Mitos que comemos (155x235) - Novo formato

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Os Mitos que Comemos 9 ÍNDICE PREFÁCIO ..................................................................................................................................... 11 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 13 I. AS DIETAS ............................................................................................................................... 15 Existem alimentos com calorias negativas? ............................................................ 21 Que ensinamentos tirar da dieta do pH? ................................................................... 24 O fabuloso mundo das dietas detox .............................................................................. 27 A dieta do tipo sanguíneo ................................................................................................... 33 Dieta do Paleolítico: estará na hora de mudar o paradigma? ....................... 36 O estranho caso das dietas sem hidratos de carbono ....................................... 53 As dietas e a fatídica semana Natal – Passagem de Ano ................................ 61 A minha dieta é melhor que a tua .................................................................................. 67 Os nutricionistas e a bolacha Maria ............................................................................. 72 II. O LEITE E O GLÚTEN ................................................................................................... 75 Beber ou não beber leite, eis a questão? ..................................................................... 78 Mitos e Verdades sobre o Glúten .................................................................................... 89 III. OS MITOS CLÁSSICOS ............................................................................................. 95 O pão engorda? ........................................................................................................................... 98 O açúcar deixa as crianças hiperativas? .................................................................... 101 As vitaminas abrem mesmo o apetite? ....................................................................... 104 Fruta às refeições: Antes, depois ou nunca? ............................................................ 107 Será a frutose um novo veneno? ...................................................................................... 110 Os polícias dos legumes ....................................................................................................... 112 Hidratos de carbono à noite: Bicho papão… ou talvez não! ............................ 114 Posso beber água às refeições? ........................................................................................ 118

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Os Mitos que Comemos 9

ÍNDICE

PREFÁCIO ..................................................................................................................................... 11

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 13

I. AS DIETAS ............................................................................................................................... 15Existem alimentos com calorias negativas? ............................................................ 21Que ensinamentos tirar da dieta do pH? ................................................................... 24O fabuloso mundo das dietas detox .............................................................................. 27A dieta do tipo sanguíneo ................................................................................................... 33Dieta do Paleolítico: estará na hora de mudar o paradigma? ....................... 36O estranho caso das dietas sem hidratos de carbono ....................................... 53As dietas e a fatídica semana Natal – Passagem de Ano ................................ 61A minha dieta é melhor que a tua .................................................................................. 67Os nutricionistas e a bolacha Maria ............................................................................. 72

II. O LEITE E O GLÚTEN ................................................................................................... 75Beber ou não beber leite, eis a questão? ..................................................................... 78Mitos e Verdades sobre o Glúten .................................................................................... 89

III. OS MITOS CLÁSSICOS ............................................................................................. 95O pão engorda? ........................................................................................................................... 98O açúcar deixa as crianças hiperativas? .................................................................... 101As vitaminas abrem mesmo o apetite? ....................................................................... 104Fruta às refeições: Antes, depois ou nunca? ............................................................ 107Será a frutose um novo veneno? ...................................................................................... 110Os polícias dos legumes ....................................................................................................... 112Hidratos de carbono à noite: Bicho papão… ou talvez não! ............................ 114Posso beber água às refeições? ........................................................................................ 118

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10 Pedro Carvalho

Serão as bebidas açucaradas boas para matar a sede? ..................................... 120As bebidas gaseifi cadas descalcifi cam os ossos? ................................................ 122Procura bebidas que deem asas? Tome antes um cafezinho! ....................... 124Há mesmo truques para evitar a ressaca? ................................................................ 126A celulite está relacionada com a alimentação? ................................................... 128Mulheres, chocolate e aquela altura do mês… Vale a pena resistir? ........ 131Vale a pena optar por alimentos light? ........................................................................ 133Podemos confi ar nos aditivos alimentares? ............................................................. 137Por falar nisso… como sobreviver à leitura de um rótulo? .............................. 140Adoçantes: poderá este doce amigo ter um travo amargo? .......................... 143Testes de intolerância alimentar: Um diagnóstico útil ou uma mentira bem contada? ......................................................................................... 146Com cãibras? Esqueça o magnésio e coma e treine melhor… ...................... 150O exercício em jejum queima mais gordura? .......................................................... 153Quando o alimento é bom, não há colesterol que resista! .............................. 155

IV. OS NOVOS SUPER ALIMENTOS ........................................................................ 159Bagas goji ....................................................................................................................................... 162Açaí ..................................................................................................................................................... 165Chia .................................................................................................................................................... 167Quinoa .............................................................................................................................................. 169Bulgur, couscous e millet ..................................................................................................... 171Mate .................................................................................................................................................... 173Algas .................................................................................................................................................. 175Cetona de framboesa .............................................................................................................. 177

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 179

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 183

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Os Mitos que Comemos 11

PREFÁCIO

Nunca, como hoje, houve tanto interesse da sociedade sobre alimentação e saúde. As pessoas têm mais conhe-cimento acerca do impacto das suas escolhas alimen-tares na prevenção de doenças e, por conseguinte,

mais consciência do seu papel activo na modifi cação do risco gené-tico. Com este desígnio, temos vindo a assistir a um aumento da prática de exercício físico pela população, de forma recreativa ou competitiva. E, mais uma vez, a resposta ao exercício, seja no desem-penho ou na composição corporal, é determinado pela ingestão alimentar.

Nunca, como hoje, houve tanta informação científi ca disponível sobre alimentação e saúde. Assistimos a um crescimento exponen-cial de estudos científi cos, despoletados pela exigência da popula-ção, impelidos pela curiosidade dos investigadores, sustentados em metodologias de maior consistência e divulgados em revistas cien-tífi cas de acesso crescentemente «livre», isto é, fora do universo aca-démico. Todavia, a abertura da ciência à sociedade – de louvar – é apenas aparente, pois é indispensável literacia científi ca para a com-preensão e interpretação correcta dos resultados.

Nunca, como hoje, o fosso entre a avidez da sociedade e a oferta de ciência foi tão difícil de preencher. A sociedade em que vivemos, da informação e nem sempre do conhecimento, premeia a divulga-ção pela divulgação, nem sempre perscrutada por pessoas com treino científi co. Este é um meio de cultura óptimo para a prolife-ração de mitos alimentares porque se baseia em informação apa-rentemente científi ca.

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12 Pedro Carvalho

É, neste quadro, um privilégio ímpar benefi ciar da generosidade científi ca de um Nutricionista informado, com conhecimento sólido e uma capacidade de comunicar admirável.

Nunca, como hoje, este livro fez tanto sentido.

Vitor Hugo Teixeira Nutricionista e Professor da Faculdade de Ciências

da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

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Os Mitos que Comemos 13

INTRODUÇÃO

Ser nutricionista hoje em dia é uma missão ingrata. Uma vez que comer é um ato que praticamos várias vezes ao dia, todas as pessoas parecem tornar -se especialistas em nutrição e ali-mentação e sempre com uma opinião bem robusta e segura,

típica de quem sabe sufi cientemente pouco para não ter dúvidas.Este livro surge assim como uma tentativa de ajuda na saída deste

labirinto de informação e contrainformação nutricional presente em sites, blogues e páginas de Facebook e de Instagram. Foi escrito depois de leitura de centenas de artigos (devidamente citados), com a certeza absoluta de que muitos outros fi caram por estudar e citar, tentando produzir uma resposta concreta a muitos dos mitos que invadem o nosso quotidiano alimentar. Ainda assim, ao contrário de todos os especialistas acima citados, este livro levanta igualmente muitas dúvidas e incertezas, processo típico de quem sabe o sufi -ciente para saber que ainda muito mais há para saber.

Um dos grandes motes para o início da rubrica «Mitos que Come-mos» no Público Life&Style, que deu origem a esta obra, foi justamente essa busca pela verdade e pelo conhecimento, longe de dogmas, modas e de mentiras que de tantas vezes repetidas se tornaram verdades.

Parafraseando uma das minhas maiores referências na arte de bem comunicar:

«The best defense against bullshit is vigilance. So if you smell something, say something.»

John Stewart

Bem -vindos aos Os Mitos que Comemos,

Pedro Carvalho

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PARTE I

As dietas

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Os Mitos que Comemos 17

Quase todos os mitos relacionados com a alimentação possuem uma base comum: a procura do emagreci-mento. Por isso, antes de começarmos a desconstruir todas as inverdades relativas às várias abordagens die-

téticas que nos são todos os dias sugeridas, vamos perceber um pouco dos mecanismos que realmente nos levam à perda de massa gorda.

Tradicionalmente, explica -se o processo de ganho ou perda de massa gorda através de uma equação simples: ingerimos mais calo-rias do que as gastamos, engordamos, e quando o desequilíbrio é no sentido inverso, emagrecemos. Tendo em conta os vários mecanis-mos que regulam o nosso comportamento alimentar, uma explicação tão simples pode parecer redutora, mas este balanço energético negativo acaba por ser o pré -requisito essencial para o processo de emagrecimento. É certo que dietas diferentes com diferentes varia-ções nos seus macronutrientes (hidratos de carbono, proteínas e gor-duras) originarão outputs diferentes nos níveis de apetite, retenção de massa muscular e adequação do indivíduo à dieta. Ainda assim, de modo a não se crucifi car ou glorifi car em vão alguns macronu-trientes específi cos, fi ca em seguida uma explicação muito simplista do modo como o nosso organismo regula a ingestão e oxidação dos vários nutrientes: