Moda Ecológica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE DESIGN E ARTE GRÁFICA MODA ECOLÓGICA RAYSSA MENDONÇA DE OLIVEIRA TAYANA ALBUQUERQUE Manaus 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE DESIGN E ARTE GRÁFICA

MODA ECOLÓGICA

RAYSSA MENDONÇA DE OLIVEIRA

TAYANA ALBUQUERQUE

Manaus

2009

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RAYSSA MENDONÇA DE OLIVEIRA

TAYANA ALBUQUERQUE

MODA ECOLÓGICA

Manaus

2009

Trabalho apresentado á

disciplina de Metodologia do Trabalho

científico, para aquisição de

conhecimento e nota parcial, referente

ao 1º período de 2009. Turma: 01.

Professora: Sheila Cordeiro

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SUMÁRIO

LISTAS...............................................................................................................v

RESUMO............................................................................................................vi

ABSTRACT........................................................................................................vii

INTRODUÇÃO...................................................................................................8

1.OBJETIVOS........................................................................................

1.1 Geral...............................................................................................

1.2 Específicos......................................................................................

2. JUSTIFICATIVA................................................................................

3. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................

4. TECNOLOGIAS EXISTENTES.......................................................

4.1. Uso de Materiais Inusitados

4.2 Tecnologias antipoluidoras

5. ANÁLISE DOS MATERIAIS.................................................

5.1.Materiais Naturais

5.1.1 Algodão Orgânico

5.1.2 Couro Vegetal

5.1.3 Fibras de Lyocell

5.1.4 Juta

5.2. Materiais recicláveis e reaproveitáveis

5.2.1 Plástico

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6. ACESSIBILIDADE E INOVAÇÕES...................................................................

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Botas Dacca Feitas da Fundição de Sacolas Plásticas

Figura 2: Roupas de Papel Tyvek Reciclável.

Figura 3: Fibras de Poliamida recicladas na alta costura.

Figura 4: Extração do Látex

Figura 5: Lâminas de Couro Vegetal

Figura 6: Colar de Látex Natural

Figura 7: Tapetes feitos de Juta

Figura 8: Mercados para o Foco de PET reciclado

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diferenças entre cultivo de algodão

Tabela 2: Tempo de decomposição de Materiais recicláveis

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RESUMO

Produzir uma moda feita a partir de produtos reutilizados e/ou reciclados. Através

de uma profunda pesquisa, procura-se saber qual é o melhor destino para materiais

como garrafa PET, couro vegetal, plástico entre outros que irão servir para fazer

artefatos de moda, prevenir a poluição e gerar uma forma alternativa de renda. A

preocupação com tecnologias sustentáveis também é abordada nesse trabalho. Além das

tecnologias há também a possibilidade de geração de renda, pois a confecção de roupas

e acessórios recicláveis é um assunto que retrata bem a preocupação com o meio

ambiente. As sacolas plásticas que são feitas a partir do petróleo estão servindo para

produção de botas impermeáveis revestidas com algodão. O tecido de juta é o mais

utilizado depois do algodão, pois é forte e resistente. O couro vegetal é feito a partir do

látex e pode contribuir de certo modo para reflorestamento. Ou seja, utilizar materiais

reciclados pode ajudar a preservar do meio ambiente e principalmente criar uma moda

politicamente correta.

Page 8: Moda Ecológica

ABSTRACT

Produce a fashion made from products reused and / or recycled. Through a deep

search, we know what is the best destination for materials such as PET bottle, vegetable

leather, plastics and others that will serve to fashion artifacts, preventing pollution and

creating an alternative form of income. The concern with sustainable technologies is

also addressed in this work. Beyond the technology there is also the possibility of

income generation, since the manufacture of recycled clothing and accessories is a

matter that reflects well the concern with the environment. The plastic bags that are

made from oil are used for production of cotton coated with waterproof boots. The

fabric of jute is the most used after the cotton because it is strong and sturdy. The

vegetal leather is made from latex and can contribute in some way for reforestation. In

other words, using recycled materials can help preserve the environment and mainly

create a politically correct fashion.

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INTRODUÇÃO

A moda feita com produtos recicláveis é o foco principal desse trabalho que

apresenta quais são as tecnologias sustentáveis utilizadas nos dias atuais, quais os

melhores materiais com suas vantagens e desvantagens.

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1 OBJETIVOS

1.1 GERAL

Estudo de materiais ecologicamente corretos e reaproveitáveis no Brasil, para

desenvolvimento avançado da confecção de moda ecológica.

1.2 ESPECÍFICOS

Manifestação e expansão de consciência ambiental.

Tornar a moda ecológica um recurso acessível aos diversos tipos de usuários.

Evitar o descarte de recursos reaproveitáveis.

Gerar novas alternativas de obtenção de renda.

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2.JUSTIFICATIVA

O tema “Moda Ecológica” foi escolhido, pois é uma maneira de demonstrar

interesse com o mundo que esta em alerta por causa do esgotamento de vários recursos

naturais e da poluição causada pelo próprio homem. Sendo assim reutilizar os materiais

já produzidos de alguma maneira é uma forma de ajuda ao planeta. A produção de

roupas, bolsas, acessórios e sapatos a partir de materiais recicláveis é apenas uma parte

do que pode ser feito com esses materiais.

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3.REFERENCIAL TEÓRICO

Produzir Artefatos de Moda utilizando materiais naturais, sem prejudicar o meio

ambiente para sua confecção, ou pelo menos planejar sua produção é uma tarefa árdua,

que requer profundo conhecimento dos materiais a serem utilizados, a fim de concluir o

modo como serão utilizados, em que se transformarão e como reutilizar estes materiais

com a intenção de substituírem outros materiais não biodegradáveis nem reutilizáveis.

Os materiais mais conhecidos por serem reutilizados para a produção desses

artefatos são o papel, plástico, as garrafas PET, tecidos naturais, lacres de latinha,

corantes naturais entre outros, porém é importante buscar outros materiais recicláveis,

ecologicamente corretos e estudar as possibilidades de seu uso.

O uso de garrafas PET na reciclagem já se tornou um clichê e de fato, este é o

material reciclável mais precioso depois do alumínio. O fio de poliéster, obtido a partir

do PET reciclado, é uma tendência mundial. A Indústria têxtil, que já tem no poliéster

convencional uma participação expressiva, terá em breve essa fibra, obtida pela

reciclagem do PET, presente em quase todos os seus produtos.

“Vale a pena usar tecidos de poliéster obtido de embalagens recicladas, pois além

de seu custo ser viável para reciclagem,é uma fibra de qualidade. Com isso milhares de

garrafas deixarão de boiar nos rios, represas e no mar.”(ECOBUDI 2009).

O plástico em si, demora muito tempo para se decompor no meio ambiente, por

isso é um dos materiais que mais chama atenção para reciclagem. Infelizmente é pouca

a porcentagem desse material que é reciclado, isso se deve ao fato de existirem vários

tipos de plástico e de que apenas alguns deles são recicláveis.

Page 13: Moda Ecológica

Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados,

embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e

garrafas de PET, que convertida em grânulos é usada para a fabricação de cordas, fios

de costura, cerdas de vassouras e escovas.

Como disse Gandhi uma vez: “Não existe beleza na roupa mais fina se gera morte

e tristeza” talvez o contexto usado nessa afirmativa não seja exatamente o mesmo que o

tratado no trabalho, porém no aspecto geral da frase não é necessário matar a natureza

para se ter algo delicado, sofisticado e bonito, é exatamente este o sentido do reuso, da

reciclagem, da moda ecológica.

“O primeiro passo para uma mudança de atitude é estar consciente do que se está

vestindo, é tentar rastrear a origem das roupas que você compra: qual é o processo e

quem são as pessoas por trás do produto” (ZANESCO 2009).

Ana Cândida Zanesco é uma jornalista que se dedicou ao estudo e divulgação de

idéias para se vestir de maneira consciente, o processo produtivo da maior parte das

roupas usadas pelo mercado consumidor atual leva uma história de poluição, agressão

ao meio ambiente e morte. É claro que é absolutamente inviável pesquisar a origem das

roupas usadas pelo consumidor na hora da compra, é por isso que hoje em dia, várias

empresas estão se dedicando a produção de roupas, não necessariamente feitas material

reciclável, mas também de materiais não prejudiciais ou pouco prejudiciais a natureza,

como por exemplo, a substituição do algodão comum pelo algodão orgânico.

As lavouras de algodão fazem uso exagerado de agrotóxicos nas plantações,

provocando intoxicação e morte, por isso o Algodão Orgânico é tão almejado, pois não

faz uso de agrotóxicos, adubos químicos ou outros insumos prejudiciais à saúde e ao

meio ambiente.

Exemplos de modas diferentes ecologicamente corretas que foram aceitas sem

problemas são vários. A febre de ECO BAGS vem se alastrando aos poucos, a moda

que era a princípio para ser usada no lugar das sacolas plásticas se tornou bolsa de dia a

Page 14: Moda Ecológica

dia para todas as mulheres e vem sendo utilizada freqüentemente principalmente pelo

público jovem.

Além da bem intencionada iniciativa, o material do ECO BAG é de algodão

rústico e acabamento natural, à base de amido de mandioca, totalmente biodegradável.

“O respeito pelo meio ambiente, a utilização de fibras e tintas naturais e a

reciclagem de roupas e objetos usados são a base da moda ecológica, que pouco a pouco

ganha terreno entre os consumidores e estilistas” (COLOMBO 2007).

Algo que chama bastante atenção nas roupas ecológicas, é que normalmente, elas

são mais caras, talvez o tratamento dos materiais utilizados, para propiciar a produção

de uma roupa perfeita, sem erros, bonita e confortável, seja mais caro que a produção de

roupas com os seus materiais usuais, ou talvez, simplesmente por ser algo novo. O fato

é que se torna inviável para a massa brasileira que constitui a maior parte da população,

ou seja, acaba se tornando uma ecologia de elite.

“O artesanato feito de material reciclado deve ser executado com muito carinho e

capricho, para que realmente tenha um valor comercial e que não seja visto como lixo”

(MATTEELLI 2009).

A afirmação acima traz, de uma maneira delicada a visão das pessoas perante o

reuso de materiais e o distanciamento que algumas delas têm em relação a peças

fabricadas desta forma, pelo simples fato de já estarem usualmente acostumadas a peças

produzidas com materiais teoricamente mais resistentes e mais chamativos, ou melhor,

mais comuns. Esta mudança de estilo e essa fuga daquilo que é comum, produz certa

repulsão no público e é por isso que é necessário fazer o trabalho com apreço, cuidado e

principalmente criatividade.

Apesar de ter aproximadamente seis bilhões de habitantes no mundo, o homem

do terceiro milênio talvez não esteja preparado pra arcar com as conseqüências do lixo

que esta sendo acumulado a cada dia que se passa.

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Algumas instituições e entidades ambientais vêm alertando para grande

quantidade de lixo que está sendo jogada no meio ambiente. Os números são

assustadores, nos EUA uma pessoa produz quase dois quilos de lixo diariamente, a

população, num geral, no final de um ano produz aproximadamente 190 trilhões de

quilos, no Brasil uma pessoa produz, em média, um quilo por dia e 55 trilhões de toda a

população no final de um ano.

Segundo Heliana Kátia Campos, secretária – executiva do Fórum Nacional Lixo

e Cidadania, da UNICEF, no Brasil o lixo pode ser muito bem aproveitado, porém, o

descarte inapropriado dele vem poluindo as águas e fazendo com que pessoas

miseráveis e desempregadas fiquem a mercê dessa situação inóspita para sobrevivência

humana, vivendo da sobra e desperdício dos mais afortunados.

Com a ajuda dos catadores informais ou garimpeiros de lixo a reciclagem no

Brasil esta crescendo. Um dos principais objetivos da reciclagem é reduzir o volume de

lixo em especial dos resíduos de difícil degradação, outros benefícios são a economia

dos recursos naturais, diminuição da poluição das águas, do ar e do solo além de evitar

o desperdício, ou seja, contribui para preservação do meio ambiente.

A reutilização de produtos tem como principal objetivo transformar produtos já

utilizados para o reuso na indústria e na agricultura. A coleta seletiva de lixo e a usina

de reciclagem são dois modelos utilizados no país. E apesar de ter modelos eficientes o

País tem um baixo índice de reciclagem, apenas 2% do lixo é coletado de forma

seletiva.

Reciclar reduz o uso de matérias e de energia. Dos aproximadamente 228 mil

toneladas de lixo produzidas diariamente no Brasil somente quatro mil são analisadas

para uma futura utilização e isso significa apenas 1,9% do total.

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A preservação ambiental é o principal motivo da reciclagem. No mundo, num

geral, o alumínio e o papel são os mais reaproveitados, porém, o vidro e o plástico estão

logo atrás. Os resíduos alimentícios também podem ser utilizados.

O incentivo vem das escolas e chega até os grandes condôminos mais ainda falta

apoio maior do governo, pois com a reciclagem poder-se-ia resolver, em partes, a falta

de emprego e o problema de descarte inapropriado de lixo das cidades que estão a

crescer cada dia mais. Se isso acontecer o tão sonhado Desenvolvimento Sustentável

será conquistado.

O lixo orgânico pode ser utilizado na produção de adubo orgânico para

agricultura, o vidro é mais difícil de ser trabalhado. Já o papel, o plástico, o metal e até

as sementes podem ser utilizadas na confecção de roupas e acessórios, tais como bolsas,

brincos, colares e pulseiras.

“... depois de receberam cursos de formação voltados para o reaproveitamento

de papel, papelão e jornal, elas criaram o Mulher, Arte & Papel, que comercializa

produtos feitos a partir da reciclagem de resíduos. Bonecas, vasos, flores, artefatos

natalinos, cestas e bacias estão na lista dos produtos que mais têm tido saída... ” (site da

Prefeitura de Fortaleza)

Page 17: Moda Ecológica

4.TECNOLOGIAS EXISTENTES

Este capítulo tem a intenção de apresentar uma visão superficial sobre o estudo

das tecnologias existentes na fabricação de roupas sustentáveis, bem como técnicas e

métodos utilizados para evitar a poluição na fabricação de materiais aplicados na

confecção das roupas e acessórios ou até mesmo na fabricação das próprias roupas. O

capítulo apresenta também, as empresas que trabalham com o logo do ecologicamente

correto, as inovações mostradas por essas empresas nesse ramo, o trabalho dos artistas e

artesão ascendentes que propões projetos inovadores e formas ostentativas.

4.1. Uso de Materiais Inusitados

O uso e transformações de materiais inusitados, para produção de roupas e

acessórios, é algo inovador que vem assumir um papel impactante nas campanhas a

favor do meio ambiente, da reutilização de materiais, da reciclagem e da consciência

ambiental.

A confecção de calçados, mas especificamente, botas utilizando sacolas plásticas

recicladas é um bom exemplo de trabalho realizado neste padrão. A chilena Camila

Labra, universitária, estudante de Desenho Industrial, trabalhou no desenvolvimento

destas botas, as chamadas Botas Dacca, para uma disciplina da faculdade.

As botas são impermeáveis, e para formar o material final, foi utilizado o processo

de fundição das sacolas, e o novo material mantém as funções do polipropileno tais

como impermeabilidade e flexibilidade. Os calçados são revestidos interiormente com

tecido de algodão para o conforto.

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Várias marcas no mundo todo tratam do desenvolvimento de produtos

reutilizáveis e reaproveitáveis, para a construção de moda ecológica. Apesar de a

maioria destas empresas serem internacionais, no Brasil, a famosa “moda consciente”

ganha também muito destaque, porém infelizmente a maior parte das peças produzidas

por estas empresas e companhias se restringe as classes altas, devido ao seu alto custo.

A moda ecológica vem atingindo vários patamares, e várias empresas hoje em

dia se dizem ser ecologicamente corretas muitas vezes apenas para ganhar

reconhecimento, porém o2-Global, rede internacional criada para informar as pessoas

interessadas na concepção sustentável, definiu 5 Rs que caracterizam o eco-design de

produtos. O produto deve, portanto, Reciclar, Reusar, Reduzir, Recuperar e Respeitar

para merecer a etiqueta ECO.

A marca House- Wear de Nova York por exemplo é toda voltada para ecologia,

foi fundada pela artista Laura Sansone que lança agora um linha inteira de roupas feitas

com Tyvek, um tipo de papel muito resistente, usado em envelopes na maioria das

vezes, esse papel não é material reaproveitado, no entanto pode facilmente ser reciclado.

Houve ainda um barateamento de produção das vestimentas feitas com este material

pela House-Wear, as peças possuem designers divertidos e originais. Além de serem

roupas confortáveis elas podem ser lavadas na máquina.

Figura 1: Botas Dacca Feitas da Fundição de Sacolas Plásticas

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Na Bahia a Estilista Márcia Ganem, toma conta de um trabalho em que usa de

fibras de Poliamida recicladas para criação de roupas de alta costura, entrando então no

processo produtivo, materiais descartados pela indústria automobilística

Ela propõe a inclusão do artesanato nas produções de alta costura, tecendo as

fibras de poliamida com técnicas de filé, bilro e aplicações de pedrarias.

4.2 Tecnologias antipoluidoras

Muitos dos materiais utilizados no fabrico das peças de roupa são descartados no

meio ambiente poluindo-o, fora o uso de produtos químicos que são muitas vezes

despejados na natureza e além de causarem degradação ambiental, conseguem chegar

até os usuários contaminando-os de certa forma. Como por exemplo, resíduos de

corantes químicos aplicados, pelas indústrias têxteis, nas calças jeans, em tecidos e em

fibras, que acabam tendo como origem os rios e lagos.

Um estudo da Universidade Estadual Paulista (UNESP) em Araraquara (SP)

apresenta um novo método foto eletroquímico para a degradação desses corantes. O

Figura 2: Roupas de Papel Tyvek Reciclável.

Figura 3: Fibras de Poliamida recicladas na alta costura.

Page 20: Moda Ecológica

projeto não só tem o objetivo de preservar os ecossistemas aquáticos, como também,

consiste em minimizar os danos à saúde causados pelas águas contaminadas por estes

resíduos.

Este método é revolucionário e instigante pelo fato de ser capaz de destruir os

corantes em efluentes antes de serem levados a natureza, evitando assim, que cheguem

aos reservatórios e as estações de tratamento de água. Ele pode até mesmo identificar

essa substância na água já tratada e própria para consumo.

Segundo a professora da UNESP, a maior preocupação sobre os corantes

químicos é que, ao serem despejados na natureza, podem promover alterações no DNA

dos indivíduos causando diferentes tipos de câncer.

Page 21: Moda Ecológica

5. ANÁLISE DOS MATERIAIS

5.1 Materiais Naturais

A descoberta de novos materiais vem facilitando a substituição de materiais

antigos na produção de roupas e acessórios, materiais estes que contribuíam bem mais

para a degradação da natureza. Estes novos materiais retirados diretamente da natureza,

normalmente são renováveis e não causam tantos impactos e desgastes ao meio

ambiente.

5.1.1 Algodão Orgânico

A fibra ecológica mais fácil de ser encontrada no Brasil é a fibra de algodão

agroecológico ou orgânico. O Esplar, Centro de Pesquisa e Assessoria, fornece dados

que indicam que a produção do algodão agroecológico e do algodão orgânico,

encontram-se em mais abundância nos estados do Nordeste e Sul, especificamente em

cinco estados brasileiros: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Paraná.

As vantagens que este produto possui sobre as demais fibras têxteis utilizadas são

simplesmente ecológicas e diferenciadas, pois além de sua produção estimular a

sustentabilidade e exigir um manejo diferente do sistema de produção convencional, não

é mais relevante no processo o uso de agrotóxicos e produtos químicos danosos,

dependendo apenas de insumos naturais, contribuindo assim para a saúde do solo e das

pessoas.

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A grande diferença entre o algodão agroecológico e o algodão orgânico, é que um

não é certificado e o outro é. Porém o sistema de cultivo de um segue os mesmos

padrões do sistema de cultivo alheio, com agricultura familiar. Entretanto o sistema não

tem certificação de um órgão inspetor externo.

No Brasil, são poucas as empresas que trabalham o sistema de cultivo do algodão

agroecólogico (não certificado):

- Esplar - Pesquisa e Assessoria

- ADEC - Assoc. do Desenv. Educacional e Cultural de Tauá

- Justa Trama - Fibra ecológica

A tabela 1 demonstra as diferenças de cultivo entre o algodão convencional e o

orgânico:

Tabela 1: Diferenças entre cultivo de algodão.

Page 23: Moda Ecológica

Na moda ecológica o algodão orgânico ganha bastante espaço por ser um tipo de

material que torna as roupas confortáveis, além de não causar impactos ao meio

ambiente ao ser produzido.

O Espaço Greenpeace é uma marca, dirigida por Ana Maria Fuentes e faz uso

basicamente de algodão, cru ou tingido com corantes vegetais, o algodão usado por esta

marca, segundo a própria diretora não passa pelo processo de branqueamento, que causa

danos ambientais, não fazendo assim uso de cloro.

No Brasil poucos são os agricultores que se dedicam a produção de algodão

orgânico, segundo relatório, ao todo, são 361 agricultores familiares cuja área cultivada

atingiu 353 hectares, com uma área média de 0,97 hectares. O nordeste detém o maior

contingente de agricultores dedicados a essa produção, totalizando 345 pessoas, cujas

lavouras ocuparam uma área total de 332 hectares. Já a região sul, representada pelo

Paraná, contou, em 2006, com 16 agricultores que cultivaram 21 hectares.

Os dados ainda apontam que a produção colhida em 2006 totalizou mais de 56 mil

quilos de algodão em rama, o que corresponde a aproximadamente 20 mil quilos de

pluma. Do total produzido, os maiores volumes foram colhidos no Ceará - 37% do total

- e no Paraná - 34% do total. (PESQUISAR FONTE)

A Coopnatural (Consórcio Natural Fashion) foi fundada em 2000 em Campina

Grande (PB) e é um consórcio que busca fortalecer as empresas têxteis de confecção da

cidade. Saíram em busca de um produto naturalmente competitivo, e então escolheram

o uso de algodão naturalmente colorido e orgânico.

A Coopnatural possui parceria com a Embrapa o que lhe proporciona uma série de

benefícios agropecuários.

O desenvolvimento da produção de algodão agroecológico, orgânico, no Brasil

necessita da articulação e posicionamento entre os agricultores, para que sejam criadas

Page 24: Moda Ecológica

estratégias que aumentem a oferta do produto e melhorem a compreensão do

beneficiamento, preços, certificação e comércio justo.

O valor deste algodão, é claro, ainda é mais caro do que o algodão convencional.

O custo maior é com a mão de obra, apesar dos custos da produção também serem

enormes, diz Maysa Gadelha, diretora-presidente da Coopnatural. Fala também sobre as

vantagens e desvantagens do uso do algodão orgânico, as vantagens naturalmente são as

ambientais e sociais, além de serem antialérgicos. As desvantagens são por ainda

estarem em pouca quantidade, e não terem ainda uma cadeia produtiva muito avançada.

5.1.2 Couro Vegetal

O couro vegetal é produzido pela aplicação do látex natural extraído das

seringueiras sobre uma base de tecido. As lâminas destes dois materiais são aplicadas

no desenvolvimento de diferentes produtos. As lâminas de Látex natural desenvolvem

bijuterias, acessórios e detalhes de roupas. Já as lâminas de couro vegetal substituem o

couro animal e os produtos derivados de petróleo na fabricação de calçados, na

confecção de roupas bem como no revestimento de bancos, de cadeiras e até mesmo

automotivos.

As inovações tecnológicas abrem novas portas para o desenvolvimento do

extrativismo sustentável da borracha, eliminando processos intermediários, e o consumo

excessivo de água e eletricidade, além é claro de proporcionar um aumento de renda,

integrando as famílias dos seringueiros ao processo e é claro a preservação da floresta

que antes seria desmatada de maneira inconsciente

O látex natural é derramando sobre uma manta de fibras naturais onde o calor une

os dois materiais em um tecido emborrachado que substitui o couro animal, produzindo

assim o couro vegetal.

Page 25: Moda Ecológica

A empresa Ecológica Couro Vegetal do Brasil localizada no município paulista de

Magda (maior concentração de seringais do Estado) investiu em tecnologias para a

produção industrial desse produto. Os processos foram completados por Modernos

equipamentos que espalmam o látex sobre bases de fibras naturais e estufas de secagem.

5.1.3 Fibras de Lyocell

Lyocell é um tipo de fibra obtida a partir da celulose. Ela é suave, como seda,

resistente como o poliéster, fresca como o linho no calor, e possui o isolamento térmico

da lã no frio, além de ser naturalmente anti-bactericida o que evita o odor.

De acordo com diretor técnico da Lenzing, Gilberto Campanati, empresa que

registrou a marca da fibra com o nome Tencel, “o processo parte da pasta de madeira,

vinda de florestas gerenciadas dentro do conceito de sustentabilidade, misturada com o

solvente orgânico óxido de amina, portanto biodegradável e não tóxico”. Depois, é dado

um banho de água para retirar o solvente. E a celulose seca em forma de fibra. Como

explica Gilberto, “a água é purificada e evaporada e o solvente volta ao processo”. As

fábricas da fibra são localizadas na Áustria, Inglaterra e Estados Unidos.

Figura 4: Extração do Látex

Figura 5: Lâminas de Couro Vegetal

Figura 6: Colar de Látex Natural

Page 26: Moda Ecológica

Segundo o gerente comercial e gerente de marketing da fábrica Canatiba, Fábio

Augusto Covolan, “os tecidos que têm Lyocell em sua composição possuem um

caimento diferenciado e o conforto aprimorado com um toque mais suave e macio”.

5.1.4 Juta

Juta é uma planta cultivada na Amazônia por uma comunidade ribeirinha desde

1940. O tecido de juta é um dos mais utilizados depois do algodão. É totalmente

versátil, econômico, forte e durável. É ecologicamente correto e não estraga facilmente

sob a exposição de luz solar.

A fibra era normalmente usada na confecção de sacaria e, por isso, é considerada

de pouco valor para a indústria têxtil. A vantagem é que seu cultivo não precisa de

nenhum aditivo químico para crescer. Além disso, o fixador de tinta é feito a partir do

açaí.

Atualmente a cidade que mais cultiva a juta como matéria-prima é o Bangladesh,

e o maior fabricante de mercadorias é a Índia, sendo seguida por China, Tailândia,

Mianmar, Butão e Nepal.

As sementes tendem a amadurecer em apenas 3 meses gerando uma planta com

uma altura média de 3 a 4 metros. Com 5 meses nascem as flores e folhas , começando

assim a sua colheita.

As hastes são cortadas, e classificadas de acordo com o seu tamanho e espessura.

Estas são colocadas em bancos de areias dentro de piscinas de água estagnada para

afrouxar a fibra e formar um tecido lenhoso. Após atingir um estágio suficiente de

suavidade, as fibras são separadas e penduradas em linhas verticais para a secagem. Em

seguida são ordenadas e classificadas para os moinhos que farão a fiação do produto.

Page 27: Moda Ecológica

A força, a cor e a espessura da juta variam conforme o ambiente e o manuseio da

mesma. Para torná-la uniforme, as fibras diferentes são misturadas entre si, e são tratas e

amaciadas com água e óleo dentro de cilindros pesados e espiralados que as tornam

homogêneas e compactas. Em seguida são cardadas em máquinas que reduzem o seu

comprimento médio e as tornam mais resistentes e suaves.

Depois disto, vai para o serviço itinerante, onde o mesmo faz uma pequena

modificação para a lasca de madeira e esta envia para a fiação. O processo de Spinning

converte-os em um fio acabado.

Alguns tecidos e produtos feitos a partir de juta:

Hessian – É um ponto de tafetá, feito inteiramente de juta, com urdidura e trama

intrincada, não pesando mais de 576 grms/m2. Ele é usado para fazer sacos ou pacotes

para cobrir qualquer tipo de material.

CBC - Um tecido feito inteiramente de juta, mas que é inferior a 104 cm de

largura, com peso acima de 169 gms/m2. É utilizado como suporte básico e secundário

para tapetes.

Saque ou Planície- São tecidos também feitos somente da juta, com peso inferior a

407 gms/m2. É utilizado para a embalagem de grãos, produtos químicos, etc.

Heavy Tecido ou Canvas - Um tecido que mistura o tafetá com a juta, feitas em

uma ampla gama de construção e pesos. É utilizado para sacos de correio postal, sacolas

e sacos de sementes de alta qualidade.

Fios de juta - Ele é usado como um enchimento para tecer fios de carpete na

indústria.

Correias – É uma fita estreita de juta com largura inferior a 6 cm, que serve como

cabo ou corda para a indústria.

Page 28: Moda Ecológica

Além dessas opções acima a juta também serve para fazer alças, bolsas,

embalagens, tapetes e sacos para agropecuária. Com gramaturas altas e grossas, pode

servir para isolamentos térmicos e acústicos.

Principais Características do Tecido

* Resistente

* Isolante térmico e elétrico

* Estável à luz solar. Não se degrada em exposição à luz solar

* Possui uma alta densidade.

* Insensível ao ataque químico.

* Ambientalmente correto

* Reparável e Reutilizável.

Utiliza-se tecido de juta em:

* Sacos para transporte e embalagem.

* Apoio para carpetes, linóleo, cordéis e fios.

* Usado como correias para cobrir o interior de molas.

* Serve como estofamento de móveis.

* Serve como revestimento de pavimentos e coberturas para vestuário, calçado

forro e fins mobiliários

* Usado para controle de erosão.

* Usado em acessórios e vestuário de moda

Figura 7: Tapetes feitos de Juta.

Page 29: Moda Ecológica

5.2 Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis

Os materiais recicláveis são os de maior vinculo comunicativo, mais populares

entre as pessoas, estes materiais possuem diversas possibilidades de reaproveitamento, e

sua reciclagem pode ser tanto industrial como manual, despertando assim, a criatividade

de designers e artesãos preocupados com o meio ambiente.

5.2.1 Plástico

Os plásticos são materiais cada vez mais freqüentes na vida cotidiana das pessoas,

nas embalagens, em recipientes, e quando estes materiais são jogados na natureza não

possuem destino seguro para o meio ambiente.

Hoje este material é utilizado em quase todos os setores da economia, tais como:

construção civil, agrícola, de calçados, móveis, alimentos, têxtil, lazer,

telecomunicações, eletroeletrônicos, automobilísticos, médico-hospitalar e distribuição

de energia.

Os plásticos são reunidos em sete grupos ou categorias: PET (polietileno

tereftalato), a mais conhecida e mais usada para reciclagem, PEAD (polietileno de alta

densidade) PVC (policloreto de vinila) PEBD (polietileno de baixa densidade) PP

(polipropileno) PS (poliestireno) Outros (ABS/SAN, EVA, PA, PC). .

O símbolo da reciclagem com um número ou uma sigla no centro, muitas vezes

encontrado no fundo dos produtos, identifica o plástico utilizado.

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-

industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de

Page 30: Moda Ecológica

outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras,

componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e muitos outros.

Na tabela 2, observa-se o tempo de decomposição de alguns materiais, e entre eles

está o plástico fazendo uma espécie de comparativo.

MATERIAL

RECICLADO PRESERVAÇÃO DECOMPOSIÇÃO

1000 kg de papel o corte de 20 árvores 1 a 3 meses

1000 kg de plástico extração de milhares de

litros de petróleo 200 a 450 anos

1000 kg de alumínio extração de 5000 kg de

minério 100 a 500 anos

1000 kg de vidro extração de 1300 kg de

areia 4000 anos

fonte: Universidade Federal do Paraná - www.floresta.ufpr.br

5.2.1.1 PET reciclado

A garrafa PET vem sido bastante popularizada entre os materiais recicláveis e

reutilizáveis para a confecção de diversos produtos. A reciclagem deste material é

bastante eficaz a natureza, pois o tempo de decomposição do plástico é muito grande, e

conseqüentemente o uso excessivo de produtos com embalagens plásticas gera uma

grande poluição, pois não á como descartar estes materiais sem que eles fiquem

entulhados na natureza durante anos e anos.

A fibra têxtil produzida através da garrafa PET reciclada é o mesmo que poliéster

reciclado. Na sua produção além da própria reciclagem que contribui para reduzir o lixo

no meio ambiente, ela economiza energia.

Tabela 2: Tempo de decomposição de Materiais recicláveis.

Page 31: Moda Ecológica

Em média, para se confeccionar uma camiseta, utiliza-se uma quantidade de fibra

reciclada que corresponde a duas garrafas PET.

As etapas do processo até chegar na camiseta, basicamente, são:

CADEIA DIRETA

1) Extração do petróleo

2) Processo de refinamento

3) Resina virgem

4) Pré-forma

5) Garrafa

CADEIA REVERSA

6) Uso pelo consumidor

7) Descarte

8) Coleta Seletiva

9) Moagem e descontaminação

10) Transformação em fibra

11) Fiação

12) Tecelagem

13) Confecção

Page 32: Moda Ecológica

A figura 8 mostra que o maior mercado para o floco de PET reciclado é a produção de

fibras para a indústria têxtil (Fonte ABEPET):

Figura 8: Mercados para o Foco de PET reciclado

Page 33: Moda Ecológica

6. ACESSIBILIDADE E INOVAÇÕES

A idéia de reaproveitamento de materiais e barateamento do custo de produção de

materiais ecológicos que, substituindo materiais tradicionais causam menor impacto

ambiental, é algo que requer estudo aprofundado destes materiais, conceitos éticos e

moralistas, estudo de retrocedimento do processo de produção e de suas diversas

possibilidades.

É bem verdade que hoje a questão da sustentabilidade e da ética ecológica é

abordada em abundância por empresas brasileiras e internacionais, nem sempre

intencionando e visando realmente a conscientização de seus usuários, mas pelo menos

sempre buscando métodos inovadores e alternativas ecologicamente corretas para a

confecção de seus produtos. Porém uma barreira muito grande que existe entre o

processo de conscientização ambiental através de uma roupa e os seus consumidores é a

barreira das classes sociais, a maioria destas campanhas não atinge a massa popular,

pelo fato de serem inacessíveis a elas.

Essa massa por sua vez, tem o seu próprio jeito de inovar e estilizar de maneira

ecológica, simplesmente reaproveitando, normalmente isso se torna conseqüência de

necessidade, mas muitas vezes acaba por se tornar um processo até mesmo mais criativo

do que o uso de materiais ecológicos, porém nem tanto mais eficaz.

É claro que a técnica de reaproveitamento não provém apenas das massas, vários

estilistas do mundo todo se sentem instigados a chocar e inovar, por isso usam o

máximo de criatividade para tornar este processo glamoroso e ético ao mesmo tempo. O

inglês Gary Harvy, por exemplo, apresentou peças feitas a partir de matérias recicladas,

como o vestido de cópias do jornal Financial Times, o vestido jeans, confeccionado com

42 Levi´s 501 e o vestido feito de 18 clássicos trentch coats. O belga Martin Margiela

Page 34: Moda Ecológica

desenvolveu um vestido feito a partir de golas de pele de casacos antigos, uma calça

feita de cintos de couro de trentch coats e o vestido de cadarços de tênis.

A brasileira Consuello Matroni promove a conscientização através da moda.

Cartas de baralho, fundos de latinhas de refrigerante, copos descartáveis, fios de

telefone e embalagens plásticas se unem em uma técnica intitulada por Consuello como

reciclotô, uma mistura de tricô e crochê que transforma esses pequenos pedaços de lixo

em peças de moda.

“ A moda tem o poder de exposição que nenhuma outra linguagem possui,

unindo- se a arte ela ganha a liberdade e um poder quase infinito.” Lia Spínola

Page 35: Moda Ecológica

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do reaproveitamento de vários tipos de materiais abordados neste trabalho

vê – se que a utilização dessa moda sustentável pode contribuir para preservação do

planeta e para produção de renda.

Page 36: Moda Ecológica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sites:

www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/plasticos/historia-do-plastico-4

www.ecotece.org.br

www.setorreciclagem.com.br

pensandoverde.blogtv.uol.com.br/moda

www.ambientebrasil.com.br/composer

www.budi.com.br/recicla

www.overmundo.com.br/overblog/moda-ecologia-e-glamour

www.omegajeans.com.br/content/7-eco-friendly

www.lateq.unb.br/projetotecbor2.htm

www.ecologicacouro.com.br

flaviaamadeu.multiply.com

www.marciaganem.com.br

ateliermarciaganem.blogspot.com

www.garyharveycreative.com

www.maisonmartinmargiela.com

br.geocities.com/consuellomatroni

www.janemmachado.blogspot.com

www.house-wear.com

portalamazonia.globo.com/artigo_amazonia_az

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www.portaisdamoda.com.br

www.estilosupernova.com.br/blog/?p=534

www.artezanalnet.com.br/Artezanal/couroecologicovegetalcarac

www.ecologicacouro.com.br/portugues/c_vegetal