Modelagem do Impacto de Modificações da Cobertura Vegetal Amazônica no Clima Regional e Global...

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Modelagem do Impacto de Modelagem do Impacto de Modificações da Cobertura Vegetal Modificações da Cobertura Vegetal Amazônica no Clima Regional e Amazônica no Clima Regional e Global Global Francis Wagner Silva Correia CPTEC – INPA ([email protected]) Objetivo: Realizar um estudo de modelagem numérica, utilizando o Modelo Regional ETA e o Modelo de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA/CPTEC), para avaliar as conseqüências climáticas decorrentes das mudanças na cobertura vegetal da região Amazônica, utilizando diferentes cenários de desflorestamento.

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Modelagem do Impacto de Modificações da Modelagem do Impacto de Modificações da Cobertura Vegetal Amazônica no Clima Cobertura Vegetal Amazônica no Clima

Regional e GlobalRegional e Global

Francis Wagner Silva CorreiaCPTEC – INPA

([email protected])

Objetivo: Realizar um estudo de modelagem numérica, utilizando o Modelo Regional ETA e o Modelo de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA/CPTEC), para avaliar as conseqüências climáticas decorrentes das mudanças na cobertura vegetal da região Amazônica, utilizando diferentes cenários de desflorestamento.

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1- 1- IntroduçãoIntrodução

O território brasileiro, como um todo, tem apresentado diferentes transformações no padrão espacial de uso e cobertura da terra (desflorestamento e agricultura)

Amazônia Legal Taxa de desflorestamento 26.130 km2 (2003/2004) (6,2% maior que em 2002/2003) (Rondônia, Pará e Mato Grosso) – (INPE, 2005)

Monitoramento de vários anos 18% da Amazônia Legal desflorest. até 2004.

Campos de pastagens (1,7 – 17 milhões = gado)Campos de pastagens (1,7 – 17 milhões = gado)

Áreas de cultivoÁreas de cultivo

Corte de árvores - madeireirasCorte de árvores - madeireiras

Expansão da soja – cerrado (3 ton/ha). (Shean, 2004)Expansão da soja – cerrado (3 ton/ha). (Shean, 2004)

Estradas asfaltadas ( 80 mil Km – 1970-2000)Estradas asfaltadas ( 80 mil Km – 1970-2000)

75% desflorestamento – 100 km rodovia. (Alves, 2002)75% desflorestamento – 100 km rodovia. (Alves, 2002)

Programa de infra-estruturaPrograma de infra-estrutura

““Avança Brasil”Avança Brasil”

680 mil km680 mil km-2-2 – França e Portugal – França e Portugal

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Programa Avança Brasil (Governo FHC) = Programa Avança Brasil (Governo FHC) = aplicação de USaplicação de US$ 43 bilhões, $ 43 bilhões, USUS$ 20 $ 20 bilhões são para obras de infra-estrutura bilhões são para obras de infra-estrutura (2000-2007) - (2000-2007) - Fearnside e Laurance, 2002Fearnside e Laurance, 2002

Asfaltamento de 7.500 km de rodovias Asfaltamento de 7.500 km de rodovias facilitará o acesso de fazendeiros e facilitará o acesso de fazendeiros e madeireiros e outros a regiões remotas –AMmadeireiros e outros a regiões remotas –AM

Custos Ambientais - 2020 - (Fearnside et al, Custos Ambientais - 2020 - (Fearnside et al, 2002) – 270 a 506 mil ha/ano.2002) – 270 a 506 mil ha/ano.

Gases “efeito estufa” – 52 a 98 milhões de ton Gases “efeito estufa” – 52 a 98 milhões de ton anuais na emissões.anuais na emissões.

IPAM = desmatamento adicional IPAM = desmatamento adicional de 120 mil a 270 mil kmde 120 mil a 270 mil km-2 -2 nos nos

próximos 20 ou 30 anospróximos 20 ou 30 anos

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Essas mudanças poderiam causar impactos no clima? E, quais seriam Essas mudanças poderiam causar impactos no clima? E, quais seriam estes impactos? estes impactos?

Objetivo geral :Objetivo geral :

Realizar um estudo de modelagem físico-matemático da interação Realizar um estudo de modelagem físico-matemático da interação superfície-atmosfera para toda a Amazônia Legal, considerando superfície-atmosfera para toda a Amazônia Legal, considerando diferentes cenários de desflorestamento da Amazônia, a fim de diferentes cenários de desflorestamento da Amazônia, a fim de avaliar o impacto no clima nas escalas regional e global.avaliar o impacto no clima nas escalas regional e global.

Considerando um panorama mais realista da cobertura vegetal para a Considerando um panorama mais realista da cobertura vegetal para a Amazônia, quais seriam os efeitos climáticos detectados?Amazônia, quais seriam os efeitos climáticos detectados?

Etapa I = Etapa I = Calibração dos parâmetros do modelo SSiB Calibração dos parâmetros do modelo SSiB

Implementação dos cenários de desflorestamento nos modelos Implementação dos cenários de desflorestamento nos modelos atmosféricosatmosféricos

Etapa II = Etapa II = SimulaçõesSimulações dos dos Impactos climáticos comImpactos climáticos com o modelo global (CPTEC) o modelo global (CPTEC)

SimulaçõesSimulações dos dos Impactos climáticos com oImpactos climáticos com o modelo regional (ETA) modelo regional (ETA)

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2- 2- Elementos teóricosElementos teóricos

Experimentos de campo na AmazôniaExperimentos de campo na Amazônia

Estudos na interação superfície - atmosferaEstudos na interação superfície - atmosfera

ARMEARME ABLE-2ABLE-2

RBLERBLE

ABRACOSABRACOS

LBALBA

De que modo as mudanças dos usos da terra e do clima afetarão o De que modo as mudanças dos usos da terra e do clima afetarão o funcionamento biológico, químico e físico da Amazônia, incluindo sua funcionamento biológico, químico e físico da Amazônia, incluindo sua sustentabilidade e sua influência no clima global? sustentabilidade e sua influência no clima global?

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Lean e Warrilow

(1989)

Nobre et al. (1991)

Dickinson e Kennedy

(1992)

Henderson-Sellers et al.

(1993)

Lean eRowntree

(1993)

Polcher e Laval

(1994a)

Polcher e Laval

(1994b)

Walker et al.

(1995)

Manzi e Planton(1996)

MCGA UKMOa NMCb CCM1c CCM1 UKMO LMDd LMD GLAe EMERAUDE

Resolução 2,5o x 3,75o

1,8o x 2,8o 4,5o x 75o 4,5o x 7.5o 2,5o x 3,75o

2,0o x 5,6o

2,0o x 5,6o 4o x 5o 2,8o x 2,8o

Esquema desuperfície

- SSiBg BATSh BATS Warrilow et al.

(1986)

SECHIBA

SECHIBA SiB ISBAi

ComprimentoSimulaçãof

3 anos 1 ano 3 anos 6 anos 3 anos 1,1 anos 11 anos 3 anos 3 anos

Comprimento Rugosidade

0,79/0,04 2,65/0,08 2,00/0,05 2,00/0,20 0,80/0,04 2,30/0,06 2,30/0,06 2,65/0,85 2,00 / 0,026

Albedo 0,136/0,18 0,13/0,20 0,12/0,19 0,12/0,19 0,14/0,19 0,098/0,18

0,14/0,22 - 0,12/0,163

P (mm dia-1) -1,3 -1,8 -1,4 -1,6 -0,8 +1,1 -0,5 -1,2 -0,4

E (mm dia-1) -0,8 -1,4 -0,7 -0,6 -0,6 -2,7 -0,3 -0,8 -0,3

R (mm dia-1) -0,5 -0,4 -0,7 -0,9 -0,2 +3,8 -0,2 -0,4 +0,3

T (oC) +2,4 +2,0 +0,6 +0,6 +2,1 +3,8 +0,1 +0,4 +1,3

C Redução Redução Redução Redução Redução Aumento Redução Redução Aumento

Modelagem AtmosféricaModelagem Atmosférica

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Sud et al.(1996a)

Sud et al.(1996b)

Zhang e Henderson-

Sellers(1996)

Zhang et al.(1996)

Lean e Rowntree

(1997)

Hahmann e Dickinson

(1997)

Costa e Foley(2000)

Voldoire e Royer(2004)

MCGA GLA GLA CCM1 CCM1 UKMO CCM2 GENESIS

ARPEGE

Resolução 4,0ox5,0o 4o x 5o 4,5o x 7,4o 4,5ox 7,4o 2,5ox3,75o 2,8ox 2,8o 4,5ox 7,5o 2,8ox 2,8o

Esquema desuperfície

SSiB SiB BATS BATS Warrilow et al.(1986

BATS IBISj ISBA

ComprimentoSimulação

3 anos 5 anos 25 anos 25 anos 10 anos 10 anos 15 anos 29 anos

Comprimento Rugosidade(m)

2,65/0,08 2,65/0,85 2,00/0,20 2,00/0,20 2,10/0,026 2,00/0,05 1,51/ 0,05

2,8/1,0

Albedo 0,092/0,14 - 0,12/0,19 0,12/0,19 0,13/0,18 0,12/0,19 0,135/0,173

13,5/17,0

P (mm dia-1) -1,5 -0,3 -1,1 -1,6 -0,4 -1,0 -0,7 -0,4

E (mm dia-1) -1,2 -1,2 -0,6 - -0,8 -0,4 -0,6 -0,4

R (mm dia-1) -0,3 +0,8 -0,5 - +0,4 -0,6 -0,1 -0,01

T (oC) +2,0 +2,6 +0,3 +2,7 +2,4 +1,0 +1,4 -0,1

C Redução Aumento Redução Redução Aumento Redução Redução Redução

Modelagem RegionalModelagem Regional

Silva Dias e Regnier, 1996; Avissar e Liu, 1996; Avissar e Schmidt, 1998; Wang et al., 1996, Silva Dias e Regnier, 1996; Avissar e Liu, 1996; Avissar e Schmidt, 1998; Wang et al., 1996, 1998; Li e Avissar, 1994; Lynn et al., 1995; Dalu et al., 1996; Chen e Avissar, 1994a; Chen e 1998; Li e Avissar, 1994; Lynn et al., 1995; Dalu et al., 1996; Chen e Avissar, 1994a; Chen e

Avissar, 1994b; Wetzel et al., 1996; Wang et al., 2000; Roy Baidya e Avissar, 2002. Avissar, 1994b; Wetzel et al., 1996; Wang et al., 2000; Roy Baidya e Avissar, 2002.

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Principais resultados encontrados:Principais resultados encontrados:

ou ou PrecipitaçãoPrecipitação

EvapotranspiraçãoEvapotranspiração

ou ou RunoffRunoff

Temperatura da superfícieTemperatura da superfície

ou ou Convergência de umidade Convergência de umidade

Heterogeneidade da superfície – gradientes de Heterogeneidade da superfície – gradientes de pressão e temperatura – circulação mesoescalapressão e temperatura – circulação mesoescala

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3 - 3 - Modelos atmosféricos e hidrológicoModelos atmosféricos e hidrológico

3.1 – MCGA/CPTEC3.1 – MCGA/CPTEC

Modelo Espectral – T62L28 (2Modelo Espectral – T62L28 (2ºº););

Coordenada vertical Coordenada vertical ;;

Parametrização de Kuo – convecção Parametrização de Kuo – convecção profunda;profunda;

Parametrização de Tiedtke – convecção Parametrização de Tiedtke – convecção rasa;rasa;

Condensação de grande escala;Condensação de grande escala;

Turbulência (CLP) – Mellor e Yamada Turbulência (CLP) – Mellor e Yamada (1982);(1982);

Radiação onda curta – Lacis e Hansen Radiação onda curta – Lacis e Hansen (1974);(1974);

Radiação onda longa – Hashvardhan et al. Radiação onda longa – Hashvardhan et al. (1987);(1987);

Esquema de superfície – SSiB;Esquema de superfície – SSiB;

TSM – Climatológica;TSM – Climatológica;

Água no solo – balanço hídrico;Água no solo – balanço hídrico;

3.2 – Modelo ETA/SSiB3.2 – Modelo ETA/SSiBResolução 40km e 38 camadas vertical;Resolução 40km e 38 camadas vertical;

Coordenada vertical Coordenada vertical ;;

Parametrização de Betts e Miller (1986) – Parametrização de Betts e Miller (1986) – convecção profunda e rasa;convecção profunda e rasa;

Condensação de grande escala;Condensação de grande escala;

Turbulência (CLP) – Mellor e Yamada 2.5 Turbulência (CLP) – Mellor e Yamada 2.5 (atmosfera livre) e 2.0 (CLP);(atmosfera livre) e 2.0 (CLP);

Radiação onda curta – Lacis e Hansen Radiação onda curta – Lacis e Hansen (1974);(1974);

Radiação onda longa – Fels e Radiação onda longa – Fels e Schwarztkopf (1975);Schwarztkopf (1975);

Esquema de superfície – SSiB;Esquema de superfície – SSiB;

TSM – Climatológica;TSM – Climatológica;

Água no solo e condições de contorno – Água no solo e condições de contorno – do MCGA/CPTEC;do MCGA/CPTEC;

Supercomputador = NEC SX6Supercomputador = NEC SX6

Paralelizado – MCGA; Seqüencial - ETAParalelizado – MCGA; Seqüencial - ETA

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4 – 4 – Simulações numéricasSimulações numéricas4.1 – MCGA/CPTEC4.1 – MCGA/CPTEC

Experimentos Inicialização Integração TSM Água no solo

CONTROL 1,2,3,/12/1997 1096, 1095, 1094 dias Climatológica Mod. Bal. Hídrico

PROVEG 1,2,3,/12/1997 1096, 1095, 1094 dias Climatológica Mod. Bal. Hídrico

CEN2033 1,2,3,/12/1997 1096, 1095, 1094 dias Climatológica Mod. Bal. Hídrico

DESFLOR 1,2,3,/12/1997 1096, 1095, 1094 dias Climatológica Mod. Bal. Hídrico

- C.I. – análises do NCEPC.I. – análises do NCEP- “- “EnsembleEnsemble” – filtrar variabilidade natural do modelo (3 membros).” – filtrar variabilidade natural do modelo (3 membros).- 2 anos iniciais ignorados – ajustamento da água no solo e c.i. – análise (ano 2000)- 2 anos iniciais ignorados – ajustamento da água no solo e c.i. – análise (ano 2000) 4.2 – ETA -SSIB4.2 – ETA -SSIB

Experimentos Inicialização Integração TSM Água no solo

CONTROL 1/12/1999 396 dias Climatológica MCGA/CPTEC

PROVEG 1/12/1999 396 dias Climatológica MCGA/CPTEC

CEN2033 1/12/1999 396 dias Climatológica MCGA/CPTEC

DESFLOR 1/12/1999 396 dias Climatológica MCGA/CPTEC

- C.I. e C.C. – MCGA/CPTECC.I. e C.C. – MCGA/CPTEC- rodada única para cada experimento iniciada no mês de dezembro de 1999- rodada única para cada experimento iniciada no mês de dezembro de 1999- condição de contorno e inicialização de água no solo do MCGA/CPTEC - condição de contorno e inicialização de água no solo do MCGA/CPTEC

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5 – 5 – Cenários de desflorestamentoCenários de desflorestamento5.1 – CONTROL5.1 – CONTROL

-Projeto Proveg (Sestini et al., 2002)Projeto Proveg (Sestini et al., 2002)

-(1x1 km)(1x1 km)

-Sem desflorestamentoSem desflorestamento

-IBGE (1993) = 1:5.000.000 (35 classes-Brasil)IBGE (1993) = 1:5.000.000 (35 classes-Brasil)

-RADAMBRASIL – 26 cartas = 1:1.000.000RADAMBRASIL – 26 cartas = 1:1.000.000

Resolução das áreas de contato - TM Landsat Resolução das áreas de contato - TM Landsat (Mosaico 1999/2000)(Mosaico 1999/2000)

5.2 – PROVEG5.2 – PROVEG

-Projeto Proveg (Sestini et al., 2002)Projeto Proveg (Sestini et al., 2002)

-(1x1 km)(1x1 km)

-Desflorestamento: PRODES (OBT-INPE)Desflorestamento: PRODES (OBT-INPE)

-112 cenas do ano base 1997112 cenas do ano base 1997

-Resolução da áreas de “contatos”Resolução da áreas de “contatos”

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5.3 – CEN20335.3 – CEN2033

-Cenário ano 2033Cenário ano 2033

-(2x2 km)-(2x2 km)

-Modelo de dinâmica de paisagem Modelo de dinâmica de paisagem

““Dinâmica”Dinâmica”

-Elaborado pela cooperação entre a Elaborado pela cooperação entre a Unversidade Federal de Minas Gerais, The Unversidade Federal de Minas Gerais, The Woods Hole Research Center e o IPAMWoods Hole Research Center e o IPAM

(Soares-Filho et al., 2002; 2004)(Soares-Filho et al., 2002; 2004)

-Desflorestamento grande escala (AM)Desflorestamento grande escala (AM)

-Toda a floresta Amazônia – pastagemToda a floresta Amazônia – pastagem

-Nobre et al., 1991; Lean e Rowntree, 1997;Nobre et al., 1991; Lean e Rowntree, 1997;

Hahmann e Dickinson, 1997; Kleidon e Hahmann e Dickinson, 1997; Kleidon e Heimann (2000), Voldoire e Royer, 2004.Heimann (2000), Voldoire e Royer, 2004.

5.4 – DESFLOR5.4 – DESFLOR

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(Soares-Filho et al., 2002; 2004)(Soares-Filho et al., 2002; 2004)

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6 – 6 – Calibração SSiB e desempenho do M. HidrológicoCalibração SSiB e desempenho do M. Hidrológico6.1 – Calibração dos parâmetros físicos – fisiológicos (SSiB)6.1 – Calibração dos parâmetros físicos – fisiológicos (SSiB)

- Sítios de pastagem (NS) e floresta (RJ) - (LBA).- Sítios de pastagem (NS) e floresta (RJ) - (LBA).

- Versão SSiB “off-line”.Versão SSiB “off-line”.

- KK, L , L , T, V, q, P, Ppt., T, V, q, P, Ppt.

- H e LE (Inst. resposta rápida) – “H e LE (Inst. resposta rápida) – “eddy eddy correlationcorrelation”.”.

-Água solo – sonda nêutrons.Água solo – sonda nêutrons.

- 15 dias (NS) e 14 dias (RJ). (ago/set - 200115 dias (NS) e 14 dias (RJ). (ago/set - 2001))

-Parâm. Iniciais (NS) = Rocha et al., (1996)Parâm. Iniciais (NS) = Rocha et al., (1996)

-Parâm. Iniciais (RJ) = (Nobre et al. (1991); Sellers -Parâm. Iniciais (RJ) = (Nobre et al. (1991); Sellers et al. (1989); Dorman e Sellers (1989).et al. (1989); Dorman e Sellers (1989).

-Equilíbro água-solo. (1 ano de integração) 25x-Equilíbro água-solo. (1 ano de integração) 25x

-Algoritmo de mínimos quadrados (ZXSSQ, IMSL, -Algoritmo de mínimos quadrados (ZXSSQ, IMSL, 1984)1984)

Oi

OiI

i

Cii

ii E

HE

E

HE

EF

0),........,(

),........,(

21

21

__

n

n

xxx

xxxF21

1

21

/

N

iFNF

Convergência - parâmetros calibradosConvergência - parâmetros calibrados

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Resultado do processo de calibração:Resultado do processo de calibração:__F

Pastagem (NS) Floresta (RJ)

Parâmetros Inicial Calibrado Inicial Calibrado

Índice de área foliar - Lt (m2 m-2) 1,610 1,530 5,000 4,819

Fração de folha verde - Nc 0,930 0,901 0,950 0,912

Fração de cobertura vegetal - Vc 0,790 0,742 1,000 0,927

Parâmetros de resistência estomática à radiação PAR(a)(J m-3)(b)(W m-2)(c)(s m-1)

11554,02,100110,00

11591,42,899107,90

2336,00,010

154,00

2357,10,093150,89

Comprimento de rugosidade – zo (m) 0,022 0,020 2,650 2,550

Deslocamento do plano zero - D (m) 0,170 0,200 27,400 29,102

Porosidade - s (m3 m-3) 0,460 0,490 0,420 0,482

Condutividade hidráulica à satura-ção - Ks (m s-1)

1,0x10-5 1,5x10-5 2,0x10-5 4,6x10-6

Parâmetro do déficit de pressão de vapor d’água - h5 (hPa-1)

0,0184 0,0165 0,0222 0,0201

Parâmetros do potencial de água no solo1 (m)

2 (m)

1,8005,670

1,8505,777

1,2006,250

1,1906,270

(W m-2) 4338,9 1451,4 240,9 142,7

Erro médio (“bias”) de E (W m-2) 98,9 86,3 132,3 117,4

Erro médio (“bias”) de H (W m-2) 43,6 55,6 32,5 38,5

-Convergência = 27 Convergência = 27 iteraçõesiterações

-Desvio médio erro (F) -Desvio médio erro (F) caiu 70%caiu 70%

-Erros para H e -Erros para H e E E reduziramreduziram

- Poucas mudanças - Poucas mudanças parâmetros – não-parâmetros – não-linearidade, exceto na linearidade, exceto na condutividade condutividade hidráulicahidráulica

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(Fazenda NS)(Fazenda NS) (Floresta RJ)(Floresta RJ)

-Erro reduziu Erro reduziu E E

-Erro reduziu Erro reduziu H H

-Pequenas mudanças = -Pequenas mudanças = parâmetros ajustados ou não parâmetros ajustados ou não fechamento do balanço de fechamento do balanço de energia.energia.

-Aperfeiçoamento dos sensoresAperfeiçoamento dos sensores

-Aperfeiçoamento dos -Aperfeiçoamento dos algoritmos de cálculo dos fluxos algoritmos de cálculo dos fluxos turbulentosturbulentos

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7 – Mudanças regionais – Modelo ETA / SSiB.7 – Mudanças regionais – Modelo ETA / SSiB.

(a) Temperatura da superfície (oC) (b) Calor latente (W m-2); (c) Precipitação (mm dia-1); (d) Convergência de umidade (mm dia-1).

(Média Anual = PROVEG-CONTROL)(Média Anual = PROVEG-CONTROL) -Ts = 1,5 a 2,5Ts = 1,5 a 2,5ooCC

-Tc = CLP (0,2-Tc = CLP (0,2ooC) (PA e RO)C) (PA e RO)

- q = - 0,6 a 0,8g kg- q = - 0,6 a 0,8g kg-1-1

-Atmosfera mais seca e quente Atmosfera mais seca e quente (redução umidade relativa)(redução umidade relativa)

- Aquecimento = Redução Evp e rAquecimento = Redução Evp e rdd – –

(menor LAI e capac. Armazenagem, (menor LAI e capac. Armazenagem, redução perda interceptação.)redução perda interceptação.)

-Aumento na cobertura de nuvens Aumento na cobertura de nuvens (baixos níveis) – Cutrim et al. (1995) e (baixos níveis) – Cutrim et al. (1995) e Durieux et al. (2003).Durieux et al. (2003).

-Aumento precipitação (0,9 mmdiaAumento precipitação (0,9 mmdia-1-1) ) Leste Pará – Converg. Umidade Leste Pará – Converg. Umidade (circulação mesoescala)(circulação mesoescala)

-Runoff – aumento da ppt econverRunoff – aumento da ppt econver

-E. seca = mudanças mais intensas. E. seca = mudanças mais intensas. (estresse água solo – raízes)(estresse água solo – raízes)

Significância estatística Significância estatística t de Studentt de Student

pag. 112pag. 112

(a) (b)

(c) (d)

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(Média Anual = CEN2033-CONTROL)(Média Anual = CEN2033-CONTROL) -Ts = 2 a 3Ts = 2 a 3ooC (PA e norte MT)C (PA e norte MT)

-Tc = CLP (0,4-Tc = CLP (0,4ooC) C)

-q = - 0,8 kgq = - 0,8 kg-1-1

-UR = 10% (PA)UR = 10% (PA)

-Atmosfera + seca e + quenteAtmosfera + seca e + quente

-Mudança + significativa que no -Mudança + significativa que no cenário PROVEGcenário PROVEG

-Aumento na cob. nuvens = local Aumento na cob. nuvens = local aumento da ppt (circulação aumento da ppt (circulação mesoescala) (Avissar e Liu, 1996; mesoescala) (Avissar e Liu, 1996; Wang et al. 2000).Wang et al. 2000).

-Aumento ppt no leste (AM)Aumento ppt no leste (AM)

-Na média = aumento ppt, devido ao Na média = aumento ppt, devido ao aumento na convergência umidade aumento na convergência umidade (circulação mesoescala)(circulação mesoescala)

-Mudanças mais intensa na estaçãoMudanças mais intensa na estação seca e neste cenário.

Modelo ETA, pag. 127Modelo ETA, pag. 127(a) Temperatura da superfície (oC) (b) Calor latente (W m-2); (c) Precipitação (mm dia-1); (d) Convergência de umidade (mm dia-1).

(d)

(a) (b)

(c)

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(Média Anual = DESFLOR-CONTROL)(Média Anual = DESFLOR-CONTROL)-Mudanças mais acentuadas que Mudanças mais acentuadas que PROVEG e CEN2033PROVEG e CEN2033

-Ts = 3 a 4Ts = 3 a 4ooC (PA)C (PA)

-Tc = CLP (1,0-Tc = CLP (1,0ooC) C)

-q = - 1,2 kgq = - 1,2 kg-1-1

-UR = 15% (PA)UR = 15% (PA)

-Cobertura nuvens = redução no Cobertura nuvens = redução no nordeste AS, aumento sul e oeste da nordeste AS, aumento sul e oeste da Amazônia (convergência de umidade). Amazônia (convergência de umidade).

-Precipitação = redução significativa Precipitação = redução significativa leste PA e no Amazonas – reciclagem leste PA e no Amazonas – reciclagem água - e aumento extremo oeste – água - e aumento extremo oeste – converg. umidadeconverg. umidade

-Na média = ppt reduziu 12% e Evap. Na média = ppt reduziu 12% e Evap. 32%32%

-E. seca = mudanças intensas E. seca = mudanças intensas

Modelo ETA, pag. 139Modelo ETA, pag. 139(a) Temperatura da superfície (oC) (b) Calor latente (W m-2); (c) Precipitação (mm dia-1); (d) Convergência de umidade (mm dia-1).

(a) (b)

(c) (d)

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7.1 – Balanço de radiação e energia7.1 – Balanço de radiação e energia (PROVEG-CONTROL)(PROVEG-CONTROL)

-Aumento albedo = 0,13 – 0,20Aumento albedo = 0,13 – 0,20

-Aumento Temp. = 2,0-Aumento Temp. = 2,0ooCC

-Redução SWRedução SW = nebulosidade – = nebulosidade – redução Rn.redução Rn.

-Aumento em LWAumento em LW = nebulosidade = nebulosidade

-Redução Rn = (15%) – albedo e -Redução Rn = (15%) – albedo e perda de onda longa (albedo domina)perda de onda longa (albedo domina)

-Impactos em H e Impactos em H e E maiores na E maiores na estação seca.estação seca.

-Topo atmosfera = mudanças na rad. Topo atmosfera = mudanças na rad. onda curta.onda curta.

-Redução na pressão – aumento na Redução na pressão – aumento na temp. e PW aumentou – converg. temp. e PW aumentou – converg. umidade.umidade.

Modelo ETA, pag. 156Modelo ETA, pag. 156

(W m-2)

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(CEN2033-CONTROL)(CEN2033-CONTROL)

-Aumento albedo = 0,13 – 0,20Aumento albedo = 0,13 – 0,20

-Aumento Temp. = 2,4-Aumento Temp. = 2,4ooC (> PROVEG)C (> PROVEG)

-Redução SWRedução SW = nebulosidade – = nebulosidade – redução Rn.redução Rn.

-Aumento em LWAumento em LW = Ts = Ts

-Redução Rn = (16%) – albedo Redução Rn = (16%) – albedo

-Topo atmosfera = mudanças na rad. Topo atmosfera = mudanças na rad. onda curta e longa.onda curta e longa.

-Redução na pressão – aumento na Redução na pressão – aumento na temp. e PW aumentou – converg. temp. e PW aumentou – converg. umidade. > que PROVEGumidade. > que PROVEG

Modelo ETA, pag. 157Modelo ETA, pag. 157

(W m-2)

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(DESFLOR-CONTROL)(DESFLOR-CONTROL)

-Aumento albedo = 0,13 – 0,20Aumento albedo = 0,13 – 0,20

-Aumento Temp. = 2,8-Aumento Temp. = 2,8ooC (> CEN2033)C (> CEN2033)

-Aumento SWAumento SW = redução nebulosidade = redução nebulosidade (médio e altos).(médio e altos).

-Redução LW Redução LW = redução nebulosidade= redução nebulosidade

-Redução Rn = (17%) – maior perda de Redução Rn = (17%) – maior perda de onda longa.onda longa.

- Estação seca = Ts maior - LWEstação seca = Ts maior - LW - Rn - Rn

-Topo atmosfera = mudanças na rad. Topo atmosfera = mudanças na rad. onda longa. (redução na nebulosidade)onda longa. (redução na nebulosidade)

-Redução na pressão – aumento na Redução na pressão – aumento na temp. e PW reduziu – redução evap. temp. e PW reduziu – redução evap. (mesmo com convergência umidade)(mesmo com convergência umidade)

Modelo ETA, pag. 158Modelo ETA, pag. 158

(W m-2)

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7.2 – Balanço de água – ciclo hidrológico7.2 – Balanço de água – ciclo hidrológico(PROVEG-CONTROL)(PROVEG-CONTROL)

P = precipitação; ET e ES = transpiração e evaporação do solo; EL = evaporação da água interceptada pela vegetação; R = escorrimento “runoff” (mm dia-1)

CONTROLE:CONTROLE:

-Da precipitação total = (63% - ET e ES) e -Da precipitação total = (63% - ET e ES) e (15,7% - perda por interceptação)(15,7% - perda por interceptação)

-78% da ppt = reciclagem local de água78% da ppt = reciclagem local de água

- 25% = runoff (transporte de umidade)25% = runoff (transporte de umidade)

-IMPACTOIMPACTO::

-Aumento na ppt (15,2% - anual)Aumento na ppt (15,2% - anual)

- Redução de 68% na perda por interc. Redução de 68% na perda por interc. (mudanças parâmetros fisiológicos = (mudanças parâmetros fisiológicos = importante na reciclagem local de água)importante na reciclagem local de água)

-Convergência e Evap. = sentidos Convergência e Evap. = sentidos contrárioscontrários

-Aumento na convergência sobrepujou a -Aumento na convergência sobrepujou a redução na evap. = aumento na ppt redução na evap. = aumento na ppt (estação úmida)(estação úmida)

ANUALANUAL

Modelo ETA, pag. 163Modelo ETA, pag. 163

CONTROLCONTROL

PROVEG-CONTROLPROVEG-CONTROL

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(CEN2033-CONTROL)(CEN2033-CONTROL)

P = precipitação; ET e ES = transpiração e evaporação do solo; EL = evaporação da água interceptada pela vegetação; R = escorrimento “runoff” (mm dia-1)

IMPACTO:

- Aumento na ppt (8% - anual) - Aumento na ppt (8% - anual)

- Convergência e Evap. = sentidos Convergência e Evap. = sentidos contrárioscontrários

-Aumento na convergência sobrepujou a -Aumento na convergência sobrepujou a redução na evap. = aumento na ppt.redução na evap. = aumento na ppt.

-Estação seca = pouca mudança na ppt.-Estação seca = pouca mudança na ppt.

- Atmosfera age no sentido de reduzir os - Atmosfera age no sentido de reduzir os efeitos da redução na evap.efeitos da redução na evap.

Modelo ETA, pag. 165Modelo ETA, pag. 165

CONTROLCONTROL

CEN2033 - CONTROLCEN2033 - CONTROL

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(DESFLOR-CONTROL)(DESFLOR-CONTROL)

P = precipitação; ET e ES = transpiração e evaporação do solo; EL = evaporação da água interceptada pela vegetação; R = escorrimento “runoff” (mm dia-1)

IMPACTO:IMPACTO:

Redução na ppt (11,5% - anual) Redução na ppt (11,5% - anual)

- Convergência e Evap. = sentidos Convergência e Evap. = sentidos contrárioscontrários

-Redução evap. sobrepujou a -Redução evap. sobrepujou a convergência umidade = redução na ppt.convergência umidade = redução na ppt.

-Atmosfera age no sentido de reduzir os Atmosfera age no sentido de reduzir os efeitos da redução na evap.efeitos da redução na evap.

-Redução intensa na Evap. > Redução intensa na Evap. > convergência de umidade – menos pptconvergência de umidade – menos ppt

- Redução significativa na Evap estação - Redução significativa na Evap estação seca = comprimento das raízes.seca = comprimento das raízes.

Modelo ETA, pag. 166Modelo ETA, pag. 166

CONTROLCONTROL

DESFLOR - CONTROLDESFLOR - CONTROL

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8.1 – Fluxo de umidade integrado verticalmente

-Estação Úmida-Estação Úmida

-Transporte de leste baixa latitudes = -Transporte de leste baixa latitudes = ventos Alíseos, e de oeste alta latitudesventos Alíseos, e de oeste alta latitudes

- Aumento na velocidade vento na CLP = - Aumento na velocidade vento na CLP = produziu forte confluência do escoamento produziu forte confluência do escoamento – regiões de anomalias de converg. – regiões de anomalias de converg. umidade.umidade.

-PROVEG = confluência de umidade PROVEG = confluência de umidade (Tocantins e Bahia) – aumento na ppt. Na (Tocantins e Bahia) – aumento na ppt. Na Bolivia red.precipitação. Bolivia red.precipitação.

-CEN2033 = confluência Brasil central – CEN2033 = confluência Brasil central – aumento ppt no nordeste.aumento ppt no nordeste.

-DESFLOR = confluência no oeste do AM DESFLOR = confluência no oeste do AM – ppt. Aumento para o centro do Brasil.– ppt. Aumento para o centro do Brasil.

Fluxo de umidade integrado verticalmente para estação úmida (kg m -1 s-1): (a) simulação de controle; (b) mudanças decorrentes do cenário PROVEG; (c) CEN2033; (d) DESFLOR

01p

pt

qVdpg

Q

MCGA/CPTEC, pag. 280MCGA/CPTEC, pag. 280

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PROVEG

CEN2033

DESFLOR

MCGA/CPTEC, pag. 291MCGA/CPTEC, pag. 291

-1,2

-2,4

Divergência

Unidade:106 kg/s

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8.3 – Energia Estática Úmida

Precipitação na Amazônia = sistemas convectivos. Mudanças na superfície e converg. umidade afetam a estabilidade local. Analisa o impacto na estabilidade e Convecção através da EEU.

-Gradiente vertical negativo de EEU = atm Gradiente vertical negativo de EEU = atm Instável.Instável.

-EEU - energia disponível para a -EEU - energia disponível para a convecçãoconvecção

-EEU - instável todos os cenáriosEEU - instável todos os cenários

-Gradiente menos negativo – DESFLOR e -Gradiente menos negativo – DESFLOR e CEN2033 ( + estabilidade atm)CEN2033 ( + estabilidade atm)

-Maior EEU cenário PROVEG (energia -Maior EEU cenário PROVEG (energia para convecção)para convecção)

- Mudanças na veg = altera perfil de EEU - Mudanças na veg = altera perfil de EEU e portanto a estabilidade e portanto a estabilidade

MCGA/CPTEC, pag. 275MCGA/CPTEC, pag. 275

Lqsh

gZTcs P

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8.5 – Perfil Vertical

Perfil vertical médio anual da (a) temperatura (oC), (b) umidade especifica (g kg-1), (c) velocidade zonal (m s-1), (d) velocidade meridional (m s-1), (e) vento horizontal (m s-1)

- Forte escoamento de leste em baixos níveis (AM) e aumento de v de oeste (superiores)- Forte escoamento de leste em baixos níveis (AM) e aumento de v de oeste (superiores)

- As mudanças acompanharam o grau do desflorestamento- As mudanças acompanharam o grau do desflorestamento

- Baixos níveis – troposfera tornou-se mais seca – redução na evapotranspiração (mesmo Baixos níveis – troposfera tornou-se mais seca – redução na evapotranspiração (mesmo conv. umid) conv. umid)

- Mudança na temperatura limitada aos baixos níveis – redução na evapotranspiraçãoMudança na temperatura limitada aos baixos níveis – redução na evapotranspiração

- Dinâmica da CLP afetada nos cenários de desflorestamentoDinâmica da CLP afetada nos cenários de desflorestamento

MCGA/CPTEC, pag. 260MCGA/CPTEC, pag. 260

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8.6 – Mudanças sazonais-Aumento T – redução na evap.Aumento T – redução na evap.

-Rn reduziu = aumento perda de rad. onda -Rn reduziu = aumento perda de rad. onda longa.longa.

-Sazonalidade da ppt bem representada. -Sazonalidade da ppt bem representada. (subestimou nos meses úmidos)(subestimou nos meses úmidos)

-DESFLOR - Redução em ppt (maio-DESFLOR - Redução em ppt (maio-outubro) – aumento do período seco outubro) – aumento do período seco (conseqüências ecológicas)(conseqüências ecológicas)

-Redução evap. intensa est. seca – Redução evap. intensa est. seca – limitada pela disponibilidade de água no limitada pela disponibilidade de água no solo – redução das raízes.solo – redução das raízes.

- Runoff aumentou = redução da infiltraçãoRunoff aumentou = redução da infiltração

-Aumento da conv. umidade quase todo -Aumento da conv. umidade quase todo ano.ano.

MCGA/CPTEC, pag. 263MCGA/CPTEC, pag. 263

ANEEL, INMET, CPTEC

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PROVEG

- Valores T. próximos aos de Von - Valores T. próximos aos de Von Randow et al. (2004)Randow et al. (2004)

-Rn reduziu = aumento perda de rad. -Rn reduziu = aumento perda de rad. onda longa.onda longa.

-Ppt aumentou – estação úmida -Ppt aumentou – estação úmida (convergência de umidade)(convergência de umidade)

-Evapotranspiração reduziu estação Evapotranspiração reduziu estação seca – disponibilidade de água soloseca – disponibilidade de água solo

- Runoff aumentou – taxa de infiltração e Runoff aumentou – taxa de infiltração e distribuição de precipitação.distribuição de precipitação.

- Sem aumento do período seco – sem - Sem aumento do período seco – sem implicações ecológicasimplicações ecológicas

MCGA/CPTEC, pag. 269MCGA/CPTEC, pag. 269

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9 – Mudanças Globais – MCGA/CPTEC9 – Mudanças Globais – MCGA/CPTEC-As mudanças nos usos da terra poderiam causar As mudanças nos usos da terra poderiam causar impactos na circulação em escala global?impactos na circulação em escala global?

-E quais seriam os impactos na precipitação em áreas E quais seriam os impactos na precipitação em áreas remotas? remotas?

Velocidade vertical (102 x Pa s-1) : (a) simulação controle; (b) mudanças na velocidade vertical - DESFLOR; (c) do cenário PROVEG e (d) do cenário CEN2033 (Média de 180oO a 180oL ) )

Janeiro/2000

-DESFLOR = pouca mudança na área – redução mov. ascendente 10DESFLOR = pouca mudança na área – redução mov. ascendente 10 ooS. S. Enfraquecimento circulação pólo. H.N = redução mov. ascendente 10Enfraquecimento circulação pólo. H.N = redução mov. ascendente 10 ooN e N e enfraquecimento C.M em 50enfraquecimento C.M em 50ooN]N]

-PROVEG = aumento no mov. ascende. – sul Amazônia. Mudança no HN -PROVEG = aumento no mov. ascende. – sul Amazônia. Mudança no HN (menos significante) – aumento no ramo descendente (25(menos significante) – aumento no ramo descendente (25ooN) e redução mov. N) e redução mov. ascendente (60ascendente (60ooN)N)

-CEN2033 = enfraquecimento da circulação NH (pólo)-CEN2033 = enfraquecimento da circulação NH (pólo)

MCGA/CPTEC, pagina 298MCGA/CPTEC, pagina 298

9.1 - Circulação Meridional

REDUÇÃOREDUÇÃO

Sul AMZSul AMZAumentoAumento

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Alterações na circulação de grande escala são sentidas remotamente e Alterações na circulação de grande escala são sentidas remotamente e perturbações na estrutura dinâmica propagam-se para outras regiões.perturbações na estrutura dinâmica propagam-se para outras regiões.

9.2 – Mudanças remotas na precipitação

Distribuição média anual da precipitação em mm dia-1: (a) simulação controle; (b) mudanças na precipitação DESFLOR;(c) CEN2033; (d) PROVEG

-Mudanças significativas na AM e em áreas remotas (todos cenários).Mudanças significativas na AM e em áreas remotas (todos cenários).

-DESFLOR = redução leste da AM e ZCIT, aumento no oeste, sul DESFLOR = redução leste da AM e ZCIT, aumento no oeste, sul Oceano Índico, África tropical, norte México.Oceano Índico, África tropical, norte México.

-CEN2033 = aumento sul do Oceano Índico, África e sul dos EUA.CEN2033 = aumento sul do Oceano Índico, África e sul dos EUA.

-PROVEG = aumento sul da Amazônia, Oceania e América Central.PROVEG = aumento sul da Amazônia, Oceania e América Central.

-Anomalias = variabilidade natural e desflor. Anomalia no sul Europa.Anomalias = variabilidade natural e desflor. Anomalia no sul Europa.

-Anomalias de ppt - anomalias na convergência de umidadeAnomalias de ppt - anomalias na convergência de umidade

MCGA/CPTEC, pagina 307MCGA/CPTEC, pagina 307

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9.3 – Mudanças sazonais – regiões remotas

MCGA/CPTEC, pagina 307MCGA/CPTEC, pagina 307

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10 – Discussão10 – Discussão10.1 – Modelo ETA10.1 – Modelo ETA

10.2 – MCGA/CPTEC10.2 – MCGA/CPTEC- Mudanças mais significativas com o grau do desflorestamento, principalmente na estação seca. Mudanças mais significativas com o grau do desflorestamento, principalmente na estação seca.

-Ciclo hidrológico – mecanismo de retroalimentação negativo – aumento na convergência de umidade. (melhor Ciclo hidrológico – mecanismo de retroalimentação negativo – aumento na convergência de umidade. (melhor cenário)cenário)

- PROVEG = aumento na precipitação (Conveg. > Evapot.) – Mecanismo de retroalimentação (Sud e Fennessy, - PROVEG = aumento na precipitação (Conveg. > Evapot.) – Mecanismo de retroalimentação (Sud e Fennessy, 1984).1984).

- CEN2033 = Redução na precipitação – (Conveg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração- CEN2033 = Redução na precipitação – (Conveg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração

- DESFLOR = Redução na precipitação – (Conveg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração- DESFLOR = Redução na precipitação – (Conveg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração

- Período seco mais longo – conseqüência ecológica – possibilidade de aumentar queimadas na floresta.- Período seco mais longo – conseqüência ecológica – possibilidade de aumentar queimadas na floresta.

- Mudanças mais significativas ocorreram na estação seca – menos água disponível – redução das raízes.Mudanças mais significativas ocorreram na estação seca – menos água disponível – redução das raízes.

-Ciclo hidrológico – mecanismo de retroalimentação negativo – aumento na convergência de umidadeCiclo hidrológico – mecanismo de retroalimentação negativo – aumento na convergência de umidade

- PROVEG e CEN2033 = aumento na precipitação (Converg. > Evap.) – Aumento na convergência de umidade e - PROVEG e CEN2033 = aumento na precipitação (Converg. > Evap.) – Aumento na convergência de umidade e dos processos de mesoescala envolvidos (Converg. > Evap.) – Mecanismo de retroalimentação (Sud e Fenessy, dos processos de mesoescala envolvidos (Converg. > Evap.) – Mecanismo de retroalimentação (Sud e Fenessy, 1984)1984)

- DESFLOR = Redução na precipitação – (Converg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração (aumento ppt. no - DESFLOR = Redução na precipitação – (Converg. < Evap.) – Mecanismo de evapotranspiração (aumento ppt. no oeste da AMZ)oeste da AMZ)

- Período seco mais longo – conseqüência ecológica- Período seco mais longo – conseqüência ecológica

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11 – Conclusões11 – Conclusões-Mecanismo de retroalimentação negativo presente em todos os cenários – aumento da Mecanismo de retroalimentação negativo presente em todos os cenários – aumento da convergência de umidade.convergência de umidade.

- O desflorestamento parcial pode conduzir a um acréscimo na precipitação em escala O desflorestamento parcial pode conduzir a um acréscimo na precipitação em escala local; porém, para desflorestamentos maiores, essa condição pode não ser sustentável, local; porém, para desflorestamentos maiores, essa condição pode não ser sustentável, conduzindo a uma condição mais seca na região e, possivelmente, a uma estação seca conduzindo a uma condição mais seca na região e, possivelmente, a uma estação seca mais longa.mais longa.

- Hipótese: limite potencial na sobrevivência da floresta - uma vez que a extensão do Hipótese: limite potencial na sobrevivência da floresta - uma vez que a extensão do desflorestamento pode trazer conseqüências irreversíveis.desflorestamento pode trazer conseqüências irreversíveis.

- As mudanças no ciclo hidrológico, aumento na temperatura, e estação seca mais longa As mudanças no ciclo hidrológico, aumento na temperatura, e estação seca mais longa podem conduzir a um novo estado de equilíbrio bioma-clima, no qual um tipo diferente de podem conduzir a um novo estado de equilíbrio bioma-clima, no qual um tipo diferente de vegetação (cerrado) se adaptaria às novas condições climáticas.vegetação (cerrado) se adaptaria às novas condições climáticas.

Futuro: COFuturo: CO22 - ??? - ???

- Núcleo de Pesquisas Climáticas e Núcleo de Pesquisas Climáticas e Ambientais (NPCA/INPA)Ambientais (NPCA/INPA)

-BRAMS – SIB2 (COBRAMS – SIB2 (CO22))

-Alta resolução (2km)Alta resolução (2km)

-Rodovias: BR-163; BR-010; BR-319Rodovias: BR-163; BR-010; BR-319

-Cenários futuros de desflorestamentoCenários futuros de desflorestamento-CNPq (CT - Amazônia) – SIB2 (COCNPq (CT - Amazônia) – SIB2 (CO22))

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