MID-RISE WooD ConSTRuCTIon Para uma

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Além de fazerem proteção mecânica para o reboco não-cimentício, os lambris criam uma camada ventilada que protege a parede da incidência direta de radiação solar. Em paredes não portantes não há a necessidade de vigota sobre as aberturas, economizando material. Nestas paredes os montantes podem ser mais espaçados. Uma “banheira” de membrana de polietileno 5 mm tem a dupla função de isolante acústico e impermeabilizante do sub-piso. Vigotas em I com alma em OSB dão maior rigidez ao piso e diminuem consideravelmente o movimento vertical por retração da madeira em edifícios multi-pavimentos. Outra vantagem é a facilidade de manejo na obra. OSB faz o principal papel de travamento lateral. Aqui é utilizado nas paredes internas, para não restringir a difusão de vapor nas paredes externas Preenchimento do forro com argila-palha dá maior densidade superficial ao sistema de piso. Junto com o reboco, protegem as vigotas em caso de incêndio. Acabamento com óleo de linhaça confere resistência e ajuda a impermeabilizar o piso. Esquema construtivo 5.24 m² Banheiro 8.88 m² Quarto 2 17.46 m² Estar|Jantar 4.16 m² Sacada 9.93 m² Quarto 1 6.94 m² Cozinha 0.66 0.68 0.68 0.66 0.68 0.66 Vazio x 210 86 x 210 86 x 210 86 x 210 86 x 200 170 x 210 86 21 281 19 402 20 39 70 151 19 316 19 247 20 21 553 18 152 1632 699 1633 700 1632 700 1632 151 1723 337 862 251 862 334 862 0.40 0.40 2.04 0.66 0.68 0.40 0.40 (N.A.) PAVIMENTO 16 +6.48 (N.A.) PAVIMENTO 24 +0.68 (N.A.) PAVIMENTO 25 +3.58 (N.A.) PAVIMENTO 28 +9.38 15.71 9.31 12.21 Cozinha Sala Banheiro Cozinha Estar|Jantar Banheiro Estar|Jantar Banheiro Cozinha 0.68 0.66 3.56 6.46 0.66 P02 1 P02 1 P02 2 P02 2 9.93 m² Quarto 1 6.94 m² Cozinha 17.46 m² Sala 8.88 m² Quarto 2 5.24 m² Banheiro 8.60 m² Circulação 5.24 m² Banheiro 8.88 m² Quarto 2 17.46 m² Sala 6.94 m² Cozinha 9.93 m² Quarto 1 4.16 m² Sacada 4.16 m² Sacada 9.93 m² Quarto 1 6.02 m² Cozinha 17.46 m² Estar|Jantar 4.16 m² Sacada 8.88 m² Quarto 2 6.21 m² Banheiro 6.02 m² Cozinha 9.93 m² Quarto 1 17.46 m² Estar|Jantar 6.21 m² Banheiro 8.88 m² Quarto 2 4.16 m² Sacada 21.56 m² Circulação 5.24 m² Banheiro 8.88 m² Quarto 2 17.46 m² Estar|Jantar 17.46 m² Estar|Jantar 5.24 m² Banheiro 8.88 m² Quarto 2 4.16 m² Sacada 4.16 m² Sacada 9.93 m² Quarto 1 6.94 m² Cozinha 6.94 m² Cozinha 9.93 m² Quarto 1 862 337 1723 743 146 743 20 402 19 281 21 146 21 281 19 402 20 20 247 19 316 19 221 39 221 19 316 19 247 20 337 20 221 19 316 19 247 20 0.68 0.66 0.68 0.68 0.66 0.66 0.68 0.66 0.68 0.68 0.66 0.66 0.68 0.68 0.66 2.04 0.68 0.68 0.66 0.68 0.68 0.66 0.66 0.68 0.66 0.66 0.68 0.68 0.68 0.66 0.68 0.68 0.66 0.66 0.68 0.66 0.66 0.68 0.66 0.66 0.68 Inclinação 8,33% 151.5 18 552.5 19 150 19 552.5 18 151.5 Vedação em Argila-palha Estrutura em Sistema Plataforma Forma “perdida” As Partes Uma maneira de apurar o impacto ambiental Projeto MCMV Ponta do Leal O projeto Minha Casa Minha Vida (Faixa 1) da Ponta do Leal está atualmente em estágio final de obras. em construção Referências ANGER, Romain, FONTAINE, Laetitia. Grains de Bâtisseurs.Grenoble: CRATerre-EAG. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 15220: Desempenho Térmico de Edificações. Rio de Janeiro, 2008. ________. NBR 15575: Edificações Habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro, 2008. BARILLARI, C.T. Durabilidade de Madeira do Gênero Pinus Tratada com Preservantes: Avaliação em Campo de Apodrecimento. 2002. 68 p. – Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. BODEN, T.A., G. Marland. Global, Regional, and National Fossil-Fuel CO2 Emissions. Carbon Dioxide Information Analysis Center, U.S. Department of Energy, 2013 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi): Preços de Referência para Insumos em Santa Catarina - Não Desonerado. Março/2016. CHAuDHARy, M. T. A; PiRACHA, A. Examining the role of structural engineers in green building ratings and sustainable development. 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De residências unifamiliares a prédios de até seis andares, muitos dos desafios já foram encontrados, superados e documentados. Mesmo em Florianópolis é possível encontrar construtores equipados e educados para executar uma “casa americana”. A adaptação da parte estrutural à vedação com argila-palha traz benefícios: a madeira fica protegida da umidade pela argila e a argila- palha impede a propagação do fogo pelas paredes. O tratamento do pinus com CCA, um componente bastante tóxico, é um aspecto a ser melhorado. Oferece, porém, durabilidade. As madeireiras locais oferecem garantia de 12, 15 anos; nos EUA chegou- se a oferecer garantia vitalícia. Em testes de campo, estacas de pinus foram fincada no chão. As não tratadas duraram dois anos enquanto as que foram imbuídas com CCA ou CCB passaram dos 30 anos. A técnica chamada na Alemanha de Leichtlehmbau usa os mesmos ingredientes de receitas milenares: terra e palha, de uma maneira nova. É uma técnica difícil de ser enquadrada ou nomeada, razões que contribuem para sua relativa obscuridade até o momento. É parente próximo da taipa de mão, no sentido de que depende de um sistema estrutural para a integridade da edificação. Como a taipa de pilão, porém, é feito com a ajuda de um sistema de formas (há também a possibilidade de fazer blocos). É um sistema monolítico cuja integridade depende da coesão oferecida pela argila ajudada pelas fibras da palha. Com o uso da argila-palha não há a necessidade do saber fazer alvenaria, do esculpir da taipa de mão nem da compactação da taipa de pilão. Sua produção fácil permite ganhos de eficiência e diminuição dos custos de mão-de-obra, que complementam os baixos custos de materiais envolvidos na construção com terra. As duas grandes vantagens de construir com argila-palha são sua facilidade e rapidez. Isso se reflete no seu custo. Além disso tem boas propriedades térmicas e na sua elaboração permite que a densidade seja facilmente alterada, o que possibilita a parametrização das característias de conforto das paredes. Além de agregar o material, a argila também contribui com sua propriedades higroscópicas. Tem uma umidade de equilíbrio mais baixa do que a palha ou a madeira. Assim, por capilaridade retira o vapor d’água desses materiais e libera para a atmosfera, ajudando a preservar os materiais orgânicos com que mantém contato. É essa propriedade que contribui para manter a integridade das estruturas enxaimel medievais. Mais, a argila não queima e torna o composto não-inflamável. A palha dá volume à mistura da parede. Com os vazios criados por sua presença, é responsável pelo maior isolamento térmico desta técnica em relação às outras técnicas tradicionais de construção com terra. É um material considerado resíduo agrícola, e seria destinado ao lixo. Em vez disso, é reutilizada com energia de processo quase nula (transporte). Em vez disso, é depositada como um sumidouro de carbono. O processo de confecção da argila-palha pode ser sumarizado nos seguintes passos: 1. misturar a terra argilosa (>50% argila) com água à consistência adequada; 2. embeber a palha com o caldo argiloso, misturando para cobrir toda a palha com argila; 3. enformar a palha umedecida, pressionando para preenchimento uniforme; 4. rebocar Como fazer uma parede com argila-palha Secagem U=2,78 W/(m2K) R=0,36 (m2K)/W R’w=44 dB O método utilizado na Ponta do Leal Estrutura e vedação de blocos estruturais Bloco estrutural de concreto (14x19x39 cm), argamassa, reboco e pintura. Os blocos de concreto têm 42% da energia do sistema e geram 37% das emissões. O cimento das argamassas é responsável por 38% da energia incorporada e 49% das emissões. U=2,46 W/(m 2 K) R=0,41 (m 2 K)/W R’w=42 dB O método convencional Estrutura de concreto e vedação cerâmica Estrutura em concreto armado com vedação não portante de tijolos cerâmicos (9x19x19 cm), argamassa, reboco e pintura. A estrutura portante é responsável por cerca de 40% da energia incorporada e das emissões. Os blocos cerâmicos cerâmicos são responsáveis por outros 28% da energia incorporada da parede e 24% das suas emissões, com o cimento das argamassas adicionando 12% da energia e 32% das emissões. U=0,81 W/(m2K) R=1,23 (m2K)/W R’w=43 dB O método norte-americano Sistema Plataforma Light Wood Framing Siding vinílico, OSB, lã de vidro e gesso acartonado num quadro de madeira serrada. A madeira serrada comporta 23% da energia incorporada no sistema e é responsável por 16% das emissões*. O OSB, por 25% da energia e 18% da poluição. O gesso, por 17 e 25%, o siding vinílico por 14 e 16% e a lã de vidro por 7 e 8%, respectivamente. Trabalho de Conclusão de Curso Bruno Wiethorn Rinaldi Orientadora: Lisiane Librelotto Arquitetura & Urbanismo Universidade Federal de Santa Catarina Com esse trabalho tinha o objetivo de investigar e aprender um jeito possível de construir de forma mais sustentável hoje. O desafio a que me propus foi o de avaliar o impacto de um projeto em construção e propor uma alternativa de menor impacto. eficiente, eficaz, efetiva. Para uma arquitetura mais um caminho Normalização Na Alemanha, o país com maior número de edificações com argila-palha (algumas centenas), a construção com argila-palha foi inclusa na norma Lehmbau Regeln, codificada em 1998 e revisada em 2008. Nos Estados Unidos, o International Code Council incluiu um apêndice sobre a construção com argila- palha na última revisão do International Residential Code, de 2015. No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação Técnica (SiNAT) publicou em 2011 a Diretriz No. 5, sobre “Sistemas construtivos estruturados em peças de madeira maciça serrada, com fechamentos em chapas delgadas (Sistemas leves tipo “Light Wood Framing”)”. Essa cobre apenas construções térreas mas a expectativa é de que uma revisão contemple também edificações multi-pavimentos. (PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS) 14 ESTRUTURA 33,35% ALVENARIA 36,34% ESQUADRIAS 7,22% COBERTURA 4,37% INSTALAÇÕES 3,80% PINTURA 7,93% PISOS 6,47% SERVIÇOS PRELIMINARES 0,16% SERVICOS COMPLEMENTARES 0,37% Quais são as partes responsáveis pelos maiores impactos? Distribuição percentual de Energia Incorporada por partes da edificação Análise de Ciclo de Vida Instrumento Figura 2.13: Ciclo de vida energético de uma edificação Prospecção e preparo de matérias -primas Processo de fabricação Vida útil e manutenção Descarte , deposição ou reciclagem ! Túmulo Transporte Transporte Obra EEi-Energia embutida inicial (Consumos diretos + indiretos) Energia operacional EEi ( Consumos diretos ) EE de manutenção Prospecção e preparo de matérias -primas Processo de fabricação Vida útil e manutenção Descarte , deposição ou reciclagem " Berço e Portão Portão Energia de deconstrução Figure 6: Comparison of embodied and total energy for various building types. A international Standardization for Organization (iSO) em sua norma 14040 define Análise de Ciclo de Vida como “compilação e avaliação de entradas e saídas (de matérias primas e recursos energéticos) e impactos ambientais potenciais de um produto através de seu ciclo de vida”. A energia embutida ou incorporada é a energia associada a todos os processos associados à construção de um edifício, da mineração aos processos industriais de manufatura. A energia operacional é aquela gasta durante a fase de uso, como na iluminação e aquecimento de ambientes. A crise do petróleo dos anos 70 fez os países de clima temperado focar nas maneiras de economizar energia, e o principal jeito encontrado foi o aumento do isolamento térmico nas construções. Diminuir a energia operacional se tornou o principal foco da arquitetura eficiente. 77% 17% 3% 2% 1% (INSTITUTO EKOS) No Brasil, em grande parte pelo clima mais ameno que tem, a maior parte do impacto ambiental gerado pela construção civil se dá com a produção dos insumos utilizados. ACV Construção Civil Brasileira Por ano no Brasil são construídos 170.000.000 m2 residenciais. Impacto Ambiental da Construção Civil Os dados do gráfico ao lado não incluem a bolha construtiva que tomou conta do mundo nas duas décadas passadas. Isso não é sustentável, claro. Mas como comparar alternativas? A construção civil é responsável pelo consumo de 40% dos recursos materiais no mundo. A produção dos seus insumos requer grandes quantidades de energia e resulta na emissão de toneladas e toneladas de resíduos ao meio ambiente. 1 teragrama = 1.000.000 toneladas (BODEN) Emissões de CO2 na produção de cimento (1950-1985) (TAVARES) (TAVARES) (CHAUDHARY) É claro que a sustentabilidade não pode ser reduzida somente a números, essa é mesmo uma das principais dificuldades que enfrenta. Porém, mesmo que de forma simplificada, o cômputo das energias incorporadas e das emissões geradas na etapa berço-ao-portão (craddle- to-gate) são boas referências para comparar os recursos utilizados e a poluição gerada pelos materiais e processos. É claro que uma construção mais sustentável deve se extender à utilização de técnicas como ventilação cruzada, coleta de água da chuva, painel solar, etc. Mas como construir espaços melhor? (INSTITUTO EKOS) = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos = 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos Impacto Médio da Construção Civil Residencial Brasileira 4,46GJ 1 m 2 construído = 369kg CO 2 e (TAVARES) = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. = 1100 km rodados em um carro médio. e SITUAÇÃO • 1:2000 IMPLANTAÇÃO • 1:500 UNIDADE • 1:50 O sub-piso em OSB é essencial para o travamento da estrutura. O contrapiso em argila-palha também funciona como isolante sonoro, e serve de base para piso de terra O espaço entre vigotas pode ser utilizado para passagem de dutos. Estes podem também cortá-las em lugares específicos. Conectores metálicos ligam um andar ao outro e à fundação, fazendo a amarração da estrutura. A tela é fixada aos montantes e o espaço entre os mesmos é preenchido com argila-palha. Como a tela não é rígida, ocorre um pequeno abaulamento entre fixações da tela, criando ritmo e textura visual ao ambiente. D’ - SEÇÃO • Perspectiva ~ 1:10 BLOCO • 1:100 C’ B’ A’ S e N • 1:500 O e E • 1:500 Vedação, não-portante. Reboco de terra - 25 mm Tela Plástica de PEAD - 5 mm Argila-Palha entre montantes - 130 mm (densidade: 300 kg/m3) Tela Plástica de PEAD - 5 mm Emboço de cal e terra - 10 mm Camada Ventilada - 20 mm Lambris de pinus tratado - 15 mm U=0,66 W/(m 2 K) R=1,51 (m 2 K)/W R’w=40 dB Parede externa F’ - CORTE • 1:2 Fechamento externo R’w = 46 dB Divisória interna, portante, travamento lateral E’ - PLANTA • 1:2 Reboco de terra e cal (em áreas molhadas) - 25 mm Tela Plástica de PEAD - 5 mm Argila-Palha entre montantes - 90 mm (densidade: 1000 kg/m3) OSB - 17 mm Argila-Palha entre ripas - 40 mm (densidade: 1000 kg/m3) Tela Plástica de PEAD - 5 mm Reboco de terra - 25 mm Parede interna Protótipo • 1:1; 100 x 120 x 15 cm Para comparação, foram avaliados os sistemas portante e de vedação. Foram quantificados os materiais utilizados e seus impactos e a mão de obra requerida através de índices de produtividade de composições unitárias do TCPO e CraftsMan (equivalente americano); para a argila- palha, índices de produtividade da literatura da técnica. O banco de dados do Inventory of Carbon & Energy foi utilizado para os impactos. Comparações R$, E, CO 2 Estrutura + Vedações (Projeto Ponta do Leal) não inclui o sistema de pisos/lajes Bloco Estrutural de Concreto Argila-Palha 8000 6000 2000 4000 GJ Energia Incorporada Bloco Estrutural de Concreto WoodFrame Convencional WoodFrame Convencional WoodFrame Convencional 1 milhão 2 milhões 3 milhões Custo R$ Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica Bloco Estrutural de Concreto 700 500 100 300 t CO2e Emissões * Materiais Mão de Obra As emissões ao lado são as envolvidas nos processos de produção dos materiais. Caso seja incluso a reserva de carbono que acontece com o uso de material vegetal na estrutura e vedação (1,8 kg CO2 para cada kg de palha ou madeira utilizada), as emissões do WoodFrame são neutralizadas e o sistema proposto com argila-palha se torna um sumidouro para 940 toneladas de dióxido de carbono. * A’ • 1:500 B’ • 1:500 C’ • 1:500 Projeto MCMV Ponta do Leal A argila-palha é usualmente produzida com pranchas como formas, fixadas a estrutura temporariamente. Essas podem ser retiradas depois de algumas horas quando a parede já tem coesão; e devem ser retiradas 24hrs depois para evitar a formação de mofo e permitir a secagem da parede. Em climas mais frios em que paredes mais espessas são necessárias para maior resistência térmica, o tempo de secagem é talvez a maior desvantagem do método, requerindo até 2 ou 3 meses para uma parede de 30-35 cm secar. Isso deve acontecer antes da parede receber reboco. Este evita o alojamento de insetos na parede e garante a vedação do envelope. O processo de fazer argila-palha é rápido e fácil, mas um dos gargalos de produtividade é o de colocar e tirar formas das seções de parede. Como a argila- palha precisa secar, uma forma perdida que possa aumentar a produtividade precisa permitir isso. As duas maneiras registradas tem contra si o custo: a primeira, fixação de ripas levemente espaçadas, pela mão de obra envolvida; a segunda, esteiras de junco, pelo custo do material. Apesar do custo, essas são ocasionalmente utilizadas porque aumentam a produtividade da etapa de enformação. O uso de telas de plástico como forma permanente permite fazer isso de forma acessível. Além disso, tem dois outros benefícios: A argila-palha oferece boa adesão a rebocos de terra, mas a madeira da estrutura não oferece o mesmo. Usualmente, depois de preencher as paredes e tirar as formas, são adicionadas pontes de reboco sobre a madeira, na forma de telas plásticas ou metálicas, o que não se faz necessário quando toda a parede já está coberta pela tela plástica da forma. O uso da tela também impede que a argila-palha deslize entre a estrutura. É comum usar ripas horizontais entre a estrutura no meio da parede para dar resistência mecânica. Não fazê-lo pode acelerar o processo do enquadramento estrutural e também o de enformação da argila-palha. A não ser que sejam tomadas outras medidas, naturalmente, a tela tende a abaular com o preenchimento da argila- palha. Além de ser uma expressão direta da técnica construtiva e parte intrínseca desta, dá textura e detalhe à superfície gerada. versão menor impacto Vista externa 3D • Perspectiva 1. PREPARAÇÃO DA PLATAFORMA 3. PRumo E fIxAção DAS CHAPAS DE OSB 5. PREENChImENTo Com ARgILA-PALhA 8. fIxAção DoS LAmBRIS 2. CONFECÇÃO DOS QUADROS DAS PAREDES 4. INíCIo DA fIxAção DAS FORMAS 7. REBOCO DAS PAREDES 6. RIPAmENTo D’ Sequência construtiva 3D • Perspectiva F’ E’ Argila-Palha Argila-Palha N N + + Vista interna 3D • Perspectiva Nesse sistema plataforma com argila-palha, a madeira serrada é responsável por 47% da energia incorporada e 38% das emissões*. O OSB por 24% da energia e 21% da poluição. O polietileno tem 11 e 9%, respectivamente, enquanto a cal utilizada tem 3 e 11%. Em resumo, um caminho para melhorar o jeito de construir: As toneladas de cimento nos enormes volumes de concreto utilizados geram grandes quantidades de gás carbônico. Entre outras vantagens, construir com estutura de madeira reflorestada de seções pequenas diminui consideravelmente as emissões. A vedação com tijolos queimados é um desperdício de energia. É uma parcela grande da construção e a mais fácil de substituir por uma alternativa de baixo impacto, que utilize materiais com poucos processos industriais envolvidos. O fator produtivo é importante, uma das grandes razões da contínua utilização das técnicas convencionais. A produção de paredes de argila-palha com formas permanentes de telas plásticas contribui para tornar essa alternativa viável. De maneira alguma quero sugerir que essa maneira é a mais sustentável. Mas sim, que é mais sustentável do que os jeitos usuais de construir. • é bem mais leve que a estrutura de concreto convencional, diminuindo as cargas sobre as fundações e permitindo o uso de fundações de menores custo e impacto. • essas menores cargas sobre o terreno tornam esse sistema uma boa alternativa para ocupações de encosta. • como as paredes se comportam de maneira bem similar aos substratos tradicionais, a argila-palha é uma ótima técnica para restauração de patrimônio. Outras razões para aprender essa técnica construtiva: (N.A.) TÉRREO +0.68 (N.A.) PAVIMENTO 1 +3.58 (N.A.) PAVIMENTO 2 +6.48 (N.A.) PAVIMENTO 3 +9.38 (N.A.) COBERTURA - +12.28 3.58 6.48 9.38 0.68 251 862 337 1723 1373 939 1632 700 1632 700 1632 700 1632 151 1333 862 334 862 0.40 3.15 18.31 18.31 18.31 18.31 0.40 0.40 UNIDADE • 1:50 IMPLANTAÇÃO • 1:500 COBERTURA • 1:500 BLOCO • 1:100 H’ • 1:200 G’ • 1:200 O e E • 1:200 S e N • 1:200 G’ H’ G’ H’ Áreas molhadas têm impermeabilização sobre o sub-piso de OSB e revestimento cerâmico Áreas molhadas são revestidas com reboco de cal, conferindo maior durabilidade Shaft de ventilação Parede dupla e densa entre unidades Circulação vertical em concreto armado e vedação com blocos estruturais de concreto, como no projeto original.

Transcript of MID-RISE WooD ConSTRuCTIon Para uma

Page 1: MID-RISE WooD ConSTRuCTIon Para uma

Além de fazerem proteção mecânica para o reboco não-cimentício, os lambris criam uma camada ventilada que protege a parede da incidência direta de radiação solar.

Em paredes não portantes não há a necessidade de vigota sobre as aberturas, economizando material. Nestas paredes os montantes podem ser mais espaçados.

Uma “banheira” de membrana de polietileno 5 mm tem a dupla função de isolante acústico e impermeabilizante do sub-piso.

Vigotas em I com alma em OSB dão maior rigidez ao piso e diminuem consideravelmente o movimento vertical por retração da madeira em edifícios multi-pavimentos. Outra vantagem é a facilidade de manejo na obra.

OSB faz o principal papel de travamento lateral. Aqui é utilizado nas paredes

internas, para não restringir a difusão de vapor nas paredes externas

Preenchimento do forro com argila-palha dá maior densidade superficial ao sistema de piso. Junto com o reboco, protegem as vigotas em caso de incêndio.

Acabamento com óleo de linhaça confere resistência e ajuda a impermeabilizar o piso.

Esquema construtivo

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Vazio

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ESCALA 1 : 200 CORTE G _1

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188 The EcoNest Home

Vedação em Argila-palha

used, where the joists sit on top of the double top plates of the wall. Balloon framing is where the joists hang off the ledger that is attached to the structural studs that frame the building. In modified or semi-balloon framing, the f loor framing hangs off the double top plates; it is often used as an alternative to platform-framed structures for both Type VA and Type IIIA construction.

ShrinkageRegardless of the framing type, IBC Section 2304.3.3 requires that designs for buildings over three stories take into account the fact that wood shrinks as it dries. Shrinkage continues until wood reaches its Equilibrium Moisture Content (EMC), which averages 8-12 percent moisture content for most structures in the U.S. The Western Wood Products Association (wwpa.org) offers a technical guide that includes formulae for calculating shrinkage for different

wood species across the country as well as a downloadable shrinkage estimator.

“Shrinkage calculations aren’t complex,” says Kam-Biron, “but it’s an area designers aren’t always familiar with, and it can be challenging to detail for differential movements between two different materials and overall shrinkage.” The shrinkage effects must be considered for horizontal framing members (width or thickness) in the wall (top/sill plates) and floor (joists) design. Wood is anisotropic, meaning the dimensional change in wood is unequal in different directions. In most softwoods, radial shrinkage (across growth rings) is approximately 4 percent and tangential shrinkage (parallel to growth rings) is approximately 8 percent from green (unseasoned) to typical EMC for structures in the U.S. Longitudinal shrinkage (parallel-to-grain) for vertical framing members is generally negligible and does not affect building

performance. Therefore, the majority of shrinkage will occur in the top plates, sill plate and sole plates, and possibly the f loor joists—depending on how the f loor framing members are framed to the wall. If the framing is balloon-framed or modified balloon-framed, then sawn lumber joists won’t play a huge role in overall movement from shrinkage because balloon framing, unlike platform framing, does not accumulate shrinkage over all f loors. “Unseasoned (green) sawn lumber will shrink more compared with seasoned (dried) lumber,” says Cheung. “Shrinkage should be considered for wood-frame buildings over three stories. The good thing about wood is that it will dry naturally.” Ways to minimize shrinkage include (among others) specifying kiln dried lumber, letting the wood dry during construction before closing in the walls, and using products and systems such as pre-engineered metal-plate

MID-RISE WooD ConSTRuCTIon

Built to achieve LEED Platinum certification, New Genesis Apartments in Los Angeles, California, designed by Killefer flammang Architects, is a mixed-use and mixed-income wood-frame building with commercial retail space.

Photo: KC Kim, GB Construction

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Estrutura em Sistema Plataforma

Forma“perdida”

As Partes

Uma maneira de apurar o impacto ambiental

Projeto MCMV Ponta do Leal

O projeto Minha Casa Minha Vida (Faixa 1) da Ponta do Leal está atualmente em estágio final de obras.

em construção

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ASSOCIAÇÃO BrASILEIrA DE NOrMAS TÉCNICAS, NBR 15220: Desempenho Térmico de Edificações. Rio de Janeiro, 2008.

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TAVArES, Sérgio Fernando. Metodologia de análise do ciclo de vida energético de edificações residenciais brasileiras. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.

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O uso do sistema plataforma para a composição estrutural traz algumas grandes vantagens.

Pelo ponto de vista do impacto ambiental, permite a montagem de estruturas com o uso de peças de madeira de seção pequena, o que a torna muito prática para o uso de madeira de reflorestamento.

Além disso, é o sistema dominante nos EuA (estimativas apontam para o uso em mais de 90% das residências) e tem sido desenvolvido há algumas décadas. De residências unifamiliares a prédios de até seis andares, muitos dos desafios já foram encontrados, superados e documentados. Mesmo em Florianópolis é possível encontrar construtores equipados e educados para executar uma “casa americana”.

A adaptação da parte estrutural à vedação com argila-palha traz benefícios: a madeira fica protegida da umidade pela argila e a argila-palha impede a propagação do fogo pelas paredes.

O tratamento do pinus com CCA, um componente bastante tóxico, é um aspecto a ser melhorado. Oferece, porém, durabilidade. As madeireiras locais oferecem garantia de 12, 15 anos; nos EUA chegou-se a oferecer garantia vitalícia. Em testes de campo, estacas de pinus foram fincada no chão. As não tratadas duraram dois anos enquanto as que foram imbuídas com CCA ou CCB passaram dos 30 anos.

A técnica chamada na Alemanha de Leichtlehmbau usa os mesmos ingredientes de receitas milenares: terra e palha, de uma maneira nova. É uma técnica difícil de ser enquadrada ou nomeada, razões que contribuem para sua relativa obscuridade até o momento.

É parente próximo da taipa de mão, no sentido de que depende de um sistema estrutural para a integridade da edificação. Como a taipa de pilão, porém, é feito com a ajuda de um sistema de formas (há também a possibilidade de fazer blocos). É um sistema monolítico cuja integridade depende da coesão oferecida pela argila ajudada pelas fibras da palha.

Com o uso da argila-palha não há a necessidade do saber fazer alvenaria, do esculpir da taipa de mão nem da compactação da taipa de pilão.

Sua produção fácil permite ganhos de eficiência e diminuição dos custos de mão-de-obra, que complementam os baixos custos de materiais envolvidos na construção com terra.

As duas grandes vantagens de construir com argila-palha são sua facilidade e rapidez. Isso se reflete no seu custo.

Além disso tem boas propriedades térmicas e na sua elaboração permite que a densidade seja facilmente alterada, o que possibilita a parametrização das característias de conforto das paredes.

Além de agregar o material, a argila também contribui com sua propriedades higroscópicas. Tem uma umidade de equilíbrio mais baixa do que a palha ou

a madeira. Assim, por capilaridade retira o vapor d’água desses materiais e libera para a atmosfera, ajudando a preservar os materiais orgânicos com que mantém contato. É essa propriedade que contribui para manter a integridade das estruturas enxaimel medievais. Mais, a argila não queima e torna o composto não-inflamável.

A palha dá volume à mistura da parede. Com os vazios criados por sua presença, é responsável pelo maior isolamento térmico desta técnica em relação às outras técnicas tradicionais de construção com terra.

É um material considerado resíduo agrícola, e seria destinado ao lixo. Em vez disso, é reutilizada com energia de processo quase nula (transporte). Em vez disso, é depositada como um sumidouro de carbono.

O processo de confecção da argila-palha pode ser sumarizado nos seguintes passos:

1. misturar a terra argilosa (>50% argila) com água à consistência adequada;

2. embeber a palha com o caldo argiloso, misturando para cobrir toda a palha com argila;

3. enformar a palha umedecida, pressionando para preenchimento uniforme;

4. rebocar

Como fazer uma parede com argila-palha

3.1.3.8 Despite the simplicity of the two tests, they provide a consistent and surprisingly

accurate gauge of the mix consistency. Once the correct mix ratio has been

established the gauging of the mix can be done by measured batching, but the

mix should always be tested according to the two tests mentioned before being

mixed in with the fill material.

3.1.3.9 Certain practitioners sieve the slip into another storage barrel before the next

stage to remove any debris and clay lumps.

3.1.3.10 The slip can be stored more or less indefinitely as the clay will remain in solution,

though a thin film of pure water will form at the top of the mix after a day or two

and this will increase in depth over the weeks as the clay begins very gradually to

re-consolidate. However a quick stir will revive the solution even after several

weeks left alone.

3.1.3.11 Mechanised Preparation It is more common to introduce some element of mechanisation into the slip

preparation. The simplest and easiest solution is to use a drill with a plasterers’

paddle bit inserted into the mix. Plasterers’ drills are more powerful than a

standard drill because of the high motive force needed to turn viscose plaster.

Various paddle bits are available but all seem equally effective. Essentially, the

person stirring is simply replaced by a person mixing using the drill, otherwise the

same principles apply as above.

Mixing clay slip with a plasterers’ paddle drill.

3.1.3.12 This work too is quite arduous and can be hard on the back since one has to lean

over the mix and resist the turning of the drill, however, it is much faster and

leads in general to a more thoroughly mixed material.

3.1.3.13 Some machines will also allow for a complete mixing of water, clay and fill

material in one go. In these situations it is important to build a small section of

wall or element before committing to a particular mix ratio so that the agreed mix

can be tested properly.

Light Earth Construction Draft Report for Milestone 5

Gaia Architects Edinburgh 0131 557 9191 Page 76/215

3.1.4 Preparation of Light Earth Mix

3.1.4.1 Straw-Clay The preparation of straw-clay requires a working platform of approximately

1200mm by 1800mm per person. A sheet of plywood is adequate. This can be

used by more than one person working the same mix as shown below, though it is

normally more efficient to work singly on separate mixes. Ideally the platform is

raised off the ground by as much as 300mm which makes the work easier and

less demanding on the back. Some practitioners prefer to have upstand edges on

one or more sides, this prevents the loss of mix over the edges but also impedes

the work. The platform should be as near as possible to the wall, if it will be

installed directly, and / or to its storage location if it is to be allowed to maturate.

3.1.4.2 The ratio of straw to clay slip is discussed below, but the numbers involved are

less important than the balance which needs to be learnt in each case. An amount,

normally between an eighth and a quarter of a (rectangular) bale per person is

spread loose onto the platform. It helps to ensure that the straw is completely

loose and teased out as clumps are harder to break up when the slip is added.

3.1.4.3 The slip is then broadcast over the straw. A bucket is fine for this but can be a little

uncontrollable, so some practitioners prefer to use a watering can, some add a

spreading plate to the nozzle to spread the slip more evenly across the straw as

shown below. What is important is to achieve as even a spread as possible in

order to speed up the process of mixing. It can help to stack the straw a little so

that the slip reaches more straw as it trickles through.

Clay slip is broadcast over loose straw

3.1.4.4 Volhard, ref. 8.1.2, describes another method of mixing whereby a pit or container

is filled with clay slip and straw placed into it. The mixture is then trampled

underfoot and when thoroughly coated, removed to maturate. This method is

suited to denser mixes, for example over 800 kg/cu.m because the amount of

clay to straw is excessive for light mixtures, and the straw is crushed which gives it

less resilience and hence insulative capacity. For denser mixes, however, this is

likely to be a more efficient method for mixing.

3.1.4.5 Once the slip has been added, the mixture is tossed, exactly as a salad, using

Light Earth Construction Draft Report for Milestone 5

Gaia Architects Edinburgh 0131 557 9191 Page 77/215

Filling 187

Loading and tamping the gable. C

RED

IT: J

ENS

WIE

GA

ND

Secagem

U=2,78 W/(m2K)R=0,36 (m2K)/WR’w=44 dB

O método utilizado na Ponta do LealEstrutura e vedação de blocos estruturaisBloco estrutural de concreto (14x19x39 cm), argamassa, reboco e pintura.

Os blocos de concreto têm 42% da energia do sistema e geram 37% das emissões. O cimento das argamassas é responsável por 38% da energia incorporada e 49% das emissões.

U=2,46 W/(m2K)R=0,41 (m2K)/WR’w=42 dB

O método convencionalEstrutura de concreto e vedação cerâmicaEstrutura em concreto armado com vedação não portante de tijolos cerâmicos (9x19x19 cm), argamassa, reboco e pintura.

A estrutura portante é responsável por cerca de 40% da energia incorporada e das emissões.

Os blocos cerâmicos cerâmicos são responsáveis por outros 28% da energia incorporada da parede e 24% das suas emissões, com o cimento das argamassas adicionando 12% da energia e 32% das emissões.

U=0,81 W/(m2K)R=1,23 (m2K)/W R’w=43 dB

O método norte-americanoSistema PlataformaLight Wood FramingSiding vinílico, OSB, lã de vidro e gesso acartonado num quadro de madeira serrada.

A madeira serrada comporta 23% da energia incorporada no sistema e é responsável por 16% das emissões*. O OSB, por 25% da energia e 18% da poluição. O gesso, por 17 e 25%, o siding vinílico por 14 e 16% e a lã de vidro por 7 e 8%, respectivamente.

Trabalho de Conclusão de CursoBruno Wiethorn RinaldiOrientadora: Lisiane LibrelottoArquitetura & UrbanismoUniversidade Federal de Santa Catarina

Com esse trabalho tinha o objetivo de investigar e aprender um jeito possível de construir de forma mais sustentável hoje.

O desafio a que me propus foi o de avaliar o impacto de um projeto em construção e propor uma alternativa de menor impacto.eficiente,

eficaz, efetiva.

Para uma arquitetura

mais

um caminho

NormalizaçãoNa Alemanha, o país com maior número de edificações com argila-palha (algumas centenas), a construção com argila-palha foi inclusa na norma Lehmbau Regeln, codificada em 1998 e revisada em 2008.

Nos Estados Unidos, o International Code Council incluiu um apêndice sobre a construção com argila-palha na última revisão do International Residential Code, de 2015.

No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação Técnica (SiNAT) publicou em 2011 a Diretriz No. 5, sobre “Sistemas construtivos estruturados em peças de madeira maciça serrada, com fechamentos em chapas delgadas (Sistemas leves tipo “Light wood Framing”)”. Essa cobre apenas construções térreas mas a expectativa é de que uma revisão contemple também edificações multi-pavimentos.

(PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIs)

14

148

Tabela 5.17 : Energia Embutida por partes da Edificação, Modelo 3 (MJ)

ETAPAS DO CICLO DE VIDA

Partes da edific.

EE Mat. Constr.

EE Transp.

EE Desp. EE

Transp. Desp.

TOTAL EE setor

EE manut. 50 anos

E Equip. TOTAL EE

CVE

Serviços Preliminares 25886,57 2042,35 3823,71 1408,59 33161,22 0,00 5576,25 33161,22 Estrutura 5433548,71 409971,52 1005597,44 243125,72 7092243,39 0,00 11055,02 7092243,39 Alvenaria 5997548,58 456924,40 1117213,08 156193,48 7727879,54 0,00 1420,57 7727879,54 Esquadrias 1417982,60 7948,60 112220,06 1669,53 1534920,44 1534920,44 0,00 3069840,88 Cobertura 627723,32 151443,88 104462,18 46830,92 930460,30 482823,04 28,20 1413283,35 Pisos 1054245,38 87250,58 197044,69 37794,71 1376335,36 970285,56 664,03 2346620,92 Instalações 625798,31 4631,56 174157,09 2869,74 807456,69 767964,76 55,17 1575421,45 Pintura 1463130,13 2892,99 219469,52 867,90 1686360,55 6745442,18 0,00 8431802,73 Serviços Complementares 60691,29 6521,92 12739,14 3264,53 78876,88 0,00 0,00 78876,88

TOTAL MJ 16706554,89 1129627,80 2946726,91 494025,13 21267694,38 10501435,99 18799,25 31769130,36

TOTAL GJ /m² 3,85 0,26 0,68 0,11 4,90 2,42 0,00 7,32

Na análise por etapas continua a predominância da energia consumida na

fabricação dos materiais, já o desperdício vai a 17 % da EE inicial e as etapas de

transporte, de materiais e desperdícios, continuam em 10 % da EE inicial.

ESTRUTURA33,35%

ALVENARIA36,34%

ESQUADRIAS7,22%

COBERTURA4,37%

INSTALAÇÕES 3,80%

PINTURA7,93%

PISOS6,47%

SERVIÇOS PRELIMINARES

0,16%

SERVICOS COMPLEMENTARES

0,37%

Figura 5.10: Distribuição percentual de Energia por partes da edificação do Modelo 3

A estrutura e alvenarias são as partes com as principais contribuições e neste caso

com indíces ainda maiores pois, em uma edificação multifamiliar partes como serviços

preliminares e complementares perdem relevância.

Quais são as partes responsáveis pelos maiores impactos?

Distribuição percentual de Energia Incorporada por partes da edificação

Análise de Ciclo de VidaInstrumento

56

Problemas surgem na medida em que uma ACV de foco muito detalhado requeira

considerações de processos correlatos que podem, pela complexidade da análise, ser

intencionalmente ou não negligenciadas (LAVE, 1995).

Uma Análise do Ciclo de Vida Energético é uma forma simplificada, porém

significativa, para a condução de uma análise de impactos ambientais. Baseada na ACV

preconizada na norma ISO 14040 esta análise prioriza o inventário de dados de consumo

energético, diretos e indiretos. Apesar de não usar o conceito de multi-análise,

característico das ACVs, uma ACVE dá condições para avaliação de impactos ambientais

importantes como a emissão de gases do efeito estufa. Além disso, por ter uma estrutura

mais simples do que uma ACV completa, demanda menos custos e tempo na sua

execução.

Entretanto a proposta de uma ACVE não é substituir um método de análise

ambiental amplo como uma ACV, mas preferencialmente facilitar uma tomada de decisão

a cerca de eficiência energética e dos impactos associados como, por exemplo, a geração

de CO2 (FAY, 2000).

2.5.2 Ciclo de vida energético das edificações

Na indústria da construção civil, uma ACVE tem atributos especiais devido à

complexidade da árvore de processos que envolvem o ciclo de vida das edificações. Além

disso, estas são tipicamente energo-intensivas, seja para sua construção ou operação, o

que sugere uma natureza de análise que destaque os eventos de consumo energético.

ACVEs em edificações são aplicadas em países como Canadá, Austrália, Suécia,

Inglaterra e EUA (COLE, 1996; TRELOAR, 2000; THORMARK, 2002; YOHANIS, 2002;

SCHEUER, 2003).

Apesar de existirem maiores possibilidades de detalhamento das etapas do ciclo

de vida de uma edificação, os estudos citados sugerem uma divisão básica. A Figura 2.13

sintetiza as etapas mais citadas. São situadas também as terminologias usuais dos

consumos energéticos por cada etapa ao longo do ciclo de vida.

Figura 2.13: Ciclo de vida energético de uma edificação

Prospecção e preparo de matérias - primas

Processo de fabricação

Vida útil e manutenção

Descarte , deposição ou reciclagem

Gate

!

mu

lo

Transporte Transporte Obra

EEi-Energia embutida inicial (Consumos diretos + indiretos)

Energia operacional

EEi ( Consumos diretos )

EE de manutenção

Prospecção e preparo de matérias - primas

Processo de fabricação

Vida útil e manutenção

Descarte , deposição ou reciclagem

Cra

"

Berç

o GateP

ort

ão

Po

rtão

Energia de deconstrução

Energia Total

223

Australian Journal of Structural Engineering Vol 14 No 3

“Examining the role of structural engineers in green building ratings ...” – Chaudhary & Piracha

used by the sustainability and climate change professionals but are new to a structural engineer’s lexicon. However, in order to effectively understand and tackle the underlying principles of sustainable development, it is necessary that the impact of a structural engineer’s design be defi ned in terms of these parameters (Symons & Symons, 2009). Embodied energy is defi ned as the energy required for extracting, transporting and manufacturing a product to the point of its use, while operating energy is the one that a building consumes in its operation over its lifetime. Carbon load is the amount of CO2 emitted into the atmosphere for manufacturing building components, constructing buildings and operating them over their useful life.

Building construction and operation is an energy intensive task. It was pointed out in section 1 that the building sector is responsible for 40% of the total global energy consumption and 30% of the CO2 emissions. Embodied energy of a building is the energy required to build it. It includes the energy embedded in the construction materials (structural and non-structural), demolition, construction process, project management and on-site operations as depicted in fi gure 5 (Cole & Kernan, 1996).

Structural components comprise about 25% of the total embodied energy in a building while occupying 80% of its mass. Share of embodied energy in the structural components is more than the cost of these items (refer to table 1) due to the energy intensive processes required for manufacturing of main constituents of the structural components (ie. steel and concrete). One may fi nd some variation in these numbers due to the methodology used for these calculations or defi nitions of the system boundaries (Jones & Hammond, 2011).

Operating energy of a building is dependent on the type of building (ie. traditional, energy effi cient/high performance, passive or net-zero), its design life and the climate. Figure 6 provides a comparison of operating energy required for various types of buildings located in cold climate where major expense of energy is related to space heating (Satori & Hestnes, 2007). Total energy is the sum of embodied energy and operating energy. It is to be noted in fi gure 6 that the share of embodied energy is 7%, 15%, 32% and 100% of the total energy in traditional, energy effi cient, passive and net-zero buildings respectively. Respective share of embodied energy in the structural components is 2%, 4%, 8% and 25% of the total lifetime energy use.

There is little incentive in reducing the embodied energy in structural components for ordinary buildings due to its miniscule 2% share in the lifetime energy requirements. This fact was the basis of UNEP policy of only emphasising improvements in operating energy effi ciency to achieve the targets of sustainability and emission reductions from the building sector (UNEP, 2009). However, due

Structure24%

Envelope26%

Finishes13%

Construction7%

Services24%

Site work6%

Fig ure 5: Average embodied energy in atypical office building.

Fig ure 6: Comparison of embodied and total energy for various building types.

to technological advancements in energy effi cient building envelope and mechanical equipment, environmental awareness and government regulations, energy effi cient and net-zero buildings and communities are being planned in various parts of the world. For example, UK legislation is requiring all new homes built after 2016 and all new build after 2019 to be net-zero (Borchers, 2010). Another example of net-zero energy use is Masdar city in Abu Dhabi, which is a 6 km2 community project scheduled for completion in 2019.

As explained above, increase in the operational energy effi ciency in the future buildings is inevitable. This change is likely to enhance the importance of embodied energy in the buildings and will provide structural engineers a chance to be responsible for effi cient design of 20-25% of the total energy of a building. This increased responsibility is likely to provide an incentive for innovation in structural engineering to further reduce the energy and carbon footprint of buildings.

A international Standardization for Organization (iSO) em sua norma 14040 define Análise de Ciclo de Vida como “compilação e avaliação de entradas e saídas (de matérias primas e recursos energéticos) e impactos ambientais potenciais de um produto através de seu ciclo de vida”.

A energia embutida ou incorporada é a energia associada a todos os processos associados à construção de um edifício, da mineração aos processos industriais de manufatura. A energia operacional é aquela gasta durante a fase de uso, como na iluminação e aquecimento de ambientes.

A crise do petróleo dos anos 70 fez os países de clima temperado focar nas maneiras de economizar energia, e o principal jeito encontrado foi o aumento do isolamento térmico nas construções. Diminuir a energia operacional se tornou o principal foco da arquitetura eficiente.

13

77%17%

3%

2%

1%

(INsTITUTO EkOs)

No Brasil, em grande parte pelo clima mais ameno que tem, a maior parte do impacto ambiental gerado pela construção civil se dá com a produção dos insumos utilizados.

ACVConstrução Civil Brasileira

Por ano no Brasil são construídos 170.000.000 m2 residenciais.

Impacto Ambiental da Construção Civil

Os dados do gráfico ao lado não incluem a bolha construtiva que tomou conta do mundo nas duas décadas passadas. Isso não é sustentável, claro. Mas como comparar alternativas?

A construção civil é responsável pelo consumo de 40% dos recursos materiais no mundo. A produção dos seus insumos requer grandes quantidades de energia e resulta na emissão de toneladas e toneladas de resíduos ao meio ambiente.

1 teragrama = 1.000.000 toneladas(BODEN)

Emissões de CO2 na produção de cimento (1950-1985)

(TAVAREs)

(TAVAREs)

(ChAUDhARy)

É claro que a sustentabilidade não pode ser reduzida somente a números, essa é mesmo uma das principais dificuldades que enfrenta.

Porém, mesmo que de forma simplificada, o cômputo das energias incorporadas e das emissões geradas na etapa berço-ao-portão (craddle-to-gate) são boas referências para comparar os recursos utilizados e a poluição gerada pelos materiais e processos.

É claro que uma construção mais sustentável deve se extender à utilização de técnicas como ventilação cruzada, coleta de água da chuva, painel solar, etc. Mas como construir espaços melhor?(INsTITUTO EkOs)

= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos= 1 lâmpada 20 w x 24 hrs x 7 dias x 52 semanas x 7 anos

Impacto Médio da Construção Civil Residencial Brasileira

4,46GJ1 m2 construído =

369kg CO2e

(TAVAREs)

= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.= 1100 km rodados em um carro médio.

e

SItUAçãO • 1:2000

IMPLAntAçãO • 1:500

UnIDADE • 1:50

O sub-piso em OSB é essencial para o travamento da estrutura.

O contrapiso em argila-palha também funciona como isolante sonoro, e serve de base para piso de terra

O espaço entre vigotas pode ser utilizado para passagem de dutos. Estes podem

também cortá-las em lugares específicos.

Conectores metálicos ligam um andar ao outro e à fundação, fazendo

a amarração da estrutura.

A tela é fixada aos montantes e o espaço entre os mesmos é preenchido com argila-palha.

Como a tela não é rígida, ocorre um pequeno abaulamento entre fixações da tela,

criando ritmo e textura visual ao ambiente.

D’ - SEçãO • Perspectiva ~ 1:10

BLOCO • 1:100

C’

B’

A’

S e n • 1:500

O e E • 1:500

Vedação, não-portante.reboco de terra - 25 mm

Tela Plástica de PEAD - 5 mm

Argila-Palha entre montantes - 130 mm (densidade: 300 kg/m3)

Tela Plástica de PEAD - 5 mm

Emboço de cal e terra - 10 mm

Camada Ventilada - 20 mm

Lambris de pinus tratado - 15 mm

U=0,66 W/(m2K)R=1,51 (m2K)/WR’w=40 dB

Parede externaF’ - CORtE • 1:2

Fechamento externoR’w = 46 dB

Divisória interna, portante, travamento lateral

E’ - PLAntA • 1:2

Reboco de terra e cal (em áreas molhadas) - 25 mm

Tela Plástica de PEAD - 5 mm

Argila-Palha entre montantes - 90 mm (densidade: 1000 kg/m3)

OSB - 17 mm

Argila-Palha entre ripas - 40 mm (densidade: 1000 kg/m3)

Tela Plástica de PEAD - 5 mm

reboco de terra - 25 mm

Parede interna

Protótipo • 1:1; 100 x 120 x 15 cm

Para comparação, foram avaliados os sistemas portante e de vedação. Foram quantificados os materiais utilizados e seus impactos e a mão de obra requerida através de índices de produtividade de composições unitárias do TCPO e CraftsMan (equivalente americano); para a argila-palha, índices de produtividade da literatura da técnica. O banco de dados do Inventory of Carbon & Energy foi utilizado para os impactos.

Comparações R$, E, CO2Estrutura + Vedações (Projeto Ponta do Leal)não inclui o sistema de pisos/lajes

Bloco Estrutural de

ConcretoArgila-Palha

8000

6000

20004000

GJEnergia Incorporada

Bloco Estrutural de

Concreto

WoodFrame Convencional

WoodFrame Convencional

WoodFrame Convencional

1 milhão

2 milhões

3 milhões

CustoR$

Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica

Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica

Viga/Pilar de Concreto, Vedação Cerâmica

Bloco Estrutural de

Concreto

700

500

100

300

t CO2eEmissões

*

Materiais

Mão de Obra As emissões ao lado são as envolvidas nos processos de produção dos materiais. Caso seja incluso a reserva de carbono que acontece com o uso de material vegetal na estrutura e vedação (1,8 kg CO2 para cada kg de palha ou madeira utilizada), as emissões do WoodFrame são neutralizadas e o sistema proposto com argila-palha se torna um sumidouro para 940 toneladas de dióxido de carbono.

*

A’ • 1:500

B’ • 1:500 C’ • 1:500

Projeto MCMV Ponta do Leal

A argila-palha é usualmente produzida com pranchas como formas, fixadas a estrutura temporariamente. Essas podem ser retiradas depois de algumas horas quando a parede já tem coesão; e devem ser retiradas 24hrs depois para evitar a formação de mofo e permitir a secagem da parede.

Em climas mais frios em que paredes mais espessas são necessárias para maior resistência térmica, o tempo de secagem é talvez a maior desvantagem do método, requerindo até 2 ou 3 meses para uma parede de 30-35 cm secar. Isso deve acontecer antes da parede receber reboco. Este evita o alojamento de insetos na parede e garante a vedação do envelope.

O processo de fazer argila-palha é rápido e fácil, mas um dos gargalos de produtividade é o de colocar e tirar formas das seções de parede. Como a argila-

palha precisa secar, uma forma perdida que possa aumentar a produtividade precisa permitir isso. As duas maneiras registradas tem contra si o custo: a primeira, fixação de ripas levemente espaçadas, pela mão de obra envolvida; a segunda, esteiras de junco, pelo custo do material. Apesar do custo, essas são ocasionalmente utilizadas porque aumentam a produtividade da etapa de enformação.

O uso de telas de plástico como forma permanente permite fazer isso de forma acessível.

Além disso, tem dois outros benefícios:

A argila-palha oferece boa adesão a rebocos de terra, mas a madeira da estrutura não oferece o mesmo. Usualmente, depois de preencher as paredes e tirar as formas, são adicionadas

pontes de reboco sobre a madeira, na forma de telas plásticas ou metálicas, o que não se faz necessário quando toda a parede já está coberta pela tela plástica da forma.

O uso da tela também impede que a argila-palha deslize entre a estrutura. É comum usar ripas horizontais entre a estrutura no meio da parede para dar resistência mecânica. Não fazê-lo pode acelerar o processo do enquadramento estrutural e também o de enformação da argila-palha.

A não ser que sejam tomadas outras medidas, naturalmente, a tela tende a abaular com o preenchimento da argila-palha. Além de ser uma expressão direta da técnica construtiva e parte intrínseca desta, dá textura e detalhe à superfície gerada.

versão menor impacto

Vista externa 3D • Perspectiva

1. PREPARAçãO DA PLATAFORMA

3. PRumo E fIxAção DAS CHAPAS DE OSB

5. PREENChImENTo Com ARgILA-PALhA

8. fIxAção DoS LAmBRIS

2. CONFECçãO DOS quADROS DAS PAREDES

4. INíCIo DA fIxAção DAS FORMAS7. REBOCO DAS PAREDES

6. RIPAmENTo

D’

Sequência construtiva 3D • Perspectiva

F’

E’

Argila-Palha Argila-Palha

N

N

++

Vista interna 3D • Perspectiva

Nesse sistema plataforma com argila-palha, a madeira serrada é responsável por 47% da energia incorporada e 38% das emissões*. O OSB por 24% da energia e 21% da poluição. O polietileno tem 11 e 9%, respectivamente, enquanto a cal utilizada tem 3 e 11%.

Em resumo, um caminho para melhorar o jeito de construir:

As toneladas de cimento nos enormes volumes de concreto utilizados geram grandes quantidades de gás carbônico. Entre outras vantagens, construir com estutura de madeira reflorestada de seções pequenas diminui consideravelmente as emissões.

A vedação com tijolos queimados é um desperdício de energia. É uma parcela grande da construção e a mais fácil de substituir por uma alternativa de baixo impacto, que utilize materiais com poucos processos industriais envolvidos.

O fator produtivo é importante, uma das grandes razões da contínua utilização das técnicas convencionais. A produção de paredes de argila-palha com formas permanentes de telas plásticas contribui para tornar essa alternativa viável.

De maneira alguma quero sugerir que essa maneira é a mais sustentável. Mas sim, que é mais sustentável do que os jeitos usuais de construir.

• é bem mais leve que a estrutura de concreto convencional, diminuindo as cargas sobre as fundações e permitindo o uso de fundações de menores custo e impacto.

• essas menores cargas sobre o terreno tornam esse sistema uma boa alternativa para ocupações de encosta.

• como as paredes se comportam de maneira bem similar aos substratos tradicionais, a argila-palha é uma ótima técnica para restauração de patrimônio.

Outras razões para aprender essa técnica construtiva:

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ESCALA 1 : 500 COBERTURA _1

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UnIDADE • 1:50

IMPLAntAçãO • 1:500

COBERtURA • 1:500

BLOCO • 1:100 h’ • 1:200

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O e E • 1:200

S e n • 1:200

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Áreas molhadas têm impermeabilização sobre o sub-piso de OSB e revestimento cerâmico

Áreas molhadas são revestidas com reboco de cal, conferindo maior durabilidade

Shaft de ventilação

Parede dupla e densa entre unidades

Circulação vertical em concreto armado e vedação com blocos estruturais de concreto, como no projeto original.