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MMX Mineração e Metálicos S.A. Relatório Técnico NI 43-101 Projeto de Ferro Minas-Rio Estado de Minas Gerais, Brasil Preparado para: Mineração e Metálicos S.A. Praia do Flamengo 154/4° Rio de Janeiro Brasil 22210-030 Preparado por: 7175 W. Jefferson Ave. Suite 3000 Lakewood, CO 80235 No. Referência do Projeto: 163703.04 Data Efetiva: 30 de Novembro, 2007 Data do Relatório: 12 de Fevereiro, 2008 Colaboradores: Aprovado pelos QP’s: Leah Mach CPG, MSc Leah Mach CPG, MSc Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD Dr. Bart Stryhas CPG, PhD. Dr. Bart Stryhas CPG, PhD S E E Johansson, MSAIMM S E E Johansson, MSAIMM George Borinski _______________________________ _________________________________ Consultores do Projeto Pessoas Qualificadas

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Relatório Técnico MMXFerro Minas Rio

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MMX Mineração e Metálicos S.A. Relatório Técnico NI 43-101 Projeto de Ferro Minas-Rio

Estado de Minas Gerais, Brasil

Preparado para:

Mineração e Metálicos S.A. Praia do Flamengo 154/4°

Rio de Janeiro Brasil 22210-030

Preparado por:

7175 W. Jefferson Ave.

Suite 3000 Lakewood, CO 80235

No. Referência do Projeto: 163703.04

Data Efetiva: 30 de Novembro, 2007 Data do Relatório: 12 de Fevereiro, 2008

Contributors: E Colaboradores: Aprovado pelos QP’s: Leah Mach CPG, MSc Leah Mach CPG, MSc Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD Dr. Bart Stryhas CPG, PhD. Dr. Bart Stryhas CPG, PhD S E E Johansson, MSAIMM S E E Johansson, MSAIMM George Borinski _______________________________ _________________________________ Consultores do Projeto Pessoas Qualificadas

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MMX Mineração e Metálicos S.A. I Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Sumário Executivo (Item 3)

A SRK Consulting (US), Inc., (“SRK”) foi contratada pela Mineração e Metálicos S.A. (“MMX”) para preparar um Relatório Técnico de acordo com o Instrumento Nacional 43-101 (“NI 43-101”) da Canadian Securities Administrators (“CSA”) para o Projeto de Ferro Minas-Rio (“Minas-Rio” ou o “Projeto”), localizado no Estado de Minas Gerais, Brasil. O Projeto é controlado 51% pela MMX e 49% pela Anglo American plc (Anglo American). A MMX e a Anglo American anunciaram em 17 de Janeiro de 2008, que as empresas estão em um período de discussões exclusivas pelas quais a Anglo American irá adquirir os 49% remanescentes do Projeto Minas-Rio.

O Projeto consiste de quatro propriedades minerais separadas, localizadas em duas áreas geográficas distintas, como listado abaixo:

• Área da Serra do Espinhaço;

o Serra do Sapo,

o Itapanhoacanga,e

o Serro.

• João Monlevade.

O Projeto também irá incluir um porto, o Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro e um mineroduto de polpa entre o projeto e o porto. O mineroduto irá passar através dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A SRK completou um relatório sobre o Projeto Minas-Rio Project em Abril de 2007, entitulado MMX Mineração e Metálicos S.A. Relatório Técnico NI 43-101 Projeto Minas-Rio (Relatório Técnico, 2007).

Descrição da Propriedade e Acessibilidade O Projeto Minas-Rio Project está localizado a aproximadamente 160 km a nordeste de Belo Horizonte e aproximadamente 500 km norte do Rio de Janeiro. As propriedades de pesquisa incluem 21 direitos minerias totalizando aproximadamente 14.882ha dentro do Estado de Minas Gerais e 2 requerimentos adicionais para Alvarás de Pesquisa, totalizando 22,42ha. A área de João Monlevade está localizada perto da cidade de João Monlevade, na porção leste do Quadrilátero Ferrífero. As propriedades de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro estão coletivamente referidas como Serra do Espinhaço, e de norte para sul, estão Serro, próximo da cidade de Serro, Itapanhoacanga, perto da cidade de Alvorada de Minas e Serra do Sapo, próximo da cidade de Conceição do Mato Dentro.

João Monlevade está localizado a cerca de 93 km de Belo Horizonte, por boa rodovia pavimentada. As propriedades da Serra do Espinhaço são acessadas a partir de Belo Horizonte por rodovias pavimentadas e boas estradas não pavimentadas.

Histórico A MMX adquirir a propriedade de João Monlevade em 2004. A mesma está localizada no Quadrilátero Ferrífero do Brasil, que tem sido uma região produtora de ferro por mais de cem anos. A propriedade teve vários donos ao longo deste período.

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A área de Céu Aberto na área dos direitos de Serro pertenceu e foi pesquisada no passado pela Rio Tinto Zinc (RTZ) e pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A CVRD também possuiu os direitos minerias de Itapanhoacanga e Serra do Sapo até perdê-los em 2004. Após isto, muitos indivíduos privados detiveram os direitos por breves períodos de tempo. A MMX adquiriu os direitos minerais de José Marcillo Nunes para Itapanhoacanga em Fevereiro de 2006 e de Serra do Sapo em Junho de 2006.

O mais recente mapeamento da área regional foi completado num projeto de parceria entre o Departamento Nacional da Produção Mineral do Brasil (DNPM) e o US Geological Survey (USGS).

Geologia O contexto geológico regional consiste de Rochas metassedimentares e metavulcãnicas Précambrianas, altamente deformadas, intrudidas por rochas graníticas, máficas e ultramáficas. Dentro do Quadrilátero Ferrífero, as rochas sedimentares Précambrianas podem ser divididas em três séries. Da mais antiga para a mais nova elas incluem a Série Rio das Velhas, a Série Minas e a Série Itacolomi. Cada série está sobreposta, em inconformidade, pela seguinte (Dorr 1969). Na área de João Monlevade, as estruturas regionais dominantes são dobras de direção nordeste e falhas de empurrão, cortadas por falhas normais de direção noroeste.

A Serra do Espinhaço, um termo introduzido por Eschwege (1822), representa a mais extensa e contínua cadeia orogênica Précambriana do Brasil. Ela se extende por 1.200km na direção norte-sul, desde a região a norte de Belo Horizonte até as divisas entre a Bahia e os estados de Pernambuco e Piauí. A área da Serra do Espinhaço é recoberta por rochas do Grupo Serro, parte do Supergrupo Espinhaço. O Grupo Serro inclui rochas suprecrustais com fragmentos tectônicos do ambasamento cristalino. Estas unidades representam litofácies da margem continental passiva, empilhada tectonicamente durante a Orogênise Espinhaço.

A sequência orogênica da Serra do Espinhaço Meridional é definida por dobras na direção norte-sul, com falhas de empurrões dúcteis que foram acomodadas num encurtamento este-oeste. Esta deformação foi responsável pela duplicação, ausência e freqüentes inversões estratigráficas de certas unidades.

Os alvos mineralizados do Minas-Rio são formações ferríferas bandadas (BIF) de idade Arqueana. Elas foram formadas a cerca de dois bilhões de anos atrás e medem centenas de metros de espessura e mais do que milhares de quilometros quadrados em extensão.

Os depósitos de minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero e na Serra do espinhaço são compostos predominantemente de hematita e quartzo finamente granulado, localmente conhecido como itabiritos. Condições extremas de intemperismo laterítico produziram capeamento de canga, que são ricos em ferro e quase sem nenhuma sílica. Abaixo do capeamento de canga, ocorrem itabiritos compostos de hematita-magnetita com enriquecimento nos teores de ferro. Estes itabiritos são tipicamente classificados pelo seu grau de lixiviação. Três variedades comuns são os itabiritos friáveis, os itabiritos semi-compactos e os itabiritos compactos, com cada um significando um decréscimo na lixiviação.

Os minérios itabiríticos necessitam processamento para liberar a hematita do quartzo, sendo bastante propensos ao tratamento. Consequentemente, os itabiritos e hematitas pulverulentas são processados em concentrados de minério de ferro ou minérios de ferro finos. Os minérios de ferro finos são preferencialmente vendidos como as sinter feed, mas minérios que contém uma

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fração significante das partículas menores do que 1 mm, não podem ser alimentadas diretamente nas plantas de sinterização. Estes minérios muito finos são vendidos como alimentação para plantas de pelotização, ou pellet feed.

Recursos e Reservas A estimativa de recursos para Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro foi conduzida pela MMX através de uma empresa de consultoria contratada a Prominas Projetos e Serviços de Mineração LTDA (Prominas), usando o programa MineSight. A SRK auditou os recursos usando o programa Vulcan. A estimativa de recursos de João Monlevade foi feita pela SRK usando o programa Vulcan e é a mesma estimativa de recursos relatada em 2007, no Relatório Técnico NI 43-101 sobreo Minas-Rio, já que nenhuma sondagem adicional foi realizada nesta propriedade.

Os recursos de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro foram estimados com krigagem ordinária, combinando os códigos litológicos das compostas com os códigos litológicos dos blocos. Foram requeridos dois furos para a estimativa do bloco, com um mínimo de 6 e um máximo de 24 compostas, com um máximo de 4 por furo.

Os recursos foram classificados em indicados ou inferidos baseados num procedimento com três estapas:

• Primeiro, um polígono foi desenhado ao redor de todos os furos existentes e então expandido num raio de 150m. Os blocos dentro deste polígono puderam ser classificados como inferidos, e os blocos fora foram excluídos da declaração de recursos;

• Segundo, um polígono foi desenhado ao redor dos furos pertencentes a malha de 200m x 200m e foi então expandido num raio de 150m. Os blocos dentro deste polígono, e que possuíam a composta mais próxima dentro de 350m na Serra do Sapo e de 250m em Itapanhoacanga e Serro, puderam ser classificados como indicados, e

• Terceiro, um cone flutuante foi rodado no modelo de blocos e somente os blocos dentro desta cava conceitual puderam estar incluídos nos recursos.

A SRK validou os modelos por:

• Comparação visual dos teores dos blocos com os furos de sonda em seções e em planos horizontais;

• Comparação dos teores médios dos resultados originais, compostas e modelo de blocos;

• Re-estimativa dos recursos usando os mesmos parêmtros da MMX e também usando uma rotina de inverso do quadrado da distância (ID2). A tonelagem assim determinada ficou com menos dos que 5% de diferença dos resultados da MMX, o que é considerado uma boa comparação e os teores foram praticamente idênticos; e

• Construção de seções este-oeste de swath plot.

A SRK considera que a estimativa de recursos foi conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria.

Os recursos de João Monlevade foram estimados pela construção de um envoltório de teor (grade shell) e então estimando-se os teores dentro deste envoltório com o algorítmo do inverso

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do quadrado da distância, com um mínimo de 1 e um máximo de 9 compostas. A totalidade dos recursos foi classificada como inferida devido à incerteza relacionada à gravidade específica.

Os recursos de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro estão apresentados na Tabela 1. Os itabiritos friáveis incluem itabirito friável e semi-compacto, hematita dura, canga, solo mineralizado e quatzito ferruginoso. A Tablea 4 lista os recursos de João Monlevade com tipos de rochas indifierenciado. Todas as toneladas estão reportadas em base úmida e o conteúdo de umidade estimado em 7%.

Tabela 1: Declaração de recursos de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro* Recursos Teor Tipo Cut-off Depósito Mt* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI%

33.0 Serra do Sapo 222 41,0 37,0 2,2 0,05 0,12 1,4 33.0 Itapanhoacanga 83 40,3 40,4 1,4 0,03 0,06 0,8 Itabirito Friável 33.0 Serro 21 38,6 39,6 2,8 0,03 0,16 1,0 33.0 Serra do Sapo 171 34,8 49,2 0,7 0,05 0,09 0,2 33.0 Itapanhoacanga - 0,0 0,0 0,0 0,00 0,00 0,0 Itabirito Duro 33.0 Serro 3 34,8 45,9 1,8 0,11 0,07 0,6

Alto

Total de Alto Teor 501 38.6 41.9 1,6 0,05 0,10 0,9 20.0 Serra do Sapo 125 29,9 53,9 1,7 0,04 0,18 0,8 20.0 Itapanhoacanga 7 31,8 53,7 1,0 0,03 0,07 0,5 Itabirito Friável

20.0 Serro 25 28,9 52,3 2,7 0,04 0,30 1,1 20.0 Serra do Sapo 752 29,6 56,1 0,8 0,06 0,10 0,3 20.0 Itapanhoacanga - 0,0 0,0 0,0 0,00 0,00 0,0 Itabirito Duro

20.0 Serro 76 29,3 54,6 1,3 0,06 0,07 0,6

Baixo

Total de Baixo Teor 984 29,6 55,6 1,0 0,05 0,12 0,4

Indicados

Total Indicado 1.485 32,6 51,0 1,2 0,05 0,11 0,6 Recursos Teor Tipo Cut-off Depósito Mt* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI%

33.0 Serra do Sapo 313 39,5 40,6 1,5 0,03 0,09 0,8 33.0 Itapanhoacanga 284 40,4 38,8 1,6 0,04 0,24 0,9 Itabirito Friável

33.0 Serro 17 39,7 38,3 2,7 0,03 0,09 1,2 33.0 Serra do Sapo 141 34,2 49,8 0,6 0,04 0,09 0,3 33.0 Itapanhoacanga 32 34,2 48,3 1,1 0,01 0,10 0,9 Itabirito Duro

33.0 Serro 39 36,4 43,2 2,1 0,07 0,04 0,6

Alto

Total de Alto Teor 825 38.6 41.9 1,4 0,03 0,14 0,7 20.0 Serra do Sapo 102 29,8 53,9 1,8 0,04 0,21 0,9 20.0 Itapanhoacanga 78 29,1 53,7 2,1 0,04 0,24 1,1 Itabirito Friável

20.0 Serro 37 23,7 56,6 3,7 0,06 0,25 2,1 20.0 Serra do Sapo 892 29,8 55,9 0,7 0,05 0,08 0,2 20.0 Itapanhoacanga 19 31,4 51,7 1,1 0,01 0,15 1,2 Itabirito Duro

20.0 Serro 220 29,7 54,0 1,4 0,07 0,06 0,4

Baixo

Total de Baixo Teor 1.347 29,6 55,2 1,1 0,05 0,10 0,4

Inferido

Total Inferido 2.172 33,8 49,0 1,2 0,05 0,13 0,6 *Toneladas reportadas em base úmida, conteúdo de umidade estimada em 7%.

Tabela 2: Declaração de Recursos de João Monlevade*

Cut-off t(000’s) Fe % SiO2 % Al2O3 % P % Mn % LOI

30 133,3 46,8 29,0 1,3 0,08 0,4 1,77 *Toneladas repoprtadas em base úmida.

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Mineração A MMX antecipa que a mineração irá se iniciar na área da Serra do Esdpinhaço onde o método de lavra a céu aberto é viável para a formação ferrífera que mergulha para leste e está próxima a superfície. Os planos de lavra serão otimizados durante o processo de viabilidade com o benefício de investigações geotécnicas adicionais. A lavra irá consistir de sondagem e desmonte, escavação, carregamento, blendagem e transporte para a planta de beneficiamento.

O mineroduto para concentrado de polpa irá transportar concentrado da planta de processo, que estará localizada perto de Conceição do Mato Dentro no estado de Minas Gerais, para as instalações do porto que serão construídas em Barra do Açu, perto de Campos, no estado do Rio de Janeiro. O minério será britado, moído e limpo para produzir concnetrado, que será transportado via um mineroduro de 553 km e 24 pol de diâmetro. O sistema do mineroduto está projetado para transportar 24,5 milhões de toneladas métricas secas por ano (sMt/a) de concentrado de ferro.

A MMX irá construir o Porto do Açu no estado do Rio de Janeiro, na região costeira do Norte Fluminense, entre o Farol de São Tomé e a foz do Rio Paraíba do Sul. As especificações para as instalações do porto são as seguintes:

• Exportação anual 24,5 sMt de produtos de ferro na forma de pellet-feed;

• Capacidade máxima projetada de navios para serem carregado no porto de 250kt com navios de 19,10m de calado, comprimento de 335m e largura de 55m; e

• Navios com capacidade média de 180kt.

As instalações do Porto do Açu terão duas áreas separadas: a estrutura marítima e o retroporto.

Metalurgia e Processamento Um plante de beneficiamento será construída para ser alimentada com o material da área da Serra do Espinhaço. A recuperação em massa média antecipada para a alimentação da planta é projetada em 47%. A produção anual é projetada em 25 Mt/a de pellet feed a partir de 56Mt de minério RoM. O fluxograma do processo para o processamento de itabirito irá compreender as seguintes operações:

• Britagem Primária para -250mm;

• Peneiramento Primário e Britagem Secundária / Terciária para -25mm;

• Prensagem de rolos para to 0.3mm;

• Moagem Primária para to 90µm;

• Classificação e Deslamagem;

• Moagem Secundária para 65 µm;

• Flotação em células;

• Re-moagem para 39 µm;

• Espessamento;

• Planta de Reagentes

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• Transporte pelo Mineroduto; e

• Ltragem numa planta de desaguamento que estará localizada no porto.

Meio Ambiente A avaliação ambiental e o processo de licenciamento envolverão essencialmente três etapas paralelas:

• Avaliação Ambiental e requerimento de licença para a mina, planta de beneficiamento, barragem de rejeitos e infra-estrutura associada em Minas Gerais;

• Avaliação Ambiental e requerimento de licença para o mineroduto de concentrado de polpa e infra-estrutura associada em ambos os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro; e

• Avaliação Ambiental e requerimento de licença para as instalações de desaguamento, planta de pelotização de instalações portuárias e infra-estrutura associada no Porto do Açu no estado do Rio de Janeiro.

As Licenças Preliminares foram recebidas pela MMX para o porto e mineroduto. O requerimento para a Licença Preliminar para a mina proposta foi submetida a FEAM e está sob revisão. A Licença de Instalação para as instalações portuárias foi recebida pela MMX.

Recomendações O Projeto Minas-Rio Project é um projeto de ferro avançado com um recurso indicado de 1,5Gt e um recurso inferido de 2,3Gt. A MMX está no processo de conversão de recursos do projeto para reservas, através das etapas de otimização de pit, planejamento e sequenciamento da mina, e análise técnico-econômica.

A SRK recomenda a realização prévia dos seguintes trabalhos em curso para o desenvolvimento do Projeto:

• Continuar com a sondagem em malha e em fechamento de malha em Serro, Serra do Sapo e Itapanhoacanga. O orçam ento da MMX para continuação da pesquisa em malha de 200m e para um programa de fechamento de malha é mostrado na Tabela 3;

Tabela 3: Orçamento de Sondagem da MMX 2008-2009 Ano Pesquisa Exploratória Fechamento de malha Total

Metros Custo US$M Metros Custo US$M Metros Custo US$M 2008 47.200 19,8 20.400 10,5 67.600 30,3 2009 36.262 15,2 36.262 15,2

Total 47.200 19,8 56.662 25,7 103.862 45,5

• Estabelecer um programa de QA/QC de laboratório com padrões, duplicatas e análises de cheque;

• Continuar os testes metalúrgicos nos itabiritos compactos e de baixo teor; e

• Estabelecer erservas para o projeto através de um estudo de pré-viabilidade e/ou viabilidade.

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Tabela de Conteúdos 1 INTRODUÇÃO E TERMOS DE REFERÊNCIAS (ITEM 4).............................................. 1-1

1.1 Termos de Referência e Objetivo do Relatório.......................................................... 1-1 1.2 Fontes de Informação................................................................................................. 1-2 1.3 Data Efetiva ............................................................................................................... 1-2 1.4 Confiança de Outros Especialistas (Item 5)............................................................... 1-2 1.5 Litígio Relevante........................................................................................................ 1-3 1.6 Qualificação dos Consultores (SRK)......................................................................... 1-3

2 DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE (ITEM 6) .................................... 2-1 2.1 Localizações da Propriedade...................................................................................... 2-1 2.2 Títulos Minerais ......................................................................................................... 2-1

2.2.1 Contratos assinados de Direitos Minerais da MMX.................................... 2-3 2.3 Localização da Mineralização.................................................................................... 2-3

2.3.1 Perícias ........................................................................................................ 2-3 2.4 Royalties, Acordos e Ônus......................................................................................... 2-3 2.5 Passivos Ambientais .................................................................................................. 2-3 2.6 Permissões.................................................................................................................. 2-4

2.6.1 Alvará de Pesquisa ...................................................................................... 2-4 2.6.2 Acesso Superficial ....................................................................................... 2-5 2.6.3 Processo de Licenciamento Ambiental ....................................................... 2-6 2.6.4 Licença da ANTAQ..................................................................................... 2-9

3 ACESSIBILIDADE, CLIMA, RECURSOS LOCAIS, INFRAESTRUTURA E FISIOGRAFIA (ITEM 7) .................................................................................................................. 3-1

3.1 Acesso ........................................................................................................................ 3-1 3.2 Fisiografia .................................................................................................................. 3-1 3.3 Clima e Temporadas Operacionais ............................................................................ 3-2 3.4 Vegetação................................................................................................................... 3-2 3.5 Recursos Locais e Infraestrutura................................................................................ 3-2

4 HISTÓRICO (ITEM 8).......................................................................................................... 4-1 4.1 Titularidade ................................................................................................................ 4-1 4.2 Pesquisa e Desenvolvimento Passado........................................................................ 4-1 4.3 Estimativas Históricas de Recursos Minerais ............................................................ 4-1

5 CONTEXTO GEOLÓGICO (ITEM 9) ................................................................................. 5-1 5.1 Geologia Regional ..................................................................................................... 5-1 5.2 Geologia Local da Área da Serra do Espinhaço ........................................................ 5-1

5.2.1 Litologia ...................................................................................................... 5-1 5.2.2 Estrutura ...................................................................................................... 5-2

5.3 Geologia Local de Serro ............................................................................................ 5-3 5.4 Geologia Local de Itapanhoacanga............................................................................ 5-4 5.5 Geologia Local de Serra do Sapo............................................................................... 5-5 5.6 Geologia Local de João Monlevade........................................................................... 5-5

6 TIPOS DE DEPÓSITOS (ITEM 10) ..................................................................................... 6-1 7 MINERALIZAÇÃO (ITEM 11)............................................................................................ 7-1

7.1 Itabirito....................................................................................................................... 7-1

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7.2 Hematita Compacta.................................................................................................... 7-1 8 PESQUISA GEOLÓGICA (ITEM 12).................................................................................. 8-1

8.1 Histórico do Trabalho de Pesquisa Geológica Relevante .......................................... 8-1 8.1.1 Serra do Sapo............................................................................................... 8-1 8.1.2 Itapanhoacanga ............................................................................................ 8-1 8.1.3 Serro ............................................................................................................ 8-1 8.1.4 João Monlevade........................................................................................... 8-1

8.2 Interpretação dos Dados de Pesquisa Geológica ....................................................... 8-2 9 SONDAGEM (ITEM 13) ...................................................................................................... 9-1 10 MÉTODO E ABORDAGEM DE AMOSTRAGEM (ITEM 14) ........................................ 10-1 11 PREPARAÇÃO, ANÁLISE E SEGURANÇA DAS AMOSTRAS (ITEM 15)................. 11-1

11.1 Controle e Garantia da Qualidade do Laboratório (QA/QC)................................... 11-1 12 VERIFICAÇÃO DOS DADOS (ITEM 16) ........................................................................ 12-1

12.1 Verificação dos Dados de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro ......................... 12-1 12.2 Verificação dos Dados de João Monlevade ............................................................. 12-1 12.3 Verificação Adicional .............................................................................................. 12-1

13 PROPRIEDADES ADJACENTES (ITEM 17) ................................................................... 13-1 14 PROCESSAMENTO MINERAL E TESTE METALÚRGICO (ITEM 18)....................... 14-1

14.1 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Serra do Sapo............................ 14-1 14.2 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Itapanhoacanga......................... 14-3 14.3 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos do Itabirito Compacto ................... 14-7 14.4 Comentários Finais sobre Serra do Sapo e Itapanhoacanga .................................... 14-8 14.5 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Serro ......................................... 14-9 14.6 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de João Monlevade...................... 14-10

15 RECURSO MINERAL (ITEM 19) ..................................................................................... 15-1 15.1 Serra do Sapo ........................................................................................................... 15-1

15.1.1 Banco de Dados dos Furos ........................................................................ 15-1 15.1.2 Geologia .................................................................................................... 15-1 15.1.3 Composição ............................................................................................... 15-2 15.1.4 Estéril Interno ............................................................................................ 15-2 15.1.5 Gravidade Específica................................................................................. 15-2 15.1.6 Análise Variográfica.................................................................................. 15-3 15.1.7 Estimativa de Recursos.............................................................................. 15-5 15.1.8 Classificação dos Recursos........................................................................ 15-5 15.1.9 Verificação do Modelo .............................................................................. 15-6 15.1.10 Declaração de Recursos Minerais ............................................................. 15-7 15.1.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais ........................................................ 15-8

15.2 Estimativa de Recursos Minerais de Itapanhoacanga............................................ 15-11 15.2.1 Banco de Dados de Furos ........................................................................ 15-11 15.2.2 Geologia .................................................................................................. 15-11 15.2.3 Composição ............................................................................................. 15-12 15.2.4 Estéril Interno .......................................................................................... 15-12 15.2.5 Gravidade Específica............................................................................... 15-12 15.2.6 Análise Variográfica................................................................................ 15-13 15.2.7 Estimativa de Recursos............................................................................ 15-14

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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MMX Mineração e Metálicos S.A. iii Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

15.2.8 Classificação de Recursos ....................................................................... 15-15 15.2.9 Verificação do Modelo ............................................................................ 15-15 15.2.10 Declaração de Recursos Minerais ........................................................... 15-16 15.2.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais ...................................................... 15-18

15.3 Estimativa de Recursos Minerais de Serro ............................................................ 15-21 15.3.1 Banco de Dados de Furos ........................................................................ 15-21 15.3.2 Geologia .................................................................................................. 15-21 15.3.3 Composição ............................................................................................. 15-22 15.3.4 Estéril Interno .......................................................................................... 15-22 15.3.5 Gravidade Específica............................................................................... 15-22 15.3.6 Análise Variográfica e Modelamento...................................................... 15-23 15.3.7 Estimativa de Teor................................................................................... 15-24 15.3.8 Classificação de Recursos ....................................................................... 15-25 15.3.9 Verificação do Modelo ............................................................................ 15-25 15.3.10 Declaração de Recursos Minerais ........................................................... 15-27 15.3.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais ...................................................... 15-28

15.4 Estimativa de Recursos Minerais de João Monlevade (Item 19)........................... 15-31 15.4.1 Banco de Dados de Furos ........................................................................ 15-31 15.4.2 Geologia .................................................................................................. 15-31 15.4.3 Composição ............................................................................................. 15-31 15.4.4 Gravidade Específica............................................................................... 15-32 15.4.5 Análise Variográfica................................................................................ 15-32 15.4.6 Estimativa de Recursos............................................................................ 15-32 15.4.7 Verificação do Modelo ............................................................................ 15-33 15.4.8 Classificação de Recursos ....................................................................... 15-34 15.4.9 Declaração de Recursos Minerais ........................................................... 15-34 15.4.10 Sensibilidade de Recursos Minerais........................................................ 15-35

16 OUTROS DADOS E INFORMAÇÕES RELEVANTES (ITEM 20) ................................ 16-1 16.1 Titularidade .............................................................................................................. 16-1 16.2 Oportunidades .......................................................................................................... 16-2

17 REQUERIMENTOS ADICIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DA PROPRIEDADE (ITEM 25)............................................................................................................ 17-1

17.1 Sistema do Mineroduto para Polpa de Concentrado................................................ 17-1 17.2 Instalações Portuárias do Porto do Açu ................................................................... 17-1

17.2.1 Estruturas Marítimas ................................................................................. 17-2 17.2.2 Retroporto.................................................................................................. 17-2

17.3 Mineração ................................................................................................................ 17-2 17.4 Processamento.......................................................................................................... 17-3

17.4.1 Fluxograma do Processo............................................................................ 17-3 17.5 Utilitários e Unidades de Suporte ............................................................................ 17-3

17.5.1 Sistema Elétrico......................................................................................... 17-3 17.5.2 Suprimento de Água .................................................................................. 17-3 17.5.3 Sistema de Recuperação de Água.............................................................. 17-3 17.5.4 Sistema de Água Potável ........................................................................... 17-3

17.6 Depósitos de Rejeitos e Estéril ................................................................................ 17-4 17.7 Mercado ................................................................................................................... 17-4

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MMX Mineração e Metálicos S.A. iv Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

17.8 Contratos .................................................................................................................. 17-4 17.9 Licenças e Considerações Ambientais..................................................................... 17-5

17.9.1 Licenciamento Ambiental no Brasil .......................................................... 17-6 17.9.2 Processo de Licenciamento ....................................................................... 17-6 17.9.3 Licenciamento Ambiental Específico para as Minas, Mineroduto e Porto do Açu ................................................................................................................... 17-6 17.9.4 Revegetação............................................................................................... 17-6

17.10 Aspectos Ambientias, Emissões, Efluentes e Dejetos Sólidos ................................ 17-7 17.10.1 Caracterização das Emissões Gasosas e Materiais Particulados ............... 17-7 17.10.2 Efluentes Líquidos..................................................................................... 17-8 17.10.3 Resíduos Sólidos ....................................................................................... 17-9 17.10.4 Ruído e Vibração....................................................................................... 17-9 17.10.5 Sumário.................................................................................................... 17-10

18 INTERPRETAÇÕES E CONCLUSÕES (ITEM 21).......................................................... 18-1 18.1 Sondagem, Amostragem e Análises ........................................................................ 18-1 18.2 Estimativa de Recursos ............................................................................................ 18-1 18.3 Testes Metalúrgicos ................................................................................................. 18-1 18.4 Desenvolvimento do Projeto.................................................................................... 18-2

19 RECOMENDAÇÕES (ITEM 22)........................................................................................ 19-1 20 REFERÊNCIAS (ITEM 23) ................................................................................................ 20-1 21 GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 21-1

21.1 Recursos e Reservas Minerais ................................................................................. 21-1 21.2 Glossário .................................................................................................................. 21-2

Lista de Tabelas Tabela 1: Declaração de recursos de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro*................................. IV

Tabela 2: Declaração de Recursos de João Monlevade* ................................................................... IV

Tabela 3: Orçamento de Sondagem da MMX 2008-2009 ................................................................. VI

Tabela 1.6.1: Pessoas Chave da SRK no Projeto.............................................................................. 1-4

Tabela 2.2.1: Direitos Minerais da MMX......................................................................................... 2-2

Tabela 2.6.1.1: Obrigações dos Proprietários de Alvarás de Pesquisa Brasileiros........................... 2-4

Tabela 2.6.1.2: Obrigações das Operações de Lavra Brasileiras...................................................... 2-5

Tabela 2.6.3.1: Estágios do Licenciamento Ambiental em Projetos de Mineração Brasileiros ....... 2-7

Tabela 2.6.3.2: Licenças Ambientais requeridas pelo Projeto Minas-Rio........................................ 2-8

Tabela 2.6.3.3: Status do Licenciamento Ambiental da MMX ........................................................ 2-8

Tabela 5.6.1: Estratigrafia da Região de João Monlevade................................................................ 5-6

Tabela 9.1: Sondagem Exploratória do Minas-Rio........................................................................... 9-1

Tabela 11.1.1: Sumário das Diferenças Percentuais entre as amostras SGS e UT......................... 11-2

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MMX Mineração e Metálicos S.A. v Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Tabela 14.5.1: Análises Físicas e Químicas do Minério Granulado de Serro ................................ 14-9

Tabela 14.5.2: Resultados Metalúrgicos do Minério Granulado de Serro...................................... 14-9

Tabela 14.6.1: Análises Químicas de Frações Granulométricas dos Itabiritos de João Monlevade14-10

Tabela 15.1.6.1: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Fe ................. 15-3

Tabela 15.1.6.2: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – SiO2............. 15-4

Tabela 15.1.6.3: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Al2O3............ 15-4

Tabela 15.1.6.4: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – P ................... 15-4

Tabela 15.1.6.5: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Mn................ 15-4

Tabela 15.1.6.6: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – LOI............... 15-4

Tabela 15.1.7.1: Limites do Modelo de Serra do Sapo................................................................... 15-5

Tabela 15.1.9.1: Comparação de Teores Médios de Ferro para Resultados Originais, Compostas e Modelo de Bloco de Serra do Sapo...................................................................................... 15-6

Tabela 15.1.10.1: Declaração de Recursos de Serra do Sapo*....................................................... 15-7

Tabela 15.1.11.1: Sensibilidade da Tonelagem e Teor de Serra do Sapo....................................... 15-8

Tabela 15.2.6.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Fe................. 15-13

Tabela 15.2.6.2: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – SiO2 ............. 15-13

Tabela 15.2.6.3: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Al2O3 ........... 15-14

Tabela 15.2.6.4: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – P................... 15-14

Tabela 15.2.6.5: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Mn .............. 15-14

Tabela 15.2.6.6: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – LOI .............. 15-14

Tabela 15.2.9.1: Comparação dos Teores Médios de Ferro dos Resultados Originais, Compostas e Modelo de Blocos de Itapanhoacanga ............................................................................... 15-16

Tabela 15.2.10.1: Declaração de Recursos de Itapanhoacanga* .................................................. 15-17

Tabela 15.2.11.1: Sensibilidade de Teor e Tonelagem de Itapanhoacanga .................................. 15-18

Tabela 15.3.6.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Fe................. 15-23

Tabela 15.3.6.2: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – SiO2 ............. 15-23

Tabela 15.3.6.3: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Al2O3 ........... 15-24

Tabela 15.3.6.4: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – P................... 15-24

Tabela 15.3.6.5: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Mn ............... 15-24

Tabela 15.3.6.6: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – LOI .............. 15-24

Tabela 15.3.7.1: Limites do Modelo de Serro .............................................................................. 15-25

Tabela 15.3.9.1: Comparação de Teores Médios de Ferro dos Resultados Originais, Compostas e Modelo de Blocos de Serro................................................................................................ 15-26

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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MMX Mineração e Metálicos S.A. vi Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Tabela 15.3.11.1: Declaração de Recursos de Serro*................................................................... 15-27

Tabela 15.3.12.1: Sensibilidade do Teore e Tonelagem de Serro ................................................ 15-28

Tabela 15.4.3.1: Comparação Estatística das Fe% dos Resultados de Compostas e Modelo de Blocos ......15-32

Tabela 15.4.5.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m......................... 15-32

Tabela 15.4.6.1: Limites do Modelo de João Monlevade............................................................. 15-32

Tabela 15.4.7.1: Resultados de Verificação do Modelo ............................................................... 15-33

Tabela 15.4.7.2: Validação Cruzada dos Dados de Fe por três Técnicas de Estimativa ............. 15-34

Tabela 15.4.9.1: Declaração de Recursos de João Monlevade* ................................................... 15-34

Tabela 15.4.10.1: Sensisbilidade de Teore e Tonelagem de João Monlevade ............................. 15-35

Tabela 17.8.1: Especificações do Contrato com a Sojitz Corporation ........................................... 17-5

Tabela 17.8.2: Especificações do Contrato com a GIIC................................................................. 17-5

Tabela 17.10.1.1: Emissões Atmosféricas ...................................................................................... 17-7

Tabela 19.1: Orçamento de Sondagem da MMX 2008-2009 ......................................................... 19-1

Lista de Figuras Figura 2-1: Mapa de Localização Geral do Projeto Minas-Rio...................................................... 2-10

Figura 2-2: Localização e Licenças de Pesquisa Mineral - Minas-Rio .......................................... 2-11

Figura 2-3: Propriedade de Serra do Sapo- Mapa de Localização e Titularidade .......................... 2-12

Figura 2-4: Propriedades de Itapanhoacanga – Mapa de Localização e Titularidade .................... 2-13

Figura 2-5: Mapa de Localização e Titularidade de Serro.............................................................. 2-14

Figura 2-6: Mapa de Localização e Titularidade de João Monlevade ............................................ 2-15

Figura 2-7: Aquisição da Superfície das Instalações da Mina........................................................ 2-16

Figura 3-1: Fisiografia da Área do Projeto Minas-Rio ..................................................................... 3-3

Figura 5-1: Mapa Geológico Regional do Quadrilátero Ferrífero .................................................... 5-8

Figura 5-2: Geologia Regional do Projeto Serra do Espinhaço........................................................ 5-9

Figura 5-3: Mapa de Geologia Local da Área de Serro .................................................................. 5-10

Figura 5-4: Mapa Geológico Local da Área de Itapanhoacanga .................................................... 5-11

Figura 5-5: Mapa Geológico Local da Área de Serra do Sapo ....................................................... 5-12

Figura 5-6: Mapa Geológico Local da Área de João Monlevade ................................................... 5-13

Figura 9-1: Mapa de Localização de Sondagem da Serra do Sapo................................................... 9-2

Figura 9-2: Seção Vertical 7.907.200 N dos Furos de Serra do Sapo, Olhando para Norte............. 9-3

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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MMX Mineração e Metálicos S.A. vii Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

Figura 9-3: Mapa de Localização da Sondagem de Itapanhoacanga................................................ 9-4

Figura 9-4: Seção Vertical 7.920.650 N com furos de Itapanhoacanga, Olhando para Norte.......... 9-5

Figura 9-5: Mapa de Localização de Sondagem de Serro ................................................................ 9-6

Figura 9-6: Seção Vertical 7.947.800 N dos furos de Serro, Olhando para Norte ........................... 9-7

Figura 9-7: Mapa de Localização de Sondagem de João Monlevade............................................... 9-8

Figura 9-8: Seção Vertical 695.900 E de João Monlevade, Olhando para Oeste............................. 9-9

Figura 11-1: Deferenças Percentuais entre as Amostras do SGS e do Ultratrace .......................... 11-4

Figura 14-1: Fluxograma da Planta Piloto para o Minério de Serra do Sapo ............................... 14-11

Figura 14-2: Fluxograma da Planta Piloto para o Minério de Serro............................................. 14-12

Figura 15-1: Seção Vertical 7.907.200 de Serra do Sapo com Teores de Ferro nos Blocos .......... 15-9

Figura 15-2: Swath Plot dos Teores de Ferro nas Compostas e Blocos – Serra do Sapo............ 15-10

Figura 15-3: Seção Vertical 7.920.650 com Teores de Ferro dos Blocos de Itapanhoacanga ..... 15-19

Figura 15-4: Swath Plot dos Teores de Fe nas Compostas e Blocos de Itapanhoacanga ............. 15-20

Figura 15-5: Típica Seção Vertical do Modelo de Blocos de Serro, Mostrando a Distribuição do Fe15-29

Figura 15-6: Swath Plot Leste-Oeste dos Teores de Fe nas Compostas vs. Modelo de Serro ..... 15-30

Figura 15-7: Típica Seção Vertical 7.807.800 N do Modelo de Blocos de João Monlevade, Mostrando a Distribuição do Fe......................................................................................... 15-36

Lista de Apêndices

Apêndice A Certificado do Autor

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 1-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

1 Introdução e Termos de Referências (Item 4) A SRK Consulting (US), Inc., (“SRK”) foi contratada pela Mineração e Metálicos S.A. (“MMX”) para preparar um Relatório Técnico de acordo com o Instrumento Nacional 43-101 (“NI 43-101”) da Canadian Securities Administrators (“CSA”) para o Projeto de Ferro Minas-Rio (“Minas-Rio” ou o “Projeto”), localizado no Estado de Minas Gerais, Brasil. O Projeto é controlado 51% pela MMX e 49% pela Anglo American plc (Anglo American). A MMX e a Anglo American anunciaram em 17 de Janeiro de 2008, que as empresas estão em um período de discussões exclusivas pelas quais a Anglo American irá adquirir os 49% remanescentes do Projeto Minas-Rio.

O Projeto consiste de quatro propriedades minerais separadas, localizadas em duas áreas geográficas distintas, como listado abaixo:

• Área da Serra do Espinhaço;

o Serra do Sapo,

o Itapanhoacanga,e

o Serro.

• João Monlevade.

O Projeto também irá incluir um porto, o Porto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro e um mineroduto de polpa entre o projeto e o porto. O mineroduto irá passar através dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Este relatório é preparado usando-se as Melhores Práticas e Diretrizes para se reportar (“Best Practices and Reporting Guidelines”) aceitas pela indústria e pelo Instituto Canadense de Mineração, Metalurgia e Petróleo (Canadian Institute of Mining, Metallurgy and Petroleum –“CIM”), para a divulgação de informações de pesquisa mineral e recursos, as regulamentações revisadas da CSA (Canadian Securities Administrators) na NI 43-101 (Padrões para a Divulgação de Projetos Minerais), o Compêndio de Política 43-101CP e os Padrões de Definição da CIM para Recursos e Reservas Minerais (11 de Dezembro, 2005).

A SRK preparou um Relatório NI 43-101, MMX Mineração e metálicos S.A. Relatório Técnico NI 43-101 Projto de Ferro Minas-Rio, em Maio de 2007 (Relatório Técnico, 2007). Sondagens adicionais, permissões e planejamento foram realizados desde então e esta informação está incluída neste relatório.

Certas definições usadas neste sumário executivo estão definidas no corpo deste Relatório Técnico.

1.1 Termos de Referência e Objetivo do Relatório Este Relatório Técnico pode ser usado pela MMX para adicional desenvolvimento do Projeto Minas-Rio, apresentando uma estimativa dos recursos minerais, classificação dos recursos de acordo com o sistema de classificação da CIM (Canadian Institute of Mining, Metallurgy and Petroleum) e uma avaliação da propriedade.

A MMX também pode usar este Relatório Técnico para qualquer propósito legal que o mesmo seja necessário. Este Relatório Técnico foi preparado em concordância com as diretrizes

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 1-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

encontradas nos Padrões para Divulgação de Projetos Minerais NI 43-101 (NI 43-101 Standards of Disclosure for Mineral Projects).

A visita a área foi feita na propriedade por Leah Mach em 31 de Março, 14 de Abril e 29 e 30 de Setembro de 2007. O Dr. Neal Rigby visitou o projeto em 5 de Janeiro de 2006. Sten Johansson visitou a Fundação Gorceix e discutiu os testes metalúrgicos em 30 de Setembro e 1 de Outubro. George Borinski fez uma visita adicional ao local em 13 de Novembro de 2007. Dr. Neal Rigby, Leah Mach, Dr. Bart Stryhas e Sten Johansson são as Pessoas Qualificadas (Qualified Persons) para este relatório.

1.2 Fontes de Informação A informação técnica sobre a qual este Relatório Técnico é baseado representa uma compilação do trabalho realizado por várias empresas de consultoria independentes.

Os estudos e referências adicionais para este Relatório Técnico estão listados na Seção 21. A SRK fez uma revisão dos dados do Projeto e incorporou outros resultados, com comentários apropriados e ajustes se necessários, na preparação deste Relatório Técnico.

Os autores revisaram os dados providos pela MMX incluindo cópias impressas e arquivo digitais localizados no Projeto e nos escritórios da MMX no Brasil. Discussões sobre a geologia do projeto e os processos de estimativa de recursos foram conduzidas com o corpo técnico da MMX. O banco de dados da sondagem foi preparado pela MMX e verificado pela SRK.

1.3 Data Efetiva A data efetiva deste Relatório Técnico é 30 de Novembro de 2007.

1.4 Confiança de Outros Especialistas (Item 5) A opinião da SRK contida aqui é baseada nas informações fornecidas à SRK pela MMX no curso das investigações da SRK como descrito na Seção 1.2, que reflete várias condições técnicas e econômicas e o tempo de escrita.

A SRK revisou certos materiais relativos a um limitado volume de correspondências, mapas pertinentes e contratos, para verificar a validade e titularidade das licenças de pesquisa mineral e licenças operacionais. Todavia a SRK não conduziu uma revisão em profundidade dos títulos minerais e titularidade, consequentemente, nenhuma opinião será expressa pela SRK neste assunto.

A SRK é de opinião que a informação concernente às propriedades apresentadas neste relatório descreve adequadamente as propriedades em todos os aspectos materiais.

Os autores não são pessoas qualificadas com respeito às leis ambientais no Brasil, relativos ao parecer apresentado na Seção 2.5 deste relatório – Passivos Ambientais. As seguintes empresas de consultoria realizaram pareceres nestes assuntos:

• Sênior Engenharia; Rua General Dionísio Cerqueira, 147 – Gutierrez 30.430-140 – Belo Horizonte;

• Brandt Consultoria e Projetos Ambientais, Monitoramento e Laboratório de Análises Ambientais, Tecnologia da informação Ambiental; Alameda do Ingá, 89 - Vale do Sereno 34 000 000 - Nova Lima – MG Brazil;

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 1-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• Integratio; Alameda do Ingá, 89 Vale do Sereno – Nova Lima 34.000-000 – Minas Gerais –Brazil;

• YKS; Avenida Raja Gabaglia, 2680 cj. 501 30.350-540 – Belo Horizonte – MG Brazil; and

• Azevedo Sette Advogados; Rua Paraíba, 1000, térreo 30130-141 - Belo Horizonte - MG - Brasil Brazil.

1.5 Litígio Relevante A SRK foi advertida para MMX que existem certos litógios concernentes à propriedades do Minas-Rio. A SRK não considera os mesmos relevantes para este relatório.

1.6 Qualificação dos Consultores (SRK) O Grupo SRK compreende um corpo técnico de 650 profissionais, oferecendo especialistas num extenso leque de disciplinas da engenharia de recursos. A independência do Grupo SRK é assegurada pelo fato de não possuir participação em nenhum projeto e que sua propriedade é somente do seu corpo técnico. Isto permite à SRK prover a seus clientes recomendações objetivas e livres de interesse sobre questões de julgamento crucial. A SRK tem um registro comprovado de acompanhamento de avaliações independentes de recursos e reservas minerais, avaliações de projetos e auditorias, relatórios técnicos e avaliações independentes de viabilidades técnicas, com padrões confiáveis (bankable), em nome de empresas de exploração mineral e de mineração e de instituições financeiras ao redor do mundo. O Grupo SRK também trabalhou com um grande número de grandes empresas de mineração internacionais e seus projetos, fornecendo serviços de consultoria na indústria mineral.

Este relatório foi preparado baseado em uma revisão técnica e econômica realizada pela equipe do grupo SRK em Denver, filial nos EUA. Estes consultores são especialistas nas áreas de: geologia exploratória, classificação e estimativa de recursos e reservas minerais, mineração a céu aberto, processamento mineral e economia mineral.

A SRK ou nenhum de seus empregados e associados que participaram da preparação deste relatório, têm qualquer interesse ou benefício na MMX ou em seus ativos. Será pago à SRK honorários por este trabalho, de acordo com as práticas normais de consultoria profissional.

Os indivíduos que contribuíram neste relatório técnico, os quais estão listados abaixo, possuem extensa experiência na indústria mineral e são membros efetivos de instituições profissionais apropriadas. O Dr. Neal Rigby e Leah Mach são as Pessoas Qualificadas (Qualified Persons) responsável por toda a preparação deste Relatório Técnico.. O Dr. Bart Stryhas é a Pessoa Qualificada responsável pela Seção 15.4 deste Relatório Técnico e Sten Johansson é a Pessoa Qualificada responsável pela Seção 14 deste Relatório Técnico.

As pessoas chave do Projeto que contribuíram para este relatório estão listadas na Tabela 1.6.1. Os Formulários de Certificação dos Autores são apresentados no Apêndice A.

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Tabela 1.6.1: Pessoas Chave da SRK no Projeto Nome Disciplina Leah Mach Geologia, recursos Dr. Bart Stryhas Geologia, recursos S E E Johansson Processamento George Borinski Meio Ambiente, Processamento Dr. Neal Rigby Diretor de Projeto e QA Interno

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

2 Descrição e Localização da Propriedade (Item 6) 2.1 Localizações da Propriedade O Projeto Minas-Rio está localizado a aproximadamente 160 km nordeste de Belo Horizonte e aproximadamente 500 km norte do Rio de Janeiro. As propriedades incluem 21 direitos minerais totalizando 14.882 ha dentro do estado de Minas Gerais e dois requerimentos adicionais para Alvarás de pesquisa, totalizando 13,42 ha (Figura 2-1). A área de João Monlevade está localizada perto da cidade de João Monlevade na porção leste do Quadrilátero Ferrífero. João Monlevade está localizado a 19° 14’59.5”S e 43° 5’53.0”W. As propriedades de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro estão coletivamente referidas como Serra do Espinhaço, e de norte para sul, estão Serro, próximo da cidade de Serro, Itapanhoacanga perto da cidade de Alvorada de Minas Estas três propriedades se encontram no lado leste da seção sul da Serra do Espinhaço (Figura 2-2). Todas as três se encontram entre 20°00’S e 20°30’S e entre 44°00’W e 44°30’W.

2.2 Títulos Minerais Os direitos minerais no Brasil são governados pelo Código de Mineração Decreto 227, de 27 de Fevereiro de 1967 e regras adicionais decretadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral do Brasil (DNPM), que é a agência governamental que controla as atividades de mineração através do país. Cada requerimento para pesquisa ou permissão de lavra ´=e representado por um direito mineral submetido ao DNPM. No presente momento, a MMX e suas partes relacionadas detém 23 diferentes direitos minerais na área do projeto que foram submetidos ao DNPM para exame e aprovação. A Tabela 2.2.1 mostra o estatus geral de cada direito mineral existente frente ao DNPM. As datas de validade são as datas quando os relatórios devem ser submetidos ao DNPM.

Os direitos superficiais em João Monelvade pertencem a Belgo-Mineira (Belgo), através de sua subsidiária Cia Agricola Santa Barbara (CAF) e a um número de induvíduos provados. A Belgo está atualmente usando uma porção da área para estocagem do material de rejeito de sua planta siderúrgica. A subsidiária CAF está primariamente engajada em projetos de reflorestamento. É de entendimento da SRK que nenhum direito superficial deve ser negociado para estas propriedades.

Os direitos superficiais das propriedades da Serra do Espinhaço são detidos por vários proprietários de fazendas, que lá estão localizadas. A MMX tem conduzido negociações bem sucedidas com alguns dos proprietários e atualmente está em negociação com outros para os direitos superficiais.

Os trabalhos de pesquisa para os direitos minerais números 831.325/89, 832.447/00 e 832.666/01 estão atualmente encerrados e os respectivos relatórios foram entregues ao DNPM para exame e aprovação. O trabalho de pesquisa e relatório final para o direito mineral número 830.525/99 foi aprovado pelo DNPM.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Tabela 2.2.1: Direitos Minerais da MMX Direito Proprietário Localização* Mineral(s) Área (ha) Título Tempo de

Validade 005.130/56 MMX Minas-Rio Mineração

e Logística Ltda Serro Ferro 249,21 Concessão de Lavra Não Aplicável

831.325/89 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

João Monlevade Ferro 478,93 Alvará de Pesquisa 16.09.01

830.525/99 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

João Monlevade Ferro 602,21 Requerimento de lavra Não Aplicável

832.447/00 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

João Monlevade Ferro 80,16 Alvará de Pesquisa 14.05.05

832.978/02 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Cromo 641,08 Alvará de Pesquisa 28.11.08

832.979/02 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Cromo 619,27 Alvará de Pesquisa 28.11.08

830.286/04 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Itapanhoacanga Ouro 872,50 Alvará de Pesquisa 18.05.07

830.359/04 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Ouro 1.538,79 Alvará de Pesquisa 05.05.07

831.515/04 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serro Ferro 138,64 Alvará de Pesquisa 24.05.07

831.516/04 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serro Ferro 616,79 Alvará de Pesquisa 12.07.07

831.517/04 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serro Ferro 558,28 Alvará de Pesquisa 17.09.07

832.701/04 Antônio Pinto de Almeida Netto

Itapanhoacanga Ouro 802,19 Alvará de Pesquisa 14.10.07

830.367/05 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serro Ferro 1.108,16 Alvará de Pesquisa 28.04.08

831.617/05 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Manganês 1.439,52 Alvará de Pesquisa 20.09.08

832.666/05 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Quartzito 3,21 Alvará de Pesquisa 22.03.09

832.809/05 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Quartzito 56,00 Alvará de Pesquisa 16.03.09

830.225/06 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

Itapanhoacanga Ferro 1.699,02 Alvará de Pesquisa 27.02.10

830.226/06 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

Itapanhoacanga Ferro 628,80 Alvará de Pesquisa 25.01.10

830.422/06 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

Itapanhoacanga Ferro 1.470,72 Alvará de Pesquisa 25.01.10

831.185/06 MPC-Mineração Pesquisa e Comércio Ltda

Serra do Sapo Ferro 900,00 Requerimento de Pesquisa Não Aplicável

831.283/07 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Ferro 378,70 Alvará de Pesquisa Não Aplicável

831.670/07 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Ferro 2,20 Requerimento de Pesquisa Não Aplicável

831.671/07 MMX Minas-Rio Mineração e Logística Ltda

Serra do Sapo Ferro 11,22 Requerimento de Pesquisa Não Aplicável

*Cidade ou Distrito **Este direito mineral está registrado no DNPM em nome de outro proprietário, e será trocado para MMX. EBX é 100% possuída pela MMX.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

2.2.1 Contratos assinados de Direitos Minerais da MMX A legislação mineral brasileira determina que um direito de lavra (Autorização para Pesquisa ou Concessão para Desenvolvimento) pode ser, total ou parcialmente, contratado ou transferido pelos seus donos, com a aprovação do DNPM. O processo administrativo para o arrendamento ou transferência da Autorização de pesquisa ou Concessão de Lavra é similar, apesar de terem condições específicas para cada processo. Em ambos os casos, a parte interessada deve entrar com um processo adiministrativo no DNPM, de acordo com as procisões determinadas no Regimento n. 119, de 14 de Julho de 2006, decretado pelo DNPM.

A MMX tem nove Contratos sobre Direitos Minerais com nove diferentes proprietários de títulos. Sob a execução destes contratos, os direitos minerais são transferidos para a MMX juntamente com o dereito de pesquisar as áreas onde os depósitos minerais estão localizados por umperíodo espefícifo de tempo. A transferência dos direitos minerais na execução dos contratos está sujeita a uma resolução do DNPM. Depois da MMX ter pesquisado a área e baseado em seus achados, a MMX pode exercer, sob seu próprio discernimento, exercer o direito de adquirir definitivamente os direitos minerais.

2.3 Localização da Mineralização A SRK revisou a correspondência, mapas pertinentes e contratos para avaliar a validade dos prazos e titularidade dos direitos minerais para as propriedades pertencentes à MMX. As localizações das permissões minerais estão mostradas nas Figuras 2-2 até 2-6.

2.3.1 Perícias As concessões minerais no Brasil são essencialmente documentais sem a necessidade da locação no terreno de marcos físicos ou demarcações. As descrições das concessões são documentadas com seus limites descritos no Sistema de Coordenadas Geográficas usando o datum Provisional da América do Sul 1956.

Os marcos terrestres para as áreas relacionados às licenças ambientais e a negociações de terra foram feitos usando-se topógrafos profissionais e GPS diferencial. Este trabalho foi conduzido em UTM (Universal Transverse Mercator), zona K23SW e usando SAD-69.

2.4 Royalties, Acordos e Ônus Os direitos minerais relativos ao título mineral n. 830.286/04 são objeto de garantia de um contrato executado entre a MMX ea União de Bancos Brasileiros S/A (Unibanco). Todos os contratos foram devidamente registrados em Cartório Público e no DNPM.

O Projeto pertence 51% a MMX e 49% a Anglo American plc (Anglo American). A MMX e a Anglo American anunciaram em 17 de Janeiro de 2008, que as empresas estão em um período de discussões exclusivas pelas quais a Anglo American poderá adquirir os 49% remanescentes do Projeto Minas-Rio. Os termos da Transação de Aquisição também irão incluir o pagamento pela Newco para a MMX de um royalty futuro, começando em 2025 pela MMX Minas-Rio, assim como outros comprometimentos mútuos entre as partes.

2.5 Passivos Ambientais A SRK notou a presença de um grande depósito de escória localizado sobre a área da aba leste do Sinclinal do Tanque em João Monlevade. A lavra desta porção dos recursos pode requerer a

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movimentação deste depósito de escória. A MMX informou à SRK que todo o passivo ambiental associado com este depósito de escória é de responsabilidade de seu produtor, a Belgo. No presente momento, nenhum outro passivo ambiental foi identificado para a propriedade.

2.6 Permissões 2.6.1 Alvará de Pesquisa A legislação mineral brasileira dita que o proprietário de um Alvará de Pesquisa deve pagar uma taxa anual ao DNPM baseada no número de hectares do alvará, pagar todas as despesas relacionadas às inspeções do DNPM no local do Alvará e deve submeter um relatório dos trabalhos de pesquisa exploratória ao DNPM antes da data de expiração do alvará. O detalhamento das obrigações está listado na Tabela 2.6.1.1.

Tabela 2.6.1.1: Obrigações dos Proprietários de Alvarás de Pesquisa Brasileiros

Regra Descrição Lei Correspondente Aplicável

Pagamento da Taxa Anual ao DNPM Os proprietários de direitos minerais devem pagar ao DNPM a Taxa Anual por Hectare (TAH) até o final dos trabalhos de pesquisa exploratória. A TAH é devida no montante de (i) R$1,55 por hectare, durante todo o tempo da efetiva autorização no seu prazo original e (ii) R$2,00 por hectare, se o prazo da autorização já foi estendido. No caso de falha o DNPM pode determinas penalidades. Se as penalidades não forem integralmente pagas, o DNPM pode vir a cancelar o Alvará de Pesquisa.

Código de Mineração, Artigo 20..

Pagamento das despesas do DNPM relacionadas com inspeções.

Os proprietários de direitos minerais devem ser responsáveis pelas despesas incorridas pelo DNPM com inspeções na área de pesquisa.

Código de Mineração, artigo 26, 4º parágrafo.

Relatório Final de Pesquisa Antes da data de expiração da autorização, o dono do direito mineral deve submeter ao DNPM o relatório final de pesquisa.

Mining Code, article 22, V.

A conformidade com as obrigações mencionadas acima é essencial para o proprietário dos direitos minerais manterem estes direitos em boa situação, de acordo com as leis aplicáveis.

O proprietário de uma Concessão de lavra deve também cumprir com regras específicas de acordo com a legislação mineral brasileira. Estas incluem uma taxa chamada de Compensação Financeira pela Explotação de Recursos Minerais (CFEM), que é devida sobre as vendas de minerais brutos ou processados. O dono da permissão também deve compensar financeiramente o proprietário dos direitos superficiais e encaminhar ao DNPM um relatório anual descrevendo a produção durante o ano precedente. Este relatório deve ser recebido até 15 de Março de cada ano. O detalhamento destas obrigações está listado na Tabela 2.6.1.2.

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Tabela 2.6.1.2: Obrigações das Operações de Lavra Brasileiras

Regra Descrição Lei Correspondente Aplicável

Pagamento da CFEM Os mineradores devem pagar uma taxa chamada Compensação Financeira pela Explotação de Recursos Minerais (CFEM), devida sobre as vendas de minerais brutos ou processados, com taxa de (i) 3% (três por cento) para minérios de manganês, potássio, salitre e alumínio (ii) 2% (dois por cento) para ferro, fertilizantes, carvão e outras substâncias minerais; (iii) 1% (um por cento) para ouro; e (iv) 0,2% (zero vírgula dois por cento) para pedras preciosas, gemas, carbonatos e metais preciosos. De acordo com o Ato n 439 do DNPM, artigo 2, qualquer descumprimento tornará a parte inpedida de requerer (i) para a extensão do prazo do Alvará de Pesquisa; (ii) para a interrupção temporária da explotação, (iii) para a aprovação pelo DNPM de fusões e aquisições da empresa, assim como da venda e transferência dos direitos minerais.

Lei Federal n.7.990, artigos 1 e 6. Decreto n. 01*, artigo 15. Lei Federal n.8.001.

Compensação do Superficiário O minerado deve também pagar a pessoa dona da área superficial uma compensação de 50% (cinquenta por cento) do montante da CFEM.

Código de Mineração, artigo 11, item “b”.

Relatório Anual de Lavra O minerador deve também apresentar ao DNPM, todo ano, até 15 de Março, um Relatório Anual de lavra. O mencionado relatório deve descrever todos os aspectos cruciais relativos a explotação durante o respectivo ano. No caso do relatório não ser apresentado, o DNPM pode impor penalidades.

Código de Mineração, artigo 47, XVI e artigo 50.

*Este Decreto regula a Lei Federal n.7.990, de 28 de Dezembro de 1989.

2.6.2 Acesso Superficial Como mencionada acima, o Projeto inclui as propriedades minerais, o mineraduto e o Porto do Açu. Com respeito às propriedade, mineroduto e porto, a MMX está tomando as medidas necessárias para garantir o acesso completo e dento da lei para as correspondentes áreas superficiais.

De acordo com a legislação brasileira, existem três opções para a MMX adquirir o acesso à superfície destas áreas de permissão. São elas:

• Negociações amigáveis com as pessoas que possuem o título da área superficial;

• Acordo legal; e

• Expropriação da área.

Negociações com todos os indivíduos/companhias ocupantes das áreas de superfície do Projeto é a primeira opção da MMX e podem incluir a compra ou contrato de arrendamento. A MMX pode também negociar um acordo legal dentro das áreas correspondentes. Em ambos os casos, o Código Civil Brasileiro (Lei Federal n.10.406, de 10 de Janeiro de 2002) governa os respectivos acordos.

Se for requerido um acordo legal entre a MMX e os proprietários da terra, o acesso à área superficial pode ser garantido somente na porção necessária para o desempenho dos serviços e atividades relacionados à propriedade.

Se não for possível a negociação nem de um contrato de compra/arrendamento ou um acordo legal para o acesso à superfície, a MMX pode tomar posse desta áreas através de um acordo

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-6 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

mineral forçado. Os Artigos 59 a 62 do Código de Mineração determina que o acordo mineral forçado possa ser autorgado a fim de garantir a pesquisa ou lavra de área de mineração, assim como para implementar corredores de transporte e linhas de comunicação. Nestes casos, a MMX deve indenizar o proprietário da terra previamente à implementação do acordo. O valor da indenização deve ser estimado por meio de inspeções ou exame de especialistas feitas por um perito judicial, observados os critérios estabelecidos no Artigo 27 do Código de Mineração. Este valor será pago ao tribunal, e se necessário, seguido da investidura da escritura da propriedade. A indenização não pode exceder ao montande da renda máxima auferida pela ocupação da área, nem poderá a indenização ser maior do que o valor da área. É notado que o pagamento do montante total do valor da área não implica em sua compra.

No caso das medidas mencionadas acima não forem bem sucedidas, Um Decreto Estadual específico pode ser decretado pelos estados e Minas Gerais e Rio de Janeiro a fim de declarar a propriedade de utilidade pública, e então permitir a implementsação do acordo ou permitir a total ou parcial expropriação das áreas correspondentes. A MMX já tem uma Carta de Intenção com os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro a fim de regular tal possibilidade.

Com respeito ao mineroduto, a MMX pretende comprar as áreas onde o mesmo começa e fechar acordos ao longo de sua extensão. Para as minas, a MMX também pretende negociar a compra do direito superficial das áreas. A MMX já comprou alguns destes direitos superficiais por meio de contratos de compra de terras. A documentação relativa a estes contratos foi submetida ao Registro Geral de Imóveis de cada cidade envolvida, a fim de concluir a efetiva transferência da área. Negociações com outros proprietários de terra estão atualmente em curso. A fim de implementar o Porto do Açu, a MMX comprou 7.818,27 ha da área requerida para o local do Porto.

A MMX negociou os seguinte tópicos com os proprietários de terra até 19 de Outubro de 2007, e está conduzindo negociações com outros proprietários.

• O mineroduto corta 10.700 propriedades, e a MMX negociou e executou contratos com 84% destes proprietários de terra;

• 2.704,18 ha da área relacionada à área planejada do pit final estão sendo comprados;

• 26,25% da área requerida para a barragem de rejeitos planejada estão sendo comprados, como visto na Figura 2-6;

• 91,32% da área total requerida para o local planejado da planta estão sendo comprados, como visto na Figura 2-6; e

• 73,03% da área visada para a instalação dos edifícios de suporte administrativo estão sendo comprados, como visto na Figura 2-7.

2.6.3 Processo de Licenciamento Ambiental Como requerido pela Política Nacional Brasileira de Meio Ambiente, estabelecida em 31 de Agosto de 1981 pela Lei Federal n.6.938, todas as atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras são objeto de um processo de licenciamento ambiental. As regras relativas aos procedimentos de licenciamento estão estabelecidas pela resolução n.237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (“CONAMA”), em 19 de Dezembro de 1997. A agência reguladora determina as condições, limites e medidas para o controle e uso dos recursos naturais e as licenças de instalação e implementação do projeto. A licença é emitida por agências federais,

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estaduais ou municiais. A autoridade que deve emitir a licença é baseada da extensão territorial do impacto proposto e geralmente segue as regras estabelecidas pela Resolução n237/97 do CONAMA, listada abaixo:

• A entidade federal é responsável pelas atividades de licenciamento, que causam impacto ambiental nacional ou regional (mais do que dois Estados);

• As entidades estaduais e a entidade do Distrito Federal são responsáveis pelas atividades que causam impacto ambiental estadual (dois ou mais municípios); e

• As entidades municipais são responsáveis pelo licenciamento das atividades que causam impacto ambiental local (dentro dos limites municipais).

A licença deve ser emitida em um dos formatos descritos na Tabela 2.6.3.1.

Tabela 2.6.3.1: Estágios do Licenciamento Ambiental em Projetos de Mineração Brasileiros

Licença Descrição Licença Prévia (LP) Indica a viabilidade ambiental do empreendimento. Aprova a localização e o projeto conceitual. Está

sujeita à avaliação do impacto ambiental e de audiências públicas formais. Licença de instalação (LI) Autoriza o início das obras do projeto. Permite o trabalho de engenharia e está sujeita à apresentação de

um plano de controle ambiental, EIA – RIMA, similar ao WBG EAP – Environmental Action Plan americano.

Licença de Operação (LO) Permite o início das operações. É necessário que a empresa evidencie que todos os programas ambientais e sistemas de controle foram integralmente instalados.

Para toda atividade onde o impacto ambiental pode ser considerado significante, um estudo de impacto ambiental prévio e o EIA/RIMA geralmente deve ser apresentado para a apropriada agência ambiental reguladora. Adicionalmente, a devida agência governamental e o proprietário do projeto devem apresentar publicamente toda a informação relativa para municiar as audiências públicas, se necessário, de acordo com a regulamentação de cada localidade.

Por causa dos diferentes tamanhos e extensões territoriais das propriedades da MMX, os processos específicos de licenciamento ambiental devem ser considerados separadamente para cada projeto ( as minas, o mineroduto e o Porto do Açu). A MMX também irá requerer licenças de pelo menos dois níveis governamentais. A Tabela 2.6.3.2 lista os três tipos de projetos e a autoridade governamental que irá decretar a licença, e o atual status das licenças.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-8 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Tabela 2.6.3.2: Licenças Ambientais requeridas pelo Projeto Minas-Rio

Projeto Autoridade Status Minas Entidade Estadual-Fundação Estadual do

Meio Ambiente (FEAM/MG) Processo atualmente sob análise

Mineroduto Entidade Federal- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA/DF

Licença Preliminar aprovada LP255/2007

Porto do Açu Entidade Estadual- Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA/RJ

Licenças Preliminar e de Instalação aprovadas LI FE012725

* Recentemente regrada pelo Decreto n.44.309, publicado em 05 junho, 2006, as atribuições concernentes ao licenciamento ambiental no estado de Minas Gerais são de respondabilidade da COPAM/MG, intermediada por Câmaras Especiais, Unidades Regionais Coletivas (URCs), Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento (SUPRAMs), Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM, Instituto Minerio de Gestão das Águas e Instituto Estadual de Florestas – IEF. ** No caso do estado do Rio de Janeiro, o Sistema de Licenciamento de Atividade Poluidoras– SLAP w foi criado pelo Decreto Estadual n 1.633, datado de 21 de Dezembro, 1977, em concordância com o Decreto Lei n.134, datado de 16 de Junho, 1975. Com relação ao processo de licenciamento do porto, é importante mencionar que o processo deve ser submetido à aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquáticos – ANTAQ, e deve se adaptar aos padrões requeridos pela Agenda Ambiental dos Portos, que consiste na responsabilidade com a qualidade do Meio Ambiente de Agentes portuários públicos e privados.

A legislação municipal também deve ser considerada em certas fases, especialmente no licenciamento prévio (“LP”), já que a licença é objeto da aprovação municipal para confirmar a compatibilidade do projeto com a Lei Orgânica e a Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo. Adicionalmente para o processo de licenciamento ambiental e de acordo com as previsões da Resolução n.237/97 do CONAMA, os requerimentos para a fase de licenciamento prévio também incluem::

• O assentimento do direito de uso dos recurso hídricos;

• A autorização para a extração florestal (“APEF”) que é requerida nos casos onde exista a mudança no uso do solo ou supressão vegetal, e

• A autorização para supressão vegetal em Áreas de Preservação Permanente (APP) ou em Unidades de Conservação (“UC”) pela Autoridade Ambiental Reguladora.

O estágio atual das propriedades da MMX com relação ao processo de licenciamento ambiental está listado na Tabela 2.6.3.3.

Tabela 2.6.3.3: Status do Licenciamento Ambiental da MMX

Unidade Status Atual Minas A MMX requereu a Licença Preliminar frente a FEAM – Agência Ambiental do

Estado de Minas Gerais. Os documentos e a conclusão dos estudos ambientais estão em sua fase final para serem apresentados à FEAM.

Mineroduto A MMX requereu a Licença Preliminar frente ao IBAMA – Agência Ambiental Nacional. A Licença de Instalação Prelliminar foi emitida pelo IBAMA em 29 de Agosto de 2007, válida por 4 anos. A apresentação do relatório com as soluções para preencher as condições (exigências) requeridas pelo IBAMA ainda está pendente.. O Estudo de Impacto Ambiental foi apresentado e sua aprovação está pendente..

Porto do Açu A Licença Preliminar foi decretada pela Agência Ambiental do Estado do Rio de Janeiro. A licença de Instalação foi emitida em 11 de Maio de 2007, válida por 3 anos. A MMX preencheu todas as condições (exigências) requeridas pela Agência Ambiental do Estado do Rio de Janeiro.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 2-9 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

2.6.4 Licença da ANTAQ As atividades portuárias no Brasil são regulamentadas pela Lei Federal n. 8.630 datada de 26 de Fevereiro de 1993, e outras leis aplicáveis, decretadas pela Agência Nacional de Transportes Aquáticos do Brasil (ANTAQ), que é a agência reguladora associada ao Ministério dos Transportes. O artigo 4, II, da Lei Federal n.8.630 ordena que a construção de um porto privado depende da autorização do Ministro dos Transportes. Tal autorização pode ser dada pela ANTAQ. A Resolução n.517, de 8 de Novembro de 2005, decretada pela ANTAQ estabelece os procedimentos administrativos que uma parte interessada deve preencher a fim de obter tal autorização.

A autorização No. 364 foi emitida em 20 de Junho de 2007 garantindo à MMX o direito de construir e explorar, um terminal portuário privado, assim como instalações compartilhadas, localizados em Barra do Açu – Conjunto Saco D’Antas, S/N, São João da Barra, Rio de Janeiro, para manipulação e armazenamento de suas próprias cargas, e cargas de terceiros, em partidas e chegadas de navios.

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-1.doc Date: 01-23-08 Approved: LM Figure: 2-1

Projeto Minas-Rio, Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização Geral Projeto Minas-Rio

Minas Gerais State

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-2.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 2-2

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Minas-Rio – Localização e Licenças de Pesquisa

Mineral

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-3.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 2-3

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Propriedades de Serro de Sapo Mapa de Localização e

Titulariadade

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-4.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 2-4

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Propriedades de Itapanhoacanga Mapa de Localização e

Titularidade

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-5.doc Date: 12-26-07 Approved: LEM Figure: 2-5

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização e Titularidade de Serro

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-6.doc Date: 12-26-07 Approved: LEM Figure: 2-6

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização e Titularidade de João Monlevade

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 2-7.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 2-7

Projeto Minas-Rio, Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Aquisição da Superfície das Instalações da Mina

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 3-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

3 Acessibilidade, Clima, Recursos Locais, Infraestrutura e Fisiografia (Item 7)

3.1 Acesso Belo Horizonte é a maior cidade mais próxima das áreas do Projeto e é servida por um aeroporto internacional que tem conexões para todas as maiores cidades brasileiras e para muitas capitais da América Latina. Belo Horizonte é um centro de processamento e distribuição de uma rica agricultura e região de mineração, e tem um complexo industrial em crescimento.

As cidades que suportam as propriedades de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro, ao longo da Serra do Espinhaço, são acessadas pela rodovia MG-010, que se extende para norte a partir de Belo Horizonte. Conceição do Mato Dentro, a maior cidade mais perto de Serra do Sapo, está localizada a 167 km a norte de Belo Horizonte.

O acesso para Serra do Sapo a partir de Conceição do Mato Dentro é feito por estrada não pavimentada por uma distância de aproximadamente 6 km. Itapanhoacanga é acessada seguindo-se pela estrada MG-010 para norte, a partir de Conceição do Mato Dentro por 28 km. Serro é próximo da cidade de Serro que está 60 km a norte de Conceição do Mato Dentro. Serro também pode ser acessado de Horizonte pelas rodovias BR-040, BR-135, e então pela BR-259 através das cidades de Sete Lagoas e Curvelo, ou pela rodovia BR-120 e BR-259 passando por Sabará, Itabira e Guanhães até Serro.

O acesso para a propriedade de João Monlevade é via a rodovia BR262, a leste de Belo Horizonte e então pela rodovia BR-381, por aproximadamente 93m até a cidade de João Monlevade. A propriedade se encontra na periferia da cidade.

3.2 Fisiografia O estado de Minas Gerais tem altitude média alta no Brasil. Existem quatro notáveis cadeias de montanhas, Serra do Espinhaço, Serra da Canasta, Serra da Mantiqueira e Serra dos Aimorés (Figura 3-1). Mai do que 90% do estado está em altitudes acima dos 300m.

Muito grandes rios têm suas cabeceiras na região. O maior sistema de drenagem dentro de Minas Gerais é a Bacia do Rio Doce. Os principais rios que cruzam a região são o Ribeirão dos Porcos e o Ribeirão Três Barras. O padrão de drenagem da região mostra espeçamente regulares quase paralelos dos cursos d’água, típicos de áreas com escarpas e declives acentuados.

A área do Projeto Espinhaço está localizada na borda leste da Serra do Espinhaço, um grupo de altas montanhas norte-sul que separa as bacias dos rios do centro-leste do Brasil da bacia do rio São Francisco. Este maciço tem uma forma de Plato que se extende por aproximadamente 1.200 km da área norte de Belo Horizonte até o limite norte do estado da Bahia e separa a Bahia dos estados de Pernambuco e Piauí. Este Plato pode ser dividido em duas áreas distintas: os platos sul e norte que geralmente tem direção SSE-NNW e SSW-NNE respectivamente e estão separados por uma zona de depressão estendida na direção SE-NW. Esta depressão passa através de Couto de Magalhães ao norte de Diamantina. O plato sul, ou Aba Sul do Espinhaço, se estende por aproximadamente 300km na direção norte-sul, a partir do chamado Quadrilátero Ferrífero, na área à norte de Belo Horizonte.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 3-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

A área de João Monlevade consiste de um terreno montanhoso com relevo de cerca de 360m com uma elevação máxima de 4.800m. O Rio Piracicaba River passa perto do sudoeste da propriedade de João Monlevade com terras baixas existindo ao longo do rio. A área também é cortado por ravinas íngremes.

3.3 Clima e Temporadas Operacionais O clima é classificado como sub-tropical semi-úmido, com quatro a cinco meses secos por ano. A temperatura média mensal varia entre 18º C e 25º C. O regime pluviométrico da região é um ciclo básico unimodal, com um verão chuvoso e um inverso seco. A estação chuvosa ocorre de Outubro a Março e a estação seca de maio a Setembro. A média de precipitação anual é de aproximadamente 152 cm.

As operações não são significativamente afetadas pelo clima ou estações.

3.4 Vegetação Na área da Serra do Espinhaço, a vegetação original é compreendida principalmente por vegetação de crescimento atrofiado e, em áreas menores, por florestas sazonais sub-perene e sub-decidual. A vegetação de crescimento atrofiado está concentrada ao longo dos topos das montanhas em grupos de pequenas árvores rodeadas de gramíneas. A floresta sub-perene consiste de vegetação densa confinada a pequenas ocorrências ao longo dos rios ou como árvores isoladas de até 30 m de altura. Estas árvores são angico (piptadenia), cedro, “pau-d’óleo” (ibirarema), ipê roxo (tabebuia), tiliaceae, ipê amarelo e mogno. A floresta sub-decidual é caracterizada pela riqueza das madeiras de lei como “braúna” (anacardiacea) e angico, cedro, ipê amarelo e “pau d’óleo”, entre outras. Muitas das áreas originais com madeira de lei estão agora substituídas por pastagens, usadas para a subsistência da população local.

Em João Monlevade, a vegetação é composta principalmente por vegetação secundária de plantações de eucalípto, em processo de regeneração nas áreas de preservação legal da Belgo. Existe uma área que foi limpa para a deposição da escória siderúrgica, ativas ou recentemente retirada de serviço.

3.5 Recursos Locais e Infraestrutura A área ao largo da Serra do Espinhaço tem uma população base de aproximadamente 50.000 habitantes. Existem três comunidades: Serro, Alvorada de Minas e Conceição do Mato Dentro, na área. Há boa infraestrutura nas cidades, com escolas, um campus satélite universitário, rodovias, eletricidade, telefone, cobertura de telefonia móvel, suprimento de água e sistema de esgoto. A CEMIG assegurou a disponibilidade de energia elétrica para o Projeto. A economia da região é baseada primariamente na agricultura e criação de gado com uma pequena contribuição do ecoturismo.

O projeto João Monlevade está localizado na área conhecida como Vale do Aço. A cidade de Ipatinga possui um número de companhias de precessamento de ferro e aço ao longo do curso do Rio Doce. Um grande número de trabalhadores experientes reside nas cidades de João Monlevade e Bela Vista de Minas. O projeto é servido por uma ferrovia e um centro de distribuição regional está localizado no seu limite sul. O Rio Santa Barbara corre este-oeste a aproximadamente 2 km norte do limita da propriedade e o Rio Piracicaba corre ao longo do limite sul. A área é também servida pelo aeroporto de Monlevade que tem uma pista de aproximadamente 800m de comprimento.

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 3-1 Date: 12-26-07 Approved: Figure: 3-1

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Fisiografia da Área do Projeto Minas-Rio

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 4-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

4 Histórico (Item 8) 4.1 Titularidade Em 2004, a MMX adquiriu a propriedade de João Monlevade no Quadrilátero Ferrífero. Esta parte do Brasil tem sido uma produtora de ferro por mais de cem anos e a propriedade já teve muitos donos ao longo deste período.

A área Céu Aberto dentro da área dos direitos de Serro pertenceu e foi pesquisada no passado pela Rio Tinto Zinc (RTZ) e pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD, agora Vale). A CVRD também possuiu direitos minerais em Itapanhoacanga e Serra do Sapo até perdê-las em 2004. Após isto, muitos indivíduos privados possuíram o direito por curtos períodos de tempo. A MMX adquiriu os direitos de José Marcillo Nunes para Itapanhoacanga em Fevereiro de 2006 e para Serra do Sapo em Junho de 2006.

4.2 Pesquisa e Desenvolvimento Passado A mineração no Quadrilátero Ferrífero começou no século dezenove com muitos produtores em pequena escala. De acordo com Reeves (1966), a atividade de mineração na área de João Monlevade iniciou-se nos anos de 1850. Em 1922, a Belgo adquiriu os depósitos de ferro da Fazenda de Monlevade e da Fazenda de Andrade e em 1932, a ferrovia brasileira, Estrada de Ferro Central do Brasil alcançou Monlevade. Em 1937, a lavra de minério de ferro começou na mina do Tanque, localizada ao sul da propriedade da MMX. O minério RoM foi processado na planta de processamento de aço da CSBM, Usina de Monlevade, também localizada dentro do limite sul da propriedade de João Monlevade da MMX.. De acordo com Reeves, a Usina de Monlevade era a maior planta de aço a coqu do Brasil neste tempo, com uma produção anual em 1959 de 200.000t de ferro gusa e 350.000t de produtos de aço (Reeves 1966). E, 1947, uma planta de sinterização foi construída em Monlevade, imediatamente a leste da mina do Tanque. Vasconcelos (2006) relata que estas plantas foram recentemente desativadas.

4.3 Estimativas Históricas de Recursos Minerais Não existem relatórios publicados sobre os recursos minerais contidos nas propriedades, anteriormente à titularidade da MMX.

Em 2006, a MMX reportou recursos Indicados e Inferidos em Itapanhoacanga de 566,5 Mt com 39,77% Fe e recursos Inferidos em João Monlevade de 147,4 Mt com 46,8% Fe. Este relatório constou do seu prospecto para a listagem na Bolsa de Valores do Sao Paulo (BOVESPA). Estas estimativas de recursos são históricas em natureza, a classificação não satisfaz as catagorias do CIM e elas não se enquadram nos requerimentos do NI 43-101.

Em Maio de 2007, a MMX emitiu um Relatório Técnico NI 43-101, que declarou recursos indicados de 300 Mt a 38% Fe e recursos inferidos de 90 Mt a 36% Fe em Itapanhoacanga e recursos inferidos de 130 Mt a 47% Fe em João Monlevade.

Este atual realtório declara recursos estimados em concordândia do NI 43-101 na Seção 15.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

5 Contexto Geológico (Item 9) 5.1 Geologia Regional O contexto geológico regional consiste de rochas metassedimentares e metavulcânicas do Précambriano altamente deformadas intrudidas por rochas graníticas, máficas e ultramáficas. No âmbito do Quadrilátero Ferrífero, as rochas sedimentares pré-cambrianas podem ser dividas em três séries. Da mais antiga à mais nova, elas incluem a Série Rio das Velhas, a Série Minas, e a Série Itacolomi (Figura 5-1). Cada série é sobreposta discordantemente pela série seguinte (Dorr 1969). Na área do Minas -Rio, as estruturas regionais dominantes são dobras e falhas de empurrão com orientação nordeste, cortadas por falhas normais de orientação noroeste.

As propriedade da Serra do Espinhaço estão localizadas na borda leste do Cráton do São Francisco (Almeida, 1977) num cinturão orogenético Précambriano. O termo Serra do Espinhaço foi primeiramente usado por Eschwege (1822) para este cinturão que se estende por 1.200km ao longo da direção norte-sul da região de Belo Horizonte para o norte, até a divisa da Bahia com os estados de Pernambuco e Piauí. Esta Serra é comumente dividida em Serra do Espinhaço Meridional e Espinhaço Setentrional.

A Serra do Espinhaço Meridional é uma faixa orogênica Précambriana que se estende por 300 km ao longo da direção norte-sul. Ela inclui litologias do Supergrupo Espinhaço em contato com rochas supracrustais da Série Minas do Quadrilátero Ferrífero. A Serra do Espinhaço é subdividida em três seções distintas: a fronteira oeste, a região central e a fronteira leste, que inclui o projeto Minas-Rio.

A geologia regional da Serra do Espinhaço foi descrita por Renger (1972), Schöll & Fogaça (1979), Köster (1984) e Knauer & Schrank (1993). A evolução tectônica foi descrita por Almeida-Abreu (1993), Almeida-Abreu & Pflug (1994), Martins-Neto (1993 & 1998) e Almeida-Abreu & Renger (2002).

Regionalmente, a formação ferrífera é composta de itabiritos (bandas alternadas de hematita e quartzo) e por lentes de hematita-magnetita compacta. Os itabiritos têm direção e mergulho razoavelmente contínuos e estão alojados em uma seqüência de quartzitos, filitos e xisto micáceo e carbonoso. Intrusões de rochas básicas e ultrabásicas são comuns.

Extensas formações ferríferas são observadas a sudoeste da Chapada do Espinhaço, notadamente nas regiões de Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Serro e Morro do Pilar. Estas ocorrências aparecem como escarpas de vergência norte sobrepostas pelo Grupo Serra da Serpentina. As litologias deste Grupo e as relações geológicas gerais são muito similares àquelas que alojam os depósitos de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero. O Grupo Serra da Serpentina tem direção norte sul, e mergulha em ângulo brando para leste. Esta estrutura uniforme é o resultado de dobramento e cavalgamento de leste para oeste.

5.2 Geologia Local da Área da Serra do Espinhaço 5.2.1 Litologia A área da Serra do Espinhaço é recoberta pelas rochas vulcano-sedimentares do Supergrupo Serra do espinhaço, que representam a litofácies da margem continental passiva, empilhada tectonicamente durante a Orogênese Espinhaço. A sequencia foi depositada num ambiente de

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

bacia de rift e foi superimposta com metamorfismo de baixo grau durante o Ciclo Brasiliano. O Supergrupo consiste dos seguintes três grupos.

Grupo Serro O Grupo Serro consiste de rochas supracrustais da Suíte Ultramáfica Alvorada de Minas e está dividida em 4 unidades distintas da base para o topo.

• A Suíte Ultramáfica de Alvorada de Minas consiste de clorita-actinolita/tremolita xistos e ocupa uma área significativa no leste da Serra do Espinhaço Meridional ;

• A Formação Jacém (>500m) é a unidade supracrustal mais distal do Grupo Serro assim como a mais espessa, consistindo de quartzitos micáceos intercalados com filitos. Localmente, intercalações de litologias ferruginosas e metavulcânicas básicas (xistos verdes) aparecem;

• A Formação Serra do Sapo Formation (200m) é composta por camadas de formações ferríferas bandadas intercaladas com quartzitos. Quartzitos com granulação fina a média, meta-conglomerados e filitos hematítitcos são encontrados na base da sequencia; e

• Formação Itapanhoacanga consiste de filitos silicosos e formação ferrífera bandada com intercamadas de meta-conglomerados e meta-arenitos, contendo seixos de quartzito, formação ferrífera e jaspe. Rochas ígneas sin-sedimentares ocorrem como sills de xistos verde, meta-riolitos e hematita filitos.

Em Serro, a Formação Serra do Sapo aflora por 5km ao longo so seu strike, no depósito de Céu Aberto pesquisado no passado pela RTZ e pela CVRD (Figura 5-3).

Em Itapanhoacanga, A Formação Serra do Sapo se extende por 6 km, ao longo de uma crista proeminente. Um bloco falhado estreito desta formação também ocorre no oeste (Figura 5-4).

Em Serra do Sapo, A Formação Serra do Sapo aflora ao longo de uma crista estreita de 12 km no comprimento do strike e mergulhando 15º a 20º para o leste. A evolução do sistema de drenagem aqui, favoreceu a acumulação de uma camada espessa de canga ferruginosa no seu talude leste, que ocasionalmente alcança uma espessura de 20m (Figura 5-5).

Grupo Guinda O Grupo Guinda sobrepõe o Grupo Serro e é compreendido das Formações São João da Chapada, Sopa-Brumadinho e Galho do Miguel, que são compostas de meta-arenitos, meta-conglomerados e filitos hematíticos. O Grupo Guinda não é encontrado na área do projeto.

Grupo Conselheiro Mata

O Grupo Conseilheiro Mata sobrepõe o Grupo Guinda e consiste das Formações Santa Rita, Córrego dos Borges, Córrego da Bandeira, Córrego Pereira e Rio Grande Pardo, compostas por mete-pelitos e meta-arenitos O Grupo Conselheiro Mata Group não é encontrado na área do projeto.

5.2.2 Estrutura A faixa orogênica da Serra do Espinhaço Meridional é definida por dobras de orientação norte-sul, com falhas de empurrão dúcteis, que acomodaram um encurtamento de leste para oeste. Esta

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

deformação é responsável pela duplicação, ausência e freqüentes inversões estratigráficas de certas unidades.

Os elementos estruturais importantes encontrados na borda leste da Serra foram sintetizados por Knauer & Schrank (1993) na seguinte lista:

• Foliação pervasiva, anastomosada, com direção entre N10 °W e N10°E com mergulho moderado a forte para leste ;

• Foliação local do tipo S-C com separação angular de S a C, entre 30° e 0°;

• Lineação de estiramento consistente de leste para oeste, denotada pela orientação de minerais, seixos e concreções ferruginosas;

• Dobras fechadas a isoclinais, em grande escala e intrafoliais, com estrutura plano-axial, milonítica; Muito freqüente em regiões mais deformadas;

• Rotação dos eixos de dobramento na direção da lineação de estiramento leste-oeste, típica de zonas de cisalhamento por alta deformação;

• Falhas abertas superpostas com direção norte-sul e mergulho forte para oeste e definindo uma clivagem espaçada de crenulação da foliação pervasiva;

• Dobras esporádicas, muito abertas, com eixos de dobra aproximadamente E-W, provavelmente responsáveis pela geração de clivagem de fratura; e

• Bandamentos tardios de cisalhamento de ocorrência restrita, com direção próxima a N-S e mergulhos moderados a fortes para leste

Os elementos estruturais combinados com o modelo geométrico visto na Serra do Espinhaço Meridional parecem indicar um evento deformacional iniciado sob condições dúcteis, com desenvolvimento progressivo para condições dúcties-frágeis. A foliação milonítica marcada e os mergulhos brandos a moderados mostram movimentação próxima à horizontal durante o evento. O caráter não-coaxial dos eixos de dobre indica a acomodação de altos níveis de deformação.

5.3 Geologia Local de Serro As rochas da região de Serro (Figura 5-3) são parte da Formação Itapanhoacanga, com os seguinte litotipos:

• Quartzitos e quartzo-xistos ocorrem predominantemente na parte sudoeste da área, ou como lentes intercaladas com itabiritos e xistos na área centro-leste. Eles são brancos a rosados, granulação média a grosseira, usualmente sericíticos. O quartzito ferruginoso contém ferro, algumas vezes com concentrações de magnetita.

• Os filitos sericíticos são cinza prata, untosos na aparência, fracamente foliados e ricos em quartzo. Eles são frequentemente carbonosos ou hematíticos com intercalações de quartzito sericítico.

• O xisto é encontrato nas porções leste e central da área, intercalado com quartzito, formações ferríferas bandadas e filitos. As rochas são esverdeadas com tonalidade vermelhas e rosa e frequentemente contém óxidos de ferro e manganês. Foliações e crenulações são comuns;

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-4 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• As Formações ferríferas bandadas, também chamadas de itabiritos, são a sequencia predominante da área. Elas são rochas caracterizadas por bandas de escala milimétrica ricas em quartzo alternadas por bandas ricas em hematita-magnetita. As deformações incluem dobras paralelas ao bandamento ou dobras abertas próximas aos planos de empurrão, onde veios de quartzo com remobilizações de especularita são também encontrados. Filitos, quartzitos e hematita são observados como lentes dentro das formações ferríferas. Os itabiritos são caracterizados como friável, semi-compacto e compacto dependendo da intensidade do intemperismo;

• Hematitas duras ocorrem predominantemente na porção nordeste da área, geralmente como lentes de poucos centímetros a metros de espessura dentro da formação ferrífera bandada;

• Dolomitos são vistos somento nos testemunhos de furos e são rosa, puros e finamente granulados, cortados por veios de talco. Finas camadas de minerais opacos são geralmente associadas com veios de quartzo fino. Esta seção é cortada por veios irregulares de quartzo leitoso, que são fraturados e comumente contém cristais de especularita;

• Rochas intrusivas ocorrem como sills dentro de várias camadas com espessuras e extensões variadas. Nos testemunhos de sondagem, as rochas são esverdeadas, de granulação fina a média e foliadas, com cloritização e cristais de magnetita octaédricos. Geralmente as intrusivas intemperizadas formam saprolitos argilosos que são morrons com uma textura foliada; e

• Cangas são encontradas na porção noroeste da área como crostas endurecidas extensas sobre os itabiritos, com fragmentos de itabiritos e hematita dura.

Estruturalmente, a área de Serro é mais complexa que as áreas de Serra do Sapo e Itapanhoacanga. As formações ferríferas exibem dobras isoclinais, que em algumas áreas duplicam a espessura da unidade. Falhamento de empurrão está associado com o evento de dobramento com movimento de leste para oeste. As falhas de empurrão são responsáveis pela duplicação das formações ferríferas bandadas.

5.4 Geologia Local de Itapanhoacanga A área de Itapanhoacanga (Figura 5-4) é caracterizada pela seguinte sequencia vertical da base para o topo:

• Xisto verde dura a friável gradacional para quartzo xisto;

• Quartizito rosa, duro, que forma a Serra de Itapanhoacanga no lado oeste do direito mineral;

• Quartzito branco, friável e filitos micáceos são encontrados através de toda a área;

• Itabiritos cinza friáveis a semi-compactos, com bandas alternando quartzo e hematita;

• Hematitas duras ocorrem na porção cetro-sul dos direitos minerais;

• Xisto verde friável com magnetita no topo; e

• Diques e sills de granito com textura nematoblástica com milonitização em profundidade.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-5 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Cangas aparecem localmente assim como meta-conglomerados e meta-arenitos contendo seixos de quartzito, quartzo e formações ferríferas bandadas.

5.5 Geologia Local de Serra do Sapo A litologia da área de Serra do Sapo (Figura 5-5) consiste de:

• Quartizito rosa a creme, granulação fina a média, contendo níveis de filitos e veios de quartzo. Os quartzitos ferruginosos contêm ferro e manganês. Localmente o quartzito pode ser foliado e sericítico. Na Serra do Sapo, o quartzito forma a crista de morros e o meio do talude da montanha no nordeste da área. Os quratzitos e itabiritos se intercalam com contatos gradacionais;

• O xisto ocorre com vários graus de intemperismo. A rocha altamente intemperizada é saprolítica, amarela a rosa e localmente cinza com grãos de silte. O xisto compacto a semi-compacto é verde, muito resistente e localmente fraturado. É classificado como quartzo-xisto ou quartzo-sericita xisto. Esta unidade frequentemente hospeda lestes de quartzito;

• Os filitos ocorrem como rochas frescas ou completamente decompostas e são cinza prateadas a esverdeadas. A foliação é do tipo SC, com dobramento suave. Pequenas fraturas, veios de quartzo e lentes de hematita e manganês são vistas nestas rochas; e

• Os Itabiritos da Serra do Sapo ocorrem como os seguintes litotipos: itabiritos friáveis; itbairitos semi-compactos e compactos, hematitas friáveis e duras e cangas. Na superfície, estas rochas foram alteradas pelo intemperismo. Os itabiritos friáveis são bandados, granulação fina, cinza e levemente magnéticos. Eles estão intercalados com hematitas duras e/ou hematitas pulverulentas e filitos, e podem estar associados com veios de quartzo, itabirito compacto com hematita dura, especularita e itabirito semi-compacto. O itabirito compacto é cinza escuro, finamente granulado e laminado.

A Serra do Sapo aflora na crista da cumieira da serra, frequentemente formando paredes verticais. Dobras transpostas são responsáveis pelo espessamento e fraturamento de veios de quartzo.

5.6 Geologia Local de João Monlevade A área de João Monlevade se sobrepõe à Série Minas e a uma espessa seção do Gnaisse Monlevade que é igualmente parte da Série Rio das Velhas (Figura 5 -5). A Série Minas é composta de gnaisse feldspático bandado, gnaisse facoidal e gnaisse quartzo -biotita incluindo camadas e lentes de anfibolito, mica-quartzo e xistos estaurolíticos, quartzito e itabirito. O gnaisse Monlevade é composto de gnaisse bandado com mica-quartzo xisto, anfibolitos, quartzito e itabirito subordinados. O Gnaisse Monlevade é separado da Série Minas que o sobrepõe por uma discordância angular.

A coluna estratigráfica proposta por Reeves (1966) foi adotada neste relatório, atualizando-se a nomenclatura das unidades estratigráficas de acordo com a terminologia atual de Vasconcelos (2006) (Tabela 5.6.1).

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 5-6 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Tabela 5.6.1: Estratigrafia da Região de João Monlevade Serie Grupo Formação Membro Litologias Típicas Minas Piracicaba Elefante Bicas Biotita-quartzo gnaisse,

itabirito Pantame quartzito, quartzo-

muscovita xisto Itabira Sítio Largo Anfibolito Itabirito Cauê itabirito, hematita, filito, xisto Caraça Batatal muscovita quartzo-xisto Moeda quartzito, quartzo- muscovita xistot Rio das Velhas Tamanduá,

Maquine, Nova Lima

GnaisseMonlevade quartzo-biotita gnaisse, gnaisse ocelar, quartzito quartzo-mica xisto, anfibolito

O grupo situado mais próximo à base da Série Minas é o Grupo Caraça que é dividido nas Formações Moeda e Batatal. A Formação Moeda consiste predominantemente de quartzito micáceo de granulação fina a média e quartzo mica xisto de granulação fina com espessuras variando de 90 a 500m. Próximo à área de João Monlevade, este quartzito contem ferro. O trabalho mineralógico desenvolvido por Reeves (1966) indica que a unidade atingiu um metamorfismo de fácies anfibolito. Os minerais acessórios incluem zircão, apatita, estaurolita, cianita e granada. A Formação Batatal, que se sobrepõe concordantemente à Formação Moeda, tem espessura típica de 20-50m. A unidade é composta quase exclusivamente de quartzo mica xisto. A granada almandina é ubíqua e os minerais acessórios comuns incluem zircão, apatita, cianita, estaurolita e hematita.

O Grupo Itabira é composto de duas unidades, a Formação Itabirito Cauê e a Formação Gandarela. O Itabirito Cauê é o principal hospedeiro de ferro no Quadrilátero Ferrífero. Na área de João Monlevade, o Itabirito Cauê se sobrepõe concordantemente à Formação Batatal. A unidade forma morros ao longo da extensão da formação ferrífera de João Monlevade devido, em parte, pela resistência à erosão de uma cobertura de canga formada pelo intemperismo sobre as zonas de minério itabirítico. O Cauê consiste principalmente de Itabirito que é essencialmente sedimento químico metamorfisado caracterizado por camadas alternadas de quartzo e de hematita e em menor grau por magnetita. A formação pode conter elevadas quantidades de dolomita e quartzito e localmente, pode ser rica em manganês. Esta unidade tem espessura de até 350m, porém, a espessura pode variar dramaticamente, devido à espessura deposicional original e espessamento estrutural ao longo de eixos de dobra e adelgamento ao longo de flancos de dobras.

A Formação Elefante se sobrepõe concordantemente ao Itabirito Cauê e consiste predominantemente de anfibolito com pequenas quantidades de quartzito intercalado, quartzo-biotita gnaisse, quartzo-mica xisto e itabirito manganesífero. A unidade apresenta espessura de até 600m na calha do sinclinal Tanque.

A estrutura da região de João Monlevade é composta por sinclinais com orientação nordeste e anticlinais que são geralmente simétricos, verticais e abertos com eixos de dobra com caimento de 15º a 20º NE. A distância entre os planos axiais das dobras varia tipicamente entre 1,5 a 3km.

Reeves (1966) sugere pelo menos três períodos de deformação. O primeiro, causado por um dobramento dúctil importante, com eixos orientados aproximadamente de leste para oeste. À

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medida que a deformação progredia, ele gerou um redobramento do que seria o flanco sul da primeira estrutura, gerando então o sinclinal Andrade, anticlinal Carneirinhos, sinclinal Tanque e anticlinal Monlevade. O segundo período se deveu a forças compressivas direcionadas de noroeste para sudeste resultando no desenvolvimento de uma estrutura gnáissica internamente a rochas das Séries Rio das Velhas e Minas. Durante o terceiro estágio, sistemas principais de falhas por enfraquecimento foram produzidos, incluindo a falha Jacuí.

As principais estruturas geológicas específicas para a área de João Monlevade são o sinclinal Tanque e a falha Jacuí. Os afloramentos de formação ferrífera descrevem o eixo de caimento NE do sinclinal Tanque (Figura 5-5). A formação geralmente mergulha 10º a 30ºao longo dos flancos da dobra. A falha Jacuí está posicionada a sul-sudoeste da propriedade de João Monlevade.

A área de João Monlevade atingiu um grau relativamente alto de metamorfismo regional. A fácies anfibolítica é indicada pela presença de anfibólio, granada e cianita. A fácies metamórfica diminui gradualmente para o oeste onde as rochas do Quadrilátero Ferrífero exibem características de fácies xisto verde.

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 5-1.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 5-1

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa Geológico Regional do Quadrilátero Ferrífero

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SRK Job No.: 162703-04

File Name: Figure 5-2 Date: 02/11/08 Approved: LEM Figure: 5-2

Projeto Minas-Rio, Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Geologia Regional do Projeto da Serra do Espinhaço

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 5-3 Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 5-3

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa Geológico Local da Área de Serro

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 5-4 Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 5-4

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa Geológico Local daÁrea de Itapanhoacanga

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 5-5 Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 5-5

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa Geológico Local da Área de Serra do Sapo

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 5-6.doc Date: 12-26-07 Approved: LEM Figure: 5-6

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa Geológico Local da Área de João Monlevade

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6 Tipos de Depósitos (Item 10) Os alvos de mineralizações do projeto Minas-Rio são formações ferríferas bandadas (BIF) de idade arqueana. Estas se formaram há aproximadamente dois bilhões de anos durante um processo de dois estágios. Originalmente, quando havia pouco oxigênio na atmosfera da terra, grandes quantidades de ferro existiam dissolvidas em águas oceânicas. Mais tarde, quando as cianobactérias fotossintetizadoras começaram a emitir oxigênio, as águas oceânicas ficaram oxigenadas e o ferro dissolvido foi precipitado em camadas maciças ao longo de um curto período geológico. Essas áreas evoluíram para formações geológicas chamadas formações ferríferas bandadas medindo centenas de metros de espessura e milhares de quilômetros quadrados em extensão.

As BIF’s da Formação Itapanhoacanga foream depositas num ambiente consteiro marinho, enquanto as BIF’s da Formação Serra do Sapo foram depositadas numa plataforma mais profunda e ambientes de talude continental.

Formações ferríferas bandadas caracterizam-se por camadas finas e alternadas de minerais de ferro e sílica. Os minerais de ferro tipicamente são hematita ou magnetita e os minerais de sílica são chert ou quartzo. Muitas dessas formações têm um teor de ferro que é muito baixo para uma explotação lucrativa. Entretanto, quando processos de intemperismo laterítico lixiviaram a sílica mais solúvel da rocha, o material residual ficou enriquecido em ferro criando uma zona de minério de ferro em potencial. Este processo é capaz de aumentar o teor de ferro em até três vezes. Ocorrências de BIF’s lixiviadas representam os principais recursos de minério de ferro do mundo.

Os depósitos de minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero do Brasil são formados predominantemente por hematita e quartzo de granulação fina, conhecido localmente como itabirito, em referência ao nome indígena de um pico (Pico do Itabirito) no Quadrilátero Ferrífero.

Nos itabiritos do Brasil, condições extremas de intemperismo laterítico produziram coberturas de canga que quase não contêm sílica e ferro. Abaixo das coberturas de canga, ocorrem itabiritos compostos de hematita-magnetita com enriquecimento de teores de ferro. Estes itabiritos são tipicamente classificados pelo grau de lixiviação. Entre estes, os três tipos mais comuns são o itabirito friável, itabirito semi-friável e itabiritos duros, cada um destes significando uma diminuição do grau de lixiviação.

Os minérios itabiríticos necessitam beneficiamento para liberar a hematita do quartzo e são muito suceptíveis ao tratamento. Conseqüentemente, os itabiritos e hematita pulverulenta são processados em concentrados de minério de ferro, ou finos de minério de ferro. Os finos de minério são preferencialmente vendidos como sinter feed, mas minérios que contêm uma fração significativa de partículas menores que 1 mm não podem ser alimentados diretamente na máquina de sinterização. Estes minérios mais finos são vendidos como alimentação para plantas de pelotização, ou pellet feed.

A hematita pura contém um teor máximo de ferro de 69,94% comparada à magnetita pura que contém 72,36% de ferro. Apesar do maior percentual de ferro contido na magnetita, a hematita é mais valorizada pela indústria siderúrgica devido à sua taxa de redução mais alta. Durante o processo de fabricação do aço, a hematita (Fe 2O3) é gradualmente reduzida a magnetita (Fe3O4), e então a wurstita (FeO), e finalmente ferro (Fe). A hematita e a magnetita têm

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diferentes estruturas em seu arranjo cristalino; a hematita tem um sistema cristalino hexagonal, enquanto a magnetita tem um simples sistema cristalino cúbico. Esta diferença no arranjo atômico representa um aumento de volume durante a perda dos átomos de oxigênio. Conseqüentemente, uma carga de hematita em um alto forno passa por um aumento de volume muito maior durante o processo de redução do que o ferro equivalente carregado como magnetita. O aumento de porosidade resultante da alteração de volume causa um aumento conhecido na taxa global de redução, mais do que contrabalançando o efeito do teor mais baixo de hematita

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7 Mineralização (Item 11) Geralmente a mineralização no Minas-Rio é compreendida por quatro variedades de itabiritos incluindo friável, compacto, semi-compacto e mole. Pequenas quantidades de hematita compacta também ocorrem. Alguns dos itabiritos friáveis incluem uma mistura de hematita, martita e magnetita. Em João Monlevade o conteúdo de FeO da base de dados de ensaios variou entre 23,43% e 0,14% com média de 5%. Os itabiritos de outras porções do Quadrilátero Ferrífero somente apresentaram uma média de 0,54% de FeO (Dorr, 1969). Vasconcelos (2006) também observa que a presença de manganês é comum e parece estar geralmente associada aos metabasaltos, zonas de falha e contatos basais com o xisto Batatal.

Baseado nas observações da MMX, os itabiritos do Minas-Rio se correlacionam com estes descritos na mesma área por Rodrigues (1995) somo se segue:

• Itabirito Hematítico: ocorre em camadas com muitos metros de espessura, composto essencialmente bandas centimétricas compactas de hematita-magnetita intercaladas com bandas de quartzo. Esta unidade é comumente quebradas em blocos de magnetita-hematita compacta, representando um horizonte favorável para a produção de minério granulado fino;

• Itabirito comum: camadas compostas de bandas alternadas de hematita-magnetita e quartzo. Usualmente este tipo de minério corresponde a itabiritos friáveis e compactos;

• Quartzito ferruginoso: correspondendo a itabiritos onde o quartzo é o mineral predominante, algumas vezes compondo mais do que 60% da rocha, em peso; e

• Hematita maciça: massas de hematita-magnetita compacta, Massive hematite: masses of compact hematite-magnetite, diversos metros de espessura, que ocorre ao longo de falhas e dobras secundárias. Elas foram formadas a partir dos itabiritos quando o quartzo foi trocado pelo ferro em soluções percolando através de estruturas permeáveis.

7.1 Itabirito Os itabiritos identificados durante o mapeamento geológico e nos furos de sonda são principalmente do tipo friável, contendo ferro gradando de 25 % a 60%.. O itabirito friável é caracterizado pelo bandamento em escala milimétrica com intercalações de hematita compacta e/ou hematita pulverulenta com filito e quartzito. O itabirito também contém lentes de hematita compacta, e/ou especularita iridescente com filito e quartzito. O itabirito duro aparece com menos freqüência, apresentando coloração cinza escuro, granulação fina, bandamento em escala milimétrica e nenhum magnetismo. Intercalações de itabirito friável e hematita dura são comuns. O mapeamento e os testemunhos indicam que a espessura dos itabiritos compactos decresce da Serra do Sapo norte para itapanhoacanga.

7.2 Hematita Compacta A hematita compacta é observada principalmente em Serro onde corre como intercalações nos itabiritos friáveis e itabiritos compactos, comumente com teores de ferro maiores do que 60%. A hematita compacta forma blocos e massas, acompanhando estruturas de empurrão concordantes ao acamamento e alongadas ao longo de falhas leste-oeste. Foram formadas a pratir de itabiritos onde algum quartzo foi substituído por hematita, através da percolação de fluidos ao longo de feições estruturais.

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As características das hematitas meciças e itabiritos hematíticos são favoráveis para a produção de minério granulado de alto teor, ppor outro lado os itabiritos comuns são mais apropriados para a produção de sinter e pellet feed.

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8 Pesquisa Geológica (Item 12) 8.1 Histórico do Trabalho de Pesquisa Geológica Relevante Os primeiros mapeamentos foram concluídos na área através de uma parceria entre o Departamento Nacional de Produção Mineral do Brasil (DNPM) e o US Geological Survey (USGS). Uma descrição do mapeamento foi incluída no USGS Geological Survey Professional Paper 341-E (Reeves 1966) que discute o mapeamento regional da área Minas-Rio em uma escala de 1:25.000. A sondagem está em andamento em Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro, o número total de furos e metros listados em cada seção abaixo, inclui todos os furos de sonda concluídos até a presente data, incluindo aqueles ainda não analisados.

8.1.1 Serra do Sapo A CVRD conduziu o mapeamento, amostragem e sondagem durante o prazo de seu Alvará de pesquisa; todavia, esta informação não está disponível para a MMX. O mapeamento também foi conduzido pelo geólogo senior da MMX, Vassily Khoury Rolim, sobre orto-fotos na escala de 1:10.000 durante Agosto e Setembro de 2006. Levantamentos eletromagnéticos foram conduzidos ao longo das rotas de acesso, assim como perpendicularmente à direção de strike N-S predominante do pacote de formação ferrífera. A sondagem exploratória completada até o momento inclui 73 furos totalizando 8.150m. A MMX contratou a Anglo American, parceira da MMX no Projeto Minas-Rio, para realizar um levantamento geofísico Spectreem nas áreas de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro, em 2007. Os dados do levantamento estão atualmente em análise.

8.1.2 Itapanhoacanga O mapeamento da área de Itapanhoacanga foi feito pelo geólogo senior da MMX Vassily Khoury Rolim, sobre orto-fotos na escala de 1:10.000 providas pela GEOID. Os afloramentos foram checados no campo e suas localizações gravadas usando um GPS portátil. Levantamentos eletromagnéticos transientes foram conduzidos ao longo das estradas e drenagens mais acessíveis. A sondagem exploratóiro completada até o momento inclui 107 furos totalizando 13.484m.

8.1.3 Serro Os primeiros mapeamentos regionais desta área e subsequente sondagem fazem parte do relatório de pesquisa do projeto Espinhaço preparado pela RTZ e CVRD. A RTZ e CVRD também conduziram sondagem em Serro. A MMX teve acesso a informação coletada pela RTZ, mas não a da CVRD. O mapeamento subseqüente da área do Serro foi executado por Vassily Khoury Rolim, na escala 1:10.000 durante o período de junho/julho de 2006. Levantamentos eletromagnéticos transientes foram realizados ao longo de caminhos de acesso, drenagens e trilhas. O mapa comsolidado foi obtido usando-se ortofotos locais. A sondagem exploratória concluída até o momento inclui 81 furos totalizando 8.530m. A MMX não fez mapeamento adicional em 2007.

8.1.4 João Monlevade O primeiro mapa geológico de João Monlevade foi compilado em escala 1:25.000 por uma equipe formada por geólogos do USGS-DNPM em 1952 e revisada em 1969. Recentemente, ela foi revista pela CODEMIG na escala 1:50.000. Os geólogos seniores da MMX José Massarud e

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José Aluísio Vasconcelos realizaram um mapeamento detalhado da área, de novembro de 2005 a abril de 2006. Este mapeamento baseou-se em campanhas geológicas conduzidas a nível regional pela CPRM e em seguida detalhadas para uma escala de 1:10.000. Observações de detalhe foram feitas nos pontos de afloramento ao longo de vias de acesso e locais de sondagem. A sondagem exploratória concluída até o momento inclui 41 furos totalizando 3.865m.

8.2 Interpretação dos Dados de Pesquisa Geológica As técnicas de pesquisa empregadas pela MMX são adequadas para o desenvolvimento de depósitos de minério de ferro. O mapeamento regional tem sido efetivo devido principalmente à natureza resistente das litologias canga e itabirito. Levantamentos magnéticos geofísicos fornecem uma excelente técnica de pesquisa adicional a fim de se definir as formações ferríferas não-aflorantes e delinear seu potencial ao longo da extensão do mergulho. Devido a concentrações relativamente baixas de magnetita no itabirito, o mapeamento em subsuperfície por este método é de certa forma restrito.

Programas de sondagem diamantada estão em curso em Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro. As metodologias usadas nestes programas são suficientes para delinear os recursos das propriedades.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 9-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

9 Sondagem (Item 13) A sondagem na área do Espinhaço foi executada por duas empresas brasileiras de sondagem, a Geosol Geologia e Sondagens Ltda, (Geosol) baseada em Belo Horizonte e a Calamb Minasgeo Ltda (Calamb) baseada em Conselheiro Lafaiete. Todos os furos tiveram testemunhos tamanho HW, a maioria é vertical e eles recobrem uma área de pesquisa total de 6,5km. As locações dos furos de sonda são primeiramente determinadas pelo geólogo supervisor e providas a uma empresa de topografia contratata, a TopMinas Engenharia Ltda (TopMinas). As bocas dos furos programadas são locadas no campo usando uma unidade de GPS portátil. Os locais de sondagem são preparados tomando-se o cuidade de não destruir a locação das bocas dos furos e o furo é sondado. O acesso à sonda é feito pela abertura de trilhas e praças de sondagem com o uso de um trator seguido da mobilização da sonda e veículos de suporte. Os locais de sondagem são preparados tomando-se o cuidado de não perder a localização da boca do furo. Quando são sondados furos inclinados uma linha é desenhada entre duas estacas na direção do azimute e equipamento da sonda é alinhado com ela. A sondagem inclinada é determinada pelos técnicos da MMX sobre a haste da sonda usando um inclinômetro de uma bússola Brunton. Após a finalização da sondagem, as bocas dos furos são marcadas com estacas permanentes e a localização final da boca do furo é então determinada usando-se um GPS de levantamento diferencial. A TopMinas gera então uma planilha listando as localizações planejadas, as localizações programadas no campo e a localização final. O dado é fornecido à MMX numa planilha Excel e em certificado oficiais em PDF.

A sondagem no Projeto Minas-Rio foi focada em quatro áreas de pesquisa de João Monlevade, Serro, Itapanhoacanga e Serra do Sapo. Em geral, o espaçamento de sondagem varia entre 100 a 200m, centrado em linhas de seção leste-oeste separadas de 100 a 300m. A recuperação é excelente geralmente excedendo os 90%. A Tabela 9.1 lista os furos de sonda que foram finalizados e analisados até o momento. Os mapas de localização da sondagem e seções verticais geológicas representativas para cada uma das quatro áreas de pesquisa são mostrados nas Figuras 9-1 a 9-8. Essas seções verticais ilustram a orientação de mergulho verdadeiro da formação ferrífera e claramente mostram que o comprimento total das amostras nos furos verticais não representa a espessura verdadeira da mineralização.

Tabela 9.1: Sondagem Exploratória do Minas-Rio

Area Malha No. de Furos Metragem

completa (m) Itapanhoacanga 200 x 200 e 100 x 100 107 13.484 João Monlevade 200 x 200 41 3.865 Serro 200 x 200 e 100 x 100 81 8.530 Serro do Sapo 200 x 200 73 8.150 Total 402 33.829

Os furos perfurados no Minas-Rio tiveram inclinação de 60° a 90°; o furo vertical mais longos foram feitos com uma pequena inclinação de 85°, a fim de se usar o equipamento de levantamento Maxibor para a medida de desvio ao longo do furo. Este instrumento é não-magnético, mas requer um pequeno ângulo para se medir o desvio.

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-1.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-1

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização de Sondagem de Serra do Sapo

Section 7, 907,200N

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-2.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-2

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Seção Vertical 7.907.200 dos Furos de Serra do Sapo

Olhando para Norte

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-3.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-3

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização de Sondagem de Itapanhoacanga

Section 7920650N

Page 62: MMX.minas-Rio.relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018_fev08

SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-4.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-4

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Seção Vertical 7.920.650 da Sondagem de Itapanhoacanga

olhando para Norte

Page 63: MMX.minas-Rio.relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018_fev08

SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-5.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-5

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização Sondagem

Section 7,947,870N

Serro

Page 64: MMX.minas-Rio.relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018_fev08

SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-6.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 9-6

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Seção Vertical de Sondagem de Serro 7.947.870, Olhando para Norte

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-7.doc Date: 04-23-07 Approved: BAS Figure: 9-7

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Mapa de Localização de Sondagem de João Monlevade

Section 695,900E

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 9-8.doc Date: 04-23-07 Approved: BAS Figure: 9-8

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Seção Vertical 695.900 Leste de João Monlevade

Olhando para Oeste

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 10-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

10 Método e Abordagem de Amostragem (Item 14) Na sonda, o testemunho da sondagem é colocado em caixas de madeira e lavado para remover todo o material estranho. As caixas são então transportadas para a área de descrição de testemunhos por um técnico da MMX, onde elas serão colocadas ao sol ou embaixo de uma cobertura até que estejam completamente secas pelo ar. As amostras de testemunhos de sondagem são fotografadas antes e após a amostragem para registrar as descrições geológicas e os intervalos de amostragem. A descrição geológica é realizada no galpão de testemunhos, identificando os diferentes litotipos, contatos geológicos, zonas de falhas ou fraturas, níveis ferruginosos e zonas de material estéril interno. Estas informações são anotadas em formulários padronizados de descrição e mais tarde dão entrada em uma base de dados eletrônica.

A amostragem é executada somente em zonas ferruginosas e interrupções dos intervalos das amostras em todas as mudanças de tipo de minério. O intervalo amostral desejável é 5m. Uma vez marcados os intervalos e números das amostras nas caixas de testemunho, o testemunho é dividido em duas partes para amostragem. Os intervalos de testemunho competentes são serrados ao meio com uma serra a diamante ao passo que as zonas de minério altamente intemperizado são cortadas manualmente usando-se uma faca ou uma espátula. A MMX tem re-examinado alguns dos furos e amostrado alguns intervalos estéreis não mineralizados. A SRK recomenda que a MMX continue a amostrar todas as zonas internas de material estéril, assim como as margens externas da formação ferrífera, de forma a fornecer um maior grau de certeza sobre o teor real do minério e o potencial material estéril interno.

A guarda das amostras foi supervisionada pelo pessoal da MMX. O testemunho de sondagem é coletado nos locais de sondagem, descrito, amostrado e despachado sob a supervisão e controle da MMX. As amostras são enviadas para a SGS Geosol Laboratórios Ltda (SGS) em Belo Horizonte, em sacos lacrados e bem identificados. A SRK é de opinião que as amostras não foram adulteradas.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 11-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

11 Preparação, Análise e Segurança das Amostras (Item 15)

A MMX contratou a SGS Geosol Laboratorios Ltda (SGS) em Belo Horizonte para a preparação de amostras e análise das amostras de furos de sonda. A preparação da amostra no laboratório da SGS em Belo Horizonte começa primeiro pela verificação da identificação e condições de preservação da amostra ao ser recebida seguindo-se de secagem da mesma em uma mufla a 105º por uma ou duas horas. A amostra passa então por um britador de mandíbulas até que 90% da mesma passem em uma peneira de 2mm. A amostra é homogeneizada e passa por um quarteador Jones para reduzi-la a 250-300g. Este material é então pulverizado de tal forma que 95% passem por uma peneira de 150 mesh. Um quarteador é usado para separar uma amostra de 25g para análise e o rejeito grosso e a polpa remanescentes são arquivados para uso futuro.

Todas as amostras são analisadas pelo método de espectrometria fluorescente de raio-X (XRF). A amostra é secada a 100ºC e então 0,5g de material é retirado por pazinha e colocado em um cadinho contendo tetraborato de lítio. A mistura da amostra e solvente é homogeneizada e fundida por 15 a 20 minutos em uma mufla automática. O material fundido é colocado em um molde, formando um disco com uma superfície lisa, adequada para a análise XRF. Esta técnica de fusão minimiza os efeitos do tamanho da partícula que poderiam causar problemas ao processo de medição. Os discos podem ser estocados indefinidamente e analisados posteriormente a qualquer momento. A técnica XRF é ideal para a medição de elementos principais e secundários e é preferida devido à caracterização de toda a rocha. As amostras são analisadas para: Al2O3, Ca, Fe, FeO, PPC, Mg, Mn, P, S, SiO2 e TiO2. Os dados da análise são registrados no Sistema de Informação e Controle do Laboratório (LIMS). Certificados originais assinados das análises e arquivos de dados em Microsoft Excel são fornecidos à MMX.

O controle de qualidade interno da SGS consiste de brancos de quartzo (blanks) e padrões de referência inseridos a cada 40 amostras. Para cada dez amostras analisadas num mesmo lote, uma duplicata e uma amostra replicada são inseridas alternadamente. Os dados analíticos são transferidos diretamente do equipamento de Raio-X e armazenados no Sistema de Informação e Controle do Laboratório (LIMS).

11.1 Controle e Garantia da Qualidade do Laboratório (QA/QC) O Controle e Garantia da Qualidade (QA/QC) do laboratório consitiu em se mandar 51 polpas analisadas pelo SGS em 2006 para re-análise no laboratório Ultra Trace Pty Ltd (UT) na Australia. A Analytical Solutions Ltd de Toronto, Ontario, Canada, revisou os dados de QA/QC em abril de 2007. As reanálises foram realizadas atá Junho de 2007, quando a MMX decidiu utilizar um laboratóiro doméstico para a checagem das análises. A MMX stá atualmente negociando para contratar um segundo laboratório brasileiro para substituir o UT como seu laboratório de checagem.

A seção seguinte foi feita pela Analytical Solutions para o relatóiro de abril. . Tanto a SGS quanto a UT usaram XRF em pastilha fundida (conta de vidro) para a determinação dos principais óxidos. Em geral, há uma boa concordância entre os dois conjuntos de dados (Figura 11 -1).

A Figura 11-1 sumariza as diferentes percentagens entre os resultados da SGS e do UT, relativas à determinação do SGS (sem nenhuma implicação de que a SGS ou a UT disponibilizaram os dados

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 11-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

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preferenciais). A Tabela 11.1.1 documenta a percentgem das amostras dentro de ± 5%, 10%, 20%, etc.

Tabela 11.1.1: Sumário das Diferenças Percentuais entre as amostras SGS e UT Elemento Número 5% 10% 20% 25% 50% > +50%

51 Fe 51100%

50 51 SiO2 5198% 100%

27 39 45 46 49 2 Al2O3 5153% 76% 88% 90% 96% 4%

13 32 47 48 51 P 5125% 63% 92% 94% 100%

7 14 22 27 36 15 TiO2 5114% 27% 43% 53% 71% 29%

34 37 39 40 49 2 MnO 5167% 73% 76% 78% 96% 4%

10 22 37 40 47 4 LOI 5120% 43% 73% 78% 92% 8%

12 13 17 20 40 11 CaO 5124% 25% 33% 39% 78% 22%

8 12 12 12 17 34 MgO 5116% 24% 24% 24% 33% 67%

As observações chave fornecidas pela Analytical Solutions são:

• Todos os valores de Fe se encontram dentro do intervalo de 5%;

• 98% dois valores de SiO2 se encontram dentro do intervalo de 5%;

• Os valores de Al2O3 se encontram bem acima de 1%;

• A maioria dos valores de P estão abaixo de 0.1% e próximos ao limiete de detecção para o método de XRF; existe um viés igual a aproximadamente 4% da concnetração de P com os valores mais altos reportados pela SGS do que pela UT;

• Existe geralmente boa correspondência entre TiO2 maior do que 0,1%; os valores de TiO2 menores do que 0.1% não batem bem pois estão dentro de 10 vezes o limite de detecção e a precisão esperada é da ordem de +100%;

• 73% dos valores de Mn se encontram dentro de ±10%; os valores menores do que 0,1% não batem dentro de ±10% mas estão dentro de dez vezes o limite de detecção;

• 92% dos valores de LOI reportados pela SGS são maiores do que os reportados pela UT. A UT refere-se às análises como feitas por “TGA robático com as muflas ajustadas para 100 e 1000 graus”. A temperatura usada para LOI no SGS deve ser determinada e os dois métodos analíticos comparados; e

• Os valores de CaO e MgO mostram boa correspondência, mas a maioria dos valores é menor do que 0,05% e próxima aos limietes de detecção.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 11-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

A MMX ainda não estabeleceu um programa de QA/QC para o laboratório. Duas amostras de referência estão sendo preparadas pela MMX para serem incluídas neste programa. Uma vez que as amostras estejam preparadas, um programa de QA/QC com amostras padrão e duplicatas será instituído.

SRK Consulting (US), Inc. 12 de Fevereiro, 2008 MMX.Minas-Rio.Relatório Técnico NI 43-101.162703.KG.018

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 11-1.doc Date: 12-26-07 Approved: LEM Figure: 11-1

Projeto Minas-Rio, Brasil

Diferenças Percentuais entre Amostras SGS e Ultratrace

Minas Rio QAQC - SGS vs. ULT(N = 51) (y-axis capped at +200%)

-200

-150

-100

-50

0

50

100

150

200

0.01 0.10 1.00 10.00 100.00

Original Assay (SGS)

Rel

ativ

e Pe

rcen

t Diff

eren

ce (S

GS

Ass

ay le

ss U

LT

Ass

ay w

ith re

spec

t to

SGS

Ass

ay) (

%)

Fe SiO2 Al2O3 P TiO2

MnO LOI CaO MgO

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 12-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

12 Verificação dos Dados (Item 16) 12.1 Verificação dos Dados de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e

Serro O procedimento de verificação de dados da SRK consistiu na comparação entre os dados impressos originais e os respectivos arquivos de dados eletrônicos. Foram verificadas cerca de 20% das entradas do banco de dados eletrônico. Os arquivos eletrônicos dos resultados analíticos foram comparados aos certificados originais dos ensaios, fornecidos pela SGS no formato PDF. Os intervalos das análises do banco de dados eletrônico foram verificados com os planos de amostragem originais da MMX, preenchidas à mão. A localização das bocas dos furos foi verificada com base nos boletins topográficos originais da TopMinas, fornecidas à SRK no formato PDF. Foi examinada a recuperação de testemunhos de alguns furos selecionados, a fim de verificar se as amostras das zonas de minério eram representativas. A recuperação de testemunhos em toda a área mineralizada variou entre boa a excelente .

12.2 Verificação dos Dados de João Monlevade A SRK verificou os certificados analíticos com o banco de dados eletrônico e fez correções onde necessárias. O banco de dados foi examinado quanto à presença de sobreposições de amostras ou de códigos litológicos ou resultados analíticos anômalos, e corrigido onde necessário.. A SRK não fez nenhuma confirmação dos levantamentos das bocas de furos, afora comparar o local das bocas com a superfície topográfica. Não foram encontrados erros significativos. A informação de azimute e mergulho dos furos foi verificada para ver se eram razoáveis e as correções propostas foram confirmadas com o pessoal da MMX. O banco de dados de densidade apresentou conformidade com os valores de densidade de itabiritos típicos associados com os depósitos de minério de ferro em Minas Gerais. A MMX não forneceu nenhuma fotografia de testemunhos para a SRK, para efeito de validação. A SRK também verificou 5% dos logs de sondagem contra o arquivo litológico eletrônico, tendo observado que os códigos eletrônicos refletiam apropriadamente o conteúdo dos logs.

12.3 Verificação Adicional A SRK visitou as propriedades de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro em setembro de 2007 e comparou vários furos com seus respectivos logs geológicos. Sugestões foram feitas à MMX com relação à padronização dos procedimentos de descrição naquele momento. Subsequentemente, a SRK revisou os furos e modelos geológicos de cada propriedade em novembro de 2007, tendo observado que as mudanças apropriadas foram feitas nos procedimentos.

A SRK observou o procedimento de amostragem nas propriedades e acha que a MMX está usando as melhores práticas da indústria.

A SRK não coletou independentemente amostras para análises químicas. A formação ferrífera forma um afloramento proeminente na área e a mineralização ferrífera pode ser vista claramente. Adicionalmente, a MMX tem conduzido um programa de checagem das análises que tem verificado seu banco de dados.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 13-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

13 Propriedades Adjacentes (Item 17) A descrição a seguir das propriedades adjacentes foi feita por Reeves (1966) e se refere primariamente a área próxima a propriedade de João Monlevade. Muitos depósitos de ferro ocorrem ao longo da camada estratigráfica dos itabiritos Cauê. A mina de Andrade é o maior produtor histórico entre muitos na área e está localizada a 8 km noroeste de João Monlevade. Andrade foi adquirida pela CSBM em 1921 e lavrada de 1936 a 1940. Durante este tempo 55 trincheiras e túneis, totalizando 3.640 m, foram completados assim como 130 poços. Reeves relata reservas medidas e indicadas de Andrade em 1966 de 147 Mt de minério duro, 130 Mt de minério mole e 77 Mt de itabiritos. A SRK destaca que as mesmas são estimativas históricas, que a SRK não fez verificações e que não estão em de acorso com o NI 43-101.. Elas estão incluídas somente como informação histórica.

Não existem minas em operação próximas às propriedade do Espinhaço.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 14-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

14 Processamento Mineral e Teste Metalúrgico (Item 18) 14.1 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Serra do Sapo A amostra para os testes na planta piloto foram tomadas em três diferentes pontos da parte central de Serra do Sapo. Duas das amostras (70% do total) eram itabiritos friáveis, enquanto uma amostras era de itabirito semi-compacto. 15t de minério foi submetido a um circuito similar ao fluxograma da planta industrial considerado no projeto básico.

Um escopo de trabalho para a aquisição de dados foi desenhado para ajudar no dimensionamento de equipamentos.

Dois testes completos foram realizados, o segundo sendo mais otimizado e representativo.

Após o primeiro teste, as unidades de operações foram otimizadas e um segundo testes completo foi realizado com a mesma amostra, envolvendo operações unit´rias de moagem, classificação e flotação mecânica, visando otimizar os seguintes pontos:

• Aproximar a distribuição granulométrica da alimentação para a flotação piloto da distribuição granulométrica prevista no projeto básico, através do aumento da alimentação no circuito de moagem;

• Aumentar a recuperação incluindo-se carregamento de pás no estágio rougher; e

• Excluir a recuperação de ultrafinos nas colunas de flotação que fazia parte do projeto básico.

O fluxograma completo e o balaço de massa podem ser vistos na Figura 14-1 abaixo.

A recuperação metálica geral obtida foi de 84,2% com um teor de concentrado de 69,5% Fe e 0,55% SiO2. A massa geral retida foi de 50,9%.

As condições operacionais para este teste foram:

Produto de moagem: 7,6%> 100#

Dosagem de Soda Cáustica (1% V/V): 110g/t

Recuperação da deslamagem Primária: 92.6%

Dosagem de Amina somente no estágio rougher: 70g/t

Dosagem da Amido: 500g/t

pH: 10,4

Tempo de Residência Rougher: 2,8 minutes

Tempo de Residência Cleaner 1: 5,5 minutes

Tempo de Residência Cleaner 2: 7,5 minutes

Tempo de Residência Scavenger 1: 3,0 minutes

Tempo de Residência Scavenger 2: 3,5 minutes

As principais conclusões destes testes foram:

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 14-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• O teor da amostra composta foi Fe = 41.2%, muito próximo do teor de ferro projetado de Fe = 39.8%;

• O work index foi maior do que o de Itapanhoacanga, 7,2kWh/t, que está ainda dentro dos limites considerados no projeto básico para a moagem primária. O índice de moabilidade para a re-moagem também foi alto, cerca de 20% maior do que os dos concentrados de Itapanhoacanga;

• Esta dureza pode ser explicada pelo fato das amostras de Serra do Sapo terem uma maior percentagem de hematita monocristalina (70%) do que as amostras de Itapanhoacanga (50%);

• No primeiro teste, a alimentação da flotação foi considerada como muito fina P80 = 87 microns (μm), contra 117 projetados. Devido a isto a recuperação em massa na primeira deslamagem foi acima de 91%;

• A recuperação metálica geral no primeiro teste foi de 81,1% e 87,8% no estágio de flotação;

• Devido aos rejeitos da flotação rougher serem considerados com muito alto teor, eles foram direcionado para os scavengers no segundo teste completo;

• O concentrato cleaner alcançou o teor de pellet feed redução direta muito facilmente, com 68,7% Fe e 1,3% SiO2. Não houve a necessidade de uma coluna de flotação depois da re-moagem;

• Um estágio recleaner nas colunas de flotação foi realizado depois da re-moagem do concentrado obtido antes da estabilização do circuito de células de flotação mecânico. Os resultados foram impressionantes, tanto na recuperação metalúrgica de 93,4% num único estágio quanto no teor Fe = 69,3%; SiO2 = 0,5%;

• A coluna de flotação do underflow do segundo ciclone de deslamagem não obteve bons resultados. O material estava muito sujo para ser flotado, requerendo alto consumo de amina e baixa concentração do teor;

• O segundo teste completo usou somente o primeiro estágio de deslamagem e os rejeitos rougher foram mandados para o estágio scavenger. A taxa de alimentação do moínho foi aumentada e a alimentação da flotação teve um P80 = 97μ, próximo do previsto para a planta industrial (117);

• Os resultados do segundo teste foram melhores do que os do primeiro. O concentrado final teve Fe = 69,3% e SiO2 = 0,7%, consumindo o mesmo nível de reagentes no estágio da flotação. A recuperação num único estágio de deslamagem foi de 92,6%;

• A recuperação geral metalúrgica foi de 84,2%; com 91,9% no estágio de flotação mecânica; e

• O concentrado re-circulado foi filtrado em filtros pilotos de cerâmica, mostrando uma produtividade de 2,0t/h/m2 para uma umidade final de 8,0%, considerada muito segura para transporte marítimo.

Resumindo, os testes mostraram muito bons resultados, alcançando melhores produtos e melhores recuperaçõesdo que o projetado para a planta industrial. Estes resultados tornaram

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 14-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

possível a eliminação da coluna de flotação e reduzir o colume do circuito de flotação mecânico. Ele também mostrou que o circuito de re-moagem necessita de pelo menos 20% mais força do que o originalmente previsto no projeto industrial.

14.2 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Itapanhoacanga

Foram realizado testes de laboratório e testes em escala piloto para se estabelecer um fluxograma ajustado para a obtenção de um produto adequado para o mercado de pellet feed. O fluxograma considerado foi baseado nos processos usados e bem estabelecidos em plantas industriais para a concentração de minérios tipo itabiríticos. Estas plantas usam moagem fina e flotação como processos principais em seus circuitos.

As seguintes amostras foram preparadas:

• Hematita Compacta - HEMC -1,0t;

• Hematita Mole - HEMM -1,0t;

• Itabirito Friável -ITAF -1,5t;

• Itabirito Chapinha –ITACH -1,5t;

• Testemunhos de sondagem blendados dos quatro tipos acima-Amostra 01- 2t; e

• Amostras de poço blendadas dos quatro tipos acima- Amostra 02- 17t.

Toda preparação e amostragem das amostras seguiram os procedimentos da norma NBR ISO 3082. As amostras foram bem homogeneizadas por mistura manual em pilhas longitudinais, repetindo o procedimento ao menos três vezes.

Após a homogeinização, uma porção foi retida para análise granulométrica, que após secagem, era pesada para se verificar a massa inicial. As amostras eram peneiradas através de um procedimento mecânico, de acordo com as normas ISO 4701 e NBR ISO 6230.

O objetivo do estudo compreendeu:

• A definição dos principais parâmetros e procedimento para a obtenção de concnetrados adequados para os mercados de pellet-feed e/ou sinter-feed; e

• Suporte ao projeto conceitual, com a geração de dados básicos para o projeto da planta piloto e mais tarde da planta em escala industrial.

Uma mistura das amostras de testemunhos de sondagem foi usada nos estudos de flotação iniciais, a fim de estabelecer as condições básicas. Estes primeiros testes mostraram uma baixa seletividade para o processo, provavelmente causada pela pobre adsorção dos reagentes de flotação pelo quartzo. A alimentação da flotação era classificada antes da moagem, o que permitiu que algum material não passasse pelo moínho (by-pass). Experiências na alimentação do minério no moínho e classificação do descarte do moínho resolveram o problema e a conclusão chegada foi de que superfícies frescas eram requeridas para boa seletividade na flotação.

Isto permitiu a consolidação das condições relativas ao pH e ao consumo de reagentes, assim como a configuração do circuito. Os alvos de qualidade e recuperação em massa para o pellet-

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feed foram atingidos. Decidiu-se, então concluir os testes com a Amostra 01 e iniciar os testes com a Amostra 2.

O teste na planta piloto da Amostra 02 teve como objetivo prover as informações de uma operação num longo perídod e produzir um montante suficiente de concentrado para testes de pelotização.

Após este estudo, o seguinte pode ser concluído:

• Os itabiritos apresentam um grau de liberação na moagem de quartzo superior a 90% somente para granulometrias inferiores a 0,15mm;

• A flotação do itabirito friável, moído a –0,15mm, representando 78% do depósito, apresentou uma recuperação global (deslamagem + flotação) de 39% de massa e 69% de recuperação de ferro para os teores de 68,7% de ferro e 1,5% de sílica no concentrado;

• Os testes pilotos resulveram a maioria das dificuldades encontradas nos testes iniciais em escala de bancada relativas às dificuldades na flotação e geração de finos;

• O fluxograma final consistit de três estágios: rougher, scavenger e cleaner, e com o tempo de flotação rougher na ordem de dois minutos, similar ao usado para minérios do Quadrilátero Ferrífero;

• O consumo de reagentes é também similar ao observado em muitos outros minérios de ferro; os valores de 500g/t de amido e 70g/t de amina correspondem às condições usadas em outras unidades de concentração industrial;

• Após se obter o regime operacional da planta piloto, nenhuma ação adicional foi requerida para se otimizar a flotação, com os alvos relativos à qualidade totalmente alcançados;

• Durante a produção de cerca de 7,0t de pellet-feed a partir da Amostra 02, a planta operou continuamente, gerando resultados com boa reprodução;

• Para a amostra testada, com 50% de ferro, é previsto que a recuperação em massa poderia ser aumentada pelo ajuste da moagem, gerando menos finos e consequentemente, a massa do overflow do primeiro ciclone. Neste contexto, existe um limite no grau de moagem que maximiza a liberação da sílica, com um mínimo de geração de finos; e

• O fato do minério apresentar uma ausência quase total de lamas naturais (slime), 2% da massa de acordo com os testes de peneiramento e classificação, permite a possibilidade do aumento da recuperação em massa através da reclasssificação do overflow do primeiro ciclone num segundo ciclone.

Resumindo, a flotação em células convencionais do minério de Itapanhoacanga obtém um concentrado de acordo com as especificações para pellet-feed. O processo se mostrou fácil de controlar e o desempenho foi compatível com os dados considerados no projeto conceitual, que são:

• Cerca de 54% da massa e 73% do ferro contido no RoM foi recuperado no concentrado final;

• O rejeito final da flotação contém 23% da massa e 9% do ferro contido na alimentação; e

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 14-5 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• Existe uma boa oportunidade de aumentar a recuperação do ferro pela otimização do circuito de deslamagem.

Duas séries de testes de pelotização foram realizadas com os concentrados de Itapanhoacanga.

Estes concentrados mostraram as seguintes características físico-químicas:

DR BF

Fe 68.10 68.84

Fe2+ 0.33 0.33

SiO2 1.9 0.66

Al2O3 0.29 0.25

TiO2 0.07 0.12

Mn <0.05 0.13

LOI 0.30 0.33

Blaine 2110 1892 (após deslamagem)

%> 45 �m 10.5 7.0

Pelotas de Redução Direta (DR) A primeira série teve como objetivo a produção de pelotas de redução direta (DR) e foram realizadas na SGA.

Os principais resultados estão mostrados abaixo:

Química:

Fe (tot) [%] 67,82 – 68,09

SiO2+Al2O3 [%] 1,63 – 1,67

P [%] 0,018 –0,019

Propriedades Mecânicas:

Tensão a Britagem (ISO 4700)

Valor médio [daN/p] 371 – 425

Porção <150 daN/p [%] 0,0 – 1,5

Teste de tamboramento (ISO 3271)

Tensão >6,3mm [%] 96,5 – 97,7

Abrasão <0,5mm [%] 2,0 – 2,7

Propriedade de Redução:

Teste de Desintegração (ISO 11257)

Indice >10mm [%] 97,5 – 99,5

Indice>6,3mm 99,3 – 99,5

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 14-6 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Indice (RDIDR) <3,15mm [%] 0,2 – 0,5

Indice<0,5mm 0,1 – 0,4

Metalização [%] 93,2 – 97,3

Tensão de Britagem [daN/p] 53 – 116

Teste de Recobrimento (ISO 11256) (pelotas encapsuladas)

Índice de Aglomeração (CI) [%] 2,3 – 5,0

(dR/dt) 40 [%/min] 0,65 – 0,70

(dR/dt) 90 [%/min] 0,21– 0,24

Redutibilidade e Metalização (ISO 11258)

(dR/dt) 40 [%/min] 1,38 – 1,64

(dR/dt) 90 [%/min] 0,28 – 0,30

Metalização [%] 84,90 – 90,00

Os testes mostraram que é possível produzir pelotas com teor DR de alta qualidade, com baixo conteúdo de ganga ácida, muito baixas impurezas e conteúdos de ferro favoravelmente altos acima de 68,1 %.

As pelotas revelaram excelentes propriedade físicas relacionadas à resitência a compressão, tamboramento e abrasão.

Os testes metalúrgicos também resultaram em excelente comportamente de desintegração e metalização de acorodo com a ISO 11257.

Pelo recobrimento (coating) das pelotas com bauxita, foi alcançado um índice de agregação (aglomeração) favorável de acordo com a ISO 11256.

Os testes de redutibilidade e metalização, de acordo com a ISO 11258, resultaram em redutibilidade e metalização levemente abaixo das expectstivas de mercado. Todavia estas características podem ser superadas pela otimização do padrão de queima e química das pelotas num desenvolvimento adicional do projeto.

Pode ser declarado com alta confiança que pelotas DR de alta qualidade podem ser produzidas a partir do pellet feed Minas-Rio com propriedades químicas, físicas e metalúrgicas que irão preencher os requerimentos para uma carga de redução direta em todo os aspectos.

Pelotas Alto Forno A segunda série de testes foram feitas pela Outokumpu Technology (Alemanha) (antiga Lurgi Metallurgie), visando a produção de pelotas de Alto Forno (BF) e dimensionamento de fornos. Os principais resultados foram os seguintes:

• Tensão média de compressão a frio: 487kg/pellet;

• Índice de Tamboramento (>6.3mm): 96,3%;

• Índice de Abrasão (<0.5mm): 3,5%;

• Fator Grate: 28,73t/(d*m²);

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• Conteúdo de ferro bivalente (FeO): 0,1%;

• Índice “Free swelling” pela. ISO 4698 19,1%;

• Grau de redução pela. ISO 7215 69,8%;

• LTD+6.3 acc. ISO 13930 91,4%; e

• LTD-0.5 acc. ISO 13930 6,7%.

Os resultados dos testes mostraram que é possível produzir pelotas de alto forno de alta qualidade com o concentrato de hematita entregue.

Com relação ao conteúdo de ferro bivalente e o comportamente free swelling, as pelotas com dolomito alcançaram melhores resultados quea as pelotas com calcáreo. Testes adicionais realizados com alta basicidade (1,2%) mostraram free swelling de 10,0, corrigindo o único resultado problemaático obtido durante os tstes.

A produtividade especificada de 28t/d*m2 pode ser conseguida com pelotas contendo tanto dolomito quanto calcáreo.

14.3 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos do Itabirito Compacto

Uma amostra representativa de 2t de itabirito Compacto de Serra do Sapo foi mandada para laboratório para caracterização. O teor foi de 30% de Fe. Pela análise mineralógica, é sabido que a liberação do quartzo está abaixo de 75μm.

A mesma foi submetida à britagem, moagem (P80 = 130μm) e flotação grosseira em escala de bancada. O concentrado grosseiro foi peneirado em 0,15mm e a fração retida passada através de um concentrador magnético de média intensidade.. O concentrado e o produto menor que 0,15mm foram juntos reprocessados a P80 = 75μ e flotados novamente em escala de bancada.

As condições da flotação foram pH = 10,5; 50g/t de amina e 500g/t de amido em cada etapa de flotação.

Os principais resultados foram os seguintes:

• O work index do minério do RoM foi muito baixo, de 4,7kWh/t, similar às outras amostras de Serra do Sapo, incluindo itabiritos compactos e semi-compactos. O material britado abaixo de 6,35mm mostrou 45% abaixo de 0,15mm. A maioria do quartzo está na fração abaixo de 0,2mm;

• Não existiu praticamente nenhuma geração de lamas após a moagem. Consequentemente não será necessário deslamagem, com nenhuma perda neste estágio;

• O primeiro concnetrado mostrou um teor de 52,3% Fe. A fração acima de 0,15mm deste concentrado tinha 34,4% e o concentrado magnético (5000 Gauss) desta fração, 57,5%;

• O concentrado final da segunda flotação alcançou 68,2% Fe e 1,4% sílica, com uma recuperação de ferro global de 76%;

• Desde que somente foram realizadas flotação e separação magnética em escala de bancada, não houve operações de cavenger ou cleaner. Da mesma maneira, a concentração magnética foi realizada um uma máquina de muito baixa intensidade; e

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• Tanto o RoM quanto o concentrado mostraram um nível muito baixo de contaminantes como alumina, fósforo, manganês and titanio. Os níveis destes elementos estavam frequentemente abaixo do limite de detecção das análises de fluorescência de raio-X.

As conclusões preliminares sobre este minério são que ele é facilmente processado e aumento na recuperação e teores é possível como discutido abaixo:

• O baixo work index segue a tendência da redução da dureza com a redução do conteúdo de ferro, uma regra geral encontrada nesta região;

• A ausência de deslamagem irá aumentar a recuperação global da planta; e

• A aplicação de circuitos scavenger e cleaner nos estágios de flotação representará numa recuperação muito mais alta do qua a obtida nestes testes de bancada, como o ocorrido com as amostras de Itapanhoacanga.

Resumindo, dado estes testes preliminares, é esperado alcançar-se uma alta recuperação quando este minério for processado por flotação. Resultados próximos à 90% de recuperação metalúrgica podem sr alcançados com um bom teor. Devido ao work index muito baixo e ao fato de que o ferro pode ser pré-concentrado nas frações grosseiras, os custos operacionais e de capital para uma planta dedicado para os itabiritos compactos podem ser somente ligeiramente mais altos ou nos mesmos níveis que para os itabiritos friáveis para capacidade comparáveis.

14.4 Comentários Finais sobre Serra do Sapo e Itapanhoacanga Os itabiritos friáveis de Serra do Sapo e Itapanhoacanga têm comportamentos muito similares na planta de concentração. Uma suave diferença nos estágio de re-moagem pode ser explicada por uma tendência dos cristais de hematita de Serra do Sapo serem ligeiramente maiores.

A liberação pela moagem de ambos é alcançada numa granulometria de moagem razoavelmente grosseiro e o teor será controlado pela capacidade de flotação da sílica grosseira. Se necessário, a planta está provida com a possibilidade de remoagem do material antes do estágio cleaner 2.

Tanto o RoM quanto o concentrado têm muito baixo conteúdo de elementos outros que não ferro e sílica. Os níveis de alumina são baixos e muito frequentemente o manganês e o fósforo estavam abaixo do limiete de detecção do XRF. Nenhum elemento traço importante foi detectado. O concentrado final é apropriado para a produção de pelotas de redução direta assim como de pelotas de alto forno.

Informações recentes sugerem que o aumento da temperatura dentro dos reatores de redução direta facilitaria a redução de hematita com grãos grosseiros. Apesar disto, é admissível a utilização de moínhos de rolos de alta pressão apropriados para a criação de quebras microscópicas nos grãos dos cristais para melhorar a redutibilidade. Este equipamento não processou o material testado.

O itabirito compacto mosta liberação mais fina, mas o processo é ainda bem desenvolvido. De toda a maneira, o material deve ser moído a fim de ser tornar apropriado para o transporte no mineroduto para o porto, como projetado. Desde que seu work index é baixo, somente pequenas modificações na planta são esperadas a fim de processar este material na planta já projetada.

É também possível a construção de uma nova planta exclusivamente para os itabiritos compactos, tendo-se a vantagem de não se precisarda deslamagem antes da flotação. Uma pré-concentração deste material por separadores magnéticos tipo WHIMS pode ser econômica.

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14.5 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de Serro Testes de laboratório foram feitos para prever as características do minério granulado adequadas ao mercado de alto forno. O fluxograma foi baseado no processo usado em plantas industriais para produção de granulado. O processo principal usado neste circuito são britagem e peneiramento.

Um total de seis amostras de poços foi coletado representando uma variadade de tipos de rochas. Estas amostras foram submetidas a testes no laboratório da Fundação Gorceix, aplicando-se o fluxograma mostrado na Figura 14-2. A fração entre 6,35 e 25,0mm foi considerada como um produto de minério granulado e a fração abaixo de 6,35mm foi considerada como finos. As análises químicas destas frações foram realizadas no laboratório do SGS e os resultados são mostrados na Tabela 14.5.1.

Tabela 14.5.1: Análises Físicas e Químicas do Minério Granulado de Serro

Qualidade Química

Distribuição Granulométrica do Minério Granulado

Retido (%)

Amostra Fração

Recuperação de Massa

(%)

Recuperação Metalúrgica

(%) Fe Al2O3 SiO2 P Mn P.F. FeO 16,0mm 12,5mm 6,35mm 1 RoM 100 100 62,0 2,33 5,38 0,059 0,01 2,3 1,4

Lump 62 65 65,2 1,67 3,26 0,039 0,01 1,0 1,3 47% 16% 37% Finos 38 35 56,9 3,40 8,80 0,090 0,01 4,3 1,7

2 RoM 100 100 62,7 1,54 6,51 0,047 0,0 0,9 1,7 Lump 66 69 65,9 1,52 2,94 0,038 0,01 0,5 1,5 47% 16% 37% Finos 34 31 56,5 1,60 13,40 0,063 0,01 1,6 2,0

3 RoM 100 100 63,5 1,87 3,61 0,054 0,02 2,4 1,7 Lump 75 80 67,4 0,74 0,87 0,045 0,02 0,8 1,5 67% 15% 19% Finos 25 20 51,6 5,30 12,00 0,083 0,02 7,3 2,5

4 RoM 100 100 62,5 1,77 6,25 0,022 0,01 1,8 1,5 Lump 68 73 66,2 1,25 2,73 0,016 0,01 0,4 1,2 53% 19% 29% Finos 32 27 54,4 2,91 13,90 0,037 0,01 4,9 2,4

5 RoM 100 100 61,9 2,56 5,95 0,024 0,03 1,5 1,0 Lump 71 75 66,1 1,29 2,80 0,017 0,02 0,4 1,0 58% 17% 25% Finos 29 25 51,8 5,60 13,50 0,043 0,05 4,2 1,1

6 RoM 100 100 55,1 2,90 13,41 0,034 0,06 3,4 1,5 Lump 65 73 62,1 2,02 7,13 0,023 0,03 0,9 0,8 51% 18% 30% Finos 35 27 42,3 4,50 24,90 0,054 0,02 7,9 2,7

Média Lump. 68 72 65,5 1,41 3,29 0,030 0,06 0,7 1,2 54% 17% 30%

Máximo 75 80 67,4 2,02 7,13 0,045 0,06 1,0 1,5 67% 19% 37% Mínimo 62 65 62,1 0,74 0,87 0,016 0,01 0,4 0,8 47% 15% 19% Desvio Padrão 5 5 1,8 0,43 2,06 0,013 0,02 0,3 0,3 0,1 0,0 0,1

Para estimar o comprtamento metalúrgico deste material nos reatores de alto forno, alguns testes metalúrgicos foram feitos com uma amostra coletada na superfície e não listado nos testes anteriores. Esta amostra tinha Fe = 66,5% e SiO2 = 3,3%.

Os resultados obtidos com esta amostra típica estão apresentados na Tabela 14.5.2.

Tabela 14.5.2: Resultados Metalúrgicos do Minério Granulado de Serro Testes para Alto Forno

Crepitação Tamboramento e Abrasão RDI (%-2,80mm)

Redutibilidade (% Redução) IC (%-6.30mm) IC (%-4.75mm) TI (%+6.30mm) AI (%-0.50mm)

6,8 43,8 0,04 0,03 83,2 9,0 RDI – ISO 4696 -2:1998; Redutibilidade Relativa – ISO 7215: 1995; Crepitação – ISO 8371: 1994; Tamboramento e Abrasão– ISO 3271: 1995

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Os resultados mostraram que é possível produzir um minério granulado para alto forno de alta qualidade com a hematita compacta entregue. Cerca de 68% da massa e 72% do ferro contido no RoM foi recuperado no minério granulado final

14.6 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos de João Monlevade

Um total de seis amostras de canal foi coletado na superfície representando uma variadade de tipos de rochas. Estas amostras foram submetidas a análises de fração granulométrica no laboratório PCM. As análises químicas das várias frações granulométricas foram feitas no laboratório LCT da Universidade de São Paulo.

As frações granulométricas e análises químicas estão apresentadas abaixo na Tabela 14.6.1.

Tabela 14.6.1: Análises Químicas de Frações Granulométricas dos Itabiritos de João Monlevade

Produto Proporção (%)

Max/Min Fe (%)

Max/Min SiO2 (%) Max/Min

P (%) Max/Min FeO (%)

RoM - 64,7 / 37,8 45,1 / 5,54 0,11 / <0,01 9,05 / 0,65 Granulado 49,56 / 5,04 68,8 / 29,2 58,4 / 2,18 0,11 / <0,01 12,36 / 0,65 Sinter Feed Grosso 12,11 / 2,38 67,4 / 28,3 58,6 / 1,80 0,12 / 0,01 13,87 / 0,72 Sinter Feed Fino 60,52 / 13,54 66,9 / 39 43,2 / 4,59 0,05 / 0,01 14,23 / 0,65 Pellet Feed 52,02 / 10,28 62,3 / 42 38,8 / 8,88 0,12 / <0,01 10,92 / 0,79 Lamas (finos) 14,46 / 0,22 55 / 19,3 41,9 / 6,98 0,65 / 0,12 0,5 / 0,24

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 14-1.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 14-1

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Fluxograma da Planta Piloto Para Minério de Serra do Sapo

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 14-2.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 14-2

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Fonte: MMX Mineração & Metálicos S.A.

Fluxograma da Planta Piloto do Minério de Serro

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

15 Recurso Mineral (Item 19) Esta seção provém detalhes em termos das premissas chave, parâmetros e métodos usados para estimar os recursos minerais, junto com a opinião da SRK de seus méritos e possíveis limitações.

As estimativas de recursos para Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro foram conduzidas pela MMX através de seus consultores contratados, a Prominas Projetos e Serviços de Mineração LTDA (Prominas), que usou o programa MineSight. A SRK auditou os recursos usando o programa Vulcan. A estimativa de recursos de João Monlevade foi conduzida pela SRK usando o programa Vulcan e são os mesmos recursos estimados copmo reportado no MMX Mineração e Metálicos S.A. Relatório Técnico NI 43-101, Minas-Rio Project, Brasil, 04 de Maio, 2007 sobre o projeto Minas-Rio, já que nenhuma sondagem adicional foi feita nesta propriedade.

15.1 Serra do Sapo 15.1.1 Banco de Dados dos Furos O banco de dados das amostras de furos foi compliado pela MMX e verificado pela SRK e foi determinado como de alta qualidade. O banco de dados consiste de três planilhas do Microsoft Excel contendo localização das bocas dos furos, orientações dos furos, intervalos analíticos com resultados e intervalo geológicos com tipos de rochas.

O banco de dados de recursos contém informações de 68 furos totalizando 16.573,9m de sondagem. A profundidade máxima dos furos é de 448,75m e a mínima é de 62,75m; a profundidade média dos furos é 243,7m. A maioria da sondagem em Serra do Sapo está orientada entre 70° e 85° para oeste - sudoeste, perpendicularmente ao caimento. Seis dos furos foram levantados ao longo do furo com instrumento de desvio Maxibor.

Os intervalos amostrais variam entre 0,5 e 5,8m. O intervalo amostral médio é 4,3m. Um total de 10.060m foi amostrado.

A sondagem está numa malha nominal de 200m x 200m.

15.1.2 Geologia A Formação Serra do Sapo contém níveis de formações ferríferas bandadas (BIF) maiores do que 200m em espessura. A formação ferrífera ocorre, principalmente, como itabiritos (bandas alternadas de hametita e quartzo) assim como lentes subordinadas de hematita-magnetita muito compactas. Intercalações de quartzitos são frequentes e podem ser o litotipo prevalescente. Também existem intercalações de xisto. Quartzitos, conglomerados e filitos hematíticos ocorrem na base da sequencia como finas camadas. Filitos quartzíticos também são comuns, fomando camadas com espessuras maiores do que 50m.

A formação ferrífera pode ser vista em afloramentos ao longo da Serra do Sapo, se extendendo por aproximadamente12km na direção norte-sul e mergulhando 35º a 40º para leste. A porção leste forma uma estrutura moniclinal caindo 15º a 20º para o leste. A evolução do sistema de drenagem favoreceu a formação de uma camada espessa de canga ferruginosa no talude leste, alcançando uma espessura de 20m. Os itabiritos afloram como rochas maciças levemente intemperizadas ou altamente intemperizadas e friáveis.

As litologias da camada de ferro na Serra do Sapo incluem:

• Hematita Dura a Mole;

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• Itabiritos friáveis, semi-compactos e compactos;

• Canga;

• Solo mineralizado; e

• Quartzito ferruginoso.

Asa litologias não mineralizadas incluem: quartzito, xisto, filito e pequenos diques e sills de rochas intrusivas.

Seções geológicas verticais leste-oeste foram construídas e digitalizadas em MineSight. Os polígonos litológicos foram projetados a meia distância da seção seguinte e a meia distância da seção anterior, e então os sólidos geológicos foram criados a partir dos polígonos. Os sólidos foram usados para codificar o modelo de blocos com a litologia.

15.1.3 Composição Os dados analíticos originais dos furos foram primeiramente plotados em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa, para entendimento da distribuição estatística básica dos dados originais. Os istogramas mostram uma distribuição normal e os gráficos de frequencia cumulativa ilustram uma amostra de população contínua sem nenhuma mudança maior de gradiente.

Os dados de furos originais foram compositados em intervalos de 5m, iniciando-se na boca do furo e continuando até a base do furo, porém quebrando-se nas mudanças litológicas. Intervalos menores do que 2,5m foram adicionados ao intervalo anterior se o código litológico fosse o mesmo. Códigos apropriados para resultados analíticos pendentes (-1) e não amostrado (-2) foram usados durante o procedimento de composição. Nenhum intervalo sem recuperação de testemunho foi ignorado durante a composição, exceto quando a amostra não-recuperada era um estéril interno. As compostas foram carimbadas com a rocha majoritária durante a composição e foram também carimbadas com o código litológico do modelo de blocos.

As compostas de furos de 5m foram plotadas em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa para comparação com os dados originais e do modelo de blocos.

15.1.4 Estéril Interno Intervalos menores do que 2,5m em espessura definidos como estéril dentro de uma camada mineralizada foram considerados estéreis internos e foram compositadas com as amostras mineralizadas, desta forma diluindo o tero dentro do material mineralizado. Os intervalos de estéril interno que não tinham análise foram carimbados com o teor médio de zonas de estéril interno similares.

15.1.5 Gravidade Específica A gravidade específica para a área da Serra do Sapo foi derivada a partir dos dados de densidade de furos de sonda e de amostras de afloramento. Um total de 48 amostras foi coletado de afloramentos ao redor de toda a área. O banco de dados das amostras de afloramento consiste de 29 amostras de itabirito friável, 6 amostras de xisto de base e 13 amostras de xisto de topo.

Adicionalmente ao estudo realizado com material in situ, um estudo de densidade específica foi conduzido em amostras coletadas de testemunhos de sondagem, através de testes de extravazamento de volume ou meio denso. Oitenta testes foram condizidos, incluindo 30

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amostras de itabirito compacto, 29 amostras de xisto que recobre a formação ferrífera e 21 amostras do xisto abaixo da formação ferrífera.

Os resultados de densidade úmida obtidos para os testes foram:

• Itabirito friável e alterado 2,55g/cm3;

• Xisto 2.48g/cm3;

• Hematita dura e mole 4,15g/cm3 resultado obtido através de testes em Serro;

• Itabirito compacto 2,94g/cm3;

• Itabirito Semi-compacto 2,94g/cm3; e

• Canga Mineralizada 2,55g/cm3 considerada densidade de itabirito friável.

Os resultados de densidade obtidos de uma busca da literatura técnica:

• Solo Mineralizado, Dolomito 2,00g/cm3;

• Quartzito Ferruginoso 2,50g/cm3;

• Filito Hematítico 2,50g/cm3;

• Solo, Arenito, Argila 1,80g/cm3;

• Quartzito, Veio de Quartzo 2,20g/cm3

• Gnaisse, Granito,Rocha básica2,60g/cm3;

• Rocha Intrusiva 2,30; and

• Quartzo xisto 2,10g/cm3.

15.1.6 Análise Variográfica Análises variográficas foram conduzidas nos dados das compostas de furos de 5m, para determinar a projeção de alcances apropriados e testar a orientação preferencial da mineralização. Os variogramas foram construídos usando o software MineSight Data Analyst (MSDA), ao longo dos três principais eixos geométricos do depósito. O alcance mais longo está orientado a 10°, 330º, correlacionado ao strike da mineralização O alcance intermediário está orientado a -10º, 060º, correlacionado a extensão down-dip da mineralização. O alcance mais curso, ortogonal aos dois prévios, é praticamente vertical a -80°, 240º, correlacionado a espessura geral da mineralização. Os alcances, valores de pepita e valores de patamar total estão apresentados abaixo nas Tabelas 15.1.6.1 a 15.1.6.6.

Tabela 15.1.6.1: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Fe

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 7,0000 20,4000 13,7179 41,1179 60°, -10° 250,00 900,00 7,0000 20,7742 13,2334 41,0076 240°, -80° 50,00 65,00 7,0000 1,5078 28,6544 37,1622 Modelo Variográfico 340,00 900,00 7,0000 20,4000 13,7179 41,1179

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Tabela 15.1.6.2: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – SiO2

Orientação AlcanceA1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 15,0000 41,0711 39,2087 95,2798 60°, -10° 250,00 900,00 15,0000 41,9310 37,1001 94,0311 240°, -80° 50,00 65,00 15,0000 1,0000 66,0236 82,0236 Modelo Variográfico 340,00 900,00 15,0000 41,0711 39,2087 95,2798

Tabela 15.1.6.3: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Al2O3

Orientação AlcanceA1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 0,3000 1,0209 0,6016 1,9225 60°, -10° 250,00 900,00 0,3000 1,1380 0,3719 1,8099 240°, -80° 50,00 65,00 0,3000 0,2008 1,0898 1,5906 Modelo Variográfico 340,00 900,00 0,3000 1,0209 0,6016 1,9225

Tabela 15.1.6.4: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – P

Orientação AlcanceA1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 0,0005 0,0006 0,0008 0,0019 60°, -10° 250,00 900,00 0,0005 0,0006 0,0007 0,0018 240°, -80° 50,00 65,00 0,0005 0,0002 0,0004 0,0011 Modelo Variográfico 340,00 900,00 0,0005 0,0006 0,0008 0,0019

Tabela 15.1.6.5: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – Mn

Orientação AlcanceA1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 0,0148 0,0006 0,0008 0,0162 60°, -10° 250,00 900,00 0,0148 0,0059 0,0325 0,0532 240°, -80° 50,00 65,00 0,0148 0,0097 0,0048 0,0293 Modelo Variográfico 340,00 900,00 0,0148 0,0006 0,0008 0,0162

Tabela 15.1.6.6: Resultados Variográficos para os Dados das Compostas de 5m – LOI

Orientação AlcanceA1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 330°, 10° 340,00 900,00 0,0780 0,3581 0,3795 0,8156 60°, -10° 250,00 900,00 0,0780 0,3719 0,3284 0,7783 240°, -80° 50,00 65,00 0,0780 0,1449 0,2074 0,4303 Modelo Variográfico 340,00 900,00 0,0780 0,3581 0,3795 0,8156

A SRK revisou os variogramas e também realizou análises variográficas nas compostas de Fe. Um alcance de 350m é mais apropriado, com os 900m na segunda estrutura obtido pela MMX provavelmente resultante de fatores estranhos.

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15.1.7 Estimativa de Recursos O depóstio de Serra do Sapo foi modelado para Fe, Al2O3, LOI, Mn, P e SiO2 .totais. O tamanho de bloco é 20 x 20 x 5m. Todos os blocos estimados usaram as compostas de 5m.. Os limites do modelo, baseado em coordenadas UTM SA 1969, Zone K23 SW Datum, estão apresentados na Tabela 15.1.7.1 abaixo.

Tabela 15.1.7.1: Limites do Modelo de Serra do Sapo Mínimo Máximo

Norte 664.500 667.000 Leste 7.898.000 7.914.000 Elevação 200 1.200

Os blocos foram carimbados com um código geológico baseado nos sólidos geológicos e este código foi levado de volta para as compostas.

A estimativa de teor foi conduzida usando krigagem ordinária e os parâmetros variográficos listados nas tabelas acima. O elipsóide de busca foi de 350m x 350m x 50m. os teores foram estimado com um mínimo de 6 e um máximo de 24 compostas, máximode 4 por furo, desta maneira requerendo um mínimo de 2 furos para a estimativa de um bloco. Uma segunda estimativa foi feita com os mesmos parâmetros, mas com uma busca de 500m x 500m x 75m. Os blocos foram estimados usando a combinação bloco-composta para a litologia. O teor foi estimado em itabiritos friáveis, semi-compactos e compactos, canga, solo mineralizado e quartzito ferruginoso.

15.1.8 Classificação dos Recursos Os recursos foram classificados como indicados ou inferidos baseado num procedimento de três etapas:

• Primeiro, um polígono foi desenhado ao redor de todos os furos e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono puderam ser classificados como inferidos, e blocos fora foram excluídos da declaração de recursos;

• Segundo, um polígono foi desenhado ao redor dos furos pertencentes a uma malha de 200m x 200m e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono, e que possuíam uma composta mais próxima do que 350m, puderam ser classificados como indicados, e

• Terceiro, um cone flutuante foi rodado sobre os recursos usando os seguintes parâmetros:

o Custo de lavra/t material US$1.22,

o Custo de Processo/t minério US$2.54,

o Transporte/t minério US$1.05,

o Meio Ambiente/t minério US$0.10,

o G&A/t minério US$0.26,

o Angulo de Talude 42.0°,

o Recuperação 68%, e

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o Preço Fe/Fe contido no produto US$1.06.

Somente os blocos dentro deste pit conceitual puderam ser considerados como recursos indicados ou inferidos.

15.1.9 Verificação do Modelo A SRK realizou três tipos de verificação no modelo:

• Visual comparando os teores dos blocos com os teores dos furos em seções verticais e planos horizontais. A Figura 15-1 apresenta uma seção vertical através da Serra do Sapo, mostrando os teores dos furos e blocos.

• Comparando os teores médios dos resultados originais, compostas e modelo de blocos (Tabela 15.1.9.1)

• Re-estimando os recursos usando os mesmos parâmetros que a MMX e também usando a rotina do inverso do quadrado da distância (ID2). A tonalagem assim detrminada ficou dentro de 5% de diferença com os resultados da MMX, o que é considerado uma boa comparação, e os teores foram praticamente idênticos.

• Construindo uma seção de swath plot leste-oeste, como mostrado na Figura 15-2.

A SRK considera que a estimativa de recursos é válida e foi conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria.

Tabela 15.1.9.1: Comparação de Teores Médios de Ferro para Resultados Originais, Compostas e Modelo de Bloco de Serra do Sapo

Assay Composites Model BlockItabirite, friable 38.642 38.208 38.545Itabirite, semi-compact 32.785 31.810 32.401Itabirite, compact 31.104 30.175 30.389Mineralized canga 56.810 57.124 57.216Mineralized soil 50.265 50.770 51.200Ferruginous quartzite 22.202 21.667 20.764

LithologyFe

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15.1.10 Declaração de Recursos Minerais Os recursos minerais da Serra do Sapo estão contidos na Tabela 15.1.10.1 abaixo As toneladas estão em base úmida e a umidade estimada é de 7%. Os itabiritos friáveis incluem semi-compactos, canga, solo mineralizado e quartzito ferruginoso.

Tabela 15.1.10.1: Declaração de Recursos de Serra do Sapo*

Recurso Teor Tipo Cut-off Tonelagem (Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI% Itabirito Friável 33 222 41,0 37,0 2,2 0,05 0,12 1,4 Itabirito Duro 33 171 34,8 49,2 0,7 0,05 0,09 0,2 Alto

Total de Alto Teor 393 38,3 42,3 1,5 0,05 0,10 0,9 Itabirito Friável 20 125 29,9 53,9 1,7 0,04 0,18 0,8 Itabirito Duro 20 752 29,6 56,1 0,8 0,06 0,10 0,3 Baixo

Total de Baixo Teor 877 29,6 55,8 1,0 0,05 0,11 0,4

Indicado

Total Indicado 1,270 32.3 51.6 1,2 0,05 0,11 0,5

Recurso Teor Tipo Cut-off Tonnage (Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI% Itabirito Friável 33 313 39,5 40,6 1,5 0,03 0,09 0,8 Itabirito Duro 33 141 34,2 49,8 0,6 0,04 0,09 0,3 Alto

Total de Alto Teor 454 37,9 43,4 1,2 0,03 0,09 0,6 Itabirito Friável 20 102 29,8 53,9 1,8 0,04 0,21 0,9 Itabirito Duro 20 892 29,8 55,9 0,7 0,05 0,08 0,2 Baixo

Total de Baixo Teor 995 29,8 55,7 0,8 0,05 0,09 0,3

Inferido

Total Inferido 1,448 32.3 51.8 0,9 0,04 0,09 0,4 *Toneladas estão reportadas em base úmida, conteúdo de umidade estidado de 7%.

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15.1.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais As toneladas e teores dos Recursos Minerais Indicados e Inferidos com vários cut-offs de Fe% estão apresentados na Tabela 15.1.11.1 e a curva tonelagem teor é mostrada no desenho abaixo.

Tabela 15.1.11.1: Sensibilidade da Tonelagem e Teor de Serra do Sapo Cutoffs Tonnes (Mt) Fe%

0.0 2744 32.1910.0 2744 32.1915.0 2742 32.2020.0 2718 32.3222.0 2692 32.4324.0 2647 32.5926.0 2567 32.8228.0 2369 33.3030.0 1872 34.4132.0 1121 36.7034.0 661 39.3736.0 427 41.8238.0 310 43.6740.0 215 45.73

Serra do Sapo Grade Tonnage CurveIndicated and inferred Mineral Resource

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

10 15 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40

Cutoff Fe%

Mt

30

35

40

45

50

Fe%

Tonnes (Mt)Fe%

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure15-1.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 15-1

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Seção Vertical 7.907.200 de Serra do Sapo

com Teores de Fe nos Blocos

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 15-2.doc Date: 01-23-08 Approved: LM Figure: 15-2

Projeto Minas-Rio, Brasil

Swath Plot dos Teores Fe nas Compostas e Blocos

Serra do Sapo

Swath Plot ‐ Fe

20

25

30

35

40

45

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

East‐West Section

Fe(%

) Composite

Kriging

Poligonal

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-11 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

15.2 Estimativa de Recursos Minerais de Itapanhoacanga 15.2.1 Banco de Dados de Furos O banco de dados das amostras de furos foi compilado pela MMX, verificado pela SRK e determinado como sendo de alta qualidade. O banco de dados consiste de três planilhas do Microsoft Excel contendo localização das bocas de furos, orientação dos furos, intervalos analíticos com resultados e intervalos geológicos com tipos de rochas.

O banco de dados de recursos contém a informação de 107 furos totalizando 13.484m de sondagem. A profundidade máxima dos furos é de 379,85m, a mínima é de 27,70m, e a profundidade média dos furos é 126,02m. Os furos perfurados em Itapanhoacanga são todos verticais e o desvio ao longo dos furos não foi medido. O desvio é insignificante para furos com menos do que 200m de profundidade; existindo somente 13 furos maiores do que 200m em Itapanhoacanga.

A MMX amostrou a formação ferrífera e alguns intervalos de estéril interno nos testemunhos. Os intervalos amostrais variam entre 0,65 e 6m e o intervalo amostral médio é de 3,91m. Um total de 1.216m foram amostrado.

A sondagem está numa malha nominal de 200m x 200m com alguma áreas sondadas com furos centrais a 100m.

15.2.2 Geologia O depósito de Itapanhoacanga está hospedado dentro de uma formação ferrífera consistindo de itabiritos friáveis, gradando para baixo para itabiritos compactos. Existem também lentes subordinadas de hematita-magnetita muito compacta. Os itabiritos estão contidos dentro de um sequencia de quatzitos, filitos, mica xistos e xistos carbonáticos. Existem também intrusões de máficas e ultramáficas dentro de rochas metassedimentares.

Os itabiritos afloram como rochas maciças levemente intemperizadas ou como material friável e altamente intemperizado. No último caso, os itabiritos intemperizados podem estar capeados por canga laterítica. A formação ferrífera de Itapanhoacanga ocorre com um strake norte-sul e mergulhado para leste num ângulo de 20º a 25º. Yma falha de empurrão de baixo ângulo, resultou na formação ferrífera sendo sobreposta em inconformidade pelo quartzo-secirita xisto do embasamento.

A espessura média da formação ferrífera é de aproximadamente 70m, com a espessura aumentando de norte para sul (50m para 100m). A sondagem indica que as camadas de itabirito têm boa continuidade em profundidade. As litologias da camada de ferro de Itapanhoacanga incluem:

• Hematita Dura;

• Itabirito friávem, semi-compacto e compacto; e

• Quartzito ferruginoso.

As litologias não–mineralizadas incluem quartzito, xisto, filito e pequanos diques e sills de rochas intrusivas.

Seções geológicas verticais leste-oeste foram construídas e digitalizadas no MineSight. A geologia foi transferida para planos horizontais em intervalos de 10 m. Os polígonos de geologia

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foram projetados 10m para baixo e sólidos foram criados a partir dos polígonos. Os sólidos foram usados para codificar o modelo de blocos com a litologia.

15.2.3 Composição Os dados analíticos originais dos furos foram primeiramente plotados em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa, para entendimento da distribuição estatística básica dos dados originais. Os istogramas mostram uma distribuição normal e os gráficos de frequencia cumulativa ilustram uma amostra de população contínua sem nenhuma mudança maior de gradiente.

Os dados de furos originais foram compositados em intervalos de 5m, iniciando-se na boca do furo e continuando até a base do furo, porém quebrando-se nas mudanças litológicas. Intervalos menores do que 2,5m foram adicionados ao intervalo anterior se o código litológico fosse o mesmo. Códigos apropriados para resultados analíticos pendentes (-1) e não amostrado (-2) foram usados durante o procedimento de composição. Nenhum intervalo sem recuperação de testemunho foi ignorado durante a composição, exceto quando a amostra não-recuperada era um estéril interno. As compostas foram carimbadas com a rocha majoritária durante a composição e foram também carimbadas com o código litológico do modelo de blocos.

As compostas de furos de 5m foram plotadas em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa para comparação com os dados originais e do modelo de blocos.

15.2.4 Estéril Interno Intervalos menores do que 2,5m em espessura definidos como estéril dentro de uma camada mineralizada foram considerados estéreis internos e foram compositadas com as amostras mineralizadas, desta forma diluindo o tero dentro do material mineralizado. Os intervalos de estéril interno que não tinham análise foram carimbados com o teor médio de zonas de estéril interno similares.

15.2.5 Gravidade Específica A gravidade específica para a área de Itapanhoacanga foi derivada a partir dos dados de densidade de furos de sonda e de amostras de afloramento. Um total de 4o amostras foi coletado de afloramentos ao redor de toda a área.

Adicionalmente ao estudo realizado com material in situ, um estudo de densidade específica foi conduzido em amostras coletadas de testemunhos de sondagem, através de testes de extravazamento de volume ou meio denso. Sessenta e cinco testes foram conduzidos nos testemunhos.

Os resultados de densidade úmida obtidos para os testes foram:

• Itabirito friável e alterado 2,55g/cm3; de Serra do Sapo

• Xisto 2.71g/cm3;

• Hematita mole 4,15g/cm3 de Serro;

• Hematita dura 5,01g/cm3 de Serro;

• Itabirito compacto 3,34g/cm3;

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-13 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• Itabirito Semi-compacto 2,94g/cm3; e

• Canga Mineralizada 2,70g/cm3

Os resultados de densidade obtidos de uma busca da literatura técnica:

• Solo Mineralizado, Dolomito 2,00g/cm3;

• Quartzito Ferruginoso 2,50g/cm3;

• Filito Hematítico 2,50g/cm3;

• Solo, Arenito, Argila 1,80g/cm3;

• Quartzito, Veio de Quartzo 2,20g/cm3

• Gnaisse, Granito,Rocha básica2,60g/cm3;

• Rocha Intrusiva 2,30; and

• Quartzo xisto 2,10g/cm3.

15.2.6 Análise Variográfica Análises variográficas foram conduzidas nos dados das compostas de furos de 5m, para determinar a projeção de alcances apropriados e testar a orientação preferencial da mineralização. Os variogramas foram construídos usando o software MSDA, ao longo dos três principais eixos geométricos do depósito. O alcance mais longo está orientado a -15ºE, 090º, e é a extensão down-dip da mineralização. O alcance intermediário está orientado a 05º, 000º, ao longo do strike da mineralização. O alcance mais curso, é vertical, correlacionado a espessura geral da mineralização. Os alcances, valores de pepita e valores de patamar total estão apresentados abaixo nas Tabelas 15.2.6.1 a 15.2.6.6.

Tabela 15.2.6.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Fe

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198,29 567,52 12,3327 26,8019 48,7405 87,8751 90°, -15° 231,03 582,76 12,3327 35,6152 32,0624 80,0103 0°, 90° 14,86 79,33 12,3327 28,1184 38,2312 78,6823 Modelo Variográfico 198,29 567,72 12,3327 26,8019 48,7405 87,8751

Tabela 15.2.6.2: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – SiO2

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198,29 567,52 22,6000 46,5894 105,3867 174,5761 90°, -15° 231,03 582,76 22,6000 58,7129 93,9140 175,2269 0°, 90° 14,86 79,33 22,6000 63,2663 59,2663 145,1326 Modelo Variográfico 198,29 567,72 22,6000 46,5894 105,3867 174,5761

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Tabela 15.2.6.3: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Al2O3

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198,29 567,52 0,3100 1,8657 - 2,1757 90°, -15° 231,03 582,76 0,3100 1,3941 0,2829 1,9870 0°, 90° 14,86 79,33 0,3100 1,2154 0,3438 1,8692 Modelo Variográfico 198,29 567,72 0,3100 1,8657 - 2,1757

Tabela 15.2.6.4: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – P

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198.29 567.52 0.0001 0.0005 0.0005 0.0011 90°, -15° 231.03 582.76 0.0001 0.0006 0.0004 0.0011 0°, 90° 28.53 35.50 0.0001 0.0005 0.0004 0.0010 Modelo Variográfico 198.29 567.72 0.0001 0.0005 0.0005 0.0011

Tabela 15.2.6.5: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Mn

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198.29 567.52 0.0169 0.0679 0.0227 0.1075 90°, -15° 231.03 582.76 0.0169 0.0658 0.0273 0.1100 0°, 90° 14.86 79.33 0.0169 0.0537 0.0537 0.1243 Modelo Variográfico 198.29 567.72 0.0169 0.0679 0.0227 0.1075

Tabela 15.2.6.6: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – LOI

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 0°, 5° 198.29 567.52 0.4800 2.6066 0.0452 3.1318 90°, -15° 231.03 582.76 0.4800 2.4866 0.1361 3.1027 0°, 90° 14.86 79.33 0.4800 2.5381 0.0523 3.0704 Modelo Variográfico 198.29 567.72 0.4800 2.6066 0.0452 3.1318

A SRK revisou a variografia e conduziu um estudo independente e acha qua os vairogramas estão apropriados.

15.2.7 Estimativa de Recursos O depóstio de Serra do Sapo foi modelado para Fe, Al2O3, LOI, Mn, P e SiO2 .totais. O tamanho de bloco é 20m x 20m x 5m. Os limites do modelo, baseado em coordenadas UTM SA 1969, Zone K23 SW Datum, estão apresentados na Tabela 15.2.7.1 abaixo.

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Tabela 15.2.7.1: Limites do Modelo de Itapanhoacanga Minimum Maximum Norte 664.500 668.200 Leste 7.919.000 7.926.000 Elevação -50 1.000

Os blocos foram carimbados com um código geológico baseado nos sólidos geológicos e este código foi levado de volta para as compostas.

A estimativa de teor foi conduzida usando krigagem ordinária e os parâmetros variográficos listados nas tabelas acima. O elipsóide de busca foi de 250m x 250m x 50m. Os teores foram estimado com um mínimo de 6 e um máximo de 24 compostas, máximode 4 por furo, desta maneira requerendo um mínimo de 2 furos para a estimativa de um bloco. Uma segunda estimativa foi feita com os mesmos parâmetros, mas com uma busca de 500m x 500m x 75m. Os blocos foram estimados usando a combinação bloco-composta para a litologia. O teor foi estimado em itabiritos friáveis, semi-compactos e compactos, hematita dura e quartzito ferruginoso.

15.2.8 Classificação de Recursos Os recursos foram classificados como indicados ou inferidos baseado num procedimento de três etapas:

• Primeiro, um polígono foi desenhado ao redor de todos os furos e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono puderam ser classificados como inferidos;

• Segundo, um polígono foi desenhado ao redor dos furos pertencentes a uma malha de 200m x 200m e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono, e que foram estimados na primeira rodada com composta mais próxima dentro de 250m, puderam ser classificados como indicados, e

• Terceiro, um cone flutuante foi rodado sobre os recursos usando os seguintes parâmetros:

o Custo de lavra/t material US$1.22,

o Custo de Processo/t minério US$2.54,

o Transporte/t minério US$1.05,

o Meio Ambiente/t minério US$0.10,

o G&A/t minério US$0.26,

o Angulo de Talude 42.0°,

o Recuperação 68%, e

o Preço Fe/Fe contido no produto US$1.06.

Somente os blocos dentro deste pit conceitual puderam ser considerados como recursos indicados ou inferidos.

15.2.9 Verificação do Modelo A SRK realizou três tipos de verificação no modelo:

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• Visual comparando os teores dos blocos com os teores dos furos em seções verticais e planos horizontais. A Figura 15-3 apresenta uma seção vertical através da Serra do Sapo, mostrando os teores dos furos e blocos.

• Comparando os teores médios dos resultados originais, compostas e modelo de blocos (Tabela 15.2.9.1)

• Re-estimando os recursos usando os mesmos parâmetros que a MMX e também usando a rotina do inverso do quadrado da distância (ID2). A tonalagem assim determinada ficou dentro de 5% de diferença com os resultados da MMX, o que é considerado uma boa comparação, e os teores foram praticamente idênticos.

• Construindo uma seção de swath plot leste-oeste, como mostrado na Figura 15-4.

Tabela 15.2.9.1: Comparação dos Teores Médios de Ferro dos Resultados Originais, Compostas e Modelo de Blocos de Itapanhoacanga

Assay Composites Model BlockHematite, hard 64.6 64.6 64.6Itabirite, friable 38.3 38.3 42.0Itabirite, semi- compact 48.5 48.0 49.4Itabirite, compact 32.1 32.2 33.1Ferruginous quartzite 20.1 20.1 20.5

LithologyFe

A SRK considera que a estimativa de recursos é válida e foi conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria.

15.2.10 Declaração de Recursos Minerais Os recursos minerais de Itapanhoacanga estão contidos na Tabela 15.2.10.1 abaixo As toneladas estão em base úmida e a umidade estimada é de 7%. Os itabiritos friáveis incluem itabiritos semi-compactos, hematita dura e quartzito ferruginoso.

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Tabela 15.2.10.1: Declaração de Recursos de Itapanhoacanga*

Teor Tipo Cut-off Tonelagem

(Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI% Itabirito Friável 83 40,3 40,4 1,4 0,03 0.06 0,8 Itabirito Duro

33,00 - 0,0 0,0 0,0 0,00 0.00 0,0 Alto

Total de Alto Teor 83 40.3 40,4 1,4 0,03 0,06 0,8 Itabirito Friável 20,00 7 31,8 53,7 1,0 0,03 0.07 0,5 Itabirito Duro - - 0,0 0,0 0,0 0,00 0.00 0,0 Baixo

Total de Baixo Teor 7 31.8 53,7 1,0 0,03 0,07 0,5

Total Indicado 89 39.7 41.3 1,4 0,03 0,06 0,7

Teor Tipo Cut-off Tonelagem

(Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI% Itabirito Friável 284 40,4 38,8 1,6 0,04 0,24 0.9 Itabirito Duro

33,00 32 34,2 48,3 1,1 0,01 0,10 0.9 Alto

Total de Alto Teor 315 39.8 39,8 1,5 0,03 0,23 0,9 Itabirito Friável 20,00 78 29,1 53,7 2,1 0,04 0,24 1,1 Itabirito Duro 20,00 19 31,4 51,7 1,1 0,01 0,15 1,2 Baixo

Total de Baixo Teor 96 29.6 53,3 1,9 0,03 0,22 1,1

Total Inferido 412 37,4 42,9 1,6 0,03 0,23 1,0 *Toneladas estão reportadas em base úmida, conteúdo da umidade estimado de 7%.

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15.2.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais As toneladas e teores dos Recursos Minerais Indicados e Inferidos com vários cut-offs de Fe% estão apresentados na Tabela 15.2.11.1 e a curva tonelagem teor é mostrada no desenho abaixo.

Tabela 15.2.11.1: Sensibilidade de Teor e Tonelagem de Itapanhoacanga Cutoffs Tonnes (Mt) Fe (%)

0.00 506 37.6410.00 506 37.6415.00 506 37.6520.00 501 37.8322.00 490 38.2124.00 487 38.3226.00 484 38.3928.00 480 38.4930.00 467 38.7432.00 435 39.3034.00 347 40.8936.00 272 42.5238.00 215 43.9740.00 161 45.66

Itapanhoacanga Grade Tonnage CurveIndicated and inferred Mineral Resource

-

100

200

300

400

500

600

10 15 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40

Cutoff Fe%

kTon

nes

35

37

39

41

43

45

47

Fe%

Tonnes (Mt)Fe (%)

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure15-3.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 15-3

Projeto Minas-Rio,

Brasil

Seção Vertical 7.920.650 Com Teores Fe dos Blocos

Itapanhoacanga

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 15-4.doc Date: 01-23-08 Approved: LM Figure: 15-4

Projeto Minas-Rio, Brasil

Swath Plot dos Teores Fe nas Compostas e Blocos

itapanhoacanga

Swath Plot ‐ Fe

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 27 29 31 33 35 37 39

East‐West Section

Fe(%

)

Composta

Kriging

Poligonal

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-21 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

15.3 Estimativa de Recursos Minerais de Serro 15.3.1 Banco de Dados de Furos O banco de dados das amostras de furos foi compilado pela MMX e verificado pela SRK e foi determinado como de alta qualidade. O banco de dados consiste de três planilhas do Microsoft Excel contendo localização das bocas dos furos, orientações dos furos, intervalos analíticos com resultados e intervalo geológicos com tipos de rochas. O banco de dados eletrônico foi verificado com a fonte original dos dados e nenhum erro foi encontrado.

O banco de dados de recursos contém informações de 73 furos totalizando 8.285,7m de sondagem. A profundidade máxima dos furos é de 240,50m e a mínima é de 49m; a média é 113,5m. Todos os furos perfurados em Serro são verticais, exceto por um furo sondado a -45° e outro numa inclinação de -85°. Em nenhum dos furos foi levantado o desvio ao longo do furo.

Os intervalos amostrais variam entre 0,5 a 13,64m e o intervalo amostral médio é 4,0m. Um total de 2.459m foi amostrado. Os resultados analíticos não foram recebidos para um furo no momento da estimativa de recursos.

15.3.2 Geologia O depóstio de Serro consiste de três setores geológicos. As áreas sul e norte representam uma estrutura monoclinal simples, com a formação ferrífera tendo uma espessura de 60 a 70m e mergulhando cerca de 30° para leste. A poção central e mais importante, que é chamada de Céu Aberto, é uma estrutura complexa onde a formação ferrífera está cortada por um feixe de falhas de empurrão de baixo ângulo de orientação noroeste. O falhamento criou uma sucessão de dobras em bainha, resultando numa espessura total acumulada de mais do que 200m. O fraturamento associado com o falhamento permitiu o intemperismo alcançar grande profundidade, de 40m nas menores elevações a 100m nos pontos mais altos da montanha. As falhas transversais formaram caminhos preferenciais para intrusivas básicas e ultrabásicas.

A maioria dos furos sondados pela RTZ durante sua posse da propriedade e a grande maioria dos furos da MMX foi localizada nas porções mais altas da montanha, onde a parte superior dos itabiritos foi removida pela erosão, e a rocha fresca suporta a crista já próxima da superfície.

A informação dos furos que foram descritos, mas que os resultados analíticos não foram tinham sido recebidos, foram usadas na interpretação geológica.

As litologias da camada de ferro em Serro incluem:

• Hematita dura e mole;

• Itabirito friável, semi-compacto e compacto;

• Canga;

• Solo mineralizado; e

• Quartzito Ferruginoso.

Asa litologias não mineralizadas incluem: quartzito, xisto, filito e pequenos diques e sills de rochas intrusivas.

Seções geológicas verticais leste-oeste foram construídas e digitalizadas no MineSight. A geologia foi transferida para planos horizontais em intervalos de 10 m. Os polígonos de geologia

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-22 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

foram projetados 10m para baixo e sólidos foram criados a partir dos polígonos. Os sólidos foram usados para codificar o modelo de blocos com a litologia.

15.3.3 Composição Os dados analíticos originais dos furos foram primeiramente plotados em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa, para entendimento da distribuição estatística básica dos dados originais. Os istogramas mostram uma distribuição normal e os gráficos de frequencia cumulativa ilustram uma amostra de população contínua sem nenhuma mudança maior de gradiente.

Os dados de furos originais foram compositados em intervalos de 5m, iniciando-se na boca do furo e continuando até a base do furo, porém quebrando-se em todas as mudanças litológicas. Nenhum intervalo menor do que 2,5m foi desta forma localizada na base de cada litologia. Códigos apropriados para resultados analíticos pendentes (-1) e não amostrado (-2) foram usados durante o procedimento de composição. Nenhum intervalo sem recuperação de testemunho foi ignorado durante a composição, exceto quando a amostra não-recuperada era um estéril interno. As compostas de 5m foram plotadas em histogramas e gráficos de frequencia cumulativa para comparação com os dados originais e do modelo de blocos.

15.3.4 Estéril Interno Intervalos menores do que 2,5m em espessura definidos como estéril dentro de uma camada mineralizada foram considerados estéreis internos e foram compositadas com as amostras mineralizadas, desta forma diluindo o tero dentro do material mineralizado. Os intervalos de estéril interno que não tinham análise foram carimbados com o teor médio desta litologia.

15.3.5 Gravidade Específica A gravidade específica para a área de Serro foi derivada a partir dos dados de densidade de furos de sonda e de amostras de afloramento. Um total de 28 amostras foi coletado de afloramentos ao redor de toda a área.

Adicionalmente ao estudo realizado com material in situ, um estudo de densidade específica foi conduzido em amostras coletadas de testemunhos de sondagem, através de testes de extravazamento de volume ou meio denso. Noventa e um testes foram conduzidos nas amostras de testemunho.

Os resultados de densidade úmida obtidos para os testes foram:

• Itabiritos compactos 3,01g/cm3;

• Itabiritos friáveis e alterados 2,38g/cm3;

• Xisto 2,55g/cm3;

• Hematita mole e dura 4,15g/cm3;

• Hematita dura 5,01g/cm3;

• Itabiritos compacto, semi-compacto 3,34g/cm3; and

• Canga 2,39g/cm3.

Os resultados de densidade obtidos de uma busca da literatura técnica:

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-23 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

• Canga mineralizada 2.55g/cm3;

• Solo Mineralizado, Dolomito 2,00g/cm3;

• Quartzito Ferruginoso 2,50g/cm3;

• Filito Hematítico 2,50g/cm3;

• Solo, Arenito, Argila 1,80g/cm3;

• Quartzito, Veio de Quartzo 2,20g/cm3

• Não-recuperado 2,55g/cm3;

• Gnaisse, Granito,Rocha básica2,60g/cm3;

• Rocha Intrusiva 2,30; and

• Quartzo xisto 2,10g/cm3.

15.3.6 Análise Variográfica e Modelamento Análises variográficas foram conduzidas nos dados das compostas de furos de 5m, para determinar a projeção de alcances apropriados e testar a orientação preferencial da mineralização. Os variogramas foram construídos usando o software MSDA, ao longo dos três principais eixos geométricos do depósito. O alcance mais longo está orientado a 05°, 010º, correlacionado ao strike da mineralização O alcance intermediário está orientado a -10º, 060º, correlacionado a extensão down-dip da mineralização. O alcance mais curso, ortogonal aos dois prévios, é vertical e representa a espessura geral da mineralização. Os alcances, valores de pepita e valores de patamar total estão apresentados abaixo nas Tabelas 15.3.6.1 a 15.3.6.6.

Tabela 15.3.6.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Fe

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 146,11 600,00 10,14000 26,1639 15,2104 51,5143 60° -10° 225,00 598,63 10,14000 47,6537 2,5623 60,3560 0° 90° 17,00 35,00 10,14000 8,6042 38,3080 57,0522 Modelo Variográfico 146,11 600,00 10,14000 26,1639 15,2104 51,5143

Tabela 15.3.6.2: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – SiO2

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 150.00 600.00 20.3500 57.7728 34.2298 112.3526 60° -10° 225.00 600.00 20.3500 87.1057 16.2751 123.7308 0° 90° 17.13 34.96 20.3500 37.7929 58.9736 117.1165 Modelo Variográfico 146.11 600.00 20.3500 57.7728 34.2298 112.3526

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Tabela 15.3.6.3: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Al2O3

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 150.00 600.00 0.50 1.7885 1.4858 3.7743 60° -10° 225.00 600.00 0.50 2.4514 1.0252 3.9766 0° 90° 17.00 34.99 0.50 1.8373 0.4578 2.7951 Modelo Variográfico 146.11 600.00 0.50 1.7885 1.4858 3.7743

Tabela 15.3.6.4: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – P

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 150.00 600.00 0.1560 0.1994 0.6402 0.9956 60° -10° 225.00 600.00 0.1560 0.2979 0.5601 1.0140 0° 90° 17.00 35.00 0.1560 0.1913 0.5238 0.8711 Modelo Variográfico 146.11 600.00 0.1560 0.1994 0.6402 0.9956

Tabela 15.3.6.5: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – Mn

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 150.00 600.00 0.0465 0.3425 0.6870 1.0760 60° -10° 225.00 600.00 0.0465 0.6311 0.4347 1.1123 0° 90° 17.48 34.96 0.0465 0.1409 0.1124 0.2998 Modelo Variográfico 146.11 600.00 0.0465 0.3425 0.6870 1.0760

Tabela 15.3.6.6: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m – LOI

Orientação Alcance A1 (m) Alcance A2 (m) Pepita (C0) C1 Sill C2 Sill Total Sill

(C0+C1+C2) 10° 5° 150.00 600.00 0.4014 1.3412 0.9541 2.6967 60° -10° 225.00 600.00 0.4014 2.4997 0.1086 3.0097 0° 90° 17.00 34.92 0.4014 1.4320 0.5135 2.3469 Modelo Variográfico 146.11 600.00 0.4014 1.3412 0.9541 2.6967

15.3.7 Estimativa de Teor O depóstio de Serro foi modelado para Fe, Al2O3, LOI, Mn, P e SiO2 .totais. O tamanho de bloco final é 20 x 20 x 5m. Todos os blocos estimados usaram as compostas de 5m.. Os limites do modelo, baseado em coordenadas UTM SA 1969, Zone K23 SW Datum, estão apresentados na Tabela 15.3.7.1 abaixo.

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Tabela 15.3.7.1: Limites do Modelo de Serro Minimum Maximum

Norte 669.800 662.300 Leste 7.944.250 7.914.000 Elevação 550 1.250

Os blocos foram carimbados com um código geológico baseado nos sólidos geológicos e este código foi levado de volta para as compostas.

A estimativa de teor foi conduzida usando krigagem ordinária e os parâmetros variográficos listados nas tabelas acima. O elipsóide de busca foi de 250m x 250m x 50m. Os teores foram estimado com um mínimo de 6 e um máximo de 24 compostas, máximode 4 por furo, desta maneira requerendo um mínimo de 2 furos para a estimativa de um bloco. Uma segunda estimativa foi feita com os mesmos parâmetros, mas com uma busca de 500m x 500m x 75m. Os blocos foram estimados usando a combinação bloco-composta para a litologia.

15.3.8 Classificação de Recursos Os recursos foram classificados como indicados ou inferidos baseado num procedimento de três etapas:

• Primeiro, um polígono foi desenhado ao redor de todos os furos e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono puderam ser classificados como inferidos;

• Segundo, um polígono foi desenhado ao redor dos furos pertencentes a uma malha de 200m x 200m e então expandido por 150m. Os blocos dentro deste polígono, e que possuíam uma composta mais próxima do que 250m, puderam ser classificados como indicados,

• Terceiro, um cone flutuante foi rodado sobre os recursos usando os seguintes parâmetros:

o Custo de lavra/t material US$1.22,

o Custo de Processo/t minério US$2.54,

o Transporte/t minério US$1.05,

o Meio Ambiente/t minério US$0.10,

o G&A/t minério US$0.26,

o Angulo de Talude 42.0°,

o Recuperação 68%, e

o Preço Fe/Fe contido no produto US$1.06.

Somente os blocos dentro deste pit conceitual puderam ser considerados como recursos indicados ou inferidos.

15.3.9 Verificação do Modelo A SRK verificou o modelo de blocos usando três técnicas:

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• Visual comparando os teores dos blocos com os teores dos furos em seções verticais e planos horizontais. A Figura 15-5 apresenta uma seção vertical através de Serro, mostrando os teores dos furos e blocos.

• Comparando os teores médios dos resultados originais, compostas e modelo de blocos (Tabela 15.3.9.1)

• Re-estimando os recursos usando os mesmos parâmetros que a MMX e também usando a rotina do inverso do quadrado da distância (ID2). A tonalagem assim determinada ficou dentro de 5% de diferença com os resultados da MMX, o que é considerado uma boa comparação, e os teores foram praticamente idênticos.

• Construindo uma seção de swath plot leste-oeste, como mostrado na Figura 15-6.

A SRK considera que a estimativa de recursos é válida e foi conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria.

Tabela 15.3.9.1: Comparação de Teores Médios de Ferro dos Resultados Originais, Compostas e Modelo de Blocos de Serro

Fe

Lithology Assay Composites Model Block

Hematite, hard 61.73 62.65 59.96 Itabirite, friable 34.10 34.11 35.15 Itabirite, semi-compact 31.63 31.63 29.86 Itabirite, compact 30.41 30.51 30.46 Mineralized canga 50.19 49.85 52.30 Mineralized soil 41.46 41.15 41.08 Ferruginous quartzite 22.57 22.33 22.88

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15.3.10 Declaração de Recursos Minerais Os recursos minerais de Serro estão contidos na Tabela 15.3.11.1 abaixo As toneladas estão em base úmida e a umidade estimada é de 7%. Os itabiritos friáveis incluem itabiritos semi-compactos, hematita dura e quartzito ferruginoso.

Tabela 15.3.11.1: Declaração de Recursos de Serro* Recurso Teor Tipo Cut-off Tonelagem (Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI%

Itabirito Friável 33 21 38,6 39,6 2,8 0,03 0,16 1,0 Itabirito Duro 33 3 34,8 45,9 1,8 0,11 0,07 0,6 Alto Total de Alto Teor 25 38,0 40,5 2,7 0,04 0,14 1,0 Itabirito Friável 20 25 28,9 52,3 2,7 0,04 0,30 1,1 Itabirito Duro 20 76 29,3 54,6 1,3 0,06 0,07 0,6 Baixo Total de Baixo Teor 101 29,2 54,0 1,6 0,06 0,13 0,7

Indicado

Total Indicado 126 30.9 51.4 1,8 0,05 0,13 0,8 Recurso Teor Tipo Cut-off Tonelagem (Mt)* Fe% SiO2% Al203% P% Mn% LOI%

Itabirito Friável 33 17 39,7 38,3 2,7 0,03 0,09 1,2 Itabirito Duro 33 39 36,4 43,2 2,1 0,07 0,04 0,6 Alto Total de Alto Teor 56 37,4 41,7 2,3 0,06 0,06 0,8 Itabirito Friável 20 37 23,7 56,6 3,7 0,06 0,25 2,1 Itabirito Duro 20 220 29,7 54,0 1,4 0,07 0,06 0,4 baixo Total de Baixo Teor 256 28,9 54,4 1,7 0,07 0,09 0,6

Inferido

Total Inferido 312 30.4 52.1 1,8 0,07 0,08 0,6 *Toneladas estão reportadas em base úmida, conteúdo de umidade estimada de 7%.

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15.3.11 Sensibilidade dos Recursos Minerais As toneladas e teores dos Recursos Minerais Indicados e Inferidos com vários cut-offs de Fe% estão apresentados na Tabela 15.3.12.1 e a curva tonelagem teor é mostrada no desenho abaixo.

Tabela 15.3.12.1: Sensibilidade do Teore e Tonelagem de Serro Cutoffs Tonnage (Mt) Fe (%)

0.0 438 30.5410.0 438 30.5415.0 438 30.5420.0 438 30.5522.0 426 30.8124.0 411 31.1026.0 395 31.3528.0 344 31.9530.0 231 33.3932.0 102 36.4934.0 67 38.4636.0 47 39.9138.0 31 41.4740.0 19 43.01

Serro Grade Tonnage CurveIndicated and inferred Mineral Resource

-50

100150200250300350400450500

10 15 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40

Cutoff Fe%

Mt

2830323436384042444648

Fe%

Tonnage (Mt)Fe (%)

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 15-5.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 15-5

Projeto Minas-Rio, Brasil

Seção vertical Típica do Modelo de Blocos de Serro

Mostrando Distribuição Fe

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 15-6.doc Date: 12-26-07 Approved: LM Figure: 15-6

Projeto Minas-Rio, Brasil

Swath Plot Leste-Oeste dos Toeres Fe nas Compostas

vs. Modelo de Serro

Swath Plot ‐ Fe

0

10

20

30

40

50

60

70

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

East‐West Section

Fe (%

) Composta

Kriging

Poligonal

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-31 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

15.4 Estimativa de Recursos Minerais de João Monlevade (Item 19) Esta seção provém os detalhes em termos das premissas, parâmetros e métodos usados para se estimar os recursos minerais junto com a opinião da SRK sobre seus méritos e possíveis limitações. A SRK conduziu uma estimativa de recursos usando o programa Vulcan. Esta estimativa de recursos foi apresentada no Relatório Técnico do Minas-Rio (2007). Nenhuma sondagem adicional foi realizada no local depois que esta estimativa de recursos foi feita.

15.4.1 Banco de Dados de Furos O banco de dados das amostras de furos foi compilado pela MMX e verificado pela SRK e foi determinado como de alta qualidade. O banco de dados consiste de quatro planilhas do Microsoft Excel contendo localização das bocas dos furos, orientações dos furos, intervalos analíticos com resultados e intervalo geológicos com tipos de rochas.o banco de dados eletrônico foi verificado pela fonte original dos dados e nenhum erro foi encontrado.

O banco de dados de recursos contém informações de 41 furos totalizando 3.865m de sondagem. A profundidade máxima dos furos é de 275m e a média é 94m. Todos os furos foram sondados verticalmente e nenhum deles foi levantado o desvio ao longo do furo. Devido à natureza da geologia e profundidade média da sondagem a falta de levantamento do desvio ao longo dos furos não é um problema. Os intervalos amostrais variam entre 1 e 5m. O intervalo amostral médio é 4m.

15.4.2 Geologia O depósito de João Monlevade se aloja numa unidade de itabirito friável que grada, em sentido descendente, em itabirito compacto. Várias bandas estreitas de hematita compacta foram observadas durante a sondagem. Estima-se que representem cerca de 2% do depósito, não tendo sido separadas durante a sondagem. As unidades formam um grande sinclinal aberto, com um plano axial vertical de direção nordeste.

15.4.3 Composição Os dados brutos dos ensaios dos furos foram plotados primeiramente em histogramas e gráficos de freqüência acumulada, com o objetivo de se entender a distribuição estatística básica dos dados brutos. Os histogramas indicam uma distribuição normal e os gráficos de freqüência acumulada ilustram um conjunto populacional continuo até o nível de 50% de Fe, onde se verifica um aumento distinto na inclinação. Não se verifica a presença de valores discrepantes (outliers), nenhum corte foi aplicado.

Os dados brutos de sondagem foram compostos em intervalos de 5m, começando pela boca e seguindo até o fundo do furo, interrompendo-se porém nas mudanças de códigos geológicos. Os intervalos de menos de 5m ficaram situados por tanto na base de cada unidade geológica. Durante os procedimentos de criação das compostas, foram utilizados códigos especiais para intervalos sem amostra e sem recuperação. As compostas de 5m foram plotados no histograma e nos gráficos de freqüência acumulada para comparação com os dados dos modelos de blocos. O histograma e os gráficos de probabilidade acumulada descritos acima são sintetizados na Tabela 15.4.3.1 abaixo.

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Tabela 15.4.3.1: Comparação Estatística das Fe% dos Resultados de Compostas e Modelo de Blocos Grupo de Dados Média Mediana Máximo 1stQuartil 3rdQuartil Variancia Composta de furos de5m 47,47 47,25 69,09 42,11 51,41 86 Mod. Blocos Inverso da Distância (ID2) 39,55 45,02 67,27 39,98 50,02 324 Mod. Blocos Krigagem ordinária 39,16 44,72 67,20 38,79 49,64 315 Mod. Blocos Poligonal (ID4th ) 39,57 44,99 68,48 39,96 50,11 326

15.4.4 Gravidade Específica A gravidade específica para a área de João Monlevade foi derivada pela comparação do teor médios do itabirito friável com itabiritos similares de propriedades adjacentes. As determinações de densidade foram conduzidas em poucas amostras de superfície de João Monlevade mas nenhuma análise de teor foi feita para as amostras e os dados foram considerados insuficientes para uma densidade com a devida acurácia. Os dados do depósito de Itapanhoacanga e outras minas próximas foram usados para se estabelecer a densidade média de 2,6g/cm3 para todos os meteriais itabiríticos. A SRK reconhece que esta não é uma prática aceitável pela indústria e acomodou este problema dentro da classificação de recursos.

15.4.5 Análise Variográfica A análise dos variogramas foi realizada com dados de compostas de 5 metros, visando determinar a faixa de projeção apropriada. Em razão da geometria da mineralização, marcada por dobras, construiu-se apenas um variograma omni-direcional. Uma ampla faixa de passos (distâncias) foi testada para todos os casos, sendo o alcance sempre igual ao primeiro passo. O melhor variograma, determinado pelo menor efeito pepita e apresentou um alcance de 100m. Este variograma é reproduzido no Apêndice F. Os valores de alcance, efeito pepita e Patamar total são apresentados na Tabela 15.4.5.1.

Tabela 15.4.5.1: Resultados Variográficos para os Dados de Compostas de 5m Orientação Alcance Pepita C1 Sill Diferential Omni-directional Variogram 100m 30 55

15.4.6 Estimativa de Recursos O depóstio de Joçao Monlevade foi modelado para Fe, FeO, Al2O3, Ca, LOI, Mg, Mn, P, S, SiO2 .e TiO2.totais. O tamanho de bloco usado foi 15 x 15 x 15m. Todos os blocos estimados usaram as compostas de 5m.. Os limites do modelo, baseado em coordenadas UTM SA 1969, Zone K23 SW Datum, estão apresentados na Tabela 15.4.6.1 abaixo.

Tabela 15.4.6.1: Limites do Modelo de João Monlevade Mínimo Máximo Norte 7.807.000 7.809.505 Leste 664.000 698.005 Elevação 540 1.005

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Utilizou-se uma envoltória de teores (grade shell) baseado no teor global de Fe para controlar os limites de projeção na avaliação dos recursos . A SRK utilizou dados de compostas para criar contornos poligonais em seção transversal que se encaixassem com precisão nos limites das compostas, com base num teor de corte de 15% de ferro. Os polígonos foram em seguida triangulados num envoltório de teores sólido com visualização em 3D. O modelo de blocos limitou-se a incluir apenas os recursos situados acima da cota 540m. Este nível corresponde ao do rio que corre nas vizinhanças, o que faz crer que a lavra a céu aberto não é viável abaixo do nível do lençol freático.

A estimativa dos teores foi realizada usando-se um elipsóide de busca de 250m x 250m x 250m. Foram necessários um mínimo de 1 e um máximo de 8 compostas para atribuição de teor a cada bloco. A distância em relação a composta mais próxima e o número de furos usados para calcular o teor foram armazenados para posterior utilização na classificação dos recursos.

15.4.7 Verificação do Modelo O modelo de João Monlevade foi gerado usando-se três conjuntos diferentes de parâmetros de estimativa, incluindo-se a Média Ponderada pelo Inverso do Quadrado da Distância (Inverse Distance Weighting Squared), a Krigagem por Polígonos e a Krigagem Ordinária. Os algoritmos da modelagem foram todos limitados as compostas e blocos dentro do envoltório de teores circundante, criado pela SRK.

Os teores do modelo de blocos foram comparados aos valores das compostas para se avaliar a distribuição dos histogramas, a distribuição das freqüências acumuladas e o teor médio de cada um. A Tabela 15.4.6.1 lista comparações estatísticas de cada grupo de dados dentro do envoltório de teores. Os vários modelos apresentam variações secundárias de tonelagem e teor; porém o teor metálico estimado varia pouco.

Uma seção transversal típica de Fe do modelo de bloco, derivada pelo método da Média Ponderada pelo Inverso do Quadrado da Distância, é apresentada na Figura 15-7. A título de comparação, as compostas de Fe de 5m são incluídas na mesma seção. Os resultados do modelamento, com base em diferentes parâmetros de estimativa, são apresentados na Tabela 15.4.7.1 abaixo.

Tabela 15.4.7.1: Resultados de Verificação do Modelo Comparação de Recursos - João Monlevade

Categoria Recurso

Estimativa por Inverso do Quadrado da Distância Estimativa por Pologonal Estimativa por Krigagem Ordinária

Cut-off Fe % Média Fe % Toneladas (000’s) Média Fe % Toneladas (000’s) Média Fe % Toneladas (000’s)

30 46,8 133,3 46,9 133,3 46,4 133,3 35 47,0 131,3 47,1 131,2 46,4 133,2 40 48,0 117,1 48,1 116,3 47,8 112,7

Inferido

45 51,1 77,4 51,2 77,2 50,5 75,6 * Recursos Minerais não são reservas, eles não têm viabilidade econômica demonstrada,

Cada uma das três técnicas de avaliação foram analisadas através de um procedimento conhecido como validação cruzada. Isso se dá quando o valor de uma composta é removido do banco de dados, sendo o valor estimado então por meio do procedimento de estimativa do bloco. Em seguida, os resultados são comparados em gráficos de correlação X-Y, onde a linha de regressão mais adequada é ajustada aos pontos de dados . Em teoria, quanto mais próximo de 1 for o

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 15-34 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

coeficiente de correlação e o gradiente da linha de regressão, mais precisa será a estimativa . Os modelos de João Monlevade foram analisados por meio da validação cruzada do banco de dados de compostas de Fe de 5m, a Tabela 15.4.7.2 lista os resultados da validação cruzada.

Tabela 15.4.7.2: Validação Cruzada dos Dados de Fe por três Técnicas de Estimativa Algorítimo de Modelagem Coeficiente de Correlação Ângulo de Regressão Inverso do Quadrado da Distância 0,69 0,58 Krigagem Ordinária 0,65 0,46 Poligonal 0,69 0,66

15.4.8 Classificação de Recursos Os recursos minerais são classificados nas categorias de recursos Minerais Medidos, Indicados e Inferidos, de acordo com as regras do CIM. As toneladas são reportadas em base úmida. A classificação dos recursos reflete a confiança relativa das estimativas de teores, primariamente como função do espaçamento das amostras em relação à observações geológicas e geoestatísticas concernentes à continuidade da mineralização.

Nete estudo, a totalidade dos recursos foi classificada como inferida devido à incerteza das determinações de densidade.

15.4.9 Declaração de Recursos Minerais Baseado na comparação visual da distribuição dos teores dos blocos com as compostas dos furos relacionados, histogramas de comparação entre estes dados e dos resultados da validação cruzada, a estimativas por Inverso do Quadrado da Distância se mostrou como o método mais apropriado para João Monlevade, A tonelagem e o teor dos recursos inferidos com um cut-off de 30% Fe são mostrados na Tabela 15.4.9.1. As toneladas estão reportadas em base úmida e o conteúdo de umidade estimado é de 7%,

Tabela 15.4.9.1: Declaração de Recursos de João Monlevade* Cut-off t(000’s)* Fe % Al2O3 % Ca % FeO % LOI Mg % Mn % P % S % SiO2 % TiO2 %

30 133,3 46,8 1,3 0,16 5,5 1,77 0,3 0,4 0,08 0,001 29,0 0,07 * Toneladas estão reportadas em base úmida. * Recursos minerais não são reservas minerais, eles não tem viab ilidade técnico-econômica demonstrada.

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15.4.10 Sensibilidade de Recursos Minerais A distribuição de tonelagem e teor para os recursos inferidos de Monlevade é mostradas na Tabela 15.4.10.1 e no gráfico abaixo.

Tabela 15.4.10.1: Sensisbilidade de Teore e Tonelagem de João Monlevade Cutoff Tonnage (Mt) Fe(%)

25 133 46.8330 133 46.8335 131 47.0240 117 48.0145 77 51.0550 39 54.1055 15 56.9360 2 61.32

Joao Monlevade Grade Tonnage CurveInferred Mineral Resource

0

20

40

60

80

100

120

140

20 30 40 50 60 70

Cutoff Fe%

Cut

off F

e%

40

45

50

55

60

65

Tonnage (Mt)Fe(%)

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SRK Job No.: 162703.04

File Name: Figure 15-7.doc Date: 01-23-08 Approved: LM Figure: 15-7

Projeto Minas-Rio, Brasil

Seção Vertical Típica 7.807.800N Modelo de Blocos de João Monlevade

Mostrando a Distribuição do Fe

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 16-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

16 Outros Dados e Informações Relevantes (Item 20) 16.1 Titularidade Em 17 de Janeiro de 2008, a MMX divulgou a seguinte informação para o mercado:

A MMX tem o prazer de anunciar que o Sr. Eike Batista, acionista controlador da MMX, e uma subsidiária integral da Anglo American plc (“Anglo American”) iniciaram negociações exclusivas relativas à aquisição, pela Anglo American (a “Operação de Compra”), das ações de propriedade do Sr. Eike Batista de emissão de uma nova sociedade a ser constituída (“Newco”) no âmbito de uma cisão de determinados ativos e passivos da MMX (a “Operação de Reestruturação”). Como resultado da Operação de Reestruturação, as parcelas cindidas da MMX seriam vertidas em favor de duas empresas, uma delas a Newco, a empresa objeto da Operação de Compra, e a outra, a LLX Logística S.A. (“LLX”), sendo, assim, transferida a atual participação da MMX na LLX aos acionistas da Companhia. A MMX permanecerá com o remanescente dos seus ativos e passivos.

As partes contemplam que a Operação de Reestruturação seja uma condição precedente para a conclusão da Operação de Compra. Os termos da Operação de Compra incluirão, ainda, o pagamento pela Newco à MMX de uma participação econômica futura, devida a partir de 2023, em relação à MMX Amapá, e a partir de 2025, em relação à MMX Minas-Rio, além de outros compromissos mútuos das partes envolvidas.

Se a Operação de Reestruturação for concluída, a Newco deterá a participação da Companhia de 51% no Sistema MMX Minas-Rio (excluída a participação acionária de 51% na LLX Minas-Rio atualmente detida pela LLX), bem como a participação de 70% da Companhia no Sistema MMX Amapá. Uma subsidiária integral da Anglo American atualmente já detém participação de 49% no Sistema MMX Minas-Rio e na LLX Minas-Rio. Concluída a Operação de Compra, a Anglo American pagará um valor aproximado de US$361,12 por ação de emissão da Newco (assumindo 1 ação da Newco para cada ação da MMX em circulação) ou um total de US$5,5 bilhões por 100% das ações da Newco.

Após a Operação de Reestruturação e enquanto o Sr. Eike Batista permanecer como acionista controlador, a MMX continuará a ser o veículo exclusivo do Sr. Eike Batista para projetos de mineração em geral, e a LLX o veículo para portos e projetos de infraestrutura logística. Como parte da Operação de Reestruturação, a MMX também terá a opção de deter uma participação de 50% na primeira usina de pelotização a ser construída no Porto do Açu.

Como conseqüência da Operação de Reestruturação, se aprovada, a Newco e a LLX serão listadas no segmento “Novo Mercado” da Bovespa, e os acionistas da MMX terão direito a deter ações em cada uma das três companhias objeto da reestruturação, recebendo uma nova ação de emissão da Newco e da LLX para cada ação de emissão da MMX detida. Adicionalmente, cada global depositary receipt - GDR da MMX representará 1/20 de uma ação da MMX, LLX e Newco.

A consumação da Operação de Reestruturação e da Operação de Compra está sujeita a certas condições, incluindo aprovação pelos conselhos e órgãos regulatórios assim como da assinatura dos respectivos contratos definitivos. Adicionalmente, para efetivação da Operação de Reestruturação, a Newco, a LLX e a MMX deverão obter as competentes aprovações de seus

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acionistas em assembléia, convocada nos termos da Lei e das normas da CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

16.2 Oportunidades A sondagem em Serra do Sapo foi executada em menos do que 50% da extensão ao longo do strike do depósito e é esperado que novas pesquisas geológicas resultem entre 800Mt e 1000Mt de recursos adicionais de itabiritos friáveis.

Deve ser enfatizado que esta quantidade potencial é conceitual em natureza, não existindo pesquisa geológica suficiente para ser definido como um recurso mineral e que é incerto que pesquisa exploratório adicional irá resultar na determinação de um recurso mineral.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 17-1 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

17 Requerimentos Adicionais para o Desenvolvimento e Produção da Propriedade (Item 25)

A MMX está atualmente em processo de obtenção das licenças necessárias para a construção do mineroduto e das instalações do porto. O programa de sondagem está em progresso em Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro; requerimentos para as Concessões de lavra serão feitos uma vez que a sondagem esteja completa e o relatório final seja apresentado ao DNPM. As seções seguintes descrevem o mineroduto, intalações portuárias, processo e métodos conceituais de lavra.

17.1 Sistema do Mineroduto para Polpa de Concentrado O projeto preliminar de engenharia foi finalizado pela Pipeline Systems Incorporated (PSI) para determinar o sistema de viabilidade baseado no conhecimento técnico sobre propriedades de concentrado de ferro em polpa de outros sistemas comerciais e no banco de dados da PSI sobre propriedade de concnetrado de ferro. A engenharia de detalhe está em curso.

O mineroduto de concentrado de polpa irá transportar concentrado da planta de processo próxima a Conceição do Mato Dentro, no estado de Minas Gerais, para as instalações do porto em Barra do Açu perto de Campos, no estado do Rio de Janeiro. O minérior irá ser moído e limpo para se produzir concentrado, que irá ser transportado via um mineroduto de 553km e 24pol.

O sistema do mineroduto está projetado para transportar 24,5 milhões de toneladas métricas secas por ano (sMt/aa) de concentrado de ferro. O mineraduto será enterrado a pelo menos 0,76m abaixo do terreno, e mais profundamente onde cruza córregos e estradas, onde a maior profundidade é requerida em função das atividades superficiais ou por razões geotécnicas. Três estações de bombeamento (PS1, PS2 e PS3) são requeridas, a PS1 estará localizada próxima da área da Mina, a PS2 localizada próximo de Vargem Linda a cerca de 163km a juzante no minerduto a partir da estação de bombeamento da Mina e a terceira localizada perto de Matipo, a cerca de 268km a juzante do mineroduto a partir da estação de bombeamento da Mina. Adicionalmente uma estação de válvula e 12 estações de monitoramento de pressão estão localizadas ao longo do mineroduto. O estação de válvula serve como local para uma estação de pressurização de cerca de 367kp.

O cronograma do projeto para o comissionamento está projetado para ser feito entre 24 e 30 meses.

17.2 Instalações Portuárias do Porto do Açu A MMX irá construir o Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro, na região costeira do norte Fluminense, entre o Farol de São Tomé e a Foz do Rio Paraíba do Sul. As especificações para as instalações do porto são as seguintes:

• Exportação de 24,5sMt produtos de ferro anualmente na forma de pellet-feed;

• Capacitade projetada máxima dos navios carregados no Porto igual a 250kt com navios de 19,10m calado, comprimento de 335m e largura de 55m; e

• Capacidade média dos navios para propósito de cálculo igual a 180kt,

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 17-2 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

As instalações do Porto do Açu irão ter duas áreas separadas: as estruturas marítimas e o retroporto.

17.2.1 Estruturas Marítimas Estas estruturas compreendem um íer para embarque dos produtos de ferro, a 4 km da costa e 288m de comprimento. O Píer é projetado na primeira fase para receber navios de mais do que 250kt que irão alcançar o mar aberto por uma saída por canal de 165m de largura, dragado para uma profundidade de 20 m. Este canal começa perto do Píer.

17.2.2 Retroporto O retroporto consiste de duas áreas: a área de processamento e a áreas de serviço de infraestrutura.

Área de Processamento A área de processamento contém a terminação do mineroduto, um sistema de filtragem para a polpa e pilhas de estoque do produto de ferro. No futuro, uma planta de pelotização pode estar localizada nesta área.

Serviço de Infraestrutura Esta área abriga as Instalações de Serviço e Utilitários, incluindo a Torre de Controle das Operações, a Estação de Tratamento de Água e Esgoto e a Substação de Energia Elétrica, assim como os prédios para a Administração Central, Porto de Rebastecimento de Combustível, Armazéns, Oficina de Manutenção, Alojamento, Vestiário, Cantina, Porto Médico.

17.3 Mineração A MMX antecipa que a lavra irá iniciar-se na área da Serra do Espinhaço, onde métodos de lavra a céu aberto são adequados para a formação ferrífera próxima da superfície e mergulhado para leste. Os plenos de lavra serão otimizados durante o processo de viabilidade com o benefício de investigações geotécnicas adicionais. A lavra consiste de

• Sondagem e Desmonte: para o material mole, tratores, escavadeiras e carregadeiras serão usadas sem detonação; a rocha dura será sondada e detonada;

• Carregamento e blendagem: Escavadeiras e carregadeiras serão utilizadas para facilitar a boa produtividade e flexibilidade;

• Tranporte: Caminhões fora de estrada irão transportar a alimentação da planta e a rocha estérial para o britador primário ou para os locais de disposição dos estéreis, respectivamente; e

• Infraestrutura: Tratores de moto-niveladoras serão usados para auxiliar na manutenção de estradas e rampas, preparação da sondagem, configuração das pilhas de estéril e rehabilitação das áreas mineradas.

Onde possível, o material estéril será disposto nas cavas finais a fim de minimizar ou custos de transporte de estéril. O material estéril poderá ser minerado por empresas contratadas.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 17-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

17.4 Processamento Uma planta de beneficiamento será construída para ser alimentada com minério de ferro da área da Serra do Espinhaço. A recuperação de massa média antecipada para a alimentação da planta é projetada em 47%. A produção anual é projetada em 25Mt/aa de pellet feed a partir de 56Mt de minério RoM.

17.4.1 Fluxograma do Processo O fluxograma de processo para o processamento de itabirito irá compreender as seguintes operações:

• Britador Primário a -250mm;

• Peneiramento primário e secundário/ britagem terciária a -25mm;

• Prensa de rolos a 0,3mm;

• Moagem Primária a 90µm;

• Classificação e deslamagem;

• Moagem secundária a 65 µm;

• Flotação em células;

• Re-moagem a 39 µm;

• Espessamento;

• Planta de reagentes;

• Transporte por mineroduto; e

• Filtragem.

17.5 Utilitários e Unidades de Suporte 17.5.1 Sistema Elétrico A demanda de energia no local do Projeto é estimada em 55,0W. A energia será trazida de uma sub-estação de Itabira, a uma distância de 200 km.

17.5.2 Suprimento de Água A água será bombeada do Rio do Peixe para ser usada na planta de processamento e para a polpa. Uma adutora de água será construída para a planta e um sistema de clarificação será utilizado para filtrar o material particulado.

17.5.3 Sistema de Recuperação de Água A água será recuperada da barragem de rejeitos para ser usada na planta de beneficiamento. O sistema irá consistir de uma balsa, que irá permanecer ancorada na barragem, com uma ponte de acesso com flutuadores, facilitando a linha de adução e a rotina das bandejas elétricas.

17.5.4 Sistema de Água Potável Uma estação de tratamento de água com uma capacidade de 10m³/h será instalada próximo à adutora de água do rio para fornecer água potável.

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17.6 Depósitos de Rejeitos e Estéril A melhor localização para a construção da barragem de rejeitos é transversa ao Rio Escadinha, para norte e um pouco a oese da área da mina. O volume total de rejeitos pode ser armazenado até uma elevação aproximada de 695m. Considerando um afastamento de 5m para a clarificação da água e o gerenciamento do vertedouro, irá resultar numa barragem com o nível de crista final a 700m.

No presente estágio do estudo, a construção de uma barragem de terra compactada é prevista com uma drenagem na base. O material necessário para a barragem deve ser escavado na área das instalações de estocagem dos rejeitos. Os rejetiso serão bombeados da planta e discartados em vários pontos ao longo das instalações de armazenagem, na seção mais proximal. A água superficial será recuperada por uma estação de bombeamento móvel, posicionada próxima da borda direita, junto à barragem. A água será bombeada e conduzida para a planta.

17.7 Mercado O crescimento global da economia mundial tem sido maior em 2006 e 2007 do que no período dos últimos 20 anos, desde o fim da década de 1970. Este fato é devido a recuperação do crescimento de economias tradicionais, como as dos Estados Unidos, Canadá, Russia, Reino Unido e Japão, e do crescimento de economias emergentes como China e India. O Banco Mundial estima o crescimento do GDP, para este ano, de 3,5% nos USA, 2,6% na Europa e 1,6% no Japão.

A indústria do ferro e seus sub-produtos são dominados pela sua aplicação na indústria siderúrgica e quase toda a produção mundial de minério de ferro é consumida na produção de aço. Assim, a demanda do minério de ferro e, consequentemente, seu preço, é diretamente relacionado à indústria siderúrgica mundial.

As reservas mundiais de minério de ferro (provada + prováveis) são da ordem de 370Gt. O Brasil processa 7,2% destas reservas e está em quinto lugar dos países com as maiores quantidade de minério. Em termos do metal contido nas reservas, o Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário mundial, devido aos altos teores de ferro nos seus minérios (60% - 67% nas hematitas e 50% - 60% nos itabiritos).

17.8 Contratos A MMX negociou e fechou dois contratos de venda de minério de ferro.

Um contrato é com a SOJITZ Corporation, uma companhia com sede em Tokio, Japão. O contrato de venda de minério de ferro para pellet feed é válido por oito anos. O voume de vendas anual é de 13,1Mt de pellet feed por ano, em base natural.

As especificações do produto são mostradas na Tabela 17.8.1.

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Tabela 17.8.1: Especificações do Contrato com a Sojitz Corporation Tipo Item Esperado (%) Guarantido (%)

Composição Física (Base seca) Abaixo 0,15mm 98,0 96,0 MínimoComposição Física (Base seca) Abaixo 0,045mm 85,0 75,0 MínimoComposição Química (Base seca) Fe 67,50 67,00 MínimoComposição Química (Base seca) SiO2 2,50 2,80 MáximoComposição Química (Base seca) Al2O3 0,60 1,00 MáximoComposição Química (Base seca) P 0,030 0,040 MáximoComposição Química (Base seca) S 0,003 0,005 MáximoComposição Química (Base seca) Mn 0,10 0,30 MáximoComposição Química (Base seca) LOI 0,30 -Umidade (Base Carregamento no Porto) H2O 8,00 10,00 Máximo

O segundo contrato é com a Gulf Industrial Investment Company (GIIC), uma conpanhia com sede no Bahrein. O contrato de venda de minério de ferro para pellet feed é válido por 20 anos. O volume de vendas anual do contrato é de 8,3Mt de pellet feed por ano, base natural.

A especificação do produto é mostrada na Tabela 17.8.2.

Tabela 17.8.2: Especificações do Contrato com a GIIC Tipo Item Esperado (%) Guarantido (%)

Composição Física (Base seca) > 0,15mm 2,0 5,0 MáximoComposição Física (Base seca) < 0,045mm 15,0 10,0 MínimoComposição Química (Base seca) Fe 68,0 67,00 MínimoComposição Química (Base seca) SiO2 1,0 1,30 MáximoComposição Química (Base seca) Al2O3 0,3 0,50 MáximoComposição Química (Base seca) P 0,040 0,046 MáximoComposição Química (Base seca) CaO 0,03 0,30 MáximoComposição Química (Base seca) Mn 0,10 0,30 MáximoComposição Química (Base seca) LOI 0,85 1,20 MáximoComposição Química (Base seca) MgO 0,05 0,30 MáximoComposição Química (Base seca) K2O <0,01 0,015 MáximoUmidade (Base Carregamento no Porto) H2O 8,00 10,00 Máximo

17.9 Licenças e Considerações Ambientais O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual a agência ambiental reguladora autoriza a localização, instalação, extensão e operação das atividades que utilizam recursos ambientais e que são consideradas, efetivamente ou potencialmente, poluídoras, ou que por algum modo possam vir a causar degradação ambiental. O seu instrumento de gestão é a Política Nacional para o Meio Ambiente, que foi instituída no Brasil em 31 de Agosto de1981, com a promulgação da Lei 6.938.

Em termos gerais, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é o responsável pelo licenciamento de projetos e atividade com impacto ambiental no território nacional, ou que diretamente afetem o território de mais de um estado federal.

O projeto Minas-Rio Project será licenciado pelo IBAMA assim como pelos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais,

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17.9.1 Licenciamento Ambiental no Brasil Sistema Nacional do Meio Ambiente O Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNANA é constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas Fundações criadas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e aperfeiçoamento da qualidade ambiental.

Sistema Ambiental do Estado de Minas Gerais O Sistema de Meio Ambiente (SISEMA) do estado de Minas Gerais é formado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) e pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), além de órgãos setoriais afins: Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM).

Sistema Ambiental do Estado do Rio de Janeiro As questões ambientais são da competência da Secretária Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR).

17.9.2 Processo de Licenciamento O licenciamento ambiental constitui obrigação legal que precede a instalação e operação de qualquer empreendimento ou atividade com potencial de poluir ou degradar o meio ambiente e que requeira a participação pública no processo.

O processo de licenciamento ambiental tem três fases distintas: Licença Preliminar, Licença de Instalação e Licença de Operação.

A Licença Preliminar (ver Tabela 2.6.3.1) é aplicada para o estágio de planejamento do projeto. A MMX recebeu as Licenças Preliminares para o porto e mineroduto (n.255/07). O requeirmento para a Licença Preliminar para a mina proposta foi submetido à FEAM e está sob análise.

A Licença de Instalação (ver Tabela 2.6.3.1) autoriza a instalação das instalações do projeto,. A MMX recebeu a Licença de Instalação para as instalações portuárias.

A Licença de Operação (ver Tabela 2.6.3.1) é necessária antes do começo do empreendimento, garantindo as operações.

17.9.3 Licenciamento Ambiental Específico para as Minas, Mineroduto e Porto do Açu O complexo, que compreende as minas de minério de ferro, usinas de processamento, mineroduto para transporte de polpa de minério e o porto do Açu, fica situado na região sudeste do Brasil, ocupando território de dois estados: Minas Gerais (minas, usinas e parte do mineroduto) e Rio de Janeiro (porto e parte do mineroduto).

17.9.4 Revegetação Após o esgotamento das minas, todas as áreas afetadas serão revegetadas :

• Justificativa: além de ser uma obrigação legal, a revegetação com espécies nativas das áreas esgotadas irá contribuir para o melhoramento do cenário ambiental da região de implantação do projeto;

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• Objetivo: reabilitação das áreas degradas, com ecossistemas produtivos. Como a maior parte do terreno atual consiste de áreas de pastagem , prevê-se que parte do terreno será convertido novamente em área de pastagem . Porém, deverão ser incluídas várias áreas florestais com a finalidade, entre outras, de ligar fragmentos vizinhos;

• Ações: inicialmente, deverão ser definidas as áreas a serem ocupadas por vegetação florestal e de pastagem. O lançamento de camada de solo orgânico deve ser realizado em local definido para a recomposição do ambiente florestal. Após esse trabalho de preparação do solo, serão plantadas mudas de espécies nativas e implantadas áreas de cultura.

Antes do início das atividades do projeto, a MMX iniciou um processo de desenvolvimento sustentável através da aquisição de terras ao redor da área do projeto para serem usadas como áreas de reservas legais ambientais. Estas aquisições compreenderam uma área de 1.276.864,4ha e foram registradas como áreas de preservação ambiental legal.

17.10 Aspectos Ambientias, Emissões, Efluentes e Dejetos Sólidos Este ítem trata dos efluentes, emissões, resíduos e ruídos que serão gerados durante as fases de implantação e operação da Mina de Itapanhoacanga. Os sistemas de controle apresentados no planejamento do projeto são de natureza conceitual visando assegurar maior flexibilidade no encaminhamento dos impactos ambientais causados pelo Projeto. Os sistemas de controle serão apresentados de forma detalhada no Plano de Controle Ambiental ( PCA), durante a próxima etapa do processo de licenciamento ambiental.

17.10.1 Caracterização das Emissões Gasosas e Materiais Particulados Durante a fase de produção, vários processos poderão causar a emissão de gases e partículas sólidos poluentes na atmosfera. As emissões de gases inerentes ao Projeto consistem de vapores e gases produzidos pela queima de combustíveis fósseis (principalmente óleo diesel) por caminhões, equipamentos pesados e veículos leves. Além disso, vapores e gases são gerados nas operações de desmonte por explosivos. As emissões de gases não devem ser significativas, e o controle de emissões de gases geradas por equipamentos e veículos será realizado pelo pessoal de manutenção preventiva e corretiva de rotina da MMX, lotado na mina.

A Tabela 17.10.1.1 apresenta uma lista das principais fontes de emissão atmosférica do Projeto, identificando a etapa do processo de produção em que ocorrerão as emissões, a fonte física da emissão e o poluente a ser lançado na atmosfera.

Tabela 17.10.1.1: Emissões Atmosféricas Estágio do Processo de Produção Tipo de Emissão Fonte da Emissão Mina a Céul aberto Gases e Material Particulado Detonação de rochas Mina – transporte de minério e estéril Gases e Material Particulado Circulação de veículos em estradas não pavimentadas Mina – Depósito de Estéril, Pilhas Minério e Barragem Rejeitos Material Particulado Ação de ventos nas pilhas

Mina – Britagem priméria Material Particulado Descarregamento de caminhors e atrito entre superfífies secas

Mina – Correia de minério e estéril Material Particulado Transferência entre equipamentos sem vedação Concentração Material Particulado Transferência entre equipamentos sem vedação Estradas pavimentadas/ não pavimentadas e outras estradas de acesso Material Particulado Circulação de veúculos motorizados

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17.10.2 Efluentes Líquidos Os efluentes líquidos gerados pelo Projeto devem incluir os efluentes da barragem de rejeitos e a drenagem da mina e do laboratório, além dos efluentes sanitários. Outros efluentes também poderão ser gerados na lavagem dos pisos de áreas de usinas/oficinas e outras superfícies, como também pela ação das águas das chuvas sobre as superfícies.

Sob condições normais de operação da mina e da usina de concentração, a barragem de rejeitos deverá produzir efluentes que irão escoar para o sistema natural de drenagem da vertente leste, a montante do Rio do Peixe. Outros efluentes relacionados à barragem virão do corpo da barragem e do escoamento superficial das chuvas que caem sobre e em torno da barragem. A MMX prevê que as características químicas dessas águas sejam semelhante a dos efluentes do vertedouro da barragem.

Na mina, os efluentes líquidos serão produzidos pela água de serviço ou por infiltração do lençol freático, nas escavações e furos de sondagem abertos para desenvolvimento da lavra ou avanço das frentes de mineração. Á água de serviço e a infiltração do lençol freático na mina serão coletadas na bancada mais baixa por um poço coletor. A água será bombeada deste ponto para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), onde será tratada para aproveitamento na usina como água de processo. A taxa de bombeamento dos efluentes da mina irá depender da quantidade de água de serviço e do volume de água do lençol freático que atinja a superfície por via natural.

As edificações administrativas e industriais serão dotadas de sistemas de coleta de efluentes sanitários, os quais serão conduzidos a um sistema principal de filtragem anaeróbica e de tanques sépticos, construídos de acordo com as normas ABNT pertinentes. O efluente tratado final será encaminhado aos sistemas de infiltração no solo , quando for o caso, ou para o sistema natural de drenagem. A lama, que compõe a parte sólida, será periodicamente removida do interior dos tanques e encaminhada para o aterro sanitário.

Efluentes oleosos serão gerados principalmente durante os trabalhos de lavagem de equipamentos e peças e os trabalhos das oficinas de manutenção. O controle dos efluentes oleosos será assegurado pela impermeabilização do piso nas áreas onde serão executados os trabalhos de lavagem e manutenção de equipamentos e peças . Esses efluentes serão coletados e encaminhados para tanques de sedimentação e, posteriormente, para caixas de separação de óleo/água. Esses dispositivos de controle serão construídos de acordo com as normas da ABNT, e os projetos detalhados serão apresentados no Plano de Controle Ambiental.

Os efluentes produzidos pelo laboratório incluem os efluentes produzidos na lavagem dos pisos, vasilhame, coifas e amostras, bem como da água usada na preparação das amostras para as análises químicas por via úmida. Essas atividades produzem emissões líquidas, ácidas ou básicas, que diferem em volume e composição, podendo conter metais e outros componentes, dissolvidos ou não, que poluem a água e o solo. Esses efluentes de diversas fontes dentro do laboratório serão coletados em um único ponto e submetidos a tratamento, para sedimentação/remoção de metais dissolvidos, remoção de lama por decantação e neutralização. Após o tratamento, serão conduzidos, junto com os efluentes sanitários, para os tanques sépticos O Plano de Controle Ambiental deverá conter detalhes sobre as instalações de tratamento de efluentes do laboratório.

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17.10

17.10.4

.3 Resíduos Sólidos Os principais resíduos sólidos a serem gerados pelo Projeto consistem de resíduos metalúrgicos, de mineração e desmatamento, bem como de material residual e detritos de terraplenagem, construção civís e mostagem eletromecânica. Adicionalmente, também podem ser esperados resíduos domésticos, industriais, sanitários, não-inertes/perigosos e médicos.

O processo de recuperação de minério irá gerar rejeitos que serão lançados na bacia de sedimentação. Estima-se uma geração anual de 28 MT de rejeitos, que serão transferidos sob a forma de polpa para a barragem, onde ocorre a sedimentação da parte sólida da polpa, enquanto a parte que extravasa será recuperada e bombeada para a ETA. Os rejeitos consistem de rocha processada da mineração e pequena porcentagem de finos de minério de ferro.

O desenvolvimento da mina irá gerar um volume de estéril que deverá ser descartado fora dos limites da mina. As operações de lavra deverão gerar cerca de 68 MT de estéril anualmente. O material estéril deverá ser lançado nos depósitos adjacentes às cavas ou depositas nas cavas finais. A camada orgânica de superfície, quando houver, será removida e armazenada para posterior aproveitamento, na re-constituição dos depósitos de estéril. Os depósitos consistirão de seções ascendentes com drenagem superior, para escoamento de material de superfície lavado pela chuva, além de um sistema de drenagem externa da crista, na base dos taludes, e fluxo/vazão lateral em cada berma .

O material lenhoso decorrente da remoção da vegetação será armazenado provisoriamente, aguardando um destino final, conforme venha a ser definido no Plano de Desmatamento. Os outros detritos/resíduos gerados pelo desmatamento, consistindo de folhas, galhos e ramos, serão armazenados numa área pré-determinada, para posterior aproveitamento na recomposição das áreas degradadas. A camada superficial de solo removida durante a construção das fundações e instalações industriais será transportada para as pilhas de armazenamento para posterior utilização, junto com matéria orgânica, na reabilitação das áreas afetadas

Durante as etapas de implantação e operação do Projeto, será gerada uma certa quantidade de resíduos sólidos não inertes/perigosos . Esse tipo de resíduo inclui materiais como ácidos , baterias/pilhas, lâmpadas florescentes, reagentes químicos, óleos, filtros de óleo, lama/borra das caixas de separação de óleo das estações de lavagem de equipamentos e outros materiais similares. Esse material residual será classificado e armazenado sob condições controladas, de acordo com a norma NBR 10004 . A área de despejo terá uma base impermeabilizada e capacidade equivalente a dois anos de geração de resíduos . O depósito será recoberto com uma camada de argila, além de uma camada superficial de solo recoberta com grama.

Ruído e Vibração As principais fontes de ruído, inerentes a este tipo de projeto, são o tráfego de caminhões e as detonações esporádicas. Em menor grau, haverá geração de ruído nas operações de bombeamento, britagem e transferência/transporte, bem como na sala de compressores. Como medida de mitigação, a empresa deverá manter os caminhões e outros equipamentos devidamente mantidos e regulados e, se necessários, equipados com supressores de ruído. Na mina, o impacto sobre os empregados será o ponto de maior preocupação. Entre as medidas preventivas se incluem o isolamento das fontes de ruído, sendo obrigatória a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) por parte dos empregados que estiverem expostos a níveis de ruído significativos, conforme previsto na legislação trabalhista.

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17.10.5 Sumário

As operações de desmonte por explosivos deverão produzir vibrações e sobre-pressão acústica, que poderão ser sentidas no meio ambiente. O efeito da sobre-pressão acústica é mais sensível nas operações de lavra a céu aberto. As vibrações causadas pelas detonações serão tratadas no Plano de Controle Ambiental, no qual mais dados estarão disponíveis para a análise do plano de desmonte. Monitoramento sismográfico será realiza do durante a fase de operação do Projeto, com o objetivo de medir os efeitos sobre as construções existentes na mesma cota da mina.

A presença na região de minas em funcionamento, como as de Alvorada de Minas e Fazenda Céu Aberto, poderá acelerar o processo de licenciamento.

O processo de avaliação de impactos e de licenciamento ambiental deverá abranger, basicamente, três etapas simultâneas:

• Avaliação de impacto ambiental e requerimento de licença ambiental para a mina, usina de beneficiamento, barragem de rejeitos e respectiva infra-estrutura no estado de Minas Gerais;

• Avaliação de impacto ambiental e requerimento de licença ambiental para o mineroduto de polpa concentrada e respectiva infra-estrutura, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro;

• Avaliação de impacto ambiental e requerimento de licença ambiental para a unidade de secagem, usina de pelotização, terminal e respectiva infra-estrutura no Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro.

Situação Atual A Brandt Meio Ambiente e a YKS Serviços Ltda (YKS), conceituados grupos de consultoria brasileiros, foram contratados pela MMX para realizar todo o trabalho de avaliação de impactos ambientais e de licenciamento. No momento, estão preparando um plano e cronograma de trabalho.

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18 Interpretações e Conclusões (Item 21) 18.1 Sondagem, Amostragem e Análises A sondagem no Projeto Minas-Rio consistiu de testemunhos sondados em diâmetro HW em malha de 200m, com algumas áreas de Itapanhoacanga sondadas em furos centrados nos 100m. Os testemunhos foram fotografados, descritos para litologia e recuperação, e amostrados no galpão de testemunhos do Projeto. As amostras foram analisadas no laboratório da SGS em Belo Horizonte. Os procedimentos de sondagem, amostragem e análise química se enquadram nas melhores práticas da indústria. Um programa de checagem das análises consistiu em se mandar 51 polpas originalmente analisadas pela SGS paa o Ultratrace pára reanálise. Os resultados mostraram boa correlação entre os dois laboratórios. A MMX está em processo de estabelecer um programa de QA/QC, mas no momento o mesmo está restrito ao QA/QC interno do SGS.

18.2 Estimativa de Recursos A estimativa de recursos de Serra do Sapo, Itapanhoacanga e Serro foi realizada pela MMX através da empresa contratada Prominas. O procedimento consistiu da composição do banco de dados em intervalos de 5m ao longo dos furos com quebras nos contatos litológicos. Krigagem ordinária foi usada pra a estimativa dos teores com casando-se as litologias de blocos e compostas. Compostas de um mínimo de 2 furos foram necessárias para a estimativa de um bloco. A classificação foi um processo de três passos, pelo qual polígonos foram desenhados ao redor dos furos para a definição dos domínios indicado e inferido, e então uma otimização de pit foi rodada para se excluir os blocos que não tivessem uma expectativa razoável de serem lavrados.

A SRK considera que a estimativa de recursos se enquadra nas melhores práticas da indústria.

18.3 Testes Metalúrgicos A MMX conduziu estudos metalúrgicos em todas as quatro propriedades do Projeto Minas-Rio. Os itabiritos friáveis de Serra do Sapo e Itapanhoacanga têm comportamentos muito similares na planta de concentração. A liberação por moagem para ambos é alcançada numa granulometria de moagem razoavelmente grosseira e o teor será controlado pela capacidade de flotação da sílica grosseira. Tanto o RoM quanto o concentrado têm um contéudo muito pequeno de outros elementos que não ferro e sílica. Os níveis de aluminio são baixos e muito frequentemente manganês e fósforo estão abaixo do limite de detecção do XRF. Nenhum elemento traço importante foi detectado. O concentrado final é adequado para a produção de pelotas de redução direta assim como de pelotas de alto forno.

O itabirito compacto mostra liberação mais fina, mas o processo é ainda bem desenvolvido. De todo jeito, o material deve ser moído a fim de ser transportado pelo mineroduto para o porto, como projetado. É também possível construir uma nova planta exclusivamente paa itabirito compacto, tendo como vantagem a não necessidade da deslamagem antes da flotação. Uma pré-concnetração deste material por separação magnética pode ser econômica.

A MMX está continuando seu programa de testes para finalizar o projeto da planta, e estabelecer o processo para itabirito compacto e itabirito de baixo teor.

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18.4 Desenvolvimento do Projeto A MMX está em processo de obtenção das licenças e direitos superficiais para o mineroduto, porto e operações da mina do Projeto. Trabalhos preliminares estão em curso para a otimização de pit, planejamento e sequenciamento de lavra e disposição de rejetios e rocha estéril.

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19 Recomendações (Item 22)

O Projeto Minas-Rio é um projeto de ferro avançado com recursos indicados de 1,5Gt e recursos inferidos de 2,3Gt. O projeto inclui um poprto no estado do Rio de Janeiro e um mineroduto de polpa das minas na área da Serra do Espinhaço para o porto. A MMX está em processo de estabelecimento de reservas para o projeto através dos passos de orimização de pit, planejamento e sequenciamento de lavra e análises técnico-econômica.

A SRK recomenda o seguinte para o desenvolvimento do Projeto:

• Continuidade da sondagem em malha e fechamento de malha em Serro, Serra do Sapo e Itapanhoacanga. O orçamento da MMX para a continuidade da pesquisa geológica numa malha de 200m e fechamento de malha é mostrado na Tabela 3.

Tabela 19.1: Orçamento de Sondagem da MMX 2008-2009 Ano Pesquisa Exploratória Fechamento de malha Total

Metros Custo US$M Metros Custo US$M Metros Custo US$M 2008 47.200 19,8 20.400 10,5 67.600 30,3 2009 36.262 15,2 36.262 15,2

Total 47.200 19,8 56.662 25,7 103.862 45,5

• Estabelecimento de um programa QA/QC para o laboratório com padrões, duplicatas e análises de cheque;

• Continuidade dos testes metalútgicos nos itabiritos compactos e de baixo teor; e

• Estabelecimento de reservas para o projeto através de um estudo de pré-viabilidade e, ou viabilidade.

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20 Referências (Item 23) Almeida-Abreu P,A, (1993). A evolução geodinâmica da Serra do Espinhaço Meridional, Minas

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21 Glossário 21.1 Recursos e Reservas Minerais Recursos Minerais Os recursos e reservas minerais têm sido classificados de acordo com os “padrões CIM sobre Recursos e Reservas Minerais: Definições e Diretrizes” (Novembro de 2005). Consequentemente, os recursos têm sido classificados como Medidos, Indicados e Inferidos, as Reservas têm sido classificadas como Provadas e Prováveis baseadas nos Recursos Medidos e Indicados definidos abaixo.

Um Recurso Mineral é uma concentração ou ocorrência de material natural, sólido, inorgânico ou orgânico fossilizado em ou sobre a crosta da Terra, em forma e quantidade tais e de um teor ou qualidade tal que tenha uma perspectiva razoável para sua extração econômica. A localização, a quantidade, o teor, as características geológicas e a continuidade de um Recurso Mineral são conhecidos, estimados ou interpretados a partir de conhecimento e evidência geológica específica.

Um “Recurso Mineral Inferido” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade e o teor ou qualidade podem ser estimados com base em evidência geológica e amostragem limitada, e assumidos razoavelmente, mas não é verificada a continuidade geológica e de teor. A estimativa é baseada em informações limitadas e a amostragem coletada através de técnicas apropriadas, em locais como afloramentos, trincheiras, poços, operações e furo de sonda.

Um “Recurso Mineral Indicado” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade, o teor ou qualidade, as densidades, a forma e as características físicas podem ser estimados com um nível de confiança suficiente para permitir a aplicação apropriada de parâmetros técnicos e econômicos, que suportem o planejamento da mina e a avaliação da viabilidade econômica do depósito. A estimativa é baseada em informações detalhadas e confiáveis de pesquisa e de testes, coletadas através de técnicas apropriadas em locais como afloramentos, trincheiras, poços, operações e furos de sonda, que estão espaçados a uma distância suficiente para que a continuidade geológica e de teor sejam razoavelmente assumidos.

Um “Recurso Mineral Medido” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade, o teor ou qualidade, as densidades, a forma e as características físicas estão tão bem estabelecidos que podem ser estimados com um nível de confiança suficiente para permitir a aplicação apropriada de parâmetros técnicos e econômicos, que suportem o planejamento da produção e avaliação da viabilidade econômica do depósito. A estimativa é baseada em informações detalhadas e confiáveis de pesquisa, amostragem e testes, coletadas através de técnicas apropriadas em locais como afloramentos, trincheiras, poços, operações e furos de sonda, que estão espaçados a uma distância suficiente para confirmar a continuidade geológica e de teor.

Reservas Minerais Uma Reserva Mineral é a parcela economicamente lavrável de um Recurso Mineral Medido ou Indicado, comprovada por pelo menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deve incluir informações adequadas sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e outros fatores relevantes que demonstrem, na época da elaboração do relatório, que a extração econômica é justificada. Uma Reserva Mineral inclui materiais de diluição e uma tolerância para perdas que podem ocorrer quando o material é lavrado.

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Uma “Reserva Mineral Provável” é a parcela econômicamente lavrável de um Recurso Mineral Indicado, e em algumas circunstâncias de um Recurso Mineral Medido, comprovada por pelo menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deverá incluir informações adequadas sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e outros fatores relevantes que demonstrem, na época de elaboração do relatório, que a extração econômica é justificada.

Uma “Reserva Mineral Provada” é a parcela econômicamente lavrável de um Recurso Mineral Medido, comprovada por pelo menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deverá incluir informações adequadas sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e outros fatores relevantes que demonstrem, na época de elaboração do relatório, que a extração é justificada.

21.2 Glossário Análise: A análise química de amostras minerais para determinar o conteúdo de metal.

Gastos de Capital: Todos os outros gastos não classificados como custos operacionais.

Composta: Combinação de mais de um resultado amostral fornecendo um resultado médio sobre uma distância maior. Concentrado: Um produto rico em metal, resultado de um processo de enriquecimento mineral, tal como flotação ou concentração gravimétrica, nos quais a maioria do mineral desejado tenha sido separada do material estéril no minério. Britagem: Processo inicial de redução do tamanho das partículas do minério para torná-lo mais adequado ao processamento posterior. Teor de Corte(CoG): O teor da rocha mineralizada, que determina se é economicamente viável a recuperação do metal para concentração posterior.

Diluição: Estéril, que é inevitavelmente lavrado com o minério.

Dip: Ângulo de inclinação da feição geológica / rocha a partir da horizontal.

Falha: A superfície de fratura ao longo da qual tenha ocorrido movimento.

Footwall: O lado inferior de um corpo de minério ou talude.

Ganga: Componentes sem valor do minério.

Teor: A medida de concentração de metal na rocha mineralizada.

Hangingwall: O lado superior de um corpo de minério ou talude.

Transporte: Uma escavação subterrânea horizontal usada para transportar minério lavrado

Hidrociclone: Um processo em que o material é medido de acordo com o tamanho

através do uso de forças centrífugas dos materiais particulados.

Ígnea: Rocha primária cristalina formada por solidificação do magma.

Krigagem: Um método de interpolação para atribuir valores de amostras á blocos

que minimiza o erro de estimativa.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 21-3 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Nível: Túnel horizontal materiais.

cujo principal objetivo é

transportar pessoal e

Litológico: Descrição geológica pertinente a diferentes tipos de rochas.

Plano LoM: Planos para a vida útil da mina (LoM -Life-of-Mine)

PLP: Planejamento de Longo Prazo. Propriedade Material: Propriedade da Mina.

Moagem: Um termo geral usado para descrever o processo no qual o minério é britado e moído e está sujeito a tratamento físico ou químico para extrair o metal valioso para um concnetrado ou produto acabado

Arrendamento Mineral/de lavra: Um arrendamento para a área pela qual os direitos minerais são concedidos.

Ativos de Mineração: A propriedade material e propriedade de pesquisa geológica significante.

Capital de Giro: Capital estimado para uma rotina, que é necess´rio para a sustentação das operações.

Reserva de Minério: Ver Reserva Mineral.

Pilar: Rocha deixada no local para ajudar a suportas as escavações numa mina subterrânea.

RoM: Run-of-Mine (minério retirado nas operações de lavra).

Sedimentar: Características das rochas formadas por acumulação de sedimentos, pela erosão de outras rochas.

Shaft (poço): Uma abertura vertical na superfície para transportar pessoal, equipamentos, suprimentos, minério e estéril. No caso deste relatório os poços são usados para amostragem do minério de ferro

Sill: Um corpo horizontal a sub-horizontal, fino e tabular, de rocha ígnea formado pela injeção de magma em zonas planares de fraqueza.

Refino: Uma operação pirometalúrgica de alta temperatura conduzida num forno, na qual o metal valioso é coletado para uma fase de mate fundido ou doré e separado dos componentes da ganga que se acumulam numa fase menos densa da escória em estado de fusão.

Realce: Abertura subterrânea criado pela lavra

Stratigrafia: O estudo das rochas estratificadas em termos de tempo e espaço.

Strike (direção): Direção da linha formada pela intersecção da superfície do estrato com o plano horizontal, sempre perpendicular a direção do dip

Sulfeto: Um mineral contendo enxofre.

Rejeitos: Rocha estéril finamente moída da qual os minerais valiosos ou metais foram extraídos.

Espessamento: Processo de concentração de partículas sólidas em suspensão.

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MMX Mineração e Metálicos S.A. 21-4 Projeto de Ferro Minas-Rio Relatório Técnico NI 43-101

Gastos Totais: Todos os gastos (despesas) incluindo aqueles de natureza operacional e de capital. Variograma: uma representação estatística das características (usualmente teor).

Abreviações O sistema métrico foi usado neste relatório, a não ser se declarado de outra maneira. Todos os valores monetários declarados neste relatório estão em dólares americanos. As toneladas são métricas de 1.000kg, ou 2.204,6lbs. As seguintes abreviações são usadas neste relatório:

Abreviação Unidade ou Termo A Al2O3 BIF

Ampere Óxido de Alumínio Formação Ferrífera bandada alternando níveis de minerais de ferro e cherte ou quartzo finamente granulado

°C graus Centigrados CoG Teor de cut-off (cut-off grade) ° Graus g grama g/t gramas por toneladas gauss Unidade de indução magnética (1 gauss = 10-4 Tesla) ha hectares ID2 Inverso do quadrado da distência Itabirito Rocha metamórfica laminada composta de quartzo granulas e hematita,

magnetita ou martita kg quilogramas km quilômetros kt Milhares de toneladas ktpd Milhares de toneladas por dia ktpa Milhares de toneladas por ano kW kilowatt l litro lb libra l/h Litros por hora LIMS Sistema de Gerenciamento e Informação do laboratório (Lab

Information and Management System) LOI Perda ao Fogo m metros m2 Metros quadrados m3 Metros cúbicos mm milímetros Mt Milhões de toneladas NI 43-101 Instrumento Nacional Canadense (Canadian National Instrument 43-

101) % percentagem QA/QC Controle e Garantia da Qualidade (Quality Assurance/Quality Control) RQD Descrição da Qualidade da rocha (Rock Quality Description) –

parâmetro geotécnico SEC Comissão de valores Mobiliários dos EUA (U.S. Securities & Exchange

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Commission) s segundo SG Gravidade específica t tonelagem (tonelagem métrica) (2,204.6 libras) tph Toneladas por hora tpd Toneladas por dia tpa Toneladas por ano TSF Instalação de Armazenagem de Rejeitos (tailings storage facility) µ micron ou microns V volts W watt WLG Nível de Água (Water Level Gauge) XRF Fluorescência de Raio-X aa ano

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Apêndice A Certificados dos Autores

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Group Offices in: North American Offices: Australia Denver 303.985.1333 North America Elko 775.753.4151 Southern Africa Reno 775.828.6800 South America Tucson 520-544-3688 United Kingdom Toronto 416.601.1445 Vancouver 604.681.4196 Yellowknife 867-699-2430

SRK Consulting (U.S.), Inc. 7175 West Jefferson Avenue, Suite 3000 Lakewood, Colorado USA 80235 e-mail: [email protected] web: www.srk.com Tel: 303.985.1333 Fax: 303.985.9947

CERTIFICATE of AUTHOR I, Leah Mach, CPG do hereby certify that: 1. I am a Principal Resource Geologist of:

SRK Consulting (US), Inc. 7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000 Lakewood, CO, USA, 80235

2. I graduated with a Master of Science degree in Geology from the University of Idaho in 1986. 3. I am a member of the American Institute of Professional Geologists. 4. I have worked as a Geologist for a total of 20 years since my graduation in minerals exploration, mine

geology, project development and resource estimation. 5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI 43-101”)

and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI 43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the purposes of NI 43-101.

6. I am responsible for the content, compilation, and editing of all sections of the technical report, titled,

MMX Mineração e Metálicos S.A. NI 43-101 Technical Report, Minas-Rio Iron Project, and dated February 12, 2008 (the “Technical Report”) relating to the Minas Rio Iron Project. I personally visited the Minas Rio property on March 13, April 14 and September 29 and 30, 2007.

7. I have had prior involvement with the property that is the subject of the Technical Report. The nature

of my prior involvement with the property was as the qualified person for the overall preparation of the Technical Report titled NI 43-101 Technical Report, Mineração & Metálicos S.A., Minas-Rio Project, Brazil, and dated May 4, 2007.

8. I am not aware of any material fact or material change with respect to the subject matter of the

Technical Report that is not reflected in the Technical Report, the omission to disclose with makes the Technical Report misleading.

9. I am independent of the issuer applying all of the tests in Section 1.4 of National Instrument 43-101.

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Group Offices in: North American Offices: Australia Denver 303.985.1333 North America Elko 775.753.4151 Southern Africa Reno 775.828.6800 South America Tucson 520-544-3688 United Kingdom Toronto 416.601.1445 Vancouver 604.681.4196 Yellowknife 867-699-2430

10. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical Report has been prepared in compliance with that instrument and form.

Dated February 12, 2008. ____________________________ Leah Mach, CPG, MSc (signed) CPG 10940 (sealed)

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Group Offices in: North American Offices: Australia Denver 303.985.1333 North America Elko 775.753.4151 Southern Africa Reno 775.828.6800 South America Tucson 520-544-3688 United Kingdom Toronto 416.601.1445 Vancouver 604.681.4196 Yellowknife 867-699-2430

SRK Consulting (U.S.), Inc. 7175 West Jefferson Avenue, Suite 3000 Lakewood, Colorado USA 80235 e-mail: [email protected] web: www.srk.com Tel: 303.985.1333 Fax: 303.985.9947

CERTIFICATE of AUTHOR I, Neal Rigby, CEng do hereby certify that: 1. I am a Principal of:

SRK Consulting (US), Inc. 7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000 Lakewood, CO, USA, 80235

2. I graduated with a BSc degree in Mineral Exploitation with first class honors in 1974 and a PhD in

Mining Engineering in 1977 both from the University of Wales, UK. 3. I am a member of the Institute of Materials, Mining and Metallurgy. 4. I have worked as a mining engineer for a total of 33 years since my graduation from university. 5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI 43-101”)

and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI 43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the purposes of NI 43-101.

6. I am responsible for the content, compilation, and editing of all sections of the technical report, titled,

MMX Mineração e Metálicos S.A. NI 43-101 Technical Report, Minas-Rio Iron Project, and dated February 12, 2008 (the “Technical Report”) relating to the Minas Rio Iron Project. I personally visited the Minas-Rio property on January 5, 2006.

7. I have had prior involvement with the property that is the subject of the Technical Report. The nature

of my prior involvement with the property was as the qualified person for the overall preparation of the Technical Report titled NI 43-101 Technical Report, Mineração & Metálicos S.A., Minas-Rio Project, Brazil, and dated May 4, 2007.

8. I am not aware of any material fact or material change with respect to the subject matter of the

Technical Report that is not reflected in the Technical Report, the omission to disclose which makes the Technical Report misleading.

9. I am independent of the issuer applying all of the tests in Section 1.4 of National Instrument 43-101.

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10. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical has been prepared in compliance with that instrument and form.

Dated February 12, 2008. ____________________________ Neal Rigby, CEng., MIMMM, PhD (signed)

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Group Offices in: North American Offices: Australia Denver 303.985.1333 North America Elko 775.753.4151 Southern Africa Reno 775.828.6800 South America Tucson 520-544-3688 United Kingdom Toronto 416.601.1445 Vancouver 604.681.4196 Yellowknife 867-699-2430

SRK Consulting (U.S.), Inc. 7175 West Jefferson Avenue, Suite 3000 Lakewood, Colorado USA 80235 e-mail: [email protected] web: www.srk.com Tel: 303.985.1333 Fax: 303.985.9947

CERTIFICATE of AUTHOR I, Bart A. Stryhas Ph.D. CPG # 11034 do hereby certify that: 1. I am a Principal Resource Geologist of:

SRK Consulting (US), Inc. 7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000 Denver, CO, USA, 80235

2. I graduated with a Doctorate degree in structural geology from Washington State University in 1988.

In addition, I have obtained a Master of Science degree in structural geology from the University of Idaho in 1985 and a Bachelor of Arts degree in geology from the University of Vermont in 1983.

3. I am a current member of the American Institute of Professional Geologists. 4. I have worked as a Geologist for a total of 20 years since my graduation in minerals exploration, mine

geology, project development and resource estimation. I have conducted resource estimations since 1988 and have been involved in technical reports since 2004.

5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI 43-101”)

and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI 43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the purposes of NI 43-101.

6. I am responsible for Section 15.4 of the technical report, titled, MMX Mineração e Metálicos S.A. NI

43-101 Technical Report, Minas-Rio Iron Project, and dated February 12, 2008 (the “Technical Report”) relating to the Minas Rio Iron Project. I did not personally visit the Minas Rio property.

7. I have had prior involvement with the property that is the subject of the Technical Report. The nature

of my prior involvement with the property was as the qualified person for all sections of the Technical Report titled NI 43-101 Technical Report, Mineração & Metálicos S.A., Minas-Rio Project, Brazil, and dated May 4, 2007.

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8. I am not aware of any material fact or material change with respect to the subject matter of the Technical Report that is not reflected in the Technical Report, the omission to disclose which makes the Technical Report misleading.

9. I am independent of the issuer applying all of the tests in section 1.4 of National Instrument 43-101.

10. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical Report has been

prepared in compliance with that instrument and form. Dated February 12, 2008. _______________________ Dr. Bart A. Stryhas, CPG, PhD (Signed)

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Group Offices in: North American Offices: Australia Denver 303.985.1333 North America Elko 775.753.4151 Southern Africa Reno 775.828.6800 South America Tucson 520-544-3688 United Kingdom Toronto 416.601.1445 Vancouver 604.681.4196 Yellowknife 867-699-2430

SRK Consulting (U.S.), Inc. 7175 West Jefferson Avenue, Suite 3000 Lakewood, Colorado USA 80235 e-mail: [email protected] web: www.srk.com Tel: 303.985.1333 Fax: 303.985.9947

CERTIFICATE of AUTHOR I, Sten Erik Einar Johansson, MSAIMM do hereby certify that: 1. I am a Principal Metallurgist of:

Turgis Consulting (Pty) Ltd. 299 Pendoring Road 2195 Blackheath South Africa Consulting to: SRK Consulting (US), Inc. 7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000 Denver, CO, USA, 80235

2. I graduated with a diploma in Mining and Metallurgy from the Technical High School

(University equivalent) of Skellefteå, Sweden in 1964. 3. I am a member of the South African Institute of Mining and Metallurgy. 4. I have worked as a metallurgist for a total of 40 years since my graduation from university. 5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI

43-101”) and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI 43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the purposes of NI 43-101.

6. I am responsible for the preparation of section on mineral processing and metallurgical

testing of the technical report titled MMX Mineração e Metálicos S.A.NI 43-101 Technical Report, Minas-Rio Project and dated February 12, 2008 (the “Technical Report”) relating to the Serra do Sapo, Itapanhoacanga, Serro and João Monlevade properties. I visited the Metallurgical Office in Belo Horisonte and the Pilot Plant in Ouro Preto on September 24, September 29 and October, 2007 for 3 days.

7. I have not had prior involvement with the properties that are the subject of the Technical

Report.

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Minas Rio.Sten JohanssonCertificate of Author.KG.004.doc

8. I am independent of the issuer applying all of the tests in section 1.4 of National Instrument 43-101.

9. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical Report has

been prepared in compliance with that instrument and form. 10. I consent to the filing of the Technical Report with any stock exchange and other regulatory

authority and any publication by them for regulatory purposes, including electronic publication in the public company files on their websites accessible by the public, of the Technical Report.

11. As of the date of this certificate, to the best of my knowledge, information and belief, the

Technical Report contains all scientific and technical information that is required to be disclosed to make the Technical Report not misleading.

Dated this 12th Day of February, 2008. Sten Erik Einar Johansson, MSAIMM

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MMX Mineração e Metálicos S,A, NI 43-101 Relatório Técnico, Projeto Minas-Rio, Brasil, Estado de Minas Gerais, 30 de Novembro de 2007, Datado de 12 de Fevereiro de 2008, Leah Mach CPG, MSc Dr, Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD Dr, Bart Stryhas CPG, PhD Sten Erik Einar Johansson, MSAIMM