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SHíiv^wsagl!1 W*:!- ' :"""' Anno IV Rio de Janeiro. - Quinta-feira * 15 de Novembro de 1877 "N. 276 'Numero avulso 40 rs. J: O G ..-\^mMM^L ' ¦¦¦¦' ^BA^m%%^r^^''^^^^^^k.' Numero avulso 40 rs. órgão dos Interesses do gommercio, da lavoura e da DA INDUSTRIA ; COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDO POLÍTICOS Rio de Janeiro ESCRIPTORIO E REDAGÇÃO - ROA DOS <)ÜMVES \. 5! CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA ¦ 1Ê»a*à esta capital, de hoje até o €im do anuo 41SOOO. Para as províncias, de hoje até o Qm do anno 6SOOO. De fogos artificiaes: na rua da Real Grandeza n. 102, ás 31$, por P. Gon- çalves. càrtat-que-seattribue ao Sr. ministro de estrangeiros./ 4 ; í, ''¦;A Annuncios se- Aceitam-se annuncios para «em publicados nesta columna, até á,s 2 noras da tarde. Os que vierem depois dessa nora «té » */», serão publicados em outra secção da folha. BASES COMMERCIÀES E . QUASI BANCARIAS O NEC PLUS ultra das garantias Todo o relógio comprado na relojoaria E. J. Gondolo, acima de 608, torna-se a receber no.praso da garantia, com ounico abatimento de 10°/o., Cada corrente de ouro de lei vendida cesta casa a 4$ a oitava, torna-se a rece ber a 3ÍJ500 a oitava. - - Nas garantias do relógio vendidos e .dos concertos desta casa salva-se so o «aso de desastre. «BLOJOARIA E. 3. GONDOLO, FUNDADA 1852, NA KUA DA CANDELÁRIA N. Ib. Missas Amanhã: Na matriz da Candelária, ás 81/2, por alma de Antônio Germano da Silva. Em Santo Antonío dos Pobres,. ás 8 horas, por alma de Maria Nocbi. Em S. Francisco de Paula, ás 8 horas, por alma do Dr. MariannO Rodrigues Jardim. Em S. Francisco de Paula, ás 8 1/2, por alma de José Teixeira dos Santos. Na igreja da Conceição, ás 8 horas, por alma de D. Felisarda Augusta Meyer. Em S. Francisco de Paula, ás 9 horas, por alma de D. Anna José Gomes da Sil- va. Na matriz de SanfAnna, àsS 1/2, por alma de D Josepha Theresa.de Mattos Armidant. ' Louvável solução Sob a rubrica—Assumptos do dia—dá a Gaseta de Notícias o seguinte: «Informam-nosde um faeto que se está dando no. thesouro nacional e que nos pa- rece ser um pouco estranho ás boas nor-. , _ . mas que devem ser seguidas naquella re- vinciade Sergipe. Confessamos que nos surprehendeu a A solemne promessa do. governo impe- rial aos voluntários da pátria, acaba de ser fielmente observada no provimento de dois officios de justiça: escrivão do commercio na capital de Pernambuco, e de orphãos da cidade de Maroim na pro- piram-nos sentimentos superiores aos interesses e instigações partidárias e apre —essa opinião, sempre imparcial ejusta, condemna a continuação Se uma ordem EM Espectaculos Theatro S. Pedro de Alcântara.— Theatro S. Luiz.— Theatro Casino.—A Moreninha. Phenix Dramática.. Theatro D. Izabel. Theatre des Varietès. Theatro Circo.—Trabalhos da Com- spanhia Ingleza. Passageiros Entrados^ do Rio da Prata no Equa- Miguel Rosa, Domingos Lourenço Car- reras Domingos Romano Amigo, Domm- gasJÒsepha,Domingos Rosa; osfrance- les Dabos Antoine, Gazes Jean, Monte- sue Charles, Richard Alexandre Ban- §on'RoseMarie,JosePhB^ton Sebastião Morales: os hespanhóes Nicolas Savoja fsua mulher, Emilio de Potestade, sua familia ; os Pianos LuraschiÂdelina Francisco Perretti. Luiz Isnard. Catte- rine Carlos Giuseppe ; o inglez Hyppolito SeorgeAnderson; o ottomano Salomão Rabin. e mais 102 em transito. Sahidos para o Rio da Prata no Riva- davia : > Agostinho Lopes Gonzalez,Luiz Lourei- ro,a austríaca Helena Roemei¦: os italia- nosDemartineEnriqueeParodiSalvador o hollandez Rodolpho Mumer, e mais 116 passageiros em transito. « Apresenta-se um portador de contas chamadas a pagamento, e quande-se tra- ta de quantias importantes, diz-se-lhe que o thesouro faz o pagamento,da terça parte da quantia em dinheiro e o resto em le- trás a 6 mezes, ao juro de 6 %• « Isto não revela mau estado de h- nançás, como principalmente uma certa arbitrariedade em lançar mão de recursos que não são legalmente reconhecidos. , a Desse modo, os credores do thesouro são obrigados, ou a deixarem, contra sua vonltMe, o#seus capitães em deposito na casa, ou a irem descontar as letras em outros estabelecimentos com prejuízo nunca inferior a 2 %. « A alguns desses portadores de contas, consta-nos que se tem dito, quando elles recusam a proposta, que dentro de lo dias o thesouro poderá fazer o pagamento m- « Esta explicação parece-nos o que se costuma chamar— uma desculpa de mâo pagador: porque, si realmente o tne- souro pôde em tão pouco prazo satisfazer seus compromissos, tratando-se como se trata, não de letras vencidas, mas de contas sem prazo improrogavel, °a™» ciamos os factos de ponto de vista muito áe cousas, na qual não um principio, elevado; tanto que começamos por profli- j 0XÍ interesse nacional que a legitime. leitura dos decretos, não por entendermos que outra devera ser a solução: é incon- testavel o direito dàquelles que volunta- riamente arriscaram sua vida pela pátria na preferencia aos empregos que pre- tenderem, e sempre que suas habilitações poderemjcompetir com as dos outros can- didatos. E' seu direito, emanado de uma pro- messa á nação, consagrada em lei; quan- do o governo, obrigado a defender a honra nacional, invocou o patriotismo dos cida- dãos, affiançando que não se arrepende- riam de acudir aos reclamos, da pátria, pois seriam recompensados. Sorprehendemo-nos,entretanto, porque sabíamos que os deputados das duas pro- vincias faziam questão da confirmação sena °-os provimentos provisórios que haviam muito mais simples não chamar os por- tadores dellas, retardar um p^uco o ex- pediente, do que dar.este triste exemplo.» Traz o folhetim de Nemo. Trata o Diário "Popular de questões- relativas a assignaturas na estrada de ferro. v Vapores esperados Rio da Prata, HabsburgPortos do Norte, Bahia...... ¦•¦•¦¦• Hamburgo (Lisboa e Bahia), Rio... 15 16 17 Reuniões Assembléa geral da Sociedade ^hilar- <nionica Fluminense, no dia 16, para dis- •cussao dos novos estatutos. Club Beneficente dos guardas-livros, 3i©je, ás 8 horas. Democratas de Luva Preta, hoje, as- -sembléa geral extraordinária. C. Filhos da Noite, hoje, ás 9 horas. ? Associação B. Commercial, hoje, ás 7 Grande Oriente Unidq do Brazil, hoje, cessão extraordinária- Retiro Litterariô Portuguez, hoje, ás '7 1/2. Sociedade Auxiliadora da Industria NacTonal, hoje ás 6 l/2;da tarde, conse- lho. Vapores a sahir Bremen (Bahia, eLisboa), Habsburg. 15 Portos do Sul, Calderon (meio-dia)... H 0 GLOBO As novas exigências do thesouro Leilões Amanhã: De moveis: na rua da Assembléa n. 63 A Reforma acha que todo o ministério está profundamente desmoralisado, que si houver mudança no gabinete, deve ella ser completa.mas que em caso algum deve permanecer o membro apodrecido, cujo contacto corrompe os outros membros, e vicia o meio ambiente e social. Traz dif- ferentos chronicas políticas, uma dellas sobre o contrato para navegação entre o Rio de Janeiro e Nova-York. ás 10 1/2, por E. Balmat De fazendas : na rua do Rosário n. 8L -.-ás 11 horas, por Amaral Pimenta. De fazendas e roupas feitas: na rua do Visconde de Itaúna n. 102, por Silva Gui- vmarães. Quadros e pinturas : ás 11 horas na rua •do Hospício n. 62, por R. Grey. De chapeos do Chile: na rua de S. Pe- ¦dro n. 54 ás 11 horas, por J. Bancalan.^ De charutos: na rua da Constituição ai. 1B, ás 4 da tarde por E. Pontes. De moveis: na rua do Conde do Bomfim m. 62, ás 4 1x2 da tarde por R. Corrêa. De prédio: na rua de D. Feliciana ti. 103, ás 4 da tarde, por Joaquim da ü. -Guimarães. Sempre os bonds,ê o titulo de um artigo da União do Vovó. Entende a «Republica,» que mais al- guns annos dessa politica mercantil e corruptora do imperialismo, e ò pudor, que devera ser a manifestação de um sen- timento vulgar, será olhado com estra- nheza, como um acto audacioso, um arro- jado protesto da dignidade nacional. FOLHETIM 15 O «Diário do Rio» responde á «Refor- ma» relativamente ao trecho de uma Abrimos espaço na revista da imprensa ás sensatas e justas observações da Ga- seta de Noticias sobre a nova imposição que no thesouro nacional se anda a fazer aos credoresdo estado que alli levam as suas contai para o devido embolso. Queixas idênticas] as levadas á Gaseta, nos foram hontem trazidas, mas em hora que nos era impossivel tomal-as em consideração. Como não poderíamos fasel-o melhor do que o illustre contemporâneo, limitamo- nos a reproduzir as suas palavras,accres- centándo, entretanto,que anda o commer- cio da corte em verdadeiros apuros. O recurso transitório de que o governo lançava mão para haver de momento al- guns capitães, qual o da emissão de bi- lhetes do thesouro á juro de 6 °/° pagos adiantados, tem-se tornado nos últimos tempos meio permanente de receita, com visivel gravame para o commercio que dificultados os descontos de seus titu- los mesmo a juros mais elevados. O presente semestre, acreditamos, se não fechará sem muitas fallencias; algu- mas se tem pronunciado nesta ultima quinzena. Attenda o governo que atravessamos uma época muito critica. Na alfândega da corte são creados ao commercio honrado os maiores óbices, e para contrapeso acaba de ser regularisada a cobrança dos novos impostos que ar- rançam dinheiro e augmentam trabalho de expediente aos tributados. Vamos por muito ináo caminho. Cumpre retroceder emquanto é tempo. alcançado dos presidentes. Não esperávamos que o direito superas- se os empenhos, habituados como esta- mos a ver que os ministros vivem per- Isuadidos de que sua força não provem da fidelidade as idéas, nem do zelo com que servem á nação e dirigem os negócios pu- blicos á sèu cargo,—provem da bonomia para com os deputados. Tanto mais tranquillos e seguros re- putam-se osministros.quanto mais dóceis se mostram ás exigências e imposições dos deputados amigos, por mais contrários que sejam ao interesse publico, desar- rosoadas e iniquas. Passamos, portanto, por uma agrada- yel supresa, vendo que o direito trium- phou, e o Sr. ministro da justiça não ca- pitulou com seu dever, para servir aos amigos. Si nada temos que ver com as querei- Ias, que as deputações costumão agitar por detraz dos resposteiros dos ministros, elevando-as á altura de graves questões de estado ; sem eutrarmos na indagação de quem foi o vencedor ou o vencido; jul- gamos, entretanto, cumprir nosso^dever applaudindo as nomeações a que allu- dimos. Applaudimos por ver que ha nos con- selhosdo governo quem eficazmente pa- trocine a causa des voluntários da pa- tria, e ampare a honra do governo, que não pôde, sem deshonrar-ser fugir ao cumprimento da palavra que solemne- mente empenhou. Qualquer que tenha sido a influencia que venceu, pôde congratular-se porque déstá vez amparou a justiça e a morali- dade do governo, gar os governos partidários, vendo nelles a origem de grande parte, sinão de todos os males, de que se queixa a nação,—-en- feudada ajHBfcfrarttdo, ou antes,na phrase do Sr. José de Alencar,partiãa de homens que desapiedadamente a exploram ; per- turbam sua marcha progressiva; e lhe corrompem as fontes da vida moral. Si não podemos ser indifferente aos principios e idéas predominantes na alta direcção politica do paiz, e estamos per- suadido de que o espirito liberal, ino- culado nas leis, no governo, na adminis- tração e nos costumes, poderá franquear ao Império senda diversa da que tem trilhado e vai trilhando; comtudo não ncís-move interesse partidário. O que nos preoecupa é o paiz, o paiz anteposto aos partidos:—a qualquer dei- les; não havendo nenhum que em nosso espirito valha o menor sacrifício da feli- cidade da nação. Mirando a este alvo, si, como deixamos dito, não pode ser-nos indifferente que o governo se dirija pelas idéas conservado- O que ninguém poderá negar é que a longo domínio de um partido no governo- necessariamente o estraga; isto em paizes onde os partidos temontra vitalidade, são guiados por principios diversos dos que- dirigem os nossos em sua vida pratieaí quarto mais aqui, onde levantam sua in- fluencia sobre os elementos officiaes,— plantam-se sobre a administração publica, de modo que em pouco tempo se estragam- a si, e estragam os elementos de governo. A situação está esgotada; â nação que tem sede de justiça e moralidade, que sente a ausência de governo, não pôde supportar a actualidade; e no entanto aquelles que se dizem representantes -do povo, sustentaram o ministério que con- creta a situação, e continuarão a susten- talo unicamente por interesse partidário. Ha patente antagonismo entre o paiz real e o paiz oficial, e nada pode haver de mais prejudicial ao progresso de um povo; mas é um antagonismo que não depende da nação fazer cessar, como acontece onde ha verdadeiro systema representa- i ras ou liberaes; si estamos persuadido A. situação CARTAS POLÍTICAS 1 REDAGÇÃO DO GLOBO VIII A' nosso respeito não se poderá dizer que dirigimos a S. M. o Imperador peti- ção de graça, ou lhe estamos supplícando x> poder. Não se pode dizer, porque somos uma individualidade e não um partido: ins- de que o paiz reclama'reformas, que lhe assegurem na direcção de seus negócios a influencia do sopro fecundo da liber- dade, a que alludio o Sr. Ferreira Vianna, atribuindo-lhe a grandeza e progresso da republica Norte Americana em compara- ção com o nosso atraso; si entendemos que a época é das idéas liberaes, que enchem as aspirações e anhelos da nação brasileira; se não vemos que tenha o paiz alguma cousa a ganhar com a conti- nuação do longo dominio do partido con- servador,e antes tudo á perder; si não po- demos deixar de considerar um perigo para as instituições a posse do poder mo- I nopolisadaporum partido ; si não desço- brimos onde está a vantagem de obrigar um grande partido, como o liberal, a se crer impossivel, levando-o a dispersar-se; apesar de todas estas considerações, que nos parecem de grande peso, temos a pre- cisa isenção de espirito, para não nos importar individualmente que governe este ou aquellè partido. Podemos, portanto, afirmar sem receio de uma justa contestação, que não oppo- riamos a menor objecção á continuar a. si- tuação, si o partido que, ha cerca de dez annos, governa, podesse, pelo menos, as- segurar-nos ordem e moralidade na admi- nistração. A esterilidade da ultima sessão legisla- tiva, e quando não fosse ella, as manifes- tações de órgãos muito distinetos do par- tido conservador, e outros significativos symptomas, denunciam que a situação tocou fatalmente á seu termo ; nada mais podendo esperar-se que produza de bom e útil ao paiz. Que se poderá mais esperar-se delia ? Nada, porque nem ao menos poderá imprimir alguma ordem na administra- ção, nem concertar as finanças. Esta a crença intima do próprio par tivo, e á nação compete a ultima palavra na indicação das idéas que devem preva- lecer no governo. Dá-se então o revesamento natural dos partidos, onde elles existem 'regulares, com idéas assentadas e bem definidas^; sem que se faça sentir a necessidade d$. intervenção do poder, que, nas constitui- ções monarchicas, é collocado n'uma esphera superior, inaccessivel a senti- ^ mentos e interesses, qué não sejam os sentimentos e interesses da nação, tendo por seu principal dever registrar as rnodi- fições da opinião, chamando ao poder c partido que a tiver por si, e deixando-o governar sob sua responsabilidade. Esta a grande, importante, e proveito- sa atribuição da realesâ constitucional:' estudar e consagrar no gove«ao as va?- riantes da opinião. Governa os ministros, sob sua respon- sabilidade legal, pois ^não ha um | acto do governo , que hão se externe por meio delles; é o que se chama a imperso- nalidade do governo, que entretanto não exclue a inspecção e fiscalisação do rei, tanto mais indispensável e necessária, quanto menos regulares e puras são as eleições. Não é portanto.o rei constitucional um autômato, retirado da scena, desde que nomeia seu primeiro ministro : estava- mos bem servidos, si fosse assim,quando agora mesmo nosso primeiro ministro, velho e doente, mai sabendo do que corre por sua pasta,não é sinão a imagem viva de uma gloria militar, um nome e nada mais l... O que ensina o paiz, mestre em gover— no representativo, é que o soberano con- serva poderes discricionários na delibe- ração e resolução dos negócios submet- tidos á seu juizo; e como não ha acto im- portante da administração que não esteja sujeito á elle, criticando, approvando ou tido conservador, sorprendido elleV*°' rejeitando, está habituado a exercer próprio e admirado de sua, felicidade, ^^ ^ iateUigente inspecção sobre o 0 MONGE NEGRO POR CL1M1NCIA ROBBRÍ '> PRIMEIRA PARTE £."¦*{'"¦''-'¦'%' *¦'V '; ¦ 'aXÍ-v' O ASSALTO AO CONVENTO No dia seguinte o tempo estava tran- ¦quillo, o ceo puro e explendido, o conven- íío despertava emuma docequietaçao no aneio dos brilhos e<fiores-de suas paragens. As cinco horas da manhã o monge por- teiro,'tendo na mão um enorme molho de ichaves, abria as férreas portas ao mostei- to, que durante o dia conservavam f|| <chadas suas altas grades. O frade porteiro passando pelo baluar- ke da direita do muro do recinto, e lan- ¦çando um olhar para fora, notou um ban- do assaz compacto de gentes, que pare- ¦ciam munidos de compridas varas, e che- gavam a beira da agúa. A margem do Sena neste lugar erâ co- perta de relva e grandes arvores, forma- va o passeio o mais freqüentado desta parte da cidade. Mas, como eram apenas cinco horas da manhã, os gentis homens e bellas damas não sentiam necessidade de tomar ar, o frade porteiro ficou receioso deste ajunta- mento. Começou a fechar as portas que havia aberto, e foi dar parte de suaobser- vação aos padres do convento. Os monges julgaram não dever se in- quietarem com a informação do porteiro, attendendo que a praia era para todos. Na occasião em que tomavam esta conelu- são benevolá,ouvio-sederepente umbaru- lho espantoso, uma singular confusão de sons estridentes e vivos. _E este baru- lhe percorria.todaa extensão do edifício. Os religiosos dirigiram-se para o lado onde se ouvia-o" barulho, ui» grandes ga- lerias da fachada do norte. Chegados ali, os destroços de vidros que cobriam as na- les; mais~ além despidos os caixilhos de ¦ chumbo das janellas, formatído apenas uma ligeira rede diante dos~ ogivas lhes explicaram, o fracasso que acabava de acotitecec./ < Os reverendos padres tomaram áspres- sas suas vestes de couro e alabàrdas para repellirem rudemente os assaltantes. Eram com effeito Juvenal e os estudan- retaguarda» tes, que vinham em atiradores dar o pri- meiro assalto ao convento. Tendo trazido i comsígo suas machinas de sítio, isto é, suas escadas e fundas, haviam attingído ás alturas dos muros e dahi crivavam as janellas com pedras. Os estudantes divertiam-se em quebrar os vidros e estatuas de guerra, que pro- duzio grande barulho, satisfez a cólera, e isto sem custar lagrimas nem sangue. Os monges se dirigiram ás muralhas, abriram a porta falsa e se preparam para fazer uma sortida sobre os agressores e fazer-lhes pagar bem caro o prejuizo. Mas com grande surpreza não viram ninguém mais sobre a praia, e olhando de um e.outro lado na direcção do curso do rio, não descobriram traço algum da tro pa inimiga, que entretanto não podia ter desapparecido nas nuvens. . Voltaram julgando não ter mais de se oçeupar.com este incidente,? a não ser mandar de novo guarnecer os caixilhos de <&umbo.: . •: - l Mas não tiveram tempo de se despojar de seu equipamento militar; foramde novo alarmados pela repetição da sçena da fa- chada do norte, que se reproduzia do ou- tro lado contra as janellas da muralha da Desta vez apresentavam-se inimigos mais formidáveis que os quebradores de vidros; era um ataque sério contra o qual era preciso empregar todas, as forças da defeza. Os estudantes, trepando pelo muro da tapada e galgando sua crista, haviam ati- rado a ella suas escadas, e se approxi- mando o mais possível desta crista ás arvores mais próximas, fizeram pontes volantes, sobre as quaes puderam tomar posição, para melhor com suas fundas arremessar pedras contra o forte interior do edifício. Entretanto, estas hostilidades de pouco valiam; neste ponto havia apenas a es- touvada vanguarda tocando estrepitosa- mente o assalto da praça. Mas ao mesmo tempo via-se de todos os lados o muro erriçado de armas brancas e cabeças amea çadoras. E' que ò capitão Montlouis achava-se na face direita, com seus.besteiros, ele- vando suas cimeiras brilhantes e relu- zentes lanças; e na face esquerda o pra- ticanté Brisard é. seus companhei^s, induzindo também altivamente suas e a crença radicada no espirito publico a opinião, que não é a dos que tem inte- resse immediato na politica, massima das classes laboriosas, que pagam impôs- to, e aferem a bondade dos governos pelos benefícios que vêm á chover sobre o paiz; anno de 1430, em que o convento teve que se defender contra os archeírosdo rei e as gentes do parlamento, não fora sitiado de um modo tão terrível. Todos os monges da communidade cor- reiamao arsenal e se armaram dos pés á cabeça, arvoraram a bandeira do con- vento e voltaram afim de se formarem em ordem de batalha. Então, ouvio-se sobre a muralha um som de trombeta, indicando que se queria enviar um parlamentario. Depois,uma voz em nome dos assaltan- tos pedio que se apresentasse o superior dos Grandes Agostinhos. Esta requisição foi transmittida. Um momento depois vio-se o padre Romualdo se approximar. Estava desarmado, descoberto, com os olhos baixos e os braços cruzados sobre o governo. O desempenho das íuneções da realeza não pôde deixar de depender da capaci- dade e caracter pessoal do príncipe rei- nante, que necessariamente ha de exer- Vimos exigir que se ponha em liber- dade e nos seja entregue immediatamente o conde Gabriel de Lussac, nosso compa- nheiro e amigo, detido nesta casa religio- sa contra toda a justiça, sendo sua von- tade e a ndssa que elle seja livre e fique livre: por este preço, estamos promptos abaixar as armas e anos retirar dos mu- ros deste mosteiro,, sem lhe causar baru- lho e nem prejuizo. O padre superior não levantou os olhos não abrio os lábios; fez um único signal de commando. A este signal, partio das fileiras dos monges uma chuva de settas, tão vivas, tão cerradas e tâobem nutrida» que os assaltantes, feridos ou espantados, retrocederam, e em. um instante vio-s© limpa a crista das muralhas - Porém,não foi mais do que um primeiro- movimento de surpreza. Osbesteiros,protegidos por suas armas defensivas,voltaram á carga, encontrando COI com pridas montantes e a acha d'armas, Era. nina for^respeUavel, e desde u dos monges.resistência da parte dos monges. AO Sua bella figura resp-rava calma e ma- 2~^osPaUradores do ,„enal u* seu peito, e avançou até a primeira fileira betia figura respirava calma e ma- resistência da parte UL mesmo tempo os aura seu posto avançado, arremessavam seus projectis quasi a prumo sobre os defensoê- deluz"Qres do convento, e juntavam aos projectis Montlouis tomou a palavra.massas de ramas arrancadas das arvores, A chronica nos ha conservado a intima-1 massas^ae ram-^^ partei> 5ão íeita pelo eapltuo das companhias do ^^X^ de trectt^ rei nesta grave çirçumstancia.^ wrpuu* ^ gestade; o reflexo do sol sobre seu craneo tonsurado parecia dar-lhe umaauréola \'''fí". . . ¦ ' .. ' V- ¦-. ' '¦-. ¦' '; !.:¦.¦ '.." vy .::"-": ' ; ¦.>¦¦:*"'-¦ :¦¦...'¦:vVi-f.' /-".v--::\::-.:'- -¦'^•'¦£:->; '¦¦"¦''.:..:¦¦'¦- '.'¦' ¦¦¦¦:" ''¦'¦.¦'¦":''"¦;¦¦; ¦ ¦¦¦--¦-': -¦¦¦'. -~ _ ¦¦• ?•-.-• /'c'''' ¦ -1 -'¦' ¦ ¦¦ '-"rV '-- - ix-

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Numero avulso 40 rs.

órgão dos Interesses do gommercio, da lavoura e daDA INDUSTRIA ;

COMPLETA NEUTRALIDADE NA LUTA DOS PARTIDO POLÍTICOSRio de Janeiro ESCRIPTORIO E REDAGÇÃO - ROA DOS <)ÜMVES \. 5!

CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA¦ 1Ê»a*à esta capital, de hoje até o

€im do anuo 41SOOO.Para as províncias, de hoje até o

Qm do anno 6SOOO.

De fogos artificiaes: na rua da RealGrandeza n. 102, ás 31$, por P. Gon-çalves.

càrtat-que-seattribue ao Sr. ministro de

estrangeiros./ 4 ; í,''¦;A

Annunciosse-Aceitam-se annuncios para

«em publicados nesta columna, até

á,s 2 noras da tarde.Os que vierem depois dessa nora

«té » */», serão publicados em

outra secção da folha.

BASES COMMERCIÀESE .

QUASI BANCARIASO NEC PLUS ultra das garantias

Todo o relógio comprado na relojoariaE. J. Gondolo, acima de 608, torna-se areceber no.praso da garantia, com ounicoabatimento de 10°/o. ,

Cada corrente de ouro de lei vendidacesta casa a 4$ a oitava, torna-se a receber a 3ÍJ500 a oitava. - -

Nas garantias do relógio vendidos e.dos concertos desta casa salva-se so o«aso de desastre.

«BLOJOARIA E. 3. GONDOLO, FUNDADA1852, NA KUA DA CANDELÁRIA N. Ib.

MissasAmanhã:Na matriz da Candelária, ás 81/2, por

alma de Antônio Germano da Silva.

Em Santo Antonío dos Pobres,. ás 8horas, por alma de Maria Nocbi.

Em S. Francisco de Paula, ás 8 horas,

por alma do Dr. MariannO RodriguesJardim.

Em S. Francisco de Paula, ás 8 1/2,

por alma de José Teixeira dos Santos.

Na igreja da Conceição, ás 8 horas, poralma de D. Felisarda Augusta Meyer.

Em S. Francisco de Paula, ás 9 horas,por alma de D. Anna José Gomes da Sil-va.

Na matriz de SanfAnna, àsS 1/2, poralma de D Josepha Theresa.de MattosArmidant. '

Louvável solução

Sob a rubrica—Assumptos do dia—dá aGaseta de Notícias o seguinte:

«Informam-nosde um faeto que se estádando no. thesouro nacional e que nos pa-rece ser um pouco estranho ás boas nor- . , _ .mas que devem ser seguidas naquella re- vinciade Sergipe.

Confessamos que nos surprehendeu a

A solemne promessa do. governo impe-rial aos voluntários da pátria, acaba deser fielmente observada no provimentode dois officios de justiça: escrivão docommercio na capital de Pernambuco, ede orphãos da cidade de Maroim na pro-

piram-nos sentimentos superiores aos

interesses e instigações partidárias e apre—essa opinião, sempre imparcial ejusta,condemna a continuação Se uma ordem

EM

EspectaculosTheatro S. Pedro de Alcântara.—Theatro S. Luiz.—Theatro Casino.—A Moreninha.Phenix Dramática..Theatro D. Izabel.Theatre des Varietès.Theatro Circo.—Trabalhos da Com-

spanhia Ingleza.

PassageirosEntrados^ do Rio da Prata no Equa-

tõ Miguel Rosa, Domingos Lourenço Car-

reras Domingos Romano Amigo, Domm-gasJÒsepha,Domingos Rosa; osfrance-les Dabos Antoine, Gazes Jean, Monte-sue Charles, Richard Alexandre Ban-§on'RoseMarie,JosePhB^ton SebastiãoMorales: os hespanhóes Nicolas Savojafsua mulher, Emilio de Potestade, suafamilia ; os Pianos LuraschiÂdelinaFrancisco Perretti. Luiz Isnard. Catte-rine Carlos Giuseppe ; o inglez HyppolitoSeorgeAnderson; o ottomano SalomãoRabin. e mais 102 em transito.

Sahidos para o Rio da Prata no Riva-davia : >

Agostinho Lopes Gonzalez,Luiz Lourei-ro,a austríaca Helena Roemei¦: os italia-nosDemartineEnriqueeParodiSalvadoro hollandez Rodolpho Mumer, e mais 116

passageiros em transito.

« Apresenta-se um portador de contaschamadas a pagamento, e quande-se tra-ta de quantias importantes, diz-se-lhe queo thesouro faz o pagamento,da terça parteda quantia em dinheiro e o resto em le-trás a 6 mezes, ao juro de 6 %•

« Isto não só revela mau estado de h-nançás, como principalmente uma certaarbitrariedade em lançar mão de recursosque não são legalmente reconhecidos. ,

a Desse modo, os credores do thesourosão obrigados, ou a deixarem, contra suavonltMe, o#seus capitães em deposito nacasa, ou a irem descontar as letras emoutros estabelecimentos com prejuízonunca inferior a 2 %.

« A alguns desses portadores de contas,consta-nos que se tem dito, quando ellesrecusam a proposta, que dentro de lo diaso thesouro poderá fazer o pagamento m-

« Esta explicação parece-nos o que secostuma chamar— uma desculpa de mâopagador: porque, si realmente o tne-souro pôde em tão pouco prazo satisfazerseus compromissos, tratando-se como setrata, não de letras vencidas, mas decontas sem prazo improrogavel, °a™»

ciamos os factos de ponto de vista muito • áe cousas, na qual não vè um principio,elevado; tanto que começamos por profli- j 0XÍ interesse nacional que a legitime.

leitura dos decretos, não por entendermosque outra devera ser a solução: é incon-testavel o direito dàquelles que volunta-riamente arriscaram sua vida pela pátriana preferencia aos empregos que pre-tenderem, e sempre que suas habilitaçõespoderemjcompetir com as dos outros can-didatos.

E' seu direito, emanado de uma pro-messa á nação, consagrada em lei; quan-do o governo, obrigado a defender a honranacional, invocou o patriotismo dos cida-dãos, affiançando que não se arrepende-riam de acudir aos reclamos, da pátria,pois seriam recompensados.

Sorprehendemo-nos,entretanto, porquesabíamos que os deputados das duas pro-vincias faziam questão da confirmação

sena °-os provimentos provisórios que haviam

muito mais simples não chamar os por-tadores dellas, retardar um p^uco o ex-pediente, do que dar.este triste exemplo.»

Traz o folhetim de Nemo.

Trata o Diário "Popular de questões-relativas a assignaturas na estrada deferro. v

Vapores esperadosRio da Prata, Habsburg • • • •Portos do Norte, Bahia...... ¦•¦•¦¦• •Hamburgo (Lisboa e Bahia), Rio...

151617

ReuniõesAssembléa geral da Sociedade ^hilar-

<nionica Fluminense, no dia 16, para dis-•cussao dos novos estatutos.

Club Beneficente dos guardas-livros,3i©je, ás 8 horas.

Democratas de Luva Preta, hoje, as--sembléa geral extraordinária.

C. Filhos da Noite, hoje, ás 9 horas. ?

Associação B. Commercial, hoje, ás 7

Grande Oriente Unidq do Brazil, hoje,cessão extraordinária-

Retiro Litterariô Portuguez, hoje, ás'7 1/2.

Sociedade Auxiliadora da IndustriaNacTonal, hoje ás 6 l/2;da tarde, conse-lho.

Vapores a sahirBremen (Bahia, eLisboa), Habsburg. 15Portos do Sul, Calderon (meio-dia)... H

0 GLOBO

As novas exigências do thesouro

LeilõesAmanhã:De moveis: na rua da Assembléa n. 63

A Reforma acha que todo o ministérioestá profundamente desmoralisado, que

si houver mudança no gabinete, deve ella

ser completa.mas que em caso algum deve

permanecer o membro apodrecido, cujo

contacto corrompe os outros membros, e

vicia o meio ambiente e social. Traz dif-

ferentos chronicas políticas, uma dellas

sobre o contrato para navegação entre o

Rio de Janeiro e Nova-York.

ás 10 1/2, por E. BalmatDe fazendas : na rua do Rosário n. 8L

-.-ás 11 horas, por Amaral Pimenta.

De fazendas e roupas feitas: na rua doVisconde de Itaúna n. 102, por Silva Gui-vmarães.

Quadros e pinturas : ás 11 horas na rua•do Hospício n. 62, por R. Grey.

De chapeos do Chile: na rua de S. Pe-¦dro n. 54 ás 11 horas, por J. Bancalan.^

De charutos: na rua da Constituiçãoai. 1B, ás 4 da tarde por E. Pontes.

De moveis: na rua do Conde do Bomfimm. 62, ás 4 1x2 da tarde por R. Corrêa.

De prédio: na rua de D. Felicianati. 103, ás 4 da tarde, por Joaquim da ü.-Guimarães.

Sempre os bonds,ê o titulo de um artigo

da União do Vovó.

Entende a «Republica,» que mais al-

guns annos dessa politica mercantil e

corruptora do imperialismo, e ò pudor,

que devera ser a manifestação de um sen-

timento vulgar, será olhado com estra-

nheza, como um acto audacioso, um arro-

jado protesto da dignidade nacional.

FOLHETIM 15

O «Diário do Rio» responde á «Refor-

ma» relativamente ao trecho de uma

Abrimos espaço na revista da imprensa

ás sensatas e justas observações da Ga-

seta de Noticias sobre a nova imposição

que no thesouro nacional se anda a fazer

aos credoresdo estado que alli levam assuas contai para o devido embolso.

Queixas idênticas] as levadas á Gaseta,nos foram hontem trazidas, mas em hora

que nos era já impossivel tomal-as em

consideração.Como não poderíamos fasel-o melhor do

que o illustre contemporâneo, limitamo-

nos a reproduzir as suas palavras,accres-centándo, entretanto,que anda o commer-cio da corte em verdadeiros apuros.

O recurso transitório de que o governolançava mão para haver de momento al-

guns capitães, qual o da emissão de bi-lhetes do thesouro á juro de 6 °/° pagosadiantados, tem-se tornado nos últimostempos meio permanente de receita, comvisivel gravame para o commercio quevê dificultados os descontos de seus titu-

los mesmo a juros mais elevados.O presente semestre, acreditamos, se

não fechará sem muitas fallencias; algu-mas se tem já pronunciado nesta ultima

quinzena.Attenda o governo que atravessamos

uma época muito critica.Na alfândega da corte são creados ao

commercio honrado os maiores óbices, e

para contrapeso acaba de ser regularisadaa cobrança dos novos impostos que ar-

rançam dinheiro e augmentam trabalhode expediente aos tributados.

Vamos por muito ináo caminho.Cumpre retroceder emquanto é tempo.

alcançado dos presidentes.Não esperávamos que o direito superas-

se os empenhos, habituados como esta-mos a ver que os ministros vivem per-

Isuadidos de que sua força não provem da

fidelidade as idéas, nem do zelo com queservem á nação e dirigem os negócios pu-blicos á sèu cargo,—provem da bonomiapara com os deputados.

Tanto mais tranquillos e seguros re-

putam-se osministros.quanto mais dóceisse mostram ás exigências e imposições dosdeputados amigos, por mais contrários

que sejam ao interesse publico, desar-rosoadas e iniquas.

Passamos, portanto, por uma agrada-yel supresa, vendo que o direito trium-

phou, e o Sr. ministro da justiça não ca-

pitulou com seu dever, para servir aosamigos.

Si nada temos que ver com as querei-Ias, que as deputações costumão agitar

por detraz dos resposteiros dos ministros,elevando-as á altura de graves questõesde estado ; sem eutrarmos na indagaçãode quem foi o vencedor ou o vencido; jul-gamos, entretanto, cumprir nosso^deverapplaudindo as nomeações a que allu-dimos.

Applaudimos por ver que ha nos con-selhosdo governo quem eficazmente pa-trocine a causa des voluntários da pa-tria, e ampare a honra do governo, quenão pôde, sem deshonrar-ser fugir aocumprimento da palavra que solemne-mente empenhou.

Qualquer que tenha sido a influencia

que venceu, pôde congratular-se porquedéstá vez amparou a justiça e a morali-dade do governo,

gar os governos partidários, vendo nellesa origem de grande parte, sinão de todosos males, de que se queixa a nação,—-en-feudada ajHBfcfrarttdo, ou antes,na phrasedo Sr. José de Alencar,partiãa de homens

que desapiedadamente a exploram ; per-turbam sua marcha progressiva; e lhe

corrompem as fontes da vida moral.Si não podemos ser indifferente aos

principios e idéas predominantes na altadirecção politica do paiz, e estamos per-suadido de que só o espirito liberal, ino-culado nas leis, no governo, na adminis-tração e nos costumes, poderá franquearao Império senda diversa da que temtrilhado e vai trilhando; comtudo nãoncís-move interesse partidário.

O que nos preoecupa é o paiz, o paizanteposto aos partidos:—a qualquer dei-les; não havendo nenhum que em nossoespirito valha o menor sacrifício da feli-

cidade da nação.Mirando a este alvo, si, como deixamos

dito, não pode ser-nos indifferente que o

governo se dirija pelas idéas conservado-

O que ninguém poderá negar é que alongo domínio de um partido no governo-necessariamente o estraga; isto em paizesonde os partidos temontra vitalidade, são

guiados por principios diversos dos que-dirigem os nossos em sua vida pratieaíquarto mais aqui, onde levantam sua in-fluencia sobre os elementos officiaes,—plantam-se sobre a administração publica,de modo que em pouco tempo se estragam-a si, e estragam os elementos de governo.

A situação está esgotada; â nação quetem sede de justiça e moralidade, quesente a ausência de governo, já não pôdesupportar a actualidade; e no entantoaquelles que se dizem representantes -do

povo, sustentaram o ministério que con-creta a situação, e continuarão a susten-talo unicamente por interesse partidário.

Ha patente antagonismo entre o paizreal e o paiz oficial, e nada pode haver demais prejudicial ao progresso de um povo;mas é um antagonismo que não dependeda nação fazer cessar, como aconteceonde ha verdadeiro systema representa-

i

ras ou liberaes; si estamos persuadido

A. situação

CARTAS POLÍTICAS 1 REDAGÇÃO DO

GLOBO

VIII

A' nosso respeito não se poderá dizer

que dirigimos a S. M. o Imperador peti-

ção de graça, ou lhe estamos supplícandox> poder.

Não se pode dizer, porque somos uma

individualidade e não um partido: ins-

de que o paiz reclama'reformas, que lheassegurem na direcção de seus negóciosa influencia do sopro fecundo da liber-

dade, a que alludio o Sr. Ferreira Vianna,atribuindo-lhe a grandeza e progresso darepublica Norte Americana em compara-

ção com o nosso atraso; si entendemos

que a época é das idéas liberaes, queenchem as aspirações e anhelos da naçãobrasileira; se não vemos que tenha o

paiz alguma cousa a ganhar com a conti-nuação do longo dominio do partido con-servador,e antes tudo á perder; si não po-demos deixar de considerar um perigopara as instituições a posse do poder mo-

I nopolisadaporum partido ; si não desço-brimos onde está a vantagem de obrigarum grande partido, como o liberal, a se

crer impossivel, levando-o a dispersar-se;apesar de todas estas considerações, quenos parecem de grande peso, temos a pre-cisa isenção de espirito, para não nosimportar individualmente que governeeste ou aquellè partido.

Podemos, portanto, afirmar sem receiode uma justa contestação, que não oppo-

riamos a menor objecção á continuar a. si-

tuação, si o partido que, ha cerca de dezannos, governa, podesse, pelo menos, as-

segurar-nos ordem e moralidade na admi-

nistração.A esterilidade da ultima sessão legisla-

tiva, e quando não fosse ella, as manifes-tações de órgãos muito distinetos do par-tido conservador, e outros • significativossymptomas, denunciam que a situaçãotocou fatalmente á seu termo ; nada mais

podendo esperar-se que produza de bom

e útil ao paiz.Que se poderá mais esperar-se delia ?

Nada, porque nem ao menos poderáimprimir alguma ordem na administra-

ção, nem concertar as finanças.Esta a crença intima do próprio par

tivo, e á nação compete a ultima palavrana indicação das idéas que devem preva-lecer no governo.

Dá-se então o revesamento natural dos

partidos, onde elles existem 'regulares,

com idéas assentadas e bem definidas^;sem que se faça sentir a necessidade d$.intervenção do poder, que, nas constitui-

ções monarchicas, é collocado n'uma

esphera superior, inaccessivel a senti- ^mentos e interesses, qué não sejam os

sentimentos e interesses da nação, tendo

por seu principal dever registrar as rnodi-fições da opinião, chamando ao poder c

partido que a tiver por si, e deixando-o

governar sob sua responsabilidade.Esta a grande, importante, e proveito-

sa atribuição da realesâ constitucional:'estudar e consagrar no gove«ao as va?-riantes da opinião.

Governa os ministros, sob sua respon-sabilidade legal, pois ^não ha um sô

| acto do governo , que hão se externe pormeio delles; é o que se chama a imperso-nalidade do governo, que entretanto não

exclue a inspecção e fiscalisação do rei,tanto mais indispensável e necessária,

quanto menos regulares e puras são as

eleições.Não é portanto.o rei constitucional um

autômato, retirado da scena, desde quenomeia seu primeiro ministro : estava-mos bem servidos, si fosse assim,quandoagora mesmo nosso primeiro ministro,velho e doente, mai sabendo do que corre

por sua pasta,não é sinão a imagem vivade uma gloria militar, um nome e nadamais l...

O que ensina o paiz, mestre em gover—no representativo, é que o soberano con-

serva poderes discricionários na delibe-

ração e resolução dos negócios submet-tidos á seu juizo; e como não ha acto im-

portante da administração que não esteja

sujeito á elle, criticando, approvando outido conservador, sorprendido elleV*°'

rejeitando, está habituado a exercerpróprio e admirado de sua, felicidade, ^^ ^ iateUigente inspecção sobre o

0 MONGE NEGROPOR

CL1M1NCIA ROBBRÍ '>

PRIMEIRA PARTE£."¦*{'"¦ ''-'¦'% '

*¦'V '; ¦

'aXÍ-v'

O ASSALTO AO CONVENTO

No dia seguinte o tempo estava tran-¦quillo, o ceo puro e explendido, o conven-

íío despertava emuma docequietaçao no

aneio dos brilhos e<fiores-de suas paragens.As cinco horas da manhã o monge por-

teiro,'tendo na mão um enorme molho de

ichaves, abria as férreas portas ao mostei-

to, que durante o dia só conservavam f||<chadas suas altas grades.

O frade porteiro passando pelo baluar-

ke da direita do muro do recinto, e lan-¦çando um olhar para fora, notou um ban-

do assaz compacto de gentes, que pare-¦ciam munidos de compridas varas, e che-

gavam a beira da agúa.A margem do Sena neste lugar erâ co-

perta de relva e grandes arvores, forma-

va o passeio o mais freqüentado desta

parte da cidade.Mas, como eram apenas cinco horas da

manhã, os gentis homens e bellas damas

não sentiam necessidade de tomar ar, o

frade porteiro ficou receioso deste ajunta-

mento. Começou a fechar as portas quehavia aberto, e foi dar parte de suaobser-vação aos padres do convento.

Os monges julgaram não dever se in-

quietarem com a informação do porteiro,attendendo que a praia era para todos.

Na occasião em que tomavam esta conelu-

são benevolá,ouvio-sederepente umbaru-

lho espantoso, uma singular confusão de

sons estridentes e vivos. _E este baru-

lhe percorria.todaa extensão do edifício.

Os religiosos dirigiram-se para o lado

onde se ouvia-o" barulho, ui» grandes ga-lerias da fachada do norte. Chegados ali,

os destroços de vidros que cobriam as na-

les; mais~ além despidos os caixilhos de¦ chumbo das janellas, formatído apenas

uma ligeira rede diante dos~ ogivas lhes

explicaram, o fracasso que acabava de

acotitecec. / <Os reverendos padres tomaram áspres-

sas suas vestes de couro e alabàrdas

para repellirem rudemente os assaltantes.Eram com effeito Juvenal e os estudan- retaguarda»

tes, que vinham em atiradores dar o pri-meiro assalto ao convento. Tendo trazido

i comsígo suas machinas de sítio, isto é,suas escadas e fundas, haviam attingídoás alturas dos muros e dahi crivavam as

janellas com pedras.Os estudantes divertiam-se em quebrar

os vidros e estatuas de guerra, que pro-duzio grande barulho, satisfez a cólera, eisto sem custar lagrimas nem sangue.

Os monges se dirigiram ás muralhas,abriram a porta falsa e se preparam parafazer uma sortida sobre os agressores efazer-lhes pagar bem caro o prejuizo.

Mas com grande surpreza não viramninguém mais sobre a praia, e olhando deum e.outro lado na direcção do curso dorio, não descobriram traço algum da tro

pa inimiga, que entretanto não podia terdesapparecido nas nuvens.

. Voltaram julgando não ter mais de seoçeupar.com este incidente,? a não sermandar de novo guarnecer os caixilhos de<&umbo. : . •: - l

Mas não tiveram tempo de se despojarde seu equipamento militar; foramde novoalarmados pela repetição da sçena da fa-chada do norte, que se reproduzia do ou-tro lado contra as janellas da muralha da

Desta vez apresentavam-se inimigosmais formidáveis que os quebradores de

vidros; era um ataque sério contra o qualera preciso empregar todas, as forças da

defeza.Os estudantes, trepando pelo muro da

tapada e galgando sua crista, haviam ati-

rado a ella suas escadas, e se approxi-

mando o mais possível desta crista ás

arvores mais próximas, fizeram pontesvolantes, sobre as quaes puderam tomar

posição, para melhor com suas fundas

arremessar pedras contra o forte interior

do edifício.Entretanto, estas hostilidades de pouco

valiam; neste ponto havia apenas a es-

touvada vanguarda tocando estrepitosa-

mente o assalto da praça. Mas ao mesmo

tempo via-se de todos os lados o muro

erriçado de armas brancas e cabeças amea

çadoras.E' que ò capitão Montlouis achava-se

na face direita, com seus.besteiros, ele-

vando suas cimeiras brilhantes e relu-

zentes lanças; e na face esquerda o pra-

ticanté Brisard é. seus companhei^s,

induzindo também altivamente suas

e a crença radicada no espirito publicoa opinião, que não é a dos que tem inte-

resse immediato na politica, massima

das classes laboriosas, que pagam impôs-

to, e aferem a bondade dos governos pelosbenefícios que vêm á chover sobre o paiz;

anno de 1430, em que o convento teve que

se defender contra os archeírosdo rei e as

gentes do parlamento, não fora sitiado de

um modo tão terrível.Todos os monges da communidade cor-

reiamao arsenal e se armaram dos pésá cabeça, arvoraram a bandeira do con-

vento e voltaram afim de se formarem

em ordem de batalha.Então, ouvio-se sobre a muralha um

som de trombeta, indicando que se queriaenviar um parlamentario.

Depois,uma voz em nome dos assaltan-

tos pedio que se apresentasse o superior

dos Grandes Agostinhos.Esta requisição foi transmittida. Um

momento depois vio-se o padre Romualdose approximar.

Estava desarmado, descoberto, com os

olhos baixos e os braços cruzados sobre o

governo.O desempenho das íuneções da realeza

não pôde deixar de depender da capaci-dade e caracter pessoal do príncipe rei-

nante, que necessariamente ha de exer-

— Vimos exigir que se ponha em liber-

dade e nos seja entregue immediatamenteo conde Gabriel de Lussac, nosso compa-

nheiro e amigo, detido nesta casa religio-sa contra toda a justiça, sendo sua von-

tade e a ndssa que elle seja livre e fique

livre: por este preço, estamos promptosabaixar as armas e anos retirar dos mu-

ros deste mosteiro,, sem lhe causar baru-

lho e nem prejuizo.O padre superior não levantou os olhos

não abrio os lábios; fez um único signal

de commando. A este signal, partio dasfileiras dos monges uma chuva de settas,

tão vivas, tão cerradas e tâobem nutrida»

que os assaltantes, feridos ou espantados,retrocederam, e em. um instante vio-s©

limpa a crista das muralhas -Porém,não foi mais do que um primeiro-

movimento de surpreza.Osbesteiros,protegidos por suas armas

defensivas,voltaram á carga, encontrando

COIcompridas montantes e a acha d'armas,

Era. nina for^respeUavel, e desde u

dos monges. resistência da parte dos monges. AOSua bella figura resp-rava calma e ma-

2~^osPaUradores do ,„enal u*

seu peito, e avançou até a primeira fileira

betia figura respirava calma e ma- resistência da parteUL mesmo tempo os auraseu posto avançado, arremessavam seus

projectis quasi a prumo sobre os defensoê-deluz" res do convento, e juntavam aos projectis

Montlouis tomou a palavra. massas de ramas arrancadas das arvores,A chronica nos ha conservado a intima-1 massas^ae ram -^^

partei>5ão íeita pelo eapltuo das companhias do

^^X^ de trectt^rei nesta grave çirçumstancia. ™ ^ wrpuu*

^

gestade; o reflexo do sol sobre seu craneo

tonsurado parecia dar-lhe umaauréola

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c_r a influencia que lhe provém de seucaracter, juizo, e longa experiência.

Uma longa pratica do governo, familia-risando com os negócios publicos, asse-gura ao rei considerável vantagem sobreos ministros, ainda os veteranos; e a in-

finivel influencia da alta posição já pori constitue uma base substancial de

poder; mas para o bom desempenho desuas funeções, é indispensável que o so-lieràno esteja sempre disposto e queiratrabalhar, aliás lhe será impossível pôr-se a par dos múltiplos negócios,.e exer-cer sobre elles a fiscalisação que competeâcoroa. ;

"tfm soberano indifferente ás funeçõesda realeza, que abandona a parte que lhecabe no governo, se fôr servido por bonsministros, não eausará darano a causa pu-blica; mas com esta renuncia da legitimainfluencia do elemento monarchico, pode4_rriscar-se a sua permanente privação,

Accresce que em quanto o soberano, fia-do em que seus ministros são hábeis e pa-triotas, pode renunciar a activa inspecçãodos negócios, sem aparente prejuízo pu-blico, virá um momento de cahir o gover-no em mãos de homens pouco escrúpulo-sos, ficando a nação privada do freio queum monarcha vigilante pode manter.—freio que, por não se perceber, não deixade ser muito valioso, podendo ser suffi-ciente, em qualquer emergência, parasalvar o paiz do desgoverno; por que orei pode demittir o ministério, e chama routro á seus conselhos, sempre que nãoofizer por considerações pessoaes, maspor motivos de interesse publico, guiadopor alguma rasão de Estado (1).

Os que não cessam de invocar as theo-rias e praticas inglezas, vêm bem que naInglaterra o rei não é um manequim nasmãos de um partido que se apossadopoder, e dispondo á seu talante dos ele-mentos officiaes, pôde nelle perpetuar-se.

Si na Inglaterra não ha esse perigo, ha_o Brasil, onde o partido que governa,com o systema eleitoral vigente, sempreha de ter parlamento que o sustente.

Achamo-nos agora mesmo neste caso :temos no governo um partido que tudoemprega para nelle perpetuar-se, e nas

, urnas nunca será vencido ; qual será omeio de deslocal-o, -quando sua conti-nuação está causando grandes males anação?

Pacificamente só ha um: o exercíciofranco da prerogativa imperial, para aqual appellamos,desde que pensando comThiers entendemos que a revolução,itZíi-ma ratio ãospovos,não se ãecreta nem seaconselha.

Na responsabilidade moral do Impera-dor está a chave da situação : para elle,portanto, appellamos.

PUBLICOLA..

EXTERIOREUROPA.

Datas de Lisboa até 28 do passado.Ainda estava a Europa sob a impres-

são da derrota de Mouktar-Pachá, naÁsia. Na Inglaterra agitava-se a quês-•tão da paz e segundo discursos ultima-mente pronunciados pelos ministros, pa-rece que o governo inglez só espera oc-casião azada para offerecer seus bonsofficios com o fim de restabelecer a paz.

No dia 18 houve segundo «Memo-rial Diplomático» uma entrevista entrelord Derby e os embaixadores da Turquia,Áustria e Ifrança, e nessa mesma noutepartiram para Constantinopla correioscom importantes communicações.

No parlamento húngaro houve aindaalgumas discussões entre o deputado Hei-fy e o governo, a respeito da questão doOriente. O Sr. Tisza, em nome do gover-no, reiterou de novo as suas auterioresdeclarações de que o governo húngaro sa-

berá. manter os interesses da monarchiasi por acaso esses interesses fossem ata-

, tados por qualquer dos belligerantes, o

que o governo hão espera; que além dissoo governo guarda absoluta nèutralida-de e que por isso não ha motivo para se-receiar perigos pára o império austro-húngaro. A câmara apoiou as declara-ções do ministro; e votou uma moçãotendente a significar essa confiança.

Na Dinamarca abrio-se no dia 17 o rei-chstag dinamarquez. Espera-se que asessão seja muito agitada. A luta que haannos existe entre o rei, a primeira ca-mar a e. o Folkething parece continuar.O combate empenhar-se-ha novamentequando se discutir o orçamento.

Nà Suécia o governo chegou a um ac-côrdo com o governo francez para a cessãoá França da possessão sueca nas Antilhas,a ilha de S. Bartholomeu. Agora faltaunicamente a ratificação das câmaras dosdois paizes. No entretanto, o governosueco consultou a população branca dailha, que sé pronunciou por 351 votos con-tra 1 pela cessão à França. A Suécia re-ceberá, por esta cessão, uma indemnisa-ção de 200:000 coroas ou 55:500#000.

Falla-se muito em Hespanha, na uniãodos constitucionaes com os centralistas.

Na Itália está próxima a abertura doparlamento e por isso a opinião publicase occupa já das reformas que o governoprometteu. As mais importantes d'estasreformas são as seguintes : extensão dodireito do voto ; a quertende a emancipar,n'uma certa medida, a administraçãocommunal e a administração provincialda tutela do governo ; emfim, a que deveregular definitivamente a exploração daslinhas de caminhos de ferro comprados.Pelo que se refere ao primeiro ponto é pro-vavel, diz um correspondente, que se fa.rá uma reforma moderada, tendo por fimreformar o corpo eleitoral, introduzindonelle algum elemento novo, mas affastando todavia os elementos intempestivos, eu.ja agitação dá facilmente uma feição sub-versiva ás lutas eleitoraes.

Foi removido para a companhia deaprendizes marinheiros da província daiJahia o |ó;^ã-^Sty''^ armada Dr. An-tónio José de Araújo. 1||

NOTICIAS DIVERSAS

s A capitania do porto do Ríô Grande doSul vio-se ultimamente embaraçada, e sógraças a energia e força de vontade dopresidente da província, conseguio- sesalvar a situação.

Era o caso, que se desconcertaram doiscarros empregados no transporto decaryãoe não cabia nas attribuições do capitão doporto, nem nas do presidente mandarreparar tão grande mal, e só depois áetroca de telegramma.s que chegaram aseu destino com muito atrazo, recebeu opresidente um officio approvando a reso-lução de, em virtude de sollicttação dacapitania do porto, autorisar a despeza de928000 com os concertos de dous carrosempregados no transporte de carvão;sendo que,quanto aos reparos do trapicheda mesma capitania convém aguardaroccasião mais opportuna paraefféctual-òs.

Por falta de verba, não se attendeu aosreparos do trapiche.

O dinheiro é pouco para se gastar emcommissões inúteis, empregos desneces-sarias, e compras dispensáveis.

Que terra bem governada I E ha quemse queixei

Sna Magestade ó Imperador, acompa-hhado de, seu camarista e capitão de pi-quètè, chegou hontem ao arsenal de ma-rinha.áslO hóirás e 30 minutos da ma-nhSrèfoi recebido pelo respectivo, ins-

pectóre ajudantes ; embarcou na galeotaa remos, seguindo para a de vapor, na

qual dirigio-se á ilha do Bom Jesus, vi-sitando minuciosamente o asylo de inva-lidos da pátria e deposito de madeira darepartição dè marinha, ambos naquellalha, regressando ao arsenal de marinha,onde desembarcou a 1 hora e 30 minutosda tarde.

i nfelizmente,1

O Sr. Buquê de Caxias não tem,

experimentado me-

horas sensíveis na sna nova resi-

dencia da Tijuca»

Informam-nos qae fai S. Ex. visi-

tado pelo Sr. visconde de Jaguary.

Foi approvada a transferencia feitapor Feliciano Freire da Silva a seu irmãoRaymundo Brando Freire da Silva, dodireito na concessão para salga, secca epesca de peixe nas províncias do Pará,Maranhão e Amazonas.

O capitão de estado-maior de artilhariaAntônio Francisco Duarte pedio ser no-meado commendador da ordem da Rosa,allegando os serviços que prestou ao Es-tado na commissâo de compras de arma-mento e artigos bellicos na Europa.

Requerimentos despachados pelo mi-nisterio da marinha:

Manoel Ignacio Martins PamplonaCorte Real.—Ao inspector do arsenal parainformar.

Maria Baptista Vieira da Silva.—A' con-tadoria para informar.

Francisco Martins Pinheiro.— Ao con-selho de compras, idem.

Serventes extranumerarios do almoxa-rifado.—Aviso ao ministério da fazenda.

Antônio Martins Lage & Filho.—Idem.D. Julia Maria da Costa Mattos.— A'

secção de fguerra e marinha do conselhode estado para dar parecer.

Serventes da 2a secção do almoxarifado.—Aviso á contadoria.

1° Tenente Theotonio Meirelles da Silva.— Idèm.

Antônio Carlos da Veign Junior &Comp.— Dirijam-se á contadoria.

Travassos.- Comp. e Estevão de AguiarGemini.—Aviso á contadoria para compa-rar os preços de suas propostas.

Jonh Simpson. — A' intendencia parainformar.

Antônio Pedro Canovas.—Informe oSr. Dr. cirurgião-mór.

José Pereira Rezende.—Deferido.André Antônio da Fonseca.— Idem.

Temos folhas do Rio da Prata até 9 docorrente.

Tinham recomeçado em Buenos-Ayresas conferências entre o enviado do Chilee o ministro das relações exteriores ácer-ca da questão de limites entre aquellarepublica e a Argentina.

Era esperado na dita capital o cadáverdo Dr. Macbain. Por motivo dos sueces-sos do Paraguay, ia partir para Assump-ção a canhoneira argentina Paraná.

Sabia-se que em Assumpção foram feitasnumerosas prisões. Muitas famílias emi-gr aram.

1—*— **¦ ¦»¦¦¦¦¦_¦ i II **¦!

Ha na província de Santa Catharina juma velha barca denominada—Tapajós—que para cousa alguma serve e depois demuita consulta e parecer, resolveu-se ven-del-a.

O-ministro, porém,entende que se deveannunciar hasta publica, receber propôs-tas, que aqui virão ter por intermédio dopresidente d'aquella província. As repar-tições competentes serão ouvidas, e quando o presidente receber solução final, éprovável que ha muito esteja no fundo abarca Tapajós. .

O estado perderá algum dinheiro, masao menos ficarão salvas as formalidadesde nossa administração, e as prerogativasdo ministro.

Agora, sem malícia, si o -candidato ácompra da Tapajós fosse algum deputado,parente de influencia nos ministérios, ouecommendado de qualquer notabüidaãeabunda tanto este gênero entre nós!) nãose teria saltado por cima de tudo ?

Com certeza se teria procedido diversa-mente, dirão todos que conhecem as cou-sas publicas do Brazil.

Rio de Janeiro—-Ministério dos ne-.gocios da marinha em 31 de Outubro de'1877v.;;

Sendo ouvida Ta secção de guerra e ma-rinha do conselho de estado sobre ó re-

querimento em que o major Luiz José deMenezes Fróès pede se lhe declare a ver-dadeira intelligencia do § 2° do árt. 2o dodecreto n. 2756 de 27de-Feyereiro de 1861na parte relativa á profundidade em quedevem ser construídos os curraes de pei-xe. S. M. p Imperador houve por bem,

porimmediata resolução de 27 do corren-te, conformar-se com o parecer da mesmasecção o qual se acha de accordo com oemittidó na consulta do conselho naval,n. 3448 de 14 de Agosto antecedente; fi-cando portanto entendido que os tres pai-mos d'agua de que trata a supradita dis-

posição é a máxima profundidade que nabaixa-mar devem ter os lugares em que se

pôde permittir a construcção de curraesde peixe : o que a V. S. comraunico parasuaintelligencia,e em solução ao mencio-nado requerimento por V. S. informadocom o officio n. 54, de 27 de Julho desteanno.

Deus guarde a V. S. — Luiz AntônioPereira Franco. — Sr. capitão do portoda corte e província do Rio de Janeiro.

Ministério dos negócios do Império.—Rio de Janeiro em 13 de Novembro de1877.

Remettendo a V. S. Reverendissima-oconhecimento junto, do qual consta quefoi recolhida á thesoüraria geral do the-souro nacional, com destino ao bispo dadiocese do Ceará, a quantia de200gC_#por V. S. Reverendissima offerecida, afimde ser applicada em beneficio das victimasda secca do norte, cabe-me, em nome dogoverno imperial, agradecer o donativo elouvar os sentimentos de caridade e pa-triotísmo de que é elle uma prova.

Deus guarde a V. S. Reverendissima.—Àntonió da Costa Pinto Silva.— Sr. co-nego João DiogoPereira.de Vasconoellos.

Sepnlton-se hoje* no cemitério doS. João Baptista, o capitão de estado-maior de artilharia Franldim MendesVianna, moço distincto pelo seu caractere .Ilustração.

Quanto tempo levaria o .honradoSr. ministro da marinha, a pensar, con-sultar, resolver e expedir officio ao ins-pector do arsenal de marinha de Matto-Grosso, autorizando-o a mandar forrar depinho de Riga, como propuzera a directo-ria das construcçôes navaes, o casco dovapor Voluntário da Pátria, devendo,porém, isto ter logar depois de rigorosa-mente examinado p dito vapor, e reconhe-cer-se, que semelhante obra fica muitoabaixo da metade do valor actual domesmo navio ?

E si perguntar-se a S. Ex. a razãopela qual prefere aquella madeira a qual-quer outra, que resposta daria ?"

Amanhã terá lugar no theatro S. Pe-dro de Alcântara a Ia representação deuma peça de grande espectaculo, ornadade musica, coros, bailados, evoluções etc.etc, intitulada O rei das areias de ouro.

Foi vertida para o portuguez pelo Sr.Arthur de Azevedo.

A musica é original do maestro Cyriacode Cardoso.

Esta peça, montada com todo o esmero,se levará á scena em beneficio do talen-toso actor o Sr. Dias Braga.

Chegam a 12:4588570 as sommas sahi-das de Santos para as victimas da secca»:

(1) Alpheus Todd. On parlamentarygqvernmentin Englanã.

ramagens que partiam, se batiam e cru-zavam-sé no espaço,

E os estudantes,que nunca acham o ba-rulho bastante, misturavam a tudo istoos estrepitos de suas vozes, seus gritos,provocações e violentas descomposturas

-aos monges.Durante este tempo-os estudantes, com-

-mandados por Brisard, trabalhavam com.maior ardor ainda.

Trataram' logo de penetrar na praça, ar-rasando uma muralha. Sabiam perfeita-xnesite, sem terem aprendido em Sorbon-na, demolir a golpes de machado, arran-cai-as do cimento e fazel-as rolar uma apózoutra, Com o ardor com que trabalharam.,

Ministério dos negócios da marinha.—Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 1877.

Illm. e Exm. Sr.—Determinando o art.5o, § 3o na lei n. 2,692 de 20 do correntemez, que os commandos das companhiasde aprendizes marinheiros sejam exerci-dos*pelos capitães dos portos, excepto nacorte, Bahia, Pernambuco e Pará, hajaV. Ex. de expedir as necessárias ordensafim de que desde já tenha execução amesma lei na parte citada, dando aosreferidos comrnandantes o destino quemelhor convier ao serviço.

Deus guarde a Y. Ex.—Luiz AntônioPereira Franco. — Sr. conselheiro deguerra, ajudante general da armada.

ainda mais terrivel nos dous campos odesejo de exterminar os adversários.

Mas, de repente, um pedaço de ummuro dos contornos desabou com umfragor formidável; as pedras solapadasse destacavam eom turbilhões de poeira,e rolando de fora para dentro, formavamuma escada para se entrar na praça.

Os estudantes, os soldados se precipita-ram pela brecha envolvidos em uma nu-vem de pó e com gritos estrondosos. Gal-garam os bancos de mármore saltandoper cima das balaustradas, pisando osjardins, destruindo os arvoredos que aca-bavam de abrir suas flores de primaverapara a igreja.

mui depressa abriram uma^rande brecha Então> -besteiros, estudantes e religio--na toncheir-. inimiga. gos ge atracaram corpo a corpo#A«sim,á todos os barulhos dp recinto se | Às compridas espadas de dous gumes,

misturavam o estrondo surdo e continuo \ estas enormes lâminas que fazem o effeito

Pelo ministério da agricultura:Visconde de Sergimirim e outros.—

Baixou decreto.José Pacheco Pereira e outros.—Idem.Henrique Muellerr—Indeferido.Giovanni Loner.—Idem.John Wetson.—O supplicante não ca-

rece de licença do governo para èxperi-mentar a machina de sua invenção cujoexclusivo privilegio lhe foi concedido pelodecreto n. 6525 de 13 dc Março do correnteanno,

Antônio da Costa Ferreira, pedindo amudança da valia de esgoto que tem deser aberta nos terrenos de sua chácara n*76, á rua de S. Christovão para outro lu-gar nos mesmos terrenos.—Deferido naforma da planta apresentada pela com-panhia City Improvements è de accordocom o parecer do engenheiro fiscal.

Determinou-se ao Dr. cirurgião-mórda armada, que em execução do dis-posto no art. 5° § õ^da lei nv 2692 de20 do corrente assuma a direcção dohospital de marinha da corte, designan-do na forma do § 2<> dó mesmo artigoum dos cirurgiões do mesmo hospitalpara servir do seu secretario.

Só o que é para lastimar-se, é não sehaver tomado a mesma resolução emrelação ao exercito. Haveria coherenciae economia, e vantagem para o serviço.

Ora, graças a Deus ! que teve um ver-dadeiro prazer o capitão do porto deSanta Catharina, com a grata nova deestar em breve concluído o concerto dohelice da lancha ao serviço daquella re-partição ; mas recebeu ao mesmo tempoordem de fazer os desenhos para as boiasde que earece.

E si não souber desenhar ? 1

Vem hoje transcripto em entrelinha-dos o artigo de fundo do Diário do Riode hontem,em que se sustenta que não hacrise ministerial e que o nobre duque emquanto as suas forças o comportarem, não-se eximirá á continuação do patriótico-sacrifício que faz para corresponder aconfiança da coroa e das câmaras.

Foi o cirurgião-mór da armada auto-risado a designar o lo cirurôião AntônioAlba Corrêa de Carvalho para exercer asfuneções de adjunto da clinica cirúrgicado hospital de marinha da corte èm sub-stituição do Dr. Ernesto Benedicto Otto-ni que se acha com licença.

Expediram-se meia dúzia de officiose telegrammas ao capitão do porto do Maranhão, recommendando que mandeapromptar, afim de ser embarcado comdestino a esta corte, no transporte Boni-facio, quando por alli passar em viagemde inspecção, os 4S0 litros de óleo de azei-tona que existem em deposito nos pha-róes de SanfAnna e Itacolomy, por nãoestar este combustível mais em uso nailluminação dos mesmos pharóes.

Em que estado não estará o tal azeite 1Valeria o trabalho que deu?

Em data de 16 no passado foi expedidapelo directorio do partido liberal mineiro-circular recomendando 27 nomes, paracandidatos a assembléa provincial.

Por titulos datados de 10 a 12 do cor-rente, foram nomeados agrímensores oscidadãos krthur Azambuja e José Vieirade Oliveira. ¦

Ao ministério da fazenda, transmittio-se cópias dos pareceres prestados pelocapitão do porto da corte e director dasobras civis e militares do arsenal de ma-rinha, sobre o requerimento e mais pa-peis, em que Manoel Francisco CorrêaGoulart, pede por aforamento o terrenoacerescido ao de marinha onde está edifi-cado o prédio n. 67 da praia do Caju.

ministério dos negócios do Império.—Rio de Janeiro em 13 de Novembro de 1877.

Policia.—Parte dos factos e prisões do-dia 13 de Novembro der*1877.

Pela 3"* delegacia, Feliciano, africanolivre, Manoel de Souza, por embriaguez.Soltos.

Na freguezia de S. José, 1° districto-Antônio José Mendes, por vagabundo.Procede-se na forma da lei.

Andrew Offmam, Carlos Muller ingle-zes, e Joaquim por embriaguez.—Soltos.

Na de SanfAnna, 1© districto, JosephaMaria Roza da Conceição, por embria-guez habitual.—Tem de assignar termode bem viver.

Maximiano e Juvenal, escravos de Fer-nando Dias Paes Leme, por vagarem pelarua a deshoras. Detenção.

Na da Candelária, José Maria Cardosoportuguez, Fortunato José de SanfAnna,

Accusando o recebimento da quantia por embriaguez. Soltos.

Por portaria de 13 do corrente foiexonerado Henrique Augusto de Siqueirado lugar de pharmaceutico da fazendanacional de S. João de Paquequer.

másda sapa qtt* arrasava o claustro e tornavaa invasão íi-^nenté.'.". ;.

A guÍrniç^*do'convênio^ tíhWa'fazer cori£mí^^"C'Cmt\ú^õu'a.vÀiBi\v e' li

de quatro, retiniam aos terríveis golpes«obre as vestes de couro, couraças e bro-queis. As lanças dos soldados resoavamsobre as armaduras monacaes, dilacerou

proseguir nò'combate cóhvum arãó¥ÍTf-fi>3habüo&ffazenãp -saltar os rosários,^epfuorcbnfiàndcrwerjQ seu direito, £m stiâ' *""'* 4~~~l •*__—.i-_ .-.

jbtódèirâ, até'éntãp* invencível.-¦'%4Wl'- A luta durou assim encarniça!a por

algum tempo, 'sem iníemipção, sém en

ÜÍ. jüraquecér e ao eòntn.vio tòmajedo-se-rei. -

mas tambèró-^^-ks^àhardas dos i inonges*' ' / f ' " ' _*_i ''nfio feriàíú com piedade, e sob setfs^rri-

vefs choques faziam muitas vezesi faíscaose^mos, ascouraças das companhíaf^do

T %- f - ¦

Entretanto os chefes" da; expedição sópretendiam penetrar no mosteiro paralibertar Gabriel; queriam á força d'ar-mas explorar estas tenebrosas profunde-zas até o lugar onde se achasse encerradoo prisioneiro. Então, Montlouis e os douspraticantes só trataram de abrir passagemno tumulto. Carregavam com vigor sobreos grupos dos religiosos, desarmando-os,lançando-os por terra e tentam chegar aoconvento passando por cima dos corposdos monges.

Alguns frades Agostinhosjá estavamfora de combate, outros cabidos sobre aareia, embaraçados em seus hábitos, e al-guns outros maltratados, rolavam aostrambulhões até as águas do poço.

Podia-se dizer que começava a derrotana santa phalange.

Montlouis, Brisard, Juvenal, seguidosdos seus, avançaram um passo a cadaobstáculo, vencido; e todos tres de espa-da em puuho vão destruir a ultima destasbarreiras.

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Os assaltantes já estavam sobre os pri-meiros degráos_do claustro.iy Mas.neste momento,yio-se o padre Ro-múalde aáhir das arcadas do convento;

í^ão era mais d religioso que se haviavisto a pouco. Agora, o geral da ordem

A10 do corrente mez tomou posse docargo de juiz1'de direito de Santos oDr.Américo Vespucio Pinheiro e Prado.

traz um elmo euma armadura de aço em-butido e muito resplandecente. Sej. ólBarscintilla como suas armas; seus passossão: as vezes precipitados e soberbos :avança brandindo uma espada, torrentedeluz.

Sua apparição produzio um effeito ex-traordinario. O valor deste homem pa-recia ser revelado por uma impressãoinstinetiva; posto que não fosse mais queum combatente que apparecia na liça,entretanto os assaltantes com sua pre-sença retrocederam, os defensores do con-vento haviam retomado suas armas.

Roínualdo, vendo diante de si um gru-po formado pelo chefe dos besteiros eseus homens de armas, lança-se' sobreelles, separa-os e avança sobre O terreno,atacando assim de todos os lados osgrupos dispersos de combatentes.

Sua impetuosidade, sua elevada esta-tura, sua força hercúlea ajudavam a des-treza do seu braço; repelio seus adversarios tanto por seu vigor muscular comopela ponta de sua espada: e ainda mais,,sua força moral é tão grande como a ma-gestede de sua fronte, o fogo de seu olharfascina e seduz seus inimigos.

Seu pulso de ferro imprimia á lamina

de p:600#, Pagenciada nessa villa, embeneficio das viciimas da secca do nortepela commissâo para tal fim organisada ede que é V. S. presidente, a qual me foiremettida com o officio de 6 do mez deOutubro findo, cabe-me, não só declararque a referidaqaantia foi recolhida á the-sourariâ geral do thesouro nacional, afimde ter opportunamente o conveniente des-tino, como consta do conhecimento junto,masaindasignificaraV. S. para que façaconstar aos demais membros da dita com-missão, os agradecimentos e louvores dogoverno imperial.

Deus guarde aV. S_— Antônio ãa Cos-ta Pinto Silva. — Sr. João Gervasio deSouza Perné.

Na do Espirito-Santo, por ferimentos,em Antônio Francisco dos Santos e emsua muiher, que encontrou á noite emcompanhia deste. Procede-se na fôrmada lei.

Na da Gloria, Antônio João Pinto, Mi-guel Eustaquio da Silva Alfredo, por em-briaguez. Soltos.

Na do Sacramento, 2<> districto, JoãoBaptista Franco, Maria Elisa da Concei-ção e Philomeno José Dias, por provoca-rem desordem. Soltos.

Belmiro Carlos da Silva por cumplicid_>-de em furto.—Procede-se na forma da lei.

Amalia, escrava ;de Hermenelgido An-tonio Barbosa, por fugida.—Detenção.

Na do Sacramento, 1» districto. Anto

ferir de todos os lados. Repelle ós assai-tantes com uma rapidez quasi miracu-losa, e arremessando por seu aspecto tudoque havia de imponente e terrivel, fazen-do tudo curvar-se sob seu ferro.

Então, os religiosos sentem recobrarsuas forças junto de seu intrépido prior;cada um delles bate-se agora como dez.Sua bandeira é abençoada e suas armastambém, mas até então isto não bastava;foi a influencia de Romualdo espalhadaem torno delles, foi a grandeza de suacoragem que reanimou tudo nas fileiras,e deu á espada ou ao braço suas gloriosasvantagens. .

O chefe monacal e os seus se espalha-ram por toda a extensão dos jardins, re-tomaram palmo a palmo o seu território,expelliram o inimigo que fizera delle umcampo de batalha. Fizeram os soldadosbater em retirada, cahiram sobre os estu-dantes espantados de sua derrota. Hou-ve uma transformação tão completa, quedecidio da sorte do combate. A guarniçãodo convento domiriou á situação; pôdeemfim rechaçar esta invasão audaciosa,fazer triumphar a autoridade de seu di-reito e o de sua alabarda.

Os agressores rechaçados de todos os

fnm redemoinho tão violento que parecia lados, foram obrigados a procurar a bre- i

cha que haviam aberto na muralha, e asahir por onde haviam entrado.

Mas o bravo Montlouis foi o ultimo aabandonar o campo da batalha; e voltan-do-se estende a mão para o mosteiro, mo-rada de um formidável poder, e exclamacom uma voz prolongada .*—Gabriel, ha-vemos de voltar l

Ah! como si o vento que passava porestas arvores para irem penetrar nos de-dalos do mosteiro, como si algum échodeste velho claustro podesse conduzirsuas palavras até o infeliz prisioneiro l

Logo que se retirou o ultimo dos agres-sores, Romualdo fez plantar a bandeirado convento sobre a brecha; pretendia a&-sim fechal-a por esta imagem de SantoAgostinho,mais forte do que as muralhas.

Subio logo a eollocar-se ao lado do pa-vilhão.

E não havia nada maia imponente quea figura 'deste homem com sua marcialbelieza, suas largas roupagens, sua arma-dura brilhante, a espada abaixada, o arcalmo e soberbo, olhando seus inimigosse afastarem. Offerecia realmente o aseaspecto dcS. Miguel, deste anjounicoen-tre os anjos/que é filho do céo e triumphapela espada.

[Continua.)-j." y n*%z _

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';.• . O GLOBO — Rio, Quinta-feira 15 de Novembro de Í877 3

nio Gomes, José da Silva Segundo, poipromoverem desordem em estado dé efhr"briaguez.—Soltos.

Theodorò Joaquim da Silva, Pedro Li-ma de Souto, Francisco José Pereira daVeiga, William Bent, inglez, pôr vaga-bundos. —Soltos. ¦¦'¦¦¦

Joaquim Rodrigues, portuguez, menor $¦por promover desordem,-—Solto.

José Ferreira, portuguez, por vagabun-d© e furto de gallinhas.—Procede-se naforma dá lei.

Circular ás presidências de provincia.! foi, em verdade,- esta marcha sinao um,,...., . \c ^y_^yi- I combate desesperado e continuo.Ministério dos negócios da guerra.— fí Depois deT termos, pouco a pouco,

aberto o caminho, des«endo o rio, encon-trámo-nos retidos por uma serie de cata-

Gêneros entrados pela estrada de fer-ro D. Pedro II no dia 14 de Novembro de1877. ;, ¦;; ".¦.*

410,871 kilos17,996 » ..,'4,328 ¦» .. . . .708 »-v 40,653 »

2 pipas

\JcLlQ a a • • ».'.Fumo . . . ivToucinho. . .Queijos. . . .Diversos . . .Aguardente^'.'

Rio de Janeiro, 31 de Outubro de 1877. |Hlm.eExm. Sr.—Expèça V. ExÇsuasi

°rdens afim de que não sejam mais rarmettidas para o batalhão naval praçasdo exercito, visto achar-se aquelle^orpo?com o seu- estado effectivo superior ápmarcado na lei n. 2,718 de 2 de Julho pró-ximo findo-,;como ijá, se declarou.por avisode 13 de Julbo ultimo, dirigido ào conse-lheiro ajudante general de exército, deconformidade com o que solicitou o Sr.ministro da marinha.

Deus guarde a V, Ex.—Duque de Ca-ççíds.—Srí presidente da provincia de..

r uma

O presidente do Piauhy tem de remet-ter para o corpo .de imperiaes marinhei-ros, os aprendizes marinheiros, que, nãotendo completado a idade e instrucçãoregulamentar, apresentarem entretanto onecessário desenvolvimento physico, at-tenta a circumstancia de haver na respec-tiva companhia o crescido numero de 126aprendizes alistados.

Circular.—2a secção.—Ministério dosnegócios da marinha.—Rio de Janeiro,30 de Outubro de 1877.

Hlm. e Exm. ..Sr, — Na presente datarecommendo ao ajudante general da arma-da a expedição dás ordens necessárias afim de que os commandos das companhiasde aprendizes marinhoiros passem desde

já a ser 'exercidos pelos capitães de por-tos, segundo o disposto no art. 5°§ 3° dálei n. 2692 de 20 do corrente mez.

Do que dou conhecimento a V.TEx.para que, na parte que lhe diz respeito,seja executada aquella disposição, orde-nando V. Ex. ao capitão do porto dessa

provincia, que assuma o commando dacompanhia de aprendizes marinheiros,re-cebendo-o com as formalidades exigidasnos regulamentos.

Deus guarde a V. Ex.—Luiz AntônioPereira Franco.—Sr. presidente da pro-vincia de

Uma idéia infeliz1.havia assaltado amente de alguém na administração supe-rior dà marinha. Mandaram nem maisnem menos que seconstruisse dentro doarsenal, ao pé de um jardim que alli era,uma espécie de Mosque, onde aos ope-rarios fosse facultada compra de carnesverdes, cereaes, etc. - .

Quatro pilares esguios de tijolo já seachavam erguidos, quando alguém, in-formado do qne se passava, mandou quea obra parasse. E a obra parou, sendorecolhidos ao deposito os tijolos, vivosrepresentantes de algumas horas senãodias de trabalho perdido para o Estado.

Cada vez ficamos mais sorprehendidosde ver o peso do serviço, que esmaga aos

pobres ministros do Império do Brazil.Nada lhes escapa, o mais insignificante

acto, que a primeira vista parece sem

alcance, toma proporções grandiosasquando levado ao conhecimento dos mi-

nistros e eis logo em actividade toda a

aristocracia burocrática.E' assim, que a opinião publica está

muito preoccupada com um oficio querecebeu o director do hospital de marinhada corte.

Todos indagam; o que será? ô que não

será ?Este funecionario recebeu a seguinte

ordem: «para que seja conservado nomesmo hospital o artífice militar NarcizoJosé Pereira, sendo oppsrtunamente re-

mettido á secretaria de Estado o resultadodas observações, que sobre o mesmo arti_

fice forem ahi feitas. »Que observações serão ? O que fará o

ministro com o resultado dellas ?

©correio geral expedirá malas pelo pa-quete «Maskelyne» para Bahia, Lisboa,Southamptom e Antuérpia levando malas

para todos os paizes segundo o tratadode Berna, recebendo-se cartas para regis-trar-se até ás 6 horas da tarde de hoje eordinárias até amanhã á 5 horas damanhã.

EXPLORAÇÃO DA ÁFRICA.

O corajoso viajante africano,o Sr. Stan-ley, a quem a empreza do New York He-rala incumbio, em tempo, a perigosaquanto feliz expedição de encontrar Le-vingstone, dirigio ao Daily Telegraph aseguinte nota:

« Emboma, no rio Congos, costa ocei-dental da África. 10 de Agosto de 1877.

a Cheguei aqui, vindo de Zanzibar, a8 de Agosto, com cento e quinze homens,todos emideploravel estado.

« Haviamos partido de Nyangwe, nopaiz de Manyuema a 5 de Novembro de1876, fazendo o trajecto por terra peloUreggu. Não podendo avançar por causado intrincado das florestas, decidimo-nosa atravessar o Lualaba, e continuámos anossa derrota sobre a margem esquerda,pelo nordeste de Ukusu.

« Os indignas cortaram-nos a passagem,incommodando-nos noite e dia, matandoalguns dos nossos homens com suas settasenvenenadas. .

« Os nossos combates no meio destasegiões habitadas por cannibaes foram lu-

INDICADOR

tas de desespero« Tentamos acalmar estes selvagens por

meio de regalos e empregando a doçura.Mas elles repelliram-nos, considerandoas nossas dádivas como^ signal de cobar-dia. ,, ,

« Para cumulo de desgraça, a escolta dede cento e quarenta homens que eu con-tratara em Nyangwe recusou marcharmais longe. Ao mesmo tempo os indige-nas fizeram um ultimo esforço para nosesmagar. Nòs defendemo-nos com a maiorenergia; mas nao uos restava, para sahirda terrivel posição em que nos encontra-mos, mais do que retroceder caminho edesistir da nossa empreza, ou servirmo-nos das nossas canoas. I.-.

« Posto que tivéssemos assignaladavantagem sobre os selvagens em um com-bate naval, cada dia de viagem era ape-nas a repetição do dia precedente. Nao

ratas—não menos de .cincoT—situadas àpouca distancia umas idas outras,5 ao sule ao norte do Equador; - *--f g. ;, ;'« Para 5 as frariqueârnrós tiremos ^desabrir ipassagem através àe;tfeze .milhasde espessas;florestas, çrrastar as ^nossasdesoito canoas*, assim ^como d nosso bar-eo de exploração, por terra, trocar muitasvezes o machado pela espingarda, afim ãerepellir os ataques dos indígenas^ Depoisde termps salvado estaas cataratas, tíve-mos um momento de repouso: estávamosextenuados.

a Pelo 2" latitude norte, o Grande-Lua-laba deixa de correr para o norte paratomar aAdirecção nordeste, depois paraoeste, e por fim para sudoeste ; este riofôrma uma larga corrente de água deduas a dez milhas de largo, todo semeadode ilhas. t , -

« Afim de evitar combates que nos can-savam, tivemos de navegar mesmo pelomeio do rio. até que, acossados pela fomeque nos corroia já havia três dias, re-solvemos ir ao encontro dos nossos can-nibaes e tomar terra ha margem esquerdado Luaiaba..

« Felizmente a tribu que oecupa estamargem entrega-se ao commercio. Os ha-bitantes possuem quatro espingardasvindas da costa Occidental; por ellessoubemos que o rio, no qual navegava-mosv se chamava o Ikutuva-Congo.

«Depois de mutuamente termos empe-nhado penhores de amisade, comprámosprovisões em abundância e tentámos se-guir o nosso caminho pela margem esquer-da do Lualaba. .

« Tres dias depois abordámos ao tem-torio de uma poderosa tribu, cujos jhabi-tantes estavam todos armados de espm-gardas, e á nossa chegada puzérani logoa nado cincoenta pirogas grandes e ataca-ram-nos. Em vão lhes ofíerecemos estofose lhes gritei que éramos alliados; ellesromperam fogo e mataram tres dós meushomens. Então respondemos com toda aenergia. . _ , i

a O combate foi encarniçado duranteuma dúzia de milhas sobre o próprio rio.Foi a penúltima batalha das trinta e duasque tivemos de ferir no Lualaba.

« Este rioj depois de mudar de nomemuitas vezes, toma o nome de Kuangoou Zaire, quando se approxima do Atlan-tico. Elle atravessa uma grande baciaque se estende entre o 26° de longitudeeste e o 17° de latíttude este, e percorremil e quatrocentas milhas sem interrup-ção alguma, recebendo magnificos con-fluentes, principalmente do lado do sul.

« Depois, passando através do largocinto de montanhas que separa esta gran-de bacia do oceano Atlântico, desce portrinta cascatas e rápidas isclinações ateo curso principal entre as quedas de Lei-laba e o Atlântico.

« As nossas perdas tem sido cruéis;tenho principalmente que lamentar amorte do meu ultimo companheiro branco,o bravo e corajoso inglez Francisco Po-cola, que foi arrastado pelas correntesnas quedas do Mowa.

« Seis semanas depois, toda a equipa-gern da «Lady Alice» foi arrastada pelacatarata de Mebelo, e nós escapámos àmorte por milagre. v-+CC

« O meu fiel companheiro Kalulu con-ta-se no numero dos mortos.

« De Boma, conduzirei a expedição pormar á Cabinda ; depois dahi a S. Paulode Loanda. na costa occidental da África.

« O Sr. Price, da casa Hatton e Cook-son, de Liverpòol, encarrega-se de levaras minhas cartas por via de Angola.—Henrique Stanley. »

Por via de telegramma de Cabo Verde,de 18 do corrente, recebido em Lisboa,soube-se que no dia 17 de Agosto chegouo Sr. Stanley a Loanda, tendo descobertoa origem do Zaire ; e posteriormente vie-ram outros pormenores sobre o intrépido

viajante.

DR. ALMEIDA GODINHO ; consulto-rio, rua da Quitanda n. 129, da 1 hora ás3 da tarde; trata das moléstias venereas,syphilitieas e da pelle.

Advogados

CONSELHEIRO OCTAVIANO, advogado, escriptorio, rua do Ouvidor n. àb.

DR. SILVA MAFRA, advogado, es-eriptorio, rua do Rosário n. 55.

DR. AMÉRICO MARCONDES, advo-gado, escriptorio, rua Primeiro de Mar-ço n. 15.

CONSELHEIRO SALDANHA MA-RINHO e DR. UBALDINO AMARAL.—Rua do Carmo n. 40.

DR. FURQUIM de ALMEIDA.—Ruado General Câmara n. 4

CONSELHEIRO AFFONSO CELSO,advogado, escriptorio, rua do GeneralCâmara n. 23, sobrado.

DR. RODRIGO OCTAVIO, advogado,escriptorio, rua Primeiro de Março n. 55.sobrado.

CONSELHEIRO TITO FRANCO, ad-vogado, escriptorio. rua do Rosário n. 4^,sobrado. -

Médicos

DR. DRUMMOND FRANKLIN.—Re-sidencia, rua do Rio Comprido n. 2. Con-sultorio, rua da Assembléa n. 82.

DR TITÁRA. — Residência em Todosos Santos. Consultas da 1 ás 2 horas^datarde, na pharmacia Forzani, Engenho-Novo. f

DR. FELICIO^dos SANTOS-r-Consultorio, rua do Theophilo Ottoni n. 18.Residência, Pedreira da Candelária n. 104.

DR. CARLOS COSTA.-Rua de S. Clé-mente n. 149. > >r

DR. MELLO MORAES.-Rua da Qui-tandá n. 36..-'¦ DR. JOSÉ LOURENÇO (oculista).-em- sua caza , rua da Ajuda n. 68.

DR. RODRIGUES PEIXOTO (moles-tias das vias ourinarias).—Consultório,tua dos Benedictinos n. 15, das 12 as2 horas. Residência, rua do Cattete n. 2.

O DR. LUIZ CORRÊA DE AZEVEDOconsultório nâ rua do Rosário n. 25, domeio-dia ás 4 horas; residência rua daMisericórdia n.15

Casa de saúde S. Sebastião èhospício de alienados

DRS. FELICIO dos SANTOS e JÚLIOde MO RA.—Pedreira da Candelárian. 104. i

Dentistas;

L. EBERT, dentista de SS. AA. Impe-riaes.—Rua do Ouvidor n. V>8, 1° andar,das 8 ás 4.

DR.CASTEL,dentista americano.—Ruado Ouvidor n. 141, das 8 horas da manhaás 6 da tarde.

J. W. COACHMAN e S.-Rua do Ouvidor n. 130.

D. RAMBO.

Collegios

ALMEIDA MARTINS ( internate eexternato).—Rua do Lavradio n. 17.

JASPER L. HARBEN (externato).—Rua do Rosário n. 134.

PROFESSOR DE INGLEZ JASPERL. HARBEN: director do Externato Jas-per, rua do Rozario n. 134.

MADAME SIDONIA MOUSSEER, en-sina a língua franceza, por intermédiodas linguas ingleiza ou franceza. Recadospor escripto ao escriptorio do Globo.

MADAME E. CREMER (professora depiano e canto), ensina por meio do fran-cez oü inglez. Recados por escripto aoescriptorio do Globo. -v •

OS DOIS REFORMADORES DA ANA-LYSE SPECTRAIi.

Pouco antes dos desastres da guerrafranco-allemã, a Academia das Scienciasde Pariz distribuio solemnemente aos

Sr et. Ganssens è Normán Tioclmedalha de ouro especial por uma gran-de descoberta que estes dois astrônomosfiseram simultaneamente.''-".'.¦.iCom effeito, d priíueiroíua índia, èo

segundo na repartição da guerra, tinhamconcebido simultaneamente a idéa de em-pregar, toda vez qii.Ro síòl: ê visível, ospectroscopio para o estude das protu-beraneias què apparecem nos-eelypsestotaes- durante três ou quatro minutos.

Actualmente os Srs. Ganssens e Bock*

yer pertencem á. Academia das Sciencias,o primeiro na qualidade de seu membrotitular e o segundo como membro corres-

pondente. :¦ í;?.t-^~? . -A barreira do Sr. Ganssens ê muito

conhecida; por isso não a tornamos pa-tente.

O Sr. Norman Locfeyer tem aperiai3 38annos de idade. - f.

Nasceu em 1834, em Rugly, -pequena

cidade do centro de Inglaterra. Entrou,bem moço, para a repartição da guerra,onde os seus taleiitos não tardaram a serapreciados. Honra inappreciavel paraum estreante, foi encarregado do novoregulamento do exercito inglez.,

Durante a sua estada na Suissa e emParis, onde acompanhou alguns mezesos cursos de Sorbonna, como ouvinte, oSr. Norman Lockyer contrahio o gostodos estudos astronômicos.

Foi somente em 1858, depois do seu ca-samento com Mlle; Vinifrede Sames, queresolveu construir um pequeno observa-tíírio- particular em sua casa- Em 1860,

publicou um tratado de astronomia queteve muitas edições.

Pouco tempo depois,dirigia á Sociedadede Londres observações que demonstramque o planeta Marte possue nuvens e que,por conseguinte.a água alli está em estadode vapor.

Provou mais a existência de correntesnas manchas solares. Finalmente, em1866 publicou o annuncio do methodo queo devia immortálisar.

Desde então,entregou-se especialmenteá analyse spectral.

Foi mandado pelo governo britannico

para a Secilia.afim de observar os eclyp-ses totaes de 1870 e de 1871.

No seu regresso, foi nomeado secreta-rio da grande commissão real para a

reorganisação da instrucção superior.Foi nesta qualidade, e encarregado de

uma missão especial do. governo britan-nico, que foi a Pariz, onde pouco sedemorou.'

O illustre reformador organisa actual-mente uma carta sobre o spectro solar.

Uma'circumstancia singular se,revelaaoriginalidade de sua modéstia. Apezar damultiplicidade de suas oecupações om-

ciaes, o Sr. Norman Lockyer foi assistira uma sessão da Academia das sciencias.

Mas, como não se deu a conhecer, nemo Sr. Dumas, nem o Sr. Leverrier, queestavam dispostos a saudal-o, não o vi-

ram na sala. O verdadeiro mérito occul-ta-se sempre na penumbra 1

"W. BE F«üVIEtI.E.

^Acbmpanhavam-no vanos naturalistas^engenheiros, e geólogos. , -.

Através de quantas dificuldades apre-sentadas pelâr natureza e pelos homens,

poi. que; prõdigios de energia, de persis-tencia, de .vontade, case pequeno grupode pesquisadores enthusiastas conseguiopenetrar nesses montões de ruinas^do-fendidas por mattas ihextrincaveis1

- Como itònsegu&Um >ellès, hãs só levan-tar planosj/ fazer clichês photographi-eos, desenhar crogris- como destacar des-sãs Babeis!ímassiças; enormes fragmen-tos de esculptura.ke expédil-as para aConchinchina franceza, em um paiz de-ser to o sem estradas ?

Foi o que o Sr. Delaporte acaba dereferir, com a simplicidade viril do ho-mem de acção, em Um reiatorio publicadoho «Journal Officiel» de 3 de Dezembro,no qual enumera com uma sobriedadeque pôde parecer excessiva aos curiosos,os grupos de monumentos visitados pelamissão no espaço de algumas semanas.

Esses grupos montam a 20.A imaginação fica confundida na pre-

sença de tantas cidades poderosas; os tem-pios còlossaes, no meio dos quaes se agi-taram populações iptelligentes e activas,hoje erradiasno deserto,e mais admiradafica ante a riqueza, a belleza da finuradessa architectura magestosa e preciosaque parece, ao primeiro lance de olhos, aneta das artes entre a graça regular daGrécia e a extravagância monstruosa daChina. i

Ha alli um campo novo de estudos,aberto ás investigações dos archeologos,a admiração dos artistas, ao encanto dospoetas.

O museu oriental, organisado sob asuperintendência do Sr. Delaporte já foifranqueado ao publico, assim como ummuseu de quadros antigos organisadopela administração do Louvre nesse pa-lacio.

E' um novo attractivo que se junta aosdo castello de Pierrefonds, para levar aesse bello paiz, não só os touristas, comoos artistas e os sábios.

m _um dia inteiro com uma porção de diaiman tes seguroè entre os dedêfiflHos pés,

O diamante do Cabo nem sempre -êamarello, eomo se suppõe; encontra-sealgum de água muito pura, mas nunca •#•carbono puro ou diamante negro do Bra-»zíl ou da índia. ¦«.

Meteorologia. — No imperial Obse>»vatorio Astronômico fizeram-se no dia f<£ .de Novembro as seguintes observações^

f-Hor. Th. cent. Th. Fah.

81,3286,9084,9284,92

7.« 27,410.™ 30,5l.t 29,44.t 29,4

Bar. a O. Ai%ií-¦'inv. jn-y^-,,y~

753,640 20^55-752,778 20,7S752,401 20^750,721 21,ã9

Céo limpo e azulado com ligeiro cirruapelo alto, serras e montes próximos ne-voados e nublados, horisonte densamen-te encinerado. NO. brisa fraca pela ma- *nhã, calma ás 10 horas e aragem regularde SE. álhora e SSE. moderado ás 4 datarde. * -

AVISOSAviso.—O magnifico relógio quej||

guns Srs. dilettantis do theatro Ly^p-deram ao Exm. tenor Bolis sahiopUpu.fabrica E. J. Gondolo, 16, rua da Cah|$è-laria. O dono deste estabelecimento cágítribuio tambem com uma pequena qineste presente.

Aluga-sé, somente á médicos, 4salas, que servem para dous excellgn-tes escriptorios; na rua do Ouvidor ||p,sobrado. ;!&,

'iç=r -r

Precisa-se de uma boa criada, qhecosinhe, lave bem e faça todo o serviçode casa ; sendo realmente boa, paga-se-bem ; trata-se na rua do Ouvidor n, 13B,2o andar. Sil".'

Rs. 100;OOOSOOO—5.» E ULTIMA-LOTERIA DA BAHIA. — Brevemei|fe>deve ter lugar a extracção. Continuadavender-se os bilhetes e a pagar-se os p|e-miados; rua d'Alfândega n. 63. hft«

-ie-

E' falsa a noticia de haver falle cido oSr. deTounens, que se intitulava senhorde baraço e cutello dos desertos de Arau-cania e Patagônia. O desthronado mo-narcha partio de Buenos-Ayses em Janeiro deste anno; ao chegar a 25 de Fe-vereiro entrou para o hospital de Bordéose uma carta do cirurgião deste estabele-cimento datada de 20 de Março, dirigidaao Dr. Quinché, medico adjuneto do hos-

pitai [francez, onde o Sr. de Tounens sof-freuuma operação melindrosa, participaque «o estado geral do doente é optimo».

DECLARAÇÕESContadoria da marinha

De ordem do Illm. Sr. Contador da ma-rinha faço publico que pela jiagadoríarespeetiva paga-se ás praças de pret re-formadas da marinha, nos dias 16 o 1/do corrente, os soldos vencidos no merde Outubro ultimo. .

Segunda secção da Contadoria da Ma-rinha em 15 de Novembro de 1877.—Ser-vindo de chefe de secção, Felippe JoséPeeira Leal Sobrinho.

Hotéis

RUA DE GONÇALVES n. 7, S. Fran-cisco Xavier:—Alugám-se quartos muitofrescos e arejados, por commodo preço,cornou sem comida, só a familias e pes-soas sérias. Informa-se na rua do Ouvi-dor n.139.

HOTEL ANTIGO DO SILVA; rua dosOurives n. 41. Os proprietários deste an-tigo estabelecimento chamam a attençãodos seus freguezes da corte e dos do in-terior a visital-o, aonde encontrarão sem-pre o boi?i peixe.

Banhos e Duchas

RUA DA TJRUGUYANA Ni |47 ... ; '

Duchas com a assistência do Dr. LuizCorrêa de Azevedo das 5 i/a ás 9 horasda manha.

Lojas de fazendas

JOÃO JOSÉ CORRÊA.—Rua dos Ou-rives 54.

A. AYROSA.— Rna do Carmo n. 22.

Jornaes

Perfumaria ingleza

JAMES NORRIS (suecessor de W. J.Louis.)—Rua dos Ourives n. 49.

Os pós mágicos no deposito de

Machinas de costuraWkKKTiEBE Wilsson

Mme. BESSE.—Rua Nova ao Ouvi-dor n. 36*

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AURORA BRAZILEIRA.— Periódico iillustrado. lOgpor anno. —Rua do Ouvi-dor 130,%° andar..

AURORA BRAZILEIRA. — Periódicoillustrado. 108 por anno.—Rua do Ouvi-dom. 130 2a andar.?

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II' W^c: ... j-.... .. ,r- - ; -

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Restaurant

A. PIRES & C—Au Rocheb de Can-CAU.E. Rua Nova do Ouvidor n. 30.

Relojoeiros

R^LOJOEIRO de PARIZ. A. DELOU-CHE. — Ençarrega-se de. todos, oscoriícertos por mais difficulteses que sejam;preços moderados e affiançados.—Ruà daSaUden. 129.Í

O MUSEU ORIENTAL DO PALÁCIODE COMPIÈGNE

Ha doze annos que assignalou-se na

Indo-China, no território do antigo Cam-bodge, a presença de vastas ruinas,.es-

parsas em um espaço considerável, pare-cendo remontar a tempos muito distan-ciados e qué revelavam, nesse paiz, uma

civilisação que havia desappareèido.Foi Henrique Moulirt, naturalista, que

sucumbío pouco tempo depois,^ quando

proseguia nas suas explorações, quemsoltou o primeiro grito de sorpresa le. deadmiração na presença desses .montões

gigantes de monumentos maravilhosos

que a vegetação devoradora da índiatinha enlaçado sem poder destruil-os.Uni anno depois, o commandante Dou-dart de Lagrée visitou, per seu turno, asruinas de Battembang e d'Angeõr, emcompanhia de Francis Garnier,|e ambos

publicaram a sua viagem de exploração;a morte deu cabo desses dous irítrepidosviajantes.

Foi por um milagre, que a nova missão

que a França que a França enviou recen-temente á esses perigosos paizes pôdecompletar parte de sua tarefa, as febrese os assassinatos incumbirám-se de occul-taromysterio das civilisações mortas;

a maior parte das pessoas que acompa-nhavam o Sr. Delaporte na sua explora-

ção aos, monumentos kmers, regressou

como o próprio Sr. Delaporte, quasimoribunda.

Quando este voltou em 1873 para oCambodge, recebeu do Sr. Jules Simon,

ministro da instrucção publica, sob pro-

posta do Sr. Carlos Blanc, direeíor dasBellas Artes, a missão especial de remet-

ter para França todas as esculjturas e

fragmentos de esculpturas quej podesseobter, quer nos monumentos d 'Angeur,

ou nos monumentos mais proximqs, ^n.da não explorados pelos europeus* ^ .ÍT-

: O Sr. Delaporte partio de Tojilen a 20

de Maio, chegou a Saígon noá ült^wjs^* ^epôV-áé

f> Dr. Morton, da sociedade de geographia dos Estados-Unidos, qüe passoudois annos nos territórios mineiros daÁfrica, dá grande numero de informaçõessobre a riqueza dessas minas e sobre aorigem de suas explorações. Refere elleque um viajante, chamado 0'Reilly de-morou-se em Bears-house, onde viocrianças brincando com umá.pedra quelhe pareceu um diamante. :

O* Reilly comprou a pedra por umabagatella e disseram-lha os habitantes

que si aquillo era diamante, poderiamelles dar-lhe aos montes. O viajante yen-deu a sua pedrapor 15,000 francos (5;400£)no cabo. O* Reilly comprou umia outra a

qual tornou a vender por 180,000 francos

(6Íí800g)e foi então 'que os indígenas cormeçaram a procurar activamente as refe-ridas pedras.

| Os brancos, tendoríoticia do-bom êxito"dessas mal dirigidas/explorações, corre-ram pressurosos em busca de preciosas

pedras. /Muitas minas foram assim descobertas

umas após outras, e ao lado de cada umadellas construia-se logo uma cidade.

A ultima edificada, amais importantee centro do' commercio de diamantes, éKimberle». -. ' CCC

Conta esta cidade uma população de

10,000 almas; possue 5 igrejas, 2 theatros,casas bancarias e outros edificios.

Todo o trabalho das minas efeito pornegros. .Osque aqui servem são de umanatureza superior aos que se vê na Ame-

rica do Sul, e muito mais formosos.Trabalham apenas o tempo sufficiente

para ganhar com que comprar muniçõese armas; são dotados de indole boa e

mansa, e usam de roupas muito simples,um chapéu, umas botas velhas,e umacasaca militar,quando podem apanhal-a.

!Os diamantes são encontrados em umamassa de diversas substancias mineraes

que se extrahe do fundo de^ctáí poço. As

galerias tem de proftmdidade uns]200 pés^èúmàextenção de 1,000.

Até fins de 1876 tinha-se extràhido asomma de 425 milhões de francos éfei'^a£

mantes, sem contar-se; os que fpram Te-vados pára suas caspts^pelos miáeiros, e

que não appareceram no mercáóp •O trabalho è feito péíoè5 ne^os, sob

«vi^láneia dos brancos, é cada hfègro^ga-nha depôimal 25 franeoá, carne |d*tfrfiíb:lf^áhdòpodeâi QSlpiètos^fartamí^^iíSc,

Contadoria da marinha

De ordem do Hlm. Sr. contador da ma-rinha faço publico que no ^ia 16 do cor-rente, àtarcle, paga-se no lugar do cos-' tume aos operários do arsenal de mari-nha, que não receberam ainda seus jor-naes- até fim de Outubro ultimo.

Secunda secção da contadoria da ma-rinha em 15 de Novembro de 1877.—Ser-vindo de chefe de secção, Felippe J. Pe-reira Leal Sobrinho. . • .. .

Rio de Janeiro Gas CompanyLimited

Avisa-se aos Srs. accionistas destacompanhia, que se distribuirão as caute-Ias do 24» dividendo, pagavel em Londresido dia 9 do corrente em diante.-

Escriptorio da companhia, à rua uaQuitanda n. 147, placa, em 5 de Novem-bro de 1877. — William H. Holman, ge-rente. í*

Companhia eSe S. ^ChristovaóJ' Esta companhia recebe urogpstas parao calçamento por paralellipipedos, daquadra interna da Estação do Mangue,onde se acham as baias, cómpréhendendotoda a area livre e das mesmas baias.

Ü calçamento será feito sohré o queexis-te, modificando-se, apenas, os nivelamen-tos de modo que as águas pluviaes corrampara duas galerias de esgoto~qàe levarãoa vala da rua do Alcântara,! as quaestambem se comprehendem nesta concur-rencia, bém como os necessários ramaes.

As galerias serão de tijolos e cimento eos ramaes de telhas dl• que usa a CityImprovements. „ mtí , ,

O nivelamento geral será reguladopelo da rua do Visconde { de Itaúnadado ultimamente pela câmara munici-pai, devendo dar fácil e prompto escoa-mento ás águas, quer da area livre, querdas cocheiras adjacentes. _

Os paralellipipedos serão de pedra damelhor qualidade, reservando-se a e»m-panhia o direito de recusar os que naoforem taes. «

As propostas serão entregues ate o ala30 do corrente, e abertas na presença dosproponentes n'esse mesmo dia as 12 horas.

Rio, 25 de Outubro de 1877.— & teaPorte, gerente. .. - - -y-

uJGSè «ERREIRA CARDOSO

GíIfflARAEr& C«^SACÀM SOBEJO

ÉjSUfesâ,

iSCO ilDB'

ffllmsÊtm

diáp de Julho, e no mez segm^^. - esco^dépi o^nos Widés^f tmafa camta.o para o smgalar paxá W£l^^¦¦;s£>- ai>tt,^,_—: JLto_»141 ÜUA UU tlUDA.devia explorar»

li^ím^aifeÍMJCfti e^ífglÔtasw^eííèB- *?í^lham

CxUIMAmlESi "4fitadas^as ,stias agenciaTem Portng^,Ilhas e Hespanha. Concedem cartas deCredito e estabelecem anasa*

SO 41^gj)Srtí'

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mic&cccrCêC^CC¦,.:¦,¦•¦¦.:¦¦' -.:-

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mÊKK!^K^K^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^r^'[ ¦ x' -r-'- ""v—-

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'v. . *•* "¦ ,y: ... - , .* -. -. . - - . - ¦ --

O «LOBO - lüo, -^iatMeira 15 de Novembro de 1877

Estrada de ferro Barãode Araruamai

Os Srs. accionistas desta estrada

«So convidados a «azer a primeira«ntrada de 1© °Io on «OS por acçâo,-pelo que subscreveram, até o dia 5

-de Dezembro do corrente anno, ént-«asa do abaixo assignado.

Santa Maria Magdalena, 4 de No-«vembrolde 18-at*».--Antonio Machado

Botelho Sobrinho, director theson-

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poços que são vendidos sem garantia de seguro por tempo indeterminado.

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darão todas as informações e garantias que forem exigidas para segurança dos

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COMPAGNIE

A NEGRA 1 FOMECom este titulo lê-se muitas vezes um

annuncio no Jornal do Commercio, doinfeliz José Maria Antunes, implorando acaridade publica para a sua familia.

Quem fôr á pobre residência desse des-graçado da sorte, e contemplal-q cm seuleito de dôr, privado de todo o movimen-to, sempre em uma só e immovel posiçãohorizontal, com o corpo todo chagado,admirar-se-ba de tão dolorosa existênciae do mysterio por que a Providencia Di-vina permitte tão horrivel soffrimento auma creatura.

O coração menos sensivel, aquelle quenunca sentio a menor compaixão para_*opróximo, os mais infames avarentos, nãopoderão resistir (parece isso impossivel)e deixarão cáhir uni obulo de caridadenesse leito orvalhado pelas lagrimas dafamilia, que constante correm -ante tãocompungente quadro de infelicidade deseu pai, e torturada pelas agonias dopauperismo e ás vezes da. fome 1

Entretanto esse pai afflicto está ás vis-tas do arístrocatico bairro do Cattete, àpraça da Gloria n. 43, e em todos os annps,nos dias da festa da Gloria, colloca-sefora da sua porta, á vista da immensamultidão que corre a esse lugar nessassolemnes oceasioes e que passa indif-ferente ante tão triste quadro.|Aos nossosleitores pedimos compaixãe para ó miseropai de familia, José Maria Antunes.

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Diogo Soares de Brito, para negocio defamilia no largo de Catumby n. 7, phar-macia.

-commandante Didier, da linha circular,sahirá para Lisboa, Vigo e Bordéos,tocando na Bahia, Pernambuco e Dakar,HOJE, ás 8 horas da tarde.

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Licor de SHi-anti-»ysIpelatosa d»Dr. Pedro da Costa

CONSIDERAÇÕES GERAES

a Ha muitos annos, que empregamos onosso licor de Seul como meio de trata-mento da Erysipela. E* considerável onumero de casos que temos obseryado,cuja observação seguimos diariamente,notando duas vezes, pelo menos, as modificações diárias da temperatura, do pulsoe da respiração.

CDRABUaDADB DA ERYSIPELA. TBA.TÀDA. PELO

LICOR DE SILL

« Por todos os meios, que temos incida-do, esta doença tem resistido mais ou me-nos; muitos casos de insuecesso tem sidoapontados; a mortalidade tem sido maiorou menor; em summa, nenhum dessesmeios merece inteira confiança.

« Abram-se as estatisticas e ahi se en-contrará a demonstração cabal desta as-serção.

« Daqui vem ter estes meios therapeu-ticos sido alternativamente preconisados

^ÊTibandonados.«Pele licor de Sill nem nm só caso

de erysipela, observado e tratado por nósna Europa e na America, deixou de seCurar. A curabilidade foi completa, amortalidade foi nulla. Qualquer quetenha sido a região affectada, qualquerque tenha sido a intensidade ou a exten-são da erysipela, qualquer que tenhasido a gravidade desta doença, ella foisempre uebelláda por applicacões exter-nas do licor de Sill exclusivamente.

« Convém apontar desde já outra bei-lesa d'este,tratamento, que é a sua-, sim-plicidade. Nos diversos e variadissimostratamentos da erysipela, rarissimaraen-tese tem empregado um único meio the-rapeutico, quando a erysipela attingecerta gravidade; ás applicacões, ordina-riamente complexas,juntam-se medica-mentos internos, quando a erysipela temcerta intensidade e extenção. No trata-mento pelo licor de Sill, nenhum medi-camemtO se administra internamente aodoente, qualquer que seja suá situação; eexclusivamente ò licor de Sill o medica-mento aplicado,

« Esta circumstancia é de máxima im-portancia, porque, casos se podem apre-sentar, em que o doente não possa supportar a administração de medicamentosinternos, ou estes não convenham ao seuestado geral por circumstancias espe-ciaes. Assim, pois, o. tratamento da erysi-pela pelo licor de Sn-i- não só ó superior,pelo resultado curativo, a todos os outrosaté hoje empregados, mas ainda é o maissimples e sempre applicavel, qualquerque seja o estado do doente.

« A duração da erysipela tratada pelolicor de Sill, regula, termo médio, de 4dias e algumas horas; rarissimo é o casoque excede de 6 dias.

Conclusões

É PURO DE UVAo vinho nacional sem mistura ném coq.feição, fabricado pelos Srs. FLORiqGALDI & C, em Porto Alegre; e delicio-sissimo ao paladar; fortificante e salutarè o melhor vinho que se deve applicaraos convalescôntes; vende-se na únicaagencia, rua Sete de Setembro n. üA* Caneta L.ueifera, casa que vende oálegitimos remédios do Dr. Ayer e outros.

ESTAÇÃO DE PALMEIRASB. de F. D. Pedro II

Vende-se uma bella e salubre proprie-dade, muito recommendada hoje pelosmédicos, constando de nove casas e toesprazos de terra, por uni preço moderado,podendo o mesmo preço ser arbitrado eo pagamento íeito ,a prazos. O lugaradmitte grande desenvolvimento e émuito próprio para uma companhia par-ticular de edificar casas, hotéis de fami-lia, casas de saúde ou um bom estabele-cimento hydropathico; esta propriedadejá rende um prêmio regular. Para infor-mações, dirijam-se ao proprietário, naestação de Palmeiras.

mimuPRIVILEGIADA. PELO

GOVERNO IMPERIALdecreto n. 6,019 de 30 de Outubro

de 1895premiada uas exposições

Nacional de 1875E DE

PHILADELPHIA DE 1876Vende-se em porção ou a varejo; fabri-

ca-se na rua cte Gonçalves Dias n. 39.Dão-se explicações ou faz-se café paramostrar o modo de servir-se dellas, e sehouver algum desarranjo faz-se o concertono mesmo dia e em poucas horas.

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PORJOSÉ PEREIRA DA SH.VELRA

Publicou-se a 3** ediçãodesta linda e interessantepolka, que tantos applau-sos tem merecido e conti-núa á merecer. Continua àvenda em casa da ViuvaCanongia, rua do Ouvidor

n. 103, e na do Srs. Narcizo & ArthurNapoleão, rua dos Ourives n. 58

Nos prelos a 4** edição.Pre«o 1SOOO

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NIGER«commandante Jacques, da linha directa,*esperado de Bordéos e escalas até o diaS5 do corrente, sahirá para Montevidéoe Buenos-Ayres depois da indispensa-vel demora. . .

Para fretes, passagens e mais mforma:ções trata-se na agencia, e para carga,com o Sr. H. David, corretor da compa-nhia, na rua do Visconde de Itaborahyn. 3, lo andar. —. Bertollini, agente.

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OPINIÕESPOR

FRANCISCO CUNHAUm volume de 300 paginas. Preço de

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ü JJIJJÜ1DBAMA HISTORICq EM,4 ACTQP

(original italiano.).,•DE- „...

CAETANO MONT CINAcha-se aberta a assignatura para este

magnifleo drama> g.ue brevemeute sahuraá luz, no escriptorio deste tornai.

¦RpmPdio efficaz não só para curar qualquerjt^Èaoue de erysipela, como para im-nPdir o leu ^^«Sctaen^Approvado pelo Governo Imperial, acha-se a dispo-

& do pubSfoomTns^cções datadas e rubricadas pelo.Autor, os attestaãosde pessoas^notaveis, e Médicos de grande reputação.

:-,-YY pftEPOSITO ÚNICO

Eua do Ouvidor 78 (placa), em casa de Bernardo Kibeiro da Cunha. Nasn^ras províncias são indicadas pelas respectivas gazetas..

0P0DELD0C DE GUAC0'-

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Inventado e preparado por^. G. de Araújo Penna

Approvado pela Junta Central de Hygiene Publica, autorisado pelo governo imperial, premiado nas exposiçõesdo Brazil de 1875, do Chile do mesmo anno e de Philadel-

Ehia de 1876; prescripto pelos médicos como poderoso e

eroico remédio de applicação tópica contra o RHEUMA-TISMO agudo e chroníco, nevralgias, queimaduras, incha-ções, tumores, etc. . . .

Acautele-se o publico contra grosseiras e fraudulen-tas imitações.

O ligitimo Opodéldoo de ftuaco traz a marea re-gistrad^do inventor, e vende-se unicamente no labora-torio da'

,l'i i". ¦. '¦' ¦ .¦¦'¦', ¦ ;'¦.: í/.'**• ' •- '- • ' '¦' .

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4*2' Bua da Quitanda 4?/

f m âYp SVtal XÍ/\Xf \2\ IVitX. '«Af*™ Jtfj 1

« l.a Nenhum dos meios geralmenteempregados para debellar a erysipelamerece inteira confiança.

« 2.a O emprego destes meios é ordina-riamente acompanhado da administraçãointerna de outros medicamentos.

« O emprego de alguns daquelles meiosé muitas vezes acompanhado ou seguidode accidentes desagradáveis ou prejudi-CÍaeS* , X« 3.*» Casos ha em que este tratamentomixto, interno e externo, é nocivo oucontra indicado por circumstancias es-peciaes.« 4.** A acção physiologica ou therapeu-tica do Iígôt de Sill é adstringente e hy-pothermenisante.

« 5.** Esta acção é demonstrada; pelaexperiência physiologica e experiênciaclinica.

«6.** O emprego do licor de Sill notratamento da erysipela é racional.

« 7.a O licor de Sill merece toda aconfiança no tratamento da erysipela.

« 8.a A applicação do licor de Sill, naerysipela não é acompanhada nem se-guida de accidentes desagradáveis e mui-to menos prejudiciaes.

« 9.a O licor de Sill, convenientementeapplicado na erysipela, dispensa todooutro meio therapeutico, quer internoquer externo. " -. .

« 10. O licor de Sill, so de per si, eurou a erysipela em um sem numero decasos em que o empregamos. Deve, pois,ser muito raro encontrar-se um caso deerysipela que resista á este meio.

« 11. Não conhecemos, nem nos parece,que haja, circumstancia alguma que eon-tra-indique a applicação do iicòr de Sillno tratamento da erysipela.

« 12. O licor de Sill não so cura a ery-sipela, mas é o melhor meio para impediras recahidas ou repetições desta doença.E', pois, um meio curativo e preventivo.

« 13. Nenhum meio cura a erysipela,coeterisparibus, tao depressa como o licorde Sill convenientemente applicado. -

« 14. Debaixo de ponto de vista da eu-rabilidade, da duração da doença, dosaccidentes concomitantes, ou consecuti-vos, da opportunidade, da simplicidadee da economia, o licor de Sill leva grandevantagem, é muito superior a todos osoutros meios therapeuticos no tratamentoda erysipela.

' \-« Lembramos ainda outro eíleito ma-

ravilhoso deste tratamento, que foi a aiminuição da inchação chronica das per-nas. juar-do ella não <ím««o grande eantiga, c.u não ofierece à.n-aos carac-teres de elephantxasir contiimada.

« Fecharemos este aj.pena-.ee ou addi-tamento, indicando a acção do ücõr deSill na erysipela phlegmonosa ou phleg-mão diffuso. , t-

« Des casos que temos observado, seinfere que o licor de Sill, applicado jscoaffecto, é ainda de grande utilidade naerysipela phlegmonosa. Effectivamente,a observação clinica tem-nos mostradoque aquelle medicamento ou favorece aresolução, quando estaé ainda possivel,ou provoca a suppuração, determinandoa formação dos focos purulentos, quandoestes já se não podem evitar. »

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Desappareceu de Cabo-Frio um burrorusso, barrigudo, vindo de Santa Catha_rina, bom para cargueiro; é queixudoempacador e muito couceiro: dá pei'nome de Coelho, consta que anda porS. Fidelis ; quem o apprehender e levara Manoel Ilhéo em Cabo-Frio, ou porsegurança a alguma eocheira em S. Fide-lis, será bem gratificado. (*

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NOVA MBURGO6 horas de viagem do Eio de Janeiro

pela via férrea de CantagalloDIRECTOK

Dr. Carlos EboliEstatística já publicada de 25 de Junho

de 1S71 a 30 de Junho de 1875.Em 403 doentes curaram-se radicalmen-

te 149 de moléstias chronicas da duraçãode 6 mezes a 20 annos. Entre estas figu-ram 14 casos de cura de tuberculos pul-monares, em 40 doentes, e 19 curas debronchites chronicas, em 48 doentes. Oresultado mais notável obtido é nas mo-lestias broncho-pulmonares.

Duchas geladas e temperadas, refrige-rador em grande escala, movido a vapor.banhos russos, banhos turcos, banliosmedicamentosos,. banhos hydro-electn-cos, banhos escossezes e agua quente eMa, alternativamente applicada com oapparelho de Jorge Charles, banhos mi-neraes ( applicados com o hydrofero deMathieu de La Drôme.)

O saluberrimo clima das montannasde Nova-Friburgo, a grande variedadedo tratamento, e o grande numero decuras admiráveis já nelle alcançadas, otornam sobre maneira recommendaveiaos médicos e aos doentes.

Neste importante estabelecimento, mo-delado pelos melhores da Europa, encon-trarão um poderoso meio therapeutieo aspharyngo-laryngo-bronchites chronicas,os tuberculos pulmonares em certas con-dições, os rheumatismos inveterados,alguns casos de'gotta, as moléstias doutero, o hysterismo, as nevralgias, enevrosismo, a choréa, ás congestões aofigado e baço, as febresintermittentes re-beldes, a chlorose, a dyspepsia, a gas-trite chronica, as escrophulas e ceita»moléstias syphiliticas e cutâneas.. v*casos de beri-beri, sujeitos a este tra»mento, têm sido todos seguidos de oura*

A maior parte destas moléstias re^tem ordinariabaente a todos os outro»agentes therapeuticos. f

Para certas moléstias e, naosopreierivel, como necessária a estação ínve-nosa. . „-;f,*ito

Recebem-se pensionistas no -nst^rOs doentes internos costumam tom*"

duas duchas por dia. . Mnie8.Especialidade do Dr. Bboü •-WJJ

tiasi uterinas, tratadas pela hydrouwfTara

consultas e informações, pogdirigir-se ao Dr. João Ribeiro de Almmu^ruaf.Primeiro de Marco n. W>h™ta,de^Janeiro, do meio-dia ás 2 horas .u

tarde.

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