Mitos cosmogônicos 1º
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MITOS COSMOGÔNICOS
O ovo cósmico – chinêsPara eles no começo do tempo, tudo era caos, e este caos tinha a forma de um ovo de galinha. Dentro do ovo estavam Yin e Yang, as duas forças
opostas que compõem o universo. Yin e Yang são escuridão e luz, feminino e masculino, frio e calor, seco e molhado.
Um dia as energias conflitantes dentro do ovo o quebraram. Os elementos mais pesados desceram e formaram a terra, e os mais leves flutuaram e formaram o céu. E entre o céu e a terra estava P'an-ku, o primeiro ser. A
cada dia, durante dezoito mil anos, a terra e o céu se separavam um pouquinho mais, e a cada dia P'an-ku crescia no mesmo ritmo, de forma
que sempre ocupava o espaço que existia entre os dois. O corpo de P'an-ku era coberto de um pêlo espesso, e ele tinha dois chifres saindo da testa e duas presas no queixo. Quando ele estava
contente, o tempo era bom, mas se ficava perturbado ou zangado, chovia ou acontecia uma tempestade.
As pessoas contam duas histórias diferentes sobre o grande P'an-ku. Alguns dizem que ele, exausto com o trabalho de manter a terra e o céu
separados enquanto o mundo tomava forma, morreu. Seu corpo se partiu e separou-se: sua cabeça virou a montanha do norte; seu estômago, a
montanha do centro; seu braço esquerdo, a montanha do sul; seu braço direito, a montanha do leste, e seus pés, a montanha do oeste. Seus olhos se transformaram no sol e na lua; sua carne, na terra; seus cabelos, nas
árvores e plantas; e suas lágrimas, nos rios e mares. Seu alento se transformou no vento; e sua voz, no trovão e no relâmpago.
As pulgas de P'an-ku viraram a humanidade. No entanto, outros dizem que P'an-ku, junto com a primeira tartaruga, a primeira fênix, o primeiro dragão e o primeiro unicórnio, modelou o universo com seu martelo e cinzel. Ele governou a humanidade na primeira época da história. Todos os dias ele os instruía, do alto de seu trono, até que soubessem tudo sobre o sol e a
lua e as estrelas acima, o os quatro mares de baixo. Escutando-os, as pessoas perdiam o cansaço. Uma manhã, quando o grande P'an-ku já
havia passado todo seu conhecimento para a humanidade, desapareceu e nunca mais foi visto.