Minuta VolumeI 3 edicao Renuncia Receitas
description
Transcript of Minuta VolumeI 3 edicao Renuncia Receitas
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 1
1.1 DEMONSTRATIVO VII ESTIMATIVA E COMPENSAO DA RENNCIA DE RECEITA
O Demonstrativo da Estimativa e Compensao da Renncia de Receita visa a dar transparncia
renncia de receita, em atendimento ao art. 165, 6 da Constituio e aos artigos. 4, 2, V, e 5,
II, da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF. Dever integrar o Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Oramentrias LDO.
A renncia de receita compreende a concesso, prorrogao ou ampliao de anistia, remisso,
subsdio de natureza tributria, financeira, ou creditcia, crdito presumido, iseno em carter no
geral, reduo discriminada de alquota ou de base de clculo relativas a impostos, taxas ou
contribuies, e outros benefcios que correspondam a tratamento diferenciado1.
As expresses carter no geral, reduo discriminada e tratamento diferenciado referem-se a dispositivo legal que, excepcionando a legislao instituidora de um tributo, tenha objetivo
especfico e alcance grupo especfico de contribuintes, de setor ou de regio e devem ser
interpretadas restritivamente nos casos de concesso de iseno, alterao de alquota ou
modificao de base de clculo, e outros benefcios. Desta forma, a anistia, a remisso, o subsdio, o
crdito presumido, tanto em carter geral como especfico, so considerados renncia de receita.
Contrariamente, no se consideram renncia de receita as desoneraes tributrias estabelecidas pela
Constituio ou pela prpria legislao instituidora de tributo ou contribuio social, da qual fazem
parte as regras comumente aplicveis aos seus fatos geradores, incluindo, dentre outras, as dedues-
padro, as dedues necessrias para auferir renda, os limites de iseno e a estrutura de alquotas.
Tambm no se considera renncia de receita as desoneraes tributrias cujo usurio final de bens
ou servios seja a Unio ou o conjunto dos Estados e Municpios (imunidades constitucionais), ou as
que atendam a reciprocidade de tratamento entre o Brasil e outros pases. No caso da Unio, as
disposies da LRF tambm no se aplicam alterao de alquota do Imposto sobre Importao - II,
do Imposto sobre Exportao IE, do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI e do Imposto sobre Operaes Financeiras IOF, cuja finalidade no s gerar receita, mas tambm fazer regulao econmica
2.
A anistia3 o benefcio que visa excluir o crdito tributrio na parte relativa multa aplicada pelo
sujeito ativo ao sujeito passivo, por infraes cometidas por este anteriormente vigncia da lei que
a concedeu. A anistia no abrange o crdito tributrio j em cobrana, em dbito para com a
Fazenda, cuja incidncia tambm j havia ocorrido.
A remisso4 o perdo da dvida, que se d em determinadas circunstncias previstas na lei, tais
como valor diminuto da dvida, situao difcil que torna impossvel ao sujeito passivo solver o
dbito, inconvenincia do processamento da cobrana dado o alto custo no compensvel com a
quantia em cobrana, probabilidade de no receber, erro ou ignorncia escusveis do sujeito passivo,
eqidade, etc. No implica em perdoar a conduta ilcita, concretizada na infrao penal, nem em
perdoar a sano aplicada ao contribuinte. Contudo, no se considera renncia de receita o
cancelamento de dbito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrana5.
1 LRF, art. 14, 1.
2 LRF, art. 14, 3, I.
3 Cdigo Tributrio Nacional, arts. 180 a 182.
4 Cdigo Tributrio Nacional, art. 172.
5 LRF, art. 14, 3, II.
-
O crdito presumido aquele que representa uma deduo do tributo devido, outorgado pelo ente
tributante ao contribuinte visando incentiv-lo, na forma de crdito do tributo, e que foge da
estrutura normal (bsica) do sistema no-cumulativo. Decorre de um ato prprio estabelecendo o
direito a uma deduo do tributo devido alm daquela relativa estrutura normal. No considerado
renncia de receita o crdito bsico, atribudo ao contribuinte para efetivar o sistema no-cumulativo
de apurao do tributo, como os crditos referentes a mercadorias e servios que venham a ser objeto
de operaes e prestaes destinadas ao exterior6.
Ex.: A Lei n 9.826, de 23/08/99, no art. 1, 2 estabelece:
Art. 1 Os empreendimentos industriais instalados nas reas de atuao da Superintendncia do Desenvolvimento da Amaznia SUDAM e Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste SUDENE faro jus a crdito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, a ser deduzido na apurao deste imposto, incidente nas sadas de produtos classificados nas posies 8702 a 8704 da Tabela de Incidncia do
Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI, aprovada pelo Decreto n 2.092, de 10 de dezembro de 1996.
.................................................................
2 O crdito presumido corresponder a trinta e dois por cento do valor do IPI
incidente nas sadas, do estabelecimento industrial, dos produtos referidos no caput,
nacionais ou importados diretamente pelo beneficirio.
No h nenhuma dvida que esse exemplo constitui renncia fiscal, com perda de arrecadao
decorrente do benefcio concedido e cujo valor estimado de R$ 1.824 milhes foi calculado da
seguinte forma (em R$ milhes):
a) Valor do IPI incidente nas sadas (dbito): 5.700 b) Crdito de insumos (bsico): 1.450 c) Crdito presumido (benefcio 32% de "a"): 1.824
A iseno7 a espcie mais usual de renncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do
crdito tributrio devido.
A reduo da base de clculo o incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para menos sua
base tributvel por meio da excluso de qualquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer
isoladamente ou associada a uma reduo de alquota, expressa na aplicao de um percentual de
reduo.
O conceito de renncia de receita da LRF exemplificativo, abarcando tambm, alm dos
instrumentos mencionados expressamente, quaisquer outros benefcios que correspondam a tratamento diferenciado, includos, a, por exemplo, a suspenso e a restituio de tributos e quaisquer dedues ou abatimentos e adiamentos de obrigaes de natureza tributria, bem como os
benefcios ou subsdios financeiros e creditcios.
A moratria e o parcelamento8 ocorrem quando a lei estabelece que a incidncia do imposto
depende da concretizao de evento futuro e incerto; ou seja, ocorre a transferncia da obrigao
tributria para um momento posterior quele em que a obrigao normalmente surgiria, sem
6 LC 87/96, art. 20, 3.
7 Cdigo Tributrio Nacional, arts. 176 a 179.
8 Cdigo Tributrio Nacional, arts. 151 a 155.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 3
alterao da sujeio passiva. Assim, por no estarem disponveis, sujeitos a evento futuro e incerto,
e serem possveis de prorrogao so considerados renncia de receita. Contudo, os regimes
aduaneiros especiais previstos na legislao instituidora do tributo, como o drawback, no so
considerados renncia de receita.
No reembolso de tributo9, o contribuinte paga o valor do imposto devido que lhe ser,
posteriormente, restitudo pela entidade tributante, o que implica supresso ou reduo da exao.
Nesse sentido, o reembolso de tributo , a rigor, um benefcio financeiro, que opera na despesa e
sujeito prvia incluso no oramento.
O conceito de renncia de receita, tambm expresso no 6 do art. 165 da Constituio, abrangente,
compreendendo subsdios e benefcios de natureza tributria, financeira e creditcia:
Art. 165. (...). (...)
6 O projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios
e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia.
Benefcio tributrio a desonerao de imposto, taxa ou contribuio, autorizada por dispositivo
legal que, excepcionando a legislao instituidora de um tributo, tenha objetivo especfico e alcance
grupo especfico de contribuintes, de setor ou de regio. Assim, insere-se no conceito de benefcio
tributrio a desonerao de operao normalmente sujeita incidncia de tributo ou contribuio
social e que resulte em decrscimo, mesmo que potencial, de arrecadao tributria.
Alerta-se para o fato de que a renncia pode no provocar decrscimo na arrecadao total no
momento da sua constituio, mas onerar potencialmente os montantes futuros de receitas do ente.
Ex.: O Estado X concede iseno do Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e
sobre prestao de servios de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicao ICMS, ou seja, um benefcio fiscal para promover o desenvolvimento de empresas e fomentar a gerao de
emprego e renda. A receita total do Estado X, quando da concesso do benefcio, no ser alterada.
Entretanto, caso haja a instalao de nova empresa atrada pela iseno concedida e que poderia estar
pagando o imposto em condies normais, ter-se-ia uma reduo das receitas futuras, estimada da
seguinte forma (em R$ milhes):
Momento 1
a) Valor total das receitas de ICMS incidente nas sadas (dbito): R$ 10,5
Momento 2
b) Concesso de iseno para as empresas que se instalem no Estado, objetivando atrair investimentos e gerao de empregos.
Momento 3
c) Empresa Y se instala atrada pela concesso do benefcio. d) A empresa Y deveria pagar de ICMS 3,1. Porm, no o faz por se enquadrar nos
termos legais.
e) No h alterao no valor total das receitas de ICMS: R$ 10,5 f) O total da receita, em condies normais, deveria ser: R$ 10,5 + R$ 3,1 = R$ 13,6. g) Assim, h renncia de receita potencial no valor de R$ 3,1.
9 Evitou-se utilizar a denominao restituio de tributo, para alguns um sinnimo de reembolso de tributo, para que no se
confunda a espcie de renncia de receita com o caso em que a administrao pblica to-somente restitui valores que no lhe
pertencem.
-
Integram o rol de benefcios tributrios as isenes, anistias e remisses que podem ser destinadas ao
setor comercial ou industrial, a programa de governo ou, ainda, a um beneficirio individual (pessoa
fsica ou jurdica). Exemplos: Concesso de crdito presumido ao setor hoteleiro, Iseno de Imposto
de Renda para pessoas com mais de 65 anos, Deduo do imposto de renda por nmero de
dependentes, etc.
Espcie do gnero benefcios tributrios, os gastos tributrios no so despesas executadas por meio
do oramento pblico (gastos diretos), porm possuem objetivos econmicos e sociais similares aos
destas, ou seja, possuem uma lgica oramentria associada e so passveis de serem substitudos
por gastos diretos. Exemplo: Iseno de impostos sobre medicamentos para facilitar o acesso da
populao de baixa renda.
Benefcios ou subsdios financeiros so os desembolsos efetivos realizados por meio das
equalizaes de juros e preos, bem como a assuno das dvidas decorrentes de saldos de
obrigaes de responsabilidade do ente da Federao, cujos valores constam do oramento.10
Benefcios ou subsdios creditcios so os gastos decorrentes de programas oficiais de crdito,
operacionalizados por meio de fundos ou programas, taxa de juros inferior ao custo de captao do
Tesouro do ente da Federao.11
Incluem-se nesse conceito a dispensa de taxas de servios,
comisses e de outros nus normalmente cobrados em operaes de emprstimo, financiamento e
refinanciamento, inclusive prorrogaes e composies de dvidas, bem como a dispensa total ou
parcial de taxa de juros incidentes sobre as referidas operaes e assemelhadas, concedidos por
rgos do ente da Federao, inclusive seus fundos. Na concesso de crdito por ente da Federao a
pessoa fsica, ou jurdica que no esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros,
comisses e despesas congneres inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captao so
benefcios ou subsdios creditcios12
.
Sejam financeiros, sejam creditcios, os subsdios devem: a) ser autorizados por lei especfica; b)
atender s condies estabelecidas na LDO; c) estar previstos no oramento ou em seus crditos
adicionais, por meio de consignao do subsdio, destacadamente do valor principal da operao em
relao ao qual h expectativa de retorno13
.
A renncia de receita relativa a impostos, taxas ou contribuies somente poder ser concedida
mediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a matria ou o
correspondente tributo ou contribuio, ou mediante convnio, no caso do ICMS14
. vedado
conceder quaisquer subsdios ou iseno, reduo da base de clculo, concesso de crdito
presumido, incentivos, anistias, remisso, reduo de alquotas e quaisquer outros benefcios
tributrios, fiscais ou financeiros, no autorizados na forma de lei especfica que regule
exclusivamente tais matrias ou o correspondente tributo ou contribuio.15
O descumprimento dessa
condio sujeita o ente da Federao restrio institucional de suspenso de operaes de crdito.
10
Portaria do Ministrio da Fazenda n. 379, de 13 de novembro de 2006, art. 2, inc. I. 11
Portaria do Ministrio da Fazenda n. 379, de 13 de novembro de 2006, art. 2, inc. II. 12
LRF, art. 26. 13
LRF, arts. 26 e 27. 14
Lei Complementar n 24, de 1975. 15
Resoluo do Senado Federal n . 43/2001; art. 5., inc. V e Resoluo do Senado Federal n . 48/2007, art. 5., inc. IV.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 5
Cabe lei complementar regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito
Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.16
A esse respeito, a
Constituio estabelece, no 6 do art. 150:
Art. 150. (...) (...)
6 Qualquer subsdio ou iseno, reduo de base de clculo, concesso de crdito
presumido, anistia ou remisso, relativos a impostos, taxas ou contribuies, s poder
ser concedido mediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matrias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuio, sem prejuzo do disposto no art. 155, 2, XII, g.
A renncia de receita constitui, assim, exceo regra geral17
pela qual constituem requisitos
essenciais da responsabilidade na gesto fiscal a instituio, previso e efetiva arrecadao de todos os tributos da competncia constitucional do ente da Federao. Cada ente dever explorar adequadamente sua base tributria e, conseqentemente, ter capacidade de estimar qual ser a sua
receita, o que auxiliar o cumprimento das metas fiscais e a alocao das receitas para as diferentes
despesas de sua competncia.
Desse modo, est em desconformidade com o preceito quem no institui o tributo de sua
competncia; quem institui, mas no prev a arrecadao; quem institui, prev, mas deixa de
proceder efetiva arrecadao, seja pela renncia de receita no adequadamente prevista, seja pela
evaso e sonegao fiscal que tolera. Assim, o Relatrio Resumido de Execuo Oramentria
dever ser acompanhado de justificativas da frustrao de receitas, especificando as medidas de
combate sonegao e evaso fiscal, adotadas e a adotar, e as aes de fiscalizao e cobrana.18
A LRF exige transparncia na renncia de receita tanto por meio da LDO e do Projeto de Lei
Oramentria Anual PLOA, como por meio do ato de concesso de benefcios que implique renncia de receita.
Para fins de cumprimento dos arts. 4, 2, inciso V e 14, I, da LRF, o Demonstrativo da Estimativa
e Compensao da Renncia de Receita dever apresentar a estimativa da renncia de receita para o
perodo dos trs exerccios correspondentes s metas fiscais. Desse modo, ser comprovado que a
renncia foi considerada na elaborao da LDO e no afetar as metas fiscais, como estabelece o art.
14, I, da LRF. Conseqentemente, as medidas de renncia de receita que estiverem previstas nesse
demonstrativo no precisaro ser compensadas posteriormente, pois a compensao j estar
ocorrendo no mbito do processo oramentrio.
Art. 4(...). (...)
1 Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias Anexo de Metas Fiscais, em
que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o
exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.
2 O Anexo conter, ainda:
(...)
V demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.
16
Constituio, art. 155, 2, XII, g. 17
LRF, art. 11. 18
LRF, art. 53, 2, II.
-
O Demonstrativo do Efeito Regionalizado da Renncia de Receita sobre as Receitas e as Despesas
dever acompanhar o PLOA, que apresentar, de forma regionalizada, o efeito da renncia de receita
sobre as receitas e as despesas, conforme prev o 6 do art. 165 da Constituio e o art. 5, II da
LRF.
Art. 5 O projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o plano plurianual, com a lei de diretrizes oramentrias e com as normas desta Lei
Complementar:
(...)
II ser acompanhado do documento a que se refere o 6 do art. 165 da Constituio, bem como das medidas de compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatrias de carter continuado;
A forma de elaborao e preenchimento do Demonstrativo da Estimativa e Compensao da
Renncia de Receita, que integra o Anexo de Metas Fiscais da LDO, bem como do Demonstrativo
do Efeito Regionalizado da Renncia de Receita sobre as Receitas e as Despesas, que acompanha o
PLOA, so descritas, respectivamente, nas tabelas 9 e 10. Os demonstrativos compreendem todas as
leis em vigor que j concederam renncias e, destacadamente, na Renncia a Compensar, os atos de
concesso de benefcios que se pretende realizar no perodo de referncia.
Caso o ato de concesso de benefcios que implique renncia de receita ocorra posteriormente
aprovao da LDO e da LOA, ou caso no seja possvel comprovar que a renncia de receita foi
considerada na elaborao dessas peas, esse ato de concesso dever estar acompanhado de
medidas de compensao, como determina o art. 14, II, da LRF:
Art. 14. A concesso ou ampliao de incentivo ou benefcio de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever estar acompanhada de estimativa do impacto
oramentrio-financeiro no exerccio em que deva iniciar sua vigncia e nos dois
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das
seguintes condies:
I demonstrao pelo proponente de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da lei oramentria, na forma do art. 12, e de que no afetar as metas de
resultados fiscais previstas no anexo prprio da lei de diretrizes oramentrias;
II estar acompanhada de medidas de compensao, no perodo mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevao de alquotas, ampliao da base
de clculo, majorao ou criao de tributo ou contribuio.
Quando da elaborao do Demonstrativo de Avaliao do Ato de Criao de Benefcio Tributrio,
Financeiro ou Creditcio, que acompanha o ato de concesso de benefcios, o ente dever indicar se a
renncia j foi ou no considerada na LDO e no PLOA.
Cumpre ressaltar que, a fim de atender aos princpios emanados pela LRF, necessrio que a
compensao que acompanha o ato de concesso de benefcios pode ser seja realizada por meio do
Crescimento Econmico ou , exclusivamente, no mbito da receita, isto , por meio de elevao de
alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou contribuio, e que o
valor da compensao, prevista no demonstrativo, seja suficiente para cobrir o valor da renncia
fiscal respectiva.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 7
O excesso de arrecadao, motivado pela ampliao da base econmica ou pelo recebimento de
dbitos em atraso, no faz parte do rol de fontes de compensao para a renncia de receita
exaustivamente citadas na LRF19
. Excesso de arrecadao o saldo positivo das diferenas
acumuladas ms a ms, entre a arrecadao prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a
tendncia do exerccio20
. Esse excesso influenciado por polticas de combate sonegao e
evaso fiscal, pelo crescimento econmico e pelo recebimento de dbitos em atraso, dentre outros
fatores que nem sempre podem ser previstos e que no geram certeza de continuidade. A
LRF estabelece que a responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente,
em que se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas
pblicas.21 Logo, pelo princpio contbil da prudncia, deve-se evitar a utilizao de fontes de
compensao que, alm de no estarem autorizadas pela LRF, poderiam prejudicar o processo de
planejamento das contas pblicas.
Na hiptese da renncia de receita ser compensada por aumento de receita de impostos, ter de ser
necessariamente prevista, pelo menos, no exerccio anterior quele em que se pretenda colocar em
prtica as medidas compensatrias, porquanto, consistindo as mesmas em criao de novos tributos
ou majorao dos j existentes, devero atender aos princpios da anterioridade e da noventena,
conforme disposto no art. 150, III, b e c, da Constituio.
Para permitir essa comparao, o ato de concesso de benefcios dever, em quaisquer casos, ser
acompanhado da estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva iniciar
sua vigncia e nos dois seguintes. Caso as medidas de compensao no integrem o prprio ato de
concesso de benefcios, este s poder entrar em vigor quando implementadas tais medidas.
A forma de elaborao e preenchimento do Demonstrativo de Avaliao do Ato de Criao de
Benefcio Tributrio, Financeiro ou Creditcio, que acompanha o ato de concesso de benefcios,
descrita na tabela 11.
19
LRF, art. 14, II. 20
Lei 4320/64, art.43, 3. 21
LRF, art 1., 1.
-
1.1.1 Instrues de Preenchimento
Tabela 9 Estimativa e Compensao da Renncia de Receita
LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS ANEXO DE METAS FISCAIS
ESTIMATIVA E COMPENSAO DA RENNCIA DE RECEITA
AMF Demonstrativo VII (LRF, art. 4, 2, inciso V, c/c art. 12) R$ 1,00
RENNCIA TRIBUTRIA
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Tributo Modalidade Setor Programa
TOTAL (I)
RENNCIA FINANCEIRA
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Benefcio Modalidade Setor Programa
TOTAL (II)
RENNCIA CREDITCIA
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Benefcio Modalidade Setor Programa
TOTAL (III)
TOTAL DA RENNCIA (IV) = (I + II + III)
RENNCIA A COMPENSAR (V)
ESTIMATIVA DE COMPENSAO
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
AUMENTO PERMANENTE DE RECEITA (VI)
Elevao de Alquotas
...
Ampliao da Base de Clculo
...
Criao de Tributo ou Contribuio
...
Crescimento Econmico
...
RENNCIA DE RECEITA AJUSTADA (VII) = (VI V)
FONTE:
RENNCIA TRIBUTRIA Essa coluna identifica o tipo de renncia de receita tributria (impostos, taxas e contribuies) estimada de acordo com o conceito de renncia de receita.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 9
RENNCIA FINANCEIRA Essa coluna identifica o tipo de renncia de receita financeira estimada de acordo com o conceito de renncia de receita.
RENNCIA CREDITCIA Essa coluna identifica o tipo de renncia de receitas creditcia estimada de acordo com o conceito de renncia de receita.
Destaca-se que no so considerados renncia de receita: as desoneraes tributrias estabelecidas
pela Constituio ou pela prpria legislao instituidora de tributo ou de contribuio social, da qual
fazem parte as regras comumente aplicveis aos seus fatos geradores como, por exemplo, os regimes
aduaneiros especiais, drawback, e os crditos presumidos do ICMS previstos na legislao
instituidora do tributo; as desoneraes tributrias cujo usurio final de bens ou servios seja a Unio
ou o conjunto dos Estados e Municpios (imunidades constitucionais), ou as que atendam a
reciprocidade de tratamento entre o Brasil e outros pases; o cancelamento de dbito inferior ao seu
custo de cobrana; no caso da Unio, as referentes alterao de alquotas dos Impostos sobre
Importao II, sobre Exportao IE, sobre Produtos Industrializados IPI e sobre Operaes Financeiras IOF.
TRIBUTO Essa coluna identifica as rubricas da receita tributria (impostos, taxas e contribuies) para as quais est sendo prevista renncia bem como as renncias correspondentes que foram
concedidas em anos anteriores e que ainda estejam em vigor. Ex: ICMS, IPVA, IR, Taxa de
Iluminao, etc.
BENEFCIO Essa coluna identifica o tipo de benefcio oramentrio (financeiro ou creditcio) que est sendo previsto e aquele que foi concedido em anos anteriores e que ainda esteja em vigor.
Ex: Emprstimo com recursos de ICMS, etc.
MODALIDADE Essa coluna identifica a modalidade da renncia para cada espcie de tributo (Ex: anistia, remisso, subsdio, crdito presumido, iseno, etc.) ou de benefcio oramentrio (Ex:
subsdio, emprstimo com recursos de ICMS, etc.), conforme o caso.
SETOR Essa coluna identifica os setores, que sero favorecidos com a renncia de receita. Ex: naval, hoteleiro, indstria txtil, etc.
PROGRAMA Essa coluna identifica os programas que sero favorecidos pela renncia de receita, sejam oramentrios (Ex: Programa de Erradicao do Trabalho Infantil Funo:Trabalho) ou no (Ex: Programa de Incentivo Modernizao da Indstria).
Nessa linha, registrar o tipo, nmero e data da lei especfica, compreendendo os impostos, as taxas e contribuies, nos termos da Constituio e das leis vigentes em matria
financeira.
Quando compuser a coluna Estimativa de Renncia, a legislao dever compreender todas as leis
em vigor que j concederam renncias (Ex: Lei n 999, de 99/99/9999) e, destacadamente, os atos de
concesso de benefcios que se pretende realizar no perodo de referncia (Ex: Projeto de Lei n 999,
99/99/9999) ou Medida de alterao da Lei n 999, 99/99/9999), em estudo). Quando compuser a
coluna Estimativa de Compensao, a legislao dever compreender apenas os atos de
compensao da renncia que se pretende realizar no perodo de referncia (Ex: Projeto de Lei n
999, 99/99/9999) ou Medida de alterao da Lei n 999, 99/99/9999), em estudo).
Nesse caso, a expresso dever ser substituda pelo exerccio financeiro a que se refere a LDO, no formato aaaa. Ex: 2010.
-
Essa expresso dever ser substituda pelo ano correspondente ao primeiro exerccio financeiro posterior ao ano de referncia da LDO. Ex: 2011.
Essa expresso dever ser substituda pelo ano correspondente ao segundo exerccio financeiro posterior ao ano de referncia da LDO. Ex: 2012.
Valor Corrente Essa coluna identifica o valor da renncia de receita para o exerccio financeiro a que se referem, utilizando o cenrio macroeconmico de forma que os valores apresentados sejam
claramente fundamentados.
Valor Constante Essa coluna identifica o valor constante que equivale ao valor corrente abstrado da variao do poder aquisitivo da moeda, ou seja, expurgando os ndices de inflao ou deflao
aplicados no clculo do valor corrente, trazendo os valores das metas anuais para valores praticados
no ano anterior ao ano de referncia da LDO.
% PIB Essa coluna identifica, para a Unio, Estados e Distrito Federal, o valor percentual das Metas Fiscais previstas para o exerccio financeiro a que se referem, em relao ao valor projetado
do PIB nacional. No caso dos Municpios, o percentual ser apresentado em relao ao valor
projetado do PIB dos respectivos Estados, at um milsimo por cento (0,001%).
Exemplo de Clculo do Valor Constante
Supondo que determinado Municpio tenha projetado a receita total para o ano de referncia da LDO
e para os dois seguintes, levando em considerao a taxa mdia de inflao projetada para o perodo,
foram obtidos os respectivos valores correntes:
R$ milhares
ESPECIFICAO
2010 2011 2012
Valor
Corrente
Valor
Corrente
Valor
Corrente
AUMENTO PERMANENTE DA
RECEITA
125.500 137.200 157.830
Taxa Mdia de Inflao do Perodo:
VARIVEIS 2010 2011 2012
Inflao Mdia (% anual) projetada com base em
ndice oficial de inflao 6,0 6,5 6,5
2010
ndice para Deflao:
{1 + (Taxa de Inflao de 2010 / 100)}
{1 + (6 / 100)} = 1,06
Clculo do Valor constante:
Valor corrente / ndice para Deflao
125.500 / 1,06 = 118.396
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 11
2011
ndice para Deflao:
{1 + (Taxa de Inflao de 2010 / 100)} x {1 + (Taxa de Inflao de 2011 / 100)}
{1 + (6,0 / 100)} x {1 + (6,5 / 100)} = 1,06 x 1,065 = 1,1289
Clculo do Valor Constante:
Valor Corrente / ndice para Deflao
137.200 / 1,1289 = 121.534
2012
ndice para Deflao:
{1 + (Taxa de Inflao de 2010 / 100)} x {1 + (Taxa de Inflao de 2011 / 100)} x {1 + (Taxa de
Inflao de 2012/ 100)}
{1 + (6,0 / 100)} x {1 + (6,5 / 100)} x {1 + (6,5 / 100)} = 1,06 x 1,065 x 1,065 = 1,2023
Clculo do Valor Constante:
Valor Corrente / ndice para Deflao
157.830 / 1,2023 = 131.273
TOTAL (I), (II) e (III) Essas linhas indicam os somatrios das respectivas colunas de valores, para o ano de referncia da LDO e para os dois exerccios seguintes.
TOTAL DA RENNCIA (IV) = (I + II + III) Nessa linha, identificar o valor resultante da soma das Estimativas de Renncia para as modalidades Tributria, Financeira ou Creditcia.
RENNCIA A COMPENSAR (V) Nessa linha, registrar o valor resultante das estimativas de renncia (Tributria, Financeira ou Creditcia) a serem compensadas na prpria LDO, com aumento
permanente de receita, por meio da elevao de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao
ou criao de tributo ou contribuio. Caso essa compensao no seja suficiente para dar cobertura
ao valor renunciado, a despesa dever ser ajustada de modo a assegurar o equilbrio na determinao
das metas fiscais: Despesa = (Receita Renncia) + Compensao.
ESTIMATIVA DE COMPENSAO Essa coluna identifica as rubricas estimadas para fins de compensao da renncia de receita. De acordo com a LRF, a renncia de receita pode ser
compensada por aumento permanente de receita, proveniente da elevao de alquotas, ampliao da
base de clculo, majorao ou criao de tributo ou contribuio.
AUMENTO PERMANENTE DE RECEITA (VI) Nesta linha, registrar o somatrio do aumento permanente de receita decorrente da elevao de alquotas, da ampliao da base de clculo e da
criao de tributo ou contribuio.
Elevao de Alquotas Nesta linha, registrar as rubricas que representam incremento ou majorao do percentual a ser aplicado sobre um determinado valor lquido tributvel (base de
clculo), dando como resultado o valor do imposto a ser arrecadado.
Ampliao da Base de Clculo Nesta linha, registrar as rubricas representativas do incremento ou ampliao do valor que se deve tomar como ponto de partida imediato para a aplicao das alquotas
do imposto com o fim de individualiz-lo em cada caso.
-
Criao de Tributo ou Contribuio Nesta linha, registrar as rubricas que representam inovao ao ordenamento jurdico tributrio por meio da instituio de impostos, taxas ou contribuies.
Crescimento Econmico Nesta linha, registrar excesso de arrecadao, motivado pela ampliao da base econmica ou pelo recebimento de dbitos em atraso. Excesso de arrecadao o saldo
positivo das diferenas acumuladas ms a ms, entre a arrecadao prevista e a realizada,
considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio22. Esse excesso influenciado por polticas de
combate sonegao e evaso fiscal, pelo crescimento econmico e pelo recebimento de dbitos
em atraso, dentre outros fatores.
RENNCIA DE RECEITA AJUSTADA (VII) = (VI V) Essa linha indica o valor da renncia de receita ajustada s compensaes de acordo com a frmula (VII) = (VI V)
Caso o valor da renncia de receita ajustada seja 0 (zero), indicar que o ente efetuou as
compensaes necessrias renuncia de receita. Caso negativo, indicar que o ente deve efetuar
compensaes adicionais na despesa da Lei Oramentria Anual - LOA subseqente, estabelecendo,
conseqentemente, as orientaes de adequao na LDO do ano de referncia.
22
Lei 4320/64, art.43, 3.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 13
MODELO DE DEMONSTRATIVO DO EFEITO DA RENNCIA DE RECEITA POR
REGIO
Em que pese o presente manual fazer referncia apenas aos instrumentos de transparncia e gesto
exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal LRF na forma de anexos da LDO, pressupondo a existncia de ao planejada e transparente em que se previnem riscos e se corrigem desvios capazes
de afetar o equilbrio das contas pblicas, o mesmo instrumento legal determinou competncia
Secretaria do Tesouro Nacional STN, rgo central de contabilidade da Unio, para a edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas. Dessa forma, incluiu-se, nesta edio, o
modelo abaixo para o demonstrativo do efeito regionalizado da renncia de receita sobre as receitas
e as despesas, que dever acompanhar o projeto da LOA.
Tabela 10 Efeito Regionalizado da Renncia de Receita sobre as Receitas e as Despesas
PROJETO LEI ORAMENTRIA ANUAL
EFEITO REGIONALIZADO DA RENNCIA DE RECEITA SOBRE AS RECEITAS E AS DESPESAS
(CF, art. 165, 6) R$ 1,00
RENNCIA TRIBUTRIA TOTAL
Tributo Modalidade Setor Programa
...
TOTAL (I)
RENNCIA FINANCEIRA TOTAL
Benefcio Modalidade Setor Programa
...
TOTAL (II)
RENNCIA CREDITCIA TOTAL
Benefcio Modalidade Setor Programa
...
TOTAL (III)
TOTAL DA RENNCIA (IV) = (I + II + III)
RENNCIA A COMPENSAR (V)
ESTIMATIVA DE COMPENSAO TOTAL
AUMENTO PERMANENTE DE RECEITA (VI)
Elevao de Alquotas
...
Ampliao da Base de Clculo
...
Criao de Tributo ou Contribuio
...
...
Crescimento Econmico
...
FONTE:
-
No preenchimento deste demonstrativo, utilizar as definies do Demonstrativo da Estimativa e
Compensao da Renncia de Receita, Tabela 9, alm da seguinte:
Essa coluna identifica as regies que sero favorecidas com a renncia de receita, de acordo com a diviso geogrfica local. Ex.: No caso da Unio, as Regies Norte, Sul, Centro Oeste, Sudeste e Nordeste. No caso de Estados e Municpios, devero ser observadas as
especificidades locais na determinao das regies. Em pequenos municpios, pode ser razovel no
abrir o demonstrativo por regies, o que no dispensa a sua apresentao em valores totais.
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 15
MODELO PARA AVALIAO DO ATO DE CRIAO DE RENNCIA DE RECEITA
Em que pese o presente manual fazer referncia apenas aos instrumentos de transparncia e gesto
exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal LRF na forma de anexos da LDO, pressupondo a existncia de ao planejada e transparente em que se previnem riscos e se corrigem desvios capazes
de afetar o equilbrio das contas pblicas, o mesmo instrumento legal determinou competncia
Secretaria do Tesouro Nacional STN, rgo central de contabilidade da Unio, para a edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas. Dessa forma, incluiu-se, nesta edio, o
modelo abaixo para a avaliao do ato de criao de renncia de receita.
Tabela 11 Avaliao do Ato de Criao de Benefcio Tributrio, Financeiro e Creditcio
AVALIAO DO ATO DE CRIAO DE BENEFCIO TRIBUTRIO, FINANCEIRO E CREDITCIO
(LRF, arts.12 e 14) R$ 1,00
ESTIMATIVA
VALOR PREVISTO
IMPACTO ORAMENTRO-FINANCEIRO DA RENNCIA (I)
Tributria
...
Financeira
...
Creditcia
...
ORIGEM DOS RECURSOS PARA CUSTEIO (II)
Aumento Permanente de Receita
Elevao de Alquotas
...
Ampliao da Base de Clculo
...
Criao de Tributo ou Contribuio
...
Crescimento Econmico
...
AVALIAO DAS MEDIDAS DE COMPENSAO (III) = (II I)
FONTE:
No preenchimento deste demonstrativo, utilizar as definies do Demonstrativo da Estimativa e
Compensao da Renncia de Receita, Tabela 9, alm das seguintes:
ESTIMATIVA Nesta coluna, so registrados os valores previstos para a estimativa do impacto oramentrio-financeiro da renncia tributria, financeira e creditcia, assim como das origens dos
recursos previstos para custeio.
-
IMPACTO ORAMENTRIO-FINANCEIRO DA RENNCIA (I) Nessa linha, registrar o somatrio das renncias tributria, financeira e creditcia.
ORIGEM DOS RECURSOS PARA CUSTEIO (II) Nessa linha, registrar o somatrio dos recursos que sero utilizados para compensar a renncia de receita e que no foram contemplados na
estimativa da LDO.
AVALIAO DAS MEDIDAS DE COMPENSAO (III) = (II I) Nessa linha, registrar o confronto entre o impacto oramentrio-financeiro da renncia e as origens dos recursos para custeio
de forma que permita avaliar se as medidas apresentadas so suficientes para compensar o impacto
oramentrio-financeiro da renncia.
Caso o resultado apresentado seja 0 (zero), indicar que o ente efetuou as compensaes necessrias
renuncia de receita. Caso negativo, indicar que as medidas de compensao no foram suficientes
para fazer frente ao impacto oramentrio-financeiro da renncia.
1.1.2 Exemplos de Elaborao
UNIO
LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS ANEXO DE METAS FISCAIS
ESTIMATIVA E COMPENSAO DA RENNCIA DE RECEITA 2010
AMF Demonstrativo VII (LRF, art. 4, 2, inciso V, c/c art. 12) R$ milhes
RENNCIA TRIBUTRIA 2010 2011 2012
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Tributo Modalidade Setor Programa
Imposto sobre
Importao
(Decreto-Lei
n 288/1967)
Iseno
e Reduo
Indstria;
Comrcio
Servio;
Agricultura
Zona Franca de
Manaus 2.300 2.250 0,70 2.600 2.550 0,70 2.700 2.650 0,70
Imposto de Renda
Pessoa Fsica
(Lei n 11.438/2006)
Deduo do
Imposto
Devido
Desporto
e Lazer
Incentivo ao
Desporto 3.300 3.250 0,70 3.600 3.550 0,70 3.700 3.650 0,70
Imposto de Renda
Pessoa Jurdica
(Lei 9.532/97;
MP 2.199, de 2001)
Iseno
e Reduo
Indstria;
Agricultura SUDENE 4.300 4.250 0,80 4.600 4.550 0,80 4.700 4.650 0,80
Imposto sobre
Produtos
Industrializados
(Lei 9.826/1999;
Lei 9.440/1997)
Crdito
presumido
Indstria Setor
Automobilstico 5.300 5.250 0,80 5.600 5.550 0,80 5.700 5.650 0,80
Imposto sobre
Operaes
Financeiras
(Decreto-Lei
n 2.407/88)
Iseno Habitao
Operaes de
crdito com fins
habitacionais 6.300 6.250 0,80 6.600 6.550 0,80 6.700 6.650 0,80
TOTAL (I) 21.500 21.250 3,80 23.000 22.750 3,80 23.500 23.250 3,80
RENNCIA FINANCEIRA 2010 2011 2012
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Benefcio Modalidade Setor Programa
Financiamento Subsdio Produtivo Fundos
Constitucionais 2.382 2.247 0,70 2.732 2.420 0,70 2.973 2.473 0,70
Financiamento Subsdio Naval FMM 472 445 0,10 1.987 1.760 0,60 2.059 1.713 0,60
Financiamento Subsdio Financeiro PROER 2.518 2.375 0,70 2.267 2.037 0,70 2.486 2.058 0,70
TOTAL (II) 5.372 5.067 1,50 6.986 6.217 2,00 7.518 6.244 2,00
(Continua)
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 17
(Continuao)
RENNCIA CREDITCIA 2010 2011 2012
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100 Benefcio Modalidade Setor Programa
Aquisio e
estocagem de
produtos
agrcolas pelo
governo
Subsdio Agrcola
AGF e
Estoques
Estratgicos
124 117 0,04 288 255 0,07 300 250 0,07
Equalizao Subsdio Rural PRONAF 566 534 0,17 1.509 1.337 0,37 1.223 1.017 0,07
Equalizao Subsdio Agrcola Funcaf 3 3 0 80 71 0,02 80 67 0,02
TOTAL (III) 693 654 0,21 1.877 1.663 0,46 1.603 1.334 0,16
TOTAL DA RENNCIA (IV) = (I + II + III) 27.565 26.971 5,51 31.863 30.630 6,26 32.621 30.828 5,96
RENNCIA A COMPENSAR (V) 1.500 1.250 0,05 2.000 1.750 0,05 1.500 1.250 0,05
ESTIMATIVA DE COMPENSAO
2010 2011 2012
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Valor
Corrente
(a)
Valor
Constante
% PIB
(a/PIB)
x100
Elevao de Alquotas 500 450 0,02 600 550 0,02 600 550 0,02
Projeto de Lei n 53/2007
Eleva das alquotas do IRPJ dos Hospitais no
Filantrpicos
500 450 0,02 600 550 0,02 600 550 0,02
Ampliao da Base de Clculo 200 150 0,01 200 150 0,01 250 200 0,01
Projeto de Lei n 98/2008
Inclui as receitas financeiras na base de clculo do
PIS/PASEP
200 150 0,01 200 150 0,01 250 200 0,01
Criao de Tributo ou Contribuio 350 300 0,01 400 350 0,01 450 350 0,01
Lei n 11.727/2008
Cria contribuio para seguridade social sobre
faturamento das empresas
350
300
0,01
400
350
0,01
450
350
0,01
Crescimento Econmico 200 150 0,01 200 150 0,01 150 100 0,01
AUMENTO PERMANENTE DE RECEITA (VI) 1.250 1050 0,03 1.400 1.200 0,03 1.450 1.200 0,03
RENNCIA DE RECEITA AJUSTADA (VII) = (VI V) (250) (200) (600) (550) (50) (150)
FONTE:
-
UNIO
PROJETO DE LEI ORAMENTRIA ANUAL
EFEITO REGIONALIZADO DA RENNCIA DE RECEITA SOBRE AS RECEITAS E AS DESPESAS
2010
(CF, art. 165, 6) R$ milhes
RENNCIA TRIBUTRIA NORTE SUL LESTE OESTE TOTAL
Tributo Modalidade Setor Programa
Imposto sobre
Importao
(Decreto-Lei n
288/1967)
Iseno
e Reduo
Indstria;
Comrcio
Servio;
Agricultura
Zona Franca de
Manaus 500 550 600 750 2.300
Imposto de Renda
Pessoa Fsica
(Lei n 11.438/2006)
Deduo do
Imposto
Devido
Desporto
e Lazer
Incentivo ao
Desporto 750 800 850 1.000 3.300
Imposto de Renda
Pessoa Jurdica
(Lei 9.532/97;
MP 2.199, de 2001)
Iseno
e Reduo
Indstria;
Agricultura SUDENE 1.000 1.050 1.100 1.250 4.300
Imposto sobre
Produtos Industrializados
(Lei 9.826/1999;
Lei 9.440/1997)
Crdito
presumido Indstria
Setor
Automobilstico 1.250 1.300 1.350 1.500 5.300
Imposto sobre
Operaes Financeiras
(Decreto-Lei
n 2.407/88)
Iseno Habitao
Operaes de
crdito com fins
habitacionais
1.500 1.550 1.600 1.750 6.300
TOTAL (I) 5.000 5.250 5.500 6.250 21.500
RENNCIA FINANCEIRA NORTE SUL LESTE OESTE TOTAL
Benefcio Modalidade Setor Programa
Financiamento Subsdio Produtivo Fundos
Constitucionais 466 1.616 300 2.382
Financiamento Subsdio Naval FMM 11 167 215 79 472
Financiamento Subsdio Financeiro PROER 25 25
TOTAL (II) 477 167 1.831 404 2.879
RENNCIA CREDITCIA NORTE SUL LESTE OESTE TOTAL
Benefcio Modalidade Setor Programa
Aquisio e estocagem de
prod. agrcolas pelo governo Subsdio Agrcola
AGF e Estoques
Estratgicos (124) (124)
Equalizao Subsdio Rural PRONAF 566 566 Equalizao Subsdio Agrcola Funcaf 3 3
TOTAL (III) 445 445
TOTAL DA RENNCIA (IV) = (I + II + III) 5.477 5.417 7.776 6.654 24.824
RENNCIA A COMPENSAR (V) 300 350 400 450 1.500
ESTIMATIVA DE COMPENSAO NORTE SUL LESTE OESTE TOTAL
Elevao de Alquotas 100 150 150 100 500
Projeto de Lei n 53/2007
Eleva das alquotas do IRPJ dos Hospitais no Filantrpicos 100 150 150 100 500
Ampliao da Base de Clculo 50 50 50 50 200
Projeto de Lei n 98/2008
Inclui as receitas financeiras na base de clculo do PIS/PASEP 50 50 50 50 200
Criao de Tributo ou Contribuio 50 100 100 100 350
Lei n 11.727/2008
Cria contribuio para seguridade social sobre faturamento das
empresas
50 100 100 100 350
Crescimento Econmico 50 0 50 100 50 100 0,01
AUMENTO PERMANENTE DE RECEITA (VI) 250 300 350 350 1.100
RENNCIA DE RECEITA AJUSTADA (VII) = (VI V) (50) (50) (50) (50) (400)
-
Erro! Fonte de referncia no encontrada. 19
FONTE:
UNIO
PODER EXECUTIVO SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL
AVALIAO DO ATO DE CRIAO DE BENEFCIO TRIBUTRIO, FINANCEIRO E CREDITCIO
JULHO/2010
(CF, art.14c/c art 12) R$ milhes
ESTIMATIVA VALOR PREVISTO
2010 2011 2012
IMPACTO ORAMENTRO-FINANCEIRO DA RENNCIA (I) 500 550 600
Tributria 500 550 600
Imposto de Renda Pessoa Jurdica
Projeto de Lei n 568/2002
Deduo do IR Devido meio ambiente 500 550 600
Financeira Creditcia
ORIGEM DOS RECURSOS PARA CUSTEIO (II) 450 500 600
Aumento Permanente de Receita 400 500 600
Elevao de Alquotas 300 350 400
Projeto de Lei n 53/2007 Eleva das alquotas do IRPJ dos Hospitais no Filantrpicos
300 350 400
Ampliao da Base de Clculo 100 150 200
Projeto de Lei n 98/2008 Inclui as receitas financeiras na base de clculo do PIS/PASEP
100 150 200
Criao de Tributo ou Contribuio
Crescimento Econmico
50
100
AVALIAO DAS MEDIDAS DE COMPENSAO (III) = (II I) (50) 50
FONTE: