4 2 8
2 0 3 0
−
−
c.
4 2 11
6 3 9
7 1 5
−
03.) Mostre que ( )( )( ).
a a a a
a b b ba b a c b d c
a b c c
a b c d
= − − −
04.) Resolva a equação 2
1 2 1
0 2.
3 7 4
x x =
Respostas
01.) a. 18− b. 21− c. 55−
02.) a. 3 b. 460 c. 87−
03.) Demonstração
04.) {2, 1}S = −
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32
A1 – Apêndice Capitulo 02 - Matriz Inversa (parte II)
Com vimos anteriormente, a matriz M, de ordem n, admite inversa se, e somente se,
det(M) 0≠ . Sua inversa é representada por 1M− .
Para o cálculo da inversa usaremos o seguinte teorema.
1 1M M
det(M)− = ⋅ onde M é a matriz adjunta.
Calculamos a inversa conforme a ordem:
a. O determinante de M.
b. A matriz M’, chamada matriz dos co-fatores, substituindo cada elemento de M pelo
respectivo cofator.
c. A matriz M , chamada matriz adjunta que é a transposta de M’. M (M ')T=
d. A inversa 1M− , multiplicando M por 1
det( )M.
Exemplos
E 23) Obter a matriz inversa de 4 1
11 3M
=
.
Resolução: Seguindo os passos corretos temos:
a. O det (M) = 12 – 11 = 1
b. M’ = 1 1 1 2
2 1 2 2
( 1) 3 ( 1) 11
( 1) 1 ( 1
3 11
14 4)
+ +
+ +
− ⋅ − ⋅ =
− ⋅ − ⋅ −
−
c. 13
(1
')1 4
TM M
−
= =
−
d. 1 3 1 3 11 1
11 4 11 4det( ) 1M M
M
−− −
= ⋅ = ⋅ = − −
1 3 1
11 4M
−−
∴ = −
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33
E 24) Calcular a inversa da matriz
1 2 1
0 3 2
0 0 1
.
Resolução:
a. det( ) 3M =
b.
1 1 1 2 1 3
2 1 2 2 2 3
3 1 3 2 3 3
3 2 0 2 0 3( 1) ( 1) ( 1)
0 1 0 1 0 0
2 1 1 1 1 2' ( 1) ( 1) ( 1)
0 1 0 1 0 0
2 1 1 1 1 2( 1) ( 1) ( 1)
3 2 0 2 0 3
M
+ + +
+ + +
+ + +
− ⋅ − ⋅ − ⋅
= − ⋅ − ⋅ − ⋅ − ⋅ − ⋅ − ⋅
=
3 0 0
2 1 0
1 2 3
− −
c.
3 2 1
( ') 0 1 2
0 0 3
TM M
−
= = −
d. 1
3 2 1 1 2 / 3 1/ 31 1
0 1 2 0 1/ 3 2 / 3det( ) 3
0 0 3 0 0 1
M MM
−
− −
= ⋅ = ⋅ − = −
Exercícios
01.) A inversa da matriz 4 3
1 1
é?
02.) Dada a matriz 1 0
0 1M
− =
, determinar o número real α tal que 1M M Mα−+ = ⋅ .
03.) (MACK) Seja a b
Ac d
=
com ad bc≠ , determine 1A− .
04.) Sejam 1 2
1 4A
=
e 2 1
Bx y
− =
duas matrizes. Se B é a inversa de A, então qual o valor
de x + y.
05.) Se 2 1
Ax x
=
, então o número de valores de x tais que 1 3 0
0 3A A
− + =
é:
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34
Respostas
01.) 1 3
1 4
−
−
02.) α = 2
03.) 1 d b
c aad bc
− ⋅
−−
04.) 0
05.) 1
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35
Capítulo 03
Sistemas Lineares
3.0 Equação Linear
É toda equação da forma:
1 1 2 2 ...n n
a x a x a x b+ + + = onde a1, a2, a3, ..., an são números reais que recebem o nome de
coeficientes das incógnitas X1, X2, ..., Xn e b é um número real chamado termo independente.
Observação: Quando b = 0 a equação recebe o nome de linear homogênea. Exemplos: São Lineares: 1) 3 2 4 7
2) 3 7 0 (homogênea)
3) 3 8
x y z
x y z t
xy z t
− + =
+ − − =
− + =
3.1 Sistema Linear
Um conjunto de equações lineares da forma:
11 1 12 2 13 3 1 1
21 1 22 2 23 3 2 2
1 1 2 2 3 3
...
...
...
...
n n
n n
m m m mn n m
a x a x a x a x b
a x a x a x a x b
a x a x a x a x b
+ + + + =
+ + + + = + + + + =
É um sistema linear de m equações e n incógnitas.
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36
3.2 Solução do sistema linear Chamamos de solução do sistema a n-upla de números reais ordenados 1 2 3( , , ,..., )
nr r r r que é,
simultaneamente, solução de todas as equações do sistema.
3.3 Matrizes Associadas A Um Sistema Linear
3.3.1 Matriz Incompleta
É a matriz A, formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema. Exemplo:
Em relação ao sistema:
2 3 0
4 7
2 4
x y z
x y z
x y z
+ − =
+ + =− + + =
a matriz incompleta é:
2 3 1
4 1 1
2 1 1
A
−
= −
3.3.2 Matriz Completa
É a matriz B, que obtemos ao acrescentarmos à matriz incompleta uma última coluna
formada pelos termos independentes das equações do sistema.
Exemplo:
2 3 0
4 7
2 4
x y z
x y z
x y z
+ − =
+ + =− + + =
a matriz completa é
2 3 1
4 1 1
2 1 1
0
7
4
B
−
= −
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37
3.4 Sistemas Homogêneos O sistema:
11 1 12 2 13 3 1
21 1 22 2 23 3 2
1 1 2 2 3 3
... 0
... 0
...
... 0
n n
n n
m m m mn n
a x a x a x a x
a x a x a x a x
a x a x a x a x
+ + + + =
+ + + + = + + + + =
É homogêneo, pois os termos independentes de todas as equações são nulos.
2 3 0
4 0
2 0
x y z
x y z
x y z
+ − =
+ + =− + + =
3.4.1 Soluções de um sistema homogêneo
A n-upla (0, 0, ..., 0) é sempre a solução de um sistema homogêneo com n incógnitas e
recebe o nome de solução trivial. Quando existem, as demais soluções são chamadas não-triviais.
3.4.2 Classificação de um sistema quanto ao número de
soluções
1) O sistema:
8
2 1
x y
x y
+ =
− = Tem uma única solução: o par ordenado (3,5). Nessas condições o sistema é possível
(tem solução) e determinado (solução única).
2) O sistema:
8
2 2 16
x y
x y
+ =
+ = Verificamos que os pares ordenados (0, 8), (1,7), (2,6), (3,5), (4,4)... São
algumas das soluções. Nessas condições, o sistema é possível e indeterminado (infinitas soluções).
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38
3) Dado o sistema:
10
10
x y
x y
+ =
− − = Vemos que nenhum par ordenado faz parte da solução desse sistema. Nessas
condições, o sistema é impossível (não tem solução).
determinado
indeterminado
SPDpossível
sistema SPI
SIimpossível
=
→ = =
3.5 Teorema de Cramer
Considere um sistema linear onde o número de equações é igual ao número de incógnitas.
Teremos então uma matriz quadrada A e seja D = det(A).
Teorema.
Seja S um sistema linear com o número de equações igual ao de incógnitas. Se 0D ≠ , então
o sistema será possível e terá solução única 1 2 3( , , ,... )n
α α α α , tal que:
ii
D
Dα = {1, 2,3,..., }i n∀ ∈
Exemplos
E 25) Seja o sistema:
6
4
2 1
x y z
x y z
x y z
+ + =
− − = − − + =
temos
1 1 1
1 1 1 4 0
2 1 1
D = − − = − ≠
−
, logo há uma única solução.
1
6 1 1
4 1 1 4
1 1 1
D = − − − = −
−
2
1 6 1
1 4 1 12
2 1 1
D = − − = − 3
1 1 6
1 1 4 8
2 1 1
D = − − = −
−
logo: 1 41
4
Dx
D
−= = =
−; 2 12
34
Dy
D
−= = =
− 3 8
24
Dz
D
−= = =
−
Portanto a solução única desse sistema (1, 3, 2)
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39
E 26) Em um sistema 2x2:
8
2 1
x y
x y
+ =
− = temos
1 13
2 1D = = −
−
1
8 19
1 1D = = −
− 2
1 815
2 1D = = −
1 93
3
Dx
D
−= = =
− 2 15
53
Dy
D
−= = =
− Temos a solução o par (3, 5)
Exercícios
01.) Resolver os sistemas pela regra de Cramer.
a. 4 0
3 2 5
x y
x y
− − =
+ = b.
2 2
3 3
x y
x y
− =
− + = − c.
3 1
2 3 1
4 2 7
x y z
x z
x y z
− + =
+ = − + − =
d.
5
2 4 4
3 2 3
x y z
x y z
x y z
− + − =
+ + = + − = −
e.
1
2 2
0
2 2 1
x y z t
x y z
x y z t
x z t
+ + + =
− + =
− + − − = + + = −
f.
1
2 2
2 1
3 2 0
x y z t
x y z
x y z t
x y z t
+ + + =
− + + =
− − − = − − + + =
02.) (MAPOFEI) Resolver, aplicando a regra de Cramer, o seguinte sistema:
1
2 3 3 2
1
x y
x y z
x z
+ =
− + − = + =
03.) Se (x,y) é a solução de 2 5
4 2
x y
x y
+ =
− =então o valor de x + y vale?
04.) Sabendo que a + b = 1200, b + c = 1100 e a + c = 1500, então a + b + c vale?
05.) No sistema
2 3 1
3 3 8
2 0
x y z
x y z
y z
+ + =
− + = + =
o valor de z – xy é:
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40
Respostas
01.)
a. 1
2,2
−
b.
3 4,
5 5
−
c. ( )1,1, 1− d. ( )2,3,0− e. 1 11
4, , , 22 2
−
f. ( )0,0,2, 1−
02.) (−1,2,2) 03.) 3 04.) 1900
05.) 3
3.5 Discussão De Um Sistema Linear
Vimos que um sistema pode ser classificado da seguinte forma:
determinado
indeterminado
SPDpossível
sistema SPI
SIimpossível
=
→ = =
Exemplos E 27) Considere o sistema:
2 9
2 3
3 2 4
x y z
x y z
x y z
+ + =
+ − = − − = −
escalonando o sistema chegamos à
2 9
5
2 4
x y z
y z
z
+ + =
+ = =
O sistema agora na forma escalonada e com o número de equações igual ao número de
incógnitas, segue-se que é possível e determinado (SPD). (1,3,2)
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41
E 28) Considere o sistema
3 1
3 3 2 0
2 2 4
x y z t
x y z t
x y z t
+ − + =
+ + + = + + − =
escalonando o sistema chegamos à
3 1
10 3
7 4 2
x y z t
z t
y z t
+ − + =
− = −− + − =
O sistema agora na forma escalonada e com o número de equações menor que o de
incógnitas, segue-se que é possível e indeterminado.(SPI)
E 29) Considere o sistema
4
3 2 0
5 5 4
x y z
x y z
x y z
− + =
+ + = + + = −
escalonando o sistema chegamos à
4
5 2 12
10 4 24
x y z
y z
y z
− + =
− = − − = −
Esse novo sistema é equivalente a
4
5 2 12
0 0 0
x y z
y z
y z
− + =
− = − + =
pois a terceira linha é proporcional à segunda.
O sistema então fica com o número de equações menor que o de incógnitas, segue-se que é
possível e indeterminado. (SPI)
E 30) Considere o sistema
4 8
3 15
10 12 7
x y
x y
x y
+ = −
− = − =
escalonando o sistemas chegamos à
4 8
13 39
0 69
x y
y
y
+ = −
− = = −
O sistema então não haverá solução, pois, nenhum valor para y satisfaz a terceira equação. O
sistema é impossível (SI).
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42
Exercícios
01.) Escalonar, classificar e resolver os sistemas:
a.
2 1
2
2 2
x y z
x y z
x y z
− − =
− + + = − + = −
b.
2 1
2 3 2
2 2 0
x y z
x y t
x y z t
− + − =
− + = − + − =
c.
3 2 2
3 5 4 4
5 3 4 10
x y z
x y z
x y z
+ + =
+ + = + + = −
d.
1
3 2 2
2 3 2 1
x y z t
x y z t
x y z t
+ − + =
− − + =− − + + = −
e.
1
1
2 2
2 1
x y z t
x y z t
y z t
x z t
+ + + =
− + + = −
− + = + − = −
f.
2 3 5
2 5 2 3
3 2
x y z
x y z
x y z
− − =
− + + = − + − =
Respostas
01.)
a. SPD (-11, -6, -3) b. SPI c. SI d. SPI e. SPD (-1/5, 1, -1/5, 2/5) f. SI
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43
Capítulo 04
Vetores
4.0 Vetores
Vetores são representados geometricamente como segmentos de reta orientados ou como
flechas nos espaços bi e tridimensionais. Se o ponto inicial de um vetor v é A e o ponto final é B,
então escrevemos:
v AB=�
4.0.1 Soma de Vetores
Regra do paralelogramo
Sejam v e w dois vetores quaisquer. A soma v + w é representado na figura a seguir.
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44
4.0.2 Vetor Oposto
Se v é um vetor não nulo então chamamos de oposto de v o vetor –v. Esse vetor tem a
propriedade.
( ) 0v v+ − =
4.0.3 Produto Por Um Escalar
Dado um vetor 0v ≠ e um número real 0k ≠ , chama-se produto do número real k pelo vetor
v o vetor p = kv, tal que:
a) módulo: p kv k v= =
b) direção: a mesma de v
c) sentido: o mesmo de v se k > 0
contrário de v se k < 0
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45
4.1 Vetores Em Sistemas De Coordenadas
4.1.1 Vetores no 2�
O conjunto 2 {( , ) | , }x y x y= × = ∈� � � � é interpretado geometricamente como sendo o
plano cartesiano xOy. Seja v qualquer vetor no plano e suponha que v tenha sido posicionado na
origem de um sistema de coordenadas cartesianas. As coordenadas 1 2( , )v v do ponto final de v são
chamadas componentes de v e escrevemos como 1 2( , )v v v= .
4.1.1.1 Igualdade e Operações
• IGUALDADE:
Dois vetores 1 1( , )u x y= e 2 2( , )v x y= são iguais se, e somente se 1 2x x= e 1 2y y= e
escreve-se u = v.
Exemplo
E 31) Se o vetor u = (x + 1,4) é igual ao vetor v = (5, 2y − 6) quais os valores de x e y?
Pela definição de igualdade temos x + 1 = 5 � x = 4 e 2y – 6 = 4 � y = 5.
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46
• ADIÇÃO EM TERMOS DE COMPONENTES:
Considere dois vetores 1 1( , )u x y= e 2 2( , )v x y= a soma desses vetores é dada por:
1 2 1 2( , )u v x x y y+ = + +
Exemplo
E 32) Seja u = (2, 3) e v = ( -5, 1) vetores em 2
� . Calcule a soma u + v.
(2 5,3 1) ( 3, 4)u v+ = − + = − ∴ ( 3, 4)u v+ = −
• MULTIPLICAÇÃO POR UM ESCALAR:
Seja v um vetor ( , )v x y= e k um escalar representamos o vetor kv por:
( , ) ( , )kv k x y kx ky= =
Exemplos
E 33) Seja u = (2, 3) e k = 3 o vetor ku será representado por 3.(2,3) = (6,9)
E 34) Considere v = ( -1, 4) e k = 5− o vetor kv será representado por:
– 5. (-1,4) = (5, - 20).
E 35) Seja 2
7k = e v = ( -1,-1) calcule o vetor .k v .
2 2 2( 1, 1) ,
7 7 7
− − = − −
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47
4.1.2 Vetores no 3�
O conjunto 3 {( , , ) | , , }x y z x y z= × × = ∈� � � � � é interpretado geometricamente como
sendo o espaço cartesiano tridimensional Oxyz.
Da mesma forma que fazemos para o plano, consideramos geralmente vetores representados
por segmentos orientados com a origem na origem do sistema. Nessas condições, cada vetor do
espaço é determinado pelo ponto extremo do segmento. Assim, o ponto P(x,y,z) individualiza o
vetor v OP=�
e escreve-se:
V = (x, y, z)
A origem do sistema O(0,0,0) representa o vetor nulo.
O vetor oposto de v = (x,y,z) é o vetor –v = (-x,-y,-z).
Assim também temos que:
I) Dois vetores 1 2 3 1 2 3( , , ) e ( , , )u u u u v v v v= = são iguais se, e somente se
1 1 2 2 3 3 u v e u v e u v= = = .
II) Dados os vetores 1 2 3 1 2 3( , , ) e ( , , )u u u u v v v v= = e α ∈� , define-se:
i. 1 1 2 2 3 3( , , )u v u v u v u v+ = + + +
ii. 1 2 3( , , )u u u uα α α α=
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48
Exemplos
E 36) Calcule a soma v + u, sendo u = (3,0,2) e v = (-2, -9, 8).
Resolução:
u + v = (3+(-2), 0 + (-9), 2 + 8) = ( 1, -9, 10) (1, 9,10)u v∴ + = −
E 37) Seja 2α = e dado o vetor (1, 6,5)v = − Calcule αv.
Resolução:
αv = 2. (1, 6,5)− = (2.1,2.(-6),2.5) = (2, -12, 10) v (2, 12,10)α∴ = −
E 38) Seja 2
7k = e v = ( -1,-1, -1) calcule o vetor .k v .
Resolução:
.k v = ( )2
1, 1, 17
⋅ − − − =2 2 2
, ,7 7 7
− − −
4.2 Componentes de um Vetor
Às vezes um vetor ( 2� ou 3
� ) não está posicionado com seu ponto inicial na origem. Se o
vetor 1 2v PP=�
:
• Em 2� como ponto inicial 1 1 1( , )P x y= e ponto final em 2 2 2( , )P x y= , então:
1 2 2 1 2 1( , )v PP x x y y= = − −�
• Em 3� como ponto inicial 1 1 1 1( , , )P x y z= e ponto final em 2 2 2 2( , , )P x y z= , então:
1 2 2 1 2 1 2 1( , , )v PP x x y y z z= = − − −�
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49
Exercícios
01.) Considere os seguintes vetores u = (9,3), w = (-1, 3, 4), v = (2,-5), p = (3,-2,-1), q = (2,0),
t = (3,4) e m = (3,0,-2).
Calcule:
a. v + u
b. w – p
c. 4.t + 3.q
d. u – t
e. 3.(q+u) – 2(v + t)
f. m + p
02.) Em um sistema cartesiano de coordenadas esboce os vetores 2� do exercício 1.
03.) Em um sistema cartesiano de coordenadas esboce os vetores 3� do exercício 1.
04.) Encontre os componentes do vetor de ponto inicial 1u e ponto final 2u .
a. 1 2(4,8), (3,7)u u
b. 1 2(3, 5), ( 4, 7)u u− − −
c. 1 2(0,0), ( 3,1)u u −
d. 1 2(4,8,2), (3,7, 1)u u −
e. 1 2(3, 7, 2), ( 2,5, 1)u u− − −
Respostas
01.) a. (11, -2), b. (-4, 5,5), c. (18,16), d. (6,-1), e. (23,11), f. (6,-2,-3)
02.) desenho individual
03.) desenho individual
04.) a. (−1,−1), b. (−7,−2), c. (−3,1), d. (−1,−1,−3) e. (−5,12,−3)
Elementos para Álgebra Linear
50
4.3 Norma de um Vetor
O comprimento de um vetor u é muitas vezes chamado de norma de u e é denotado por u .
4.3.1 Em 2�
A norma do vetor u pode ser
calculada aplicando o teorema de
Pitágoras.
2 21 2( ) ( )u u u= +
4.3.2 Em 3�
A norma do vetor u pode ser
aplicada usando o teorema de
Pitágoras duas vezes chegando
ao resultado final como:
2 2 2u x y z= + +
Elementos para Álgebra Linear
51
Exemplo
E 39) Calcule a norma dos vetores nos seguintes casos:
a. v = ( 2, -3 ) � 2 22 ( 3) 4 9 13v = + − = + =
b. v = (-3, 5, 2) � 2 2 2( 3) 5 2 9 25 4 38v = − + + = + + =
4.4 Distância Como, em 2
� , 1 2 2 1 2 1( , )v P P x x y y= = − −�
o cálculo da distância será dado por:
2 2
2 1 2 1( ) ( )d x x y y= − + −
Em 3� , 1 2 2 1 2 1 2 1( , , )v P P x x y y z z= = − − −
� o cálculo da distância será dado por:
2 2 22 1 2 1 2 1( ) ( ) ( )d x x y y z z= − + − + −
Exemplo
E 40) Calcule a distância d entre os pontos: 1 (2, 1, 5)P = − − e 2 (4, 3,1)P = −
2 2 2(4 2) ( 3 1) (1 5) 44 2 11d = − + − + + + = =
4.5 Aritmética Vetorial
O seguinte teorema aborda as mais importantes propriedades de vetores nos espaços bi e
tridimensionais.
TEOREMA: Se u, v e w são vetores de um espaço bi ou tridimensional e k e l são escalares, então
valem as seguintes relações.
a. u + v = v + u
b. (u + v) + w = u + (v+w)
c. u + 0 = 0 + u
d. u + (-u) = 0
e. k(lu) = (kl)u
f. l(u+v) = lu + lv
g. (k + l)v = kv + lv
h. 1.u = u
Elementos para Álgebra Linear
52
Exercícios
01.) Encontre a norma de v
a. v = (4, -3)
b. v = (2,3)
c. v = (-5, 0)
d. v = (2,2,2)
e. v = (-7,2,-1)
f. v = (0,6,0)
02.) Encontre a distância entre 1P e 2P .
a. 1 2(3, 4), (5,7)P P
b. 1 2( 3,6), ( 1, 4)P P− − −
c. 1 2(7, 5,1), ( 7, 2, 1)P P− − − −
d. 1 2(3,3,3), (6,0,3)P P
03.) Sejam u = ( 2, -2, 3), v = (1, -3, 4) e w = (3,6,-4). Calcule o pedido:
a. u v+
b. u v+
c. 2 2u u− +
d. 3 5u v w− +
e. 1
.ww
f. 1
.ww
04.) Seja v = (−1, 2,5). Encontre todos os escalares k tais que 4kv =
05.) Sejam u = (7, −3, 1), v = (9,6,6), w = (2,1,−8), k = −2 e l = 5. verifique que estes vetores e
escalares satisfazem as seguintes identidades do teorema da aritmética vetorial.
a. Parte (b)
b. Parte (e)
c. Parte (f)
d. Parte (g)
06.) Mostre que se w é qualquer vetor não – nulo, então 1
.ww
é um vetor unitário
Obs.: Vetor unitário é todo vetor que possui norma igual a 1.
Elementos para Álgebra Linear
53
Respostas
01.) a. 5, b. 13 , c. 5, d. 2 3 , e. 3 6 , f. 6
02.) a. 13 , b. 2 26 , c. 209 , d. 3 2
03.) a. 83 , b. 17 26+ , c. 4 17 , d. 466 , e. 3 6 4
, ,61 61 61
−
, f. 1
04.) 4 2 30
1530k = ± = ±
05.) e 06.) demonstração
4.6 Produto Escalar
Sejam u e v dois vetores não-nulos nos espaços bi e tridimensionais e suponha esses
vetores posicionados de tal modo que seus pontos iniciais coincidam. Esses vetores formam
um ângulo θ entre si tal que 0 θ π≤ ≤ .
DEFINIÇÃO: Se u e v são vetores em 2 3 ou� � e θ o ângulo entre eles, então o
produto escalar ou produto interno será definido por:
cos 0 0
0 0 0
u v se u e vu v
se u ou v
θ ≠ ≠⋅ =
= =
Elementos para Álgebra Linear
54
Exemplo
E 41) Sejam os vetores u = (0,0,1) e w = (0,2,2) calcule o produto interno deles sendo
considerado 045 o ângulo entre eles.
( ) ( )2 2 2 2 2 2 00 0 1 0 2 2 .cos(45 )v w⋅ = + + + + 2u w∴ ⋅ =
4.7 Produto Escalar em Termos de Componentes
Sejam 1 2 3 1 2 3( , , ) e ( , , )u u u u v v v v= = dois vetores não-nulos e θ o ângulo entre eles.
Obs.: O produto escalar pode ser denotado como u v⋅ ou também pela forma ,u v< >
Pela lei dos co-senos temos que:
2 22 cos( )PQ u v u v θ= + −
�
e como PQ v u= −�
, podemos escrever
que:
2 2 21cos( ) ( )
2u v u v v uθ = + − −
Simplificando a expressão temos 2 2 21
( )2
u v u v v u⋅ = + − − e substituindo os valores
2 2 2 21 2 3u u u u= + + ,
2 2 2 21 2 3v v v v= + + e
2 2 2 21 1 2 2 3 3( ) ( ) ( )v u v u v u v u− = − + − + +
chegamos a:
1 1 2 2 3 3. . .u v u v u v u v⋅ = + +
de demonstração análoga para 2� temos o produto escalar dado por:
1 1 2 2. .u v u v u v⋅ = +
Elementos para Álgebra Linear
55
Exemplos
E 42) Sejam u = (3,−1), v = (2,2) e w = (9,−3) calcule:
a. <u,v>
Resolução: 3.2 + -1.2 = 6 – 2 = 4
b. <(u+v),w>
Resolução < (5,1), (9,−3)> = 5.9 + 1.-3 = 45 + (−3) = 42
c. <v,w>
Resolução
2.9 + 2.(−3) = 18 + (−6) = 12
E 43) Considere u = (−1,2,3) e v = (2,2,2). Calcule o produto escalar entre eles.
Resolução:
<u,v> = −1.2 + 2.2 + 3.2 = −2 + 4 + 6 = 8
E 44) Sejam v = (a,b) e w = (p,q) calcule o produto interno entre eles.
Resolução:
<v,w> = a.p + b.q
4.8 Ângulo Entre Vetores
Considere dois vetores u e v em 2 3 ou� � ambos. Como podemos escrever o produto
interno deles como sendo cos( )u v u v θ⋅ = então podemos isolar o cos( )θ ficando com:
cos( )u v
u vθ
⋅=
Obs. Para encontrar o ângulo devemos usar a função arccos ( a função 1cos−de sua
calculadora científica)
Elementos para Álgebra Linear
56
Exemplo
E 45) Considere os vetores u = (2, -1, 1) e v = (1, 1, 2). Determine o ângulo entre u e v.
2.1 ( 1).1 1.2 1cos( )
26. 6
u v
u vθ
⋅ + − += = = e portanto 01
arccos 602
=
TEOREMA: Sejam u e v vetores em 2 3 ou� � :
a) 2
v v v⋅ =
b) se os vetores são não–nulos e θ o ângulo entre eles, então
, 0
, 0
, 0
é agudo se e somente se u v
é obtuso se e somente se u v
é reto se e somente se u v
θ
θ
θ
⋅ >
⋅ <
⋅ =
Exemplo
E 46) Se u = (1,−2,3), v = (−3,4,2) e w = (3,6,3), Calcule:
a. <u,v>
Resolução: 1 ( 3) ( 2) 4 3 2 3 8 6 5⋅ − + − ⋅ + ⋅ = − − + = − então θ é obtuso
b. <v,w>
Resolução: 3 3 4 6 2 3 9 24 6 21− ⋅ + ⋅ + ⋅ = − + + = então θ é agudo
c. <u,w>
Resolução: 1 3 ( 2) 6 3 3 3 12 9 0⋅ + − ⋅ + ⋅ = − + = então u e w são perpendiculares.
Elementos para Álgebra Linear
57
4.9 Vetores Ortogonais
São vetores, não – nulos, perpendiculares ente si, denotamos por u v⊥ . Sejam dois
vetores u e v ( 2 3 ou� � ) se 0u v⋅ = então dizemos que os vetores são perpendiculares.
TEOREMA: Sejam u, v e w vetores em 2 3 ou� � e l um escalar, então:
)
) ( )
) ( ) ( ) ( )
) 0 0 0 0
a u v v u
b u v w u v u w
c l u v lu v u lv
d v v se v e v v se v
⋅ = ⋅
⋅ + = ⋅ + ⋅
⋅ = ⋅ = ⋅
⋅ > ≠ ⋅ = =
Exemplo
E 47) Calcule o valor de k para que o produto escalar entre u = (k, 2) e v = (3,1) seja zero.
Resolução:
<u,v> = k.3 + 2.1 = 0 � 3k + 2 = 0 � 2
3k = −
E 48) Sabe-se que os vetores u = (1,-2,-1) e w = (k, -2k ,0) são ortogonais. Determine o valor
de k.
Resolução:
<u,w> = 1.k + (-2).(-2k) + (-1).0 = k + 4k + 0 = 0 � 5k = 0 � k = 0
Elementos para Álgebra Linear
58
4.10 Projeção Ortogonal
Se u e a (vetores) são posicionados com seus iniciais coincidindo com um ponto Q,
podemos decompor o vetor u baixando uma perpendicular da ponta de u para a reta ao longo
de a e construímos o vetor 1w de Q ao pé desta perpendicular. Em seguida tomamos a
diferença 2 1w u w= − .
O vetor 1w é chamado projeção ortogonal de u
sobre a, é denotado por:
aproj u
TEOREMA: Se u e a são vetores em 2 3 ou� � e se 0a ≠ , então:
1 2 ( )a
u aw proj u a componente vetorial de u ao longo de a
a
⋅= = ⋅
2 2 ( )a
u aw u proj u u a componente vetorial de u ortogonal de a
a
⋅= − = − ⋅
Exemplo
E 49) Sejam u = (2, -1, 3) e a = (4, -1, 2). Encontre 1 2 e w w .
1 2 2 2 2
2.4 ( 1).( 1) 3.2 15(4, 1,2) (4, 1,2)
4 ( 1) 2 21a
u aw proj u a
a
⋅ + − − += = ⋅ = ⋅ − = ⋅ −
+ − +
1
20 5 10, ,
7 7 7w
∴ = −
2
20 5 10 6 2 11(2, 1,3) , , , ,
7 7 7 7 7 7w
= − − − = − −
2
6 2 11, ,
7 7 7w
∴ = − −
obs.: Fazendo o produto escalar entre esses vetores obtemos 1 2, 0w w< >= , pois 1 2w w⊥ .
Elementos para Álgebra Linear
59
Exercícios
01.) Encontre < u, v >
a. u = (2,3), v = (5, −7)
b. u = (−6, −2), v = (4, 0)
c. u = (1, −5, 4), v = (3,3,3)
d. u = (−2, 2,3), v = (1,7,−4)
02.) Em cada parte do exercício 1 encontre o co-seno do ângulo θ de entre u e v.
03.) Determine se u e v fazem um ângulo agudo, obtuso ou são ortogonais.
a. u = (6,1,4), v = (2,0,−3)
b. u = (0,0,-1), v = (1,1,1)
c. u = (−6,0,4), v = (3,1,6)
d. u = (2,4,-8), v = (5,3,7)
04.) Encontre a projeção ortogonal de u em a.
a. u = (6,2), a = (3,− 9)
b. u = (−1,−2), a = (−2,3)
c. u = (3,1,−7), a = (1,0,5)
d. u = (1,0,0), a = (4,3,8)
05.) Em cada parte do exercício 4, encontre o componente vetorial u ortogonal a a ( 2w ).
06.) Sendo definido como | |
|| ||a
u aproj u
a
⋅= o comprimento da projeção ortogonal de u ao
longo de a. Calcule aproj u .
a. u = (1, -2), a = (-4,-3)
b. u = (5,6), a = (2,-1)
c. u = (3,0,4), a = (2,3,3)
d. u = (3,-2,6), a = (1,2,-7)
07.) Sejam u = (5,−2,1), v = (1,6,3) e k = -4. Verifique o Teorema da página 19 para estas
condições.
08.) (a) Mostre que v = (a,b) e w = (-b,a) são vetores ortogonais.
(b) Use o resultado da parte (a) para encontrar dois vetores ortogonais a (2, 3)v = −
09.) Sejam u = (3,4), v = (5,−1) e w = (7,1). Calcule as seguintes expressões.
a. <u, (7v + w)
b. ||<u,w>w||
c. ||u||.<v,w>
d. <(||u||v),w>
10.) Encontre cinco vetores não-nulos distintos que são ortogonais a u = (5,−2,3).
11.) Use vetores para encontrar os co-senos dos ângulos internos do triângulo de vértices
(0,−1), (1,−2) e (4,1).
12.) Mostre que A(3,0,2), B(4,3,0) e C(8,1,−1) são vértices de um triângulo retângulo. Em
qual vértice está o ângulo reto?
Elementos para Álgebra Linear
60
13.) Sejam p = (2,k) e q = (3,5). Encontre k tal que:
a. p e q são paralelos
b. p e q são ortogonais
c. o ângulo entre p e q é de 3
π
d. o ângulo entre p e q é de 4
π
Respostas
01.) a. -11 b. -24 c. 0 d. 0
02.) a. 11
13 74− b.
3
10− c. 0 d. 0
03.) a. ortogonal b. Obtuso c. Agudo d. Obtuso
04.) a. (0,0) b. 8 12
,13 13
−
c. 16 80
,0,13 13
− −
d. 16 12 32
, ,89 89 89
05.) a. (6,2) b. 21 14
,13 13
− −
c. 55 11
,1,13 13
−
d. 73 12 32
, ,89 89 89
− −
06.) a. 2
5 b.
4 5
5 c.
18
22 d.
43
54
07.) Demonstração
08.) a. <v,w> = a.(-b) + b.a = 0 b. demonstração
09.) a. 102 b. 125 2 c. 170 d. 170
10.) Demonstração
11.) 1 2 3
10 3 10cos ,cos ,cos 0
10 10θ θ θ= = =
12.) Demonstração. O ângulo reto está em B.
13.) a. 10
3 b.
6
5− c.
60 34 3
33
− + d.
1
2
Elementos para Álgebra Linear
61
4.11 Produto Vetorial
O produto vetorial é aplicado apenas por vetores em 3R e cujo o resultado é um vetor.
Definição: Se 1 2 3( , , )u u u u= e 1 2 3( , , )v v v v= são vetores em 3R , então o produto vetorial
u v× (ou então u v∧ ) é o vetor definido por:
2 3 1 3 1 2
2 3 1 3 1 2
, ,u u u u u u
u vv v v v v v
× = −
Exemplo
E 50) Encontre u v× sendo u = (1,2,-2) e v = (3,0,1)
2 2 1 2 1 2, ,
0 1 3 1 3 0u v
− − × = −
(2, 7, 6)u v∴ × = − −
Obs.: O produto escalar é um escalar e o produto vetorial é um vetor.
4.12 Relações Entre Os Produtos
Se u, v e w são vetores em 3R , então:
a. ( ) 0u u v⋅ × =
b. ( ) 0v u v⋅ × =
c. ( ) ( ) ( )u v w u w v u v w× × = ⋅ − ⋅
4.12.1 u v× é perpendicular a u e a v
Considere os vetores u = (1,2,-2) e v = (3,0,1), vimos que (2, 7, 6)u v× = − −
Então ( ) 1.2 2.( 7) ( 2).( 6) 0u u v⋅ × = + − + − − =
( ) 3.2 0.( 7) 1.( 6) 0v u v⋅ × = + − + − =
Elementos para Álgebra Linear
62
4.13 Vetores Unitários Canônicos
Considere os vetores i = (1,0,0), j = (0,1,0) e k = (0,0,1) estes vetores têm, cada um,
comprimento 1 e estão sobre os eixos coordenados. Eles são chamados vetores unitários
canônicos do espaço tridimensional. Cada vetor 1 2 3( , , )u u u u= pode ser expressos em termos
de i, j e k.
1 2 3 1 2 3 1 2 3( , , ) (1,0,0) (0,1,0) (0,0,1)u u u u u u u u i u j u k= = + + = + +
Por exemplo, o vetor v = (3,−2,4) pode ser escrito como 3i – 2j + 4k.
4.14 Produto Vetorial em Formato de Determinante
O produto vetorial será representado simbolicamente por um determinante 3x3 na
forma:
1 2 3
1 2 3
i j k
u v u u u
v v v
× =
Exemplo
E 51) Se u = (1,2,-2) e v = (3,0,1), Calcule u v× .
Resolução: 1 2 2 2 7 6
3 0 1
i j k
u v i j k× = − = − −
Elementos para Álgebra Linear
63
4.15 Área de um Paralelogramo
Se u e v são vetores em 3R , então || u v× || é igual a área do paralelogramo
determinado por u e v.
Exemplo
E 52) Calcule a área do paralelogramo formado pelos vetores u = (1,2,−2) e v = (3,0,1).
Resolução:
1 2 2 2 7 6
3 0 1
i j k
u v i j k× = − = − − ∴ ||u v× || = 2 2 22 ( 7) ( 6) 4 49 36 89+ − + − = + + =
4.16 Área de um Triângulo
Considere três pontos no plano tridimensional 1 2 3, P P e P como sendo
1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3( , , ), ( , , ) ( , , )P x y z P x y z e P x y z= = = e tomando 1 2PP�
e 1 3PP�
a área do triângulo
formada por esses vetores será dada por:
1 2 1 3
1
2A PP PP= ×
� �
Exemplo
E 53) Encontre a área do triângulo determinado pelos pontos 1 (2,2,0)P = , 2 ( 1,0, 2)P = − e
3 (0, 4,3)P = .
Resolução:
1 2 ( 3, 2,2)PP = − −�
e 1 3 ( 2, 2,3)PP = −�
. Segue que 1 2PP�
x 1 3PP�
= ( -10, 5, -10) e
|| 1 2PP�
x 1 3PP�
|| = 15 e, portanto, para o cálculo de sua área temos 1 2 1 3
1
2A P P P P= ×
� �
o que se chega a 1
15 ( . )2
A u a= ⋅
Elementos para Álgebra Linear
64
4.17 Produto Misto
DEFINIÇÃO: Se u, v e w são vetores no espaço tridimensional então ( )u v w⋅ × é
chamado produto misto de u, v e w.
O produto misto de 1 2 3( , , )u u u u= , 1 2 3( , , )v v v v= e 1 2 3( , , )w w w w= pode ser
calculado através do determinante:
Exemplo
E 54) Calcule o produto misto ( )u v w⋅ × dos vetores u = 3i – 2j – 5k, v = i + 4j – 4k e w = 3j
+ 2k.
Resolução:
3 2 5
( ) 1 4 4 49
0 3 2
u v w
− −
⋅ × = − =
TEOREMA: Se os três vetores 1 2 3( , , )u u u u= , 1 2 3( , , )v v v v= e 1 2 3( , , )w w w w= têm o mesmo
ponto inicial, então eles ficam em um mesmo plano se, e somente se,
1 2 3
1 2 3
1 2 3
( )
u u u
u v w v v v
w w w
⋅ × =
1 2 3
1 2 3
1 2 3
( ) 0
u u u
u v w v v v
w w w
⋅ × = =
Elementos para Álgebra Linear
65
Exercícios
01.) Sejam u = (3,2,−1), v = (0,2,−3) e w = (2,6,7). Calcule:
a. v w× b. ( )u v w× × c. ( )u v w× ×
d. ( ) ( )u v v w× × × e. ( 2 )u v w× − f. ( ) 2u v w× −
02.) Encontre um vetor que é ortogonal a ambos u e v.
a. u = (−6, 4, 2), v = (3, 1, 5)
b. u = (-2, 1, 5), v = (3, 0, -3)
03.) Encontre a área do paralelogramo determinado por u e v.
a. u = (1, −1, 2), v = (0,3,1)
b. u = (2,3,0), v = (−1,2,−2)
c. u = (3,-1,4), v = (6,−2,8)
04.) Encontre a área do triângulo de vértices P, Q e R.
a. (2,6, 1), (1,1,1), (4,6,2)P Q R−
b. (1, 1,2), (0,3, 4), (6,1,8)P Q R−
05.) Encontre o produto misto ( )u v w⋅ ×
a. ( 1, 2, 4), (3, 4, 2), ( 1, 2,5)u v w= − = − = −
b. (3, 1,6), (2,4,3), (5, 1, 2)u v w= − = = −
06.) Obtenha o volume do paralelepípedo de lados u, v e w.
a. (2, 6, 2), (0,4, 2), (2,2, 4)u v w= − = − = −
b. (3,1, 2), (4,5,1), (1,2,4)u v w= = =
Respostas
1. a. (32,-6,-4) b. (-14,-20,-82) c. (27,40,-42) d. (0, 176,-264) e. (-44,55,-22)
f. (-8,-3,-8)
2. a. (18,36,-18) b. (-3,9,-3)
3. a. 59 b. 101 c.0
4. a. 374
2 b. 285
5. a. −10 b. −110
6. a. 16 b. 45