Modalidades Síncronas de Comunicação e Elementos de Percepção em Ambientes de EaD

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XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE – UNISINOS 2002 Modalidades Síncronas de Comunicação e Elementos de Percepção em Ambientes de EaD Janne Yukiko Yoshikawa Oeiras 1 , José Cláudio Vahl Júnior 1 , Mário de Souza Neto 1 , Heloísa Vieira da Rocha 1 1 Instituto de Computação – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Caixa Postal 6176 – 13083-970 – Campinas – SP – Brasil Resumo . Ao longo de várias experiências de uso do TelEduc em cursos a distância das mais diversas áreas, nota-se que apesar desse ambiente ser geral, existem contextos e objetivos que são específicos de cada curso e por essa razão suas ferramentas têm sido redesenhadas, explorando, por exemplo, a adaptabilidade da tecnologia de agentes de interfaces em ferramentas de comunicação para apoiar atividades colaborativas. Este artigo descreve o (re)design de duas ferramentas do ambiente TelEduc. O primeiro, da ferramenta de Bate-papo de modo a deixá-la adequada ao contexto educacional e outra de uma nova ferramenta nomeada Direto Online, que destaca os participantes que estejam conectados ao ambiente. 1. Introdução O TelEduc (http://teleduc.nied.unicamp.br/) é um ambiente de apoio para Educação a Distância (EaD) via Web que tem sido desenvolvido desde 1997 de maneira participativa. Os usuários desse ambiente, ao realizarem cursos semi-presenciais ou totalmente a distância, colaboram para o seu (re)design por meio da sugestão de novas ferramentas ou sugerindo alterações de funcionalidades e interface das já existentes. Dessa forma o TelEduc tem sido adequado à tarefa de ensinar e aprender a distância. Tal como outros ambientes, inicialmente seu foco de desenvolvimento era centrado principalmente no design de tecnologias para criar, apresentar e dispor de forma cada vez melhor o conteúdo de um curso. Atualmente o design do TelEduc busca incorporar ferramentas que possam apoiar a avaliação formativa dos alunos, maximizar o acesso aos dados que estão inacessíveis ou desorganizados e incentivar a aprendizagem colaborativa. Sobre este último aspecto, a literatura [Kollock 1998a] ressalta a importância e a influência que a comunicação pode ter sobre a colaboração entre as pessoas. Em cursos a distância, essa comunicação é mediada por alguma ferramenta computacional como correio eletrônico, bate-papo e fórum de discussão. Baseando-se nessa afirmação, e também pelas várias experiências em cursos a distância, tem-se observado a necessidade de se criar novas ferramentas para apoiar a comunicação de forma adequada para que a necessária e desejada colaboração entre as pessoas possa crescer significativamente. Com isso, uma questão a ser estudada é quão importantes são as diferenças entre as formas de comunicação e como explorar uma determinada modalidade de comunicação. Nesse sentido, duas ferramentas síncronas têm sido (re) desenhadas no TelEduc: o Bate-papo e a Direto Online. A primeira permite conversas síncronas e textuais entre vários participantes de um curso, sendo executada diretamente pelo próprio navegador (browser). Já a Direto Online é uma ferramenta que além de permitir conversas síncronas, textuais e reservadas entre duplas de participantes, tem sido

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In: Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 12 a 14 de novembro de 2002, São Leopoldo, RS. Em português , 10 páginas.

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XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE – UNISINOS 2002

Modalidades Síncronas de Comunicação e Elementos de Percepçãoem Ambientes de EaD

Janne Yukiko Yoshikawa Oeiras1, José Cláudio Vahl Júnior1, Mário de Souza Neto1,Heloísa Vieira da Rocha1

1Instituto de Computação – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Caixa Postal 6176 – 13083-970 – Campinas – SP – Brasil

Resumo. Ao longo de várias experiências de uso do TelEduc em cursos a distância dasmais diversas áreas, nota-se que apesar desse ambiente ser geral, existem contextos eobjetivos que são específicos de cada curso e por essa razão suas ferramentas têm sidoredesenhadas, explorando, por exemplo, a adaptabilidade da tecnologia de agentes deinterfaces em ferramentas de comunicação para apoiar atividades colaborativas. Esteartigo descreve o (re)design de duas ferramentas do ambiente TelEduc. O primeiro, daferramenta de Bate-papo de modo a deixá-la adequada ao contexto educacional e outra deuma nova ferramenta nomeada Direto Online, que destaca os participantes que estejamconectados ao ambiente.

1. Introdução

O TelEduc (http://teleduc.nied.unicamp.br/) é umambiente de apoio para Educação a Distância (EaD)via Web que tem sido desenvolvido desde 1997 demaneira participativa. Os usuários desse ambiente,ao realizarem cursos semi-presenciais ou totalmentea distância, colaboram para o seu (re)design pormeio da sugestão de novas ferramentas ousugerindo alterações de funcionalidades e interfacedas já existentes. Dessa forma o TelEduc tem sidoadequado à tarefa de ensinar e aprender a distância.

Tal como outros ambientes, inicialmente seu focode desenvolvimento era centrado principalmente nodesign de tecnologias para criar, apresentar e disporde forma cada vez melhor o conteúdo de um curso.Atualmente o design do TelEduc busca incorporarferramentas que possam apoiar a avaliaçãoformativa dos alunos, maximizar o acesso aos dadosque estão inacessíveis ou desorganizados eincentivar a aprendizagem colaborativa.

Sobre este último aspecto, a literatura [Kollock1998a] ressalta a importância e a influência que a

comunicação pode ter sobre a colaboração entre aspessoas. Em cursos a distância, essa comunicação émediada por alguma ferramenta computacionalcomo correio eletrônico, bate-papo e fórum dediscussão. Baseando-se nessa afirmação, e tambémpelas várias experiências em cursos a distância,tem-se observado a necessidade de se criar novasferramentas para apoiar a comunicação de formaadequada para que a necessária e desejadacolaboração entre as pessoas possa crescersignificativamente.

Com isso, uma questão a ser estudada é quãoimportantes são as diferenças entre as formas decomunicação e como explorar uma determinadamodalidade de comunicação. Nesse sentido, duasferramentas síncronas têm sido (re) desenhadas noTelEduc: o Bate-papo e a Direto Online.

A primeira permite conversas síncronas e textuaisentre vários participantes de um curso, sendoexecutada diretamente pelo próprio navegador(browser). Já a Direto Online é uma ferramenta quealém de permitir conversas síncronas, textuais ereservadas entre duplas de participantes, tem sido

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elaborada para fornecer elementos de percepçãodentro do TelEduc.

Neste artigo são descritas as tecnologias utilizadasnos desenvolvimentos de cada ferramenta. Assim, aseção 2 define conceitos da tecnologia de agentesusadas para implementar as propostas de novasmodalidades do Bate-papo, descritas na seção 3. Aseção 4 aborda elementos de percepção emambientes de EaD, apontando funcionalidades parao design da ferramenta Direto Online, descrito naseção 5. Por fim, a seção 6 apresenta asconsiderações finais deste trabalho.

2. Uso educacional de Bate-papo eAgentes de Interface

Como dito anteriormente, o Bate-papo do TelEducpode ser executado diretamente pelo navegador esua interface atual é semelhante a outros programasde bate-papo comumente encontrados na Web(Figura 1).

Figura 1 – Interface do Bate-papo do TelEduc

As mensagens trocadas pelo programa são vistaspor todos os participantes e isso decorre daconcepção de design adotada, onde a sala de Bate-papo seria um ambiente similar ao da sala de aulapresencial: todos "ouvem" o que se fala, nãoexistindo salas reservadas e evitando cochichos.

A utilização do Bate-papo em cursos a distânciatem revelado algumas dificuldades para a realizaçãode muitas atividades, principalmente as queenvolvem discussão de algum tema específico. Arepresentação seqüencial de mensagens propicia oaparecimento de diversos problemas relacionados à

administração de discurso como, por exemplo, ocontrole de turno [Oeiras e Rocha 2000]. Váriosparticipantes podem enviar mensagenssimultaneamente, ocasionando o rompimento decontrole de turno e resultando em tópicos paralelos.Assim, torna-se complexo acompanhar umadiscussão, pois surgem diversos "fios de conversa"e é necessário que o usuário faça, mentalmente, asligações coesivas entre os enunciados de um mesmofio [McCleary 1996]. Esse problema certamenteestá relacionado ao fato de que essa versão do Bate-papo, incorporada inicialmente sem considerar ocontexto educacional, dificulta sua utilização ematividades síncronas para discussão.

O redesign dessa ferramenta tem sido realizadoutilizando a tecnologia de agentes, que proporcionaa flexibilidade necessária a fim de poder adaptá-lapara a realização de atividades educacionais.

Na literatura computacional ainda não há umadefinição formal para o termo agente. Mesmo entreos pesquisadores envolvidos com trabalhosreferentes a agentes existem diversas definiçõesdesse termo [Franklin e Graesser 1996]. Essasdefinições estão normalmente associadas adiferentes pontos de vista e dependem muito dafuncionalidade fornecida pelo agente em questão[Costa 1999]. No contexto deste trabalho a palavraagente será utilizada para referenciar umcomponente de software capaz de agir e realizartarefas autonomamente para o usuário, buscandoalcançar um conjunto de metas. E maisespecificamente, dando maior ênfase aos agentes deinterface.

Agentes de Interface são aqueles que aprendem pararealizar tarefas para seus "donos". Ajudam ousuário observando suas ações e imitando-as; ourecebendo um feedback positivo ou negativo sobreessa reprodução; ou aprendem por meio deinstruções explícitas do usuário; ou ainda pedindoconselho a outros agentes.

Os Agentes de Interface descritos neste artigo estãosendo usados para atuar da forma que um serhumano agiria na coordenação de um Bate-papoem um contexto educacional. Intuitivamente sabe-se como funcionam diferentes mecanismos decoordenação em discussões síncronas comoseminários, assembléias, painéis, etc. E novasformas podem ser inventadas ou surgirem de umamistura de outros mecanismos. Sem dúvida, isso é

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passível de ser “ensinado” a um agente. A idéia deusar agentes para essa tarefa de coordenação é ver aviabilidade do uso dessa tecnologia, advinda da áreade Inteligência Artificial, como forma de facilitar epersonalizar, devido a flexibilidade que suautilização dá a um componente de software, muitasdas ações de um ambiente de EaD. Na próximaseção serão descritos os novos formatos doambiente de Bate-papo em desenvolvimento.

3. Novos modelos para bate-paposeducacionais

A partir da necessidade de se implementar formasde coordenação no sistema de Bate-papo e daescolha justificada da tecnologia de agentes paraimplementar os mecanismos, foi iniciado o processode coleta de formatos adequados de coordenação. Apartir de sugestões de usuários e de uma análise daliteratura [Harasim 1996], foram escolhidos trêsformatos iniciais que, como poderá ser observado,são a transposição de esquemas geralmenteadotados em ambientes presenciais.

Uma característica comum aos formatos é que cadaatividade coordenada será previamente agendada(hora, data, duração e tipo de sessão) segundo umassunto pré-definido do qual todos os participantesdevem estar a par.

3.1. Seminário

Na Figura 2 tem-se a interface deste modelo que édividida horizontalmente em 3 partes: a partesuperior identifica a pauta do seminário; a parte domeio é dividida em duas, sendo uma a queapresenta as mensagens e a outra a fila de espera; epor fim a parte inferior, também dividida em duas,apresentando no lado esquerdo as funções paraescolher a entonação, destinatário e escrever amensagem e no lado direito o link para o materialauxiliar (caso haja) e o nome dos seminaristas.

Figura 2 – Interface do modelo Seminário

Neste modelo, como em seminários reais, apenas osseminaristas podem enviar mensagens para todosparticipantes. As perguntas feitas pelo público geralpara os seminaristas serão submetidas a critériosdefinidos para a moderação como: Tempo (aqueleque está há mais tempo sem falar tem maiorprioridade); Quantidade de frases (quem faloumenos até o momento tem maior prioridade); eRéplica (aquele que estiver respondendo paraalguém recentemente terá maior prioridade).

Esses critérios (usados em todos os modelos)definem as diretrizes que o agente seguirá paragerenciar a fila de espera e publicar as mensagensenviadas. O agente reconhece as mensagenssubmetidas pelos seminaristas e as publicaimediatamente (privilégio deste tipo departicipante).

3.2. Assembléia

Neste modelo, o número de participantesnormalmente é maior que no seminário e a pautamais abrangente, envolvendo a tomada de algumadecisão. Em uma assembléia, todos os participantestem os mesmos privilégios e, a princípio, todos osparticipantes sempre falam para todos, não havendoa possibilidade da troca de entonação e destinatárioatravés da interface.

É usada uma metáfora de “levantar a mão”, queeqüivale a clicar em um outro botão próximo ao deEnviar na interface (Figura 3). Nesse momento onome do usuário é inserido na fila de espera deacordo com os critérios definidos para o Agente.Quando estiver na primeira posição da fila esteparticipante terá um tempo pré-definido paraescrever sua mensagem ou enviar sua mensagem

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previamente elaborada. Há também a possibilidadede clicar no botão Sair da fila para desistir de falar.

3.3. Painel

É semelhante ao modelo de assembléia referidoanteriormente, porém com número menor departicipantes e vários painelistas. As mensagens sãofeitas pelo público para os painelistas, sendopossível a escolha de um em específico ou "Todos".Também é usada a metáfora de “levantar a mão”para pedir a palavra, porém, os painelistas possuemprivilégios de prioridade e suas mensagens sãoavaliadas pelo Agente de forma diferenciada epublicadas imediatamente.

A parte direita da tela mostra, na parte superior, afila de espera pela vez de falar e na parte inferiorum link para o material auxiliar (quando houver) epara a lista de painelistas, também com referênciaspara seus respectivos Perfis1 (Figura 3).

Figura 3 – Interface do modelo Painel

O modelo de Bate-papo atual não será eliminadodo TelEduc, podendo sofrer novo redesign parapermitir que seja configurado o número departicipantes em cada sessão. Essa mudança énecessária em função de não haver nenhum tipo deestruturação ou coordenação neste programa epercebe-se que com um grande número departicipantes torna-se difícil acompanhar a conversade forma produtiva.

1 O Perfil é uma ferramenta do TelEduc usada por um

participante de um curso para fazer sua apresentação aos demaiscolegas de maneira bastante pessoal, colocando sua foto, dizendoquem é, do que gosta, o que faz, etc.

Os modelos apresentados nesta seção foramdefinidos previamente e o uso de agentes se deupara que esses modelos pudessem ser(re)inventados dando a ferramenta a flexibilidadedesejada em um ambiente educacional. O usuáriopode personalizar um desses modelos a fim deescolher quais critérios o agente aplicará àsmensagens e qual peso será atribuído. O peso éutilizado como uma forma de desempate. Porexemplo, dois participantes enviam suas mensagensao mesmo tempo. O "participante A" falou maisvezes e está há mais tempo sem falar que o"participante B". Então se o agente estiverconfigurado para que o peso da quantidade defrases seja superior ao peso do tempo sem falar, oparticipante B terá prioridade pois falou menosvezes.

Na próxima seção é abordado o conceito depercepção e alguns de seus elementos explorados naelaboração da ferramenta Direto Online.

4. Percepção de Presença e Ações emAmbientes de EaD

O termo percepção quando usado como umacaracterística de um sistema computacional, apesarde não possuir definição única, de maneira geral serefere à habilidade do usuário manter algumconhecimento sobre a situação e atividades dosdemais [Liechti e Sumi 2002]. São vários oselementos de percepção e diversas categorias nasquais se enquadram [Gutwin et al; 1996; Liechti2000].

Fornecer mecanismos para visualizar quem estápresente em ambientes de EaD e para estabelecer acomunicação síncrona entre essas pessoas, tem semostrado uma característica necessária paraminimizar a sensação de solidão que os alunossentem ao entrar nesses ambientes [Romani et al.2000; Rocha et al. 2001]. A sensação de que outraspessoas compartilham um mesmo espaço em umdeterminado momento não só as encoraja aestabelecer diálogos em tempo real – essenciaispara a formação de comunidades, amizades erelacionamentos – como também permite arealização de outros tipos de interação essenciaispara o desenvolvimento de atividades colaborativas[Donath 1995a; Donath 1996; Liechti 2000; Valente1999].

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As relações sociais que são criadas ao longo dotempo por meio da comunicação, facilitamrelacionamentos de trabalho, auxiliando osmembros de um grupo a conhecerem apersonalidade dos demais, bem como seus estilos detrabalho. Dessa maneira, pode ser criada umaatmosfera de confiança entre as pessoas queencoraja o levantamento de questões e a troca deidéias; a comunicação dinâmica associada comsatisfação; a aprendizagem e a cooperação[Haythornthwaite 1998].

Outro elemento também importante, porém umpouco mais complexo, é a percepção de ações. Oconhecimento sobre a interação dos demais usuárioscom o ambiente virtual, além de facilitar acoordenação, reforça a sensação de presença e criaum contexto para a comunicação ou para arealização de outras atividades [Gutwin et al. 1996;Liechti 2000]. Este tipo de informação não precisaser necessariamente exata, pode apenas dar umavisão geral do que está acontecendo ou do que umusuário, ou grupo de usuários, estão fazendo oufizeram [Liechti 2000].

O TelEduc, em sua versão atual, não possui umaferramenta para identificar os participantes queestão online. Para minimizar esse problema devisibilidade, alguns usuários têm explorado eutilizado algumas ferramentas do próprio ambientede maneira diferente do propósito original para oqual elas foram criadas. Essa forma particular deutilizar uma determinada ferramenta foidenominada (re)significação [Rocha et al. 2001].

Um exemplo de (re)significação para perceberparticipantes online, foi o uso combinado de duasferramentas: Acessos e Correio. Acessos é umaferramenta que permite a um professor saber, pormeio de relatórios, quão freqüente é o acesso dosparticipantes ao curso (diário, semanal, mensal),enquanto o Correio consiste em um sistema decorreio eletrônico interno ao ambiente. Em umcurso, alguns participantes estimavam, por meio dohorário fornecido nos relatórios gerados porAcessos, que colegas estariam conectados aoambiente e utilizavam o Correio como forma deiniciar um contato quase síncrono com o outro. Éimportante dizer que a ferramenta Acessos ébastante proveitosa quando utilizada em suaconcepção original (acompanhamento de cursos) e,apesar da possibilidade de (re)significá-la, não ésimples detectar os usuários conectados ao TelEduc,

pois é preciso varrer visualmente todo o relatório,atentando para os horários e datas, até encontrar aspessoas cujo último horário de acesso estejapróximo da hora atual.

Este procedimento tem se repetido em inúmeroscursos das mais diversas naturezas. Este dado tornaevidente a necessidade que os usuários têm emmanter relações de proximidade mesmo emambientes a distância e revela a forma criativa queos usuários desenvolvem para utilizar duasferramentas familiares para resolver umdeterminado problema [Preece 2000]. Por essarazão, se faz necessário o design de uma novaferramenta que possa assegurar a continuidade deinteração [Kollock 1998b] de forma síncrona entreos participantes.

A partir dessas constatações, buscou-se utilizar emum curso a distância um comunicador instantâneopopular entre usuários de Internet: o ICQ(www.icq.com). Esse tipo de ferramenta temprincipalmente a propriedade de mostrar ao usuário,por meio de uma lista, a presença de outras pessoasconectadas à rede (Figura 4).

A utilização do programa teve por objetivosobservar como a introdução dessa nova ferramentainfluenciaria a comunicação entre os participantes,o estabelecimento de novas relações sociais e usofeito pelos usuários. A análise da interação foirealizada com base no registro das conversas viaICQ mantidas entre os participantes e entrevistasvia correio eletrônico.

Figura 4 - Janela Principal do ICQ

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4.1. Um espaço reservado

O aspecto de ter um espaço reservado para troca demensagens parece ser um ponto relevante para osalunos. Uma situação bastante comum foi alunostirarem dúvidas via ICQ. Isto ocorreu quando foi"reprimido" o uso do Correio e incentivado o usode canais públicos para compartilhamento dedúvidas como os Fóruns de Discussão ou o Bate-papo.

4.2. Aproximação entre os participantes

O ICQ também foi usado como um meio deaproximação entre os participantes. Esse tipo deinteração aconteceu em diversos momentos, demaneira ocasional, espontânea e informal.Conversar sobre trivialidades do dia-a-dia, queparece atrapalhar o desempenho das pessoasdurante um curso, é apontada na literatura[Bickmore e Cassel 2001] como uma estratégiaimportante para o desenvolvimento de qualquerrelacionamento colaborativo, pois permitedesenvolver os sentimentos de confiança e empatia.

4.3. Realizando trabalho em grupo

Ao longo do curso, onde o uso do ICQ foi testado,foram propostas algumas atividades que buscavamincentivar a colaboração e a troca de experiênciasentre todos os participantes. Uma delas era elaborarum seminário virtual - uma discussão sobre umtema que aconteceria pela postagem de mensagensno Fórum de Discussão.

Esse tipo de atividade envolvia tomadas de decisãoque deveriam ser efetuadas em um curto espaço detempo e que requeriam argumentação que, quasesempre, acontece no decorrer de uma conversação.Certamente essa característica influenciou os alunosresponsáveis pelo seminário a usar o ICQ comomeio síncrono para comunicação, por questões deprivacidade (no Bate-Papo, como implementado noTelEduc, a discussão sobre a elaboração doseminário ficaria registrada), de velocidade natransmissão de mensagens e facilidade na troca dearquivos.

Como foi observado, o uso do ICQ parece ter sidoum meio de prover a interação continuada entre eles[Kollock 1998b ], o que auxiliava a compartilharconhecimentos. Outro ponto a ser notado é que esseprograma proporcionou momentos extensivos de

contato [Haythornthwaite 2000] entre essas pessoas,o que parece ter propiciado o estabelecimento derelações pessoais não somente de trabalho, mastambém de amizade, que forneceram suportemútuo, companheirismo, bem como o senso depertencer à uma comunidade de aprendizagem adistância.

4.4. Feedback mais rápido

O tempo de resposta dos formadores a umamensagem era um aspecto muito importante para osalunos. Com o ICQ eles podiam sanar suas dúvidasou problemas operacionais mais rapidamente. Ocontato por essa ferramenta também foi útil para osformadores conseguirem algumas informações quenão eram obtidas por outras formas de comunicação(como no Correio) e que eram importantes paradirecionar novas etapas do curso.

A próxima seção descreve o design da ferramentaDireto Online que está sendo incorporada aoambiente TelEduc. Além de informar aosparticipantes de um curso quem está conectado aoambiente em um determinado momento, outroobjetivo é apresentar as ações que um dado usuáriorealizou em seu último acesso ao ambiente.

5. Ferramenta Direto Online

Dois elementos de percepção foram consideradosinicialmente no design da ferramenta Direto Online:a presença e informações sobre ações realizadas porum usuário desde seu último acesso ao TelEduc. Apercepção de presença é um elemento bastanteexplorado em comunicadores instantâneos como oICQ e o Odigo. Como essas ferramentas sãoamplamente conhecidas de usuários de Internet, aforma de implementar esses elementos depercepção, bem como a definição inicial de suasfuncionalidades, foi influenciada em parte pelainterface dessas aplicações.

Diferentemente dos comunicadores instantâneosque apresentam todas as pessoas cadastradas pelousuário mesmo que elas estejam offline, a janelaprincipal da ferramenta Direto Online apresenta emforma de lista somente os participantes que estãoconectados ao ambiente naquele instante. Outradiferença em relação aos comunicadores é que onome do usuário consta também da lista de pessoasconectadas. Esta decisão de design foi adotada emfunção de resultados descritos pela literatura da área

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[Lee e Girgensohn 2002] que apontam areciprocidade como um aspecto importante defeedback para o usuário no sentido de possibilitá-lomonitorar e controlar sua "aparência" ecomportamento. Ou seja, o usuário deve ser capazde saber o que os outros estão vendo.

A visualização da lista de pessoas pode ser feita detrês formas: individual, por grupo e pordisponibilidade. No modo individual, todas aspessoas conectadas são agrupadas num mesmobloco, sendo os formadores diferenciados dosdemais com um "(F)" depois do nome. No modopor grupo, as pessoas aparecem divididas pelosgrupos2 dos quais fazem parte dentro do curso. Porfim o modo por disponibilidade mostra as pessoasem dois blocos: as disponíveis e as não disponíveis.A alternância entre esses modos é feita por meiodos respectivos links situados no topo da lista(Figura 5).

Figura 5 – Modos individual e por grupo

Nos comunicadores é comum existir a opção para ousuário se tornar "invisível" para as pessoas de sualista de contato quando não deseja ser contactado.Com a Direto Online, uma vez dentro do ambiente,o usuário estará ciente da presença dos outros evice-versa. Não é possível ficar invisível, já que emAcessos pode-se verificar o horário de últimoacesso de uma pessoa e estimar se ela ainda estápresente ou não no ambiente. Além disso, não fazsentido permitir que alguns colegas se escondam de

2 A ferramenta Grupos possibilita organizar os alunos emsubgrupos de trabalho, quando for conveniente. A formação degrupos é refletida em outras ferramentas do TelEduc, como porexemplo o Correio , no qual pode-se enviar uma mensagem paratodas as pessoas de um grupo.

outros. No entanto, a privacidade no sentido de nãoser interrompido pode ser mantida com aconfiguração de dois possíveis estados: disponível enão disponível. Quando um usuário online estádisponível, não há qualquer tipo de sinalização naferramenta. Caso contrário, ao lado do seu nome nalista será apresentado em vermelho o seu estado nãodisponível. A troca de estados pode ser feita pelacaixa de seleção "Estado" que se encontra na parteinferior da janela principal da Direto Online (Figura5).

Com essa percepção mais direta das pessoasconectadas pelo uso do Direto Online, pode-seminimizar o esforço cognitivo dos usuários emobter essa informação por meio dos relatóriosgerados pela ferramenta Acessos. No entanto, asimples percepção da presença não é suficiente.Como dito anteriormente, há uma necessidade decomunicação e de interação com os colegas. Assim,o Direto Online permite o envio de mensagensinstantâneas para as pessoas online, provendo meiospara uma interação continuada [Kollock 1998b].Para enviar uma mensagem, o usuário deve clicarno nome da pessoa desejada. Essa ação abrirá ummenu com várias opções, dentre as quais deve-seescolher Mensagem (Figura 6). Com isso umajanela é aberta para edição e envio de mensagem(Figura 7).

Figura 6 – Janela principal e menu com opções

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Figura 7 – Janela de edição e envio de mensagem

No caso de uma pessoa estar no estado nãodisponível, o envio de mensagens não é impedidopelo sistema. A opção Mensagem no menu éalterada para Mensagem Urgente e a caixa deedição alerta o usuário de que aquela pessoa seencontra ocupada e pode não responder de imediatoa sua mensagem. Permite-se o envio de mensagensurgentes porque, caso contrário, o usuário teria queutilizar o Correio e, nesta ferramenta, o destinatárionão é notificado imediatamente.

Além de enviar mensagens, por meio da opçãoNavegação o usuário tem a possibilidade devisualizar as ferramentas as quais seus colegasconectados acessaram desde que entraram noambiente. Tem-se então uma informaçãoaproximada da ferramenta que uma determinadapessoa está verificando naquele instante e dosdemais "lugares" pelas quais ela já passou. Essainformação é apresentada em forma de tabela, cujaprimeira linha em negrito indica a ferramenta ondea pessoa está e as linhas abaixo representam aseqüência de locais visitados (Figura 8).

Figura 8 – Navegação de um usuário online

A representação de informação como texto emtabelas foi escolhida por ser simples, direta e maisrápida de ser gerada em tempo-real do que gráficos

ou representações mais sofisticadas. Em umprimeiro momento, a intenção é fornecer, demaneira breve, indícios do que os demais estãorealizando no ambiente. Interessante também nessecontexto é saber se uma pessoa criou algo enquantonavegava pelo ambiente, ou seja, descobrir onde, defato, o usuário realizou uma ação. Dessa forma, naNavegação as ferramentas nas quais um participanteincluiu ou alterou algum item são links que levam ainformações mais detalhadas. Essas informaçõessão quantitativas e contextualizadas para cadaferramenta (Figura 8). Um cuidado acerca dessasinformações é preservar a privacidade dos usuários,no sentido por exemplo de saber que uma pessoaenviou mensagens no Correio, mas não apresentarseu conteúdo.

O usuário pode ainda verificar o Perfil de umapessoa escolhendo essa opção no menu abertoquando se clica no nome desejado (Figura 6).

Quando o usuário clica sobre o seu próprio nome, omenu contém as opções Navegação e Perfil paraque seja mantida a reciprocidade em saber o que osoutros estão vendo a seu respeito. Além disso,existe a opção Configurar que permite a indicaçãode suas preferências quanto a ser avisado ou nãosempre que alguém se conecta ao ambiente e comoseu nome deve aparecer para os demais na lista depessoas.

6. Considerações Finais

Ao longo de várias experiências de uso do TelEducem cursos a distância das mais diversas áreas,conclui-se que apesar desse ambiente ser geral,existem contextos e objetivos que são específicos decada curso e por essa razão suas ferramentas têmsido redesenhadas a fim de permitir que o usuário aspersonalize de acordo com a tarefa que desejarealizar. Por essa razão, agentes têm sidoexplorados como uma forma de criar ferramentas decomunicação que sejam adaptáveis às necessidadesdos participantes e apoiar a colaboração entre eles.

Além do uso de agentes na implementação de novosmodelos de Bate-papo, há outra linha de pesquisado TelEduc que busca usá-los no desenvolvimentode ferramentas que auxiliem formadores noprocesso de avaliação contínua [Otsuka e Rocha2002], que é realizada por meio doacompanhamento das contribuições do aluno nocurso. Essa linha se concentra no estudo de

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ferramentas que facilitem o acompanhamento eanálise do grande volume de dados gerado pelasações dos alunos nos cursos. Os agentes de softwareatuarão observando e aprendendo com osprofessores, procurando fornecer auxílio flexível epersonalizado às necessidades de cada professor.Ainda no escopo de apoio à avaliação contínua, estásendo desenvolvido um sistema baseado em agentesde interface para o suporte à análise e seleção demensagens relevantes em sessões de Bate-papo.

A pesquisa realizada até este momento indica que énecessário não somente fazer o redesign deferramentas de comunicação síncronas existentes,como o Bate-papo, mas também implementar novasmodalidades que incentivem a comunicação,coordenação e a colaboração. A percepção deusuários online por meio do ICQ mostrou que oencontro ocasional e síncrono pode "disparar" acomunicação entre pares, o que ao longo do tempopode criar relações sociais que favorecem acolaboração e facilitam também a coordenação deatividades. Daí a importância de se provermecanismos de percepção que evidenciem apresença e também as ações que um usuáriorealizou no ambiente.

A intenção de oferecer a ferramenta Direto Onlinenão é reproduzir as mesmas funcionalidades de umcomunicador como o ICQ, principalmente porquese constatou que a nova ferramenta deve ter umconjunto reduzido de funcionalidades para que estaspossam ser usadas por pessoas inexperientes comrecursos computacionais.

Ainda durante o design desta ferramenta, outroselementos de percepção foram observados comoimportantes para uma próxima versão, entre eles ode nível de atividades e o de alterações no sistema.

A percepção em relação ao nível de atividadepoderia ser contextualizada em relação àsferramentas existentes no TelEduc, pois cada umatem um propósito diferente. Por exemplo, o nível deatividades na ferramenta Fórum de Discussãopoderia indicar quão ativo é cada participante o queproveria uma forma de acompanhamento paraprofessores. Por outro lado, é uma forma tambémde evidenciar quais fóruns têm maior participação[Donath 1995b].

Atualmente o TelEduc já provê um elemento depercepção que indica as mudanças ocorridas desde

o último acesso do usuário. No menu principal, aolado do nome das ferramentas, um asterisco (*)indica que existem novidades no curso. Antes dainclusão desse mecanismo, a navegação era feitaseqüencialmente, explorando cada uma dasferramentas. Sua utilidade hoje consiste em facilitara navegação no ambiente de forma que o usuáriosaiba mais rapidamente onde há atualizações.Estendendo essa idéia, torna-se importante sabernão somente que há novidades e onde, mas tambémquais são elas. A representação dessa informaçãodeve ser resumida de maneira a não sobrecarregar ousuário e evitar a má interpretação desses dados.

Por fim, acredita-se que, no contexto de EaD, odesenvolvimento de ferramentas de percepçãopodem auxiliar a minimizar a sensação de distânciaentre os participantes de um curso. Assim,mecanismos que evidenciem a presença e as açõesprocuram fornecer pistas sociais que são facilmenteperceptíveis em ambientes físicos. Para prover taismecanismos deve-se conhecer os diversos fatoresenvolvidos como o bom senso na seleção doselementos importantes a cada contexto, acompreensão das expectativas e necessidades dosusuários e a maneira de representar esses elementos.

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