Modelagem do comportamento dinâmico de um violão clássico e otimização do modelo de duas...
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Faculdade de Ps-Graduao em Integridade de
Materiais da Engenharia (I) e Cincias Mecnicas (II) Universidade de Braslia - UnB
Viviane Cristina Rodrigues Feitoza 13/0151441 (I)
Gino Bertollucci Colherinhas 14/0174125 (II)
Modelagem do comportamento dinmico de um violo
clssico e otimizao do modelo de duas massas
Braslia DF
2015
-
2
Viviane Cristina Rodrigues Feitoza
Gino Bertollucci Colherinhas
Modelagem do comportamento dinmico de um violo
clssico e otimizao do modelo de duas massas
Relatrio Tcnico sobre as atividades
desenvolvidas na disciplina Tpicos Especiais em
Sistemas Dinmicas Interao Fluido-
Estrutura, no Curso de Engenharia Mecnica/
Cincias Mecnicas, na Universidade de Braslia.
Professor: Marcus Vinicius Giro de Morais
Braslia DF
2015
-
3
RESUMO
Este trabalho caracteriza-se pelo estudo cerca da dinmica vibroacstica de um violo clssico atravs de modelos analticos e de ensaios experimentais. Tais dados experimentais sero utilizados para aplicao em um modelo de quatro massas e, atravs de algoritmos evolutivos, buscar-se- a compatibilidade deste a um modelo de duas massas.
Palavras-chave: Comportamento dinmico de um violo clssico, modelo 2 massas, modelo 4 massas, algoritmos evolutivos.
-
4
SUMRIO
1. INTRODUO ................................................................................................ 6
1.1. OBJETIVOS ................................................................................................. 6
2. MODELOS ANALTICOS.................................................................................. 7
2.1. MODELO ANALTICO DE DUAS MASSAS ...................................................... 7
2.1.1. Derivao do modelo fsico ................................................................ 8
2.1.2. Resultados ......................................................................................... 9
2.2. MODELO ANALTICO DE QUATRO MASSAS ............................................... 11
2.2.1. Derivao do Modelo Fsico .............................................................. 11
2.2.2. Resultados ....................................................................................... 12
2.3. RESPOSTA DINMICA DE UMA CORDA DEDILHADA .................................. 14
3. OTIMIZAO ............................................................................................... 18
3.1. ALGORITMOS GENTICOS ........................................................................ 19
3.1.1. Populao inicial .............................................................................. 19
3.1.2. Funes Objetivos ............................................................................ 20
3.1.3. Resultados ....................................................................................... 20
4. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 22
5. ANEXOS ....................................................................................................... 23
5.1. ALGORITMO PARA MODELO DUAS MASSAS ............................................. 23
5.2. ALGORITMO PARA MODELO QUATRO MASSAS ........................................ 24
-
5
FIGURAS
Figura 2.1 Modelo simplificado para funo de violo de baixa frequncia ............. 7
Figura 2.2 Resposta em frequncia para o modelo de duas massas ....................... 10
Figura 2.3 Fases para o modelo de duas massas (mesmas cores da Figura 2.2)...... 10
Figura 2.4 Modelo de um violo com quatro massas (Popp, 2011) adaptada ...... 11
Figura 2.5 Resposta em frequncia para o modelo de quatro massas .................... 13
Figura 2.6 Fases para o modelo de duas massas (mesmas cores da Figura 2.5)...... 13
Figura 2.7 Deflexo inicial da corda ....................................................................... 14
Figura 3.1 Resposta do mesmo experimento para duas e quatro massas. ............. 18
Figura 3.2 Fluxograma de um algoritmo gentico .................................................. 19
Figura 3.3 Melhores valores fitness de cada gerao ............................................. 21
Figura 3.4 Grfico de resposta em frequncia do melhor fitness do AG ................. 21
TABELAS
Tabela 2.1 Frequncias de Ressonncia para modelo de 2 massas ........................ 10
Tabela 2.2 Frequncias de Ressonncia para modelo de 4 massas ........................ 12
Tabela 3.1 Valores do melhor fitness do AG .......................................................... 21
-
6
1. INTRODUO
As duas primeiras frequncias de ressonncia mais baixas do violo ocorrem a
aproximadamente 100 e 200 Hz. Estas ressonncias so encontradas em todos os
violes e podem variar em frequncia no alcance tpico de 90 a 120 Hz, para a primeira
ressonncia e 170 a 250 Hz, para a segunda ressonncia. Estudos de interferometria do
holograma da parte superior do violo tm mostrado que a segunda ressonncia
corresponde ao mais baixo modo da placa superior. A primeira ressonncia
encontrada apenas em instrumentos completos, ou seja, quando um invlucro de
cavidade adicionado a placa superior. E portanto, relacionada com a ressonncia de
Helmholtz de cavidade do violo.
As cordas abertas do violo esto sintonizadas em 2(82,4Hz) para o mais baixo em
4(329,6Hz) para a mais alta corda levantada. A resposta do instrumento na gama de
frequncia das duas primeiras ressonncias , por conseguinte importante para a
qualidade musical do instrumento. Para a famlia do violino, o autor, Hutchins mostrou
importncia as duas menores ressonncias, ar e madeira principal, na determinao das
propriedades musicais do instrumento completo, e ele usou as propriedades de escala
destas ressonncias com tamanho do instrumento para construir uma nova famlia de
violinos. Temos, portanto, achado que vale a pena estudar o violo na gama de
frequncia das duas mais baixas ressonncias.
Neste artigo, os autores consideraram a resposta de frequncia a presso do som e
da mobilidade da placa superior (admisso mecnica) do violo na gama das duas
primeiras frequncias de ressonncia. O acoplamento entre a ressonncia de Helmholtz
da placa superior investigada, e a relao entre as ressonncias e as duas primeiras
ressonncias do violo so dadas. Um modelo simples apresentado para este sistema
de osciladores acoplados sobre a base das equaes newtonianas de movimento.
Apesar de sua simplicidade, o modelo descreve corretamente a variao com frequncia
do nvel de presso sonora e o nvel de mobilidade da parte superior (Christensen &
Vistisen, 1980).
1.1. OBJETIVOS
O comportamento dinmico da caixa acstica do violo descrito pelo acoplamento
entre a vibrao da estrutura da caixa de ressonncia com o ar contido e atravs de
modelos simplicados de duas (Christensen & Vistisen, 1980) e quatro massas discretas
(Popp, 2011). Um estudo cerca do comportamento destes modelos ser feito e
descrito neste trabalho final da disciplina de Interao Fluido-Estrutura. Condies de
contorno sero atribudas a uma corda dedilhada determinando seu movimento
subsequente.
-
7
Sero utilizados para o desenvolvimento dos clculos, em um violo de quatro
massas, valores experimentais obtidos atravs de um trabalho parcial para obteno de
grau de engenheiro mecnico (Esashika, 2015) e, utilizando-se de algoritmos evolutivos,
dados sero buscados para a aproximao deste a um modelo de duas massas.
2. MODELOS ANALTICOS
A resposta da presso do som e a mobilidade da placa ou lmina superior
pesquisada ao redor das duas primeiras ressonncias do violo. Estas ressonncias so
mostradas para resultar de um acoplamento entre o modo da placa superior
fundamental e a ressonncia de Helmholtz da cavidade.
Um modelo simples proposto para a funo do violo de baixa frequncia com
duas massas no Captulo 2.1. O modelo prev a resposta de frequncia da presso de
som e mobilidade da placa superior que esto em concordncia quantitativa prxima
com respostas experimentais. O nvel de presso sonora absoluto e o nvel de
mobilidade so previstos para dentro de poucos decibis e a rea do pisto equivalente
da placa superior determinada. Todos os parmetros desse modelo podem ser
diretamente derivados de medies das frequncias das duas primeiras ressonncias e
da ressonncia de Helmholtz da cavidade. A ressonncia de Helmoltz encontrada como
antirressonncia no espectro de mobilidade da placa superior.
2.1. MODELO ANALTICO DE DUAS MASSAS
A placa superior substituda por um pisto de rea equivalente e massa ,
conectada a uma mola de rigidez . O ressonador Helmholtz modelado como um
pisto de ar de massa oscilando contra a rigidez do ar na cavidade.
Figura 2.1 Modelo simplificado para funo de violo de baixa frequncia
Sendo:
= rea equivalente do Pisto;
-
8
= Massa equivalente da placa superior;
= Massa de pisto de ar na boca do violo;
= Deslocamento da placa superior;
= Deslocamento de pisto de ar na boca do violo;
= Volume da cavidade do violo;
= rea da boca do violo.
2.1.1. Derivao do modelo fsico
A posio da placa superior num dado momento em relao sua posio de
equilbrio e a posio do pisto de ar . Em ambos so atribudos valores positivos
para o movimento para fora. A alterao correspondente no volume da cavidade no
modelo da figura acima = + .
Para a compresso adiabtica, a alterao resultante na presso da cavidade
= , onde definimos = 2/. Esta presso exerce uma fora sobre os
dois osciladores de e . Assim, um acoplamento de um oscilador induz a uma
mudana na presso da cavidade que d origem a uma fora sobre o outro oscilador.
Isso explica basicamente, o acoplamento entre a ressonncia da primeira placa superior
e a ressonncia de Helmholtz. De modo a calcular a presso corretamente, o volume
de deslocamento deve igualar o deslocamento de volume real produzida pela placa
superior. Se deixarmos representar o deslocamento mximo no centro do brao do
violo, ser conformemente menor do que a rea atual no acesso inferior do violo.
Agora podemos escrever as equaes de movimento para os dois osciladores como:
= +
= .
Onde, e so as resistncias ao movimento da placa e o pisto de ar. Para o
violo real a rea equivalente no termo pode no igualar exatamente a rea dado
o deslocamento de volume correto. Por razes de simplicidade, vamos usar apenas
smbolo para a rea equivalente. Quando nas equaes acima inserimos
= ( + )
os seguintes resultados so obtidos:
= ( + 2)
= 2 .
-
9
O ltimo termo nessas equaes d o acoplamento entre os dois osciladores. O
acoplamento pode ser expresso em termos de uma constante de acoplamento da
mesma dimenso como uma constante de mola = .
Na forma matricial:
( 00
) [
] + ( 00
) [
] + ( +
2
2) [
] = [00
]
Ou ainda: + + =
Onde:
= ( 00
) , = ( 00
) , = ( +
2
2)
Podemos escrever da seguinte forma:
= 0
= 0
= ()20 = 20
Fazendo a substituio na representao matricial,
(20) + (0
) + (0) =
Colocando 0 em evidncia,
(2 + + )0 =
2.1.2. Resultados
Dados foram aplicados em rotina matlab disponibilizada nos anexos (Captulo 5.1)
para determinao das frequncias, modos e determinao da respostas e fases em funo
da frequncia. Neste primeiro passo utilizou-se os seguintes valores:
= 0.034 (Massa gerada pelo ar na regio do tampo do violo)
= 0.00051 (Massa gerada pelo ar na regio da boca do violo)
= 0.0312 (rea do tampo do violo)
= 0.005892 (rea da boca do violo)
= 40800/ (Rigidez do tampo do violo)
= 343.3/ (Velocidade do som)
= 1.205/3 (Massa especfica do ar)
= 0.01243 (Volume)
Deslocamento
Velocidade
Acelerao
-
10
As frequncias e modos naturais foram encontradas, ento. So as frequncias:
Tabela 2.1 Frequncias de Ressonncia para modelo de 2 massas
Modos de Vibrao (Hz) Frequncias de Ressonncia (Hz)
1 Modo 115,45
2 Modo 212,13
A resposta em frequncia dada pelo seguinte grfico:
Figura 2.2 Resposta em frequncia para o modelo de duas massas
E as fases:
Figura 2.3 Fases para o modelo de duas massas (mesmas cores da Figura 2.2)
-
11
2.2. MODELO ANALTICO DE QUATRO MASSAS
O modelo de quatro massas uma extenso do modelo de duas massas, proposto
pela bibliografia (Popp, 2011). Alm de considerar a oscilao do fundo do violo,
considera tambm o movimento das laterais da caixa de ressonncia do violo.
Figura 2.4 Modelo de um violo com quatro massas (Popp, 2011) adaptada
O artigo menciona a implementao do quarto grau de liberdade devido ao fato de
trs modos de vibrao estarem na faixa de frequncias entre 90 240, sendo um
desses relativo ao movimento lateral (Esashika, 2015).
2.2.1. Derivao do Modelo Fsico
A partir da bibliografia (Popp, 2011), o modelo da Figura 2.4 nos d que:
= 0 ( ) +
= ( + ) +
= +( ) ( + )
= +
Sendo = , = 2/, = ( ) + ( + ) + ( ).
Onde = , , , , respectivamente para o tampo (top), fundo (back), lateral (ribs)
e boca (air piston) do violo.
Para este modelo, reescrevemos matricialmente:
[
0 0 00 0 00 0 00 0 0
] [
] + [
0 0 00 0 00 0 0 00 0 0
] [
]
+
[ +
2 +
+ 2 +
+ 0
2
]
[
] = [
0000
]
-
12
Introduzindo um amortecimento proporcional a este modelo, os coeficientes de
amortecimentos so descritos por:
1 =1
2(01
+ 11) , 2 =1
2(02
+ 21)
3 =1
2(03
+ 31) , 4 =1
2(04
+ 41)
2.2.2. Resultados
Os valores para este modelo de quatro massas foram utilizados a partir dos dados
experimentais coletados, sendo eles:
= 0.1277 (Massa gerada pelo ar na regio do tampo do violo)
= 0.1277 (Massa gerada pelo ar no pisto do violo)
= 0.4 (Massa gerada pelo ar na regio lateral do violo)
= 0.002007 (Massa gerada pelo ar na regio do fundo do violo)
= 0.0412 (rea do tampo do violo)
= 0.0412 (rea do fundo do violo)
= 0.022352 (rea da boca do violo)
= 33240/ (Rigidez do tampo do violo)
= 87010/ (Rigidez do fundo do violo)
= 343.3/ (Velocidade do som)
= 1.205/3 (Massa especfica do ar)
= 0.01243 (Volume)
Uma rotina MATLAB foi elaborada (Captulo 0), sendo capaz de descobrir as
frequncias naturais, modos e calcular as respostas e fases em funo frequncia desse
sistema.
Tabela 2.2 Frequncias de Ressonncia para modelo de 4 massas
Modos de Vibrao (Hz) Frequncias de Ressonncia (Hz)
1 Modo 369,74
2 Modo 0,00
3 Modo 94,36
4 Modo 161,09
A resposta em frequncia dada pelo seguinte grfico:
-
13
Figura 2.5 Resposta em frequncia para o modelo de quatro massas
E as fases:
Figura 2.6 Fases para o modelo de duas massas (mesmas cores da Figura 2.5)
-
14
2.3. RESPOSTA DINMICA DE UMA CORDA DEDILHADA
Se uma corda de comprimento , fixas em ambas as extremidades, puxada no seu
ponto mdio, como mostrado na figura e ento solta, liberada, podemos determinar seu
movimento subsequente (Rao, 2010).
Figura 2.7 Deflexo inicial da corda
Equao que descreve a posio inicial da corda no instante = 0.
0() = 00
, 0 0
0() = 0 ( 1 0 0
) , 0
(, ) =
=1
(, ) =
=1
(
) [ cos (
) + (
)]
Considerando a condio inicial da velocidade igual a zero 0() = 0.
=2
0()
0
= 0
=2
0
0
() (
)
=2
( 0
0
0
() (
) + 0
0
() (
))
Fazendo
1 = 0
0
0
() (
)
0
-
15
2 = 0()(
)
0
1 = 00
0
0
(
)
obtemos,
1 =00
{ (
) (
)cos (
)
2 ( )
2 } |0 0
1 =00
2 { (
0 ) (
0 ) (
0 )
22}
2 = 0 (1 ( 0)
( 0))
0
(
)
2 = 0 { (
)
( 0)
( 0)
0
0
(
)}
Fazendo,
3 = (
),
0
4 = ( 0)
( 0) (
)
0
3 = (
)
0
= (
)
|
4 =1
( 0)( 0
0
) (
)
4 = 1
( 0){
0
(
) 0
0
(
) }
-
16
4 =1
( 0){ (
) (
) cos (
) +
0 cos (
)
( )
2 } |
Para =
4 =
1
( 0)[
2
2 2 cos() +
0
cos()]
Para = 0
40 =
1
( 0){ (
0 ) (
0 ) cos (
0 )
( )
2 +0
cos (
0
)}
Voltando a equao de ,
=2
(1 + 2) =
2
( 1 + 03 04)
=2
{1+03 0(4
40)}
= 2
{ 1 + 0(3 4
+ 40}
Resolvendo 3 4 + 4
0:
3 4 + 4
0 =
( (
0
) ()) 1
( 0){0
()
2
()}
+1
( ){ (
0 ) (
0 ) + (
0 )
( )
2 +0
(0
)}
=
(
0
)
()
1
( 0)
()
(0
2)
+1
( 0)(
)
2
(0
)
1
( 0)
0
2
()2 (
0
)
+1
( 0)
0
(
0
) =
-
17
cos()
{ +
(0 2)
( 0)} + (
0
) {(1
( 0)) (
)
2
} +
(0
)
(0
0) + (
0 0
)
( 3 4 + 4
0 ) =
cos (
0
) +
+1
( 0)(
)
2
(0
)
{1 (
0 0
) cos ()}
3 4 4
0 =
cos (
0
) +1
0(
)
2
(0
)
Voltando para
=2
{1 + 0 [
(
0
) + 1
( 0) (
)2
(0
)]}
=2
{00
(
)2
(0
)
00
(
)
2
(0
) cos (
0
) +
+0 (
) (
0
) + 0
( 0) (
)
2
(0
)}
Constante que depende das condies iniciais:
=2
{0 (
)
2
(0
) [
1
0+
1
0]}
Voltando a equao original para w(, )
w(, ) =
=1
(
) cos (
)
= (, ) = 2
0 (
)
2
(1
0+
1
0) (
0
) ((
) (
))
=1
Para verificar a soluo, 0 =
2
(, ) = 2
=1
0 (
)
2
( 2
+
2
) (
2) (
) cos (
)
-
18
(, ) = 80
()2 (
2) (
)
=1
(
)
Deslocamento transversal da corda para as condies de contorno que foram
atribudas.
3. OTIMIZAO
Como foi mencionado, um dos objetivos desse projeto a otimizao do modelo de
duas massas aproximando-o para um de quatro, pois este modelo mais prximo do
real. Para tal feito, partiremos do modelo experimental proposto pelo Captulo 2.2 onde
objetivar-se- o uso algoritmo gentico para se aproximar as curvas de resposta em
frequncia dos modelos utilizando mnimos quadrados.
Sobrepondo os valores do modelo de duas massas no de quatro massas, para os
mesmos dados obtidos experimentalmente, obtemos que:
Figura 3.1 Resposta do mesmo experimento para duas e quatro massas.
Na Figura 3.1 observa-se que o modelo de duas e quatro massas distoam
drasticamente. O objetivo dessa otimizao aproximar este modelo de 2GL ao de 4GL,
modificando os valores de massa, rigidez e res do sistema em um processo de busca.
Para esta finalidade ser proposto um algoritmo baseado em evoluo seletiva.
-
19
3.1. ALGORITMOS GENTICOS
Os Algoritmos Genticos (AG) so mecanismos de busca que se baseiam nos
processos de seleo natural para a sobrevivncia, atravs da gentica de populaes.
Os mecanismos que regem a evoluo so: a reproduo, o cruzamento e mutao,
onde, pelo princpio de Darwin, os mais aptos sobrevivem.
A seguinte figura esquematiza o funcionamento do algoritmo:
Figura 3.2 Fluxograma de um algoritmo gentico
Para esta otimizao ser utilizado o mesmo AG toolbox desenvolvido em
codificao real no MATLAB de outros projetos (Colherinhas, Dias, Diniz, & Rodrigues,
2014) (Colherinhas, Shzu, Avila, & Morais, 2015), com adaptaes.
3.1.1. Populao inicial
A populao inicial do algoritmo contm os valores de entrada dos quais se deseja
otimizar. Como ainda no existe uma noo clara da sensibilidade de cada fator sobre o
modelo de duas massas, cinco valores de entrada do sistemas foram colocados para
otimizao sob determinada faixa, so eles:
-
20
0,03 0,20
0,0005 0,008
0,03 0,05
0,01 0,04
20000 50000
3.1.2. Funes Objetivos
Para uma rpida busca inicial utilizando o AG, buscou-se como funo objetivo algo
muito simples: minimizar o valor entre as frequncias de ressonncia dos dois modelos
de duas e quatro massas. A ideia inicial era a de se utilizar a tcnica dos mnimos
quadrados, mas devido a um custo computacional muito elevado, por fazer uma busca
a cada gerao de milhares de combinaes, considerou-se primeiramente essa funo
objetivo mais simples. Qual seja, minimizar a seguinte funo fitness:
=1
|4 2|,
Esse valor deve ser verificado em ambos eixos e para isso foi feito uma combinao
entre duas funes fitness.
3.1.3. Resultados
Foi utilizado para a otimizao:
= 150, o nmero de geraes;
= 150, o nmero de indivduos por geraes;
= 0,08, a probabilidade de elistismo;
= 0,07, a probabilidade de mutao.
Aps diversas adaptaes para o algoritmo rodar de acordo com o pretendido, esses
valores foram selecionados no algoritmo para um mximo local bom. Apesar de ser
desnecessrio rodar tantas geraes, pois o algoritmo converge com 25 geraes,
sempre bom deixar uma margem a mais para tentar encontrar um valor fitness maior.
A Figura 3.3 mostra os melhores indivduos de cada gerao para esta otimizao e
a Figura 3.4 a de resposta em frequncia.
-
21
Figura 3.3 Melhores valores fitness de cada gerao
Figura 3.4 Grfico de resposta em frequncia do melhor fitness do AG
Os valores encontrados na otimizao que adaptam a curva do modelo de duas
massas ao de quatro massas foram:
Tabela 3.1 Valores do melhor fitness do AG
0,0890
0,0021
0,0320 2
0,3154 2
3213,8 /
-
22
4. BIBLIOGRAFIA
Christensen, O., & Vistisen, B. B. (25 de May de 1980). Simple model for low-frequency
guitar function.
Colherinhas, G. B., Dias, P. H., Diniz, A. C., & Rodrigues, A. P. (2014). Automotive
powertrain optimization by genetic algorithm analysing. EngOpt, 5.
Colherinhas, G. B., Shzu, M. A., Avila, S. M., & Morais, M. V. (2015). Genetic Optimization
of tower vibrations with pendulum TMD. Crete Island: COMPDYN 2015.
Cuzzucoli, G., & Lombardo, V. (2014). A Physical Model of the Classical Guitar, Including
the Player's Touch. Computer Music Journal.
Esashika, R. I. (2015). Modelagem e Identificao do comportamento dinmico de um
violo clssico. Braslia: Universidade de Braslia.
Popp, J. E. (2011, September 27). Four mass coupled oscillator guitar model. Acoustical
Society of America, pp. 829-836.
Rao, S. S. (2010). Mechanical Vibrations fifth edition. Hardcover.
-
23
5. ANEXOS
5.1. ALGORITMO PARA MODELO DUAS MASSAS
%% MODELO ANALTICO DE DUAS MASSAS
clc; clf; clear all; close all
%% Dados de entrada
mp = 0.034; % Massa gerada pelo ar no tampo do violo ma = 0.00051; % Massa gerada pelo ar na boca do violo At = 0.031; % rea do tampo do violo S = 0.00589; % rea da boca do violo kt = 40800; % Rigidez do tampo do violo c = 343.3; % Velocidade do som rho = 1.205; % Massa especfica do ar V = 0.0124; % Volume Rt = 0; Ra = 0;
mi = rho*c^2/V; alfa = mi*S*At;
K = [kt+mi*At^2 alfa; alfa mi*S^2]; R = [Rt 0; 0 Ra]; M = [mp 0; 0 ma]; F = [1; 0];
[u,lamb] = eig(K,M); omg_n = sqrt(lamb); f1=1;
i=1; j=1;
t0 = 0; delta = 0.1; tf = 3141;
for w = t0:delta:tf det = K-M*w^2+1i*w.*R; A = inv(det); X(i,:) = [abs(A(1)) angle(A(1)) abs(A(2)) angle(A(2))]; i=i+1; end j=j+1;
figure(1) semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X(:,1),'--r') hold on semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X(:,3),'b') title('Resposta x Frequncia'); xlabel('\Omega'); ylabel('X(\Omega)') legend('Tampo','Massa de ar')
figure(2)
-
24
subplot(211) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X(:,2),'--r') subplot(212) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X(:,4),'b')
fprintf('A primeira freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omg_n(1,1)/(2*pi)) fprintf('A segunda freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omg_n(2,2)/(2*pi))
5.2. ALGORITMO PARA MODELO QUATRO MASSAS
%% MODELO ANALTICO DE QUATRO MASSAS
clc; clf; clear all; close all
%% Dados de entrada
mt = 0.1277; % Tampo mb = 0.1277; % Fundo (back) mr = 0.4; % Laterais (ribs) ma = 0.002007; % Massa de ar na boca do violo
V = 0.0124; % Volume
c = 343.3; % Velocidade do som rho = 1.205; % Massa especfica do ar
At = 0.041; % rea do tampo Ab = 0.041; % rea do Fundo Aa = 0.02235; % rea da boca do violo
A = Ab-At-Aa;
Kt = 33240; % Rigidez do tampo do violo Kb = 87010; % Rigidez do fundo f1 = 1;
g = rho*c^2/V;
M = [mt 0 0 0; 0 mb 0 0; 0 0 mr 0; 0 0 0 ma];
K = [Kt+At^2*g At*Ab*g -Kt+A*At*g At*Aa*g; At*Ab*g Kb+Ab^2*g Kb+A*Ab*g Ab*Aa*g; -Kt Kb Kt+Kb 0 ; At*Ab*g Ab^2*At*g A*Ab*g Ab*Aa*g];
F = [f1; 0; 0; 0];
[u,lamb] = eig(K,M); omgn_4M = sqrt(lamb);
% Amortecedor proporcional epslon1 = 0.01; epslon2 = 0.001;
-
25
alpha1 = (2*epslon2*omgn_4M(2,2)-2*epslon1)/(omgn_4M(2,2)^2-
omgn_4M(1,1)^2); alpha0 = (2*epslon1-omgn_4M(1,1)*alpha1)*omgn_4M(1,1); R = alpha0*M+alpha1*K;
i=1; t0 = 10*2*pi; delta = 0.1; tf = 500*2*pi;
for w = t0:delta:tf det = K-M*w^2+1i*w.*R; A = inv(det); X4M(i,:) = [abs(A(1)) angle(A(1)) ... abs(A(2)) angle(A(2)) ... abs(A(3)) angle(A(3)) ... abs(A(4)) angle(A(4))]; i=i+1; end
[pks,loc]=findpeaks(X4M(:,1)); wt = t0:delta:tf; wt(1,loc)/(2*pi);
figure(1) semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,1),'r') hold on semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,3),'g') hold on semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,5),'m') hold on semilogy((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,7),'b') title('Resposta x Frequncia'); xlabel('\Omega'); ylabel('X(\Omega)') legend('Tampo','Fundo','Laterais','Massa de ar')
figure(2) subplot(411) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,2),'r') subplot(412) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,4),'g') subplot(413) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,6),'m') subplot(414) plot((t0:delta:tf)/(2*pi),X4M(:,8),'b')
fprintf('A 1 freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omgn_4M(1,1)/(2*pi)) fprintf('A 2 freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omgn_4M(2,2)/(2*pi)) fprintf('A 3 freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omgn_4M(3,3)/(2*pi)) fprintf('A 4 freq. de ressonncia : %0.2f Hz.\n',omgn_4M(4,4)/(2*pi))