MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE … LÍZIE EMANUELLE EULALIO BRASILEIRO ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVRESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME DA FRAGILIDADE E
DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS
LÍZIE EMANUELLE EULALIO BRASILEIRO
NATAL/ RN
2017
ii
LÍZIE EMANUELLE EULALIO BRASILEIRO
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME DA FRAGILIDADE E
DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como requisito para a obtenção do título de
mestre em ciências da saúde
Orientador: Profa. Dra. Iris do Céu Clara Costa
NATAL/ RN
2017
iii
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVRESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde:
Prof. Dr. Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito
Natal/RN
2017
iv
LÍZIE EMANUELLE EULALIO BRASILEIRO
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME DA FRAGILIDADE E
DEPRESSÃO EM IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS
Aprovada em __/__/2017
Banca examinadora:
Presidente da banca:
Profa. Dra. Iris do Céu Clara Costa-UFRN
Membros da banca:
Prof. Dr. Bernardino Fernandez Calvo-UFPB
Membro Externo
Prof. Dr. Ivanor Velloso Meira de Lima-UFRN
Membro interno
v
Dedico todo o meu esforço e
conquista à minha mãe, grande
incentivadora, fonte de inspiração e
que sempre me deu suporte para
desenvolver esta pesquisa...
Aos idosos que participaram da
pesquisa e aos demais, que vivem
neste mundo desigual e pouco
compreensivo para suas
demandas.
vi
AGRADECIMENTOS
Primeiramente aos deuses, por me propiciarem força e luz para perseguir
minhas metas.
À minha mãe, fonte de inspiração pela força e amor à pesquisa, sempre me
incentivando quando dou sinais de fraqueza.
Ao meu pai, pelos ensinamentos de determinação e por acreditar nas minhas
potencialidades.
Aos meus irmãos, que sempre contribuíram, mesmo que de maneira indireta
na minha pesquisa.
À minha avó que sempre tem o desejo genuíno que eu conquiste meus
objetivos, sua fé em forma de palavras e orações.
Ao meu avô e tios, tias, primos, que confiam em mim.
Ao meu companheiro, Rafael, com seu apoio e paciência, por ser sempre tão
solícito e amoroso.
À professora Iris, por me receber como orientanda, por ser sempre
compreensiva, acolhedora e incentivadora, ajudou a abrir meus caminhos no campo
da pesquisa.
Aos docentes convidados, professor Bernardino e Ivanor, que com
disponibilidade e espírito colaborador aceitaram compor essa banca de defesa de
mestrado.
Aos meus amigos do mestrado, Ila e Silvana, que compartilharam comigo os
bons e maus momentos no PPGCSa.
Ao Grupo de estudos e pesquisas em envelhecimento e saúde (GEPES)
especialmente nas pessoas de Rômulo e Edivan. O agradecimento se estende a
todo o GEPES por contribuírem na aplicação dos instrumentos
vii
“Um fenômeno é sempre
biológico em suas raízes e social
em sua extensão final. Mas nós
não nos devemos esquecer,
também, de que, entre esses
dois, ele é mental”.
Jean Piaget
viii
RESUMO
A transição demográfica tem sido evidenciada no Brasil desde a década de 40, no
entanto, a partir da década de 70 este fenômeno vem crescendo muito e sendo mais
estudado e pesquisado. Em função das demandas socioculturais, políticas e
econômicas, a ciência busca entender os vários aspectos ligados ao
envelhecimento. Assim sendo, estudos que visam evidenciar fatores associados ou
correlacionados a um determinado agravo no idoso têm aumentado. A depressão
em idosos tem sido considerada uma temática relevante, por agregar nuances
filosóficas e bio-psicológicas, relacionadas desde o sofrimento da proximidade do
fim da vida até a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Sabe-se
que a depressão é uma doença com sintomatologia psíquica e física, oriunda de
alterações em neurotransmissores, bem como alterações inflamatórias. Ainda, está
relacionada à perda de autonomia e incapacidades, quedas e hospitalizações,
diminuindo a qualidade de vida. Além da depressão, a síndrome de fragilidade tem
sido cada vez mais estudada, inclusive por apresentar forte impacto nas vivências
de idosos. Objetivou-se estudar a associação entre os indicadores da fragilidade e
a depressão no idoso, avaliando a magnitude através das razões de prevalência
(RP). Trata-se de um estudo seccional, derivado de um estudo multicêntrico- Rede
FIBRA (Fragilidade em idosos brasileiros) - em um município no interior do nordeste
brasileiro. Foi utilizada uma amostra de idosos domiciliares com mais de 65 anos
de idade que pontuassem acima do ponto de corte em exame cognitivo. Utilizou-se
análise bivariada de Poisson, bem como análise multivariada. Observou-se que
características sociodemográficas como ser viúvo e não ser alfabetizado
apresentam associação significativa com os sintomas depressivos. Dentre os
indicadores de fragilidade, perda de peso, fadiga e falta de atividade física
apresentaram p inferior a 0,05. Portanto, foi verificada sobreposição entre os
sintomas depressivos e indicadores de fragilidade, o que suscita a conjectura acerca
da suficiência de apenas indicadores físicos serem utilizados para a constatação de
fragilidade, sem a inclusão de um indicador que avalie aspectos afetivos. Percebe-
se que muitos estudos ainda necessitam ser realizados, especialmente com
metodologia que permita inferência de causalidade.
ix
ABSTRACT
The demographic transition has been evidenced in Brazil since the 40's, however,
from the 70's this phenomenon has been growing and being more studied and
researched. Due to sociocultural, political and economic demands, science seeks to
understand the various aspects connected to aging. Thus, studies which aim to
evidence factors associated or correlated to a particular complaint in elderly have
increased. Depression in this population segment has been considered an important
theme by adding philosophical and bio-psychological nuances, relating from the
suffering of the proximity of the end of life to the high prevalence of chronic non-
communicable diseases. It is known that depression is a disease with psychic and
physical symptomatology, originated from changes in neurotransmitter, as well as
inflammatory changes. Moreover, it is related to the loss of autonomy and
incapacities, falls and hospitalizations, decreasing the quality of life. In addition to
depression, the fragility syndrome has been increasingly studied, including its strong
impact on the elderly. The objective herein was to study the association between the
indicators of frailty and depression in the elderly, evaluating the magnitude through
the prevalence ratios (PR). This is a cross-sectional study, derived from a multicenter
study - FIBRA Network (Fragility in Brazilian Elderly People) - in a municipality in the
northeast of Brazil. A sample of elderly individuals over 65 years old who scored
above the cutoff point on cognitive examination was used. Poisson bivariate analysis
was used as well as multivariate analysis. It was observed that socio-demographic
characteristics such as being widowed and not being literate have a significant
association with depressive symptoms. Among the indicators of fragility, weight loss,
fatigue and lack of physical activity presented p less than 0.05. Therefore, there was
overlap between depressive symptoms and indicators of frailty, which raises the
conjecture about the adequacy of only physical indicators being used for the
ascertainment of fragility, without the inclusion of an indicator that evaluates affective
aspects. It is noticed that many studies still need to be performed, especially with
methodology that allows inference of causality.
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
FIBRA- Fragilidade em Idosos Brasileiros
SDCS- sintomas depressivos clinicamente significativos
TCLE -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
MEEM- Mini Exame do Estado Mental
EDG- Escala de Depressão geriátrica
xi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 15
3. OBJETIVOS ................................................................................................... 17
3.1. Objetivo Geral ......................................................................................... 17
3.2. Objetivos específicos ............................................................................ 17
4. MÉTODOS ...................................................................................................... 18
4.1.Tipo de estudo e amostragem .................................................................. 18
4.2. Procedimentos de coleta de dados ......................................................... 18
4.3. Instrumentos de coleta de dados ............................................................ 20
4.4. Análise dos dados .................................................................................... 21
5. ARTIGOS PRODUZIDOS ............................................................................... 22
5.1. Artigo aceito
5.2. Artigos completos publicados em Anais
6. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES.................................................54
REFERÊNCIAS......................................................................................................56
ANEXOS ............................................................................................................... 59
ANEXO 1 ........................................................................................................... 60
ANEXO 2 ........................................................................................................... 61
ANEXO 3 ........................................................................................................... 64
ANEXO 4 ........................................................................................................... 66
ANEXO 5 ........................................................................................................... 75
ANEXO 6 ............................................................................................................ 76
12
1. INTRODUÇÃO
A partir da perspectiva biológica, o processo de envelhecimento ocorre ao
longo dos anos, no entanto, apenas nas últimas décadas as alterações decorrentes
desse processo têm sido mais compreendidas. Ainda, tem sido discutido o impacto
da nova conjuntura demográfica, em aspectos previdenciários ou do próprio
envelhecimento saudável. A perspectiva de idosos cada vez mais longevos faz
emergir uma necessidade de entendimento no que concerne aos fatores
correlacionados ao envelhecimento e a qualidade de vida.
A expectativa de vida aumentou de maneira considerável, quando se
comparam os povos primitivos e a era moderna. Ademais, Interessante observar
que o processo de envelhecimento não ocorreu de maneira uniforme nos países.
No Brasil de hoje, os idosos vivenciaram o início da chamada transição demográfica.
Na década de 70, a população com mais de 65 anos atingia 3,1% e em 2000
aumentou para 5,5%1. Em 2010, a população com mais de 60 anos já estava em
torno de 10,8%, com perspectiva de atingir a 6ª colocação em contingência de
idosos no mundo2,3. As projeções em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), ainda mostram que o quantitativo de idoso com mais
de 60 anos em 2030, atingirá pouco mais do que 20%4. Neste sentido, o país tem
um curto período de tempo, cerca de 20 anos, para se adaptar a este crescimento
acelerado5.
Em meados do século XX, observou-se que a velhice e as doenças
apresentavam relação recíproca, de modo que a velhice predispõe ao surgimento
de doenças, assim como as doenças aceleram o processo de senilidade6. Assim
sendo, observa-se uma relação direta entre envelhecimento e o aumento no número
de doenças. Mais recentemente, através de estudos biológicos, observou-se que o
próprio envelhecimento traz consigo alterações imunológicas que predispõem ao
surgimento de doenças crônicas7.
Idosos geralmente são acometidos de um leque de condições clínicas. Entre
elas estão as doenças crônicas, como osteoporose, doenças neurodegenerativas,
13
aterosclerose, diabetes e sarcopenia7,8. O surgimento dessas doenças na velhice
está relacionado às respostas inflamatórias disfuncionais peculiares do
envelhecimento, e às cargas antigênicas, caracterizadas pelo acúmulo de
estressores ambientais9. Ainda, alterações na capacidade funcional, perdas
involuntárias de fezes e urina, e, fragilidade configuram entre os acometimentos
frequentes no idoso e vem sendo cada vez mais pesquisadas.
Maior atenção tem sido dada ao fato de que a pessoa idosa também pode
apresentar características clínicas compatíveis com a depressão, sem que estas
sejam consideradas naturais da velhice. Trata-se de uma doença com
sintomatologia somática e psíquica, cuja frequência tem aumentado, com
prevalência em idosos com mais de 70 anos de 5,1%10.
Um dos fatores que dificultam a avaliação da depressão em idosos é a maior
predisposição que essa população possui para apresentar alterações mórbidas
crônicas, as quais já influenciam sobremaneira no cotidiano. Neste sentido, pode
haver uma evolução das doenças clínicas em direção à depressão, bem como
ambas podem coexistir. O sofrimento causado por sintomas depressivos costuma
ser ‘normalizado’ aos olhos dos próximos e não recebe a devida atenção. Assim
sendo, associa-se com frequência o sofrimento mental às condições crônicas e não
à depressão.
A importância de se estudar a depressão no idoso repousa no impacto que a
doença provoca. Enquanto na vida adulta, provoca grande ônus na capacidade
laborativa, situando-se na 11ª posição no ranking de anos de vida ajustados por
incapacidade em 201011, no idoso pode se apresentar como fator de risco para
outras doenças crônicas, perturbação na capacidade da manutenção da
autonomia12, bem como maior perda cognitiva13.
Outra temática importante no âmbito do idoso é a síndrome da fragilidade. A
definição de fragilidade representa de forma literal a acepção da palavra. Define-se,
portanto, a fragilidade como vulnerabilidade física, atrelada a um processo
complexo associado às comorbidades, incapacidades e pior qualidade de vida.
Torna-se vulnerável o idoso cujas perdas de reservas avança, em geral, em
diversos sistemas fisiológicos14.
14
Observa-se que existe um continuum entre o envelhecimento dito ‘normal’ e
o surgimento da fragilidade. A teoria do estado inflamatório observado no processo
natural de envelhecimento, tal como a presença de alterações inflamatórias
observadas na depressão, consubstancia a hipótese de que seja possível uma
correlação entre essas variáveis. Ocorre aumento de citocinas, tais como
interleucinas e fator de necrose tumoral α, na fragilidade, bem como em doenças
crônicas como Doença de Alzheimer e Parkinson7.
A conceitualização da fragilidade, segundo Fried et al., como síndrome,
baseia-se em cinco indicadores físicos: perda de peso não intencional, fraqueza,
inatividade, lentidão e exaustão. Sabe-se que idosos menos vulneráveis são mais
longevos. Neste sentido, a vulnerabilidade no idoso tem sido tratada de forma
gradativa, num constructo que define o idoso ‘não-frágil’ quando não apresenta
nenhum dos indicadores acima mencionados, ‘pré-frágil’ quando apresenta 1 ou 2
indicadores, e, ‘frágil’ quando apresenta 3 ou mais indicadores de fragilidade15.
A fim de estudar a associação entre a síndrome da fragilidade e a depressão
no idoso, procurou-se revisar as evidências biológicas que validem as observações
epidemiológicas. Testou-se a hipótese de que os indicadores de fragilidade
apresentam associação com os sintomas depressivos no idoso. As variáveis
sóciodemográficas também foram testadas, tendo em vista as alterações que
algumas características costumam apresentar em associação com a depressão,
especialmente quanto ao estilo de vida do idoso que vive em um país em
desenvolvimento.
15
2. JUSTIFICATIVA
O conhecimento do processo do envelhecimento, tal como encadeamento
sucessivo e irreversível de alterações biológicas, tem sido construído de maneira
mais intensa nas últimas décadas. É possível que isto se deva a maior necessidade
de compreensão do fenômeno social, decorrente da mudança demográfica mundial.
Pensar e estudar a essência do envelhecer requer uma compreensão biológica,
social, econômica e psicológica, e, por isso, tem sido um tema que requer maior
atenção científica
Por conseguinte, o estudo do idoso no âmbito da saúde mental é uma parte
necessária para a compreensão da dinâmica entre o bem-estar e os acometimentos
não transmissíveis característicos da pessoa idosa. Sabe-se que a depressão no
idoso é a principal causa de sofrimento emocional16, influenciando de maneira
negativa na qualidade de vida.
O constructo da depressão pode ser avaliado de maneira dimensional,
verificada por escalas e que demonstram sintomas clinicamente significativos.
Neste sentido, alguns estudos não utilizam o diagnóstico de depressão
propriamente dito, porém, existe a presença de sintomas depressivos clinicamente
significativos (SDCS). Estudos longitudinais ratificam que mesmo que os resultados
de pesquisas demonstrem SDCS, a percepção destes apresenta importância de
modo que influencia na cronicidade e nas recorrências de episódios depressivos17.
Alguns estudos têm demonstrado uma sobreposição entre a depressão com
alguns indicadores na síndrome da fragilidade18,19, bem como se fala em uma
bidirecionalidade entre esses dois constructos20. Outrossim, esta sobreposição
apresenta associação com maior gravidade de sintomas depressivos19. Ainda, foi
observado que a depressão e a fragilidade no idoso apresentam correlação com
quedas, hospitalizações, incapacidades e mortes12,15. Por meio de dados coletados
pelo Cardiovascular Health Study (CHS), observou-se que sintomas depressivos
aumentam conforme o idoso apresente mais indicadores de fragilidade15.
Portanto, entende-se que estudar idosos que vivem na comunidade,
especificamente quanto à relação de associação que pode ser estabelecida entre
depressão e fragilidade, possa acrescentar no campo do conhecimento, de modo a
16
alertar a comunidade científica e clínica da função de detectar esses agravos, tendo
em vista às repercussões negativas.
17
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral
Estudar a síndrome da fragilidade e sua associação com sintomas depressivos
no idoso que vive em domicílio.
3.2. Objetivos específicos
Identificar a frequência de sintomas depressivos dentro de uma análise de
caracteres sociodemográficos
Verificar se os indicadores da síndrome da fragilidade apresentam associação
com sintomas depressivos
Avaliar se o constructo da fragilidade pode ser contemplado por acréscimo de
um indicador afetivo
18
4. MÉTODOS
4.1. Tipo de estudo e amostragem
Trata-se de uma pesquisa seccional, parte de um estudo multicêntrico
conduzido pela Rede FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros), entre os anos de
2008 e 2009. Esse estudo consiste em uma pesquisa realizada com idosos de 65
anos ou mais, residentes em sete municípios brasileiros, distribuídos em regiões
diferentes do país, os quais foram gerenciados pelo pólo da cidade de Campinas-
SP (Unicamp). Os dados desse artigo dizem respeito a uma das cidades deste pólo,
Campina Grande, localizada no estado da Paraíba, no interior do nordeste
brasileiro, sendo realizada amostragem por conglomerados21.
Para a pesquisa maior da Rede Fibra foi estimado uma amostra de 385 idosos.
Em função de ter sido necessário selecionar aqueles idosos que não apresentaram
sugestão de déficit cognitivo para responder a escala de Depressão Geriátrica, o
cálculo para a presente pesquisa foi feito de forma retrospectiva, adotando a
prevalência de depressão encontrada nesta pesquisa, ou seja 15%. A fórmula
utilizada foi a mesma do Fibra (n= {z2 [p q / (d)2]}22), com o z representando o
intervalo de confiança de 95%, o p a prevalência de depressão, o q representando
o 85% (q = 1 - p) e o d o erro tolerável de 5%. O cálculo indicou uma amostra
mínima de 196 idosos e a coleta atingiu uma amostra de 254 idosos.
4.2. Procedimentos de coleta de dados
O recrutamento e a coleta de dados ocorreram em ondas sucessivas, ou seja, em
momentos diferentes. A primeira etapa foi composta por uma sensibilização, através
das mídias acerca da natureza da pesquisa e seus objetivos, bem como
representantes das comunidades e agentes de saúde foram envolvidos na
divulgação após terem sido informados dos aspectos éticos da pesquisa. A segunda
etapa, foi dividida em duas partes: A primeira transcorreu por meio de visitas
domiciliares realizadas por duplas compostas por estudantes da área de saúde,
previamente capacitados segundo manual de recrutamento da pesquisa. As duplas
19
tinham como objetivo atingir 20 idosos para cada setor censitário. Neste primeiro
contato, os objetivos da pesquisa foram explicados e uma conversa inicial foi
estabelecida, seguindo-se de anotações de identificação de cada participante e
possíveis contatos, registrados em fichas padronizadas. Nesta ocasião foram
observados os critérios de elegibilidade, os quais foram baseados nos estudos de
Fried et al.15 e Ferrucci et al.23.
A segunda parte consistiu na coleta de dados propriamente dita, realizada
em local acessível para os idosos, como escolas, unidades básicas de saúde,
centros esportivos. Inicialmente, foi explicado o objetivo da pesquisa e os termos
éticos, incluindo o caráter voluntário e a possibilidade de deixar de participar a
qualquer momento, bem como o direito ao sigilo e à ausência de riscos à saúde. Os
idosos eram convidados a assinarem o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), o qual teve sua aprovação sob o parecer nº2008/2007 da
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.
Após anuência do TCLE, os idosos eram recebidos por um supervisor
designado previamente, o qual o direcionava a um dos 5 blocos para início da
aplicação dos instrumentos, tais como dados sociodemográficos, rastreamento
cognitivo e indicadores de fragilidade. Terminado a coleta em um bloco, o idoso era
encaminhado a outro bloco, até que completasse os 5 blocos. Findada esta etapa,
o idoso era avaliado quanto ao ponto de corte do MEEM (Mini Exame do Estado
Mental)24,25 e levado a prosseguir a coleta de dados com aplicação da EDG (Escala
de Depressão Geriátrica)26.
Idosos com idade a partir de 65 anos de ambos os sexos e que residissem
de forma permanente no domicílio foram incluídos neste estudo. Os idosos
excluídos do estudo foram aqueles que apresentaram déficit cognitivo rastreados
pelo MEEM, utilizando a versão adaptada no Brasil25; os que se encontraram
provisória ou definitivamente acamados; portadores de sequelas incapacitantes
decorrentes de Acidente Vascular Encefálico (perda na força ou afasia); prejuízos
na fala, motricidade ou afetividade decorrentes de Doença de Parkinson severa;
Déficit visual ou auditivo graves; como também estarem em estágio terminal.
20
4.3. Instrumentos de coleta de dados
Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos:
4.3.1. Questionário sociodemográfico, contendo informações de idade categorizada
em grupos, gênero, escolaridade, ocupação, arranjo de moradia e renda mensal;
4.3.2. Escalas validadas (MEEM e EDG);
MEEM. Tem o propósito de avaliar o estado cognitivo de maneira global, e
de forma prática, é utilizado para aplicação em estudos epidemiológicos em
idosos. Consegue envolver avaliação da orientação, memória, atenção,
nomeação, resposta a comandos, escrita espontânea e praxia construtiva24.
As notas de corte utilizadas para exclusão pelo Mini exame do estado mental
foram baseadas em replicação do teste em português25.
EDG. Utilizou-se o instrumento para levantamento de transtorno depressivo
recomendado pela Organização Mundial de Saúde/CID-10. A EDG – forma
reduzida, é composta por 15 itens que investigam o humor e os sentimentos
do sujeito nas últimas 2 semanas. Um total de pontos maior do que 5 é
sugestivo de depressão, e este ponto de corte corresponde a sensibilidade e
especificidade, respectivamente de 80,5% e 78,3%26, quando comparado ao
CID (Código Internacional de Doenças), e, 84,8% e 67,7% para o DSM-IV27
(Manual Diagnóstico e Estatístico 4ª versão).
4.3.6. Indicadores de fragilidade dispostos em 5 itens13:
Perda de peso não intencional: ≥ 4,5 kg ou a 5% do peso corporal no ano
anterior, ajustados por sexo e IMC (Índice de Massa Corporal);
Fadiga avaliada por autorrelato evocado por duas questões de uma escala
para rastreio de depressão28, sendo considerada manifestação de fadiga a
afirmação que em três dias ou mais da semana o idoso sentiu que precisou
fazer muito esforço para dar conta das tarefas;
Baixa força de preensão medida com dinamômetro hidráulico portátil (ver
marca) na mão dominante, ajustada por sexo e por IMC29;
21
Baixo nível de dispêndio de energia medido em quilocalorias e ajustado ao
sexo, avaliado a partir de autorrelato de exercícios físicos e trabalhos
domésticos desempenhados nos últimos sete dias30;
Baixa velocidade da marcha indicada pelo tempo médio gasto para percorrer
três vezes a distância de 4,6 metros, com ajustes segundo sexo e altura31.
Para os três últimos critérios, pontuam para fragilidade os indivíduos que
obtém resultados localizados entre os 20% mais baixos da amostra.
4.4. Análise dos dados
Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)
versão 21. Inicialmente, foram realizadas regressões bivariadas de Poisson entre a
variável dependente depressão (variável resposta) e as variáveis independentes (o
perfil demográfico e os cinco indicadores da Síndrome da fragilidade em idosos). As
associações que exibiram probabilidade menor ou igual a 15% (p ≤ 0,15) de não
excluir a hipótese nula, foram tidos em conta em um modelo multivariado de
regressão de Poisson. Para a permanência das variáveis no modelo multivariado,
adotou-se o método Backward. Nas regressões foram utilizados o estimador robusto
na matriz de covariância para obter erros padrões mais potentes. A magnitude dos
efeitos dos testes foi interpretada como razão de prevalência (RP), com intervalos
de confiança de 95%. Permaneceram no modelo multivariado as variáveis com
significância menor ou igual a 0,05 (α = 0,05).
22
5. ARTIGOS PRODUZIDOS
5.1. Artigo aceito – Periódico: Health (http://www.scirp.org/journal/health)
ISSN Online: 1949-5005
ISSN Print: 1949-4998
http://dx.doi.org/10.4236/***.2016.*****
O periódico tem fator de impacto 0,62 e Qualis BII na área da Medicina II
ASSOCIATION BETWEEN FRAILTY SYNDROME AND DEPRESSIVE
SYMPTOMS IN COMMUNITY ELDERLY
Lízie Emanuelle Eulalio Brasileiro1, Rômulo Lustosa Pimenteira de Melo2; Maria do
Carmo Eulalio2; Anita Liberalesso Neri3; Fábia Barbosa de Andrade4; Iris do Céu Clara
Costa5
1. Graduate Program in Health Sciences, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, Brazil
2. Department of Psychology, State University of Paraíba, Campina Grande, Brazil
3. School of Medical Sciences, State University of Campinas, São Paulo, Brazil
4. Department of Nursing, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, Brazil
5. Department of Dentistry, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, Brazil
Abstract:
Background: Although geriatric depression and frailty syndrome have been most researched
in recent decades, the relationship between each other remains little known. In general,
professionals and family tend to overlook depression when it affects the elderly person. In
this sense, even though the affective sphere does not compose the frailty syndrome
phenotype, attention should be given to the possibility of depressive symptoms, either as
cause or effect.
23
Aims: To verify the associations between depressive symptoms and the indicators of frailty
syndrome in the elderly people and sociodemographic characteristics.
Methods: This study stems from a larger, multicenter study, titled FIBRA Network (Frailty
in Brazilian elderly), held in cities from different regions of Brazil. It was used a sample of
community elderly aged over 65 years in the Northeast of Brazil from sample calculation.
Analyzes were performed by using Poisson Regression and multivariate analysis.
Participants were 254 elderly people after application of cognitive test.
Results: It was noted that being widowed and illiterate were sociodemographic variables with
statistically significant association, as well as weight loss, fatigue and lack of physical
activity among the frailty characteristics.
Conclusion: We concluded that the frailty syndrome indicators are associated with depressive
symptoms, which raises the need for more attention from health care providers regarding the
possible simultaneity of these clinical conditions, since both have a negative effect on quality
of life.
Keywords: Depressive symptoms; frail elderly; Aging
Introduction:
The study of the elderly health has several peculiarities, and even with the increase of
research in the last decade, it remains little known in terms of scientific knowledge. There is
a complex relationship between geriatric depression and frailty, because of the uniqueness
they bring with them and the interrelationships they shelter. Therefore, it is essential to
deepen the knowledge about the relationship of these two conditions.
Depression has been recognized as an important agent of emotional distress in the
elderly, which leads to loss of quality of life (Blazer, 2003). In addition, it can manifest
differently from that found in other periods of life. Physical symptoms of other diseases may
mask its diagnosis, such as complaints of pain or fatigue. It is observed predominance of lack
of pleasure, psychomotor retardation, fatigue and sleep disorders (Buchtemann et al., 2012;
Ellison et al., 2012), in contrast to the classically recognized symptom of sadness in
adulthood. Those most common clinical features in the elderly person evidence a greater
need for understanding the singularity of depression in the elderly population.
24
In this regard, researchers noted that the elderly person has characteristics that stem
from a physical vulnerability, a process of lower capacity of physiological adaptation (Lipsitz
et al., 1992) caused by biological changes such as, for example, according to theories of
immunoscenescence (De Martinis et al., 2005).
One of the theories regarding the frailty is related to a continuum, whose beginning
originates from maladaptive changes of aging itself. It occurs a disintegrating of multiple
physiological systems, more vulnerability to stressors (Fedarko, 2011) due to the loss of
homeostasis, which results in major disabilities and death (Fried et al., 2004; Rodriguez-
Manas et al., 2013). By affecting multiple systems, it is considered as a syndrome and has
the following operational characteristics: Unintentional weight loss, weakness, inactivity,
slowness and exhaustion as indicators (Fried et al., 2001). The finding of three or more of
these characteristics determines a frail elderly, while the presence of one or two of these
indicators features a pre-frail elderly.
Considering the similar physical changes observed in depression and in frailty
syndrome, some authors have studied the construct of this combination in elderly populations
(Mezuk et al., 2013). Still, knowledge on this relationship remains below what is necessary
for a more complete understanding.
According to Fried (Fried et al., 2001), through data collected by the Cardiovascular
Health Study (CHS), it was observed that depressive symptoms increase proportionally to
the number of characteristics of the frailty syndrome, that is, frail elderly have more
depressive symptoms. In addition, the combination of these two conditions is associated with
a greater severity of depressive symptoms (Collard et al., 2014).
Frailty is often associated with comorbidities and disabilities. In fact, there has been
confusion between these definitions (Fried et al., 2004). It is observed that some studies
investigating the frailty syndrome seek correlations with chronic diseases that traditionally
affect the elderly and encompass depression within this category (Chang et al., 2010; Fried
et al., 2004). Nevertheless, knowledge from the relationship between depression and frailty
is still scarce.
In this context, biological aspects such as changes at the immunological and
neuroendocrine level can be found in both clinical conditions analyzed here (Chang et al.,
2012; De Martinis et al., 2005; Fedarko, 2011; Walston et al., 2006). These biological
25
changes manifest through clinical features and have been researched more vigorously
recently. This biological perspective is also a subject of discussion in this article.
The importance of studying depression and frailty in the elderly people is based on
the premise that these conditions negatively affect and influence the quality of life of the
elderly person and are correlated with falls, hospitalizations, disabilities and deaths (Fried et
al., 2001; Lenze et al., 2005).
In this sense, the hypothesis is that frailty is associated with depressive symptoms in
the elderly not only because it encompasses mental aspects of vulnerability, but also because
it is an inflammatory disease. This study aimed to verify the associations between depressive
symptoms and the indicators of frailty syndrome in the elderly people and sociodemographic
characteristics, as well as to evaluate the prevalence ratio.
MATERIAL AND METHOD
This cross-sectional study is a branch of a larger, multicenter study conducted by the FIBRA
Network. Sampling was carried out by clusters in the city of Campina Grande - PB (IBGE,
2003). For a greater survey of Fibra Network, it was estimated a necessary sample of 385
elderly participants. Due to the need to select those elderly individuals who did not present
cognitive deficit to answer the Geriatric Depression scale, the calculation for the present
study was made retrospectively, by adopting the prevalence of depression found in this study,
that is, 15%. The formula used was the same as Fibra (n= {z2 [p q / (d)2]} (Silva, 2001)),
with z representing a 95% confidence interval, p the prevalence of depression, q representing
85% (q = 1 - p) and d the tolerable error of 5%. The calculation indicated a minimum sample
of 196 elderly people and the collection reached a sample of 254 seniors.
Data collection procedures
The recruitment and data collection were performed in more than one moment, in successive
waves. The first stage consisted of spreading through the media about the nature of the
research and its objectives. Community representatives and health workers were also
involved in the propagation after being informed of the ethical aspects of the research. The
second stage was divided into two parts: the first one was carried out by means of home visits
26
conducted by pairs of health students, previously trained according to the research
recruitment manual. The pairs had the aim of reaching 20 elderly people for each census
sector. In this first contact, the research objectives were explained and an initial conversation
was established, followed by annotations of name, age, gender, address and telephone
contact, recorded in standardized records. On this occasion, the eligibility criteria, which
were based on the studies of Fried et al. (Fried et al., 2001) and Ferrucci et al.(Ferrucci et al.,
2004), were observed.
The second part consisted in collecting data, which was held in an accessible place
for the elderly, such as schools, basic health units, sports centers. Initially, the objective of
the research and the ethical terms, including the voluntary nature and the possibility of quit
participating at any time, as well as the right to confidentiality and the absence of health risks,
were explained. The elderly were invited to sign the Informed Consent Form (ICF), which
was approved under the opinion No. 2008/2007 of the Faculty of Medical Sciences of
Unicamp.
After signing the ICF, the elderly were received by a previously appointed supervisor,
who directed them to one of the 5 blocks for beginning the application of the instruments,
such as sociodemographic data, cognitive tracing and frailty indicators. After collection in
one block, the seniors were sent to another block, until they completed the 5 blocks. At the
end of this stage, the elderly were evaluated for the cut-off point of the MMSE (Mini-Mental
State Examination) and the data collection proceeded with other instruments such as GDS
(Geriatric Depression Scale).
Elderly people aged 65 and older of both genders who were permanently living at
home were included in this study. The elderly excluded from the study were those who
presented cognitive deficits tracked by the MMSE (Folstein et al., 1975), by using the adapted
version in Brazil (Brucki et al., 2003); those who were temporarily or permanently bedridden;
carriers of disabling sequelae due to stroke (loss of strength or aphasia); those with
impairments in speech, motility, or affectivity resulting from severe Parkinson's disease;
those with severe visual or auditory deficits; and also those in terminal stage. An article was
published giving more information and details of methodological procedures (Neri et al.,
2013).
Techniques and instruments for measuring variables
27
Two groups of independent variables (sociodemographic variables and frailty
syndrome) were considered, as well as the measurement of depressive symptoms (dependent
variable).
Picture 1. Description of the demographic variables of the study in the city of Campina
Grande - PB.
Typology Description
Gender Male or femle
Age 65-69; 70-74; 75-79 and older than or equal to 80 years.
Marital status Married; Single; Divorced/separated and Widower.
Literate
(Yes or No) – It was asked if the elderly person had
attended school and was able to write and perform
mathematical calculations. The Mini-Mental State
Examination could check whether they could write a
simple sentence and perform sum calculations.
Lives with spouse Yes or No
Lives alone Yes or No
Retired and/or pensioner Yes or No
Personal income 0 to 1.0 M.W*.; 1.1 to 3.0 M.W.; > 3.1 M.W
Family income
*M.W. Minimum Wage.
The frailty phenotype was measured by using the CHS criteria and the Women's
Health and Aging Studies, consisting of five operational indicators (Fried et al., 2001): 1)
unintentional weight loss from self-report: ≥ 4.5 kg or 5 % of body weight in the previous
year, adjusted by gender and Body Mass Index (BMI); 2) fatigue evaluated by self-report
evoked by two questions of a depression screening scale (Batistoni et al., 2007), and it is
considered a manifestation of fatigue the statement that in three days or more of the week the
senior felt that they had to make much effort to do the tasks; 3) low grip strength measured
with a portable hydraulic dynamometer (Jamar type, Model J00105, brand Lafayette
Instruments Inc.) in the dominant hand, adjusted by gender and BMI (Rauen et al., 2008); 4)
28
low level of energy expenditure measured in kilocalories and adjusted by gender, evaluated
from self-report of physical exercises and domestic work performed in the last seven days
(Ainsworth et al., 2000); 5) slow speed of the gait indicated by the average time spent to
travel three times the distance of 4.6 meters in a straight line, timed in three attempts, with
adjustments according to gender and height (Nakano, 2007). For the last three criteria, they
score for fragility the individuals who obtain results located between the lowest 20% of the
sample.
For the survey of depressive symptoms, the instrument recommended by the World
Health Organization/ICD-10 (International Code of Diseases) was used. The reduced form
of the GDS, with 15 items, investigates the mood and feelings of the elderly person in the
last 2 weeks. A total of points greater than 5 is suggestive of depression, and this cut-off point
corresponds to sensitivity and specificity, respectively 80.5% and 78.3% (Almeida et al.,
1999), when compared to the ICD, And, 84.8% and 67.7% for the DSM-IV (Diagnostic and
Statistical Manual - 4th version).
Data analysis
The data were analyzed in the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 21.
Initially, bivariate Poisson regressions were performed between the depression variable
(response variable) with the demographic profile and the five indicators of Frailty Syndrome
in the elderly. Associations that showed a probability less than or equal to 15% (p ≤ 0.15) of
not excluding the null hypothesis were taken into account in a multivariate Poisson regression
model. For the permanence of the variables in the multivariate model, the Backward method
was adopted. In the regressions, the robust estimator was used in the covariance matrix to
obtain more robust standard errors. The magnitude of the effects of the tests was interpreted
as a prevalence ratio (PR), with 95% confidence intervals. Variables with a significance less
than or equal to 0.05 remained in the multivariate model (α = 0.05).
Results
A total of 254 seniors were selected after applying the MMSE. Depressive symptoms were
present in 23.62% (95% CI, 0.19-0.29) of the elderly, among whom it was verified that
gender, age, marital status, literacy and living with spouse presented a significance lower
29
than 0.15 (p <0.15) and these were the demographic variables considered for the multivariate
model.
Table 1. Association between depressive symptoms and demographic profile (bivariate
model) in the city of Campina Grande-PB.
Depression Sig.*
PRa
brute
95% CI
With Without Lowest Highest
Gender
Male ref.b 72 (86.7%) 11 (13.3%)
Female 122 (71.3%) 49 (28.7%) 0.01 2.16 1.18 3.93
Age (years)
65-69 ref. 78(82.1%) 17(19.9%)
70-74 60(77.9%) 17(22.1%) 0.49 1.23 0.67 2.25
75-79 28(66.7%) 14(33.3%) 0.11 1.67 0.88 3.17
> 80 28(70%) 12(30%) 0.11 1.67 0.88 3.17
Marital status
Married/partner ref. 102 (82.3%) 22 (17.7%)
Single 19 (86.4%) 3 (13.6%) 0.64 0.76 0.25 2.35
Divorced/separated 17 (77.3%) 5 (22.7%) 0.57 1.28 0.54 3.02
Widower 56 (65.1%) 30 (34.9%) <0.01 1.96 1.22 3.16
Literate
Yes ref. 140 (80.5%) 34 (19.5%)
No 54 (67.5%) 26 (32.5%) 0.02 1.66 1.07 2.57
Lives alone
No ref. 174 (76.7%) 53 (23.3%)
Yes 20 (74.1%) 7 (25.9%) 0.76 1.11 0.56 2.19
Lives with spouse
Yes ref. 105 (82.7%) 22 (17.3%)
No 89 (70.1%) 38 (29.9%) 0.02 1.73 1.09 2.74
Retired or pensioner
Yes ref. 15 (83.3%) 3 (16.7%)
No 173 (75.2%) 57 (24.8%) 0.46 1.49 0.52 4.28
Personal income
0.0-1.0 M.W. ref. 111 (78.2%) 31 (21.8%)
30
1.1-3.0 M.W. 57 (73.1%) 21 (26.9%) 0.39 1.23 0.76 2.00
> 3.1 M.W. 20 (74.1%) 7 (25.9%) 0.63 1.18 0.58 2.4
Family income
0.0 to 1.0 M.W. ref. 34 (72.3%) 13 (27.7%)
1.1 to 3.0 M.W. 95 (74.8%) 32 (25.2%) 0.74 0.91 0.52 1.58
> 3.1 M.W. 52 (77.6%) 15 (22.4%) 0.52 0.81 0.43 1.54
M.W. = Minimum Wage; CI= Confidence Interval; ∗sign. If ≤ 0.05; a PR= Prevalence Ratio; b level of reference
It was observed that 47.8% of the elderly with depressive symptoms had 3 or more
indicators of frailty, being therefore characterized as frail elderly with depressive symptoms,
while 89.9% of the non-frail elderly did not present depressive symptoms. However, there
was no statistical significance when analyzing if there was an association between general
frailty and depressive symptoms. Nevertheless, there was an association between depressive
symptoms and some indicators of frailty in the elderly of the sample (Table 2). It is verified
that, except for the grip strength, all variables indicative of frailty presented statistical
significance with depression and were considered in the multivariate model.
Table 2. Association between depressive symptoms and frailty syndrome in elderly people
(bivariate model) in the city of Campina Grande - PB.
Frailty in:
Depression
Sig.*
PRa
brute
95% CI
With Without Lowest Highest
Weight loss
No ref.b 156 (80.4%) 38 (19.6%)
Yes 29 (64.4%) 16 (35.6%) 0.02 1.81 1.12 2.95
Fatigue
No ref. 153 (84.5%) 28 (15.5%)
Yes 39 (55.7%) 31 (44.3%) <0.01 2.86 1.86 4.40
Grip Strenght
No ref. 164 (78.1%) 46 (21.9%)
Yes 28 (68.3%) 13 (31.7%) 0.16 1.45 0.86 2.43
Physical activity
No ref. 169 (79.0%) 45 (21.0%)
Yes 23 (60.5%) 15 (39.5%) 0.01 1.88 1.17 3.01
31
Gait
No ref. 164 (79.2%) 43 (20.8%)
Yes 27 (61.4%) 17(38.6%) 0.01 1.86 1.18 2.94
Classified Frailty
Non-frail 98 (89.9%) 11(10.1%)
Pre-frail 82 (68.3%) 38 (31.7%) 0.18 1.56 0.81 3.01
Frail 12 (52.2%) 11 (47.8%) 0.39 1.58 0.56 4.46
CI= Confidence Interval; ∗sign. If ≤ 0.05; a PR= Prevalence Ratio; b level of reference
Table 3 shows the multivariate model of the association between geriatric depression
with demographic variables and the frailty syndrome in the elderly. Widowed elderly had a
higher prevalence (PR = 1.91, p = 0.01) of depressive symptoms, as well as the illiterate (PR
= 1.61, p = 0.04). Among the five indicators of frailty, three remained in the model,
highlighting Weight Loss; Fatigue and Physical Activity as indicators that presented a higher
prevalence of depression, when compared to the non-frail elderly.
of depression, when compared to the non-frail elderly.
Table 3. Multivariate model of association between depressive symptoms with demographic
variables and frailty syndrome in elderly people in the city of Campina Grande -PB.
Sig.*
Adjusted
PRa
95% CI
Lowest Highest
Marital status
Married/partner ref.b
Single 0.81 0.88 0.30 2.54
Divorced/separated 0.35 1.59 0.60 4.24
Widower 0.01 1.91 1.17 3.12
Literate
Yes ref.
No 0.04 1.61 1.03 2.50
Weight loss
Non-frail ref.
Frail 0.02 1.77 1.10 2.82
Fatigue
32
Non-frail ref.
Frail <0.01 2.44 1.54 3.86
Physical activity
Non-frail ref.
Frail 0.05 1.64 1.01 2.68
CI= Confidence Interval; ∗sign. If ≤ 0.05; a PR= Prevalence Ratio; b level of reference
Note- The variables with the highest statistical significance, in the multivariate model, had
primacy in the extraction. Here follows the order of exit of these variables: 1st Gait; 2nd
Living with spouse; 3rd Age; 4th Gender.
Discussion
This study was guided by the hypothesis that frailty is associated with depressive symptoms.
From the observed results, we found that the sociodemographic attributes such as female
gender, being over 75 years of age, being widowed, illiterate and not married had a significant
association with depressive symptoms, as well as coherent values of prevalence ratio. These
results are in agreement with data from the literature (Buchtemann et al., 2012; Ellison et al.,
2012).
In the bivariate evaluation, in which the statistical association and the prevalence
ratios between depressive symptoms and each operational variable of frailty were tested, it
was observed that weight loss, fatigue, physical inactivity and slowed gait were more
prevalent in the elderly with depressive symptoms.
In search of understanding about this association, some biological theories have
shown similar changes in depression and frailty syndrome. According to the inflammatory
theory of depression, it is believed that there is an increase in inflammatory cytokines (Maes,
2011), and that these act as neuromodulators. The cytokine activity at the hypothalamic-
pituitary-adrenal (HHA) axis level triggers hyperactivity and consequent impairment in the
feedback mechanisms of the neuroendocrine systems (Schiepers et al., 2005). This
foundation has been consolidating depression, going beyond the field of subjectivity .
In addition, it is assumed that the aging process itself, taken as 'normal', may be related
to inflammatory processes (Fedarko, 2011), determinants of progressive vulnerability and
association with diseases. Thus, the frailty would be a stage of progression of these
33
inflammatory mechanisms (Zengarini et al., 2015) towards disabilities and worse quality of
life.
In this direction, the association of frailty with elevated levels of IL-6 (interleukin)
has been proven (De Martinis et al., 2006). In going through the pathophysiology aspects to
the clinical presentation, it is observed that inflammatory processes may result from changes
in apoptosis mechanisms and these may be associated with sarcopenia and weakness
(Fedarko, 2011).
Regarding the association between depression and the four operational variables of
frailty, even though this association is not understood in a global way, there are some
convergent symptoms or characteristics. The physical symptomatology of depression
includes somatic symptoms (Blazer, 2003; Buchtemann et al., 2012; Ellison et al., 2012) and
neurovegetative symptoms (Ellison et al., 2012), as well as the affective component
classically found in this psychiatric condition in adults. The frailty syndrome, as phenotype
described by Fried (Fried et al., 2001), is composed of physical characteristics that may be
combined with bodily symptoms of depression, such as weight loss, fatigue and psychomotor
changes.
Frailty, whose occurrence has been increasing, has great chances of association with
comorbidities and functional difficulties (Fried et al., 2001; Rizzoli et al., 2013), in addition
to repercussions on the quality of life of the elderly person (Fried et al., 2004). These
relationships described in the literature have indicated that frailty, together with the
repercussions in daily life, may trigger depressive symptoms in the old people. Moreover, it
is possible that the opposite is observed: depression itself, as an inflammatory disease of
catastrophic potential, may contribute negatively for the increase of vulnerability found in
the syndrome.
It is important to consider that this study does not intend and cannot attribute causality
between frailty syndrome and depressive symptoms in the elderly, since it is more likely that
there is reciprocity, so that one potentiates the effects in the other. In other words, the
limitations stemming from frailty may leave the elderly more isolated and dependent, leaving
them vulnerable to depression. Moreover, the depressed elderly tend to isolate themselves
and assume habits of life that will make them more prone to the development of frailty,
establishing a cycle in which one condition exerts an effect on the other. In any case, this
34
study aims to show how frailty may be associated with depressive symptoms in the elderly
population.
The prevalence of depressive symptoms found here, when seen beyond the field of
primary health care, reinforces the fact that other aspects, such as functional losses and
comorbidities, should be observed with focus in the health of the elderly. This is supported
by the possible sum of negative and cumulative effects found in the elderly with depressive
symptoms. In addition, it was observed in a cohort study that the late onset of depressive
symptoms is a risk factor for several causes of death (Diniz et al., 2014). A more rapid
progression to death was observed in fragile elderly with depressive symptoms (Brown et al.,
2014), which reinforces the importance of further studies aimed at this correlation.
The use of GDS in this study could be considered a limitation, since it does not
provide the diagnosis of depression; however, the proposal was to perform a screening. Still,
the other variables surveyed, not only in a self-reported way, occupy a large part of the time,
making it quite tiring for the elderly. As the research sought to study this age group,
researchers thought about the most adequate way to obtain the desired answers, always
remembering the ethical precepts. In this context, the scale has its choice justified in the
elderly population because it presents good sensitivity and specificity, aimed at investigating
more cognitive and affective symptoms. It is interesting to note that a scale that investigates
more somatic symptoms would decrease specificity, since the studied population usually
presents comorbidities whose clinical characteristics usually follow with those symptoms
(Ellison et al., 2012), which strengthens the assumption that GDS is a good option.
When observing the significant association between weight loss, fatigue, lack of physical
activity and delayed gait with depressive symptoms, we can conclude that these attributes
could be related to the depressive symptoms themselves, which affect volition and
psychomotricity. In this perspective, it was investigated whether the depressive symptoms
and the frailty syndrome would have similar constructs. It was observed that they have
distinct constructs, although with high intensity of overlapping (Mezuk et al., 2013).
Of the five variables of the syndrome, fatigue presented a higher prevalence ratio in
the bivariate and multivariate models. This result demonstrates that this subjective symptom
has high value in clinical and physical aspects in both conditions. Therefore, it is a symptom
35
that should be better evaluated in the practice of the health professional who investigates both
depressive symptoms and levels of frailty.
When observing the characteristics directly related to musculature in the elderly
person, they are immediately associated with sarcopenia, anorexia and weight loss. This can
be considered an important variable, with the possibility of being a consequence of anorexia,
observed in depression, as well as in frailty. Anorexia, characterized by loss of appetite and/or
reduced food intake, is not necessarily observed in the aging process and results from
functional, economic and psychological changes (Martone et al., 2013).
Weight loss remained in the model after multivariate analysis. In this sense, even
though it is not a data researched by the GDS, one of the diagnostic criteria for depression is
decreased appetite and/or weight loss (American Psychiatric Association, 2013). Thus, this
association makes the variable weight loss important, since it is a characteristic that
converges when one speaks of depression and frailty. In this perspective, the composition of
weight loss in the criteria for the frailty syndrome (Fried et al., 2001) is quite appropriate.
Thus, there are immunological changes, muscle loss, impairment of functionality that
contribute to becoming increasingly vulnerable, a characteristic of progression to frailty in
the elderly (Chapman et al., 2002).
Although sarcopenia does not directly fit in the frailty syndrome phenotype, it is a
term used to characterize the impairment of muscle condition and of strength. This
impairment at the musculoskeletal level can lead to impairment of gait velocity and palmar
grip strength (Fielding et al., 2011; Rizzoli et al., 2013), both of which are attributes that
make up the frailty syndrome phenotype investigated here. These relationships demonstrate
the intersection between sarcopenia and frailty, which is not explicitly observed in geriatric
depression.
The gait velocity was associated with depressive symptoms initially, but did not
remain in the model. This may have occurred because of the greater weight that the variables
that remained in the multivariate model have in the association. Future research could
confirm this hypothesis. When it is observed that gait did not remain in the model, it is
possible to consider that there is an association with other indicators of frailty prior to the
relationship with depression, such as the physical activity, which remained in the model.
Even so, in depression there may be psychomotor retardation observed through slowness and
36
diminished ability to think (American Psychiatric Association, 2013). In this sense, the
observation of the decrease in gait velocity in association with depressive symptoms could
be explained by the muscular changes caused by sarcopenia, and by the depression itself. In
this case, it was observed that some gait features had association with depressive symptoms
(Brandler et al., 2012).
Due to the screening of cognitive deficit used in the methodology, 254 elderly people
answered the depression scale. The exclusion criteria were necessary in order to allow the
evaluation and subsequent analysis of the five indicators of the frailty syndrome, although it
is possible that frail elderly individuals were excluded.
Although the number of elderly participants was higher than the number found by the
sample calculation, it was not enough to establish statistical significance between the group
designated as frail and the elderly with depressive symptoms. However, it is understood that
if more seniors had been selected to respond the GDS, it would be possible to observe
association, considering that the percentage of those who had general frailty was greater for
those who had depression. To confirm this explanation, it was observed in studies that elderly
people with depressive symptoms had a higher prevalence of frailty with statistical
significance when compared to the pre-frail and non-frail groups (Collard et al., 2014;
Nascimento et al., 2016). As a limitation of this study, there was the absence of data related
to the history of depression and antidepressant treatments performed previously or at the time
of the research.
The results of this study encourage further investigation about the pertinence of only
five indicators to be used for the survey of the frailty syndrome. Here, we do not question the
indicators used, but the overlap with depressive symptoms, pointed out in the literature and
found in this study. Therefore, we considered the hypothesis that an affective indicator could
be considered in the survey of frailty in the elderly people.
In this work, we have examined the association that frailty indicators have with the
depressive symptoms, emphasizing the biological aspects of both conditions as a
pathophysiological substrate. In this sense, the characterization of the support and health
network around the elderly, which includes psychiatric and psychological treatments, should
be the focus of future research in order to lead to a more global understanding, in which the
biological knowledge unites with the psychosocial knowledge.
37
Final considerations
Finally, it was verified that of the five frailty indicators, three remained in the model (weight
loss, fatigue and physical activity), showing the need and importance of studies that seek to
deepen the understanding of this relationship. Thus, the association found in this research
emphasizes the need for providing greater attention to the clinical characteristics of these two
constructs, with the aim of improving health care for the elderly, as well as more studies that
evaluate the possibility of including a frailty indicator to evaluate symptoms depressive.
Acknowledgments
The manuscript received financial support from the National Research Council—CNPq
(Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento)
Disclosure statement
The authors declare no conflict of interest.
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43
5.2. Artigos Completos Publicados em Anais
Anais CIEH (2015) – Vol. 2, N.1. ISSN 2318-0854..1
ISSN 2318-0
ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO, FATORES
SOCIODEMOGRAFICOS E AUTO RELATO DE DOENÇAS
Lízie Emanuelle Eulalio Brasileiro (1); Rômulo Lustosa Pimenteira de Melo (2);
Edivan Gonçalves da Silva Júnior (3); Anita Liberalesso Neri (4); Iris do Céu Clara
Costa (5)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E-mail: [email protected]; Universidade Federal
da Paraíba. E-mail: [email protected]; Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
[email protected]; Universidade Estadual de Campinas. E-mail:
[email protected]; Universidade Federal do Rio Grande do Norte. E-mail:
Resumo
Dentre as doenças mais incapacitantes, a depressão tem surgido com bastante frequência, o que a configura como um grave problema de saúde pública. Para que se possa entender este fenômeno, faz-se necessário melhor compreensão dos fatores envolvidos. A fim de compreendê-lo, objetiva-se buscar associação entre a depressão, fatores sócio demográficos e auto relato de doenças crônicas. Este trabalho fez parte do estudo da Rede FIBRA (Fragilidade em idosos brasileiros) conduzido em diversas cidades do Brasil. Trata-se de estudo transversal, quantitativo, com análise de frequência simples e teste inferencial de Pearson Qui-quadrado. Foi observada significância estatística no grupo das mulheres estudadas (p =0,07), idosos viúvos (p =0,02) e algumas doenças auto relatadas como doenças cardiovasculares e doenças reumatológicas. Conclui-se diante dos resultados obtidos, que houve associação entre idosos depressivos com algumas características sócio demográficas e doenças auto relatadas. Este tipo de relação é importante, de maneira tal, para que possa proporcionar base para políticas públicas em saúde direcionadas à população idosa. Palavras-Chave: Idosos; Depressão; autopercepção de doenças.
44
Abstract
Among the most disabling diseases, depression has arisen fairly frequently, which sets major public health problem. To be able to understand this phenomenon, it is necessary to better understand the involved factors. In order to understand it, the objective is to search for association between depression, sociodemographic factors and self-chronic diseases. This work was part of the study FIBRA’s network (Fragility in Brazilian elderly) conducted in several cities in Brazil. This work is a crossed-sectional, quantitative study with simple frequency analysis and inferential Pearson's Chi-square. Statistical significance was observed in the group of women studied (p = 0.07), widowed (p = 0.02) and some self-reported diseases such as cardiovascular disease and osteojoint disease. Thus, the results obtained lead us to conclude that there was association between depressive elderly with some sociodemographic characteristics and self-related diseases. This type of relationship is important, in such a way, so you can provide the basis for health policies targeting the elderly.
Keywords: Elderly, depression, self-assessment of diseases.
Introdução
Com o passar dos anos, a depressão tem sido cada vez mais estudada diante do
extenso prejuízo por ela causado, notadamente a incapacidade. Nos idosos,
embora o conhecimento sobre os transtornos depressivos esteja em ascensão,
permanece como desafio aumentar a detecção da doença, com objetivo de
melhorar a qualidade de vida dos portadores.
O fato de que a população mundial esteja envelhecendo está consolidado, o
que conduz de forma crescente a necessidade de estudarem-se os aspectos
associados à depressão no idoso. O estudo de Garcia-Pena1 detectou uma
prevalência de depressão, avaliada através da Escala de depressão Geriátrica
(GDS- Geriatric Depression Scale)2, na cidade do México de 21,7% entre os idosos
de mais de 60 anos1.
Acredita-se que a depressão no idoso apresente diferentes características
predominantes quando comparada à depressão no adulto mais jovem. Entende-se
45
que sintomas do tipo somáticos, cognitivos e perda de interesse predominem nesta
faixa etária estudada, em contrapartida aos sintomas afetivos mais comuns no
adulto3.
Outrossim, a diminuição na capacidade funcional, na execução de atividades
diárias3,4, tal como a presença de doenças crônicas, podem ser considerados
fatores de risco para o desenvolvimento de episódio depressivo, embora alguns
estudos não encontrem associações ou correlação4. A percepção da iminência da
morte pode estar associada com a alteração no bem-estar do idoso e consequente
presença de sintomas depressivos5.
Diante desse cenário, tem-se como objetivo descrever as associações entre
depressão, características sócio demográficas e auto relatos de doenças em idosos
não institucionalizados na cidade de Campina Grande-PB.
Métodos
Trata-se de estudo seccional, com abordagem quantitativa, o qual foi conduzido
pela Rede FIBRA entre os anos de 2008 e 2009. Os dados dizem respeito aqueles
colhidos no município de Campina Grande-PB, a qual configurou como uma das 7
cidades pesquisadas que compuseram o pólo da cidade de Campinas- SP
(UNICAMP).
O tamanho amostral necessário foi estimado respeitando-se o resultado do cálculo
de n= {z2 [p q / (d)2]}, de modo a se ter 50% de ocorrência de uma determinada
característica da população idosa6, permitindo erro de 5%. O resultado do cálculo
apontou 385 idosos como amostra mínima necessária. A amostra foi probabilística
por conglomerados, a partir dos setores censitários. Procedimentos
A partir de lista fornecida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística)7, foram sorteados os setores censitários, tal como os domicílios, onde
os idosos foram recrutados. A totalidade dos domicílios foi incluída até obtenção de
20 idosos em cada setor.
Inicialmente, os idosos foram convidados a participar do estudo, para coleta
das informações necessárias, em um local escolhido com base na acessibilidade
46
dos mesmos. Portanto, a coleta dos dados ocorreu em uma única sessão, com
tempo variável de duração, sendo em média de 45 minutos.
Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: ter idade igual ou superior
a 65 anos, compreender as instruções fornecidas, concordar em participar e ser
residente permanente no domicílio. Os critérios de exclusão utilizados, por meio de
observação, foram os seguintes: a) idosos com déficit cognitivo grave; b) os que
estivessem usando cadeira de rodas ou que se encontrassem provisória ou
definitivamente acamados ou com problemas de mobilidade; c) os portadores de
sequelas graves de Acidente Vascular Encefálico; d) os portadores de Doença de
Parkinson em estágio grave ou instável; e) os portadores de graves déficits de
audição ou de visão; e f) os que estivessem em estágio terminal.
O início da sessão de coleta de dados ocorreu após assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O questionário foi respondido pelos
idosos que atingiram a pontuação mínima estabelecida pelo instrumento de rastreio
cognitivo, já validado em outros idiomas além do português, o Mini-Exame do
Estado Mental (MEEM).
Instrumentos de coleta de dados
Para a coleta de dados foram utilizados questionários e escalas validadas: MEEM
e GDS. O questionário era de cunho sócio demográfico e questões de problemas
de saúde auto relatadas (“Algum médico já disse que o/a senhor/a tem as seguintes
doenças?”, sendo lido uma lista de 9 tópicos relacionados a doenças prevalentes
em idosos). Quanto as escalas:
MEEM tem o propósito de avaliar o estado cognitivo de maneira global, e de
forma prática, é utilizado para aplicação em estudos epidemiológicos em idoso.
Consegue envolver avaliação da orientação, memória, atenção, nomeação,
resposta a comandos, escrita espontânea e cópia de complexo polígono8. As
notas de corte utilizadas para exclusão pelo MEEM foram baseadas em
replicação do teste em português9.
47
Escala de Depressão geriátrica (GDS). Utilizou-se o instrumento para
levantamento de transtorno depressivo recomendado pela Organização Mundial
de Saúde/CID-102. A Escala de Depressão Geriátrica – forma reduzida é
composta por 15 itens que investigam o humor e o sentimento do sujeito nas
últimas 2 semanas, sendo que aquele acima de 5 pontos sugere provável
depressão10.
Análise dos dados
Os dados foram apresentados de maneira a demonstrar frequências absolutas e
relativas, análise através de testes inferenciais no qual foi utilizado o Qui-quadrado
de Pearson (χ2). Em todas as medidas foi aceito erro de 5%, ou seja, p < 0,05.
Resultados e Discussão
Participaram do estudo 403 idosos, dentre os quais 249 (61,8%) foram inclusos
após aplicação do MEEM. Destes, a média de idade foi de 72,7 (IC 95% 71,9 a
73,45), porcentagem de mulheres foi 68,6% e de depressão de 14,9%.
A partir dos testes que relacionaram depressão e dados sócio demográficos
expostos na tabela 1, foi observado que 28,7% das mulheres possuem depressão
(p =0,007). Também, pôde-se perceber uma maior frequência de idosos viúvos com
depressão (34%; p =0,02).
48
Tabela 1. Associação entre depressão e dados demográficos entre idosos participantes do estudo da Rede FIBRA, Campina Grande-PB, 2009.
A diferença significativa entre a presença de depressão entre idosos do sexo
feminino e masculino seguem as estatísticas parte dos estudos11, 12. Alguns autores
tem como hipótese a presença de alterações socioculturais, incluindo maior
presença de eventos estressantes e experiências psicológicas negativas11.
Interessante ressaltar que mesmo com diferenças socioculturais mais acentuadas
entre as cidades que compuseram o pólo Unicamp da Rede FIBRA, houve
predomínio significativo de sintomas depressivos nas mulheres12. Também, nos 17
estudos utilizados em revisão sistemática, houve confirmação da totalidade de
depressão com maior frequência em mulheres11.
49
Existe dificuldade na determinação da prevalência dos transtornos
depressivos pelo fato destes apresentarem heterogeneidade no que diz respeito às
formas de apresentação e aos diferentes instrumentos utilizados. As pesquisas
buscam na maior parte dos estudos, identificar transtorno depressivo maior e
sintomas depressivos, ao revés de transtorno depressivo menor e distimia, entre
outros transtornos que são englobados pelo grupo de ‘transtornos depressivos’.
Entretanto, acredita-se que mesmo nas formas consideradas mais brandas de
depressão, permanecem sendo considerados fatores de risco para doenças
cardiovasculares13.
Segundo estudo de revisão sistemática11, a depressão maior obteve variação
de frequência de 3 a 15% em alguns estados do Brasil, enquanto que sintomas
clinicamente significativos de depressão, avaliado por questionário único,
apresentou variação de 13 a 39% em sua frequência. A GDS foi elaborada de modo
a contemplar sintomas agudos depressivos em idosos. Neste caso, foi escolhida
como instrumento para avaliar depressão, tendo sido encontrado frequência de
14,9% (n = 60) de idosos com depressão.
Na tabela 2 foram apresentados os dados relativos à associação entre
depressão e doenças auto relatadas. Verificou-se que 31,5% dos idosos que
relataram ter doença cardíaca possuem depressão, contra apenas 20,7% dos
idosos que não relataram problemas dessa natureza (p = 0,05).
Sabe-se que depressão e doenças cardiovasculares estão relacionadas a
fatores fisiopatológicos em comum, principalmente devido ao aumento de
marcadores pro-inflamatórios como a proteína C reativa, alterações na frequência
cardíaca, na função plaquetária, alteração no eixo hipotálamo- pituitária- adrenal 13,
14. Pode-se observar que esta teoria fisiopatológica contribui para compreensão de
que a depressão é doença de grande potencial nocivo, tendo sido demonstrado em
estudos de coorte relação de bidirecionalidade entre doença cardiovascular e
depressão 13, 14.
Observou-se ainda a existência de mais idosos com depressão que possuem
artrite, osteoporose, perda involuntária de urina ou fezes (p < 0,05). A percepção de
doenças crônicas pelo idoso está relacionada a incapacidades as mais diversas 15.
50
Este conceito, apresenta convergência teórica na medida que a depressão, como
entidade mórbida, também costuma incapacitar os seus portadores através de
alterações da vontade, na percepção do mundo, além das alterações cognitivas.
No presente estudo as doenças crônicas como Hipertensão Arterial
Sistêmica e Diabetes Mellitus não tiveram associação com depressão, o que
demonstra a importância da auto percepção da doença, principalmente porque são
doenças que inicialmente não se apresentam por sinais clínicos de gravidade. Por
ser um estudo seccional, isso se constitui na sua maior limitação, pois impossibilita
a identificação do que é causa ou efeito da depressão.
Tabela 2. Associação entre depressão e doenças auto relatadas pelos idosos da
Rede FIBRA participantes da pesquisa. Campina Grande, 2009
51
Conclusão
Houve associação significativa entre depressão e sexo feminino, viuvez, auto
percepção de doenças cardiovasculares graves (infarto, angina), artrite,
osteoporose e perda involuntária de urina ou de fezes. Embora não saibamos à
cerca da causalidade dessas variáveis, considera-se importante a verificação dos
índices de depressão nos idosos em cidades de médio porte do nordeste brasileiro.
Ainda, observar a relação que uma doença mental como a depressão pode
apresentar com outras doenças, com a incapacidade e qualidade de vida, adverte-
nos para a importância de seu estudo.
Diante dessas inferências, acredita-se que este tipo de relação seja
importante de modo a sedimentar o conhecimento na área de saúde do idoso, a fim
de proporcionar o surgimento de políticas públicas adequadas à esse segmento
populacional.
52
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12. Bastitone SST, Neri AL, Nicolosi GT, Lopes LO, Khoury HT, Eulálio MC, Cabral BE. Sintomas depressivos e fragilidade. In: Neri AL, organizadora. Fragilidade e qualidade de vida na velhice. São Paulo: Editora Alínea; 2013. p. 283-95 13. de Jonge P, Rosmalen JG, Kema IP, Doornbos B, van Melle JP, Pouwer F, et al. Psychophysiological biomarkers explaining the association between depression and prognosis in coronary artery patients: a critical review of the literature. Neuroscience and biobehavioral reviews. 2010;35(1):84-90. DOI: 10.1016/j.neubiorev.2009.11.025 14. Mittag O, Meyer T. The association of depressive symptoms and ischemic heart disease in older adults is not moderated by gender, marital status or education. International journal of public health. 2012;57(1):79-85. DOI: 10.1007/s00038-011-0256-6 15. Borges AM, Santos G, Kummer JA, Fior L, Molin VD, Wibelinger LM. Autopercepção de saúde em idosos residentes em um município do interior do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2014;17:79-86. DOI: 10.1590/S1809-98232014000100009.
54
6. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES
Diante de um anteprojeto tão amplo, que envolvia a realização de um estudo
longitudinal aliado a um desdobramento inicial advindo de um grande estudo
multicêntrico na população de idosos brasileiros, a única possibilidade encontrada
para que os dados fossem bem compreendidos seria segmentar esses dois
momentos.
Devido à falta de tempo hábil disponível no momento do mestrado, foi optado
pelo estudo do primeiro tempo, ou seja, àquele que correspondia ao primeiro corte
transversal, especificamente na cidade de Campina Grande-Paraíba. Assim sendo,
os objetivos foram refinados, passando a ser a variável afetiva (sintomas
depressivos) a variável de desfecho.
A visão geral obtida a partir do anteprojeto pôde nortear a escrita de alguns
artigos, ainda que dados coletados não tenham sido utilizados, bem como outros
artigos aqui não foram incluídos por aguardar aceitação na comunidade científica
para publicação.
Algumas limitações puderam ser observadas, como ter apenas o MEEM para
avaliação cognitiva. Ainda, não foram pesquisados presença de histórico de
depressão ou uso de medicamentos antidepressivos. Possivelmente, por ser uma
pesquisa ampla e prolongada para o idoso, não foram itens contemplados.
A pesquisa aqui desenvolvida trata, portanto, de uma temática atual e de
relevância ímpar- A presença de sintomas depressivos e as variáveis associadas
numa população representativa de idosos na cidade de Campina Grande.
A execução deste estudo foi possível graças a colaboração de estudantes na
área de saúde, em Iniciação Científica, participantes do GEPES (grupo de estudos
e pesquisas em envelhecimento e saúde) coordenados localmente pela
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). De forma mais ampla, a execução
nacional do estudo multicêntrico foi coordenada por um núcleo de pesquisa da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Ademais, foi elaborado, publicado e apresentado um artigo completo em
Anais do 4º Congresso Internacional de Envelhecimento Humano ocorrido em 2015:
55
1) Associação entre depressão, fatores sociodemograficos e auto relato de doenças
(constam no item 5).
Finalmente, a partir do estudo feito em torno das interações entre depressão
e fragilidade, foi possível observar que essas variáveis têm características de
sobreposição que vão da biologia até os sinais e sintomas clinicamente observáveis.
Neste sentido, é possível que o constructo da síndrome da fragilidade utilizado
possa ser contemplado por um acréscimo de um indicador afetivo. Para tal
verificação, mais estudos precisam ser realizados.
56
REFERÊNCIAS
1. Carvalho, JAM, Rodríguez-Wong, LL.. A transição da estrutura etária da
população brasileira na primeira metade do século XXI. Cad. Saúde Pública.
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22. Silva NN. Amostragem probabilística: Um curso introdutório. 2ª ed. EdUSP,
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23. Ferrucci L, Guralnik JM, Studenski S, Fried LP, Cutler GB, Jr., Walston JD et
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26. Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de
Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuro-
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27. DSM-IV (1995). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais.
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28. Batistoni SST, Neri AL, Cupertino APFB. Validade da escala de depressão
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Publica. 2007;41(4):598-605.
29. Rauen MS, Moreira EA, Calvo MC, Lobo AS. Avaliação do estado nutricional
de idosos institucionalizados. Rev Nutr. 2008;21(3):303-10.
30. Ainsworth BE, Haskell WL, Whitt MC, Irwin ML, Swartz AM, Strath SJ et al.
Compendium of physical activities: an update of activity codes and MET
intensities. Med Sci Sports Exerc. 2000;32(9 Suppl):S498-504.
31. Nakano MM. Versão Brasileira da Short Phisical Performance Battery- SPPB:
Adaptação cultural e estudo de confiabilidade. 2007.
59
ANEXOS
60
ANEXO 1- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
61
ANEXO 2- PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS: DADOS
SOCIODEMOGRÁFICOS
IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE
1. Nome do idoso: _________________________________________________________
2. Rua/Av.: _____________________________________ 3.No: ______ 4.Compl:
______
5. Bairro: _____________________________
6. Telefone: ( ) próprio nº___________________
( ) Vizinho ou parente nº_________________ Nome
______________________
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
1. Qual é sua idade?
_______ anos 999. NR
2. Qual é sua data de nascimento?
_____/_____/________ 99. NR
3. Gênero
1. Masculino 2.Feminino
4. Qual é o seu estado civil?
1. Casado/a ou vive com companheiro/a
2. Solteiro/a
3. Divorciado/a, separado/a ou desquitado/a
4. Viúvo/a
INÍCIO DA SESSÃO DE COLETA DE DADOS:
______h_______min
62
99. NR
5. Qual sua cor ou raça?
1. Branca
2. Preta
3. Mulata/cabocla/parda
4. Indígena
5. Amarela/oriental
99. NR
6. Qual sua ocupação durante a maior parte de sua vida?
_____________________________________
99. NR
7. Trabalha atualmente?
1. Sim
2. Não (ir para a questão 9)
99. NR
8. O que o/a senhor/a faz? _____________________________________
9. O/a senhor/a é aposentado/a?
1. Sim
2. Não
99. NR
10. O/a senhor/a é pensionista?
1. Sim
2. Não
99. NR
11. O/a senhor/a é capaz de ler e escrever um bilhete simples?
1. Sim
2. Não
63
99. NR
12. Até que ano de escola o/a senhor/a estudou?
1. Nunca foi à escola, ou não chegou a concluir a 1ª série primária ou o curso de
alfabetização de adultos
2. Curso de alfabetização de adultos
3. Até o ____ ano do Primário (atual nível Fundamental 1ª a 4ª série)
4. Até o ____ ano do Ginásio (atual nível Fundamental, 4ª a 8ª série)
5. Até o ____ ano do Científico, Clássico (atuais Curso Colegial) ou Normal (Curso de
Magistério)
6. Até o ____ ano do Curso Superior
7. Pós-graduação incompleta
8. Pós-graduação completa, com obtenção do título de Mestre ou Doutor
99. NR
13. Número de anos de escolaridade (CALCULAR SEM PERGUNTAR)
_______ anos
14. Quantos filhos/as (VIVOS) o/a senhor/a tem?
_______ filhos/as
99. NR
64
ANEXO 3- PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS: MINI-EXAME DO ESTADO
MENTAL (MEEM)
Agora vou lhe fazer algumas perguntas que exigem atenção e um
pouco de sua
CERTO ERRADO NR memória. Por favor, tente se concentrar para respondê-las.
1. Que dia é hoje? 1 0 99
2. Em que mês estamos? 1 0 99
3. Em que ano estamos? 1 0 99
4. Em que dia da semana estamos? 1 0 99
5. Que horas são agora aproximadamente? 1 0 99
(Considere correta a variação de mais ou menos uma hora)
6. Em que local nós estamos? (dormitório, sala, apontando para o
chão).
1 0 99
7. Que local é este aqui? (apontando ao redor num sentido mais
amplo)
1 0 99
8. Em que bairro nós estamos ou qual o nome de uma rua próxima? 1 0 99
9. Em que cidade nós estamos? 1 0 99
10. Em que estado nós estamos? 1 0 99
Vou dizer 3 palavras, e o/a senhora/a irá repeti-las a seguir:
CARRO, VASO, TIJOLO.
(Falar as três palavras em seqüência. Caso o idoso não consiga,
repita no máximo 3 vezes para aprendizado. Pontue a primeira tentativa)
11. Carro 1 0 99
12. Vaso 1 0 99
13. Tijolo 1 0 99
Gostaria que o/a senhora/a me dissesse quanto é
(Se houver erro, corrija e prossiga.
Considere correto se o examinado espontaneamente se
corrigir). 14. 100 - 7 1 0 99
15. 93 - 7 1 0 99
16. 86 - 7 1 0 99
17. 79 – 7 1 0 99
18. 72 – 7 1 0 99
O/a senhor/a consegue se lembrar das 3 palavras que lhe pedi que
repetisse agora há pouco?
Atenção: o entrevistador não deve dizer as palavras.
19. Carro 1 0 99
20. Vaso 1 0 99
21. Tijolo 1 0 99
22. Mostre um RELÓGIO e peça ao entrevistado que diga o nome 1 0 99
23. Mostre uma CANETA e peça ao entrevistado que diga o nome 1 0 99
24. Preste atenção: vou lhe dizer uma frase e quero que repita depois
de mim: “NEM
1 0 99
“NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ”.
(Considere somente se a repetição for perfeita)
Agora pegue este papel com a mão direita. Dobre-o ao meio e
coloque-o no chão.
no chão. (Falar todos os comandos de uma vez só)
65
25. Pega a folha com a mão correta 1 0 99
26. Dobra corretamente 1 0 99
27. Coloca no chão 1 0 99
28. Vou lhe mostrar uma folha onde está escrita uma frase. 1 0 99
Gostaria que fizesse o que está escrito: “FECHE OS OLHOS”
29. Gostaria que o/a senhor/a escrevesse uma frase de sua escolha, 1 0 99
qualquer uma, não precisa ser grande.
30. Vou lhe mostrar um desenho e gostaria que o/a senhor/a
copiasse, tentando fazer o
1 0 99
o melhor possível.
(O idoso deverá desenhar na folha em branco depois desta.
Considere apenas se houver 2 pentágonos interseccionados e 10 ângulos, formando uma
figura com 4 lados e 2 ângulos)
C 29. FRASE:
C 30. DESENHO:
66
ANEXO 4- PROTOCOLO DE COLETA DE DADOS: MEDIDAS DE FRAGILIDADE
MEDIDAS DE FRAGILIDADE ENTREVISTADOR: 1 _ _
ASSINATURA:
PERDA DE PESO NÃO-INTENCIONAL NOS ÚLTIMOS 12 MESES 1. O senhor perdeu peso de
forma não-intencional nos últimos 12 meses?
1. Sim
2. Não
99. NR
2. Caso tenha respondido SIM, perguntar: “Quantos quilos emagreceu/perdeu?”
_________Kg
99. NR
ATIVIDADE FÍSICA/DISPÊNDIO DE ENERGIA INDICADO EM METs
Agora eu vou lhe dizer os nomes de várias atividades físicas que as pessoas realizam por
prazer, para se exercitarem, para se divertirem, porque fazem bem para a saúde ou porque
precisam.
Em primeiro lugar eu vou perguntar sobre caminhadas, ciclismo, dança, exercícios
físicos, atividades feitas na água e esportes. Gostaria de saber quais dessas atividades o/a
senhor/a vem praticando
Perguntar para homens e mulheres:
Nas duas
últimas
semanas
Nos
últimos
12
meses
METs
3. Faz caminhadas sem esforço, de maneira
confortável, em parques, jardins, praças e ruas,
1.Sim
2.Não
1.Sim
2.Não
67
na praia ou à beira-rio, para passear ou para se
exercitar porque é bom para a saúde?
99.NR 99.NR
4. Sobe escadas porque quer, mesmo podendo
tomar o elevador (pelo menos um lance ou
andar)?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
5. Pratica ciclismo por prazer ou vai trabalhar
de bicicleta?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
6. Faz dança de salão? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
7. Faz ginástica, alongamento, yoga, tai-chi-
chuan ou outra atividade desse tipo, dentro da
sua casa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
8. Faz ginástica, alongamento, yoga, tai-chi-
chuan ou outra atividade desse tipo, numa
academia, num clube, centro de convivência ou
SESC?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
9. Faz hidroginástica na academia, num clube,
centro de convivência ou SESC?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
10. Pratica corrida leve ou caminhada mais
vigorosa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
68
11. Pratica corrida vigorosa e contínua por
períodos mais longos, pelo menos 10 minutos
de cada vez?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
12. Faz musculação? (não importa o tipo) 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
13. Pratica natação em piscinas grandes,
dessas localizadas em clubes ou academias?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
14. Pratica natação em praia ou lago, indo até o
fundo, até um lugar onde não dá pé?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
15. Joga voleibol? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
16. Joga tênis de mesa? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
Perguntar apenas para os homens:
17. Joga futebol? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
69
18. Atua como juiz de jogo de futebol? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
Perguntar para homens e mulheres:
9. Pratica algum outro tipo de exercício físico ou
esporte que eu não mencionei?
_________________________(anotar)
1.Sim
2. Não
99.NR
1.Sim
2. Não
99.NR
20. Além desse, o/a senhor/a pratica mais
algum?
_____________________________
1.Sim
2. Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99. NR
Agora eu vou lhe perguntar sobre atividades domésticas que o/a senhor/a vem
praticando. O/a senhor/a vai respondendo somente sim ou não
(Perguntar para os homens para as
mulheres)
Nas últimas
duas
semanas
Nos
últimos
12
meses
METs
21. Realiza trabalhos domésticos leves? (tais
como tirar o pó, lavar a louça, varrer, passar
aspirador, consertar roupas)?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
70
22. Realiza trabalhos domésticos pesados?
(tais como lavar e esfregar pisos e janelas,
fazer faxina pesada, carregar sacos de lixo)?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
23. Cozinha ou ajuda no preparo da comida? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
24. Corta grama com cortador elétrico? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
25. Corta grama com cortador manual? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
26. Tira o mato e mantém um jardim ou uma
horta que já estavam formados?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
27. Capina, afofa a terra, aduba, cava, planta
ou semeia para formar um jardim ou uma
horta?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
28. Constrói ou conserta móveis ou outros
utensílios domésticos, dentro de sua casa,
usando martelo, serra e outras ferramentas?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
29. Pinta a casa por dentro, faz ou conserta
encanamentos ou instalações elétricas dentro
de casa, coloca azulejos ou telhas?
1.Sim
2.Não
1.Sim
2.Não
71
99.NR 99.NR
30. Levanta ou conserta muros, cercas e
paredes fora de casa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
31. Pinta a casa por fora, lava janelas, mistura
e coloca cimento, assenta tijolos, cava
alicerces?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
32. Faz mais algum serviço, conserto,
arrumação ou construção dentro de casa que
não foi mencionado nas minhas perguntas?
_________________________(anotar)
1.Sim
2. Não
99.NR
1.Sim
2. Não
99.NR
33. Além desse, o/a senhor/a faz mais algum?
_____________________________
1.Sim
2. Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99. NR
Em seguida eu vou lhe perguntar sobre algumas atividades de lazer e de descanso que
o/a senhor/a vem realizando. O/a senhor/a vai respondendo somente sim ou não.
Perguntar para homens e mulheres:
Nas duas
últimas
semanas
Nos
últimos
12
meses
METs
34. Assiste televisão? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
72
35. Para as mulheres: Faz tricô, crochê,
bordado, pintura, artesanato ou coleções,
dentro de casa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
36. Para os homens: Faz algum artesanato,
pinta ou organiza coleções, dentro de casa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
Para homens e mulheres:
37. Lê jornais, revistas ou livros? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
38. Joga baralho, dama, dominó, xadrez ou
outros jogos de mesa?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
39. Dorme ou cochila durante o dia? 1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
40. Pratica outras atividades de lazer e de
descanso que eu não disse?
_________________________(anotar)
1.Sim
2. Não
99.NR
1.Sim
2. Não
99.NR
41. Além dessa, o/a senhor/a pratica mais
alguma atividade de lazer ou de descanso?
_____________________________
1.Sim
2. Não
1.Sim
2.Não
73
99.NR 99. NR
Agora eu vou lhe perguntar sobre trabalho
Perguntar para homens e mulheres:
Nas últimas
duas
semanas
Nos
últimos
12
meses
METs
42. O/a senhor/a trabalha regularmente em
algum trabalho remunerado ou voluntário?
Se respondeu não, dar este questionário por
terminado.
Se respondeu sim, ir para as perguntas 43, 44 e
45.
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
43. Que tipo de trabalho realiza?
1. Sentado
2. Em pé (trabalho leve)
3. Em pé, andando e carregando pesos de
mais de 13 kg (trabalho pesado).
99. NR
44. Faz caminhadas para ir ou voltar do trabalho
ou para fazer trabalhos voluntários, pelo menos
por 10 minutos de cada vez, sem parar?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
74
45. Caminha nos intervalos do trabalho, por
exemplo na hora do almoço, pelo menos 10
minutos de cada vez, sem parar?
1.Sim
2.Não
99.NR
1.Sim
2.Não
99.NR
FADIGA
Pensando na última semana, diga com que
freqüência as seguintes coisas aconteceram
com o/a senhor/a:
Nunca/
Rarament
e
Poucas
vezes
Na
maioria
das
vezes
Sempre NR
46. Senti que tive que fazer esforço para fazer
tarefas habituais.
1 2 3 4 99
47. Não consegui levar adiante minhas coisas. 1 2 3 4 99
MEDIDA DE FORÇA DE PREENSÃO
48. 1ª medida de força de preensão: __________ Kgf
49. 2ª medida de força de preensão: __________ Kgf
50. 3ª medida de força de preensão: __________ Kgf
51. MÉDIA: A + b + c / 3: __________ Kgf
MEDIDA DE VELOCIDADE DA MARCHA
53. 1ª medida de velocidade da marcha: _______ : _______ centésimos de segundo
54. 2ª medida de velocidade da marcha: _______ : _______ centésimos de segundo
55. 3ª medida de velocidade da marcha: _______ : _______ centésimos de segundo
56. MÉDIA: _______ : _______ centésimos de segundo
75
ANEXO 5. ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA (EDG)
DEPRESSÃO ENTREVISTADOR: 1 _ _
ASSINATURA:
Vou lhe fazer algumas perguntas para saber como o/a senhor/a vem
se sentindo na última semana.
Sim Não NR
1. O/a senhor/a está basicamente satisfeito com sua vida? 1 2 99
2. O/a senhor/a deixou muitos de seus interesses e atividades? 1 2 99
3. O/a senhor/a sente que sua vida está vazia? 1 2 99
4. O/a senhor/a se aborrece com freqüência? 1 2 99
5. O/a senhor/a se sente de bom humor a maior parte do tempo? 1 2 99
6. O/a senhor/a tem medo de que algum mal vá lhe acontecer? 1 2 99
7. O/a senhor/a se sente feliz a maior parte do tempo? 1 2 99
8. O/a senhor/a sente que sua situação não tem saída? 1 2 99
9. O/a senhor/a prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? 1 2 99
10. O/a senhor/a se sente com mais problemas de memória do que a
maioria?
1 2 99
11. O/a senhor/a acha maravilhoso estar vivo? 1 2 99
12. O/a senhor/a se sente um/a inútil nas atuais circunstâncias? 1 2 99
13. O/a senhor/a se sente cheio/a de energia? 1 2 99
14. O/a senhor/a acha que sua situação é sem esperança? 1 2 99
15. O/a senhor/a sente que a maioria das pessoas está melhor que
o/a senhor/a?
1 2 99
16. Pontuação total na Escala de Depressão Geriátrica
_________________
76
ANEXO 6. PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
© www.fcm.unicamp.br/pesquisaletica/index.html
CEP,10/07/07
(Grupo III)
PARECER CEP: N° 208/2007 (Este n° deve ser citado nas correspondências referente a este projeto)
CAAE: 0151.1.146.000 -07
1-IDENTIFICAÇÃO:
PROJETO: "ESTUDO DA FRAGILIDADE EM IDOSOS BRASILEIROS - REDE
FIBRA"
PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Anita Liberalesso Neri
INSTITUIÇÃO: UNICAMP APRESENTAÇÃO AO CEP: 10/04/2007
APRESENTAR RELATÓRIO EM: 22/05/08 (O formulário encontra-se no site acima)
II - OBJETIVOS
Estudar a síndrome biológica de fragilidade entre idosos brasileiros a partir dos 65
anos que residam em zonas urbanas de regiões geográficas diferentes, levando em contas
variáveis sócio-demográficas, antropométricas, de saúde e funcionalidade física, mentais e
psicológicas.
III - SUMÁRIO
Estudo populacional multicêntrico de idosos, com amostra bem definida e identificação de diferentes regiões urbanas categorizadas pelo IDH.
77
IV - COMENTÁRIOS DOS RELATORES
O estudo está estruturado e justificado. O Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido está adequado, após resposta do parecer.
V - PARECER DO CEP
O Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, após acatar
os pareceres dos membros-relatores previamente designados para o presente caso e atendendo
todos os dispositivos das Resoluções 196/96 e complementares, resolve aprovar sem restrições
o Protocolo de Pesquisa, bem como ter aprovado o Termo do Consentimento Livre e
Esclarecido, assim como todos os anexos incluídos na Pesquisa supracitada.
O conteúdo e as conclusões aqui apresentados são de responsabilidade exclusiva do
CEP/FCM/UNICAMP e não representam a opinião da Universidade Estadual de Campinas nem a comprometem.
Comitê de Ética em Pesquisa
Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126 FONE (019) 3521-
8936
(Caixa Postal 6111 FAX ({}19)3521-
?i8?
13084-971, Campinas, SP [email protected]
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