Mobilização da FEA garante presença da USP na Rio +20 · taria da Fazenda do Estado de São...

12
uma publicação mensal da FEAUSP A USP mar- cou presença na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvol- vimento Susten- tável, realizada entre os dias 13 a 24 de junho, no Rio de Janeiro (RJ). O estande da USP mon- tado na área de exposições do evento, no Pier Mauá, Armazém 1, reuniu docen- tes, pesquisado- res e alunos de graduação e de pós-graduação da Universidade e de outras instituições de ensino, envolvidos com a temática da sustentabilidade. Foi um espaço de integração, troca de ideias e de compartilhamento do conhecimento científico produzido pela USP, nas últimas décadas. Para concretizar o projeto idealizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e as expectativas dos professores José Roberto Kassai, coordenador do Núcleo de Estudos em Contabilidade e Meio Ambiente (NECMA/USP) e Marina Mitiyo Yamamoto, Pró-Reitora Adjunta de Cultura, a FEA entrou em ação. p.03 p.06 p.09 p.12 FEA ALUNOS FEA SUSTENTABILIDADE FEA FUNCIONÁRIOS FEA MIX FEA PROFESSORES FEA PERFIL E AINDA... p.02 p.04 p.08 Convênio regulariza uso do FEA 5 A aposentadoria do professor Manolo Marco: 100º Discussões Metodológicas FEA X FEA ano 9_edição 77_agosto_2012 Mobilização da FEA garante presença da USP na Rio +20 (CONTINUA NA PÁGINA 6) Rose Batista (FEA) e Nilza Ferreira da Silva (Museu de Ciências-PRCEU), em pé; e Patrícia Sakamoto (Faculdade de Medicina Veterinária – USP), Ligiana Clemente Damiano (ESALQ) e Ricardo Bueno Pereira de Barros (FEA)

Transcript of Mobilização da FEA garante presença da USP na Rio +20 · taria da Fazenda do Estado de São...

uma publicação mensal da FEAUSP

A USP mar-

cou presença

na Rio+20, a

Conferência das

Nações Unidas

sobre Desenvol-

vimento Susten-

tável, realizada

entre os dias 13

a 24 de junho,

no Rio de Janeiro

(RJ). O estande

da USP mon-

tado na área de

exposições do

evento, no Pier

Mauá, Armazém

1, reuniu docen-

tes, pesquisado-

res e alunos de

graduação e de pós-graduação da Universidade e de outras instituições de ensino, envolvidos com a

temática da sustentabilidade. Foi um espaço de integração, troca de ideias e de compartilhamento do

conhecimento científico produzido pela USP, nas últimas décadas.

Para concretizar o projeto idealizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e as expectativas dos

professores José Roberto Kassai, coordenador do Núcleo de Estudos em Contabilidade e Meio Ambiente

(NECMA/USP) e Marina Mitiyo Yamamoto, Pró-Reitora Adjunta de Cultura, a FEA entrou em ação.

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FEA ALUNOS

FEA SUSTENTABILIDADE

FEA FUNCIONÁRIOS

FEA MIX

FEA PROFESSORESFEA PERFIL E AINDA...

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Convênioregulariza usodo FEA 5

A aposentadoriado professorManolo

Marco:100º DiscussõesMetodológicas

FEA X FEA

ano 9_edição 77_agosto_2012M

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(CONTINUA NA PÁGINA 6)

Rose Batista (FEA) e Nilza Ferreira da Silva (Museu de Ciências-PRCEU), em pé; e Patrícia Sakamoto (Faculdade de Medicina Veterinária – USP), Ligiana Clemente Damiano (ESALQ) e Ricardo Bueno Pereira de Barros (FEA)

#02

FEA X FEA

“Com o acordo, a FEA terá autonomia para fazer as reformas necessárias e melhorar as instalações. Até agora, só podíamos cuidar da manutenção básica.”

Con

vên

io r

egu

lari

za

uso

do

FE

A 5

Pouca gente sabe que o Fea 5, ediFício que abriga o gran-

de auditório e outros serviços, não Pertence de Fato ao

Patrimônio da universidade. Ele foi construído pela Secre-

taria da Fazenda do Estado de São Paulo para abrigar a Escola

Fazendária do Estado de São Paulo – FAZESP, um centro de

treinamento para os seus funcionários.

O prédio foi concluído em 1992, mas por estar distante da

Secretaria, foi pouco utilizado pela FAZESP. Um convênio fir-

mado na época autorizava a ocupação do espaço pela FEA, que

chegou a realizar cursos para os funcionários da Escola Fazendá-

ria. Agora, com o decreto nº 59.151, assinado pelo governador

Geraldo Alckmin, no dia 21 de junho, a ocupação do espaço será

regularizada.

“O documento autoriza a formalização de um convênio de

cooperação técnica que permitirá à FEA ‘pagar’ pelo uso do

prédio. A contrapartida será em forma de aulas, cursos e trei-

namentos, ministrados pelos professores da Faculdade, por in-

termédio das Fundações”, explica professor Reinaldo Guerreiro,

diretor da FEAUSP.

O prazo do convênio é de cinco anos e prevê um total de

120 mil horas-aula ou 24 mil horas-aula por ano, que terão valo-

res especiais, estabelecidos com a FAZESP. O abatimento será

convertido em hora-aula.

“Com o acordo, a FEA terá autonomia para fazer as refor-

mas necessárias e melhorar as instalações. Até agora, só podía-

mos cuidar da manutenção básica”, afirma professor Reinaldo.

O FEA 5 tem quatro andares e 1.320 metros quadrados de

área construída. Além do auditório, abriga o Laboratório de

Aprendizagem e Ensino (LAE), o Serviço Técnico de Informá-

tica (STI), a Seção de Pós-Graduação, as salas de defesa da Pós-

Graduação, o Laboratório de Informática de Graduação e Pós-

Graduação, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC),

a Associação Acadêmica Atlética Visconde de Cairu (AAA-

VC), a Copa e o salão de eventos no 4º andar.

“Todos os anos, a equipe que assume o projeto revê o planejamento e aprimora o curso.”

FEA ALUNOS

Projeto Guiar veio para ficara equiPe

do Projeto

guiar, inicia-

tiva do Pet

administra-

ção Fea, se

PrePara Para mais duas edições do curso sobre Planeja-

mento Financeiro, a Partir de setembro.

O projeto foi criado em 2007 com o objetivo de oferecer

orientação sobre orçamento familiar em linguagem acessível

para pessoas com pouco conhecimento sobre o assunto. “Foi

por acaso. Uma das integrantes do PET esqueceu um de seus

livros no ônibus e, quando voltou para buscá-lo, encontrou

o motorista lendo, muito interessado. Era um livro sobre pla-

nejamento financeiro”, conta Gustavo Souza, aluno do 2º

ano de Administração e atual coordenador do Guiar.

Motoristas participaram das duas primeiras edições do

curso, em 2007 e 2008. Desde 2011, o curso é oferecido aos

funcionários da Prefeitura do Campus USP da Capital, em

função de parceria firmada com a Superintendência de As-

sistência Social. As turmas são de 20 funcionários em média,

que participam de quatro aulas de duas horas de duração

cada, durante um mês.

“As aulas foram reformuladas para tornar o curso ainda

mais simples e de rápida aprendizagem e a apostila foi substi-

tuída por um pequeno guia de consulta fácil. Todos os anos,

a equipe que assume o projeto revê o planejamento e apri-

mora o curso. A nossa satisfação é constatar que todos os

alunos ficam até o fim”, diz Gustavo.

O Projeto Guiar é uma das atividades do PET (Programa

de Educação Tutorial da FEAUSP) que, por sua vez, integra

a rede de grupos de aprendizagem do SESu/MEC. A finalida-

de do PET é propiciar aos alunos condições para a realização

de atividades extracurriculares de complemento à formação

acadêmica. Atualmente, o grupo é formado por 12 bolsistas

e colaboradores, tutorados pela professora Liliana Vascon-

cellos Guedes.

atividades e Projetos

• PET Enfoque: promove palestras e debates;• PET Indica: periódico mensal sobre carreiras em ad-

ministração;• Empreendedorismo & Sustentabilidade: mesa redon-

da que traz o tema à faculdade;• Projeto Guiar: levando conhecimento além da FEA, a

partir de aulas ministradas para a comunidade;• Revista Humanidades Em Diálogo: publicação de ar-

tigos de estudantes de graduação, feita em conjunto com os PETs da Ciências Sociais, Direito, Filosofia e História;

• Seminários de Metodologia: auxiliam os futuros pes-quisadores FEAnos;

• Curso de Comunicação Oral: proporciona a integra-ção do grupo e melhora a habilidade de comunicação dos participantes.

Bruno Vinhatti, Silvia Yukari Ishibashi, Gustavo Souza Alves, Leika Karasawa, Letícia Goto e Edson dos Anjos Neves (atrás); Patrícia Mayumi Higa, Danyllo Mantovani Souza Lima, Marina Cerqueira Marinho e Aymê Oda Saito, na frente, da esq. para dir.

Funcionários da USP, 1a turma de 2012

#04

FEA PERFIL

“Nada me dá mais prazer do que estar na FEA e em uma sala de aula. Sou muito grato à USP. A Universidade não sabe, mas eu sei o quanto ela me deu.”

O p

raze

r d

e es

tar

na

FE

A e

de

dar

au

las o ProFessor manolo, como é mais

conhecido, já Poderia ter se aPosen-

tado em 2002. Da inevitável aposen-

tadoria compulsória que chega aos 70

anos, ele não pôde escapar. Mas quem

pensa que o professor Manuel Enriquez

Garcia vai abandonar as salas de aula

está muito enganado.

“Vou continuar a dar aulas na gra-

duação da FEA e onde mais for neces-

sário”, diz o professor Manolo. Há mais

de três décadas, os alunos do primeiro e

segundo semestres do curso de Econo-

mia assistem às aulas de Introdução à

Economia ministradas por ele.

“Não estranho os jovens de hoje.

São alunos do mesmo jeito, com as mes-

mas expectativas. O mais relevante é

acolhê-los e conversar. Sempre tem um

aluno que vai fazer uma pergunta difícil

e isso motiva. Essa é a função da sala

de aula. Questionar é a única forma de

aprender. Sempre digo: questione, não

acredite em tudo o que o professor diz”, afirma o professor.

de bancário a economista

Nascido em Granada, na Espanha, o professor Manolo

tinha 11 anos quando chegou ao Brasil com a família, em

1954. O Corinthians acabara de se tornar campeão e essa

foi a sua primeira paixão. Manolo lembra que a dificuldade

inicial foi encontrar uma escola para continuar os estudos.

“Pensávamos que não havia escola pública e, como preci-

sava ajudar a família, fui trabalhar na marcenaria com meu

pai. Com 15 anos, fiz exame de admissão para o ginásio e

entrei em segundo lugar. Depois veio o científico e conse-

gui um emprego de meio período no Banco Bandeirantes do

Comércio. Gostava de matemática e, por isso, queria fazer

engenharia, que era um curso de período integral. Alguém

sugeriu Economia e na segunda tentativa, fiz o exame oral

com a professora Alice Canabrava, que tinha fama de seve-

ra. Tirei 10 e aí começou a minha história com a FEA. Era

exatamente o que eu queria”, conta.

Na graduação, se encantou com a teoria econômica e os

métodos quantitativos. Participou do grupo de estudo cria-

do pelo professor Antonio Delfim Netto com os professores

Affonso Celso Pastore e Maria Cristina Cacciamali. Mais

tarde, um colega, Roberto Macedo, o indicou para um es-

ção. Sou de uma geração moldada para a

transformação e que conhece a História.

Isso é fundamental. Quando vejo a Es-

panha hoje, reconheço o Brasil dos anos

1980, enfrentando a moratória. Experi-

ência é história. A Economia é uma ci-

ência social que tem instrumentos para

validar hipóteses. Não existe achismo”,

analisa o professor.

O setor privado não o atraiu, mesmo

nas questões administrativas. “Dinhei-

ro não é fundamental. A família sim,

vem em primeiro lugar, pais e filhos”,

afirma professor Manolo, que também

não abre mão das corridas e mini-ma-

ratonas. Há 30 anos ele pratica esse es-

porte que lhe garante condicionamento

físico e disposição. Já disputou a corrida

de São Silvestre 16 vezes. “Quero estar

de bem com a vida. Gracias a la vida!”,

saúda o professor Manolo.

“Hoje, convivemos com muita informação. Temos um conjunto de novas teorias, macroeconomia, algumas disciplinas do curso das décadas de 1970 e 1980 se resumem a três ou quatro aulas.”

tágio num grupo que assessorava a FIESP. “Foi difícil

deixar o banco. Na Espanha, ser bancário era só para

a elite”, lembra.

O mestrado e o doutorado em Economia foram

feitos na própria FEA, onde começou a lecionar em

1971. Com o colega Marco Antonio Sandoval Vas-

concellos, escreveu o livro Fundamentos da Economia,

já na 4ª edição, um dos mais vendidos e lidos por es-

tudantes e economistas do Brasil. Voltou a ser aluno

no curso de Direito, concluído em 1985, e dele tirou

muita coisa tanto para a carreira profissional, como

para a vida pessoal.

“A carreira de professor foi, porém, a escolha. Fui

coordenador da Graduação e de Estágios por vários

períodos, orientei monografias de vários alunos, es-

crevi inúmeros artigos. Com a experiência de advo-

gado, me envolvi com a parte administrativa da Faculdade,

chefiando quase 10 comissões de processos administrativos.

Mas nada me dá mais prazer do que estar na FEA e em uma

sala de aula. Sou muito grato à USP. A Universidade não

sabe, mas eu sei o quanto ela me deu”, diz o professor.

divulgação

Em julho de 2011, Manolo foi eleito presidente da Ordem

dos Economistas do Brasil, E agora, após 40 anos de ativida-

des, Manolo aposta que terá mais tempo para se dedicar ao

trabalho de divulgação da Teoria Econômica. Quer montar

cursos gratuitos para não economistas, atender a mídia sem-

pre que solicitado, dividir conhecimento e defender valores.

Dar palestras em faculdades e abrir espaço no mercado de

trabalho para economistas. Manter vivo o elo com os jovens.

“Numa sala de aula, eles são sempre alunos”, diz o professor.

“Hoje, convivemos com muita informação. Temos um

conjunto de novas teorias, macroeconomia, algumas discipli-

nas do curso das décadas de 1970 e 1980 se resumem a três ou

quatro aulas. Sou de uma geração que desafiou os professores

e as instituições por um ensino melhor. Em 1968, o mundo

acadêmico ruiu na França e o Brasil absorveu essa inquieta-

“Não choveu, fez sol o tempo todo. O movimento no estande foi muito grande. Foi difícil administrar as dificuldades, mas no fim, acredito que todos gostaram do resultado.”

Mob

iliz

ação

da

FE

A

gar

ante

pre

sen

ça d

a U

SP n

a R

io+

20

FEA SUSTENTABILIDADE

o mundo se PreParou Para a rio+20

Praticamente desde a rio 92, mas a

Fea teve Poucos dias Para colocar

a usP no evento. Com a liberação da

verba pela Pró-Reitoria de Cultura e

Extensão Universitária, a Assistência

Financeira da FEA começou a tomar

as providências.

“Não havia tempo hábil para mon-

tar a licitação para contratação do

estande. Fizemos uma consulta à Pro-

curadoria para verificar a dispensa da

licitação por inelegibilidade. A justi-

ficativa foi o parecer do secretário do

Comitê da Organização que estava no

site da Rio+20. Conseguimos a auto-

rização em apenas um dia, graças ao

empenho do Departamento Financei-

ro e da Procuradoria Geral da USP ”, lembra Valdemir

Jacinto de Souza, responsável pela Assistência Financeira.

Além da alocação do estande, a lista de providências

era imensa: acomodação, passagens, aluguel de totens,

tevê, mobiliário, transporte local, equipamento de grava-

ção, segurança e muito mais. A lista de interessados em

participar do encontro só crescia.

A FEA foi representada por sete professores, três pós-

doutorandos, três doutorandos, dois mestrandos e dois

graduandos, além dos funcionários convocados para cui-

dar da operação. No dia 10 de junho, Rose Batista e Ri-

cardo Bueno Pereira de Barros, do Serviço de Pesquisa,

Cultura e Extensão da FEA, já estavam no Rio de Janeiro.

Cintia Dias Oliveira em São Paulo, deu retaguarda.

“Quando a gente chegou no Pier Mauá o estande ainda

não estava pronto. Faltava carpete, ligação elétrica. No

dia 12, o espaço estava fechado. Mas no dia 13, estava

tudo pronto para a abertura, com o painel colocado”, con-

ta Ricardo. Armá-

rio, estante para

os livros, mesas,

poltronas e totens

foram alugados

no Rio.

Não havia

acomodação dis-

Marina Mitiyo Yamamoto, Pró-Reitora Adjunta de Cultura e Extensão José Roberto Kassai, coordenador do NECMA/USP

“Queríamos mostrar a Universidade como uma unidade e montar um evento. Quando conseguimos o local, não dava mais tempo. O estande com os recursos disponíveis cumpriu a função.”

ponível para as 60 pessoas inscritas e o jeito foi alugar três

apartamentos e fazer um rodízio. “Conseguimos um dos

apartamentos por indicação de uma funcionária da STI

que tinha uma prima no Rio de Janeiro. Rose convocou

uma empregada conhecida para cozinhar e fazer a limpeza

dos apartamentos. E apesar de não haver passagens para

todo mundo, a licitação aberta com a tomada de preço fa-

cilitou o processo. Nem sei como tudo deu certo”, afirma

Valdemir.

Ao final dos onze dias de “maratona” e dos impasses

para efetuar os pagamentos aos fornecedores, a equipe

da FEA e os demais participantes da USP comemoraram.

“Não choveu, fez sol o tempo todo. O movimento no es-

tande foi muito grande. Foi difícil administrar as dificul-

dades, mas no fim, acredito que todos gostaram do resul-

tado,” diz Rose, que voltou sem voz do evento.

O objetivo da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão era

José Roberto Kassai, coordenador do NECMA/USP

Maria Arminda do Nascimento Arruda, Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária

Valdemir Jacinto de Souza, da Assistência Financeira da FEA

aproveitar a oportu-

nidade para mostrar

as iniciativas da USP

reunidas. “Quería-

mos mostrar a Uni-

versidade como uma

unidade. Queríamos

também ter monta-

do um evento, uma

mesa-redonda, mas

quando conseguimos

o local não dava mais tempo. O estande com os recursos dis-

poníveis, cumpriu a função”, diz a professora Marina Mitiyo

Yamamoto, Pró-Reitora Adjunta de Cultura e Extensão.

Para o Portal Rio+20, 60 pesquisadores montaram uma

apresentação padrão em português e inglês dos seus pro-

jetos. E o conjunto de publicações produzidas desde a Rio

92 estava catalogado no Sistema Integrado de Bibliotecas

(SIBi). “Os visitantes eram convidados a gravar depoimen-

tos. Queríamos levantar o entendimento das pessoas sobre

sustentabilidade, a percepção delas sobre o que o mundo

precisa, o que seria preciso fazer para melhorar. Temos um

material muito rico que será organizado num vídeo. Vai

tudo para o Portal”, explica a professora Marina.

Para o professor José Roberto Kassai, do Departamento

de Contabilidade e coordenador do Núcleo de Estudos em

Contabilidade e Meio Ambiente (NECMA/USP), o estande

da USP na Rio +20 se tornou um ponto de referência. “Era

um local simples perto dos ou-

tros estandes, mas a movimenta-

ção era muito grande. A integra-

ção de pesquisadores, projetos,

foi intensa. E o importante é que

conseguimos mostrar o papel da

USP no debate de temas relacio-

nados à sustentabilidade”, afirma

professor Kassai.

encontram no mesmo contexto das perguntas, que só são for-

muladas quando as condições para suas respostas estão dadas.

Segundo Sánchez, “existem respostas para todas as perguntas”.

O método é o caminho, o percurso entre pergunta e resposta.

As pesquisas científicas começam com a construção da

pergunta e terminam com a construção da resposta, que en-

volve os níveis técnico, metodológico e teórico. “Atrás da

epistemologia sempre há uma teoria do conhecimento, uma

visão do mundo”, destacou Sánchez. O conhecimento cien-

tífico, diferentemente de outros tipos de conhecimento hu-

mano, é disciplinado e sistematizado. Requer a explicação do

caminho entre pergunta e resposta, o método. E por último,

mas não menos importante, inclui a dúvida, ressaltou o pro-

fessor Sánchez.

#08

FEA PROFESSORES

“É uma experiência marcante. Por aqui passaram cerca de 300 mestrandos e doutorandos para debater suas propostas de pesquisa.”

O m

arco

do

100º

Dis

cuss

ões

Met

odol

ógic

as

o ProFessor gilberto de andrade

martins, do dePartamento de con-

tabilidade e atuária da Fea (eac),

não esconde sua alegria Pela reali-

zação do 100o discussões metodo-

lógicas, evento que

ele criou com o ob-

jetivo de Permitir a

aPresentação e dis-

cussão de Primeiras

ideias, anteProjetos,

Projetos e Pesquisas

em andamento Para

a elaboração de

teses, dissertações

e artigos. O centé-

simo encontro, realizado no dia 11 de

junho, contou com a presença do chefe

do EAC, professor Edgard Bruno Cor-

nacchione Júnior.

“Comecei as Discussões há 12 anos, em 2000, quando vim

para o Departamento de Contabilidade. É uma experiência

marcante. Por aqui passaram cerca de 300 mestrandos e dou-

torandos para debater suas propostas de pesquisa. Nesses meus

35 anos de FEA participei de muitas atividades, mas a que me

dá mais prazer são as Discussões Metodoló-

gicas”, diz o professor Gilberto Martins.

Martins lembra que nesses 12 anos hou-

ve algumas sessões especiais, com a presença

de professores como Pedro Demo, Joaquim

Severino, Ivani Fazenda, José Carlos Meu-

ly e Carlos Renato Theóphilo. O professor

agradece a colaboração dada às Discussões

pela professora Vilma Slomski, da FECAP,

e pela secretária Juliana Fávero Rodrigues,

do EAC.

O marco do 100o Discussões Metodológicas foi comemora-

do com a palestra A Construção da Pesquisa Científica – Funda-

mentos Lógicos (A relação dialética entre pergunta e resposta), feita

pelo professor Sílvio Sánchez Gamboa, da Unicamp.

o ProFessor sánchez destacou em sua Palestra a imPortân-

cia da Pergunta em qualquer Projeto de Pesquisa. Lembrou

a relevância que filósofos como Sócrates e Platão atribuíam ao

ato de perguntar e citou algumas reflexões do filósofo e ensa-

ísta francês Gaston Bachelard sobre ciência, segundo as quais

qualquer conhecimento científico é a resposta a uma pergunta.

Se não há uma pergunta, não há conhecimento científico. Em

outras palavras, nada se dá, tudo se constrói.

“Sócrates nunca respondia. Fazia outras perguntas para

qualificar a pergunta inicial”, disse Sánchez. Outro filósofo

que valorizava a pergunta foi Santo Agostinho (“tudo começa

com uma pergunta, mas cuidado com a resposta”).

Para o professor da Unicamp, “o trajeto mais longo de uma

pesquisa é chegar a uma pergunta”. As respostas, afirmou, se

“Projeto é ter uma pergunta”

Prof. Gilberto de Andrade Martins

#09

“Há uma nova geração de usuários que começa a frequentar a Biblioteca. Precisamos nos reinventar.”

FEA FUNCIONÁRIOS

Na linha de frente do atendimento ao usuário da Bibliotecagiseli adornato aguiar assumiu há Pouco mais de

dois meses a cheFia da seção de atendimento ao usu-

ário do serviço de biblioteca e documentação da

Fea. Entusiasmada com as novas atribuições, teve que

encontrar tempo para concluir a dissertação de mestrado

na ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP).

Formada pela UNESP, de Marília (SP), Giseli prestou

concurso para a Biblioteca da FEA e passou. Foram 10

anos na Seção de Processamento Técnico, trabalhando

“atrás do balcão”. Isso quer dizer preparar o material bi-

bliográfico adquirido e recebido (livros, e-books, disserta-

ções e teses, periódicos, multimídias e conteúdo da web);

cadastrar esse material no Banco de Dados Dedalus; ela-

borar as fichas catalográficas para dissertações e teses de-

fendidas na FEA; atualizar o vocabulário controlado do

Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBi/USP; divulgar

aquisições incorporadas ao acervo e muito mais. “Para dar

conta de tanta leitura, é preciso desenvolver uma leitura

técnica”, conta a nova chefe.

O interesse pelas mídias sociais fez com que Giseli se

dedicasse com afinco à implantação de novas ferramentas

de comunicação como o blog e o twitter da Biblioteca. E

não por acaso, o tema escolhido para a tese foi o uso das

ferramentas de redes sociais nas bibliotecas universitárias.

“A análise foi feita a partir de uma amostra com elemen-

tos da USP, UNICAMP e UNESP, as principais bibliote-

cas universitárias do país”, diz ela.

Na nova área, Giseli está na linha de frente, em conta-

to direto com o usuário, orientando sobre a localização da

informação e organização do acervo, capacitando quanto

ao uso do Banco de Dados Bibliográficos da USP e outras

bases de dados e utilização de normas técnicas para elabo-

ração de trabalhos acadêmicos. “Estou adorando a área.

O contato com o usuário dá elementos para identificar

o que pode ser melhorado, perceber

as necessidades, desenvolver novos

serviços e produtos, além do emprés-

timo básico. O próprio usuário está

em transição. Há uma nova geração

de usuários, com características di-

ferentes, que começa a frequentar a

Biblioteca da FEA. Precisamos nos

reinventar. Além disso, a expecta-

tiva em relação às novas instalações

da Biblioteca é muito grande”, afirma

Giseli que coordena uma equipe de

11 pessoas.

Cheia de planos, ela já pensa em

formas de intensificar o apoio à pes-

quisa e em novos tutoriais que facili-

tem a busca em bases de dados. E cita

um exemplo: a pedido dos professores,

foi desenvolvido um tutorial que aju-

dasse a localizar citações, o Índice H.

“Nos primeiros seis meses, 700 pessoas

usaram a ferramenta”, diz Giseli.

Giseli: atender às expectativas dos usuários

FEA FUNCIONÁRIOS

“O Almoxarifado é responsável pelos materiais de consumo. Tem que se programar para o que vai ser consumido durante o ano e se preparar para as solicitações esporádicas.”

Os

serv

iços

do

Alm

oxar

ifad

o e

Pat

rim

ônio no dia a dia do serviço de almo-

xariFado e Patrimônio tudo Pode

acontecer: envelopes são comprados

em regime de urgência, solicitações em

papel são devolvidas porque tudo tem

que ser via internet, mais uma reclama-

ção sobre a qualidade do cartucho de

impressora exige explicações, cadeiras

indesejadas são abandonadas no corre-

dor e muito mais.

Com a implantação de sistemas infor-

matizados (via web), porém, a rotina da

área, um dos serviços ligados à Assistên-

cia Financeira (ATAF), começa a mudar

de perfil. O sistema que regulamenta as

requisições de materiais de consumo ao

Almoxarifado acabou com os ofícios em

papel e agora chegou a vez do Patrimônio

Web, sistema de cadastro e controle dos

bens permanentes, que começou ser im-

plementado em maio, com treinamentos

e demonstrações práticas.

Os serviços de Almoxarifado e Patrimônio funcionam

juntos no FEA 6, mas deverão ser alocados para um novo

prédio de dois andares a ser construído, juntamente com a

gráfica. “Enquanto o projeto não se transforma em realidade,

nós procuramos fazer o melhor com as condições de trabalho

que temos. Todo mundo faz tudo. Falta espaço, mas damos

um jeito”, afirma Márcio Antonio Mascarenhas, que traba-

lha no Almoxarifado desde 1997 e assumiu a responsabilidade

pela seção em 2007. Com ele trabalham, Vanderlei Gomes de

Jesus Reis e Rodrigo Pereira. William Aparecido Pereira, por

sua vez, era do Almoxarifado Central e será responsável pela

implementação do sistema Patrimônio Web no Instituto de

Relações Internacionais (IRI). Seu treinamento acontece na

área, acompanhando a rotina, até que as instalações do Insti-

tuto fiquem prontas.

Planejamento

O Almoxarifado é responsável por receber, armazenar,

controlar e distribuir os materiais de consumo. Tem que

se programar para o que vai ser consumido durante o ano

e se preparar, na medida do possível, para as solicitações

esporádicas.

A equipe do Almoxarifado e Patrimônio: Rodrigo Pereira, William Pereira, Vanderlei Reis e Márcio Mascarenhas

O novo sistema Patrimônio Web prevê um inventário geral dos bens permanentes, a regularização do que está em uso e o descarte adequado do que não serve mais.

“A maioria dos materiais de consumo é requisitado ao Al-

moxarifado Central da USP, que tem registro de preço para

cada item e libera as requisições dando baixa no orçamento.

Mas se, de repente, chega uma requisição de cinco mil en-

velopes e só temos dois mil no Almoxarifado, um processo

precisa ser aberto para efetuar a compra em regime de emer-

gência. Nesse caso, o processo de compra exige 15 dias de

antecedência”, explica Márcio. Por isso, a maior demanda da

área é planejamento.

Márcio cita outro exemplo. O Almoxarifado tinha um bom

número de lâmpadas guardadas há mais de um ano. “Quando

o auditório do FEA 5 resolveu fazer a manutenção, requisitou

200 lâmpadas dicróicas. O que tínhamos não servia. Por isso

insistimos tanto na importância de planejar,” diz ele.

Patrimônio

Na lista estão 10,8 mil itens, nem todos ativos. O novo

sistema Patrimônio Web prevê um inventário geral dos bens

permanentes, a regularização do que está em uso e o descarte

adequado do que não serve mais. “O novo sistema segue as

normas de contabilidade, fazendo a depreciação dos bens, ano

após ano, como nas empresas privadas. As chapinhas de iden-

tificação foram simplificadas e têm as mesmas informações

que também estão no sistema: local e responsável”, afirma

Valdemir Jacinto de Souza, responsável pela ATAF.

Os treinamentos começaram em maio, explicando como

cada usuário deve proceder para registrar seus bens no sistema,

bem como o termo de responsabilidade. Impressoras e moni-

tores antigos e outros bens, devem ser descartados de acordo

com o regulamento. “Se o bem não estiver lançado no sistema

não vai ser possível solicitar manutenção, por exemplo. Cartu-

chos só podem ser solicitados para impressoras registradas no

sistema,” diz Márcio.

Os bens descartados vão para o depósito e ficam no sis-

tema, à disposição de algum interessado. O aproveitamento

interno, porém, é baixo. Conforme as normas da universidade,

após a divulgação é aberto o processo de doação para uma

instituição idônea e sem fins lucrativos.

Mas o maior problema da área são

os cartuchos de impressora. “No pregão

de registro de preço, os fornecedores po-

dem apresentar oferta para original ou

compatível. Por terem preço menor, os

compatíveis ganham o pregão e a recla-

mação é geral. Nós pedimos amostras de

sabonete, papel interfolha e de outros

itens. Mas é difícil manter o padrão”, co-

menta Valdemir.

E novos problemas surgem a cada

dia. Bebedouros de galão foram substi-

tuídos pelos elétricos e, com isso, mais

um item teve que ser anexado à lista de

materiais de consumo: o refil que precisa

ser trocado a cada seis meses. O uso de

HDs externos está se tornando comum.

Definições precisam ser criadas para esse

novo produto. E por aí vai... além das

cadeiras que “aparecem” no corredor

que dá acesso à área. São simplesmente

abandonadas sem a área ou dono, muito

menos a solicitação de retirada.

Valdemir Jacinto de Souza, responsável pela ATAF

encontro de Finanças

Finanças Corporativas, Derivativos e Risco, Econometria

e Métodos Numéricos em Finanças e Investimento foram os

temas-chave do 12º Encontro Brasileiro de Finanças, realizado

na FEA, de 19 a 21 de julho.

O evento foi organizado pelos professores Eduardo Kazuo

Kayo, do Departamento de Administração, e Francisco Henri-

que Figueiredo de Castro Junior, do Departamento de Conta-

bilidade e Atuária.

Wayne E. Ferson, da University of Southern California, um

dos quatro pesquisadores internacionais de renome da área de

Finanças, foi convidado para abrir o encontro. Sua palestra ana-

lisou o tema avaliação de fundos de investimentos. Para Walter

Novaes Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Finanças

(SBFin), o encontro se destacou pela qualidade e pelo padrão

internacional dos artigos apresentados nas sessões ordinárias.

FEA MIX

gente da FeaUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoAgosto 2012_tiragem 2.000 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-900

Diretor da FEA Reinaldo GueRReiRo

Coordenação Gerallu MedeiRos

assistência de coMunicação e desenvolviMento da Fea-usP

Edição: PRintec coMunicação ltda.

vanessa GiacoMetti de Godoy – MtB 20.841antonio caRlos de Godoy – MtB 7.773

Reportagem:dinauRa landini

Projeto Gráfico: elos coMunicação e edeMilson MoRais

Layout e Editoração Eletrônica: caRol issa

Fotos:Milena neves, RoBeRta de Paula

e vanessa Munhoz

O evento se caracteriza pela oportunidade de debater e conhecer as práticas de Controladoria e Contabilidade.

Pesquisadores

controladoria e contabilidade

O 12º Congresso USP de Controladoria e

Contabilidade/9º Congresso USP de Iniciação Científica

em Controladoria e Contabilidade realizado entre os dias

26 e 27 de julho, na FEA, reafirmou o êxito das edições

anteriores.

O tema eleito para 2012 foi Incentivando a conversão

dos trabalhos em publicações definitivas. O encontro reuniu

cerca de 850 participantes entre professores, pesquisa-

dores, profissionais e alunos de todas as regiões do país,

interessados na divulgação e avaliação dos seus estudos

científicos.

O evento que, mais uma vez foi organizado pelo profes-

sor Welington Rocha, se caracteriza pela oportunidade de

debater e conhecer as práticas de Controladoria e Conta-

bilidade. O convidado internacional foi o professor Gert

Karreman, da Leiden University (Holanda), que falou so-

bre a importância da educação e qualificação profissional

do profissional de Contabilidade.

congresso

Francisco Henrique Figueiredo de Castro Junior, do Departamento de Contabilidade e Atuária, e Eduardo Kazuo Kayo, do Departamento de Administração

Prof. Gert Karreman, da Leiden University