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O LADO POP DE CAYMMI DONA DE UM VOZEIRÃO, ALICE, NETA DE DORIVAL, TRANSITA POR DIVERSOS ESTILOS EM NOVO ÁLBUM PÁG. 12 MÍN: 20°C MÁX: 29°C RIO DE JANEIRO Terça-feira, 30 de janeiro de 2018 Edição nº 1.793, ano 8 www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável. Casos de febre amarela em 2017 superam os de 30 anos Alerta. País registrou 779 vítimas da doença no ano passado, enquanto o número de ocorrências de 1980 a 2016 foi de 828, segundo o Ministério da Saúde. Especialistas acreditam que ações do governo para conter avanço não foram eficazes. Estado do Rio confirma a 9 a morte em 2018 PÁG. 04 Julio Cesar retorna ao Flamengo, onde jogará por 3 meses para encerrar a carreira PÁG. 15 Goleiro, que receberá salário simbólico, foi apresentado ontem no Ninho do Urubu | GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO ‘Morto ele não está’, diz Michel Temer sobre Lula Juiz Bretas fica no centro da polêmica do auxílio-moradia Colômbia suspende paz com guerrilha À Rádio Bandeirantes, presidente afirmou que seria ‘melhor para o país’ se o petista pudesse disputar a eleição e ser derrotado PÁG. 05 Magistrado da Lava Jato consegue na Justiça que ele e a mulher, também juíza, recebam R$ 4,3 mil cada PÁG. 02 Série de ataques a bomba do grupo ELN motivou a decisão PÁG. 08 DE VOLTA PRA CASA

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O LADO POP

DE CAYMMI

DONA DE UM VOZEIRÃO, ALICE, NETA DE DORIVAL, TRANSITA POR DIVERSOS

ESTILOS EM NOVO ÁLBUM PÁG. 12

MÍN: 20°CMÁX: 29°C

RIO DE JANEIRO Terça-feira, 30 de janeiro de 2018Edição nº 1.793, ano 8

www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ

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AÇÃO

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LEI

TOR

O Metro Jornal é im

presso em papel certificado FSC,

garantia de manejo florestal responsável.

Casos de febre amarela em 2017 superam os de 30 anosAlerta. País registrou 779 vítimas da doença no ano passado, enquanto o número de ocorrências de 1980 a 2016 foi de 828, segundo o Ministério da Saúde. Especialistas acreditam que ações do governo para conter avanço não foram eficazes. Estado do Rio confirma a 9a morte em 2018 PÁG. 04

Julio Cesar retorna ao Flamengo, onde jogará por 3 meses para encerrar a carreira PÁG. 15

Goleiro, que receberá salário simbólico, foi apresentado ontem no Ninho do Urubu | GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

‘Morto ele não está’, diz Michel Temer sobre Lula

Juiz Bretas fica no centro da polêmica do auxílio-moradia

Colômbia suspende paz com guerrilha

À Rádio Bandeirantes, presidente afi rmou que seria ‘melhor para o país’ se o petista pudesse disputar a eleição e ser derrotado PÁG. 05

Magistrado da Lava Jato consegue na Justiça que ele e a mulher, também juíza, recebam R$ 4,3 mil cada PÁG. 02

Série de ataques a bomba do grupo ELN motivou a decisão PÁG. 08

DE VOLTA

PRA CASA

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

O juiz Marcelo Bretas, da 7a Vara Federal Criminal, pediu à Justiça para que ele e a mu-lher, Simone Diniz Bretas, re-cebessem auxílio-moradia. Uma resolução do CNJ (Conse-lho Nacional de Justiça) proí-be a remuneração a casais que morem sob o mesmo te-to. Bretas é o juiz responsável pela Lava Jato no Rio e a mu-lher dele também é uma juí-za federal – ela trabalha no 5o Juizado Especial Cívil. Soma-dos os benefícios, o casal che-ga a receber quase R$ 9 mil de auxílio – cada um recebe R$ 4,3 mil, de acordo com as fo-lhas de pagamento de janeiro deste ano entregues ao CNJ.

A informação foi publica-da pela “Folha de São Paulo”, ontem. Na decisão, ele e ou-tros quatro colegas consegui-ram garantir o ganho extra.

Através das redes sociais, Marcelo Bretas se defendeu afirmando que busca seus di-reitos na Justiça. “Pois é, te-nho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direi-to a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar cho-rando num canto??, ou pegar escondido ou à força. Mas, co-mo tenho medo?? de merecer algum castigo, peço na Justi-ça o meu direito”, diz a posta-gem no Twitter.

Benefício concedidoEm conversa com a rádio BandNews FM, Bretas infor-mou que a decisão é de 2014, quando ele e mais quatro juí-zes entraram com um pedi-

do para receber o auxílio. Na época, ele vivia na capital flu-minense e a mulher dele mo-rava em Petrópolis, na Região Serrana do Estado. Há um ano e meio o casal vive no Rio.

A matéria publicada pela “Folha de São Paulo” afirma que o benefício concedido ao casal foi alvo de ques-tionamento na Ouvidoria

da Justiça Federal. Questio-nado sobre a decisão, Bretas afirmou que a Justiça garan-te esse direito, mas se for pa-ra discutir a moralidade o de-bate precisa ser mais amplo e com toda a sociedade.

Em 2014, o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribu-nal Federal), liberou o paga-mento do auxílio-moradia a

todos os juízes em atividade no país. Segundo a decisão, juízes de todo país podem re-ceber o benefício no valor de R$ 4,3 mil.

Associação defende direitoNa tarde de ontem, a Ajufer-jes (Associação dos Juízes Fe-derais do Rio de Janeiro e Es-pírito Santo) divulgou nota defendendo o benefício con-cedido aos magistrados: “Tal pagamento por anos foi so-negado dos magistrados fede-rais, e somente após decisão do Supremo Tribunal Federal é que a Lei foi aplicada (…)”, diz um trecho do comunica-do, que foi replicado por Bre-tas no Twitter.

“A constante campanha para tentar desmoralizar os juízes federais, portanto, pre-tende não só subtrair um di-reito como denegrir a honra dos que hoje mais se empe-nham em coibir o maior dos males da Administração Pú-blica brasileira (…)”. A Asso-ciação ainda indaga: “A quem interessa essa campanha? A quem trabalha contra a cor-rupção e pelo Estado de Direi-to ou aos corruptos?” METRO RIO E BANDNEWS FM

‘Meu direito’. Juiz responsável pela Lava Jato no Rio é casado com a também juíza Simone Bretas. Na decisão, ele e outros quatro colegas conseguiram garantir o ganho extra. Magistrado se defendeu nas redes sociais

Bretas pede auxílio-moradia à Justiça para ele e a mulher

R$ 9 milé o valor aproximado que o juiz Marcelo Bretas e sua mulher, a juíza Simone Bretas, recebem de auxílio-moradia.

Nas redes sociais, Bretas afirmou que busca seus direitos na Justiça | REPRODUÇÃO

STF vai julgar legalidade do benefício O STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar em março a legalidade do be-nefício. O pagamento do auxílio-moradia a toda magistratura se baseia em uma decisão liminar do ministro Luiz Fux, conce-dida em 2014.

Segundo a Consulto-ria Legislativa do Senado, 88 ministros de tribunais superiores, 2.381 desem-bargadores, 14.882 juí-zes de primeira instância, 2.390 procuradores do Mi-nistério Público da União, 10.687 promotores dos Ministérios Públicos esta-duais, 9 ministros do Tri-bunal de Contas da União e 553 conselheiros dos tri-bunais de contas dos Es-tados, Distrito Federal e municípios têm direito ao pagamento que tem cará-ter indenizatório.

METRO BRASÍLIA

Em março

“A quem interessa essa campanha? A quem trabalha contra a corrupção e pelo Estado de Direito ou aos corruptos?”A�����AÇÃ� O�� ������ �O�A�� O� �� O� �ANEIR� � ������� �ANTO, � ��TA

R$ 4,3 milé o valor do benefício que, segundo decisão liminar do ministro Luiz Fux, de 2014, juízes de todo o país podem receber.

Casa de praia de Cabral é saqueadaEm meio à burocracia jurídi-ca, a casa de praia do ex-go-vernador do Rio Sérgio Ca-bral, em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, foi saqueada. A informação foi divulgada pelo âncora da BandNews FM, Ricardo Boe-chat, em sua coluna na revis-ta “IstoÉ” desta semana.

Segundo ele, homens atra-caram duas embarcações pró-ximas à mansão e levaram diversos objetos de valor na madrugada do último dia 16.

O TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) analisa o pedido do MPF (Ministério Público Federal) para que um leilão de diversos bens do po-

lítico e da ex-primeira-dama, Adriana Ancelmo – entre eles, o imóvel –, sejam feitos com urgência. O MPF argumentou que o imóvel e outros bens es-tão se deteriorando.

A mansão iria para leilão em setembro do ano passa-do, mas o TRF2 suspendeu o pregão até que os recursos da

defesa sejam julgados, o que não há prazo para acontecer. O processo está nas mãos do desembargador Abel Gomes, relator dos processos da for-ça-tarefa da Lava Jato no Rio.

Procurada, a defesa de Sér-gio Cabral afirmou que não tomou conhecimento do fato e vai investigar. BANDNEWS FM

Mansão de Cabral em Mangaratiba

DIVULGAÇÃO

1FOCO

Finais de placas dos

veículos e datas:

• 0 e 1 – Até 31/5• 2 e 3 – Até 30/6• 4 e 5 – Até 31/7• 6 e 7 – Até 31/8• 8 e 9 – Até 29/9

Fique atento!

Sai o calendário

Detran:

datas de

vistoriaO Detran-RJ divulgou

ontem o calendário de

licenciamento anual

de veículos para 2018.

Mas, antes de marcar

a vistoria, o motorista

terá que pagar o seguro

DPVAT, débitos relativos a

multas de trânsito e taxas

do serviço de vistoria.

Confira abaixo os finais

das placas e as datas.

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

Confira as interdições progra-

madas de acordo com o Cen-

tro de Operações da Prefeitu-

ra do Rio (www.cor.rio):

• Urca e Humaitá. A CET-Rio informa a interdição de trecho da av. Brasil para o lançamento de vigas da obra da Transbrasil. Das 4h às 11h de hoje, será interditada uma faixa do sentido zona oeste, na altura do rio Acari. Das 11h às 16h, fica interditada uma faixa do sentido Centro. Já a rua Gustavo Viana Filho ficará bloqueada, entre a rua José Pitanga e a av. Brasil, da 0h às 4h e das 11h às 16h do sábado, e de 0h às 11h, do domingo até o dia 6/2.

• Possibilidade de chuva. Segundo o Sistema Alerta Rio, a previsão para hoje é de céu nublado a encoberto, com chuva moderada a forte ao longo do dia, em pontos isolados da cidade. Os ventos serão moderados a fortes. A máxima prevista é de 29°C e a mínima, de 20°C.

Melhor caminho

Previsão do tempo

O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) se reuniu com moradores da Rocinha, na zo-na sul, ontem, e propôs uma campanha pelo desarmamen-to no Estado do Rio. Desde se-tembro do ano passado, as operações na comunidade já deixaram 34 pessoas mortas. A última vítima foi o soldado Tiago Chaves, do BPChq (Ba-talhão de Choque), que foi ba-leado na quinta-feira passada.

“Eu não quero botar a po-lícia dando tiro lá o tempo to-do. No ano passado, foram [134] policiais mortos. Aqui se mata polícia como se mata ga-linha”, declarou o político. A favela é um dos alvos de ações para o enfraquecimento de facções criminosas. O princi-pal objetivo da ofensiva das forças de segurança do Estado é apreender armas.

O governador alegou que as dificuldades orçamentárias do Rio tiveram impacto na política adotada pelas UPPs (Unidades de Polícia Pacifi-

cadora) e reconheceu as difi-culdades para conter a chega-da de armamento ao Estado. De acordo com Pezão, o Rio é “uma peneira”, cercada por rodovias federais.

A Polícia Civil já reco-lheu imagens de câmeras de segurança de várias lo-jas da rua Conde de Bonfim, na Tijuca, na zona norte, pa-ra esclarecer como ocorreu o episódio de violência que matou o garçom Samuel Ferreira Coelho, 24 anos, na noite de sábado.

O corpo do jovem foi en-terrado, ontem, no cemitério do Catumbi, na zona norte. Uma perícia preliminar apon-

tou que foram disparados pe-lo menos 40 tiros de cinco ar-mas diferentes.

De acordo com policiais, uma perseguição foi iniciada quando agentes de seguran-ça encontraram um grupo de criminosos da Rocinha circu-lando pela zona norte. Houve confrontos na região em que

ocorria também um bloco de Carnaval. Ontem, tropas reali-zaram novas ações em comu-nidades próximas ao local em que a morte aconteceu.

Um novo confronto foi registrado na Cidade de Deus, na zona oeste. Um patrulhamento abordou traficantes, na manhã de

ontem. Os bandidos abri-ram fogo. Uma pessoa ficou ferida e foi levada para o Hospital Municipal Louren-ço Jorge, na Barra da Tiju-ca, na mesma região da ci-dade. Não há informação sobre o estado do paciente. Uma pistola foi apreendida na ação. METRO RIO

Violência. Governador do Rio reconhece dificuldades na política de segurança e propõe uma campanha pelo desarmamento no Estado

Uma pistola foi apreendida após o confronto na zona oeste | DIVULGAÇÃO

‘Aqui se mata polícia como se mata galinha’, diz Pezão

“Quero que vocês me deem um caminho. Eu preciso que os moradores me ajudem.”

LUIZ FERNANDO PEZÃO, GOVERNADOR, EM

ENCONTRO COM LIDERANÇAS DA ROCINHA

Policiais do 23o BPM (Bata-lhão do Polícia Militar) pren-deram, ontem, Lohan de An-drade Lima, 19 anos, na rua Barão da Torre, em Ipanema, na zona sul.

Conhecido como LH, o ho-mem é acusado de ter envol-vimento com Rogério Ave-lino da Silva, o Rogério 157. Lohan estava em uma moto sem documentos e foi levado à 14ª DP (Leblon).

Ao chegar no local, os agentes da Polícia Civil per-ceberam que havia dois man-dados contra o detido. A quadrilha de Rogério 157 de-sencadeou confrontos pe-lo controle do tráfico de dro-gas na Rocinha, na zona sul, no ano passado. A guerra mo-tivou até ações das Forças Ar-madas na região. METRO RIO

Carnaval: 187 pessoas foram multadas por urinar na rua Foram multadas 187 pessoas no último fim de semana por fazerem xixi nas ruas da ci-dade. A Comlurb flagrou 89 homens e 29 mulheres co-metendo infrações só no sá-bado. A prefeitura estima que, no fim de semana intei-ro, 115 mil pessoas estiveram em vias públicas, em eventos ligados ao pré-Carnaval.

A Lei de Limpeza Urbana do Rio prevê uma punição de R$ 563,10 para quem for pe-go no ato. O controle é fei-to pelo programa Lixo Zero, que conta com 140 fiscais, com apoio de 100 guardas municipais nas fiscalizações.

Mais banheiros químicosO Rio de Janeiro vai ter 32 mil banheiros químicos nas ruas durante a festa deste ano, segundo a Rio-Tur: apenas 0,6% a mais do que no ano passado, quan-do houve 31,8 mil cabines espalhadas pela cidade. Elas são instaladas apenas em espaços por onde pas-sam os blocos autorizados.

No Carnaval de 2017, 2 mil pessoas foram multa-das por terem sido flagra-das por agentes municipais.

BANDNEWS FM

Foliões alegam que poucos banheiros químicos foram disponibilizados | JOSÉ JUCENA/FUTURA PRESS

É pequena a procura por ingressos A venda de ingressos para os desfiles de 2018 no Sambó-dromo estão 10% atrasadas em relação a 2017. A estima-tiva é referente às arquiban-

cadas especiais.Segundo a Liesa (Liga In-

dependente das Escolas de Samba do Rio), cerca de 2,6 mil ingressos ainda estão disponíveis.

Os ingressos populares começam a ser vendidos amanhã por telefone. O pre-ço dos ingressos é R$ 10.

BANDNEWS FM

Sapucaí

32 milé a quantidade de banheiros químicos que estarão espalhados pela cidade durante o Carnaval deste ano.

Serão retomadas hoje as buscas pelo mineiro Luiz Fernando M. Borges, 18 anos, que desapareceu no domingo na praia do Le-me, na zona sul. Duas mo-tos aquáticas e dois botes do Corpo de Bombeiros foram utilizados para tentar loca-lizar o adolescente, a partir das 7h de ontem.

As tentativas, contudo, foram paralisadas quando anoiteceu, por falta de lu-minosidade. O domingo de sol animou os banhistas, que foram à orla da capital fluminense. O mar agitado, por outro lado, fez com que os bombeiros tivessem bas-tante trabalho.

Nem mesmo um comu-nicado da Marinha possibi-litou que os incidentes fos-sem evitados. Duas pessoas foram tiradas do mar pelos salva-vidas na ocasião. Até um helicóptero teve que ser acionado para auxiliar no salvamento. METRO RIO

Zona sul. Bombeiros fazem buscas na orla do Rio

Suspeito é preso em Ipanema

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

Sobe número de mortes por febre amarela no RioSurto. Dados do Ministério da Saúde indicam que quantidade de casos da doença em 2017 se aproximou da registrada nos 36 anos anteriores. Estado confirma nona morte em 2018

Explosão no número de casos de febre amarela provocou corrida aos postos de saúde | ALESSANDRO BUZAS/FUTURA PRES

Quase metade de todos os ca-sos de febre amarela registra-dos nos últimos 37 anos, no Brasil, aconteceu em 2017. Segundo dados do Ministério da Saúde, obtidos pelo Jornal da Band, entre 1980 e 2016, 828 pessoas contraíram a doença em todo o país. Já no ano passado, foram confir-madas 779 vítimas.

Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou a nona morte por febre ama-rela, em 2018, no Rio de Ja-neiro. Pacienta morava em Rio das Flores, na Região Ser-rana. Este ano, 28 pessoas já foram infectadas pelo vírus no território fluminense.

Para o epidemiologista

Roberto Medronho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a disparada no número de casos pode ser um reflexo de um desequi-líbrio ambiental, que teria aumentado a quantidade de mosquitos. “Quando infecta-dos, mosquitos ficam conta-minados para o resto da vida

e a prole também nasce con-taminada”, explica.

Para as autoridades de saúde, a vacinação em massa é a principal arma para impe-dir que o vírus passe a circu-lar nas áreas urbanas.

Na avaliação de Medro-nho, a corrida aos postos de saúde poderia ter sido evita-da se a campanha de imuni-zação tivesse sido reforçada no último inverno, quando não houve casos. “As autori-dades, que detém o conheci-mento e sabem que há uma possibilidade da doença re-tornar no próximo verão, de-veriam estar alertando a po-pulação”, afirma.

Para o infectologista Ed-

milson Migowski, as ações do governo não foram eficazes na conscientização das pes-soas. “É assustador que, nes-sas regiões onde a vacina está sendo defendida e preconiza-da há muitos anos, continue tendo casos de febre amare-la, mas as pessoas não estão se vacinando”, argumenta.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que, para frear o avanço do ví-rus, é preciso vacinar 95% da população.

De acordo com o Minis-tério da Saúde, a estratégia de fracionamento das do-ses possibilitará a imuniza-ção de todos os brasileiros.

BAND

779pessoas contraíram febre amarela no Brasil, em 2017, de acordo com o Ministério da Saúde. Número representa 48% dos casos registrados no país desde 1980

Campanha de vacinação contra doença faz Hemorio duplicar média de doações

Campanha coletou 2.601 bolsasde sangue |EVERTON BARSAN/DIVULGAÇÃO

A campanha do Hemorio de vacinação contra a febre ama-rela, na semana passada, pro-vocou um aumento de 128% na média diária de sangue doado.

Durante os seis dias em que ofereceu a imunização contra a doença, o órgão re-cebeu 3.578 candidatos à doa-ção e coletou 2.601 bolsas de sangue, que representa cerca de 433 bolsas por dia. Antes da ação, a média diária, em ja-neiro de 2018, era de 190 bol-sa. No total, foram aplicadas 2,4 mil doses da vacina.

O objetivo da campanha foi aumentar os estoques de sangue do Hemorio, que no período anterior ao Carna-val costuma registrar que-da de até 40% no número de doadores.

“A nossa mobilização no Hemorio foi muito impor-tante porque ampliou a pos-sibilidade de doação e garan-tiu estoque de sangue”, disse o secretário de Estado de Saú-de, Luiz Antônio Teixeira Jr.

O sangue doado abastece-rá emergências de hospitais, maternidades e unidades de

saúde do Rio de Janeiro. Para doar, é preciso ter en-

tre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e levar um docu-mento com foto à sede do He-morio, que fica na rua Frei Ca-neca, 8, no Centro. A unidade funciona todos os dias, inclu-sive sábados, domingos e fe-riados, das 7h às 18h.

Não é preciso estar em jejum, mas é necessário evi-tar alimentos gordurosos nas quatro horas que ante-cedem a doação e bebidas alcóolicas 12 horas antes.

METRO RIO

PLANOS DE SAÚDE DÃO NOVA PROVA DE FORÇA NA ANS. Planos de saú-de plantaram notícias e “denúncias” de micro e pequenos empreende-dores que criaram em-presas para ter acesso à contratação do serviço. Era só um pretexto. Em vez de punir a fraude, a ANS cumpriu o script das operadoras, crian-do dificuldades para contratação de planos de saúde por empresas de pequeno porte. Em-preendedores não têm acesso a planos indivi-duais porque a opção já não é oferecida.

TUDO DOMINADO. A in-fluência das operadoras mostra como agências reguladoras se compor-tam como sindicato das empresas submetidas a sua atuação.

MANDA QUEM PODE. Um dos setores mais podero-sos da economia, hoje, os planos de saúde fa-turaram R$ 178 bilhões em 2017. E mandam muito na ANS.

QUE VERGONHA... Opera-doras agora estão autoriza-dos pela ANS, como que-riam, a romper contratos e aumentar a burocracia para o plano corporativo.

LIVRES PARA ASSALTAR. A ANS fecha os olhos à falta escrúpulos das operadoras, que só têm planos coletivos porque podem reajustá-los sem-pre que quiserem.

TCU QUER R$ 206 MILHÕES DA ANDRADE DE VOL-TA. Somente no âmbito do Complexo Petroquí-mico do Rio de Janeiro (Comperj), o Tribunal de Contas da União (TCU) pretende recuperar um total de R$ 206 milhões do consórcio liderado pela empreiteira Andra-de Gutierrez. São R$ 56 milhões (valores de 2008) do pagamento indevido de verbas de chuva (paga-mento por equipamentos parados), além da execu-ção de garantias e suspei-ta de sobrepreço na obra.

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDOR

Um favor de Brizola

Concluída uma reunião da Frente Trabalhista, figu-ras ilustres e outras nem tanto do PTB, do PDT e do PPS acorreram ao ae-roporto de Brasília e en-traram na lista de espera dos vôos para o aeropor-to Santos Dumont, no Rio. Entre eles, Leonel Brizola. A funcionária da Rio Sul, que chamava os passagei-

ros à medida em que sur-giam vagas, gritou o no-me de Brizola cinco vezes, sem obter resposta. Ele acabou perdendo o lugar para um militante do PDT do Rio, que gritou:- Finalmente o Brizola fez alguma coisa por mim!Até o velho caudilho caiu na gargalhada, quando soube da história.

“O QUE FOI DOADO ESTÁ REGISTRADO.”

PRESIDENTE DA CÂMARA, RODRIGO

MAIA, GARANTE QUE DOAÇÕES DA

ODEBRECHT FORAM LEGAIS

Política

Presidente da ANS, Leandro Silva| DIVULGAÇÃO

CLÁUDIO [email protected]

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {BRASIL} 05|

O presidente Michel Temer foi entrevistado ontem na rádio Bandeirantes, ao vi-vo, e falou sobre reforma da Previdência, economia, segurança e sobre o cená-rio político com Lula. Leia a seguir trechos da entre-vista, concedida aos jorna-listas Salomão Ésper, Pedro Campos e Rafael Colombo e também ao cientista políti-co Fernando Schüler.

Presidente, durante o re-cesso do Congresso, as ne-gociações para a votação da reforma da Previdência continuaram. O senhor di-ria que a situação agora é melhor, pior ou igual à da saída para o recesso para a aprovação da reforma? Eu acho que é bem melhor. Nós conseguimos fazer uma comunicação muito adequa-da com a população, escla-recendo exatamente o que é a reforma da Previdência. Quem ganha um, dois, três salários mínimos e até o te-to da Previdência Social, que é R$ 5.645, não terá ne-nhuma diferença. No se-tor público, não existe o te-to. Há pessoas que ganham hoje R$ 15 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil e que se aposen-tam com esses valores, mas não têm ônus da contribui-ção previdenciária além dos R$ 5.645. Esses que ganham mais do que R$ 5.645 vão ter que fazer uma previdên-cia complementar.

E o que está faltando para aprovar a reforma? Convencimento. Você pre-cisa convencer da indispen-sabilidade da reforma da Previdência, até em bene-fício dos aposentados, pa-ra que não sofram cortes, e dos que irão se aposentar. Quero aproveitar para des-mistificar uma inverdade que tem sido lançada, que agora vai se aposentar com 65 anos se for homem e 62 anos se for mulher. Não é verdade! Hoje quem faz as contribuições suficientes se aposenta com 55 anos. Da-qui a 20 anos é que vai se estabelecer a idade de 65 anos, ou seja, a cada dois anos você aumenta um ano no tempo de aposentadoria. E acho que os deputados voltarão mais convencidos das suas bases pelo traba-lho que nós fizemos.

Presidente, o que o brasi-leiro quer hoje é emprego. Como o sr. pretende, nes-ses meses que ainda tem na Presidência, recuperar o parque industrial e as questões da infraestrutura para que as empresas vol-tem a contratar?Nesse quadrimestre que passou nós tivemos a aber-tura de 1,4 milhão de pos-tos de trabalho, sendo cer-ca de 380 mil com carteiras assinadas. Em dezembro de

FOTOS ANDRÉ PORTO/METRO

O presidente Michel Temer (centro) é entrevistado no estúdio da rádio Bandeirantespelos jornalistastas Rafael Colombo (esq.) e Pedro Campos

2015, o desemprego do ano foi de 1,55 milhão de pos-tos. Em dezembro de 2016 foi de 1,33 milhão de pos-tos de trabalho. Sabe quan-to foi agora, em dezembro desse ano? 28 mil! Nós va-mos ter um PIB de 1% pelo menos [em 2017] e é a pri-meira vez, depois de mui-tos anos, que se prevê um PIB entre 2,5% e 3% para es-te ano de 2018. Ao mesmo tempo, há previsão de aber-tura de pelo menos 1,5 mi-lhão de vagas com carteiras assinadas. E isso depende muito da confiança, da cre-dibilidade, e aí também a importância da reforma da

Previdência. Pretende-se en-tão seguir nessa trilha de muita responsabilidade. Is-so é o que começou a criar um clima de confiança, que vai naturalmente gerar muitos empregos.

O governo tem insistido muito que a reforma da Previdência vem para com-bater o privilégio. Que ti-po de privilégio essa re-forma, do jeito que está apresentada no Congres-so, combate, se aprovada?Você sabe que 1 milhão, mais ou menos, de servido-res públicos, que ganham muito acima de R$ 5.645, representam quase meta-de do déficit previdenciá-rio no país. E 29,5 milhões trabalhadores do setor pri-vado representam a outra metade. O que é, exatamen-te, o privilégio? É alguém que ganha muito acima dos R$ 5.645 e que se aposenta com integralidade. Quem

ganha acima de R$ 5.645 vai ter que fazer uma previ-dência suplementar e isso é acabar com privilégios, por-que você não dá uma apo-sentadoria especial para aqueles que estão no servi-ço público, ganham mais, e uma aposentadoria menor para o trabalhador privado.

O sr. falou recentemente sobre a criação do Minis-tério da Segurança Públi-ca. Como compartilhar es-sas ações considerando a autonomia dos Estados?Aí são duas coisas. A pri-meira é que, atento à ques-tão da segurança pública no país, eu mudei a deno-minação do Ministério da Justiça, que era Ministério da Justiça e Cidadania, pa-ra Ministério da Justiça e Segurança Pública. A partir daí o governo federal pas-sou a agir mais na área de segurança pública. Nós co-locamos as Forças Armadas

nas ruas, não apenas a For-ça Nacional. O Rio de Janei-ro, desde o ano passado e até este ano, tem a presen-ça das Forças Armadas pa-ra garantir a segurança pú-blica. As Forças Armadas foram para Amazonas, Ro-raima, Espírito Santo, Rio Grande do Norte. Se nós não criarmos o Ministério da Segurança Pública, nós vamos criar uma espécie de Força Nacional muito am-pla que esteja à disposição dos Estados para que não seja necessário a todo mo-mento usar as Forças Arma-das, que não foram treina-das para isso.

O sr. acha que nesta área há necessidade de revisão de legislação, endureci-mento de penas?Eu não creio que o endure-cimento de penas faça re-duzir a criminalidade. O que faz reduzir a crimina-lidade, em primeiro lugar, é o combate eficaz. Em se-gundo lugar, a evolução social. Eu não acredito que você tinha uma pena de 10 anos, agora é 20, e o su-jeito não vai mais prati-car crimes. Não tem sido assim.

Na quarta-feira passada, o ex-presidente Lula teve a condenação confirmada pelo TRF4. Ele é uma figu-ra importante, duas vezes presidente da República, com 36% a 40% das inten-ções de voto para a elei-ção. Como o sr. avalia do ponto de vista político es-se momento que o país es-tá atravessando?O que eu realmente gosta-ria é que ele não tivesse es-sas responsabilizações todas, que pudesse disputar a elei-ção e fosse vencido no vo-to, porque isso pacificaria o país. Essa fórmula da sua não participação tensiona o país e o que nós temos que fazer no Brasil é distensionar as relações. Eu, pessoalmen-te, sou, de um foco exclusi-vamente político, a favor de que ele pudesse participar das eleições e eventualmen-te ser derrotado. Seria mais tranquilo para o país.

Mas o Lula está morto politicamente? Eu acho que a figura de-le é de muito carisma. Não é sem razão que ele ocu-pa uma das primeiras po-sições em toda e qual-quer análise, então, dizer que ele está morto politi-camente… Ele está morto eleitoralmente, ou seja, se ele vai participar das elei-ções ou não. Agora, a ima-gem dele, a palavra dele, a presença passada dele não vai ter nenhuma influên-cia… Morto ele não está.

Os índices que mostram a recuperação de arrecada-ção de impostos ligados ao consumo afastam a ne-cessidade de criação de aumento de impostos no seu mandato?Nós sempre evitamos. Quando eu assumi, eu as-sumi sob o signo da CPMF. Diziam: “Vai ser instituí-da a CPMF”, e nós não fi-zemos isso. Estou falando de um governo de 1 ano e 9 meses e nós não cogita-mos isso. No instante em que você começa a recupe-rar a arrecadação, eu não creio que haja necessidade de novos tributos, especial-mente se aprovarmos a re-forma da Previdência.

RÁDIO BANDEIRANTES

MICHEL TEMER Em entrevista exclusiva à rádio Bandeirantes, presidente diz que reforma da Previdência tem cenário

mais favorável para ser aprovada e que preferia que o petista disputasse e perdesse a eleição

‘LULA NÃO ESTÁ MORTO’

“Esses que ganham mais do que [o teto de] R$ 5.645 vão ter que fazer uma previdência complementar.”

“Eu não acredito que se você tinha uma pena de 10 anos, agora é 20, e então o sujeito não vai mais praticar crimes. Não tem sido assim.”

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

Os balanços finais de apreensões da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Re-ceita Federal sobre o ano de 2017 não deixam dúvida so-bre a “estrela” da lista: com US$ 30 milhões apreendi-dos pela Receita no Para-ná (38,15% do total confis-cado nas alfândegas) e 21,6 milhões de maços pela PRF no Estado (o segundo maior valor desde 2010), o cigarro contrabandeado parece au-mentar a cada ano sua en-trada no Brasil, apesar das tentativas de barrar o fluxo da mercadoria.

Como consequência, o FNCP (Fórum Nacional Con-tra a Pirataria e a Ilegalida-de) verificou que os cigarros contrabandeados têm abo-canhado uma fatia cada vez maior do mercado brasilei-ro: eles representavam 30% do comércio do produto em 2015, a taxa subiu para 45% em 2016 e chegou a 48% no ano passado, diz a entidade.

Em outras palavras, de cada 100 cigarros vendidos no Brasil, 48 são pirateados. Os produtos entram no país em barcos ou caminhões, vindos especialmente do Pa-raguai, e são fracionados pa-

ra serem vendidos no varejo de rua das grandes cidades.

Além de alertar para a composição duvidosa – ci-garros contrabandeados costumam carregar impure-zas como resíduos de ratos, baratas e lixo –, represen-tantes do setor reclamam do desequilíbrio econômico do competidor clandestino.

“O deficit causado pelo

contrabando é altíssimo. A indústria legal é penaliza-da com os altos impostos e os comerciantes não estão conseguindo sobreviver à concorrência desleal. O país deixa de arrecadar recursos que poderiam ser investi-dos em outras áreas, inclu-sive na segurança”, lamenta Edson Vismona, presidente do FNCP.

O problema incomoda o ramo tabagista mundial: a empresa Phillip Morris, do-na de 6 das 15 marcas de ci-garro mais vendidas no pla-neta, lançou no ano passado um programa global para fi-nanciar iniciativas contra o comércio ilegal e crimes re-lacionados. No final do ano passado, a empresa infor-mou ter recebido 157 pro-

jetos – enviados por ONGs, universidades ou empresas, entre outros –, que se divi-dem entre seis regiões “pro-blemáticas” quanto ao con-trabando no mundo, entre elas a Tríplice Fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina.

Um dos projetos inscri-tos, capitaneado por pesqui-sadores de ciência política de universidades de três Es-tados, pretende aprofundar o conhecimento brasilei-ro sobre um tema obscuro: como o Paraguai combate – ou deixa de combater – o problema.

“A gente quer investigar como é que o Estado para-guaio trata do problema, perspectiva deles. Quere-mos tentar explicar como o Estado e seus atores – a elite política, as famílias – têm interagido. Há o estabeleci-mento de uma série de re-lações sociais que precisam ser desvendadas”, explicou um dos pesquisadores, que preferiu não se identificar porque o projeto ainda es-pera aprovação.

18milhões de maços de cigarro é a média anual que a PRF Paraná apreende desde 2010. O pico foi em 2013, com 31,1 milhões.

US$ 30milhões, o equivalente atual a R$ 98 milhões, é quanto a alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu apreendeu em 2017. O montante é 38,15% do total recolhido, bem à frente de eletrônicos (22,73%) e veículos (9,95%), que vêm na sequência.

72,30%dos cigarros apreendidos pela PRF no Brasil, em 2017, estavam em apenas três Estados. De um total de 9.422.569 pacotes, foram apreendidos 3.218.869 no Mato Grosso do Sul (34,16%), 2.157.709 no Paraná (22,89%) e outros 1.436.639 em Santa Catarina (15,24). Dos 27 Estados, houve apreensões em 24.

PRF sobe apreensões, mas mercado segue inundado de cigarro pirata | PRF

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Cigarro de contrabando já domina metade do mercado

O juiz Sérgio Moro ordenou ontem que vá a leilão o apar-tamento 164-A do Edifício So-laris, no Guarujá (SP), imóvel que levou à primeira conde-nação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato – em sentença confirma-da e com pena aumentada pa-ra 12 anos e 1 mês de prisão na última quarta-feira.

Quando Lula foi condena-do, em julho do ano passado, Moro ordenou o confisco do imóvel, que seria produto do crime, para futuramente ser usado para ressarcir a vítima, no caso, a Petrobras.

Nesse ínterim, porém, o apartamento foi penhorado pela 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Jus-tiça Distrital de Brasília, a pe-

dido de uma antiga fornece-dora e atual credora da OAS, empreiteira que passa por re-cuperação judicial. A defesa de Lula argumentava que es-sa penhora reforçava que a OAS era dona do tríplex.

Ao ser informado dessa pe-nhora e do fato de que o IPTU do tríplex não é recolhido desde 2014, Moro considerou que “o imóvel está abandona-do e corre riscos de ter seu va-lor depreciado, por falta da adequada conservação”. Para evitar perda no valor da ven-da, o juiz cancelou a penhora em Brasília, determinou que o leilão seja antecipado e o dinheiro seja depositado em conta judicial. Ainda não há data para a realização do lei-lão. METRO CURITIBA

Lava Jato. Moro manda leiloar tríplex do Guarujá

Tríplex não recolhe IPTU desde 2014 | PAULO WHITAKER / REUTERS

“O que pode passar na cabeça das pessoas que entram contra a gente em ações trabalhistas?

DEPUTADA CRISTIANE BRASIL

Em lancha. Deputada afirma, na gravação, que não achava que devia algo a seus ex-motoristas. Autor da ação que impede posse destaca que registrar funcionário é ‘primário’

Cristiane faz vídeo para defender posse

Impedida pela Justiça de as-sumir o ministério do Tra-balho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), protagonizou um vídeo que circula nas redes sociais em que supostamente se de-fende das acusações.

Nele, a deputada diz que não achava que tinha “nada a dever” a dois ex--motoristas que entraram com ações trabalhistas contra ela.

O vídeo foi gravado em uma lancha, na qual Cris-tiane aparece ladeada por quatro homens sem cami-sa, todos endossando sua fala. Um deles, inclusive, chama a deputada de mi-nistra. “O que pode pas-sar na cabeça das pessoas que entram contra a gen-te em ações trabalhistas?”, pergunta.

Em nota, Cristiane disse

que “a gravação e a divul-gação do vídeo foram ma-nifestações espontâneas de um amigo, editadas fo-ra do contexto”.

Dominique Sander, do Movimento dos Advogados Trabalhistas, que moveu a ação que impede a posse, destaca que, no vídeo, ela diz que não fazia ideia que estava cometendo irregu-laridade, não tendo regis-trado em carteira o funcio-nário, “algo primário na relação de emprego”, re-força. METRO

Deputada aparece ao lado de amigos em um barco | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} 07|

Os juros do rotativo do cartão de crédito encerraram 2017 em 334,6% ao ano, uma que-da de 163,1 pontos percen-tuais em relação a dezembro de 2016. Na comparação com novembro, houve um recuo de um ponto percentual, se-gundo o Banco Central.

Mesmo com a forte queda no ano passado, o rotativo do cartão segue como a modali-dade mais cara de crédito. Es-pecialistas recomendam que o consumidor sempre pague a fatura integralmente.

O recuo nos juros está re-lacionado a novas regras ado-tadas pelo governo no ano passado. Desde abril de 2017, os consumidores que não conseguem pagar integral-mente a fatura do cartão só podem ficar no rotativo por 30 dias. A nova regra obrigou as instituições financeiras a transferir a dívida para o cré-dito parcelado, que tem taxas menores.

Em dezembro, a taxa pa-ra quem paga o valor míni-mo da fatura em dia chegou

a 233,8% ao ano, uma alta de 15,5 pontos percentuais so-bre novembro. Para o clien-te que não fez nem o paga-mento mínimo, a taxa foi a 401,4%, ante 413,5% em novembro.

Já a taxa do crédito par-celado subiu 0,7 ponto per-centual, para 169,2% ao ano em dezembro. No ano, o au-mento foi de 15,4 pontos percentuais.

“O que se observou é que teve novos participantes en-trando no cartão de crédito rotativo, algumas financeiras que trabalham com taxas de juros mais elevadas que ban-cos. Os bancos permanece-ram estáveis”, disse o chefe do Departamento de Estatís-ticas do BC, Fernando Rocha.

Segundo o BC, o juro do cheque especial caiu 0,7 pon-tos percentuais em dezem-bro em relação a novembro, fechando o ano em 323% ao ano. Sobre dezembro de 2016, quando a taxa era 328,6% ao ano, a queda foi de 5,6 pontos percentuais. METRO

Crédito. Com novas regras, taxa média recuou 163,1 pontos percentuais e fechou 2017 em 334,6% ao ano, segundo o Banco Central. Modalidade ainda é a mais cara do mercado

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FAT U R A T O TA L PA R C E L A D O

EVOLUÇÃO Taxa média de juros ao ano, em %

FONTE: BANCO CENTRAL *09/01/2018 A 15/01/2018

PARA QUEM PAGOU O VALOR MÍNIMO DA FATURA

PARA QUEM NÃO PAGOU NEM O VALOR MÍNIMO DA FATURA

TOTAL

PARCELADO

181, 46242, 32247, 31215, 62206, 64

247, 43794, 22259, 53218, 38668, 69

223, 32720, 53

257217, 9

230, 08

155, 3191, 11

161, 54157, 14152, 7

QUA N T���

PR I N C I PA I SB A NCO S COBR A M*

Banco do BrasilBradescoCaixaItaú UnibancoSantander

0

300

600

DEZ/2016 DEZ/2017NOV/2017

465, 6

153, 8

497, 7519, 7

233, 8169, 2

168, 5

334, 6401, 4

413, 5

335, 6

218, 3

Juro do rotativo do cartão cai, mas segue acima de 300%

O grupo dos especialistas que mais acertam as proje-ções na pesquisa Focus do Banco Central reduziu a perspectiva para a taxa bá-sica de juros neste ano, vol-tando a ver dois cortes de 0,25 ponto percentual.

O top-5 retomou a esti-mativa de Selic a 6,5% no fi-nal de 2018, depois de ter elevado a perspectiva na se-

mana passada para 6,63% na mediana das projeções. Atualmente a taxa básica de juros está em 7%.

O grupo passou a ver no-vamente dois cortes, um em fevereiro e outro em março. Esses economistas também reduziram sua conta para a taxa de juros no ano que vem, a 8% de 8,5% no bole-tim anterior. METRO

Focus. Economistas ‘top 5’ cortam projeção para Selic

As vendas de supermerca-dos no Brasil devem ter alta de 3% em 2018, acelerando o crescimento de 1,25% apu-rado no ano passado, infor-mou ontem a entidade que representa o setor, Abras.

“O último trimestre de 2017 já mostrou que a eco-nomia se descolou da políti-ca. A confiança do consumi-dor e dos empresários está em alta”, disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.

Em 2017, disse ele, as ven-das do setor cresceram me-nos que a alta de 1,5% pro-jetada pela associação por causa da deflação de itens im-portantes da cesta básica. “Is-so não foi perda de volume, foi financeiro. Tivemos defla-ção forte em produtos impor-tantes que influenciaram o valor financeiro da previsão”, afirmou Sanzovo Neto, desta-cando a expectativa de recu-

peração dos preços de com-modities, em especial leite, feijão, arroz e farinha.

Em 2017, a cesta com-posta por 35 produtos mais consumidos nos supermer-cados teve queda de 7,05%, passando de R$ 483,10 para R$ 449,02. METRO

Preços recuaram 7% no ano passado,

segundo a Abras | MARCELO CAMARGO/ABR

Supermercados. Vendas devem crescer 3% em 2018

Entraram em vigor as no-vas regras de contratação de plano de saúde coletivo empresarial por empresário individual. Segundo a ANS (Agência Nacional de Saú-de Suplementar), o objeti-vo é coibir abusos relaciona-dos a esse tipo de contrato, como por exemplo a criação de empresas exclusivamen-te para esse fim.

A agência lançou uma cartilha para auxiliar bene-ficiários e novos contratan-tes dessa modalidade de pla-no de saúde, que pode ser acessada no site ans.gov.br.

Pela nova norma, para ter direito a esse tipo de pla-no, o empresário individual deverá apresentar docu-mentos que confirmem sua inscrição nos órgãos com-petentes (Junta Comercial ou outro) e sua regularida-de cadastral na Receita Fe-

deral pelo período mínimo de seis meses. A manuten-ção do contrato também de-pende da continuidade da inscrição nos órgãos com-petentes e da situação re-gular na Receita. As opera-doras e as administradoras de planos de saúde deverão pedir esses documentos no momento da contratação do plano e no aniversário do contrato, anualmente.

Também foi criada uma nova regra para os casos de rescisão unilateral imotiva-da pela operadora. A partir de agora, o contrato só pode-rá ser rescindido imotivada-mente após um ano de vigên-cia, na data de aniversário e mediante notificação prévia de 60 dias. “A operadora de-verá apresentar ao contra-tante as razões da rescisão no ato da comunicação”, infor-mou a agência. METRO

Planos de saúde. Empresário individual tem novas regras

Efeitos do diesel

Montadoras são acusadas de usar macacos em testes

Montadoras alemãs, in-cluindo a Volkswagen, a Daimler e a BMW, foram acusadas pela mídia do país de usarem macacos e humanos em testes com o uso do diesel. Os tes-tes foram realizados em 2014, nos EUA, para verifi-car quais seriam os resul-tados físicos da inalação da fumaça e dos óxidos de nitrogênio. A Volks in-formou que “toma clara-mente distância de qual-quer forma de maus-tratos aos animais”. Já a Daimler disse ao “Süddeutsch Zei-tung” que condena esses testes e que abrirá uma investigação interna. A BMW também tomou dis-tância do caso em uma en-trevista ao “Bild”. METRO

Rede social

Facebook publica princípios de privacidade

O Facebook publicou seus princípios de privacida-de pela primeira vez e lan-çou vídeos para ajudar o usuário a controlar quem acessa a informação. A empresa se prepara para o início de uma lei mais rígida de proteção de da-dos na União Europeia. Os princípios de privacidade, que estão separados dos termos e condições acei-tos quando alguém abre uma conta, variam des-de conceder ao usuário o controle de sua privaci-dade até criar recursos de privacidade em produtos do Facebook desde o iní-cio, de modo que os usuá-rios sejam os proprietá-rios da informação que compartilham. METRO

O governo central fechou 2017 com deficit primário de R$ 124,401 bilhões, quar-to ano consecutivo no ver-melho. Com o resultado, o governo conseguiu a meta fiscal do ano. A previsão era de um rombo maior, de R$ 159 bilhões.

Da folga de R$ 34,6 bilhões em relação à meta fiscal no ano, o Tesouro Nacional apon-tou que R$ 30 bilhões vieram de despesas totais abaixo do previsto, e outros R$ 4,6 bi-lhões por receita líquida aci-ma do projetado.

O governo também conse-guiu cumprir em 2017 a regra de ouro, segundo a qual não pode se endividar para pagar despesas correntes. A mar-gem de suficiência no ano foi de R$ 28,8 bilhões. Para o cumprimento da regra de ou-

ro neste ano, o Tesouro apon-tou que contará com a ante-cipação de R$ 130 bilhões do BNDES, além de revisão de parte dos restos a pagar não processados, extinção de fun-dos, como o Fundo Sobera-no, e a liberação de recursos a eles vinculados, além da des-vinculação de superavits de exercícios anteriores de fon-tes orçamentárias. METRO

Contas públicas. Governo fecha 2017 com rombo de R$ 124,4 bi, dentro da meta

“Estamos falando de um deficit muito

acentuado. Não há o que comemorar” SECRETÁRIA DO TESOURO NACIONAL,

ANA PAULA VESCOVI

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 08| {MUNDO}

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anun-ciou ontem a suspensão do quinto ciclo de diálogos pa-ra um acordo de paz com o ELN (Exército de Libertação Nacional). A decisão foi to-mada após ataques a bom-ba assumidos pelo grupo de guerrilha no fim de sema-na, que deixaram sete mor-tos e cerca de 40 feridos.

Foram três explosões en-tre sábado e domingo, que ti-veram como foco prédios da polícia nas cidades de Barran-quilla, Soledad e Santa Rosa.

Um acordo de cessar-fo-go entre governo e ELN que durou 101 dias terminou há três semanas. As negociações para a paz com o grupo acon-tecem em Quito, no Equador, onde uma nova reunião de-veria ocorrer em breve.

“Minha paciência tem limites e a do povo colom-

biano também. Por eles, de-cidimos suspender o início do quinto ciclo de diálogos com o ELN, até que o grupo nos mostre coerência entre suas ações e palavras”, dis-se o presidente ontem em pronunciamento repercuti-do pela imprensa local.

Em seu site oficial, o ELN assumiu a autoria dos atentados e justificou seu “direito a rebelião” como reação a casos de corrup-ção do governo e repressão a manifestações popula-res. “Quanto mais se demo-ra para retomar as sessões da Mesa (em Quito), que é o cenário próprio para as conversações, mais nos distanciamos de um outro cessar-fogo”, diz o texto.

Até agora, um homem, que o governo diz ter liga-ção com a guerrilha, foi preso acusado de ser o res-

ponsável pela explosão em Barranquilla.

Colômbia e as FarcEm dezembro de 2016, o governo colombiano con-quistou acordo de paz his-tórico com as Farc (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia), maior gru-po guerrilheiro do país. O feito rendeu ao presidente Juan Manuel Santos o prê-mio Nobel da Paz.

O desafio agora é tentar acordo com outros grupos guerrilheiros, como o ELN.

No fim de semana, o ex-líder das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko, anun-ciou que concorrerá à Presi-dência do país pelo partido Farc (Força Alternativa Re-volucionária do Comum), que usa a mesma sigla da guerrilha. METRO

Tensão. Sete pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas em três explosões no fim de semana provocadas pelo grupo de guerrilha ELN

Estragos causados por bomba na cidade de Barranquilla | BENJAMIN BELENO/REUTERS

Colômbia suspende diálogo de paz após ataques a bomba

O governo argentino vai eli-minar um em cada quatro “cargos políticos” indicados por ministros e congelar os sa-lários dos funcionários públi-cos do alto escalão neste ano. O anúncio foi feito ontem pe-lo presidente Mauricio Macri,

em pacote de austeridade que surge em meio à queda de sua popularidade enquanto tenta emplacar reformas previden-ciária e trabalhista.

As informações são da agência de notícias “Reuters”.

A expectativa é de que cer-

ca de mil funcionários sejam desligados do governo, em economia anual de 1,5 bilhão de pesos (aproximadamente R$ 240 milhões). Macri tam-bém proibiu a indicação de familiares por ministros.

O jornal argentino “Cla-

rín” disse que as medidas entram em vigor em 1º de março e serão aplicadas nos 22 ministérios e na chefia de gabinete da Presidência.

“O governo quer fomen-tar a ideia de as autoridades com indicação política divi-

direm o fardo do ajuste fis-cal. Também quer passar a mensagem de que esta ges-tão realmente é diferente de suas antecessoras”, disse Ignacio Labaqui, analista da consultoria Medley Global Advisors. METRO

Incêndio destrói 4 mil casas em NairobiQuatro pessoas morreram e ao menos 14 mil foram desalojadas após um grande incêndio na comunidade de Langata, em Nairobi, Quênia. Foram cerca de dez horas de fogo intenso, que destruiu 4 mil casas. A polícia local acredita que o número de vítimas pode aumentar | THOMAS MUKOYA/REUTERS

Argentina corta cargos e congela salários “Sei que vamos perder colaboradores muito valiosos (com os cortes), sinto muito, mas queremos transparência. Espero que este exemplo seja seguido por todos.”

MAURICIO MACRI,

PRESIDENTE DA ARGENTINA

Aplicativo de corrida revela bases militares

Um aplicativo de corridas que publica mapa global com trajetos realizados por corredores nos últi-mos dois anos está forne-cendo a localização tam-bém de bases secretas norte-americanas. Acre-dita-se que militares e funcionários dos Estados Unidos em áreas de con-flito como Síria e Iraque utilizem o Strava e por is-so os dados estejam no mapa. As Forças Armadas americanas disseram que vão analisar as implica-ções dos dados. METRO

Vice-diretor do FBI deixa o cargo após pressão de Trump

O número dois do FBI, An-drew McCabe, pediu on-tem desligamento do car-go, informou o jornal “The New York Times”, citando como fonte um funcionário do governo. McCabe deve deixar o De-partamento de Investiga-ção Federal oficialmente em março, quando pode se aposentar. O vice-dire-tor foi criticado pelo presi-dente Donald Trump por suposta parcialidade a fa-vor da candidata democra-ta na eleição de 2016, Hil-lary Clinton. METRO

Reino Unido não terá poder de voto na UE

A União Europeia vai ofe-recer ao Reino Unido pe-ríodo de transição de 21 meses até a saída definiti-va dos países. O objetivo é evitar mudança brusca para cidadãos e empresas logo após o 30 de mar-ço de 2019, primeiro dia do Brexit. A etapa vai co-meçar à meia-noite de 30 de março de 2019 e du-rará até 31 de dezembro de 2020. Durante este pe-ríodo, o Reino Unido con-tinuará a fazer parte do bloco, mas não terá mais poder de voto. METRO

Transição no Brexit Strava Estados Unidos

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O Q U E C A B E E M U M D I A ?P E R D E R D E F I N I T I V A M E N T E A B A R R I G A ?

N Ã O C A B E .A P R E N D E R A F A L A R J A P O N Ê S ?

N Ã O C A B E .P R O V A R T O D O S O S S A B O R E S D E S O R V E T E D O M U N D O ?

I N F E L I Z M E N T E , N Ã O C A B E .S A B E R T U D O S O B R E V I N H O S ?

N Ã O C A B E .

D E C O R A R O S 5 . 5 7 0 M U N I C Í P I O S B R A S I L E I R O S ?

N Ã O C A B E .

V I R A R U M M A G O D A B O L S A ?

N Ã O C A B E .C O N T A R O S B U R A C O S D A R U A , V E R T O D A S A S P E Ç A S E M C A R T A Z ,

E N T E N D E R C O M O O B I G D A T A P O D E S E R A P L I C A D O A O F U T E B O L ?

N Ã O C A B E .

E S Ó S O B R E V I N H O T I N T O ?

T A M B É M N Ã O .

D I S C U T I R A R E L A Ç Ã O ?

M E L H O R N Ã O .

B O T A R O A S S U N T O E M D I A C O M O S A M I G O S D O C O L É G I O ?

I H , E S Q U E C E .

C A B E . É S Ó L E R O M E T R O .

S A B E R T U D O Q U E I N T E R E S S A D E T O D O S O S A S S U N T O S ,

D E U M J E I T O R Á P I D O E M O D E R N O , S E M S A I R D O S E U C A M I N H O ?

O M A I O R J O R N A L D O M U N D O , C O M 3 7 E D I Ç Õ E S D I Á R I A S E G R A T U I T A S P A R A 1 6 M I L H Õ E S D E

L E I T O R E S E M 2 1 P A Í S E S . C O M 1 0 E D I Ç Õ E S E M A I S D E 4 0 0 M I L E X E M P L A R E S N O B R A S I L .

I N F O R M A Ç Ã O Q U E C A B E N O S E U D I A .

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br 10| {ALIMENTAÇÃO}

PLUS

+

PALESTRAS EIXO CULTURALComida é cultura e deve ser visita-da e estudada como tal. Ela trans-forma, expressa e representa tra-dições e costumes de um povo.

PALESTRAS EIXO BIOLÓGICODesde a semente que nos dá o fruto até os equipamentos que ajudam o ser humano a aprimo-rar sua relação com a natureza, tudo deve ser discutido e pode ser melhorado.

PALESTRAS EIXO SOCIALA maior rede social do mundo é o alimento, e sua capacidade de integrar e denotar relações não deve ser subestimada.

Ei, você!

Fique de olho

O evento FRU.TO,

no qual 30 especialistas

falaram sobre toda a

cadeia de produção de

alimentos, foi nos dias

26 e 27, mas as palestras

serão disponibilizadas

no site no decorrer

do ano, fique atento!

Mais em:

http://fru.to

www.instagram.com/fru.to/

www.facebook.com/seminariofruto/

twitter.com/@frutobr

A opção é sua! Certamente você já ouviu falar na maior parte dos termos que vai ler abaixo, mas é importante parar para pensar sobre como os alimentos são produzidos. Vale a pena avaliar para poder escolher o melhor

VOCÊ SABE O QUE ANDA COMENDO?

NAS PRATELEIRAS E GÔNDOLAS SÃO OFERECIDOS

INTEGRAL São grãos e cereais

que não passaram por processo de refinação.

Conservam mais fibras e nutrientes.

Ultimamente, o conceito integral também vem sendo aplicado para o

aproveitamento total do alimento.

ORGÂNICOS No cultivo não são usados aditivos químicos, como

agrotóxicos, fertilizantes ou antibióticos para aumentar a produção ou criação, tanto de frutas, verduras e hortaliças

quanto de gados, aves e ovos.

TRANSGÊNICOS Estes são alimentos (vegetais e

também animais) geneticamente modificados para ter uma

produção maior, mais rápida e eficiente. São os mais polêmicos também, porque testes apontam que podem ser danosos à saúde.

CULTIVADOS Alimentos que são

plantados e repostos pelo produtor. Aí entram as

plantações e a criação de animais para o consumo.

EXTRAÍDOS Essa prática não é considerada

ecológica nem sustentável, pois o que é retirado da natureza

não é reposto. Como no caso da extração de palmito em reservas ambientais, que é considerado

crime ambiental no país.

PESCADOS São os peixes, crustáceos, mariscos, polvos e lulas.

Esses alimentos são fonte de proteína e de outros nutrientes. E deveriam

ser mais consumidos no Brasil, que tem uma costa

bastante rica!

AVE As carnes de frango são

mais baratas que as bovinas e mais fáceis de

serem digeridas. Pato, peru e ganso fazem parte desse

grupo, mas são menos consumidos no dia a dia

do brasileiro.

CRIADOS Animais que são criados para serviços agrícolas ou para consumo. Aves, pescados, gado e suínos

são exemplos.

CAÇADOSPavão, avestruz, coelho, javali,

faisão e diversos outros animais. Em diversos países estrangeiros

a caça é permitida; no Brasil, é proibida por lei desde 1967. A exceção é a caça do javali,

permitida por aqui desde 2013.

GADOBasicamente o que chamamos de carne vermelha e miúdos,

que são vendidos nos açougues. É a proteína

mais consumida normalmente pelos

brasileiros.

SUÍNOÉ a chamada

popularmente de carne de porco. Sabia que é a mais consumida

no mundo? E é rica em fósforo, ferro e vitaminas.

CARNE EXÓTICAÉ bem menos consumida,

afinal, não é usual comermos jacaré, javali, perdiz, faisão... por exemplo.

Esses animais podem ser criados em cativeiro ou, fora do Brasil, caçados.

PROCESSAMENTO Alimentos que passam pelo

processamento industrial. Entram nesse grupo enlatados, biscoitos,

comidas prontas, papinhas de bebês, salgadinhos, margarina,

sorvetes industrializados, e muito do que encontramos nas prateleiras dos mercados.

ULTRAPROCESSAMENTO Envolve diversas etapas industriais,

técnicas de processamento e ingredientes (sal, açúcar, corantes,

conservantes, acidulantes) para preparar e conservar os alimentos. Estão nesse grupo, por exemplo,

carnes enlatadas e embutidos, como salsichas e mortadela.

CURA OU SALGA A cura é um tipo de cocção

(cozimento) pelo sal, que “seca” alimentos, como carnes e peixes,

conservando por mais tempo. Assim que são preparados o

bacon, a carne seca, o bacalhau, a linguiça, a copa e o salame, por

exemplo.

DEFUMAÇÃO É considerado um tipo

de cocção para conservar o alimento e ainda alterar

o seu sabor: esses alimentos são expostos à fumaça

da queima de alguns tipos de madeira e ervas.

PANCS As Plantas Alimentícias Não Convencionais são o grupo de plantas que usualmente não são consumidas como alimento – praticamente as tratamos como mato!

Mas muitas delas são muito gostosas e ricas em nutrientes.

A begônia e a vinagreira são exemplos.

ARTESANAL Os produtos artesanais são

produzidos em menor escala, com ingredientes menos

agressivos à saúde e preparados com mais tempo. Estes

alimentos não sofrem processos de industrialização.

TRANSGÊNICO + INTEGRAL

No Brasil, entre 2015 e 2016, 96,5% da soja e 88,4% do milho

plantados são transgênicos, ou seja, mesmo que você os

consuma na forma integral, as sementes são transgênicas.

DEFUMADO + ORGÂNICO

Qualquer alimento pode ser defumado, inclusive

os orgânicos. E o processo de defumação pode ser

também artesanal.

TRANSGÊNICO + ULTRAPROCESSADOS

Diversos alimentos industrializados derivados de milho, soja e leite são transgênicos. O amido e a glucose, derivados do milho,

estão presentes em pães, bolos e biscoitos. Por lei, alimentos

e ingredientes que contenham transgênicos acima de 1% devem

ser rotulados com a letra “T”.

PESCADO + CURADOO processo de salgar o peixe para sua conservação pode

ser realizado de maneira seca ou pela salmoura. O bacalhau

é um exemplo de peixe curado.

ARTESANAL + CURADO OU DEFUMADO

Tanto a cura quanto a defumação são processos de cocção

(cozimento) e podem sim ser aplicados de forma artesanal. Não se espante ao encontrar

bacon artesanal.

IN NATURA + PROCESSADO OU CURADO

Alimentos in natura não sofrem nenhuma alteração, ao contrário dos produtos

industrializados ou que passam por alguma técnica de conservação ou cocção,

como a cura e a defumação.

IN NATURA São extraídos diretamente

de plantas ou animais e não sofrem nenhum tipo de alteração nem processo de cocção ou industrialização, como as frutas na feira, por

exemplo.

E PODEM TER PASSADO PELOS PROCESSOS

MAS NÃO SE ENGANE

QUE PODEM SER

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {MECÂNICA} 11|

Não é raro ouvir de mulhe-res histórias sobre como mecânicos já tentaram co-brar mais caro por uma re-visão ou sobre frentistas de postos de gasolina que dis-seram que o carro tem um problema que não tem, só para vender algum produto. Infelizmente, muitos ain-da acreditam que mecânica não é assunto de mulher e se aproveitam daquelas que não entendem o tema.

É por isso que foi cria-da a Oficina Amiga da Mu-lher, uma certificação para centros automotivos. Desen-volvida por Bárbara Brier, consultora automotiva, a ini-ciativa tem como objetivo ga-rantir a transparência nos serviços e o atendimento de qualidade para o público fe-minino. O projeto é ligado ao movimento HeForShe (Eles por Elas), da ONU Mulheres, e tem como missão sensibili-zar um mercado majoritaria-mente masculino.

Além de emitir os selos, a Oficina Amiga da Mulher ca-pacita o público feminino por meio da produção e do com-partilhamento de conteúdo.

Brier, que também é téc-nica em mecânica e moto-rista, percebeu uma deman-da importante trabalhando no meio automobilístico: a transmissão de conheci-mento técnico para o pú-blico feminino. Depois de ministrar cursos com es-se propósito, foi apresenta-da a uma nova questão: as alunas e seguidoras preci-savam de indicações de ofi-cinas confiáveis em todo o Brasil. Foi aí que nasceu a ideia de criar a certificação Oficina Amiga da Mulher.

Segundo ela, o essencial é que as mulheres se sintam seguras. “Elas precisam de estabelecimentos que pas-sem tranquilidade. Ter ga-

Como funciona a certificação?As oficinas preenchem uma ficha de inscrição e, se apro-vadas, recebem uma consul-toria administrativa. Com o registro alinhado, come-ça a capacitação. São minis-trados cursos para estabele-cer o padrão de qualidade. Além disso, todos os pro-fissionais precisam assistir obrigatoriamente palestras da ONU Mulheres, fazer um teste e firmar o comprome-timento com o atendimento igualitário.

O processo para conse-guir a certificação Oficina Amiga da Mulher dura qua-se dois meses e foi desenvol-vido com o apoio de órgãos como o Sebrae (Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, a Fecomércio-MG (Fe-deração do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais) e o

É ‘COISA DE MULHER’, SIM!

Curso de capacitação

da Oficina Amiga da

Mulher, para mulheres

Oficina Amiga da

Mulher pede serviços

transparentes

FOTOS: DIVULGAÇÃO OFICINA AMIGA DA MULHER

rantia de que o serviço en-tregue tem valor”, diz.

Leila Vasconcelos, gestora de projetos do programa He-ForShe BH explica que o inte-resse pela certificação foi ime-diato. “A iniciativa rompe as possíveis barreiras que a mu-lher pode encontrar. Eu, pes-soalmente, tinha vergonha de levar o carro para uma me-cânica e não saber explicar o que estava errado. Agora me sinto confortável para opinar e negociar”, comenta. Ela ga-

rante que a ideia de oferecer conhecimento para as mulhe-res e ensinar os profissionais a respeitá-las é enriquecedora.

Em Belo Horizonte, cida-de origem do Oficina Ami-ga da Mulher, 10 oficinas se inscreveram. Outras, em São Paulo e Recife, também já deram início à contratação.

Oficina Amiga da Mulher. Movimento certifica serviço de oficinas mecânicas e promove capacitação de mulheres enquanto consumidoras do setor automotivo

Sindirepa-PE (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Es-tado de Pernambuco). Para criar um padrão nacional, mais de 150 critérios são avaliados com base em va-lores universais como trans-

parência, confiabilidade, li-derança e atendimento.

Depois da certificação vem a fiscalização. Durante os 12 meses em que o selo é válido, as usuárias podem reavaliar as oficinas e acres-centar sugestões.

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www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

A banda própria do guitarrista de Ozzy Osbour-ne, Zakk Wylde, apresenta o sucessor de “Catacombs of the Black Vatican” (2014) e “Order of the Black” (2010). São 12 novas faixas, como “Trampled Down Below”, “All That Once Shined” e “Room Of Nightmares”, para deleite dos fãs de metal que podem aproveitar a versatilidade da guitarra de Wylde.

Lançamentos

O terceiro disco de estúdio do artista exalta a alma black tão presente em seu trabalho. A ideia é fazer um compilado de faixas cheias de positivida-de, como a faixa-título, “Melhor Momento”, e “Samba Rock do Bem”, com participação de Simoninha. Além dele, cantam também Jesuton (“Sexual Healing”), Alexandre Pires (“Chérie”), Dexter (“Ô Vida”) e Thiagui-nho (“Prisma”), entre outros.

“MELHOR MOMENTO”

WALMIR BORGES

INDEPENDENTE DISPONÍVEL EM

STREAMING

“GRIMMEST HITS”BLACK LABEL

SOCIETY

ENTERTAINMENT ONE DISPONÍVEL EM

STREAMING

Agora sem o vocalista e compositor Guilherme Saldanha, o quarteto Garotas Suecas divide os vocais entre si e investe numa verve política ao misturar uma toada de rock e de soul para refletir sobre o nada favorável cenário atual. O título – e sua relação com o tempo que deveria ser, mas não foi – remete bem isso, como posto já na faixa-título, que pergunta: “Em que bad você tá?”.

“FUTURO DO PRETÉRITO”

GAROTAS SUECAS

FREAL DISPONÍVEL EM

STREAMING

A personalidade forte da ca-rioca Alice Caymmi está im-pregnada na música que ela faz desde o lançamento de seu primeiro álbum, em 2012. Querer associar o tra-balho dela ao do avô, Dori-val, ou de seu pai, Danilo, acaba sendo, portanto, um exercício sem propósito.

“Isso é subestimar mui-to o trabalho de um artis-ta. É como se o sucesso nun-ca fosse exatamente meu ou como se eu não tivesse di-reito a ele”, afirma ela.

“Alice”, que ela acaba de soltar no mundo, é mais um passo na evolução de uma trajetória impulsionada por um vozeirão com ares indo-

máveis e sem medo de riscos.Para criar as nove fai-

xas de seu terceiro disco, de-pois de “Rainha dos Raios” (2015), ela se associou à tam-bém cantora Barbara Ohana, que estreia aqui sua primeira produção para outro artista. O trabalho desembocou em uma obra de forte inclinação pop, oscilando entre leves ba-tidas eletrônicas e do R&B.

Para Alice, a nova aposta representou a chance de am-pliar seu público. “Sempre sentia que meu trabalho não tinha alcançado o que eu que-ria. Achei que sofreria muito ataque por apostar no pop, mas estou recebendo muito amor desse público. Nunca estive tão satisfeita com uma transição como agora.”

Esse novo direcionamen-to é acompanhado pelas par-ticipações de Ana Carolina, em “Inocente”, e de dois dos principais nomes da música em 2017: Rincon Sapiência, em “Inimigos”, e Pabllo Vit-tar, em “Eu Te Avisei”.

O potencial vocal da can-tora também chegou a no-

vos patamares. “Essa sacada da Barbara fez toda a dife-rença. Consegui mostrar es-se meu outro lado”, diz ela, que, em vez de clipes, conce-beu com a produtora o con-ceito de “music portraits”, já publicados no YouTube.

Os vídeos evocam retratos vivos e exalam a dramatici-dade das letras que, nas pala-vras de Alice, são construídas a partir de um ambiente de “romantismo futurista”. “Es-se disco é um reflexo da mi-nha cabeça e da minha ma-neira de viver”, conclui ela.

Lançamento. Cantora explora novas batidas para letras cheias de dramaticidade em seu terceiro disco de estúdio, com participações de Pabllo Vittar, Ana Carolina e Rincon Sapiência

Alice Caymmi leva seu vozeirão ao pop

“ALICE”ALICE CAYMMI

(DISPONÍVEL EM STREAMING)

Neta de Dorival Caymmi contou

com produção de Barbara Ohana

DARYAN DORNELLES/DIVULGAÇÃO

AMANDAQUEIRÓS METRO SÃO PAULO

“Achei que sofreria ataques por apostar no pop, mas estou recebendo muito amor.”

ALICE CAYMMI, CANTORA E COMPOSITORA

Com seis prêmios, Bruno Mars é destaque no GrammyO pop dançante com toa-da R&B de Bruno Mars foi o grande premiado na 60ª edi-ção do Grammy, considera-do o Oscar da música. O astro levou seis troféus na cerimô-nia realizada na noite do úl-timo domingo, nas catego-rias Álbum do Ano, Gravação do Ano, Música do Ano, Per-formance R&B, Álbum R&B e Canção R&B.

Na sequência veio Ken-drick Lamar, com cinco prê-mios para o álbum “Damn”, confirmando a atual popula-ridade do rap nos EUA. Ape-

sar de ter sido recordista de indicações, em 8 categorias, Jay-Z saiu da festa de mãos vazias.

Assim como ocorrido no Globo de Ouro, a premiação foi marcada por protestos. Ar-tistas prenderam rosas bran-cas em suas roupas em sinal de apoio à igualdade de gêne-ro e contra o assédio sexual.

Houve ainda espaço pa-ra declarações contra o pre-sidente Donald Trump. A cantora Camila Cabello, que tem pais cubanos, fez um discurso de apoio aos

imigrantes do país. Em sua apresentação do U2, Bono saudou os “países de mer-da”, numa crítica a um dis-curso recente do líder ame-ricano. O ápice foi uma esquete na qual artistas e a ex-candidata democrata Hil-lary Clinton leram trechos do livro “Fire and Fury”, so-bre os bastidores do primei-ro ano de Trump na Casa Branca.

A noite teve shows de ar-tistas como Lady Gaga, Kesha e Alessia Cara, premiada co-mo revelação do ano. METRO

Entre os prêmios, Mars venceu o da categoria Álbum do Ano | GETTY IMAGES

2CULTURA

Michael Haneke

Do cinema

à televisãoVencedor do Oscar e da

Palma de Ouro, o diretor

e roteirista austríaco

Michael Haneke assinou

contrato para conduzir

sua primeira série

dramática, “Kelvin’s

Book”. Falada em inglês, a

produção terá dez partes

e será ambientada em

um mundo distópico no

qual um grupo de jovens

é forçado a confrontar a

realidade de seu país.

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

Nove anos após a publica-ção de “Órfãos do Eldorado”, o amazonense Milton Ha-toum retorna aos romances na trilogia “A Noite da Espe-ra”, que acompanha o cresci-mento do jovem Martim em Brasília após a separação dos pais e em meio ao despontar da ditadura militar no país. O primeiro volume, “O Lu-gar Mais Sombrio”, já está nas livrarias. Em entrevista ao Metro Jornal, o autor do best-seller “Dois Irmãos” fa-la sobre a obra.

O processo de feitura desse livro tomou alguns anos....Sim! O projeto inicial do li-vro data do início dos anos 1980. Mas é assim, todos os livros passam por um perío-do de incubação. Eu comecei a escrever em 2008 e o proje-to era de um livro diferente, mas que foi crescendo e che-gou a esse formato atual. É agora um romance de forma-ção intelectual, moral. Brasí-lia fez parte da minha forma-ção e forma os personagens. Brasília é a protagonista.

O senhor viveu em Brasília no período em que a cidade é retratada no seu livro. Há um tom autobiográfico do senhor em Martim?

DIVULGAÇÃO

“A NOITE DA ESPERA: O LUGAR MAIS SOMBRIO”

MILTON HATOUMCIA. DAS LETRAS

240 PÁGS. R$ 40

Não. O Martim é um po-bre diabo, um submisso em relação ao pai e à bru-talidade dele. O persona-gem não tem nada de auto-biográfico. Eu, na verdade, me identifico mais com o Nortista e com a Ângela no meu livro. Mas o Martim não podia ser um militan-

te, seria muito óbvio. Ele é uma figura solitária, que tenta sobreviver no mundo.

O livro fala do surgimen-to da ditadura e esse te-ma tem voltado ao deba-te hoje. O senhor vê um paralelo da obra com a atualidade?

Quando eu escrevi este li-vro, o Brasil era outro. A ficção, porém, é visioná-ria, muitas vezes à reve-lia do autor. O Brasil é au-toritário em suas bases e há uma parte da população que apoia isso, inclusive os militares voltaram a falar de ditadura, mas eu acredi-

to que eles são uma mino-ria. Essa onda, porém, tem que ser encarada com mui-ta preocupação.

Há perspectiva para o lançamento do próximo volume?Eu nunca tive muita pressa, e meus leitores são pacien-

tes. Já está tudo escrito, só falta reescrever (risos). Os próximos lançamentos se-rão em breve, porém. O se-gundo sai ainda em 2018 e o terceiro em 2019.

MILTON HATOUM

Escritor amazonense aposta em trilogia para narrar formação de jovem abalado pela separação

dos pais em meio à ascensão da ditadura militar na capital federal

‘BRASÍLIA É A PROTAGONISTA’

Planeta em TransformaçãoNova exposição temporária do Museu do Amanhã, “Ameaçados – Planeta em Transformação”, que está em cartaz, convida o público a uma reflexão sobre os efeitos nocivos da ação do homem no planeta. Captadas pelo fotógrafo brasileiro Érico Hiller, as 30 imagens que compõem a mostra apresentam os efeitos das mudanças climáticas nas Maldivas, o drama dos rinocerontes na África e na Ásia, as modificações sofridas pelo Ártico, percorrendo o Monte Kilimanjaro (foto), na Tanzânia, entre outros. No Museu do Amanhã (Praça Mauá 1, Centro. Tel.: 3812-1800). Ter. a dom., das 10h às 18h. R$ 20. Livre. Até 22/4. |ÉRICO HILLER/DIVULGAÇÃO

Banda carioca nascida na Tijuca, em 1985, Picassos Falsos foi pioneira em mis-turar rock, soul, funk e samba, coisa que só seria feita na cena musical brasi-leira nos anos 90. A banda fez sucesso com canções co-mo “Carne e Osso” e “Qua-drinhos”. A formação atual conta com Luiz Henrique Romanholi (baixo), Hum-berto Effe (voz) e Gustavo Corsi (guitarra).

“Nem Tudo Pode Se Ver” é o mais recente álbum da banda e vem com a mistu-ra característica do grupo. Com produção de Jr. Tolstoi, que toca guitarra e baixo em algumas faixas, a grava-ção foi independente e fei-ta ao longo de 2016. O disco reúne dez faixas – nove iné-ditas e a regravação de “Pa-vão Mysteriozo”, clássico de Ednardo, de 1974. Algumas músicas, como, “Nunca Fui a Paris”, “Vou a Vila” e “Misturando”, já es-tavam prontas. “Enigma” e “Nem Tudo Pode se Ver” fo-ram compostas ao longo do ano de produção. O bate-rista Abílio Rodrigues saiu da banda, amigavelmente, após o fim das gravações.

A música que dá nome ao disco foi inspirada na vigilân-cia e no julgamento precoce das redes sociais. O baixis-ta Luiz Henrique Romanho-li faz uma comparação com

o documentário “Janela da Alma” (2001), de Walter Car-valho: “Mostra como o jeito que se olha para as coisas le-va a interpretações e signifi-cados diferentes.”

Baixista e jornalista, Ro-manholi entrou na banda em 1988, antes do lança-mento do segundo CD, “Su-percarioca”. Ele conside-ra que tiveram certo “azar de timing”. O grupo entrou em um hiato em 1990, mes-ma época em que outras bandas com proposta mu-sical semelhante começa-ram a fazer sucesso. E, 16 anos depois, Picassos Falsos voltou com o álbum “Novo Mundo” (2004), que sofreu com as mudanças na indús-tria musical.

Segundo Romanholi, vender música hoje em dia é muito diferente do que nos anos 80. “Antes, o mer-cado era homogeneizado pelas gravadoras e casas de show. Era mais simples. As vitrines eram o rádio, as tri-lhas sonoras de novela. Ho-je em dia, com a internet, é mais democrático, mas também mais difícil; a vi-trine passou a ser imensa”, avalia. METRO RIO

Romanholi, Humberto Effe e Gustavo Corsi | DIVULGAÇÃO

“NEM TUDO PODE SE VER”

PICASSOS FALSOSINDEPENDENTE

Picassos Falsos confirma seu lugar no rock nacional

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Ônibus engarrafados No ponto de ônibus em frente ao Bo-tafogo Praia Shopping param 27 li-nhas de ônibus diferentes. Às vezes, pa-ram três ônibus da mesma linha e os demais quase sempre passam por fo-ra, principalmente da linha 107 - Urca/Central, ou param em fila dupla preju-dicando o trânsito. Para dificultar mais ainda, os fiscais dessas linhas, em nú-mero de três, em vez de fazerem a ano-tação de controle e liberar os ônibus, fi-cam batendo papo com os motoristas.ANTÔNIO PÁDUA - RIO DE JANEIRO, RJ

Descaso com moradoresA Light não está cumprindo com a par-te dela de manter manutenção regular e atender seus clientes que pagam em dia e caro. Moro em Irajá, no Bairro Araú-jo, e os postes de rua estão entrando em curto. Um perto da minha casa pegou fo-go e chegou a incendiar três relógios de moradores. Nós chamamos a Light, eles vêm e trocam o fusível, religam a luz e vão embora. O transformador é que pre-cisa ser trocado! Já tive prejuízo com ge-ladeira e meu nobreak estragou por cau-sa dos picos de luz. Pagamos muito caro pelo serviço e não o recebemos. SÔNIA MARIA - RIO DE JANEIRO, RJ

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O envolvimento com assuntos familiares tende a ser mais intenso, especialmente para esclarecer

antigos assuntos.

Muitas vezes palavras simples, ditas com calma e tranquilidade, esclarecem confusões. Tal postura

será essencial nas diversas relações.

Cuide para que suas ambições não atrapalhem relacionamentos com pessoas que te dão atenção.

Período para refletir sobre diferenças.  

A Lua em seu signo faz com que esteja mais propenso a agir de forma emocional diante das

situações em sua rotina.

Atente-se para não agir de forma intolerante com alguns rituais e costumes preservados por pessoas

de sua convivência.

Com a Lua em Câncer, seu signo oposto, há tendências para definir assuntos que

envolvam parcerias. Decisões marcarão a vida afetiva.

Período importante para mais estratégia em assuntos profissionais. Também para

ponderação e menos risco com finanças.  

Tendências a tratar assuntos essenciais que antes estava desatento. A parte física, da

saúde e temas do lar são os mais propensos.

Aproveite para se divertir e aproveitar ocasiões que amenizem desgastes. Retomar

momentos de lazer em família fará muito bem.

Envolver-se de forma mais intensa com alguma causa especial amenizará desgastes e trará uma

boa sensação de dever cumprido.

Tendências a mais envolvimento com assuntos que visam resultado a longo prazo. Propensões a

novas responsabilidades profissionais.   

Valorize mais o exercício de sua fé pessoal, com ou sem religião. Os temas espirituais

costumam ter grande impacto e fazer bem a você.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

no

PERTO DAS CRIANÇAS, NÃO!O poder Legislativo continua num movimento para afastar das crianças a nociva fumaça dos cigarros. De-pois de ser aprovada medida que proíbe exibição de maços em lugares onde também são colocados balas, chocolates e brinquedos – como os caixas de supermer-cados e padarias –, agora o Senado Federal estuda apro-var mais uma medida restritiva ao fumo e ao incentivo do fumo. O Projeto de Lei do Senado prevê multa para quem consumir cigarros no interior de veículos na pre-sença de crianças e adolescentes.

O objetivo da proposta, de autoria senador Humber-to Costa (PT-PE), ao proibir a prática, é evitar que meno-res de 18 anos sejam fumantes passivos e, portanto, su-jeitos aos efeitos nocivos do cigarro. O texto ainda está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cida-dania (CCJ). Mas o projeto já recebeu voto favorável da relatora, senadora Marta Suplicy (MDB-SP).

MULTA PARA O INFRATORA proposta estabelece multa de R$ 85,13 para quem des-cumprir a proibição. Segundo Humberto Costa, quem é fumante “assume conscientemente os riscos de seu ato, mas o mesmo não pode ser dito dos fumantes passivos”. O parlamentar argumenta, em sua justificativa, que o projeto protege crianças e adolescentes considerando, principalmente, os efeitos no longo prazo de quem ina-la a fumaça de terceiros. Ele informa que a medida já foi implantada em países como Inglaterra, Austrália, África do Sul, além de em quatro Estados norte-americanos e em treze províncias do Canadá.

PROTEÇÃO TAMBÉM PARA ADULTOSSegundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ta-bagismo passivo é a terceira maior causa de morte evi-tável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ati-vo e para o consumo excessivo de álcool. No Brasil, os adultos fumantes correspondem a 10,2% da população. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquéri-to Telefônico) de 2016.

A canguruonline.com.br é uma plataforma de conteúdo sobre primeira infância e prestação de serviços para pais e educadores. A coluna Canguru no Metro

é publicada todas as terças-feiras, sempre neste espaço.

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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3ESPORTE

O futebol brasileiro é o mais vencedor do planeta. As jo-gadas dos craques por aqui sempre despertaram as aten-ções dos torcedores. Tradu-zir essa magia exige talento, para que a beleza dos lances nos gramados não se perca nos parágrafos frios dos jor-nais. Tal dom não faltava a Sandro Moreyra.

Neste mês, o jornalista completaria cem anos. Sua trajetória voltou à tona com o lançamento do livro “San-dro Moreyra – Um Autor à Procura de um Personagem” (editora Gryphus, R$ 49,90, 292 págs.), de Paulo Cézar Guimarães.

“O cronista, hoje, é muito desvalorizado na imprensa. E não era assim. Ele foi con-temporâneo de grandes no-mes, como Antônio Maria, Rubem Braga e Otto Lara Re-sende”, lembra o autor.

Naquela época, as edi-

Bom humor. Nascimento do jornalista Sandro Moreyra completa cem anos. Livro lembra a trajetória de um dos maiores contadores de histórias da imprensa esportiva nacional e reconstrói um momento inesquecível do futebol brasileiro

Jornalista com a filha. Ele morreu em 1987 | FOTOS: REPRODUÇÃO/LIVRO ‘SANDRO MOREYRA’

Centenas de lances

“SANDRO MOREYRA”

PAULO CÉZAR GUIMARÃESGRYPHUS.,

R$ 49,90

“O que Sandro Moreyra deixou de legado foi o humor, a descontração. E, acima de tudo, a capacidade de transformar o cotidiano em notícia. ”

PAULO CÉZAR GUIMARÃES, ESCRITOR

torias de esportes concen-travam personagens que se confundiam com as pró-prias notícias, como o escri-tor Nelson Rodrigues e o mi-litante político e técnico de futebol João Saldanha.

“Sandro Moreyra dizia: ‘sou comunista até a página 20’. De fato, havia ligações com o Partidão. Mas ele era muito bem-humorado. Uma das razões para a briga com Saldanha teria sido o seu ‘co-munismo light’”, conta Pau-lo Cézar.

Fanático pelo Botafogo, o protagonista da obra de não--ficção conviveu com alguns dos maiores ídolos da histó-ria do clube, como Garrin-cha e Nílton Santos.

O biografado também cir-culava com naturalidade pe-los círculos de artistas no sé-culo passado. Essa relação com a cultura vinha de casa: seu pai, Álvaro Moreyra, foi

escritor e sua mãe, Eugênia, era muito ligada ao teatro.

“Sandro lia muito e era fã de Eça de Queiroz. Contraria-va aquele estereótipo de jor-nalista esportivo que não se interessa por outras áreas [de conhecimento]”, explica. O jornalista morreu em 1987, em decorrência de problemas no sistema digestivo.

Novo livro em apuraçãoPaulo Cézar Guimarães se debruça sobre a história de outro cronista esportivo que marcou época. O autor garante que a biografia de Armando Nogueira está em fase de apuração e deve ser lançada até o ano que vem.

O jornalista também era alvinegro e teve o prazer de conviver com esse time de craques na imprensa. A meta do autor é entrevistar mais de 200 pessoas na nova empreitada. METRO RIO

Sandro em time de futebol de areia com os jornalistas Sérgio Porto e João Saldanha

O elenco comandado pe-lo técnico Zé Ricardo já trei-nou em Santiago, no Chile. Os jogadores viajaram para a capital chilena ainda no do-mingo. As atividades aconte-ceram no CT (Centro de Trei-namento) da Universidad de Chile, na noite de ontem.

“Muito positiva a nossa chegada ao Chile alguns dias antes do jogo. Estamos nos adaptando o máximo possível ao clima e à cidade”, come-morou o lateral-direito Yago Pikachu, que fará seu primei-ro jogo internacional na parti-da de amanhã, às 21h45.

Os cruz-maltinos en-frentarão o Universidad Concepción (CHI), no es-tádio de Concepción. Se-rá a estreia do time cario-ca na Libertadores. O jogo de volta ocorre no dia 7, no mesmo horário, em São Ja-nuário. Se passar pelo ad-versário chileno, o Vasco enfrenta Oriente Petrole-ro (BOL) ou Jorge Wilster-mann (BOL). METRO RIO

Vasco. Time comandado por Zé Ricardo chega ao Chile

Julio Cesar retorna ao FlamengoO goleiro Julio Cesar, de 38 anos, rodou o mundo: foi campeão da Liga dos Cam-peõ3es pela Inter de Mi-lão (ITA), defendeu a meta da Seleção Brasileira como titular em duas Copas do Mundo e passou por outros clubes no exterior, como Chievo (ITA), Queens Park Rangers (ING), Toronto FC (CAN), e Benfica (POR). Mas o jogador convivia com a sensação de que ainda havia algo para fazer no futebol.

Agora não falta mais na-da. Julio Cesar foi anuncia-do ontem, no Ninho do Uru-bu, na zona oeste do Rio, como o novo reforço do ti-me do Flamengo. O atle-ta foi revelado pelo clube e a passagem durará ape-nas três meses. Para firmar o contrato, o goleiro aceitou receber um salário simbóli-co, bem abaixo da média pa-ga pelos clubes de ponta.

“Vi com bons olhos o retor-no, juntamente com amigos, familiares e outros rubro-ne-gros, que diziam que eu não podia encerrar a carreira an-tes de fechar essa última pá-gina”, comentou o veterano.

Entre passado e presenteNessa última temporada no clube, Julio vai se deparar com o também experiente zaguei-ro Juan no elenco. Ambos pas-saram pelas categorias de ba-se rubro-negras e ascenderam ao time profissional, aproxi-madamente, na mesma épo-ca. “Encerrar minha carreira ao seu lado será brilhante”, afirmou na apresentação.

O jogador fez questão de lembrar o passado de dificul-dades na estrutura do clube. Até um ar-condicionado para a sala de fisioterapia foi com-prado com o dinheiro do bol-so do goleiro. “Peguei o recibo e dei para o supervisor para reembolso. Denir, o massagis-ta, foi cobrar e a nota simples-mente tinha sumido”, conta.

“Rubro-negro de cora-ção, sempre honrou o man-to sagrado. Vem para encer-rar sua carreira. Eu gostaria de dizer que o Julio vai usar a [camisa] 12”, explicou o pre-sidente Eduardo Bandeira de Mello. A numeração, que ha-via sido aposentada em ho-menagem aos torcedores, se-rá recuperada especialmente para o craque. METRO RIO

Goleiro foi apresentado por Bandeira de Mello, ontem | GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

284partidas o reforço do elenco da

Gávea realizou com o uniforme do

Fla. Contrato firmado com o clube

é válido por três meses.

“Vou me comportar como profissional e sonho em encerrar a carreira com um título. Acima de tudo e de todos, vem o Flamengo.”

JULIO CESAR, GOLEIRO RUBRO-NEGRO

Novos rumos

“Essa é minha vida agora. Minha grande

prioridade pelos próximos anos. Não

é apenas agarrar e amassar, não é

publicidade.”

RONDA ROUSEY, LUTADORA QUE

DECRETOU SUA MIGRAÇÃO DO UFC

PARA A WWE. ESTA É A MAIOR LIGA DE

TELECATCH DO MUNDO

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2018

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Priscila Pedrita estreia no principal evento de MMA do mundo, na categoria peso-mosca.

Ela promete levar toda a sua dedicação, necessária para vencer as drogas, ao octógono

| FOTOS: BUDA MENDES: GETTY IMAGES

FRANCO COMBATE

Carioca tem 1,70m de altura e leva vantagem sobre a rival, com 1,65m

Schevchenko é natural do Quirguistão

| MATTHEW STOCKMAN/GETTY IMAGES

Nas últimas semanas, a luta-dora se dedicou ao momen-to mais complexo de treinos. Além de ter que se enquadrar no peso estipulado para a ca-tegoria peso-mosca, é preciso chegar à melhor forma física antes do combate.

“É a parte mais dolorosa, porque eu preciso perder uns ‘quilinhos’”, brinca. De acor-do com Priscila, essa fase le-va menos em consideração o comportamento da adversá-ria do que os pontos que ela própria pode aprimorar.

Dificuldade para reinserçãoTrajetórias de superação co-mo a da representante brasi-leira no UFC desse fim de se-

mana só não são mais raras por conta da iniciativa so-litária de alguns setores da sociedade.

“O Brasil ainda é muito po-bre nos investimentos para o combate às drogas. Algumas pessoas são ajudadas por igre-jas. Outras, conseguem al-gum auxílio no esporte. Mas são casos isolados, infeliz-mente”, lamenta. METRO RIO

Reta final exige sacrifícios: ‘É a parte mais dolorosa’

56,7 kgé o peso que precisa ser alcançado para lutar na categoria peso-mosca. Por isso, a última fase de treinos requer grande esforço.

“Não quero ser uma pessoa deslumbrada. Quero ser só quem eu sou. O UFC é uma realidade diferente, mas não quero que a ficha caia. Será apenas mais uma luta.”

PRISCILA ‘PEDRITA’ CACHOEIRA, LUTADORA DE MMA

MMA. Após luta contra o vício em crack, a carioca Priscila Pedrita encara Valentina Schevchenko, do Quirguistão, no UFC Belém, no sábado

Q uando entrar no octó-gono para enfrentar Va-

lentina Schevchenko (QUI), no sábado, no UFC (Ultima-te Fighting Championship) em Belém, Priscila “Pedrita” Cachoeira, de 29 anos, con-viverá com a estranha sensa-ção de dever cumprido. Não por acreditar que terá pela frente tarefa tranquila – pelo contrário, a lutadora garan-te que quer “manter os pés no chão” –, mas por ter em mente que o maior desafio ficou para trás.

“Renasci através da luta, eu me reencontrei. Minha maior vitória foi essa”, afir-ma Pedrita, ao se referir ao passado. Filha de um pai que viveu o drama das dro-gas, a atleta se viu convi-vendo com os mesmos pro-blemas. O vício em crack quase impôs o fim do so-nho de brilhar no esporte.

“Eu queria arranjar um caminho para sair das dro-gas. Tentei muitas coisas. Fiz curso, tentei ser cabe-

leireira... Mas nada me ti-rava daquele mundo”, lembra Priscila. Para ela, parecia não haver mais al-ternativas no horizonte.

Moradora de Bangu, na zona oeste do Rio, Pedrita percebeu um dia que não conseguia mais sair de uma espécie de cracolândia da região. A mãe da jovem pe-diu para que um pastor ten-tasse tirá-la do local. E deu certo. A lutadora de MMA

(Artes Marciais Mistas) se reaproximou das ativida-des físicas e, aos poucos, a rotina foi retomada.

“O posicionamento da família é muito importante para a pessoa sair das dro-gas. Com o carinho, nun-ca nos sentimos sozinhos”, conta Priscila. Portanto, o resultado do fim de sema-na será apenas mais um episódio de uma inegável superação. METRO RIO

Lyoto Machida se sente em casa no ParáEmbora tenha nascido na Ba-hia, Lyoto Machida enfrenta-rá o filipino Ery Anders em um cenário muito familiar. O Dragão, apelido pelo qual fi-cou conhecido no MMA, foi morar na capital do Pará ain-da quando criança.

Esta será a luta principal da noite. Em sua última par-ticipação no UFC, em outubro do ano passado, Machida foi derrotado pelo norte-america-no Derek Brunson, ainda no primeiro round.

Machida já foi o deten-tor do cinturão da categoria meio-pesado. Com 39 anos, o baiano pretende afastar os ru-mores de aposentadoria e re-tomar o caminho das glórias.

O rival nessa oportunida-de já chegou causando estra-gos para os brasileiros. Logo em sua primeira aparição na franquia, Anders aplicou um nocaute sobre Rafael Natal.

Polyana Viana, Pedro Mu-nhoz, Michel Prazeres, Mar-celo Golm, Thiago Santos, Sergio Moraes, Alan Patrick, Douglas Silva de Andrade, Iuri Alcântara e Deivison Fi-gueiredo são os outros repre-sentantes nacionais na noite de lutas. METRO RIO

Lutadora do Rio de Janeiro mantém a rotina simples,

apesar da chegada ao UFC: ‘Preciso manter os pés no chão’