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Modelagem hidrológica das bacias hidrográficas do sistema de captação de água do Município de Itu/SP Ferdnando Cavalcanti & Othon Fialho Consultoria em Recursos Hídricos Novembro de 2008

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Modelagem hidrológica das bacias hidrográficas do sistema de captação de água do Município de Itu/SP

Ferdnando Cavalcanti & Othon Fialho Consultoria em Recursos Hídricos

Novembro de 2008

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Relatório Final:

Modelagem hidrológica das bacias hidrográficas do sistema de captação de água no Município de Itu/SP Equipe Técnica: Ferdnando Cavalcanti da Silva Engenheiro Civil e Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental Othon Fialho de Oliveira Engenheiro Civil e Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental Solicitante: ÁGUAS DE ITU – Exploração de Serviços de Água e Esgoto S/A

Janeiro de 2009

Consultoria em Recursos Hídricos Ferdnando Cavalcanti & Othon Fialho

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 6 2. ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................................................... 62.1 Bacia Hidrográfica do São José ..................................................................................................... 82.2 Bacia Hidrográfica do Gomes ........................................................................................................ 92.3 Bacia Hidrográfica do Braiaiá ...................................................................................................... 112.4 Bacia Hidrográfica do Pirapitingui/Taquaral ............................................................................... 122.5 Bacia Hidrográfica do Itaim ......................................................................................................... 142.6 Bacia Hidrográfica do Varejão ..................................................................................................... 15 3. DEMANDA DE ÁGUA .................................................................................................................... 173.1. Projeção populacional adotada ..................................................................................................... 173.2. Demanda de água estimada para abastecimento do município .................................................... 183.3. Demandas de água outorgadas pelo DAEE .................................................................................. 19 4. DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS ......................................................................................... 214.1. Pluviometria ................................................................................................................................. 214.2. Fluviometria ................................................................................................................................. 254.3. Evaporação e evapotranspiração potencial ................................................................................... 30 5. MODELAGEM HIDROLÓGICA .................................................................................................. 325.1. Hydrologic Engineering Center – Hydrologic Modelling System - HEC-HMS ......................... 325.2. Modelo Hidrológico Auto-Calibrável - MODHAC .................................................................... 365.3. Modelo de redes de fluxo: Acquanet ........................................................................................... 42 6. DISCUSSÃO ...................................................................................................................................... 486.1. Garantias de atendimento do sistema atual e do projetado ........................................................... 486.2. Análise das vazões disponíveis na situação natural da bacia e nos cenários atual e futuro ......... 496.3. Aproveitamento dos volumes excedentes .................................................................................... 556.4. Recomendações para preservação das vazões mínimas nos rios .................................................. 56 7. CONCLUSÕES ................................................................................................................................. 58 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 60

ANEXO A – Séries de precipitações calculadas para as bacias do estudo ........................................62 ANEXO B – Escoamentos superficiais gerados pelo Modhac para cada bacia do estudo ..............75

Lista de Figuras Figura 1: Localização do município de Itu/SP, com indicação da sede e do distrito de Cidade Nova. ..... 6Figura 2: Modelo numérico do terreno e delimitação das bacias hidrográficas do estudo. ....................... 7Figura 3: Bacia Hidrográfica do São José – delimitação e MNT. .............................................................. 9Figura 4: Bacia Hidrográfica do São José – perfil longitudinal do curso d’água principal. ...................... 9Figura 5: Bacia Hidrográfica do Gomes – delimitação e MNT. .............................................................. 10Figura 6: Bacia Hidrográfica do Gomes – perfil longitudinal do curso d’água principal. ....................... 11

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Figura 7: Bacia Hidrográfica do Braiaiá – delimitação e MNT. .............................................................. 12Figura 8: Bacia Hidrográfica do Braiaiá – perfil longitudinal do curso d’água principal. ....................... 12Figura 9: Bacia Hidrográfica do Pirapitingui – delimitação e MNT. ....................................................... 13Figura 10: Bacia Hidrográfica do Pirapitingui – perfil longitudinal do curso d’água principal. .............. 14Figura 11: Bacia Hidrográfica do Itaim – delimitação e MNT. ............................................................... 15Figura 12: Bacia Hidrográfica do Itaim – perfil longitudinal do curso d’água principal. ........................ 15Figura 13: Bacia Hidrográfica do Varejão – delimitação e MNT. ........................................................... 16Figura 14: Bacia Hidrográfica do Varejão – perfil longitudinal do curso d’água principal. .................... 17Figura 15: Usos de água superficial outorgados por bacia hidrográfica. ................................................. 20Figura 16: Percentual dos usos outorgados de água superficial nas bacias. ............................................. 20Figura 17 - Gráficos de dupla massa dos postos pluviométricos. ............................................................ 22Figura 18 - Polígono de Thiessen das áreas estudadas. ............................................................................ 24Figura 19 - Área da Drenagem do Posto Fluviométrico Eden (06247800). ............................................. 25Figura 20 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média. ................................. 26Figura 21 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média (correção 1). ............. 26Figura 22 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média (correção 2). ............. 27Figura 23 - Evapotranspiração Potencial calculada por diferentes métodos. ........................................... 31Figura 24 – Hidrogramas observado e calculado no período de calibração no Posto Eden. .................... 34Figura 25 - Hidrogramas observado e calculado no período de verificação no Posto Eden. ................... 35Figura 26 - Esquema do MODHAC (Lanna, 1997). ................................................................................ 37Figura 27 - Ajuste do Posto Fluviométrico Eden (06247800) no MODHAC. ......................................... 38Figura 28 - Curvas de permanência dos escoamentos observados e estimados. ...................................... 39Figura 29 - Verificação dos parâmetros calibrados para toda a série de vazões observadas. ................... 40Figura 30 – Modelo de redes de fluxo no Acquanet. ............................................................................... 44Figura 31 – Vazão mínima de 7 dias e tempo de retorno de 10 anos. ...................................................... 52Figura 32 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Braiaiá. ...................................................... 53Figura 33 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Gomes. ...................................................... 53Figura 34 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Gomes. ...................................................... 53Figura 35 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do São José. ................................................... 54Figura 36 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Taquaral. ................................................... 54Figura 37 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Varejão. ..................................................... 54

Lista de Tabelas Tabela 1 – Principais características da bacia hidrográfica do São José. ................................................... 8Tabela 2 – Principais características da bacia hidrográfica do Gomes. ................................................... 10Tabela 3 – Principais características da bacia hidrográfica do Braiaiá. ................................................... 11Tabela 4 – Principais características da bacia hidrográfica do Pirapitingui. ............................................ 13Tabela 5 – Principais características da bacia hidrográfica do Itaim. ...................................................... 14Tabela 6 – Principais características da bacia hidrográfica do Varejão. .................................................. 16Tabela 7 – Previsão populacional urbana factível .................................................................................... 18Tabela 8 – Demanda média estimada (L/s) .............................................................................................. 19Tabela 9 - Postos pluviométricos identificados. ....................................................................................... 21Tabela 10 - Chuvas médias dos postos pluviométricos. ........................................................................... 23Tabela 11 - Áreas de influencias dos postos em cada bacia estudada. ..................................................... 23

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Tabela 12 - Precipitações médias nas bacias estudadas. .......................................................................... 24Tabela 13 - Série de vazões (m³/s) observadas e preenchidas do posto fluviométrico Eden (06247800).

.................................................................................................................................................................. 28Tabela 14 - Série de precipitação média (mm) na área de drenagem do posto fluviométrico Eden (06247800). .............................................................................................................................................. 29Tabela 15 - Dados climáticos considerados no estudo. ............................................................................ 31Tabela 16 - Evapotranspiração Potencial Média (mm). ........................................................................... 31Tabela 17 – Parâmetros do HEC-HMS ajustados para a bacia do Eden .................................................. 35Tabela 18 - Parâmetros calibrados do MODHAC – calibração mensal do Posto Eden (06247800) ....... 38Tabela 19 - Estatísticas dos ajustes .......................................................................................................... 39Tabela 20 - Escoamento superficial médio anual e coeficientes de escoamentos. ................................... 41Tabela 21 - Vazões mínimas, medianas, médias e máximas. ................................................................... 41Tabela 22 - Comparação das vazões naturais do MODHAC com as do Acquanet. ................................. 45Tabela 23 - Comparação das vazões naturais do MODHAC com as do Acquanet. ................................. 45Tabela 24 – Demandas inseridas no Cenário 1 – condição atual ano de 2008. ........................................ 46Tabela 25 - Demandas inseridas no Cenário 2 – condição futura ano de 2038. ....................................... 46Tabela 26 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário atual. .............. 47Tabela 27 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário futuro. ............ 47Tabela 28 - Síntese dos dados de vazões simulados e observados. .......................................................... 49Tabela 29 - Comparações das vazões naturais mensais do Modhac e do HEC. ....................................... 51Tabela 30 - Vazões de referência. ............................................................................................................ 51Tabela 31 - Vazão média não aproveitada em cada bacia no cenário futuro. .......................................... 55Tabela 32 - Maior déficit hídrico acumulado no cenário futuro. ............................................................. 55Tabela 33 - Capacidade de regularização de vazões estimadas nas bacias estudadas. ............................. 56Tabela 34 - Cenário de aproveitamento máximo. .................................................................................... 56Tabela 31 - Disponibilidade hídrica à fio d’água. .................................................................................... 58Tabela 32 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário futuro. ............ 59

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1. APRESENTAÇÃO O relatório apresenta o estudo de modelagem hidrológica das bacias hidrográficas que

servem ao sistema de captação de água do Município de Itu, Estado de São Paulo. O estudo é parte integrante do Plano Diretor de Águas de Itu e refere-se à Fase 01: Elaboração de estudos e projetos dos mananciais e da produção do sistema de abastecimento de água. A modelagem tem por objetivo avaliar a manutenção das vazões de captação no período de estiagem e a capacidade de atendimento da demanda hídrica da sede do município e do distrito de Cidade Nova para o horizonte de projeto de 30 anos.

2. ÁREA DE ESTUDO As bacias hidrográficas avaliadas estão inseridas no município de Itu, localizado no

Estado de São Paulo a uma latitude de 23°26’ sul e uma longitude de 47°29’ oeste, limitando-se com os municípios de Porto Feliz, Elias Fausto, Salto, Indaiatuba, Itupeva, Cabreúva, Araçariguama, São Roque, Mairinque e Sorocaba. A Figura 1 apresenta a localização do município, com indicação da sede e do Distrito de Cidade Nova, cujas demandas atuais e futuras serão avaliadas com relação à disponibilidade hídrica das bacias hidrográficas que contribuem ao sistema de abastecimento de água.

Figura 1: Localização do município de Itu/SP, com indicação da sede

e do distrito de Cidade Nova.

O município de Itu tem área territorial de 639,98 km2 (IBGE, 2008) e apresenta uma altitude média de 583 metros em relação ao nível do mar, com relevo, localizado entre o planalto cristalino e o sedimentar, de colina suave e de maiores altitudes nas regiões limítrofes. A Figura 2 apresenta a localização das bacias que servem ao sistema de abastecimento e o modelo numérico do terreno com resolução de 90x90 metros, obtido a

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partir de altimetria via radar, realizada por meio da missão SRTM da Nasa e disponibilizado pelo Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da UFRGS (Labgeo, 2008).

Figura 2: Modelo numérico do terreno e delimitação das bacias hidrográficas do estudo.

O clima no município caracteriza-se como subtropical, tipicamente frio, fortemente influenciado pelo relevo. A temperatura anual varia entre 10° e 20°, em média, com verões quentes e chuvosos, e invernos frios e secos. A variabilidade climática tem influência na demanda de água, observando-se no verão um consumo maior entre 5% e 7% e, no inverno, um consumo menor em até 5% em relação à média.

Os principais tipos de solos encontrados na região são os podzólicos avermelhados, os latossolos vermelhos e solos arenosos. Do ponto de vista hidrológico, os tipos de solos estão relacionados principalmente com a susceptibilidade à erosão e à produção de escoamento. Conforme Sartori et al (2005), os solos podzólicos são classificados nos grupos hidrológicos C e D, que se caracterizam por alto potencial de escoamento com baixa taxa de infiltração quando completamente molhados; já os latossolos vermelhos e os solos arenosos classificam-se nos grupos hidrológicos A e B, que se caracterizam por baixo potencial de escoamento e alta taxa de infiltração.

O município de Itu encontra-se na Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos n°. 10, denominada Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba e Médio Tietê, divida em 5 sub-bacias: Médio Tietê Superior, Médio Tietê Inferior, Alto Sorocaba, Sorocaba/Pirabiju e Baixo Sorocaba-Sarapui/Pirapora-Tatuí. A principal drenagem presente na área municipal de Itu é o Rio Tietê, sendo cursos importantes, afluentes desse, os córregos Braiaiá, Pirapitingui, Santo Antônio, Itaim-Guaçu e São José. Há ainda o Ribeirão Piraí, afluente do Rio Jundiaí.

Com relação às águas subterrâneas, o município de Itu apresenta dois tipos de sistemas de aqüíferos: sistema sedimentar e sistema cristalino. O sistema aqüífero sedimentar caracteriza-se por possuir um valor médio de capacidade específica de 0,12 m3/h/m, e o sistema aqüífero cristalino, por sua vez, capacidade específica de 0,39 m3/h/m.

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No Plano Diretor de Água de Itu devem ser identificados os mananciais superficiais existentes e potenciais de uso com a avaliação das condições de atendimento das demandas atuais e futuras. Atualmente, no sistema de abastecimento de água do município estão em operação 5 (cinco) estações de tratamento que captam água de 6 (seis) bacias hidrográficas, cujas delimitações estão apresentadas na Figura 2. Essas bacias estão identificadas a seguir, sendo as 5 (cinco) primeiras contribuintes para o abastecimento da sede do município e a última para abastecimento do distrito de Cidade Nova:

Bacia Hidrográfica do São José; Bacia Hidrográfica do Gomes; Bacia Hidrográfica do Braiaiá; Bacia Hidrográfica do Pirapitingui/Taquaral; Bacia Hidrográfica do Itaim; Bacia Hidrográfica do Varejão.

A modelagem hidrológica desenvolvida nesse estudo se refere a simulações nessas 6 (seis) bacias, para as quais são apresentadas, a seguir, as principais características físicas relevantes à aplicação dos modelos, sendo os fatores mais importantes que influenciam no comportamento hidrológico: relevo (densidade de drenagem, declividade do rio ou da bacia, capacidade de armazenamento e forma da bacia); cobertura da bacia (vegetação e áreas impermeabilizadas); modificações artificiais do rio (regularização e canalização); distribuição, duração e intensidade da precipitação, e, as condições do solo. Nos modelos hidrológicos propostos, os parâmetros que representam as características hidrológicas nas bacias são determinados por ajustes entre os hidrogramas observados e os calculados ou obtidos diretamente das características das bacias hidrográficas, sendo de destaque, nesse caso, a sua área e seu tempo de concentração e o comprimento do curso d’água principal.

2.1 Bacia Hidrográfica do São José

A Bacia Hidrográfica do São José, cuja captação é feita na estação de tratamento de água ETA 05 que contribui para o abastecimento da sede de Itu, tem exutório localizado na latitude de 23°14’59’’ sul e na longitude 47°15’02’’ oeste. A vazão de captação atual na ETA 05 é de 10 L/s, estando previsto um aumento para 70 L/s a partir de 2015.

Nessa bacia não foram identificados reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia. Na Tabela 1, a seguir, são apresentadas as principais características do ponto de vista hidrológico dessa bacia. Na Figura 3 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno dessa bacia e, na Figura 4, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do São José.

Tabela 1 – Principais características da bacia hidrográfica do São José. Área de drenagem 9 km² Comprimento do rio principal 4,81 km Altitudes 549 a 825 Tempo de concentração 45,23 minutos Represas de interesse não há Unidade de abastecimento ETA 05

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Figura 3: Bacia Hidrográfica do São José – delimitação e MNT.

Figura 4: Bacia Hidrográfica do São José – perfil longitudinal do curso d’água principal.

2.2 Bacia Hidrográfica do Gomes

A Bacia Hidrográfica do Gomes também contribui para o abastecimento da sede de Itu e tem captação na estação de tratamento de água ETA 01 cuja capacidade de captação é de 45 L/s, estando o exutório localizado na latitude 23º16’27’’ sul e na longitude 47º15’54’’ oeste.

Nessa bacia foram identificados 6 (seis) reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia, os quais serão introduzidos no modelo hidrológico:

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Santa Fé; Paulista; Canjiquinha; Primavera; Faz. Nossa Senhora das Graças; Faz. Santo Antônio.

Conforme informações da Águas de Itu - concessionária de abastecimento de água no município de Itu, o reservatório Faz. Santo Antônio é o que apresenta os níveis de água mais críticos para abastecimento nos períodos de estiagem.

Na Tabela 2 são apresentadas as principais informações nessa bacia. Na Figura 5 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno e, na Figura 6, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do Gomes.

Tabela 2 – Principais características da bacia hidrográfica do Gomes. Área de drenagem 17,43 km² Comprimento do rio principal 11,17 km Altitudes 551 a 830 Tempo de concentração 178,45 minutos Represas de interesse 6 Unidade de abastecimento ETA 01

Figura 5: Bacia Hidrográfica do Gomes – delimitação e MNT.

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Figura 6: Bacia Hidrográfica do Gomes – perfil longitudinal do curso d’água principal.

2.3 Bacia Hidrográfica do Braiaiá

A Bacia Hidrográfica do Braiaiá contribui para abastecimento da sede de Itu e tem captação na estação de tratamento de água ETA 01, estando o exutório localizado na latitude 23º17’25’’ sul e 47º16’21’’ oeste. A ETA 01 tem capacidade de captação atual de 100 L/s, com plano de ampliação para 180 L/s a partir de 2009.

Nessa bacia foram identificados 4 (quatro) reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia, os quais serão considerados na modelagem hidrológica:

Granja Selecta Faz. Santa Marta Faz. Ventania Faz. Tanquinho

Os reservatórios mais importantes para abastecimento são os reservatórios Faz. Santa Marta e Faz. Ventania, sendo o primeiro considerado estratégico para garantia de abastecimento, segundo a concessionária Águas de Itu.

Na Tabela 3, a seguir, são apresentadas as principais informações nessa bacia. Na Figura 7 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno e, na Figura 8, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do Braiaiá.

Tabela 3 – Principais características da bacia hidrográfica do Braiaiá. Área de drenagem 43,39 km² Comprimento do rio principal 16,41 km Altitudes 575 a 873 Tempo de concentração 336,28 minutos Represas de interesse 4 Unidade de abastecimento ETA 01

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Figura 7: Bacia Hidrográfica do Braiaiá – delimitação e MNT.

Figura 8: Bacia Hidrográfica do Braiaiá – perfil longitudinal do curso d’água principal.

2.4 Bacia Hidrográfica do Pirapitingui/Taquaral

A Bacia Hidrográfica do Pirapitingui, também denominada Taquaral, é, dentre as bacias que contribuem para o abastecimento da sede de Itu, a que apresenta a maior área de drenagem. A captação nessa bacia também contribui para o abastecimento na estação de tratamento de água ETA 01 (com capacidade de captação atual de 250 L/s) e tem exutório localizado na latitude 23º17’29’’ sul e na longitude 47º16’45’’ oeste.

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Nessa bacia foram identificados 6 (seis) reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia, os quais serão introduzidos no modelo hidrológico:

Chácara Bambuí Faz. Esperança Fazenda Potiguara Terras de São José I Centro Prof. Paulista Sítio Lameirão

De acordo com informações da Águas de Itu, o reservatório Faz. Esperança é o mais importante para garantia de abastecimento e há, ainda, nessa bacia, a possibilidade de implantação de poços para fornecimento de água ao sistema de abastecimento do município.

Na Tabela 4, a seguir, são apresentadas as principais informações nessa bacia. Na Figura 9 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno e, na Figura 10, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do Pirapitingui.

Tabela 4 – Principais características da bacia hidrográfica do Pirapitingui. Área de drenagem 76,27 km² Comprimento do rio principal 19,51 km Altitudes 577 a 934 Tempo de concentração 213,37 minutos Represas de interesse 6 Unidade de abastecimento ETA 01

Figura 9: Bacia Hidrográfica do Pirapitingui – delimitação e MNT.

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Figura 10: Bacia Hidrográfica do Pirapitingui – perfil longitudinal do curso d’água principal.

2.5 Bacia Hidrográfica do Itaim A Bacia Hidrográfica do Itaim também contribui para o abastecimento da sede de Itu,

sendo a captação destinada ao atendimento da estação de tratamento de água ETA 07 (com capacidade de captação atual de 115 L/s), estando o exutório da bacia localizado na latitude 23º15’29’’ e na longitude 47º20’12’’ oeste.

Nessa bacia foram identificados 9 (nove) reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia, os quais serão introduzidos no modelo hidrológico:

Sítio Flaboiam Sítio da Mama Sítio Belo Horizonte Sítio Santo Antônio Sítio Cafeara Sítio São Simão Sítio Nakamura Pousada Maeda Cláudio Daldon

Na Bacia Hidrográfica do Itaim já foram implantados alguns poços para captação de água subterrânea que contribuem para as estações de tratamento de água, como forma de subsidiar o atendimento da demanda na sede do município.

Na Tabela 5 são apresentadas as principais informações nessa bacia. Na Figura 11 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno e, na Figura 12, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do Itaim.

Tabela 5 – Principais características da bacia hidrográfica do Itaim. Área de drenagem 75,63 km² Comprimento do rio principal 16,74 km Altitudes 526 a 715 Tempo de concentração 258,97 minutos Represas de interesse 9 Unidade de abastecimento ETA 07

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Figura 11: Bacia Hidrográfica do Itaim – delimitação e MNT.

Figura 12: Bacia Hidrográfica do Itaim – perfil longitudinal do curso d’água principal.

2.6 Bacia Hidrográfica do Varejão

A Bacia Hidrográfica do Varejão é, dentre as bacias consideradas nesse estudo, a que contribui para o abastecimento do Distrito de Cidade Nova, sendo a captação destinada ao

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atendimento de duas estações de tratamento de água: ETA 03 e ETA 08. A partir do ano de 2009, a ETA 03 deverá ser desativada e a capacidade de captação da ETA 08 aumentada para 155 L/s.

A bacia do Varejão está inserida na região hidrográfica do Rio Sorocaba e tem exutório localizado na latitude 23º24’57’’ sul e na longitude 47º21’08’’ oeste. Nessa bacia foram identificados 2 (dois) reservatórios de interesse para abastecimento nos períodos de estiagem, considerando o volume armazenado e a localização na bacia, os quais serão introduzidos no modelo hidrológico:

Faz. de São Miguel Frango Assado

Conforme a Águas de Itu, essa bacia é a que apresenta os menores problemas quanto à disponibilidade hídrica superficial para abastecimento da população do Distrito de Cidade Nova.

Na Tabela 6, a seguir, são apresentadas as principais informações nessa bacia. Na Figura 13 é apresentada a delimitação e o modelo numérico do terreno e, na Figura 14, o perfil longitudinal do curso d’água principal na bacia do Varejão.

Tabela 6 – Principais características da bacia hidrográfica do Varejão. Área de drenagem 44,14 km² Comprimento do rio principal 16,98 km Altitudes 108 a 831 Tempo de concentração 196,47 minutos Represas de interesse 2 Unidade de abastecimento ETA 03 e ETA 08

Figura 13: Bacia Hidrográfica do Varejão – delimitação e MNT.

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Figura 14: Bacia Hidrográfica do Varejão – perfil longitudinal do curso d’água principal.

3. DEMANDA DE ÁGUA

A previsão populacional e a estimativa de demanda de água no município de Itu foram estabelecidas com base nos estudos apresentados no Relatório 1.1 – Previsão populacional e estimativa de demanda de água do Plano Diretor de Abastecimento de Água, elaborado pela Quíron.

No caso específico de Itu, a mancha urbana está distribuída em duas áreas distintas: a sede municipal, em que reside a maior parte da população, e o Distrito de Cidade Nova, no qual, a partir da década de 90, houve uma elevação no número de habitantes urbanos em virtude de loteamentos populares e empreendimentos imobiliários de alto padrão implantados nessa área.

Atualmente, a sede do município de Itu é abastecida pelas estações ETA 01, cujas captações são feitas nas bacias hidrográficas do Gomes, Braiaiá e Pirapitingui/Taquaral; ETA 05, com captação na bacia do São José; e, ETA 07, com captação na bacia do Itaim. No Distrito de Cidade Nova, atualmente, as captações são feitas nas estações ETA 03 e ETA 08, localizadas na bacia do Varejão, sendo que a partir de 2009, apenas a ETA 08 será utilizada para abastecimento desse distrito, após a ampliação de sua capacidade.

3.1. Projeção populacional adotada

A previsão populacional urbana para o município de Itu (sede e Distrito de Cidade Nova) segue a previsão calculada no Relatório 1.1 – Previsão populacional e estimativa de demanda de água do Plano Diretor de Abastecimento de Água. Como apresentado, para efeito do dimensionamento do sistema de abastecimento de água, foi adotada uma população flutuante de cerca de 5%, o que resulta em um valor mais elevado da população factível para atendimento do sistema, o qual foi também adotado no cálculo da demanda hídrica das bacias modeladas.

Ao longo do horizonte de projeto, conforme os estudos apresentados, a distribuição da população urbana da sede deve variar entre 80% e 65% do total do município. Assim,

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considerando essa distribuição, a projeção populacional urbana factível, nas duas regiões, para o horizonte de projeto seria estimada conforme a Tabela 7.

Tabela 7 – Previsão populacional urbana factível

Ano Cidade Nova (hab.)

Sede (hab.)

Total (hab.)

2008 30.328 117.829 148.157 2009 31.573 119.206 150.779 2010 32.843 120.557 153.400 2011 34.137 121.882 156.019 2012 35.455 123.182 158.637 2013 36.798 124.456 161.254 2014 38.165 125.704 163.869 2015 39.557 126.927 166.484 2016 40.972 128.125 169.097 2017 42.412 129.296 171.708 2018 43.876 130.443 174.319 2019 45.364 131.564 176.928 2020 46.877 132.659 179.536 2021 48.413 133.729 182.142 2022 49.974 134.773 184.747 2023 51.559 135.792 187.351 2024 53.168 136.786 189.954 2025 54.801 137.754 192.555 2026 56.458 138.697 195.155 2027 58.140 139.614 197.754 2028 59.845 140.506 200.351 2029 61.574 141.373 202.947 2030 63.328 142.215 205.543 2031 65.105 143.031 208.136 2032 66.906 143.822 210.728 2033 68.732 144.588 213.320 2034 70.581 145.329 215.910 2035 72.454 146.044 218.498 2036 74.351 146.734 221.085 2037 76.272 147.399 223.671 2038 78.217 148.039 226.256

3.2. Demanda de água estimada para abastecimento do município

As demandas hídricas estimadas a serem adotadas na modelagem das bacias hidrográficas também são aquelas apresentadas no Relatório 1.1 – Previsão populacional e estimativa de demanda de água do Plano Diretor de Abastecimento de Água.

Nesse trabalho, foi adotado um consumo per capta efetivo de 170 L/hab/dia com base em informações do Sistema Nacional de Informações de Saneamento – SNIS (Ministério das Cidades, 2008), que, para o mês de janeiro de 2008, adota um consumo per capta efetivo de 198,81 L/hab./dia.

Foram consideradas nas demandas estimadas ao longo do horizonte de projeto as perdas de água na rede de distribuição, inicialmente de 67% para os primeiros anos reduzindo-se a 33% para os últimos anos do período de projeto, considerando haver uma

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melhora na eficiência do sistema. Dessa forma, ao longo do horizonte de projeto, as demandas médias estimadas a serem utilizadas na modelagem são as indicadas na Tabela 8.

Tabela 8 – Demanda média estimada (L/s) Ano Cidade Nova

(L/s) Sede (L/s)

Total (L/s)

2008 93,49 374,81 468,30 2009 96,19 370,74 466,93 2010 96,44 361,28 457,72 2011 98,25 354,35 452,60 2012 98,66 342,78 441,45 2013 99,55 336,71 436,25 2014 99,12 326,48 425,60 2015 102,74 329,66 432,40 2016 106,41 332,77 439,18 2017 110,15 335,81 445,96 2018 113,96 338,79 452,75 2019 117,82 341,70 459,52 2020 121,75 344,54 466,29 2021 125,74 347,32 473,06 2022 129,79 350,04 479,83 2023 133,91 352,68 486,59 2024 138,09 355,26 493,35 2025 142,33 357,78 500,11 2026 146,63 360,23 506,86 2027 151,00 362,61 513,61 2028 155,43 364,93 520,36 2029 159,92 367,18 527,10 2030 164,48 369,36 533,84 2031 169,09 371,48 540,58 2032 173,77 373,54 547,31 2033 178,51 375,53 554,04 2034 183,31 377,45 560,77 2035 188,18 379,31 567,49 2036 193,11 381,10 574,21 2037 198,10 382,83 580,92

3.3. Demandas de água outorgadas pelo DAEE

Na determinação da disponibilidade hídrica das bacias utilizadas no abastecimento de água do município de Itu, devem ser considerados os consumos relativos aos usos de água superficial outorgados nas bacias consideradas.

No Estado de São Paulo, a outorga de direito de uso das águas superficiais é de competência do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE, 2008). Nas 06 (seis) bacias que integram o sistema de abastecimento de água de Itu foram identificados 47 pontos

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de usos de água superficial outorgados, totalizando uma vazão de captação de 615,69 L/s em janeiro de 2008.

Os maiores usos estão na bacia do Itaim (33,92%), seguidos pelos usos nas bacias do Braiaiá (27,61%), São José (17,60%), Varejão (10,85%), Gomes (7,47%) e Pirapitingui (2,56%), conforme apresentado no gráfico da Figura 15.

Figura 15: Usos de água superficial outorgados por bacia hidrográfica.

Quanto aos usos das águas, quase metade das vazões outorgadas é destinada ao abastecimento público (49,54%), seguido dos usos industriais (24,32%). No gráfico da Figura 16 é apresentada a distribuição percentual dos tipos de usos de água superficial outorgados nas bacias hidrográficas do sistema.

Figura 16: Percentual dos usos outorgados de água superficial nas bacias.

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4. DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS 4.1.Pluviometria

Os dados de chuva foram obtidos do Sistema de Informações Hidrológicas da Agência Nacional de Águas - Hidroweb/ANA (ANA, 2008) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo – DAEE (DAEE, 2008). Foram identificados inicialmente 14 postos. Destes, em função da delimitação da área de influência dos postos, selecionaram-se cinco para representar as precipitações nas bacias. A Tabela 9, a seguir, apresenta os dados básicos das estações pluviométricas selecionadas.

Tabela 9 - Postos pluviométricos identificados. Código Nome Fonte Latitude Longitude Período 2347024 Pirapitingui Hidroweb / ANA 23º20'00'' 47º20'00'' 11/1936 - 12/2000 2347029 Dona Catarina Hidroweb / ANA 23º26'00'' 47º15'00'' 01/1942 - 09/2004 2347059 Eden Pirabiju Hidroweb / ANA 23º24'56'' 47º24'05'' 08/1939 - 12/2006 2347093 Itu Hidroweb / ANA 23º16'00'' 47º17'00'' 07/1937 - 06/1986 E4-035 Itu DAEE 23º16'00'' 47º18'00'' 01/1936 - 01/1963

Para aplicação nesse trabalho, foram considerados dados em períodos diários e mensais, tendo sido empregado para o preenchimento de falhas nas séries mensais os seguintes métodos:

Para diminuir o risco de se preencher equivocadamente um dado, foi aplicado numa etapa inicial o método do vetor regional (Hiez, 1977 e 1978, apud Bertoni e Tucci, 2000) aos cinco postos para os períodos com no mínimo três dados existentes (com duas falhas). O vetor regional é definido como uma série cronológica, sintética, de índices pluviométricos anuais (ou mensais), oriundos da extração por um método de máxima verossimilhança da informação mais provável contida nos dados de um conjunto de estações de observação, agrupadas regionalmente. Esta técnica consiste basicamente na obtenção de dois vetores ótimos (um vetor linha e um vetor coluna), que, quando cruzados, fornecem valores fictícios ideais para compor a série histórica preenchida.

Na segunda etapa, apenas para os anos com no máximo quatro falhas (oito dados existentes), realizou-se, em cada posto, uma ponderação feita pela razão entre a soma das precipitações dos meses com dados do ano com falha e a soma das precipitações médias desses mesmos meses multiplicada pela precipitação média do mês com falha.

Ao total, foram acrescentados mais 887 dados ao conjunto de 2.975 existentes, dos quais 810 foram acrescidos na primeira etapa e 77 na segunda, gerando um aumento de 29,8% no conjunto de valores das séries. Os anos com falhas não preenchidas pelas etapas anteriores foram desconsiderados neste estudo (1936, 1937, 1939, 1992, 1999 e 2001-2006).

Para verificar a consistência dos dados obtidos, procedeu-se a análise pelo método da dupla massa, que consiste em comparar a precipitação acumulada de um posto com a precipitação média acumulada dos postos de mesmas características hidrológicas da região. Os períodos que apresentam mudança de tendência ou uma quebra abrupta da mesma são um indicativo de um possível erro (grosseiro, aleatório ou sistemático) ou de uma possível alteração do regime hidrológico. A seguir, na Figura 17, são apresentados os gráficos de dupla massa dos postos analisados.

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Figura 17 - Gráficos de dupla massa dos postos pluviométricos.

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Analisando-se os gráficos, nota-se que os postos Dona Catarina (02347029), Pirabiju (02347059) e Itú (02347093) apresentam pequenas perturbações na tendência, que podem ser desconsideradas.

As chuvas médias calculadas com base nos dados preenchidos e consistidos são apresentadas na Tabela 10.

Tabela 10 - Chuvas médias dos postos pluviométricos. Código Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2347024 228,0 178,7 139,8 64,6 55,0 54,8 42,4 35,8 68,5 120,9 115,8 178,2 1.282,4

2347029 221,3 186,5 128,8 62,1 58,9 53,2 37,6 34,9 68,5 118,6 110,5 186,4 1.267,4

2347059 210,2 173,7 124,8 57,2 58,1 47,4 33,9 31,4 63,4 105,2 102,9 178,5 1.186,5

2347093 239,6 179,1 129,5 60,7 57,0 52,9 39,4 32,7 70,5 121,0 120,8 192,5 1.295,6

E4-035 218,2 171,5 124,3 58,5 54,2 54,7 35,3 31,8 68,9 127,1 111,0 182,7 1.238,3

Para obtenção das precipitações médias nas seis bacias desse estudo, utilizou-se o método de Thiessen para determinar a contribuição de cada posto em cada bacia. O método consiste em dividir a região estudada em zonas a partir de mediatrizes traçadas entre os diversos segmentos que ligam os postos (Figura 18). Assim, a chuva média da bacia será uma média ponderada da precipitação nos postos em função da área de influência do posto contida na bacia. As áreas de influência calculadas por esse método são apresentadas na Tabela 11.

Tabela 11 - Áreas de influencias dos postos em cada bacia estudada.

Posto Itaim São José Taquaral-Pirapitingui Gomes Braiaiá Varejão

2347024 75,1% 0,0% 65,9% 53,7% 89,3% 6,0% 2347029 0,0% 0,0% 28,7% 0,0% 4,4% 49,6% 2347059 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 44,4% 2347093 0,0% 100,0% 3,9% 46,3% 6,3% 0,0% E4-035 24,9% 0,0% 1,5% 0,0% 0,0% 0,0% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100%

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Figura 18 - Polígono de Thiessen das áreas estudadas.

A Tabela 12 apresenta as precipitações calculadas médias nas bacias estudadas, considerando o percentual de influência da área de cada posto em cada bacia. No Anexo A, são apresentas as séries de precipitações calculadas para cada uma das seis bacias do estudo em cada um dos anos considerados.

Tabela 12 - Precipitações médias nas bacias estudadas.

Código Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

Itaim 225,2 179,6 134,2 61,9 54,7 55,3 41,7 33,8 68,7 123,9 115,0 181,1 1.275,3

São José 239,5 179,6 129,6 61,3 56,1 53,3 39,4 33,2 71,2 122,9 118,8 192,7 1.297,6

Taquaral-Pirapitingui 223,7 182,4 134,6 62,7 55,7 55,2 41,6 34,9 68,7 121,5 114,7 183,3 1.278,9

Gomes 232,4 180,2 134,0 62,0 55,3 54,3 41,7 33,9 69,9 122,3 117,7 186,5 1.290,1

Braiaiá 226,7 180,9 136,9 62,6 54,8 55,0 43,1 34,5 68,8 121,7 116,5 182,2 1.283,8

Varejão 212,2 181,0 128,3 60,7 58,4 52,7 36,6 34,2 66,9 114,5 107,6 183,4 1.236,5

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4.2. Fluviometria

Nas seis bacias hidrográficas que servem ao sistema de captação de água, não foi identificado nenhum posto fluviométrico que pudesse ser empregado para a modelagem. No entanto, da base de dados do Hidroweb/ANA (ANA, 2008), foi encontrado um posto fluviométrico no Rio Pirabiju à jusante do exutório da bacia Varejão: posto Eden (06247800).

O posto Eden (06247800) possui dados entre o período 12/1936-10/2007, se localiza nas coordenadas latitude 23º24'49'' sul e longitude 47º24'18''oeste e drena uma área de 344,71 km². A Figura 19 mostra a localização geográfica dessa estação.

Inicialmente, foi feito um preenchimento de falhas utilizando a mesma técnica de ponderação utilizada para os postos pluviométricos, considerando até cinco falhas mensais por ano. A análise de consistência dos dados de vazão foi realizada pelo gráfico de dupla massa entre a vazão acumulada e a precipitação média acumulada.

A precipitação média acumulada foi obtida aplicando-se o método de Thiessen com dois postos pluviométricos, um localizado na cabeceira da bacia (2347029 - Dona Catarina) e outro na parte baixa (2347059 - Eden Pirabiju). A área de influência do posto 2347029 é igual a 232,38 km² (67,4%) e a do posto 2347059 é igual a 112,33 km² (32,6%). Desta forma, a precipitação média da bacia do posto fluviométrico foi feita pela média ponderada das precipitações dos postos em função do percentual da área de influência de cada posto. A Figura 20, a seguir, representa o gráfico de dupla massa entre a vazão observada preenchida acumulada e a precipitação média acumulada.

Figura 19 - Área da Drenagem do Posto Fluviométrico Eden (06247800).

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Figura 20 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média.

Com se observa no gráfico da Figura 20, o desvio de tendência é visível e provavelmente foi causado por um erro sistemático na medição, uma vez que o erro se repete por um período contínuo. Outra hipótese para a mudança de tendência da curva é a alteração da bacia devido à intensificação de atividades antrópicas. Como se dispõe de uma quantidade grande de dados (57 anos) optou-se por desconsiderar o período com desvio de tendência (01/1938-12/1949 e 01/1967-12/1980). Na Figura 21 é apresentada a análise de consistência para essa nova série resultante, cujo período de dados é de 26 anos.

O novo gráfico de dupla massa apresenta um desvio e uma mudança abrupta de tendência, como se observa na Figura 21. Como ainda se dispõe de um período razoável de dados, optou-se por excluir os períodos de 01/1963-12/1965 e 01/1987-12/1993, tendo sido elaborado outro gráfico de dupla massa com os dados resultantes (Figura 22).

Figura 21 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média (correção 1).

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Figura 22 - Gráfico de dupla massa entre o posto fluviométrico e a chuva média (correção 2).

Desta vez não se observa nenhuma mudança considerável na tendência observada. As pequenas oscilações existentes podem ser atribuídas às diferentes respostas que o escoamento superficial tem em função da magnitude das chuvas. Em geral, chuvas muito intensas tendem a saturar a camada superficial do solo mais rapidamente, o que favorece o escoamento mais rápido. De maneira análoga, chuvas de pequena intensidade podem até mesmo não produzir respostas significativas no escoamento superficial em curto prazo.

As séries de precipitação e vazão, dessa forma, ficaram compostas por 17 anos de dados, apresentados, a seguir, na Tabela 13, que mostra a série de vazões (m³/s) observadas e preenchidas do posto fluviométrico Eden, e na Tabela 14, que mostra a série de precipitação média (mm) na área de drenagem desse posto. Esses são os dados que serão empregados para ajuste e verificação dos parâmetros dos modelos hidrológicos utilizados.

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Tabela 13 - Série de vazões (m³/s) observadas e preenchidas do posto fluviométrico Eden (06247800).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média

1958 5,75 3,83 4,84 3,35 3,26 3,29 2,40 1,72 1,97 2,28 1,57 2,45 3,06

1959 6,60 3,75 4,12 4,11 2,43 1,94 1,54 1,90 1,38 1,31 1,40 1,98 2,71

1960 6,47 7,88 5,42 3,30 2,97 2,48 1,91 1,68 1,46 1,57 1,84 6,12 3,59

1961 5,28 3,78 4,17 3,29 2,56 2,04 1,68 1,41 1,26 1,28 1,95 2,12 2,57

1962 1,52 2,35 5,63 2,17 1,84 1,88 1,62 1,45 1,25 2,40 2,06 5,02 2,43

1966 3,96 5,46 4,38 2,33 1,94 1,41 1,13 1,41 1,63 1,54 1,23 2,59 2,42

1981 3,49 3,62 2,16 1,88 1,86 1,81 1,55 1,22 0,70 1,02 2,82 4,10 2,19

1982 6,89 8,44 4,75 3,21 2,83 6,23 4,79 2,84 1,99 4,29 4,55 9,40 5,02

1984 6,27 6,50 3,72 4,02 4,33 2,86 2,52 2,96 4,48 2,05 3,36 4,02 3,92

1985 3,80 2,49 6,94 2,80 3,37 2,19 1,78 1,55 1,82 1,33 2,09 1,45 2,63

1986 1,60 3,13 3,73 2,28 2,48 1,36 1,19 2,34 1,13 1,17 1,44 7,66 2,46

1994 7,30 5,24 4,05 3,30 2,69 2,45 2,21 1,86 1,73 1,74 1,92 3,60 3,17

1995 6,42 6,40 5,56 3,62 3,07 3,46 4,18 2,36 2,51 3,16 2,36 3,28 3,86

1996 4,98 4,20 4,41 2,20 2,39 3,77 2,60 3,20 3,14 2,90 3,09 4,05 3,41

1997 8,97 6,02 2,76 2,51 2,80 4,02 2,15 1,78 2,47 2,24 5,81 5,30 3,90

1998 5,19 3,74 5,84 4,57 4,65 3,25 2,51 2,82 2,87 5,02 2,59 4,68 3,98

2000 4,33 7,22 3,52 2,50 1,40 0,50 2,01 2,19 3,45 2,08 2,16 2,67 2,84

Média 5,23 4,94 4,47 3,03 2,76 2,64 2,22 2,04 2,07 2,20 2,48 4,15 3,19

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Tabela 14 - Série de precipitação média (mm) na área de drenagem do posto fluviométrico Eden (06247800).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

1958 274,3 155,9 133,5 90,1 124,8 77,3 25,4 19,3 89,5 161,9 49,8 140,4 1342,2

1959 328,0 106,9 208,3 57,9 45,6 22,8 46,7 99,3 31,3 105,8 128,5 118,9 1300,0

1960 269,4 342,5 63,1 88,5 97,6 65,0 0,0 8,1 29,9 54,4 70,6 394,1 1483,2

1961 145,7 240,8 101,8 108,0 46,9 38,7 2,1 2,8 13,5 77,2 143,4 229,4 1150,3

1962 81,5 186,1 304,5 25,4 18,0 21,5 8,9 55,1 38,4 195,3 65,7 271,1 1271,5

1966 151,0 220,3 119,6 9,3 34,3 0,0 36,6 21,0 111,7 119,1 43,8 200,9 1067,6

1981 253,3 88,5 56,9 7,3 15,5 19,5 10,2 3,2 4,1 36,2 47,2 77,0 618,9

1982 349,1 256,0 130,1 54,5 80,2 225,5 66,6 19,6 17,2 206,1 197,3 340,8 1943,0

1984 378,1 68,1 42,4 137,4 125,2 1,1 7,2 125,1 223,4 32,1 194,5 206,1 1540,7

1985 178,9 183,0 293,3 67,4 100,2 51,8 5,6 15,5 71,1 22,9 128,9 51,3 1169,9

1986 135,7 158,6 138,2 62,3 81,1 2,5 7,7 134,3 29,3 51,1 113,0 294,3 1208,1

1994 213,2 119,8 136,2 82,6 61,2 48,5 25,7 0,0 0,4 80,4 71,0 249,5 1088,5

1995 314,2 333,6 136,1 110,6 56,1 38,9 58,9 5,4 56,3 167,7 70,1 180,9 1528,8

1996 241,4 204,9 167,8 21,6 14,1 56,7 12,5 25,3 118,6 165,3 73,1 219,8 1321,1

1997 343,8 187,3 59,0 42,6 92,5 115,4 20,1 35,1 106,1 115,9 279,6 157,3 1554,7

1998 256,1 197,8 204,8 131,3 100,4 16,3 8,8 47,7 67,9 190,9 59,3 232,9 1514,2

2000 258,3 303,5 83,1 5,4 12,2 10,6 72,5 64,7 110,5 65,4 119,1 170,6 1275,9

Média 245,4 197,3 139,9 64,8 65,1 47,8 24,4 40,1 65,8 108,7 109,1 208,0 1316,4

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4.3. Evaporação e evapotranspiração potencial

A evaporação e a evapotranspiração ocorrem quando a água líquida é convertida para vapor de água e transferida, neste estado, para a atmosfera (Tucci, 2000). Enquanto a evaporação se refere à transferência de superfície líquida, a evapotranspiração engloba também a perda de água do solo e da vegetação. Esta última também recebe a denominação de evapotranspiração potencial quando se refere à quantidade de água transferida para a atmosfera a partir de uma superfície extensa completamente coberta de vegetação de porte baixo e bem suprida de água (Penman, 1956 apud Tucci, 2000).

Nos estudos hidrológicos, a evaporação é muito importante quando se deseja avaliar as perdas diretas de água em superfícies líquidas (lagos e reservatórios). Já a utilidade dos dados de evapotranspiração reside fundamentalmente na sua importância para estimar as perdas de água de uma bacia hidrográfica (a evapotranspiração potencial é um dado de entrada comum nos modelos chuva-vazão).

Tanto a evaporação quanto a evapotranspiração podem ser obtidas indiretamente a partir de fórmulas empíricas ou conceituais ou mesmo através do balanço hídrico. Enquanto a evaporação pode ser medida diretamente em evaporímetros (destaque aos tanques de evaporação), a evapotranspiração pode ser medida em campo através de lisímetros ou obtida através de sucessivas medições de umidade de solo.

Em geral, os dados necessários para se calcular a evaporação e a evapotranspiração potencial são os seguintes: temperatura média, máxima e mínima; umidade relativa do ar; velocidade média do vento; insolação total; radiação no topo da atmosfera; número máximo de horas de brilho solar; e o percentual da radiação que é refletida (albedo).

A radiação no topo da atmosfera e o número máximo de horas de brilho solar são tabelados em função da latitude. Já o albedo é estimado em função da superfície, vegetada ou líquida. Como nas bacias há o predomínio de cobertura arbórea com um percentual considerável de gramíneas e um percentual menor de solo exposto, se estima o albedo da superfície vegetada em 14%. Para as superfícies líquidas, considera-se o albedo igual a 7%.

Devido à maior dificuldade em se obter uma série de dados anemométricos, utilizaram-se os dados de velocidade média mensal do vento a 10m de altura disponíveis no Posto Ourinhos (SP) que pertence ao Projeto Sonda do INPE (INPE, 2008). Este posto se localiza a cerca de 270 Km de distância da sede do município de Itu.

Os demais dados foram obtidos a partir das Normais Climatológicas das Estações Meteorológicas nº 83.774 (Itapeva) e 83.781 (São Paulo) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2008). Foram considerados os dados médios destas Normais Climatológicas uma vez que as bacias estudadas se situam praticamente na metade do caminho entre as estações. As Normais Climatológicas foram obtidas obedecendo a critérios recomendados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A partir disso, os dados climáticos utilizados neste estudo para modelagem das bacias hidrográficas, são apresentados na Tabela 15.

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Tabela 15 - Dados climáticos considerados no estudo.

Meses jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Tm 21,8 22,1 21,4 19,2 17,0 15,5 15,0 16,3 17,2 18,7 20,0 20,4 Tmax 27,5 28,2 27,4 25,2 23,0 21,7 21,8 23,2 23,6 24,9 26,0 25,8 Tmin 18,0 18,1 17,4 15,2 12,7 10,9 10,4 11,5 13,2 14,7 16,1 16,6 Ur 77 76 77 77 77 77 75 72 76 77 76 75 V10 2,39 2,45 2,24 2,24 2,27 2,51 2,58 3,06 3,70 3,57 3,63 2,99 It 168,6 154,2 168,0 161,5 157,7 151,0 175,9 163,7 144,7 162,8 165,7 143,9 E 99 88 90 80 74 72 85 100 99 106 106 95 Tm: Temperatura média (ºC); Tmax: Temperatura máxima (ºC); Tmin: Temperatura mínima (ºC); Ur: Umidade relativa do ar (%); V10: Velocidade média do vento a 10 metros de altura (m/s); It: Insolação total (h); E: Evaporação (mm/mês).

Com base nesses dados, foi calculada a evapotranspiração potencial por diversos métodos baseados em relações empíricas e conceituais envolvendo basicamente a temperatura do ar e a radiação solar no topo da atmosfera. Os resultados dos cálculos da evapotranspiração potencial são apresentados na Figura 23.

Figura 23 - Evapotranspiração Potencial calculada por diferentes métodos.

Analisando-se os resultados por todos os métodos, decidiu-se considerar apenas os resultados pelos métodos Thornthwaite, Makkink e Camargo, pois os totais anuais são inferiores ao total anual de evaporação de tanque classe A (1.092mm), o que é uma hipótese perfeitamente aceitável, uma vez que, teoricamente, o tanque apresenta as melhores condições para a perda de água para a atmosfera.

Desta forma, a evapotranspiração potencial mensal calculada pela média dos três métodos resulta nos valores apresentados na Tabela 16. Os resultados indicam que os meses de dezembro e janeiro são os que apresentam maiores valores de evapotranspiração potencial e que os meses de junho e julho são os que apresentam os menores valores.

Tabela 16 - Evapotranspiração Potencial Média (mm).

Evapotranspiração Potencial - ETP (mm) jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total 107,1 93,8 90,5 68,8 53,9 44,4 47,7 57,1 66,0 83,5 92,8 97,6 903,1

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Mês

ETP

méd

ia m

ensa

l (m

m/d

ia)

Jensen & Haise Blaney-CridlePenman Hargreaves-SamanMakkink CamargoThornthwaite Média M-C-T

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5. MODELAGEM HIDROLÓGICA

Os modelos hidrológicos são ferramentas desenvolvidas para melhor entender e representar o comportamento das bacias hidrográficas e prever condições diferentes das observadas. Esses modelos descrevem, no geral, a distribuição espacial da precipitação, as perdas por interceptação e evaporação, o movimento da água no solo causado pela infiltração e a percolação, a entrada e saída de água subterrânea, e o escoamento superficial, sub-superficial e nos canais de escoamento (Tucci & Collischonn, 2003).

O uso de um modelo pressupõe a aplicação de três etapas: a calibração, na qual são ajustados os seus parâmetros, utilizando-se os dados observados; a verificação, na qual é feita uma comparação entre valores observados e calculados, a partir do uso dos parâmetros ajustados na primeira fase; e a aplicação ou prognóstico, na qual se usa o modelo para gerar saídas, a partir de dados de entrada observados.

O objetivo da aplicação de modelos hidrológicos nesse estudo está em determinar o potencial hídrico superficial das bacias hidrográficas que captam água para o sistema de abastecimento no município de Itu. O potencial hídrico superficial é normalmente representado pela vazão média de longo termo no exutório da bacia. Essa vazão é um indicativo do quanto a bacia consegue produzir de água na média. Caso se deseje comparar a produção de água desta bacia com outras, pode-se utilizar a vazão específica, que é simplesmente a relação entre a vazão média de longo termo e a área de drenagem da bacia.

Para o cálculo do potencial hídrico, o ideal é a utilização de um posto fluviométrico no local onde se deseja avaliar a potencialidade hídrica. Contudo, devido à inexistência de postos fluviométricos na área em estudo, deve-se recorrer a modelos hidrológicos para estimar a vazão média. Nesse estudo, optou-se pela aplicação de três modelos hidrológicos:

• o modelo chuva-vazão HEC-HMS, para simulação do ciclo hidrológico nas bacias com a finalidade de determinar a série diária de dados calculados e parâmetros característicos das bacias;

• o modelo chuva-vazão Modhac, para simulação do ciclo hidrológico nas bacias com a finalidade de determinar a série mensal de dados calculados, que servirão de entrada para simulação no modelo de rede de fluxo;

• o modelo de rede de fluxo Acquanet, para simulação da oferta/demanda nas bacias para o horizonte de projeto.

5.1. Hydrologic Engineering Center – Hydrologic Modelling System - HEC-HMS

O modelo HEC-HMS (Hydrologic Engineering Center - Hydrologic Modelling System) é um modelo hidrológico largamente empregado e mundialmente aceito para modelagem de processos chuva-vazão de sistemas de bacias hidrográficas. Esse modelo está disponível no endereço eletrônico do Hydrologic Engineering Center do US Army Corps of Engineers (USACE, 2008).

O HEC-HMS é um modelo hidrológico concentrado, portanto, a representação física da bacia é feita a partir de sub-bacias (sub-sistemas). Os elementos hidrológicos são conectados através de redes que simulam os processos de escoamento, de forma que os procedimentos computacionais ocorrem no sentido de elementos à montante em direção a elementos à jusante.

No HEC-HMS, o modelo da bacia é construído a partir da separação do ciclo hidrológico para cada sub-bacia de interesse, na qual o balanço de massa é aplicado por meio

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de equações matemáticas. O modelo permite a escolha de diferentes tipos de algoritmos matemáticos para representação de cada fluxo no ciclo hidrológico. Cada um deles possibilita a adequação do modelo na representação de diferentes sistemas e de diferentes condições das bacias hidrográficas.

Com o objetivo de representar adequadamente o comportamento hidrológico de uma determinada bacia hidrográfica é preciso, em primeiro lugar, considerar no modelo uma representação esquemática da bacia que reflita, da melhor maneira possível, sua morfologia e as características de sua rede de drenagem. Nessa representação, se utilizam diversos tipos de elementos, nos quais são computados os processos hidrológicos que ocorrem na bacia.

O HEC-HMS inclui diferentes tipos de elementos, cuja definição e funcionalidade são descritos a seguir:

a) Sub-bacia (sub-basin): este elemento tem por característica não receber nenhum fluxo de entrada e de gerar um único fluxo de saída, a partir dos dados meteorológicos, uma vez descontadas as perdas de água, transformando o excesso de precipitação em escoamento superficial e escoamento de base.

b) Trecho (reach): é utilizado para permitir a comunicação dos escoamentos entre bacias no modelo. As entradas de água em um trecho podem ser provenientes de um ou mais de um elemento hidrológico e a saída é calculada pelo somatório das entradas considerando a translação e atenuação do hidrograma de entrada.

c) Confluência (junction): é utilizado para combinar escoamentos de diferentes elementos localizados à sua montante. A entrada pode ser proveniente de um ou mais de um elemento e a saída é calculada simplesmente pela soma de todas as entradas e considerando nenhum armazenamento.

d) Derivação (dispersion): é utilizado para representar a saída de água do canal principal (inundação da planície). A entrada de água nesse elemento é proveniente de um ou mais elemento hidrológico e a saída consiste de escoamentos difusos e não-difusos.

e) Reservatório (reservoir): é utilizado para representar a detenção e atenuação de um hidrograma causado por um reservatório. A entrada no reservatório pode provir de um ou mais de um elemento hidrológico à montante e a saída pode ser calculada de duas formas:

por uma relação definida pelo usuário de armazenamento-descarga, nível-descarga ou nível-área-descarga;

por uma relação nível-armazenamento ou nível-área e uma ou mais estruturas de saída.

f) Fonte: é uma das formas de gerar escoamento na bacia. Esse elemento não tem nenhuma entrada e sua saída de água é definida pelo usuário.

g) Sumidouro: é uma das formas de representar perdas de água na bacia, já que nesse elemento são computados apenas fluxos de entradas, gerando nenhum fluxo de saída.

A precipitação constitui a entrada principal no processo hidrológico representando no modelo HEC-HMS. No projeto serão utilizados os dados diários da série de precipitação média na área de drenagem do posto fluviométrico Eden (06247800), Tabela 14, para entrada dos dados de chuva. A entrada dos dados de evapotranspiração será resultante das médias de evapotranspiração potencial apresentada na Tabela 16.

Em virtude da inexistência de dados fluviométricos observados nas 6 (seis) bacias que captam água para o abastecimento do município de Itu, a calibração e a verificação do modelo serão feitas na bacia hidrográfica delimitada pelo posto fluviométrico Eden (06247800), cuja série de vazões observadas é apresentada na Tabela 13. Em seguida, com os parâmetros

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ajustados, o modelo será aplicado na geração de séries de vazões diárias pseudo-históricas nas bacias do estudo.

Para a determinação das perdas de água no modelo, será utilizado o algoritmo SMA (Soil Moisture Accounting), que permite simular a interceptação da precipitação, o movimento da água através do solo e do subsolo, o amortecimento em diferentes zonas e o escoamento superficial gerado. Esse algoritmo é recomendado por ser mais apropriado para simulações contínuas, de maiores durações.

Neste trabalho, a aplicação do HEC-HMS teve por objetivo, a partir da simulação do ciclo hidrológico nas bacias, elaborar um modelo de determinação de séries diárias de dados de vazão que seja representativo do comportamento hidrológico das seis bacias que servem ao sistema de abastecimento de água de Itu. Além disso, a partir dos parâmetros estimados com o modelo hidrológico, podem-se inferir características do comportamento hidrológico das bacias.

Calibração do modelo HEC-HMS

A calibração do modelo consiste no ajuste dos seus parâmetros de forma que o modelo

possa reproduzir a série de vazões observadas, a partir da entrada de dados de vazão, precipitação e evapotranspiração. A qualidade do ajuste é evidenciada pela maior ou menor diferença entre as séries de vazões observadas e calculadas: tanto melhor o ajuste, mais próximo é o hidrograma calculado do hidrograma observado.

A aplicação do algoritmo SMA para determinação das perdas de água no modelo implica na calibração de um total de 18 parâmetros, que serão explicitados em seguida. O período de dados do Posto Eden escolhido para calibração compreende as vazões e precipitações diárias de janeiro/1958 a dezembro/1962, tendo sido utilizados como dados de evapotranspiração os valores mensais apresentados na Tabela 16. A Figura 24 apresenta o hietograma e o fluviograma observados (linha azul) e o fluviograma calculado (linha vermelha) para o período de calibração considerado. Como se observa, o modelo se ajustou bem tanto às vazões de pico quanto as no período de recessão.

Figura 24 – Hidrogramas observado e calculado no período de calibração no Posto Eden.

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Verificação do modelo HEC-HMS

A verificação do modelo consiste na simulação do modelo com os parâmetros ajustados para verificar a validade da calibração. O período de verificação escolhido foi de 1958-2000 e, como se observa na Figura 25, o ajuste do modelo representa bem as variações diárias do hidrograma no longo período. Na Tabela 17, em seguida, são apresentados os valores dos parâmetros ajustados para a simulação do comportamento hidrológico no período diário para a bacia do Eden.

Figura 25 - Hidrogramas observado e calculado no período de verificação no Posto Eden.

Tabela 17 – Parâmetros do HEC-HMS ajustados para a bacia do Eden

Canopy (%) 50 Temp. concentração 6 Surface (%) 50 Storage Coeff. 20 Soil (%) 50 GW 1 (%) 5 GW 2 (%) 5 Canopy Storage (mm) 20 Surface Storage (mm) 20 Max. Infiltration (mm/h) 8 Impervious (%) 2 Soil Storage (mm) 68 Tension Storage (mm) 10 Soil Percolation (mm/h) 5 GW 1 Storage (mm) 20 GW 1 Percolation (mm/h) 10 GW 1 Coeff. (h) 40 GW 2 Storage (mm) 500 GW 2 Percolation (mm/h) 0.1 GW 2 Coeff. (h) 10000

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As seis bacias que servem ao sistema de abastecimento de água de Itu e a bacia do Eden estão localizadas em uma região de características hidrológicas homogêneas (conforme SIGRH/SP (2008), essas bacias estão localizadas na região hidrológica G). Dessa forma, os parâmetros calibrados para a bacia do Eden podem ser empregados para simulação de vazões diárias das bacias de captação de água de Itu.

Com relação às características hidrológicas das bacias que podem ser inferidas a partir do modelo aplicado, os parâmetros de maior relevância física (também de maior sensibilidade no modelo), são o Maximum Infiltration, Impervious, Soil Storage, Tension Storage, GW 1 Storage, GW 1 Percolation, GW 1 Coeff., GW 2 Storage, GW 2 Percolation e GW 2 Coeff..

O parâmetro Maximum infiltrarion representa a capacidade máxima de infiltração do solo, isto é, determina o limite superior da infiltração a partir do armazenamento de água na superfície. O valor desse parâmetro calibrado para a região foi de 8mm/h, que caracteriza solos arenosos com pouca argila e solos orgânicos.

O percentual de área impermeável da bacia é representado pelo parâmetro Impervious. Nenhuma perda é computada em área impermeabilizada e toda a precipitação que cai nessa porção da bacia é computada como excedente e, conseqüentemente, gera escoamento superficial. Com o valor desse parâmetro calibrado no modelo estima-se que 2% da bacia corresponde a áreas impermeáveis.

O armazenamento total de água na camada superior do solo é representado pelo parâmetro Soil Storage, dado em milímetros. Quando igual a zero, significa que a água infiltrada passa diretamente para o reservatório subterrâneo, não ficando água disponível no perfil de solo. Os resultados com o emprego do HEC-HMS indicaram para esse parâmetro um valor de 68 mm, que representaria um valor médio da capacidade de armazenamento de água no solo na escala das bacias hidrográficas.

O parâmetro Tension Storage representa o armazenamento matricial no solo, ou seja, a quantidade de água que pode ser armazenada no solo que não é drenada por efeito da gravidade, ou seja, significa o quanto da água armazenada no solo só pode ser removida por evapotranspiração. Esse parâmetro está diretamente relacionado com o armazenamento de água no solo (Soil Storage), uma vez que sempre que o armazenamento no solo exceder o armazenamento matricial (ou seja, soil storage > tension storage), irá ocorrer percolação da camada do solo acima do lençol freático.

A percolação no solo (Soil Percolation) determina o limite máximo de percolação da água armazenada no solo para o lençol subterrâneo. A taxa de percolação real é uma função linear do armazenamento atual no solo e o armazenamento atual na camada superior do lençol.

Os demais parâmetros (GW 1 Storage, GW 1 Percolation, GW 1 Coeff., GW 2 Storage, GW 2 Percolation e GW 2 Coeff.) estão relacionados ao armazenamento e ao escoamento subterrâneo. Esses parâmetros são significativos na representação do período de recessão nos hidrogramas, sendo importantes principalmente para a análise de vazões mínimas nesses rios.

5.2. Modelo Hidrológico Auto-Calibrável - MODHAC

O potencial hídrico superficial é normalmente representado pela vazão média de longo termo no exutório da bacia. Esta vazão é um indicativo de quanto a bacia hidrográfica consegue, em média, produzir de água. Caso se deseje comparar a produção de água de uma determinada bacia com outras, pode-se utilizar a vazão específica, que representa a relação entre a vazão média de longo termo e a área de drenagem da bacia.

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Para o cálculo do potencial hídrico, uma condição ideal é a utilização de um posto fluviométrico no local onde se deseja avaliar a potencialidade hídrica. Contudo, devido à inexistência de postos fluviométricos na região em estudo, pode-se recorrer a aplicação de um modelo hidrológico para estimativa da vazão média. Neste estudo, optou-se por utilizar o modelo de transformação chuva-vazão MODHAC - Modelo Hidrológico Auto-Calibrável (Lanna et al., 2000), por ser um modelo que se ajusta bem a simulações em período mensal, adequadas para avaliação do potencial hídrico das bacias estudadas.

O MODHAC é um modelo matemático de simulação da fase terrestre do ciclo hidrológico, e foi desenvolvido para bacias do semi-árido nordestino e de regiões de clima temperado úmido do sul do Brasil, tendo já sido ajustado com sucesso em diversas bacias. A principal característica do MODHAC, que o distingue dos demais modelos hidrológicos, é a possibilidade de ter seus parâmetros calibrados automaticamente visando otimizar a aderência entre os escoamentos calculados e os observados.

Conhecidas as séries simultâneas das variáveis motoras deste processo, chuva e evapotranspiração potencial, o modelo computa o armazenamento e a abstração da água na bacia. A representação esquemática deste processo é apresentada na Figura 26.

Figura 26 - Esquema do MODHAC (Lanna, 1997).

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O armazenamento da água na bacia é simulado através de três reservatórios fictícios que representam a água armazenada superficialmente, a água armazenada sub-superficialmente, no chamado horizonte vegetal do solo, e a água armazenada nas camadas inferiores do solo, incluindo o aqüífero subterrâneo.

A abstração de água na bacia ocorre pela evaporação direta da chuva, pela evaporação ou evapotranspiração dos reservatórios superficial e sub-superficial, pelo escoamento superficial e pela infiltração profunda. Esta última variável representa a água que sai da bacia dirigindo-se a outras de maior ordem ou a aqüíferos subterrâneos profundos. O escoamento da bacia, observado em seu exutório, é formado pelos escoamentos superficial e subterrâneo. O escoamento superficial é formado pelo escoamento direto somado ao hipodérmico. O escoamento direto é composto pela água pluvial que não é evaporada, nem interceptada pelo reservatório superficial e nem infiltrada no solo. O escoamento hipodérmico é resultado da "recusa à infiltração" causada pela saturação do reservatório sub-superficial. O escoamento subterrâneo resulta das percolações à superfície dos reservatórios sub-superficial e subterrâneo.

Segundo Lanna (1997), esta concepção do modelo, embora seja uma grande simplificação da complexidade real, incorpora os principais fenômenos que condicionam as variáveis usadas na quantificação do processo hidrológico. Calibração

A calibração do modelo MODHAC é realizada de forma semelhante à calibração do HEC-HMS: a partir de dados de vazão, precipitação e evapotranspiração potencial observados, procura-se a combinação ideal dos parâmetros hidrológicos que permite reproduzir a série de vazões observadas.

A calibração do MODHAC foi feita a partir dos dados fluviométricos e pluviométricos disponíveis para o Posto Eden, tendo sido escolhido para calibração do modelo o período entre janeiro de 1958 e dezembro de 1962. Os parâmetros calibrados do posto são apresentados na Tabela 18 e o gráfico do ajuste na Figura 27.

Tabela 18 - Parâmetros calibrados do MODHAC – calibração mensal do Posto Eden (06247800)

RSPX RSSX RSBX RSBY IMAX IMIN IDEC ASP ASS ASBX ASBY PRED CEVA CHET

330,1 1185 106,1 0 275,1 1,318 0,00415 0,01798 0,0211 0,8557 0 999 0,9982 0

Figura 27 - Ajuste do Posto Fluviométrico Eden (06247800) no MODHAC.

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Verificação

Para verificar a qualidade do modelo ajustado, procedeu-se a análise estatística dos resultados (Tabela 19) e a verificação da distribuição das freqüências entre o escoamento superficial observado e o estimado pelo modelo (Figura 28).

Tabela 19 - Estatísticas dos ajustes

Observado Estimado Observado Estimado Média (mm) 21,9 21,7 Desvio padrão 12,22 12,17

Mediana (mm) 16,8 17,5 Variância da amostra 149,30 148,18 Mínimo (mm) 9,4 10,1 Curtose 0,47 1,03 Máximo (mm) 55,3 58,5 Assimetria 1,22 1,29

Soma (mm) 1.312,9 1.303,9 Coef. Correlação 0,86

A seguir, é apresentada uma comparação entre a curva de permanência empírica da

série de escoamentos observados e estimados pelo modelo. Este gráfico mostra a permanência do escoamento médio de um mês, ou seja, a probabilidade do escoamento ser igualado ou superado. Tanto a série observada quanto à estimada seguem uma mesma tendência, não havendo nenhuma diferença marcante entre os escoamentos e as respectivas permanências, o que indica que as vazões mínimas, médias e máximas apresentam valores próximos.

Figura 28 - Curvas de permanência dos escoamentos observados e estimados.

As semelhanças estatísticas e das curvas de permanência entre os valores observados e os calculados pelo modelo mostram que o modelo ajustado é capaz de representar adequadamente o processo de transformação de chuva em vazão para o posto fluviométrico.

Ainda para verificação dos parâmetros ajustados, aplicou-se a série de dados a todo período em que existem dados disponíveis de vazão observada (Figura 29). Neste caso, percebe-se uma grande diferença nos últimos dois valores de picos de vazão das séries. O fato dos picos da série observada estarem abaixo dos estimados pelo modelo pode ser atribuída em parte à retenção do escoamento superficial gerada pelos barramentos implantados na região. Mesmo assim, o modelo ainda é considerado adequado, pois estas falhas ocorrem em apenas 3 (três) dos 17 (dezessete) anos de dados observados.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

0 10 20 30 40 50 60

Perm

anên

cia

Escoamento superficial (mm)

ObservadoEstimado

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Figura 29 - Verificação dos parâmetros calibrados para toda a série de vazões observadas.

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Simulação

Uma vez ajustado o modelo, a etapa seguinte consiste na simulação hidrológica para o período mensal das seis bacias que servem ao sistema de abastecimento do município de Itu. Utilizando-se os parâmetros calibrados e os dados de precipitação (tabelas do Anexo A) e evapotranspiração potencial mensal média (Tabela 16) das bacias, reproduziram-se as séries pseudo-históricas de escoamentos superficiais das bacias estudadas com o mesmo tamanho das séries de precipitação (60 anos). O Anexo B mostra as tabelas com os escoamentos superficiais simulados pelo Modhac para cada uma das bacias do estudo para o período mensal simulado (o primeiro ano da série foi desconsiderado, pois corresponde ao período de aquecimento do modelo – a série final tem, portanto, 59 anos). É importante destacar que estas séries de vazões, na forma que foram feitas, estão relacionadas com a situação natural das bacias sem a intervenção humana.

A Tabela 20 apresenta uma síntese dos escoamentos superficiais médios e os coeficientes de escoamentos obtidos com a simulação para cada bacia. Os valores obtidos são coerentes aos valores esperados para a região. Uma comparação entre as vazões características e as vazões específicas (l/s/km²) é apresentada na Tabela 21, onde também se observa que os valores estão dentro do esperado para a área em estudo.

Tabela 20 - Escoamento superficial médio anual e coeficientes de escoamentos.

Bacia Área (km²) Prec. Total (mm) Esc. Total (mm) Coef. Escoamento

Itaim Guaçú 75,63 1.275 359 0,281

São José 9,00 1.298 378 0,292

Taquaral-Pirapitingui 76,27 1.279 361 0,282

Gomes 17,43 1.290 372 0,288

Braiaiá 43,39 1.284 367 0,286

Varejão 44,14 1.237 319 0,258

Tabela 21 - Vazões mínimas, medianas, médias e máximas.

Bacia Vazão mínima Vazão mediana Vazão média Vazão máxima

(m³/s) (l/s/km²) (m³/s) (l/s/km²) (m³/s) (l/s/km²) (m³/s) (l/s/km²)

Itaim Guaçú 0,101 1,33 0,632 8,35 0,864 11,42 7,062 93,38

São José 0,019 2,14 0,078 8,62 0,108 12,04 0,910 101,10

Taquaral-Pirapitingui 0,111 1,45 0,640 8,39 0,877 11,50 7,676 100,66

Gomes 0,030 1,72 0,148 8,51 0,206 11,84 1,729 99,18

Braiaiá 0,060 1,39 0,366 8,44 0,507 11,68 4,238 97,68

Varejão 0,046 1,03 0,326 7,38 0,447 10,14 4,639 105,09

As interferências humanas no ciclo hidrológico, ou seja, o impacto da construção de

barramentos no fluxo normal das águas nas bacias e a diminuição das vazões afluentes

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causadas pelas captações realizadas à fio d’água ou nos próprios barramentos, são avaliadas no estudo da rede de fluxo das bacias, com a aplicação do modelo Acquanet.

5.3. Modelo de redes de fluxo: Acquanet

Uma vez estabelecidas as vazões naturais dos rios das bacias hidrográficas do estudo (tabelas do Anexo B), segue-se para a avaliação da oferta hídrica remanescente, considerando as diversas retiradas de água existentes nas bacias, conforme apresentado no item 3. Concomitantemente, é feita uma avaliação da garantia associada a esta oferta. Para efetuar essas etapas, é aplicado o modelo de rede de fluxos Acquanet.

Como as retiradas de águas nas bacias são distribuídas espacialmente, é necessária a discretização das bacias dentro do modelo de redes de fluxo. Este é um processo complexo, mas essencial para avaliar adequadamente as disponibilidades hídricas. Basicamente o processo consiste em calcular a vazão natural mensal de cada trecho discretizado a partir das lâminas escoadas superficialmente na bacia a que pertence, obtidas pela simulação hidrológica no Modhac, com a área de drenagem do trecho discretizado.

Para não haver prejuízo da qualidade do modelo, uma etapa intermediária consiste na verificação da compatibilidade entre a discretização realizada no Acquanet e os dados simulados no Modhac para cada bacia. Assim, após realizada a discretização das bacias no modelo de rede de fluxos Acquanet, comparam-se as vazões resultantes desse modelo nos exutórios de cada bacia com aquelas que foram geradas no modelo hidrológico Modhac.

A última etapa, após a preparação e verificação do ajuste do modelo de rede de fluxos, consiste na inserção das demandas existentes nas bacias para simular os cenários atuais e futuros de usos de água. Nesta etapa são avaliadas as vazões e as garantias de atendimento de cada demanda a ser captada para abastecer a sede do município de Itu e o Distrito de Cidade Nova.

Descrição do modelo de rede de fluxo Aquanet

O Acquanet é um Software para modelar redes de fluxo desenvolvido pelo

LabSid/USP (LABSID, 2005) com base no modelo americano ModSim da Colorado State University.

A entrada dos dados no Acquanet é feita no próprio programa, o qual armazena todas as informações em formato de banco de dados do Microsoft Access (um dos aplicativos do Microsoft Office). Os dados de entrada são todos em nível mensal e representam as demandas dos vários usuários, os reservatórios existentes e os pontos de passagem. Estes últimos correspondem a oferta de água mensal nos reservatórios e à fio d’água.

No modelo, os elementos que recebem a disponibilidade hídrica são os reservatórios e os nós de passagem: os primeiros recebem a contribuição de uma bacia de um afluente; e, os segundos representam o começo e o fim de um trecho de rio, ou seja, localizam-se nos rios principais entre a confluência de dois rios afluentes a este. Os nós de jusante recebem a contribuição do trecho do rio compreendido entre o mesmo e o nó imediatamente à montante.

O último parâmetro importante do modelo é a ordem de prioridade das demandas, cujo valor está compreendido entre 1 e 99 e representa a importância dada a uma determinada demanda (o modelo considera que as demandas prioritárias recebem valores menores de

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prioridade). A ordem de prioridade funciona no modelo quando não é possível atender todas as demandas simultaneamente. Assim, quando a quantidade de água é insuficiente para atender a todas as demandas, os usuários que tem o maior valor para a prioridade deixam de ser atendidos primeiramente e dividem proporcionalmente entre si a quantidade de água disponível.

Na definição das prioridades de atendimento das demandas, verificou-se que não há para as bacias do estudo, uma definição quanto à prioridade dos usos/usuários de água e, por isso, não há um ordenamento aparente de prioridades. Deste modo, os usuários captam água independentemente do prejuízo que possam causar aos usuários à jusante; pode-se dizer que a ordem de prioridade é implicitamente estabelecida de montante à jusante na bacia. Deve-se ressaltar, porém, que isto não implica necessariamente que os usuários em uma área à montante comprometerão totalmente os recursos hídricos disponíveis nas bacias, pois, à medida que se descola de montante à jusante, aumenta-se também a área de drenagem contribuinte e, por conseguinte, a vazão disponível. Do exposto, o critério adotado para as prioridades foi o de estabelecer o maior valor no ponto mais à jusante e reduzindo os valores de prioridade das demandas de jusante à montante até que se atinja o menor valor no ponto mais à montante.

Na modelagem, no ponto mais à jusante das bacias, são inseridas demandas fictícias denominadas de demanda exutório. Nelas são inseridas demandas extremamente grandes e as prioridades adotadas recebem o maior valor para evitar que o excesso de água flua por elos do sistema que não pertençam ao caminho natural da água na bacia.

O modelo de rede de fluxo Acquanet também possibilita a inserção de prioridades de atendimento nos reservatórios para que seja mantido um determinado volume meta, sendo um indicativo para manejo dos níveis de água nos mesmos.

As prioridades de atendimento nos nós das diferentes demandas e nos nós dos reservatórios podem ser alteradas convenientemente no futuro para auxiliar na discussão sobre quais setores devem ser priorizados no desenvolvimento estratégico da região. Além disso, cada demanda pode ter um valor diferenciado, permitindo a simulação de diferentes cenários.

Discretização das bacias

As bacias hidrográficas do sistema de captação de água do município de Itu foram

discretizadas no modelo de rede de fluxo Acquanet em 54 elementos de reservatórios, 105 nós de passagens, 67 nós de demandas e 224 elos de ligação entre esses elementos, com simulação contínua iniciada em janeiro/1940 para toda a série histórica (59 anos).

A Figura 30 mostra o modelo Acquanet com a discretização das bacias em estudo. Para se aproximar o modelo o máximo possível da realidade, a rede de fluxo entre as bacias que atendem à sede de Itu foram interligadas uma vez que, no caso real, a demanda na sede é atendida pela água disponibilizada pelo conjunto de bacias. Além disso, foram introduzidos nós de demandas que representam as estações de tratamento de água de acordo com a configuração atual do sistema; assim: a bacia hidrográfica do São José se interliga ao nó ETA_5; as bacias hidrográficas do Gomes, do Braiaiá e do Pirapitingui se interligam ao nó ETA_1; e, a bacia hidrográfica do Itaim se interliga ao nó ETA_5, sendo essas estações interligadas a demanda na sede de Itu. Já a bacia hidrográfica do Varejão, que capta água para abastecimento do Distrito de Cidade Nova, se interliga aos nós ETA_3 e ETA_8, que representam as estações de tratamento de água atualmente existentes.

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Figura 30 – Modelo de redes de fluxo no Acquanet.

Nos nós de demanda ITU e Distrito_Cidade_Nova são inseridas as demandas de abastecimento de água atuais e futuras que atendem ao município de Itu, conforme as demandas médias estimadas indicadas na Tabela 8. Nos demais nós são inseridas as demandas de água outorgadas pelo DAEE nas bacias em estudo de acordo com o apresentado no item 3.3.

No modelo também foram representados os reservatórios reais existentes em cada uma das bacias, de acordo com o item 2. Contudo, esses elementos não foram simulados no modelo em virtude da inexistência de dados físicos disponíveis nos reservatórios, tais como os volumes característicos e a curva cota-área-volume, o que impossibilita a calibração desses elementos no modelo.

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Calibração do modelo de rede de fluxo Acquanet A calibração do modelo de rede de fluxo consistiu na simulação do Acquanet sem as

demandas existentes e comparação das vazões naturais calculadas por esse modelo com as vazões naturais simuladas no modelo de chuva-vazão Modhac, a partir dos escoamentos superficiais apresentados nas tabelas do Anexo B.

A Tabela 22 e a Tabela 23 apresentam uma comparação, para cada Bacia, entre as estatísticas básicas das séries de vazões naturais estimadas pelo modelo hidrológico Modhac e as séries de vazões simuladas no modelo de redes de fluxo Acquanet, sem considerar as demandas. Conforme se observa, a diferença registrada entre as séries é quase imperceptível o que indica que as discretizações feitas no modelo de redes de fluxo para cada bacia são capazes de reproduzir satisfatoriamente os dados gerados pelo modelo hidrológico.

Tabela 22 - Comparação das vazões naturais do MODHAC com as do Acquanet.

Bacias Braiaia Gomes Itaim

Modelo Modhac Acquanet Modhac Acquanet Modhac Acquanet

Média (m³/s) 0,507 0,506 0,206 0,207 0,864 0,864

Mediana (m³/s) 0,370 0,370 0,150 0,150 0,630 0,630

Mínimo (m³/s) 0,060 0,070 0,030 0,040 0,100 0,110

Máximo (m³/s) 4,240 4,240 1,730 1,730 7,060 7,060

Soma (m³/s) 358,810 357,970 146,090 146,370 611,640 612,040

Desvio padrão 0,461 0,461 0,169 0,168 0,751 0,751

Variância da amostra 0,212 0,212 0,028 0,028 0,564 0,564

Curtose 26,242 26,222 18,074 18,211 22,011 21,997

Assimetria 4,412 4,412 3,493 3,510 3,967 3,963

Coeficiente de Correlação 1,000 1,000 1,000

Tabela 23 - Comparação das vazões naturais do MODHAC com as do Acquanet.

Bacias São José Taquaral Varejão

Modelo Modhac Acquanet Modhac Acquanet Modhac Acquanet

Média (m³/s) 0,109 0,109 0,877 0,879 0,448 0,449

Mediana (m³/s) 0,080 0,080 0,640 0,640 0,330 0,320

Mínimo (m³/s) 0,020 0,020 0,110 0,110 0,050 0,040

Máximo (m³/s) 0,910 0,910 7,680 7,710 4,640 4,640

Soma (m³/s) 76,850 77,260 620,860 622,550 316,880 317,590

Desvio padrão 0,089 0,089 0,809 0,812 0,424 0,424

Variância da amostra 0,008 0,008 0,654 0,660 0,180 0,180

Curtose 19,640 19,814 25,399 25,402 33,519 33,690

Assimetria 3,663 3,671 4,269 4,270 4,818 4,836

Coeficiente de Correlação 0,999 1,000 1,000

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Cenários simulados

Foram estabelecidos dois cenários para simulação: • Cenário 1

: representa a situação atual. Neste caso, o intuito é de verificar o comprometimento atual da disponibilidade hídrica das bacias, considerando as demandas outorgadas e a de abastecimento do município; Cenário 2

No Cenário 1, as demandas atuais outorgadas na bacia inseridas no modelo foram as

disponibilizadas pelo DAEE. Já para as demandas de captação de água para abastecimento da sede de Itu e do distrito de Cidade Nova, foram empregadas as demandas médias estimadas para o ano de 2008. A Tabela 24, a seguir, indica os valores totais das demandas outorgadas por bacia hidrográfica e a demanda total em Itu e no distrito de Cidade Nova para o Cenário 1.

: representa a situação das bacias no período final do plano do projeto. O intuito neste caso é de verificar a garantia de atendimento futuro das captações nos exutórios das bacias.

Tabela 24 – Demandas inseridas no Cenário 1 – condição atual ano de 2008.

Cenário atual - 2008 Demandas outorgadas - DAEE Demandas de abastecimento Bacias l/s/km² m³/s m³/s

Itaim Guaçú 0,176 0,013 Sede de Itu 0,374 São José 0,556 0,005 Distrito de Cidade Nova 0,093 Taquaral-Pirapitingui 0,066 0,005 Total 0,467 Gomes 0,287 0,005 Braiaiá 0,115 0,005 Varejão 0,128 0,006

Para o Cenário 2, como não há estimativa dos usos futuros outorgados nas bacias, foi

considerado um aumento percentual de 20% em relação aos usos atuais existentes - valor condizente com o crescimento da demanda de abastecimento do município estimada. Ainda nesse cenário, para as demandas de captação de água da sede e do distrito do município, foram empregadas as demandas médias estimadas para o ano de 2038. A Tabela 25, a seguir, indica os valores totais das demandas outorgadas por bacia hidrográfica e a demanda total em Itu e no distrito de Cidade Nova para o Cenário 2.

Tabela 25 - Demandas inseridas no Cenário 2 – condição futura ano de 2038.

Cenário futuro- 2038 Demandas outorgadas – DAEE* Demandas de abastecimento

Bacias l/s/km² m³/s m³/s Itaim Guaçú 0,211 0,016 Sede de Itu 0,382 São José 0,667 0,006 Distrito de Cidade Nova 0,198 Taquaral-Pirapitingui 0,079 0,006 Total 0,580 Gomes 0,344 0,006 Braiaiá 0,138 0,006 Varejão 0,154 0,007 * maiores em 20% das atuais (considerando os usos não medidos).

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Convém observar que as demandas com valores de prioridade menores são as que primeiramente são atendidas. O modelo também desconsidera valores de vazões muito pequenos (da ordem de 5 l/s), o que faz com que estas outorgas sejam sempre atendidas. Isto não gera nenhum erro relevante, uma vez que estas demandas estão dentro da faixa de erro aceitável do cálculo da disponibilidade hídrica do estudo.

Inseridos os valores dos cenários propostos, o modelo de redes de fluxo Acquanet é simulado para o período mensal para toda a série histórica de 59 anos, a partir do que podem ser avaliadas a oferta hídrica remanescente e a garantia de atendimento dessa oferta.

Resultados das simulações do modelo de rede de fluxo A capacidade de atendimento da demanda de água em Itu e no Distrito de Cidade

Nova depende basicamente da capacidade de tratamento das Estações de Tratamento de Água (ETAs) existentes e a serem implantadas nas bacias. Assim, é interessante que a capacidade de tratamento total seja superior a demanda atual e que estas estações possuam uma garantia de atendimento satisfatória.

As vazões fornecidas e as garantias obtidas na simulação no modelo de rede de fluxo correspondem àquelas considerando todas as demandas à montante do local das captações e considerando que as captações ocorrem à fio d’água. Sabe-se que nas bacias existem pequenos barramentos, que, caso pudessem ser ampliados, certamente possibilitariam aumento da garantia de atendimento e aumento da vazão média fornecida, pois haveria a possibilidade de guardar parte do volume excedente no período úmido para compensar o déficit do período seco.

A seguir, apresenta-se a vazão média fornecida e a garantia de atendimento no cenário atual (Tabela 26) e no cenário futuro (Tabela 27) simuladas pelo Acquanet. Na simulação optou-se por considerar também a possibilidade de atendimento de toda a capacidade das ETAs, por isso o somatório das vazões das estações é superior ao somatório das demandas.

Tabela 26 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário atual.

Demandas Demanda atual (m³/s) Garantia de atendimento (%) Vazão média fornecida (m³/s) Itu 0,375 99,2 0,370 Distrito de Cidade Nova 0,093 89,8 0,086 ETA-1 0,395 95,3 0,394 ETA-3 0,035 99,0 0,030 ETA-5 0,010 100,0 0,010 ETA-7 0,115 98,2 0,115 ETA-8 0,055 89,8 0,052

Tabela 27 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário futuro.

Demandas Demanda futura (m³/s) Garantia de atendimento (%) Vazão média fornecida (m³/s) Itu 0,383 99,0 0,379 Distrito de Cidade Nova 0,198 0,0 0,141 ETA-1 0,475 91,0 0,463 ETA-3 0,000 100,0 0,000 ETA-5 0,070 62,0 0,062 ETA-7 0,115 97,9 0,115 ETA-8 0,155 79,5 0,141

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6. DISCUSSÃO

6.1. Garantias de atendimento do sistema atual e do projetado

A partir dos resultados das simulações no modelo de rede de fluxo Acquanet, indicados nas Tabelas 26 e 27, pode-se concluir, com relação às condições de captação de água para abastecimento do município de Itu, que:

i. A vazão média fornecida para Itu será aumentada de 0,370 m³/s para 0,379 m³/s e a garantia de atendimento sofrerá uma pequena queda, passando de 99,2% para 99,0 %;

ii. A vazão média fornecida para o Distrito de Cidade Nova será aumentada de 0,086 m³/s para 0,141 m³/s e a garantia de atendimento diminuirá de 89,8 % para 0,0%. Neste caso, é importante mencionar que a demanda final (0,198 m³/s) é mais do que o dobro da demanda atual (0,093 m³/s). Além disso, há limitação da capacidade de transporte em função da baixa capacidade das ETAs 3 e 8;

iii. A vazão média fornecida pela ETA-1, considerando que a mesma opera com toda sua capacidade, subirá de 0,394 m³/s para 0,463 m³/s e a garantia de atendimento cairá de 95,3 % para 91,0 %;

iv. Considerando que a ETA-3 opera com toda sua capacidade, a mesma fornece atualmente uma vazão média de 0,030m³/s para uma garantia de atendimento de 99,0 %. No futuro esta ETA será desativada e o sistema a partir da ETA-8 passará a produzir mais água;

v. A vazão média atual fornecida pela ETA-5, considerando que a mesma opera com toda sua capacidade, é igual a 0,010 m³/s para uma garantia de 100 %. Na situação futura, a vazão fornecida passará a ser igual a 0,062 m³/s para uma garantia de atendimento de 62,0 %;

vi. A vazão média fornecida pela ETA-7, considerando que a mesma opera com toda sua capacidade, permanecerá igual a 0,115 m³/s. Contudo a garantia de atendimento cairá de 98,2 % para 97,9 %;

vii. A vazão média fornecida pela ETA-8, considerando que a mesma opera com toda sua capacidade, subirá de 0,052 m³/s para 0,141 m³/s e a garantia de atendimento cairá de 89,8 % para 79,5 %. Sendo assim, a ampliação da captação para a ETA-8 implicará na redução da garantia de atendimento para menos de 80%.

Vale lembrar que a falha indica apenas a impossibilidade de atender integralmente a demanda.

Comentários

Para o abastecimento da sede do município de Itu está prevista a ampliação da ETA-1

em 2009, a partir do aumento da vazão captada da bacia do Braiaiá (de 100 l/s para 180 l/s), mantendo-se as demais captações que contribuem para essa estação nas bacias Pirapitingui/Taquaral e Gomes. Além disso, está previsto que a sede de Itu receberá o reforço no Sistema São José (ETA-5), a partir do ano de 2015, passando a vazão de captação nessa estação de 10 l/s atuais para 70 l/s. Conforme se pode observar pelos resultados das simulações, verifica-se que esta alteração aumentará em apenas 2,4% a oferta hídrica (passa

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de 0,370 m³/s para 0,379 m³/s), havendo uma pequena redução da garantia de atendimento de 99,2% para 99,0%.

Comparando as três estações de tratamento de água que servem ao sistema de Itu (ETA-1, ETA-5 e ETA-7), verifica-se que a ETA-5 apresenta a menor garantia em atingir a meta de tratamento, pois caso essa estação tenha de operar no seu limite (0,070 m³/s), poderá haver falha no atendimento em cerca de 38% do tempo.

Para o abastecimento do Distrito da Cidade Nova está prevista, em 2009, a desativação da ETA-3, que atualmente capta 35 l/s, e a ampliação da ETA-8, passando de 55 l/s para 155 l/s. Apesar do aumento significativo da vazão de captação da ETA-8, deve-se frisar que a garantia de atendimento é insatisfatória, pois atinge apenas 79,5% de garantia de atendimento, caso tenha de operar na sua capacidade de 0,155 m³/s. Em relação ao atendimento das demandas nesse distrito, observa-se que em nenhum mês ela será totalmente atendida, contudo a vazão média fornecida (0,141 m³/s) representa cerca de 71 % da demanda futura total do distrito.

6.2. Análise das vazões disponíveis na situação natural da bacia e nos cenários atual e futuro

Este tópico visa mostrar o impacto das ações humanas nas vazões naturais dos rios, objetivando avaliar qual a máxima capacidade de exploração à fio d’água. A Tabela 28, a seguir, apresenta a síntese dos dados de vazão simulados (m³/s) para a situação natural das bacias, nos cenários atual e futuro, e daqueles obtidos a partir de uma medição realizada no período de estiagem.

Tabela 28 - Síntese dos dados de vazões simulados e observados.

Vazão (m³/s) Média Máxima Mínima Observado na estiagem Condição Natural Atual Futuro Natural Atual Futuro Natural Atual Futuro

Taquaral 0,879 0,872 0,868 7,710 7,700 7,700 0,110 0,100 0,100 0,161

Itaim 0,864 0,736 0,732 7,060 6,850 6,850 0,110 0,070 0,070 0,065

Varejão 0,449 0,381 0,381 4,640 4,570 4,570 0,040 0,010 0,010 0,085

São José 0,109 0,106 0,102 0,910 0,900 0,900 0,020 0,020 0,010 0,008

Gomes 0,207 0,203 0,200 1,730 1,730 1,730 0,040 0,030 0,030 0,029

Braiaiá 0,506 0,494 0,491 4,240 4,220 4,220 0,070 0,060 0,050 0,055

Logo de princípio, uma observação importante a ser feita é que medições instantâneas

de vazão não necessariamente coincidem com os resultados do modelo, uma vez que o Acquanet trabalha em nível mensal. Sendo assim, é de se esperar que a vazão instantânea mínima seja inferior à vazão média mensal estimada pelo modelo.

A partir dos resultados apresentados na tabela, observa-se que à medida que a ação antrópica no meio é intensificada há uma redução nos valores simulados de vazão. Em relação aos dados observados, verifica-se que os mesmos se aproximam bastante dos dados de vazão mínima obtidos pela modelagem hidrológica.

Na situação atual, as Bacias de Itaim, Gomes e Braiaiá apresentam pequenas diferenças para mais entre os dados observados e simulados, o que pode ser atribuído ao fato da observação ser instantânea e o modelo ser mensal.

Na Bacia São José, o desvio pode ser atribuído em parte ao mesmo fato comentado anteriormente, como também ao fator de escala, pois há um aumento da incerteza na

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estimativa quando o tamanho da bacia é menor. Isto também pode ser um indicativo que os usos atuais na bacia são mais significativos do que o estimado, pois nota-se que os dados observados se aproximam dos dados simulados na condição futura.

Em relação às bacias do Varejão e Taquaral/Pirapitingui, as simulações mostraram haver um forte indicativo de que a vazão mínima possa ser significativamente mais baixa do que a vazão medida na estiagem.

Análise de vazões mínimas

Curva de permanência

A curva de permanência exprime a relação entre as vazões ou níveis observados e a

percentagem de tempo em que cada vazão ou nível é igualado ou excedido no período de tempo selecionado (dia, mês ou ano). Usualmente, as curvas de permanência de vazões são usadas quando se deseja conhecer a disponibilidade hídrica do curso d’água. Dentre os vários elementos que podem ser extraídos dessa curva estão informações quanto à variabilidade do escoamento e das vazões mínimas e ao grau de intermitência do rio.

Os valores característicos da curva de permanência são os pontos extremos, nos quais geralmente existem inflexões marcantes que retratam o comportamento das vazões máximas e das estiagens extremas; e o trecho médio, que representa a faixa dominante de vazões no rio (Tucci, 2000).

Curva de frequências de vazões mínimas

A curva de freqüência de vazões mínimas relaciona o tempo de retorno (ou a

probabilidade de não-excedência) de uma vazão que permanece no rio durante um determinado intervalo de tempo, sendo normalmente construída com base em séries de vazões mínimas.

A curva de freqüência procura inferir a função cumulativa de probabilidades da população da qual a amostra foi retirada (das vazões, por exemplo). Isso permite estimar níveis de freqüência e, reciprocamente, os riscos de ocorrência de valores maiores ou menores que um dado nível de vazão (Tucci, 2000).

A vazão mínima de 7 dias de duração e 10 anos de período de retorno (Q7,10) é comumente utilizada para análise de situações desfavoráveis de demanda, sendo a determinação de seu valor realizada pela pesquisa do valor mínimo por meio de médias móveis. Uma das vantagens da utilização da vazão mínima de 7 dias é que ela é menos sensível a erros de medição e, na maioria dos casos, não apresenta grande diferença com relação à mínima de 1 dia de duração (Smakhtin, 2001).

Vazão mínima de 7 dias de duração e Tempo de Retorno de 10 anos

Para calcular a vazão diária mínima de 7 dias de duração foi utilizado o modelo hidrológico diário HEC-HMS, cuja calibração e verificação foram apresentados no item 5.1. A fim de averiguar se este modelo diário está compatível com o modelo mensal MODHAC, que serviu de base para a modelagem da rede de fluxo, foi feita uma análise comparativa comparativa dos resultados dos dois modelos, conforme apresentado na Tabela 29.

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Tabela 29 - Comparações das vazões naturais mensais do Modhac e do HEC. Bacias Braiaiá Gomes Itaim

Modelo Modhac HEC Modhac HEC Modhac HEC

Média (m³/s) 0,507 0,493 0,206 0,202 0,864 0,807

Mediana (m³/s) 0,370 0,373 0,150 0,143 0,630 0,598

Mínimo (m³/s) 0,060 0,100 0,030 0,000 0,100 0,173

Máximo (m³/s) 4,240 2,369 1,730 0,966 7,060 3,883

Bacias São José Taquaral Varejão

Modelo Modhac HEC Modhac HEC Modhac HEC

Média (m³/s) 0,109 0,105 0,877 0,828 0,448 0,461

Mediana (m³/s) 0,080 0,100 0,640 0,618 0,330 0,343

Mínimo (m³/s) 0,020 0,000 0,110 0,187 0,050 0,100

Máximo (m³/s) 0,910 0,500 7,680 3,990 4,640 2,217

Observando a tabela anterior verifica-se que os dados de vazão média e mediana ficaram bem próximos. As distorções maiores ocorreram nos valores extremos (máximo e mínimo). Essas distorções foram bastante significativas, tendo os valores mínimos mensais ficado até abaixo do valor mínimo diário e o valor máximo mensal acima do máximo diário.

O fato dos valores intermediários estarem próximos é um indício que o modelo está representando satisfatoriamente o contexto hidrológico das seis bacias. Já o fato dos valores diários extremos contrariarem as expectativas e estarem contidos na faixa de máximo e mínimo mensal pode ser atribuída em parte ao tamanho das séries simuladas. Enquanto no MODHAC foram simulados dados mensais para 59 anos, no HEC-HMS só puderam ser simulados dados diários de 17 anos. Isto afeta drasticamente a quantidade de amostras e a faixa de variabilidade avaliada.

Em termos de análise estocástica, em que a probabilidade de um valor estar acima ou abaixo de um determinado patamar é o mais relevante, a questão levantada anteriormente passa a ser secundária uma vez que não mais interessará conhecer o maior e o menor valor registrado, mas sim saber o valor da vazão para uma determinada probabilidade de ocorrência. Sendo assim, o tamanho da população utilizada na estatística só fará o resultado ser mais preciso, pois permitirá estabelecer mais faixas de probabilidade de ocorrência.

Dessa forma, foram calculadas as vazões características utilizando-se os dados mensais e diários (Tabela 30) simulados no Modhac e no HEC-HMS. Na Figura 31 são apresentadas as vazões mínimas de 7 dias e tempo de retorno de 10 anos para as bacias simuladas e nas Figuras 32 a 37 as curvas de permanência mensais da Q90 e da Q95 para cada uma das bacias.

Tabela 30 - Vazões de referência. Bacias Braiaiá Gomes Itaim São José Taquaral Varejão

Q90 diária (m³/s) 0,200 0,100 0,300 0,000 0,300 0,200 Q90 mensal (m³/s) 0,251 0,108 0,409 0,045 0,421 0,232 Q95 diária (m³/s) 0,100 0,100 0,200 0,000 0,200 0,100 Q95 mensal (m³/s) 0,215 0,099 0,360 0,035 0,370 0,204

Q7,10 (m³/s) 0,069 0,019 0,071 0,000 0,137 0,071 Observado na estiagem (m³/s) 0,055 0,029 0,065 0,008 0,161 0,085

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Figura 31 – Vazão mínima de 7 dias e tempo de retorno de 10 anos.

Como se observa nos gráficos da Figura 31, a situação mais crítica quanto às vazões no período de estiagem ocorre na bacia do São José, em que a Q7,10 é nula. Isso significa que no período seco não há garantia satisfatória para captação à fio d’água nesse rio. Vale salientar que com o aumento dos usos de água superficial nas bacias, o efeito gerado será a diminuição das vazões mínimas para todos os tempos de retorno, ou seja, as atuais Q7,10 tenderão a ocorrer em um período de retorno menor.

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Figura 32 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Braiaiá.

Figura 33 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Gomes.

Figura 34 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Gomes.

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Figura 35 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do São José.

Figura 36 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Taquaral.

Figura 37 – Curvas de permanência Q90 e Q95 da bacia do Varejão.

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As curvas de permanências Q90 e Q95 calculadas para as bacias do sistema mostram que os períodos críticos de vazões mensais ocorrem entre os meses de agosto e novembro, estando o pico mensal concentrado no mês de março. O efeito de retiradas de água superficial nos rios será expressivamente maior no último terço das curvas, o que demonstra que os impactos serão maiores sobre as vazões de maior permanência. Para a bacia do São José (Figura 35), é possível observar que por mais de 10% do tempo a vazão no rio será igual a 0, o que ratifica o maior risco, isto é, a baixa garantia para captação à fio d’água nesse rio.

6.3. Aproveitamento dos volumes excedentes

Além de indicar as vazões fornecidas, o modelo de redes de fluxo permite identificar

quanto de vazão ainda pode ser aproveitada em cada bacia hidrográfica. A Tabela 31 apresenta a vazão média efluente de cada bacia estudada. Estas vazões são devidas ao excedente hídrico do período úmido e corresponde àquela parcela de água que ultrapassa a capacidade do sistema. Verifica-se que uma parcela considerável não é aproveitada.

Tabela 31 - Vazão média não aproveitada em cada bacia no cenário futuro.

Bacia Taquaral Itaim Varejão São José Gomes Braiaiá Qefl (m³/s) 0,626 0,617 0,236 0,041 0,151 0,316

Qefl (hm³/mês) 1,645 1,621 0,620 0,108 0,397 0,830

A Tabela 32 apresenta o déficit médio e o maior déficit hídrico acumulado registrado

em cada ETA pelo modelo de redes de fluxo. Na penúltima coluna da tabela são indicados os tempos necessários para suprir o déficit hídrico acumulado máximo, considerando que este déficit fosse suprido pelas vazões médias não aproveitadas das respectivas bacias contribuintes (Tabela 31).

Tabela 32 - Maior déficit hídrico acumulado no cenário futuro.

Unidade Def(m³/s) DefAcMax(hm³) Meses Bacias contribuintes

ETA-1 0,084 4,213 1,5 Braiaiá, Gomes e Taquaral

ETA-3 - - - Varejão

ETA-5 0,022 1,088 10,1 São José

ETA-7 0,024 0,378 0,2 Itaim

ETA-8 0,070 5,898 9,5 Varejão

Analisando-se os dados, nota-se que as vazões não aproveitadas são bem significativas

e que em poucos meses as bacias contribuintes são capazes de fornecer o maior déficit acumulado.

Para verificar se a construção de reservatórios pode melhorar significativamente a oferta hídrica, apresenta-se uma estimativa da vazão regularizada em cada bacia, estimada com base na vazão média para um potencial de regularização de 70% e considerando as retiradas de água à montante no cenário futuro (Tabela 33).

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Tabela 33 - Capacidade de regularização de vazões estimadas nas bacias estudadas.

Bacia Qméd (m³/s) Qreg (m³/s) Qreg (hm³/mês) Unidade

Taquaral 0,868 0,608 1,597 ETA-1

Itaim 0,732 0,512 1,347 ETA-7

Varejão 0,381 0,267 0,701 ETA-3/ ETA-8

São José 0,102 0,071 0,188 ETA-5

Gomes 0,200 0,140 0,368 ETA-1

Braiaiá 0,491 0,344 0,903 ETA-1

A partir da estimativa da vazão regularizada por cada bacia, pode-se prever preliminarmente qual a contribuição máxima para cada ETA (Tabela 34).

Tabela 34 - Cenário de aproveitamento máximo.

Unidade Qtotal (m³/s) Qtotal (hm³/mes) Localidade atendida

ETA_1 1,091 2,868 Itu

ETA_3 - - -

ETA_5 0,071 0,188 Itu

ETA_7 0,512 1,347 Itu

ETA_8 0,267 0,701 Distrito de Cidade Nova

Neste cenário de aproveitamento dos volumes excedentes, observa-se que, em

princípio, é possível atender plenamente (100% de garantia) o município de Itu com até 1,674 m³/s e o Distrito de Cidade Nova com até 0,267 m³/s.

6.4. Recomendações para preservação das vazões mínimas nos rios

O ciclo hidrológico é o fenômeno global de circulação fechada da água entre a

superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela radiação solar. É um processo contínuo de transporte de massas de água do oceano para a atmosfera e desta, através de precipitações, escoamento (superficial e subterrâneo) novamente ao oceano. O ciclo hidrológico tem, nos fenômenos de evaporação e precipitação, os seus principais elementos responsáveis pela contínua circulação de água no globo.

Numa Bacia Hidrográfica, que corresponde a apenas uma parte do sistema, não ocorre esta circulação fechada, pois as massas atmosféricas, importante veículo hídrico, dependem de fatores externos à Bacia. Além disso, a água escoada no exutório da Bacia passa a integrar o Balanço Hídrico Global. Dessa forma, pelo ponto de vista da Bacia, que considera a entrada de água pela precipitação e a saída pelo escoamento no exutório, ocorrem perdas hídricas na circulação de água. Estas perdas, por sua vez vão depender de diversos fatores: clima, tipo de solo, cobertura vegetal, etc.

Muitas intervenções antrópicas podem comprometer significativamente o ciclo hidrológico natural, afetando a circulação das águas na bacia hidrográfica. A capacidade de regularizacão natural de uma bacia está associado com a capacidade da bacia em guardar as águas dos períodos chuvosos para as épocas de estiagens, contribuindo na perenização dos

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cursos d’água. Algumas ações antrõpicas e suas influências na capacidade de regularização da bacia hidrográfica são citadas a seguir:

1 - Desmatamentos ou a transformação de florestas naturais em campos: a mudança da camada vegetal ou mesmo a retirada da mesma altera significativamente o ciclo hidrológico. A vegetação tem um importante papel na regularização das vazões naturais, pois retarda o escoamento superficial na bacia, amortecendo o pico de vazão após uma precipitação. Além disso, uma bacia desprotegida está mais sujeita a erosão de encostas devido ao impacto da chuva na superfície do solo e devido ao aumento da velocidade de escoamento superficial.

2 - Urbanização: a construção de ruas e casas promove a impermeabilização do solo, o que tende a acelerar o fluxo de água nas Bacia, o que aumenta a probabilidade de enchentes na zona urbana. A impermeabilização do solo também promove a diminuição da recarga dos aqüíferos subterrâneos e, por conseguinte, diminuição do escoamento de base e o escoamento subterrâneo. A diminuição desses escoamentos promove a redução da reserva de água no solo, o que diminui a contribuição destas águas na vazão regularizada pela bacia hidrográfica.

3 - Retificação dos rios: a mudança do leito de rios ou mesmo a concepção equivocada de projetos de drenagem afetam também o ciclo hidrológico. A construção de canais ou a instalação de tubulações para escoar as águas pluviais aceleram o escoamento das águas, reduzindo a vazão regularizada pela bacia hidrográfica.

Visando preservar e manter a capacidade natural de regularização de uma bacia, podem ser citadas as seguintes ações:

1 - Recuperação de áreas degradadas: ações de reflorestamento e/ou de recuperação das matas ciliares melhoram a capacidade de regularização da bacia, podendo também contribuir para uma melhoria na qualidade das águas.

2 - Renaturalização de corpos d’água: a recomposição do leito natural do rio contribui favoravelmente na melhoria da regularização das águas da bacia.

3 - Ações nas zonas urbanas: são ações que incidem em geral sobre algum aspecto da drenagem urbana, tais como: (i) criação de lagoas de retenção/ detenção além de serem ações de minimização dos impactos das enchentes também contribuem no retardo do escoamento superficial e na melhoria da regularização dos corpos hídricos; (ii) criação de áreas para promover a recarga do aqüífero subterrâneo contribui para o aumento do escoamento de base e subterrâneo, favorecendo a regularização das águas da bacia.

4 - Exploração racional das águas subterrâneas: realizar teste de bombeamento e recuperação dos poços de modo a captar uma vazão que não comprometa significativamente o fluxo de água subterrâneo. Além disso, é importante acompanhar pelo menos mensalmente como está a evolução do nível estático dos poços ao longo do tempo.

5 - Exploração racional das águas superficiais: definição de vazões ecológicas para os cursos d’água por uma análise mais criteriosa do aspecto ambiental com a implementação de ações para manutenção de vazões no rio que dêem suporte aos ecossistemas aquáticos; a manutenção dessas vazões remanescentes deve considerar os principais aspectos do ciclo hidrológico necessários ao bem-estar do ecossistema fluvial: magnitude, tempo de duração, freqüência e época de ocorrência de vazões mínimas e máximas.

6 - Ações de caráter institucional: (i) fiscalização das captações superficiais e subterrâneas e controle dos volumes captados; (ii) limitação/ controle na concessão de outorgas superficiais e subterrâneas para novas captações; (iii) criação de um comitê de usuários ou comitê de bacia para estabelecer as diretrizes dos usos de água na bacia e resolver conflitos entre usuários nas situações de escassez; (iv) adoção de um Plano Diretor de Drenagem Urbana visando compatibilizar a ocupação urbana com a preservação do ciclo

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hidrológico; (v) estabelecimento de um Plano de Monitoramento das Bacias, contemplando, entre outras coisas, a instalação de estações fluviométricas para acompanhamento diário das vazões dos principais cursos d’água; etc.

Vale salientar que a maioria das medidas mencionadas é de caráter genérico, devendo ser considerada apenas como diretrizes.

7. CONCLUSÕES

Este relatório apresentou o estudo de modelagem hidrológica das bacias hidrográficas utilizadas no sistema de captação de água para abastecimento do município de Itu. O objetivo principal da modelagem foi avaliar a capacidade de atendimento da demanda hídrica da sede do município e do distrito de Cidade Nova para o horizonte de projeto de 30 anos.

A modelagem hidrológica proposta foi dividida na aplicação de três modelos diferentes: dois modelos chuva-vazão, o HEC-HMS e o Modhac, e o modelo de rede de fluxo Acquanet. Como etapas preliminares da aplicação desses modelos foram realizadas a caracterização das bacias do estudo, a previsão de demanda para o horizonte de projeto e a compilação dos dados hidrometereorológicos disponíveis para a região.

A calibração do modelo hidrológico chuva-vazão HEC-HMS para uma região de características hidrológicas similares (bacia do Posto Eden) às das seis bacias hidrográficas que servem ao sistema de captação de água de Itu possibilitou a determinação do conjunto de parâmetros adequados para representar o processo de transformação chuva-vazão em escala diária. A partir destes parâmetros calibrados foi possível estabelecer séries diárias pseudo-históricas de vazões para cada uma das seis bacias. Estes dados foram utilizados para estimar a vazão com duração de 7 dias e tempo de permanência de 10 anos (Q7,10).

A Q7,10 é um dos indicadores da disponibilidade à fio d’água por estar relacionada às baixas vazões do período de estiagem. A Tabela 35, a seguir, resume o potencial hídrico à fio d’água das bacias estudadas recomendado a partir dos resultados fornecidos pelo modelo HEC-HMS. Como se observa na tabela, a bacia do São José não oferece condições satisfatórias para esse tipo de aproveitamento.

Tabela 35 - Disponibilidade hídrica à fio d’água simuladas no modelo HEC-HMS.

Bacias Braiaiá Gomes Itaim São José Taquaral Varejão

Q7,10 (m³/s) 0,069 0,019 0,071 0,000 0,137 0,071

A aplicação do modelo hidrológico chuva-vazão Modhac teve por objetivo a estimativa da vazão média e das séries mensais de vazão para avaliação do potencial hídrico das bacias estudadas. As vazões naturais mensais dos rios das bacias hidrográficas do estudo estabelecidas no Modhac foram empregadas como dados de entrada no modelo de rede de fluxo Acquanet. O modelo de rede de fluxo Acquanet foi empregado para avaliação da oferta hídrica ao final do período de projeto e para estimar a garantia de atendimento associada a essa oferta, objetivos principais da modelagem desenvolvida nesse trabalho. Os resultados da aplicação desse modelo estão resumidos na Tabela 36.

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Tabela 36 - Vazão média fornecida e garantia de atendimento de cada ETA no cenário futuro.

Demandas Demanda

futura (m³/s)

Sistema projetado Vazão média

fornecida (m³/s) Garantia de

atendimento (%) Itu 0,383 0,379 99,0

Distrito de Cidade Nova 0,198 0,141 0,00

Em síntese, as simulações no modelo de rede de fluxo, indicaram que para o cenário

futuro, ao final do horizonte de projeto - ano de 2038, a vazão média fornecida para a sede de Itu será de 0,379 m³/s com garantia de atendimento de 99%, e, para o Distrito de Cidade Nova, será de 0,141 m³/s, com garantia nula, indicando, portanto, que em todos os meses haverá falhas no atendimento.

Considerando o aproveitamento do excedente hídrico das bacias do sistema, as demandas futuras, tanto na sede quanto no distrito de Cidade Nova seriam atendidas com 100% de garantia.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO A – SÉRIES DE PRECIPITAÇÕES CALCULADAS PARA AS BACIAS DO ESTUDO

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Tabela A 1- Precipitação média da bacia Itaim Guaçú (mm).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 142,7 97,4 73,7 56,9 58,7 9,8 28,6 40,2 51,5 238,6 83,3 154,7 1036,1 1940 196,7 277,2 79,3 59,3 29,2 0,0 5,7 10,2 22,6 116,3 116,0 81,0 993,7 1941 178,8 133,8 106,7 13,9 29,0 32,5 35,9 24,7 164,6 81,0 174,9 231,5 1207,4 1942 118,8 206,3 169,2 60,3 21,0 78,2 99,4 9,9 41,4 17,0 115,1 181,9 1118,6 1943 215,2 107,4 148,8 63,4 6,8 34,8 6,8 22,6 72,3 195,1 68,1 127,4 1068,6 1944 165,4 123,5 95,2 50,8 5,5 13,6 1,8 0,0 6,2 98,8 199,5 83,2 843,6 1945 172,2 198,6 130,0 25,4 19,0 167,5 33,8 2,1 43,1 37,1 213,7 208,3 1250,8 1946 308,8 212,1 114,3 12,6 40,6 58,4 84,0 1,3 14,9 70,4 137,6 121,8 1176,9 1947 461,5 229,8 169,1 39,9 49,5 36,6 60,2 45,1 149,2 79,8 142,3 266,3 1729,3 1948 242,4 197,1 247,2 12,7 47,8 6,8 43,4 37,3 10,1 92,2 47,7 103,7 1088,5 1949 219,8 176,7 103,9 68,9 34,6 73,8 0,1 40,9 6,4 34,4 48,8 258,6 1066,8 1950 256,7 226,0 100,9 161,6 0,3 16,6 25,5 0,0 26,1 251,1 104,0 114,6 1283,3 1951 215,4 164,0 125,9 38,8 4,3 19,1 35,4 49,9 10,0 112,0 121,8 130,9 1027,4 1952 184,7 208,1 64,1 21,8 0,0 117,3 0,0 2,5 55,7 122,0 118,8 156,0 1051,1 1953 199,0 161,2 116,1 105,1 41,5 13,9 40,2 25,7 65,3 82,3 133,5 118,6 1102,4 1954 202,1 197,6 160,5 15,3 162,0 37,2 24,2 0,0 41,1 119,1 7,9 155,1 1122,0 1955 433,4 50,0 91,7 53,1 35,4 34,0 45,9 100,5 0,8 132,3 96,6 198,0 1271,6 1956 81,4 206,3 82,2 86,1 138,5 140,8 78,7 98,3 71,0 105,6 21,7 123,1 1233,7 1957 284,1 343,0 130,9 60,7 15,2 54,3 165,1 107,0 206,9 212,0 139,7 152,2 1871,0 1958 285,8 114,1 156,9 68,6 122,2 73,4 24,4 24,2 87,8 202,2 45,2 223,4 1428,3 1959 327,3 170,1 200,1 123,2 55,9 11,7 0,0 76,5 24,7 109,0 126,0 154,9 1379,4 1960 374,2 333,8 74,8 80,8 97,2 69,6 0,0 14,5 24,9 129,7 100,5 405,0 1705,0 1961 135,1 179,1 126,2 117,0 46,7 17,9 1,6 10,2 15,2 100,6 121,5 143,2 1014,4 1962 78,6 141,1 327,3 22,0 7,1 73,7 33,4 40,3 28,9 359,8 59,9 205,3 1377,4 1963 209,6 153,7 47,1 41,3 0,1 13,9 4,7 2,1 12,0 147,1 214,6 57,0 903,1 1964 87,2 306,2 77,2 64,2 19,4 54,5 86,5 31,1 115,3 126,2 67,4 407,9 1443,1 1965 406,9 279,0 170,0 107,1 75,8 16,7 68,7 12,4 60,6 195,8 157,3 365,3 1915,7 1966 118,3 221,1 121,0 31,8 45,5 9,0 26,8 28,2 120,2 124,7 93,5 232,3 1172,3 1967 199,4 87,2 92,7 22,0 10,8 115,7 29,6 0,1 98,0 193,0 169,2 85,9 1103,4 1968 222,2 93,2 80,9 50,7 95,4 17,1 1,7 61,2 13,4 76,0 39,2 176,7 927,7 1969 65,0 92,1 139,9 52,8 24,3 30,0 8,7 20,6 53,1 233,0 225,7 69,6 1014,8

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 247,6 465,7 254,1 82,9 49,8 21,7 30,7 88,1 79,4 97,7 61,5 164,3 1643,6 1971 102,7 83,2 217,1 79,2 58,6 117,5 58,2 14,7 48,6 179,5 75,5 171,8 1206,6 1972 342,0 150,5 55,8 70,0 58,9 8,3 152,9 73,3 116,2 219,5 187,2 113,8 1548,5 1973 202,0 167,0 112,6 76,2 39,3 56,6 57,0 33,0 66,1 110,8 155,3 240,2 1316,2 1974 204,5 107,7 328,9 33,5 4,3 141,4 0,0 7,2 21,8 107,1 86,7 247,3 1290,3 1975 175,5 223,1 60,5 19,1 24,6 2,8 57,7 0,3 44,9 150,3 240,9 182,2 1182,0 1976 169,6 382,1 99,9 101,7 120,5 96,1 107,4 117,5 193,2 136,5 93,7 84,6 1702,7 1977 370,7 62,4 92,4 100,9 1,6 29,5 27,9 13,9 75,0 70,3 109,1 273,8 1227,4 1978 89,6 96,5 154,0 0,1 109,9 52,2 116,1 7,4 52,2 88,4 281,7 257,2 1305,3 1979 129,9 108,9 87,5 60,0 154,1 5,0 77,4 87,0 146,6 125,4 79,6 154,4 1216,0 1980 240,0 182,1 63,7 98,0 8,6 69,2 16,9 39,8 46,7 60,1 127,3 289,7 1242,1 1981 238,3 44,5 17,5 3,0 3,7 8,1 2,9 0,7 0,9 12,2 17,2 17,2 366,2 1982 298,8 193,9 104,2 74,0 49,4 246,5 68,2 17,8 30,3 230,6 209,1 315,6 1838,4 1983 312,5 258,6 252,0 156,4 200,8 256,6 19,4 3,3 212,4 154,8 119,3 215,3 2161,4 1984 141,0 16,6 39,3 73,5 56,9 1,4 7,4 115,9 180,3 47,7 159,8 226,5 1066,2 1985 112,3 113,7 242,5 51,4 114,4 15,4 6,1 16,5 92,5 31,5 104,0 68,3 968,7 1986 165,3 213,0 165,7 44,0 63,6 0,8 11,8 135,3 31,9 47,8 176,2 259,0 1314,6 1987 268,3 175,5 104,4 40,7 164,3 212,4 17,4 13,9 55,4 97,4 71,0 158,9 1379,6 1988 172,3 183,6 148,7 133,2 141,7 52,4 5,7 0,2 28,5 139,7 82,4 113,7 1202,1 1989 321,3 223,8 149,3 47,0 18,1 36,4 160,4 26,8 66,5 73,8 120,5 129,2 1373,1 1990 229,0 126,0 171,1 32,8 56,6 35,4 145,2 31,9 59,3 88,7 59,8 160,4 1196,3 1991 224,0 131,4 265,5 130,9 42,5 68,2 49,4 4,7 85,2 193,6 67,5 291,2 1554,2 1993 337,7 230,4 73,3 70,6 102,4 66,1 16,0 74,6 184,6 93,6 83,9 127,9 1461,2 1994 219,8 127,7 219,6 117,3 68,7 48,8 21,3 0,0 0,1 75,0 102,9 192,4 1193,7 1995 430,7 292,8 164,1 86,0 45,5 34,9 66,9 4,7 47,1 155,6 45,7 231,3 1605,4 1996 256,4 160,7 183,0 12,7 7,9 54,2 4,6 22,4 131,7 155,9 75,4 180,5 1245,4 1997 343,4 104,4 38,0 37,1 76,3 105,8 14,8 28,2 110,6 80,2 247,2 93,1 1279,0 1998 159,7 210,5 179,5 90,9 92,5 16,6 5,5 46,6 88,8 147,4 39,9 249,4 1327,3 2000 219,5 252,2 85,4 1,2 8,7 8,7 77,0 64,3 114,2 70,5 109,9 164,9 1176,6 Média 225,2 179,6 134,2 61,9 54,7 55,3 41,7 33,8 68,7 123,9 115,0 181,1 1275,3

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Tabela A 2 - Precipitação média da bacia São José (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 236,6 116,2 56,8 59,2 86,4 6,8 33,2 65,4 101,2 265,4 127,8 278,8 1433,8 1940 295,4 334,6 81,4 62,2 36,4 0,0 2,6 4,2 17,0 97,2 98,0 115,8 1144,8 1941 197,2 112,2 110,2 11,6 41,0 42,8 28,6 18,3 172,0 90,0 201,8 226,2 1251,9 1942 78,4 274,9 117,2 54,4 34,4 54,6 92,0 0,0 57,2 13,6 57,8 179,4 1013,9 1943 263,6 113,0 169,2 51,2 0,0 35,2 5,6 22,4 60,0 186,6 120,0 137,8 1164,6 1944 200,2 208,0 112,4 13,6 8,6 18,4 5,0 0,0 3,6 54,8 171,0 137,8 933,4 1945 202,0 181,6 89,6 6,8 22,0 188,2 36,0 2,0 31,0 60,0 286,6 222,0 1327,8 1946 314,9 161,0 144,0 17,8 11,8 43,2 94,0 0,0 4,0 58,0 100,0 57,2 1005,9 1947 508,8 343,6 218,8 13,2 58,8 67,6 98,2 23,0 125,4 67,0 151,2 270,4 1946,0 1948 282,0 157,8 203,8 11,4 27,2 16,2 51,4 27,0 7,2 80,2 55,8 87,0 1007,0 1949 246,8 218,6 93,6 63,0 44,0 24,6 0,0 20,4 8,4 68,8 64,6 289,4 1142,2 1950 314,4 359,0 174,0 107,2 0,0 5,8 34,8 0,0 30,2 297,2 113,6 162,6 1598,8 1951 352,0 131,6 123,1 12,4 11,2 17,8 37,2 50,2 14,0 113,0 150,2 159,4 1172,1 1952 113,4 240,9 54,4 6,0 0,0 134,0 0,0 5,0 86,0 124,8 133,4 155,8 1053,7 1953 243,0 140,2 120,6 125,6 67,8 10,8 50,0 33,2 83,0 111,2 151,0 90,6 1227,0 1954 190,6 222,8 164,0 13,1 137,4 50,0 13,6 0,0 45,0 153,8 17,4 156,4 1164,1 1955 417,0 55,4 78,8 57,0 47,2 13,0 28,0 75,8 1,4 143,0 81,0 216,2 1213,8 1956 107,6 170,6 79,0 120,0 173,6 91,2 97,6 43,4 68,2 104,4 26,8 145,8 1228,2 1957 384,4 258,6 112,8 142,8 14,8 54,2 115,2 82,0 220,4 208,8 90,8 138,0 1822,8 1958 214,0 139,8 193,8 52,4 147,2 66,2 20,2 55,0 76,4 203,2 76,4 133,6 1378,2 1959 340,4 149,8 253,4 57,2 48,6 8,4 4,8 56,4 25,0 97,4 153,0 201,4 1395,8 1960 415,2 351,8 72,2 72,6 81,6 53,0 0,0 22,4 17,6 137,8 90,8 453,6 1768,6 1961 138,2 198,2 91,8 112,2 47,3 28,4 0,8 10,6 5,8 121,8 107,6 221,0 1083,8 1962 72,4 167,6 296,2 28,6 15,4 44,0 31,4 50,8 49,2 210,6 56,2 231,0 1253,4 1963 246,4 108,4 0,0 21,0 1,4 11,2 2,2 3,2 17,0 126,8 116,0 78,0 731,6 1964 219,0 291,4 48,0 84,8 13,8 33,0 65,8 22,6 111,4 125,0 68,2 334,6 1417,6 1965 428,8 234,4 207,6 61,8 73,0 16,0 50,6 14,8 83,6 187,8 108,0 324,0 1790,4 1966 187,0 151,8 129,4 38,0 56,2 1,2 27,0 52,8 103,4 139,8 91,8 266,8 1245,2 1967 382,2 112,6 135,8 48,0 11,0 103,0 29,2 2,2 102,4 163,4 171,8 108,6 1370,2 1968 222,6 86,4 108,1 53,6 73,0 38,0 15,0 69,8 14,8 102,4 62,6 105,2 951,5 1969 135,6 81,4 108,4 90,0 52,0 40,6 19,2 23,2 31,4 162,0 288,2 180,2 1212,2

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 216,0 393,8 205,4 45,6 57,4 62,2 22,8 78,4 136,2 67,0 92,8 174,6 1552,2 1971 131,0 111,2 224,8 94,8 51,0 104,0 78,4 21,8 52,6 194,0 119,4 186,8 1369,8 1972 294,8 269,6 180,4 43,8 38,2 6,2 133,4 73,9 121,6 197,6 153,7 112,6 1625,9 1973 162,1 153,2 94,9 110,2 38,6 28,4 51,2 25,4 43,0 113,2 96,4 240,6 1157,2 1974 226,6 88,8 215,8 57,6 2,6 111,0 0,0 12,8 43,8 126,4 135,6 209,8 1230,8 1975 130,6 291,8 87,0 20,8 24,0 3,0 60,4 5,2 50,0 142,8 221,4 177,6 1214,5 1976 166,1 311,2 125,4 117,0 151,3 88,6 147,2 107,3 180,3 115,8 75,4 128,3 1713,8 1977 283,6 22,8 114,4 107,4 10,6 39,2 20,4 16,0 113,8 71,4 123,0 260,8 1183,4 1978 94,8 73,2 95,2 0,0 93,0 53,0 103,6 6,3 49,9 86,7 298,1 281,4 1235,2 1979 125,7 106,4 78,6 51,1 152,7 3,4 88,2 84,4 149,6 92,0 92,0 185,8 1209,8 1980 232,0 150,0 45,6 85,4 10,6 80,8 8,0 43,2 43,4 63,0 198,0 236,4 1196,4 1981 164,4 64,8 114,6 26,0 15,0 72,4 16,9 4,4 2,4 88,6 137,0 117,4 823,9 1982 257,8 151,0 78,4 59,2 47,4 237,2 36,0 28,8 37,8 257,8 177,2 378,0 1746,6 1983 348,8 195,8 104,2 233,4 172,4 220,4 26,8 11,6 220,8 130,7 101,2 290,0 2056,1 1984 156,8 20,0 55,9 72,4 60,8 2,0 4,2 99,0 142,2 26,2 97,6 180,0 917,1 1985 85,4 106,4 172,6 55,0 75,2 4,4 4,0 21,8 80,6 40,0 131,6 99,4 876,4 1986 151,0 175,0 203,8 55,2 94,0 0,0 10,3 134,3 31,3 48,1 159,0 288,3 1350,3 1987 279,1 166,2 104,7 38,4 163,0 209,3 18,2 16,4 50,5 85,1 72,1 168,8 1371,7 1988 174,2 184,0 138,1 164,0 153,9 50,5 5,6 0,1 63,8 111,4 50,2 90,2 1185,9 1989 349,8 185,7 146,7 32,2 16,8 47,6 37,8 33,3 68,4 64,9 149,5 138,9 1271,5 1990 250,4 115,3 127,7 29,4 53,2 37,5 148,2 44,5 62,9 88,5 62,2 149,8 1169,5 1991 232,0 191,4 145,4 108,7 41,5 76,5 44,0 19,3 86,6 208,9 59,4 266,1 1479,8 1993 245,3 195,9 132,2 59,7 57,4 62,6 14,1 71,3 188,2 104,0 75,9 138,9 1345,4 1994 213,0 127,7 174,4 97,0 62,5 48,5 23,8 0,0 0,3 110,3 82,6 234,0 1174,1 1995 389,4 201,2 142,9 64,6 62,1 39,1 60,3 5,0 54,6 162,7 64,7 208,1 1454,6 1996 259,0 189,1 181,7 19,0 15,3 55,0 10,6 25,4 127,6 163,2 73,7 205,8 1325,4 1997 355,7 147,9 52,5 41,5 89,3 113,4 21,0 35,5 109,1 99,6 274,9 134,2 1474,4 1998 219,9 204,8 198,7 111,9 100,8 15,9 7,6 46,6 78,6 173,6 55,8 247,9 1462,1 2000 225,8 306,4 83,4 5,1 10,2 9,3 71,6 65,2 111,1 66,7 111,1 164,5 1230,3 Média 239,5 179,6 129,6 61,3 56,1 53,3 39,4 33,2 71,2 122,9 118,8 192,7 1297,6

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Tabela A 3 - Precipitação média da bacia Taquaral-Pirapitingui (mm).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 157,7 101,9 72,9 60,8 66,0 6,6 34,1 42,9 53,0 253,7 90,5 158,6 1098,7 1940 219,7 289,0 88,4 65,1 31,6 0,0 6,2 10,5 20,6 123,8 123,1 82,9 1060,9 1941 194,6 139,0 113,3 14,6 33,5 35,5 38,3 26,5 166,4 73,6 178,4 233,1 1246,9 1942 113,7 182,7 165,6 59,5 14,8 55,4 92,4 96,9 41,9 16,0 107,4 183,9 1130,1 1943 212,4 109,6 147,8 62,1 7,4 35,0 6,1 21,9 76,1 200,6 69,0 115,5 1063,6 1944 132,0 149,7 97,8 47,2 4,0 11,8 1,8 0,0 4,0 105,5 210,0 81,8 845,7 1945 183,7 205,5 125,9 28,6 14,4 167,1 40,9 1,7 37,4 34,0 207,1 195,4 1241,6 1946 327,0 224,4 94,7 10,2 36,2 62,7 87,1 0,8 12,3 67,7 137,3 122,6 1182,9 1947 444,3 215,8 173,9 35,5 54,6 35,9 62,1 49,6 148,6 64,1 150,2 295,0 1729,6 1948 235,2 199,4 250,4 11,8 53,4 4,9 33,7 47,6 6,7 84,7 45,2 87,7 1060,8 1949 142,8 118,9 104,7 51,2 24,5 58,2 0,0 31,6 5,7 25,4 48,1 264,5 875,7 1950 265,1 234,3 122,8 142,3 0,1 19,5 33,3 0,0 34,3 255,2 105,7 122,4 1335,1 1951 185,3 164,2 150,3 31,5 2,7 13,3 31,9 34,8 7,5 113,2 123,9 143,1 1001,8 1952 162,1 219,5 69,2 22,1 0,0 112,0 0,1 3,9 49,4 86,8 89,9 146,8 961,7 1953 190,6 129,7 89,9 100,4 31,9 8,4 28,0 18,4 45,8 63,9 141,0 115,5 963,6 1954 162,8 214,6 160,5 17,8 160,6 38,6 23,8 0,5 44,0 121,1 4,1 124,0 1072,3 1955 425,3 93,3 84,8 54,2 31,9 24,0 43,6 78,7 0,7 94,2 69,0 150,7 1150,5 1956 83,5 202,5 78,0 84,2 139,8 134,0 82,3 96,2 69,6 111,4 38,4 133,6 1253,6 1957 313,1 353,2 120,6 67,4 15,3 57,3 159,7 98,7 208,6 206,0 135,8 162,5 1898,2 1958 288,1 129,9 152,7 79,6 113,6 76,1 26,1 21,5 88,5 190,9 41,8 180,7 1389,7 1959 341,3 140,1 202,3 101,9 56,1 17,3 20,0 84,6 30,0 110,3 123,0 146,6 1373,6 1960 328,8 346,9 78,5 91,1 103,4 73,4 0,0 11,8 28,5 96,9 88,7 411,9 1659,9 1961 142,5 219,3 115,6 116,8 47,8 25,0 1,3 8,1 14,9 93,8 138,9 176,6 1100,7 1962 77,7 172,9 353,0 20,3 9,0 44,8 25,6 49,2 34,6 214,5 63,6 241,2 1306,4 1963 223,6 148,1 55,5 37,9 0,1 9,6 5,0 2,7 14,8 139,3 196,4 64,1 897,1 1964 83,1 315,1 74,4 55,1 34,9 51,8 82,3 30,8 110,8 129,9 68,5 416,0 1452,5 1965 389,4 261,0 153,8 93,5 72,5 15,9 64,9 11,3 58,4 202,7 135,0 395,0 1853,3 1966 133,3 196,1 124,1 27,3 41,7 7,3 31,2 28,6 119,8 119,5 88,2 227,9 1144,9 1967 181,8 87,2 94,4 21,2 10,8 114,5 29,8 0,1 99,4 190,6 175,1 88,1 1092,9 1968 214,8 97,8 97,8 54,9 83,4 23,0 3,2 55,3 17,2 56,9 37,7 176,1 918,0 1969 63,0 91,9 119,9 48,9 20,3 28,2 6,9 19,2 41,6 245,6 221,8 75,6 982,8

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 250,2 445,5 259,5 80,3 49,8 26,4 30,8 89,8 82,7 92,1 60,7 168,9 1636,7 1971 104,5 82,4 238,3 80,1 58,0 117,1 59,6 14,2 51,3 179,2 74,0 190,9 1249,5 1972 353,0 150,9 65,6 70,8 58,1 8,0 148,5 69,9 114,9 217,3 195,3 114,9 1567,2 1973 190,8 171,3 116,6 88,7 41,9 53,5 50,0 25,5 66,3 220,0 169,5 224,6 1418,9 1974 196,1 94,7 296,0 31,7 2,9 142,9 0,0 9,2 34,0 112,5 89,6 249,0 1258,7 1975 173,0 233,4 62,6 17,9 25,6 2,6 57,7 0,3 49,4 148,8 233,2 182,4 1186,9 1976 156,8 363,6 104,7 109,1 134,6 94,3 108,1 119,1 195,5 136,9 107,8 110,6 1741,2 1977 348,4 54,2 101,2 103,4 2,8 28,8 28,7 13,0 71,2 77,1 111,6 292,6 1233,0 1978 83,8 88,5 158,6 0,3 117,2 52,7 112,6 6,6 51,7 86,6 296,2 260,9 1315,7 1979 125,9 104,8 86,0 54,3 150,9 4,6 73,9 84,2 147,7 131,1 78,6 151,6 1193,6 1980 234,5 173,5 60,9 117,6 9,0 68,8 17,5 44,8 48,2 62,7 114,3 314,9 1266,6 1981 236,1 48,1 5,5 1,2 0,8 3,3 0,8 1,0 0,1 4,2 6,3 25,8 333,2 1982 318,5 217,7 113,9 72,5 57,7 243,8 65,9 17,2 25,7 226,2 206,9 323,9 1889,8 1983 305,7 288,5 263,8 171,4 215,6 308,8 20,7 4,1 220,2 171,3 115,8 211,6 2297,4 1984 216,1 36,0 35,7 96,6 79,2 1,5 7,3 121,7 206,4 42,7 174,7 226,0 1243,8 1985 136,0 144,4 268,3 59,6 110,4 29,8 5,9 16,3 81,5 28,6 116,3 64,5 1061,7 1986 165,9 200,5 155,8 50,3 68,2 1,5 10,3 140,2 31,4 52,0 145,8 265,5 1287,3 1987 272,1 158,4 101,7 37,6 161,6 205,4 18,0 15,4 53,3 88,8 70,5 144,7 1327,5 1988 160,9 176,7 133,5 135,2 137,1 50,8 7,0 0,1 19,4 139,2 71,2 108,7 1139,8 1989 313,6 208,7 145,5 44,9 21,5 44,7 171,7 23,8 63,4 77,4 132,7 131,0 1379,0 1990 229,4 129,0 159,7 32,7 57,4 37,9 141,0 35,1 58,7 93,4 60,1 158,6 1193,2 1991 229,0 161,2 298,8 138,6 49,5 70,8 42,8 8,6 87,1 202,9 73,3 282,8 1645,4 1993 358,0 234,6 57,7 76,6 116,9 69,6 16,7 78,4 179,8 85,5 83,1 131,0 1487,9 1994 229,1 125,0 204,8 113,8 71,6 50,5 23,0 0,0 0,1 69,4 101,3 202,0 1190,5 1995 389,3 334,7 155,9 102,0 43,0 34,8 69,6 5,1 48,4 163,4 47,2 221,0 1614,4 1996 248,8 172,8 177,3 13,9 5,1 57,3 4,9 22,3 129,3 161,1 77,8 192,5 1263,1 1997 341,3 131,7 41,3 38,2 78,4 109,1 13,0 26,8 112,1 92,4 252,6 106,2 1343,1 1998 181,7 212,8 186,1 105,7 93,1 17,7 6,3 49,0 85,0 161,1 40,2 244,9 1383,7 2000 254,1 244,3 88,5 0,6 10,4 10,0 81,7 65,7 118,4 72,7 120,4 176,0 1242,8 Média 223,7 182,4 134,6 62,7 55,7 55,2 41,6 34,9 68,7 121,5 114,7 183,3 1278,9

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Tabela A 4 - Precipitação média da bacia Gomes (mm).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 181,8 108,5 67,8 62,5 76,0 4,8 34,1 51,0 67,8 265,2 105,2 207,8 1232,4 1940 253,8 309,5 85,6 64,0 33,8 0,0 5,0 8,3 18,9 117,4 116,9 91,5 1104,6 1941 199,9 133,0 111,5 12,5 37,1 39,1 35,0 23,8 169,6 76,1 187,9 230,6 1256,1 1942 109,8 229,8 146,8 58,8 26,6 67,8 96,8 7,1 47,4 15,0 91,0 178,1 1075,0 1943 228,7 110,5 155,6 60,2 4,6 36,0 6,1 22,0 68,4 189,7 87,4 128,8 1097,9 1944 167,4 159,7 99,0 39,5 5,8 15,3 3,1 0,0 4,7 82,2 190,9 101,6 869,2 1945 183,6 193,0 111,2 17,7 17,1 178,0 36,5 2,2 37,6 42,3 244,3 216,4 1279,8 1946 321,2 198,4 127,0 14,5 30,8 51,7 89,1 0,6 9,3 68,7 126,2 110,4 1147,8 1947 479,5 275,9 192,0 28,1 56,3 51,8 80,0 34,9 138,1 68,9 150,3 279,0 1834,8 1948 262,7 179,3 227,6 14,1 39,6 10,9 47,8 35,5 8,4 86,6 52,7 96,8 1062,0 1949 219,0 185,6 96,8 68,2 38,5 57,5 0,0 34,0 8,3 49,1 51,9 270,3 1079,1 1950 284,9 272,5 147,1 148,6 0,1 12,4 30,6 0,0 29,5 275,1 109,2 140,4 1450,4 1951 263,4 149,4 147,0 22,3 7,0 18,3 36,5 49,4 12,0 114,4 135,0 149,0 1103,7 1952 150,1 222,1 66,9 12,6 0,0 121,3 0,0 3,7 69,7 121,7 125,3 161,7 1055,0 1953 222,1 143,9 117,9 111,3 54,5 10,8 43,7 28,9 69,8 94,5 145,7 104,5 1147,5 1954 204,5 213,1 164,1 15,1 154,0 42,2 20,8 0,0 45,4 131,7 10,5 156,1 1157,6 1955 427,3 51,3 80,4 55,3 40,1 24,3 39,9 92,6 0,6 135,9 89,9 214,2 1251,7 1956 91,0 191,7 75,9 94,8 151,3 118,8 89,5 76,1 69,1 106,3 25,1 131,1 1220,7 1957 323,8 311,9 124,7 92,3 14,9 53,6 145,7 99,3 212,5 213,7 122,4 145,1 1859,8 1958 259,2 123,9 174,4 61,3 125,1 71,9 23,4 36,2 82,6 204,2 54,6 171,7 1388,5 1959 336,6 152,0 218,3 97,3 57,4 10,5 2,2 69,9 26,6 105,7 130,9 177,3 1384,7 1960 385,9 347,6 76,3 83,9 94,0 65,4 0,0 18,0 23,3 126,7 98,1 427,5 1746,8 1961 138,9 196,7 113,0 115,9 47,1 21,1 1,2 10,9 11,4 109,7 119,1 181,7 1066,7 1962 78,4 161,7 341,6 24,3 9,5 51,5 33,9 48,0 39,1 212,3 62,3 225,1 1287,8 1963 240,5 133,6 25,6 33,7 0,6 12,4 3,8 2,6 13,5 140,7 180,9 65,4 853,3 1964 143,8 299,1 66,3 77,4 12,6 47,3 79,5 28,2 113,5 124,9 66,6 380,2 1439,6 1965 427,3 266,8 191,2 91,0 75,1 17,3 62,8 13,3 71,2 194,3 142,1 349,6 1902,2 1966 145,7 189,1 125,1 36,2 50,7 6,4 26,4 39,4 114,0 131,0 97,3 249,6 1210,9 1967 282,4 94,9 109,9 31,9 10,6 109,3 30,8 1,0 101,1 183,4 171,8 91,8 1218,9 1968 223,2 90,8 89,1 51,8 89,3 23,2 6,9 66,7 13,1 89,7 49,3 149,8 942,9 1969 94,2 86,0 135,1 69,5 36,3 35,0 13,8 21,9 47,0 202,5 255,3 115,1 1111,7

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 235,9 442,9 238,5 68,7 53,3 38,6 28,8 86,3 105,9 88,2 73,8 171,3 1632,3 1971 116,5 94,6 221,1 84,0 56,2 112,7 67,0 17,8 49,2 188,1 95,6 175,4 1278,1 1972 321,7 201,9 108,0 60,4 50,9 7,3 147,1 73,8 118,2 211,2 180,4 113,8 1594,6 1973 187,5 158,2 105,8 85,7 39,0 45,2 54,9 30,4 56,1 94,8 129,5 242,0 1229,2 1974 215,3 105,0 289,5 43,6 3,5 130,0 0,0 8,6 29,4 115,7 108,1 231,1 1279,7 1975 156,5 251,5 72,5 19,6 24,5 2,8 59,0 2,4 45,4 148,8 236,3 181,6 1200,8 1976 169,3 363,1 107,7 106,6 129,9 94,3 124,8 115,0 190,3 132,2 85,3 97,6 1716,0 1977 343,9 47,9 101,2 105,6 5,1 33,2 25,3 15,1 92,4 70,9 113,5 268,4 1222,6 1978 92,1 91,0 129,6 0,1 100,4 53,2 112,9 7,1 51,7 88,3 287,6 265,3 1279,3 1979 129,3 108,6 85,3 57,7 154,4 4,5 82,5 86,5 148,3 109,9 85,8 168,6 1221,3 1980 241,1 171,3 57,5 88,9 9,4 74,6 13,4 40,2 44,7 60,8 160,1 265,6 1227,7 1981 205,4 49,0 53,1 12,0 6,9 33,5 7,8 2,0 1,1 41,0 63,4 54,4 529,7 1982 278,7 172,2 91,8 69,6 46,3 244,5 54,5 22,2 34,3 244,2 196,6 340,4 1795,3 1983 330,4 224,2 185,2 186,8 182,5 236,3 22,2 6,6 213,7 146,0 113,2 238,9 2085,9 1984 132,0 15,0 45,6 69,2 54,1 1,7 6,1 108,5 162,8 39,6 131,7 208,9 975,3 1985 96,9 107,1 210,8 52,2 98,9 8,7 5,2 18,8 88,4 35,7 114,5 82,8 920,0 1986 162,4 201,2 183,5 47,6 75,2 0,4 11,4 135,6 31,9 48,1 172,0 268,5 1337,8 1987 272,5 173,5 104,9 40,2 164,6 212,4 17,7 14,7 54,2 94,2 71,6 162,4 1383,0 1988 173,5 184,4 146,2 142,7 145,8 51,3 5,7 0,1 38,7 130,2 73,4 107,4 1199,4 1989 330,8 213,7 149,2 42,9 17,8 39,8 126,0 28,8 67,3 71,5 129,4 132,5 1349,8 1990 236,2 123,4 159,3 32,0 55,8 36,2 146,7 35,7 60,6 89,0 60,7 158,0 1193,4 1991 227,2 149,3 231,3 125,0 42,4 70,9 48,5 8,9 86,0 198,8 65,5 285,1 1538,9 1993 314,9 221,3 90,4 67,8 89,7 65,4 15,6 73,9 186,4 97,0 81,9 131,6 1436,0 1994 218,7 128,2 207,4 111,9 67,2 48,9 22,1 0,0 0,1 83,8 97,5 205,2 1191,2 1995 420,6 267,0 158,0 80,1 50,2 36,2 65,3 4,8 49,5 158,3 51,4 225,5 1566,7 1996 258,2 169,6 183,4 14,6 10,1 54,6 6,4 23,4 131,1 158,7 75,2 188,6 1273,7 1997 348,4 117,4 42,4 38,5 80,4 108,4 16,6 30,4 110,6 86,2 256,2 105,3 1340,8 1998 177,8 209,7 185,8 97,4 95,3 16,5 6,1 46,8 86,2 155,6 44,6 250,0 1371,8 2000 222,2 268,9 85,2 2,3 9,2 8,9 75,7 64,8 113,8 69,7 110,7 165,5 1197,0 Média 232,4 180,2 134,0 62,0 55,3 54,3 41,7 33,9 69,9 122,3 117,7 186,5 1290,1

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Tabela A 5 - Precipitação média da bacia Braiaiá (mm).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 143,9 102,7 75,4 64,3 68,0 3,8 34,8 40,7 44,6 263,6 88,9 155,8 1086,5 1940 222,8 290,7 88,8 65,3 31,9 0,0 6,6 11,2 20,3 131,1 129,8 74,9 1073,5 1941 201,1 147,1 112,6 13,3 34,2 36,3 39,5 27,6 167,6 67,0 177,8 233,7 1257,9 1942 130,2 194,4 168,2 61,7 19,8 74,1 99,1 25,3 40,4 16,0 114,3 178,1 1121,6 1943 204,2 108,9 145,8 66,2 7,9 36,3 6,4 21,7 74,9 193,3 64,2 121,1 1050,8 1944 141,2 127,9 90,3 57,0 3,8 12,9 1,7 0,0 5,2 102,9 206,3 75,9 825,2 1945 172,1 202,1 126,9 26,2 13,5 170,0 37,5 2,3 41,7 29,9 212,2 209,7 1243,9 1946 326,2 225,9 111,4 11,7 43,5 58,7 85,8 1,1 13,0 75,3 144,3 145,8 1242,7 1947 455,7 224,4 172,5 38,6 54,5 39,5 66,0 44,6 147,6 69,2 149,8 287,0 1749,3 1948 246,4 195,8 246,0 15,4 49,5 6,7 43,5 42,7 8,9 90,4 49,6 101,5 1096,3 1949 189,7 154,6 100,0 68,9 32,9 78,2 0,0 42,1 7,9 33,1 43,3 257,5 1008,2 1950 263,4 212,4 126,9 173,6 0,2 17,6 28,4 0,0 29,9 258,3 106,0 123,8 1340,5 1951 195,9 162,8 162,8 29,8 3,7 17,8 35,4 46,7 10,1 115,1 123,8 141,7 1045,5 1952 174,9 209,9 75,2 18,1 0,0 111,8 0,0 2,9 56,4 114,4 114,8 163,2 1041,6 1953 204,3 143,9 111,9 100,7 42,8 10,4 37,4 24,6 57,8 79,4 141,7 114,8 1069,5 1954 206,9 207,3 163,6 16,8 165,5 36,8 25,8 0,1 45,5 116,2 5,1 151,1 1140,7 1955 433,5 55,1 81,9 54,1 34,3 31,4 47,9 101,0 0,2 125,0 92,2 203,3 1259,9 1956 79,4 206,6 74,2 77,4 135,6 138,4 83,4 99,7 69,7 108,3 26,1 122,3 1220,9 1957 284,2 351,6 131,5 56,9 15,0 53,8 166,9 110,1 207,0 215,6 144,2 152,2 1889,0 1958 292,0 114,8 159,0 69,6 109,4 76,2 25,9 22,1 87,4 202,8 38,9 196,7 1394,9 1959 335,1 151,4 193,8 123,1 62,8 12,8 3,3 80,6 28,2 111,7 115,8 157,6 1376,1 1960 358,7 345,0 79,3 92,2 103,3 74,4 0,0 14,3 27,7 115,1 101,3 408,8 1720,1 1961 139,9 199,4 126,7 118,4 47,1 17,0 1,4 10,6 15,4 99,7 129,4 156,5 1061,6 1962 82,1 159,9 372,1 20,9 5,7 55,0 34,3 46,5 32,0 212,4 66,4 224,1 1311,5 1963 234,5 151,6 46,2 42,3 0,1 12,8 5,0 2,2 11,5 149,1 224,0 57,3 936,6 1964 87,4 306,4 79,0 69,5 15,1 56,9 88,6 32,2 114,4 125,7 65,9 414,2 1455,4 1965 420,7 286,3 175,3 109,6 76,1 18,0 70,9 12,0 61,5 199,7 162,4 372,6 1965,2 1966 118,0 213,4 122,2 33,8 45,9 9,8 26,8 29,3 121,5 123,8 99,5 235,6 1179,5 1967 204,6 82,6 91,2 20,2 10,4 114,1 31,6 0,1 100,1 197,1 172,3 80,7 1105,1 1968 222,3 94,6 78,5 51,1 98,6 13,9 1,3 63,0 12,6 76,7 39,2 181,8 933,8 1969 63,6 89,7 149,6 53,6 24,1 30,5 9,4 20,6 56,0 234,4 229,6 68,3 1029,4

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 250,5 474,2 262,5 85,0 50,2 22,0 32,9 91,9 83,5 102,1 59,9 168,9 1683,5 1971 105,6 82,3 221,5 76,6 59,7 118,8 58,8 14,7 47,3 183,1 77,4 170,5 1216,4 1972 343,3 151,8 56,1 72,4 59,9 8,1 156,0 73,1 115,6 220,6 199,4 114,8 1571,1 1973 203,9 163,4 114,3 70,8 39,7 57,0 56,5 32,9 65,8 102,1 156,4 240,2 1303,0 1974 205,3 113,6 336,8 33,0 3,9 143,9 0,0 6,1 21,1 108,5 88,0 247,1 1307,3 1975 175,2 223,5 61,9 18,5 25,0 2,6 57,9 0,3 43,2 152,5 245,2 184,3 1190,2 1976 169,4 395,9 96,1 100,4 117,2 97,9 108,2 120,5 197,4 143,2 95,0 80,3 1721,4 1977 382,5 64,7 93,0 104,2 1,2 28,7 28,9 14,2 75,7 71,6 107,3 276,8 1248,9 1978 89,2 101,8 155,6 0,1 107,5 53,3 118,8 7,5 52,9 89,0 282,4 254,5 1312,5 1979 131,0 109,5 89,6 61,3 154,9 5,2 77,6 87,5 147,4 124,3 80,9 155,2 1224,4 1980 245,9 185,0 65,5 95,4 8,5 69,8 17,4 39,0 46,1 59,7 129,5 291,4 1253,3 1981 235,7 38,9 7,2 1,6 0,9 4,5 1,1 0,4 0,2 5,6 8,6 10,5 315,1 1982 297,8 192,4 103,5 76,6 47,4 248,9 67,9 17,3 30,8 232,9 210,4 314,3 1840,1 1983 315,2 251,6 247,8 155,2 193,8 257,2 19,1 3,1 210,2 159,4 121,2 202,7 2136,4 1984 129,2 15,1 37,6 71,3 53,7 1,4 7,4 116,5 182,4 48,5 159,6 229,7 1052,3 1985 110,0 113,2 243,4 51,6 115,5 14,6 6,1 16,6 92,3 31,9 104,1 69,6 968,8 1986 170,2 217,5 166,6 43,2 62,3 0,8 12,0 137,1 32,2 48,7 176,1 255,7 1322,3 1987 268,4 175,8 104,6 41,0 165,2 213,2 17,5 13,7 56,4 99,1 71,1 155,7 1381,7 1988 171,2 183,5 149,4 128,1 139,5 51,6 6,0 0,2 19,9 143,3 87,7 118,4 1198,8 1989 316,3 230,5 150,2 50,0 19,0 35,7 188,4 25,3 66,1 76,6 117,3 128,3 1403,5 1990 226,2 129,4 179,2 33,7 57,7 35,6 144,9 30,1 58,9 90,0 59,7 163,2 1208,5 1991 224,5 124,7 295,6 137,3 44,1 67,3 50,5 2,4 85,7 193,2 70,5 296,8 1592,5 1993 365,4 239,4 59,1 74,3 114,1 67,8 16,6 76,3 184,3 90,9 85,9 126,9 1500,9 1994 224,0 128,1 227,8 121,6 70,9 49,4 21,1 0,0 0,0 64,9 107,4 186,6 1201,8 1995 435,4 318,7 167,1 93,2 41,6 34,3 69,1 4,7 46,1 156,3 42,4 235,8 1644,6 1996 256,3 157,9 183,6 11,7 6,0 54,8 3,5 21,9 133,0 156,1 76,6 178,3 1239,6 1997 342,7 100,4 35,8 36,6 74,5 105,4 13,4 26,7 111,8 78,7 243,9 87,4 1257,2 1998 151,9 213,2 177,8 89,5 91,5 17,1 5,3 47,2 90,8 145,1 36,9 250,5 1316,9 2000 224,9 241,6 86,8 0,4 8,7 8,9 79,3 64,7 116,2 72,1 112,0 167,7 1183,1 Média 226,7 180,9 136,9 62,6 54,8 55,0 43,1 34,5 68,8 121,7 116,5 182,2 1283,8

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Tabela A 6 - Precipitação média da bacia Varejão (mm).

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1938 188,0 98,0 64,6 51,5 61,1 12,2 32,5 47,7 72,1 225,8 93,3 165,5 1112,4 1940 213,4 275,7 108,9 76,7 32,6 0,0 6,7 11,0 18,6 114,6 115,6 107,7 1081,6 1941 192,8 120,5 130,3 23,4 35,7 33,8 42,0 28,3 155,8 78,0 171,7 229,9 1242,2 1942 71,0 179,2 162,2 47,0 13,0 35,8 79,2 153,3 41,3 13,9 76,0 214,2 1086,0 1943 212,4 113,2 139,7 42,3 10,3 27,8 3,0 20,3 74,0 209,5 86,0 97,6 1036,1 1944 94,1 158,9 111,6 34,0 3,1 9,9 2,2 0,0 5,4 86,3 198,8 83,4 787,8 1945 173,0 239,3 134,7 43,9 10,5 186,2 44,4 1,6 31,8 46,5 186,5 203,6 1301,9 1946 322,2 216,0 138,2 8,0 21,1 60,6 83,1 1,5 10,5 54,3 105,1 95,2 1115,8 1947 421,7 179,7 139,0 54,7 58,7 25,4 53,7 54,6 155,1 51,7 157,5 323,1 1675,0 1948 226,3 212,1 263,2 24,8 64,8 0,4 41,9 59,5 8,9 94,3 49,6 111,9 1157,9 1949 132,8 120,3 131,9 47,4 34,9 23,0 0,0 12,0 7,1 30,2 60,8 291,8 892,2 1950 259,9 291,3 125,6 78,7 0,0 26,2 25,5 0,0 33,2 236,8 100,9 109,8 1287,8 1951 165,3 182,2 155,9 31,4 3,7 8,0 29,6 25,0 6,1 109,9 123,0 122,1 962,1 1952 144,8 276,7 56,5 49,6 0,0 89,4 0,1 5,0 42,8 59,1 57,7 172,6 954,3 1953 187,0 117,6 66,6 71,4 32,0 4,3 27,0 19,0 30,6 57,1 146,0 120,8 879,4 1954 81,2 204,5 162,1 20,3 146,3 46,2 17,2 0,8 41,2 129,6 0,5 93,3 943,3 1955 354,4 130,7 82,2 53,9 33,6 9,5 23,4 57,6 1,0 48,9 53,1 83,3 931,8 1956 94,4 182,2 83,8 92,9 141,6 112,7 75,3 90,7 76,0 112,1 80,8 150,1 1292,7 1957 315,1 294,5 115,0 95,0 16,9 62,0 147,3 74,7 208,1 177,2 102,3 165,9 1774,2 1958 274,6 145,3 134,1 81,1 124,3 77,6 24,7 19,1 88,7 166,6 49,1 149,9 1335,2 1959 314,3 111,4 199,5 70,1 50,0 19,1 34,3 99,3 29,0 105,8 121,7 122,3 1276,8 1960 287,4 337,2 58,1 88,1 95,0 63,1 0,0 9,8 29,3 63,7 80,4 382,7 1494,9 1961 143,1 220,8 111,5 106,8 45,6 33,3 2,5 4,0 13,7 78,6 132,3 220,3 1112,7 1962 88,4 172,2 308,1 28,1 17,0 28,2 14,0 53,1 36,0 200,3 69,6 257,9 1272,8 1963 220,1 165,5 66,7 29,8 0,0 17,2 2,8 2,3 19,1 122,8 125,5 63,1 834,9 1964 74,4 317,1 61,6 11,7 72,0 33,3 66,7 22,6 117,2 135,1 79,9 373,4 1365,1 1965 279,2 202,7 107,6 73,1 69,5 6,1 48,3 13,9 50,3 175,6 93,0 349,2 1468,4 1966 136,7 252,9 115,3 10,9 37,0 0,7 32,8 18,9 111,1 124,5 41,7 200,3 1082,7 1967 129,3 121,5 104,3 33,2 13,6 127,3 14,3 0,0 84,0 160,3 153,0 127,8 1068,7 1968 212,5 88,3 119,2 53,0 56,8 48,1 5,9 39,6 24,4 45,5 36,3 140,6 870,2 1969 70,5 111,1 42,2 40,2 19,6 23,7 0,6 18,6 17,4 241,6 188,8 82,6 856,8

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 230,9 380,1 199,2 65,7 46,5 23,6 14,5 61,6 50,3 58,4 71,5 135,1 1337,4 1971 81,5 87,7 210,0 99,2 49,9 107,9 54,8 14,0 61,5 151,3 57,5 204,8 1180,1 1972 348,7 136,1 60,0 54,0 50,9 10,0 125,3 70,8 119,1 209,8 156,6 108,0 1449,2 1973 175,2 201,6 105,6 132,2 39,2 51,3 52,6 25,5 69,9 313,4 168,1 221,5 1556,0 1974 187,9 47,3 233,5 33,7 5,8 126,0 0,0 17,9 41,3 102,2 78,0 253,4 1127,0 1975 177,4 230,8 51,0 21,7 22,6 4,2 55,7 0,1 63,7 132,2 200,4 167,2 1127,1 1976 155,9 257,6 134,1 120,5 162,3 80,5 100,6 97,1 165,3 86,8 102,3 148,2 1611,1 1977 257,4 36,8 98,0 78,2 5,3 34,0 22,1 10,6 62,6 68,7 125,3 275,4 1074,5 1978 85,7 47,4 150,6 0,4 138,2 44,5 91,9 5,4 46,4 81,8 294,7 282,4 1269,2 1979 117,6 100,0 70,1 43,5 144,9 2,3 71,3 80,7 141,9 142,8 68,5 143,9 1127,5 1980 188,7 150,8 47,0 143,2 9,6 64,1 14,1 52,1 53,3 66,6 91,1 311,1 1191,7 1981 260,0 91,4 77,4 10,0 21,1 26,5 13,9 3,1 5,6 49,3 64,2 75,1 697,7 1982 333,9 237,7 122,8 53,3 75,3 225,5 69,8 20,5 20,7 207,0 198,6 333,8 1898,8 1983 282,3 353,2 306,2 181,1 274,6 318,6 23,4 5,7 239,3 141,3 101,9 304,9 2532,5 1984 325,2 52,7 47,3 119,7 109,2 0,9 7,3 119,7 198,8 36,0 182,9 203,9 1403,4 1985 161,2 156,7 271,0 59,8 103,4 40,3 5,8 15,5 81,3 24,9 117,4 52,6 1089,9 1986 130,1 165,5 145,3 57,4 78,0 1,9 8,9 128,1 29,5 46,5 140,5 291,9 1223,5 1987 272,8 152,6 100,1 35,2 154,9 197,9 17,9 17,1 45,4 74,0 69,5 165,7 1302,9 1988 166,7 175,7 125,2 173,6 153,3 50,5 5,4 0,0 38,3 119,1 29,6 73,0 1110,2 1989 349,3 155,6 138,5 22,5 15,6 52,1 90,3 25,1 59,0 57,3 159,5 138,2 1263,2 1990 250,9 104,5 97,5 26,3 49,1 37,2 142,9 49,6 62,0 84,7 60,7 137,3 1102,7 1991 226,5 217,7 229,2 92,4 39,5 77,9 22,0 26,7 83,7 208,5 52,7 239,9 1516,6 1993 278,8 168,6 83,5 70,7 95,6 58,1 12,5 66,6 181,5 104,5 68,1 138,9 1327,5 1994 200,5 121,8 141,0 81,3 56,4 46,3 24,3 0,0 0,4 79,0 67,8 246,9 1065,8 1995 346,8 311,4 143,4 101,8 59,2 39,6 54,2 5,0 56,3 159,9 72,2 185,5 1535,2 1996 248,5 197,0 172,4 21,6 18,6 53,3 13,4 25,9 119,5 160,4 69,6 211,3 1311,3 1997 346,5 166,9 58,3 42,1 92,6 112,7 23,3 37,9 103,5 106,6 278,1 151,5 1519,8 1998 244,4 192,8 200,8 119,4 100,9 14,9 8,4 44,7 69,3 181,0 62,1 235,8 1474,5 2000 221,5 321,8 78,8 6,9 10,7 9,3 65,9 62,9 104,7 61,8 107,5 157,7 1209,5 Média 212,2 181,0 128,3 60,7 58,4 52,7 36,6 34,2 66,9 114,5 107,6 183,4 1236,5

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ANEXO B – ESCOAMENTOS SUPERFICIAIS GERADOS PELO MODHAC PARA CADA BACIA DO ESTUDO

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Tabela B 1 - Escoamento superficial na Bacia Itaim Guaçú (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 17,7 45,8 24,8 15,9 11,7 5,9 6,0 5,2 4,1 4,2 4,7 4,6 150,6 1941 5,6 6,5 7,1 6,4 5,6 5,0 4,5 3,7 4,9 5,3 6,6 21,2 82,3 1942 15,7 38,5 41,1 23,5 15,5 12,5 15,6 12,2 10,3 8,4 7,8 8,7 209,8 1943 22,8 17,8 30,2 19,1 13,6 11,0 9,2 7,8 7,2 8,6 8,6 9,0 164,9 1944 9,9 10,5 10,7 10,4 9,4 8,4 7,2 4,3 3,5 3,6 5,5 6,1 89,6 1945 7,2 13,2 22,9 14,8 10,9 18,8 13,6 10,5 8,7 7,1 8,2 26,1 162,0 1946 50,4 50,6 34,2 21,0 15,1 12,7 12,1 10,9 9,4 8,5 8,7 9,1 242,9 1947 49,9 53,8 49,1 29,2 20,7 16,8 15,2 14,2 14,8 14,9 23,6 50,8 353,2 1948 55,6 54,3 59,4 35,0 24,7 19,6 17,2 15,7 14,1 13,4 12,2 11,9 333,1 1949 13,6 15,4 16,2 16,3 15,9 16,0 15,2 14,4 13,0 11,5 10,1 12,2 169,9 1950 35,9 51,1 31,5 45,4 28,2 20,5 16,7 11,9 11,3 13,6 14,5 15,0 295,5 1951 31,2 41,2 36,7 24,8 18,9 15,8 14,2 13,3 11,9 11,6 11,8 12,3 243,7 1952 13,6 28,5 20,9 16,8 11,3 12,8 9,6 10,3 10,3 10,8 11,3 12,3 168,4 1953 13,9 29,1 27,8 30,9 21,7 17,2 15,1 13,6 12,8 12,3 12,6 12,8 219,7 1954 17,0 41,1 43,6 26,6 33,5 23,0 18,1 11,7 11,8 12,3 11,1 11,3 261,1 1955 48,4 29,1 21,0 17,1 15,1 13,9 13,2 13,5 12,4 12,6 12,6 14,0 223,0 1956 14,0 28,8 20,9 17,7 36,7 46,7 37,1 36,4 24,7 23,4 18,1 16,1 320,6 1957 43,4 61,7 46,8 30,4 22,8 19,6 35,0 39,3 54,9 58,4 48,3 46,5 507,1 1958 61,3 42,7 47,8 32,8 42,7 38,4 28,4 23,6 21,6 38,7 28,0 43,2 449,3 1959 88,1 81,0 108,2 59,6 35,0 27,4 19,7 20,1 19,5 19,4 19,7 20,5 518,2 1960 96,5 234,0 41,1 30,3 31,2 32,8 21,9 20,7 19,4 19,3 19,3 66,1 632,6 1961 44,2 72,4 44,8 45,3 32,2 26,1 22,7 20,3 18,3 17,6 17,6 18,1 379,7 1962 17,8 18,2 47,3 31,8 24,5 21,6 20,0 18,9 17,7 45,8 31,1 43,5 338,0 1963 53,7 50,4 33,4 25,6 21,3 18,9 17,0 15,2 13,5 14,2 16,5 16,7 296,4 1964 16,3 39,0 27,5 22,4 19,6 18,4 18,2 17,6 17,9 18,4 18,1 59,5 293,0 1965 109,1 186,6 85,6 47,9 38,6 29,0 25,1 22,6 21,2 27,9 42,4 188,3 824,4 1966 41,3 103,5 44,8 31,6 25,7 22,5 20,6 19,2 19,2 19,7 19,7 34,5 402,3 1967 49,5 33,4 26,5 22,7 20,3 20,1 19,6 18,3 18,1 19,4 35,7 26,8 310,4 1968 46,7 31,7 25,1 21,9 20,9 19,9 18,6 17,9 16,7 15,9 14,5 15,1 265,0 1969 14,7 14,3 14,8 14,6 13,9 13,3 12,2 11,1 10,6 12,9 26,8 20,8 180,0

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1970 43,9 150,7 63,8 41,0 29,5 24,1 21,4 20,5 20,1 19,9 19,2 19,7 473,6 1971 19,6 19,2 40,6 29,1 23,9 40,4 29,0 23,1 20,2 24,8 21,5 34,3 325,6 1972 61,5 52,0 33,8 26,0 22,6 20,4 20,8 23,6 36,5 55,1 56,1 39,2 447,5 1973 51,6 52,4 40,2 30,0 25,3 23,2 22,3 21,3 20,7 20,6 25,4 53,2 386,2 1974 56,3 38,6 173,4 39,3 28,4 25,0 18,7 19,1 18,4 18,3 18,0 19,9 473,3 1975 34,1 54,4 35,2 26,4 22,0 19,4 18,2 16,7 15,5 16,1 18,5 34,4 310,8 1976 43,4 105,6 41,1 39,5 47,4 47,1 58,0 59,9 120,5 58,2 34,9 27,6 683,2 1977 182,3 38,2 28,8 25,0 22,4 20,9 19,8 18,5 17,9 17,3 17,1 19,5 427,6 1978 20,1 20,1 25,5 21,8 20,8 20,3 31,6 24,4 20,9 19,4 46,0 59,6 330,6 1979 42,7 33,0 26,2 23,0 41,3 29,1 24,2 22,4 41,7 41,3 29,4 34,3 388,5 1980 54,3 55,2 35,5 27,6 23,3 21,7 20,3 19,3 18,4 17,5 17,5 35,5 346,1 1981 54,4 34,5 25,0 19,8 16,7 14,6 13,0 11,6 10,4 9,4 8,4 7,4 225,1 1982 10,6 32,4 23,9 18,5 16,0 49,7 34,3 23,0 17,5 32,7 48,2 60,8 367,5 1983 64,1 63,7 64,4 58,6 124,7 209,1 40,8 29,1 39,5 48,2 40,3 90,4 872,9 1984 45,4 31,3 24,3 21,3 19,9 18,4 17,0 17,2 18,9 18,8 19,6 40,8 293,0 1985 29,6 27,6 54,8 35,5 37,3 28,0 23,3 20,5 19,5 18,1 17,5 16,7 328,3 1986 17,1 18,8 32,6 25,3 22,1 20,0 18,3 18,6 18,1 17,1 17,8 44,0 269,8 1987 58,9 55,2 37,5 27,8 43,7 60,5 37,9 27,8 23,1 21,2 19,8 20,0 433,4 1988 20,8 41,3 45,5 48,4 53,5 35,5 27,2 22,6 19,9 19,4 18,9 18,8 371,8 1989 45,5 57,6 51,9 34,6 26,6 22,9 28,7 24,3 22,3 21,1 20,8 20,9 377,2 1990 46,1 40,5 49,6 33,0 25,9 22,6 30,7 24,9 22,2 20,9 19,7 19,9 356,1 1991 41,8 40,0 59,8 53,0 35,0 27,6 24,3 21,9 21,0 35,4 27,0 55,5 442,3 1993 179,8 138,4 39,7 29,6 28,3 30,3 25,2 23,1 45,3 32,2 26,3 25,1 623,4 1994 49,9 43,0 73,2 53,8 36,6 28,7 24,7 18,5 18,2 17,8 17,6 18,8 400,9 1995 102,5 194,1 79,6 40,6 30,2 25,4 23,5 21,7 20,4 20,8 20,0 30,7 609,5 1996 55,6 52,8 73,9 35,9 26,7 22,8 20,3 18,5 18,6 19,6 19,5 20,5 384,8 1997 65,7 38,1 28,5 23,8 21,9 21,8 21,1 20,1 20,2 20,0 41,3 29,8 352,2 1998 36,2 53,5 55,4 41,4 41,2 29,9 24,3 21,6 20,6 21,0 20,1 38,2 403,4 2000 53,5 87,8 39,3 28,6 23,2 20,1 19,1 18,7 19,0 18,8 18,8 19,6 366,4

Média 45,6 54,1 42,3 29,6 27,0 26,5 21,3 19,1 20,3 20,9 21,2 30,6 358,6

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Tabela B 2 - Escoamento superficial na Bacia São José (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 54,2 59,5 32,8 21,7 16,5 10,2 10,1 9,1 7,8 7,5 7,6 7,8 244,8 1941 9,2 10,0 10,5 9,7 9,0 8,6 8,1 7,1 8,3 8,8 10,6 34,2 134,3 1942 21,5 46,3 34,2 22,3 16,9 14,6 14,1 9,1 10,6 10,0 9,1 9,9 218,6 1943 19,0 20,2 37,1 23,4 13,0 12,1 11,0 9,8 9,2 10,4 11,1 11,9 188,2 1944 25,5 44,4 31,9 20,9 15,5 12,6 10,6 7,6 6,4 5,7 7,2 8,5 196,9 1945 10,4 27,2 18,6 14,0 11,5 19,1 15,0 12,4 10,6 9,4 23,3 44,1 215,6 1946 56,8 48,0 42,8 26,1 18,4 15,0 14,1 9,7 9,8 9,3 9,1 8,3 267,5 1947 47,7 61,6 58,6 34,5 24,3 20,2 19,0 17,8 18,0 17,6 26,4 53,8 399,6 1948 61,4 52,6 57,0 35,3 25,7 21,0 18,9 17,4 15,7 14,8 13,7 13,2 346,6 1949 15,3 30,4 23,7 20,7 19,0 17,9 13,3 13,8 13,0 12,3 11,5 14,2 205,2 1950 49,8 65,1 57,0 46,2 26,8 22,0 19,6 15,3 15,0 18,0 19,3 36,0 389,9 1951 63,1 48,9 42,2 29,8 23,8 20,6 18,9 17,9 16,5 16,3 16,9 18,0 332,9 1952 18,3 35,2 26,3 21,4 15,9 17,3 14,1 14,6 15,1 15,7 16,5 17,5 227,8 1953 39,1 40,7 36,6 42,3 31,3 24,1 20,9 19,0 18,3 18,2 18,8 18,8 328,2 1954 37,3 53,4 51,4 32,4 29,8 24,1 21,1 15,3 15,8 17,0 16,1 16,5 330,3 1955 55,3 34,4 25,5 21,4 19,3 17,8 16,7 16,4 15,1 15,3 15,1 16,6 269,0 1956 17,1 18,3 18,4 25,6 48,7 44,1 43,3 29,3 23,3 20,8 18,6 18,3 325,8 1957 57,0 62,7 43,9 49,7 33,0 26,0 28,8 31,2 56,2 82,2 38,5 37,3 546,7 1958 74,8 49,8 97,6 36,4 47,1 38,0 28,8 24,7 22,9 43,1 30,9 26,6 520,7 1959 150,0 61,7 156,0 39,1 29,3 24,4 21,5 20,1 18,7 18,1 18,6 20,2 577,8 1960 138,7 253,3 41,5 30,4 25,8 23,8 18,1 18,9 18,4 18,8 18,8 91,7 698,1 1961 46,0 92,1 36,5 38,5 29,2 24,9 22,2 20,1 18,2 17,8 17,7 19,3 382,5 1962 19,3 20,2 55,4 35,5 26,5 22,6 20,4 19,3 18,3 19,7 19,5 35,5 312,1 1963 55,5 38,2 23,9 20,5 18,1 16,4 14,8 13,2 12,1 12,8 13,7 13,6 252,9 1964 15,2 42,6 28,2 22,3 19,0 17,3 16,7 15,7 15,9 16,4 16,0 48,0 273,3 1965 102,2 63,5 64,6 39,0 29,7 25,1 23,0 21,3 20,6 24,9 25,8 99,8 539,3 1966 82,6 61,5 45,4 31,9 26,1 22,8 20,9 19,8 19,7 20,4 20,4 47,4 418,9 1967 193,6 44,8 44,6 31,7 25,4 23,4 22,1 20,5 20,2 21,0 39,0 29,7 516,2 1968 51,5 34,3 27,3 23,9 22,5 21,6 20,5 20,1 18,9 18,5 17,7 17,3 294,0 1969 17,4 17,1 17,1 17,2 17,1 16,8 16,1 15,1 14,0 14,7 26,6 43,7 233,0 1970 53,2 82,5 90,6 39,1 29,3 25,1 22,8 21,9 27,7 24,2 22,5 34,7 473,6

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1971 33,2 30,0 53,7 41,9 30,4 39,2 37,6 28,0 23,6 35,9 34,7 49,1 437,3 1972 94,5 174,2 94,3 37,8 28,4 23,7 22,7 22,3 33,4 52,7 50,7 37,0 671,6 1973 43,9 47,5 33,2 37,5 28,6 24,5 22,6 21,1 19,9 19,7 19,5 33,1 351,1 1974 52,9 34,9 52,7 35,0 26,7 23,9 18,0 18,5 18,2 18,6 19,2 29,2 347,7 1975 30,6 59,6 37,9 28,1 23,3 20,5 19,3 17,8 16,8 17,1 19,1 30,9 320,9 1976 41,7 65,8 48,7 46,8 91,2 49,0 94,2 54,3 108,6 45,8 32,3 26,8 705,0 1977 117,9 36,0 27,6 24,4 22,2 20,9 19,8 18,5 18,6 18,2 18,4 31,5 373,9 1978 25,4 22,3 20,9 16,0 17,5 18,0 18,9 18,3 17,6 17,2 39,9 59,9 292,0 1979 41,3 31,2 25,3 22,3 36,7 27,0 23,4 22,0 43,2 30,4 24,8 43,0 370,5 1980 55,9 50,2 33,1 25,9 22,1 20,8 19,4 18,5 17,6 16,7 17,8 34,9 332,8 1981 42,3 29,3 24,0 20,9 18,9 18,2 17,3 16,0 14,2 13,5 14,0 14,3 243,0 1982 16,6 25,3 21,3 19,3 18,1 48,6 31,2 23,5 19,6 41,0 48,7 66,6 379,7 1983 158,6 107,2 40,9 138,9 117,7 172,9 40,1 29,0 44,8 45,0 32,2 149,2 1076,6 1984 55,7 33,6 25,7 22,2 20,6 19,1 17,6 17,5 18,5 17,8 17,4 18,4 284,1 1985 18,3 18,2 19,3 19,3 19,4 18,7 17,5 16,3 15,9 14,9 14,9 14,8 207,5 1986 15,4 16,6 28,7 23,0 24,4 16,4 16,6 17,6 17,3 16,5 17,0 48,0 257,5 1987 60,1 53,7 36,7 26,9 42,3 59,3 37,0 27,0 22,4 20,2 18,8 19,1 423,6 1988 20,0 40,6 42,4 52,1 56,0 36,3 27,3 22,4 20,1 19,4 18,3 17,5 372,4 1989 41,1 51,2 48,6 32,5 25,0 21,7 19,9 18,6 17,9 17,2 17,6 18,2 329,5 1990 37,5 32,7 36,1 26,4 22,2 20,1 28,4 23,3 20,9 19,8 18,7 18,8 304,9 1991 43,0 51,6 47,6 42,6 29,5 24,7 21,9 20,0 19,3 40,9 28,2 51,1 420,4 1993 59,1 58,2 48,0 32,8 26,2 23,5 21,7 20,9 41,0 34,3 26,5 26,2 418,5 1994 48,6 42,0 50,6 41,1 30,0 25,2 22,6 17,0 16,9 17,2 16,9 18,7 346,8 1995 59,7 74,4 58,2 34,9 27,8 24,5 23,1 21,5 20,5 21,0 20,6 33,9 420,0 1996 56,8 67,7 91,4 36,5 27,2 23,2 20,8 19,0 19,1 20,1 20,1 30,0 431,9 1997 112,8 60,8 34,9 26,8 23,7 25,8 23,4 21,8 21,6 21,5 54,2 45,5 472,9 1998 79,6 109,0 107,8 50,3 48,9 32,5 25,8 22,6 21,2 21,7 21,2 45,2 585,9 2000 58,1 206,1 40,6 29,2 23,5 20,3 19,2 18,7 19,0 18,7 18,6 19,4 491,3 Média 53,9 55,1 44,2 32,1 28,3 26,2 22,2 19,3 21,0 21,6 21,6 32,9 378,5

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Tabela B 3 - Escoamento superficial na Bacia Taquaral-Pirapitingui (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 29,9 49,8 26,9 17,3 12,8 6,7 6,8 6,1 4,9 5,1 5,7 5,6 177,5 1941 6,8 7,9 8,6 8,0 7,3 6,8 6,3 5,5 6,7 7,0 8,2 31,9 111,0 1942 19,6 36,3 40,2 23,4 15,7 12,5 11,6 13,4 11,9 10,1 9,5 10,4 214,4 1943 33,2 23,5 32,6 20,5 14,6 11,9 10,0 8,5 7,9 9,4 9,5 9,7 191,1 1944 10,0 10,8 11,1 10,8 9,8 8,8 7,5 4,8 3,8 4,0 6,2 6,8 94,5 1945 8,1 24,6 26,4 16,7 11,9 18,9 14,0 11,0 9,2 7,6 8,6 20,4 177,6 1946 50,6 52,2 29,6 19,3 14,6 12,7 12,3 11,2 9,8 8,8 9,0 9,4 239,6 1947 48,5 52,3 49,4 29,4 20,8 17,0 15,4 14,4 15,1 14,9 22,9 53,1 353,1 1948 55,8 54,9 60,0 35,5 25,2 20,0 17,5 16,1 14,4 13,6 12,4 11,8 337,1 1949 12,3 12,9 13,2 13,0 12,2 12,1 11,1 10,2 8,8 7,6 7,0 9,8 130,1 1950 36,5 50,8 38,4 43,4 26,4 18,8 15,3 10,4 10,1 12,5 13,5 14,1 290,2 1951 29,7 39,7 41,3 25,8 18,5 14,7 12,8 11,5 9,9 9,7 10,0 10,7 234,3 1952 11,8 22,2 17,5 14,7 9,7 11,4 11,3 10,3 9,5 9,1 8,8 9,3 145,5 1953 10,8 11,8 12,0 12,5 12,2 11,4 10,6 9,5 8,7 7,9 8,3 8,7 124,3 1954 9,7 11,7 30,1 19,6 29,8 20,2 15,7 12,8 11,2 10,9 9,3 8,9 189,8 1955 42,5 25,8 18,7 15,4 13,5 12,2 11,5 11,4 10,2 9,8 9,1 9,6 189,7 1956 9,3 10,7 11,0 11,2 12,4 35,2 32,1 32,3 21,5 22,4 16,5 14,4 228,9 1957 47,5 61,4 42,9 27,9 20,8 17,9 34,2 35,8 52,9 56,1 45,5 46,5 489,5 1958 60,3 46,3 47,3 32,4 41,9 38,1 27,6 22,4 20,4 34,5 25,4 28,6 425,1 1959 60,6 49,7 57,0 45,5 32,1 25,9 22,6 21,5 20,2 19,9 20,0 20,6 395,7 1960 57,5 215,1 41,3 30,6 37,9 36,9 23,7 21,5 19,8 19,1 18,6 53,9 575,8 1961 45,1 101,7 43,5 44,8 32,0 26,1 22,7 20,4 18,4 17,6 17,8 18,9 409,0 1962 18,8 19,7 58,1 36,8 27,1 22,9 20,6 19,3 18,1 19,4 19,3 32,9 312,9 1963 52,4 48,9 32,9 25,6 21,5 19,0 17,1 15,3 13,7 14,2 16,3 16,4 293,3 1964 16,0 36,4 26,4 21,8 19,4 18,3 18,2 17,6 17,8 18,4 18,0 59,9 288,2 1965 100,6 169,2 70,8 42,7 35,2 27,6 24,4 22,1 20,9 27,5 36,5 193,9 771,4 1966 46,8 88,7 45,3 31,7 25,6 22,3 20,4 19,0 19,1 19,5 19,4 28,4 386,3 1967 44,3 31,1 25,4 22,1 19,9 19,8 19,3 18,0 17,9 19,2 36,7 27,1 300,8 1968 45,8 31,3 25,1 22,1 21,1 20,1 18,8 18,1 16,9 15,8 14,3 14,9 264,2 1969 14,4 14,0 14,2 13,8 13,0 12,2 11,2 10,1 9,6 12,2 28,6 21,2 174,4 1970 44,7 130,2 63,7 39,5 28,6 23,5 20,9 20,1 19,8 19,6 18,8 19,3 448,7

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1971 19,3 18,9 45,2 31,3 24,7 40,3 29,5 23,2 20,2 25,4 21,6 38,6 338,3 1972 63,0 52,6 34,3 26,4 22,9 20,7 22,6 23,2 36,0 54,8 57,1 40,1 453,8 1973 50,3 52,7 41,8 35,1 27,6 24,3 22,7 21,4 20,6 39,1 48,5 58,4 442,4 1974 71,5 37,2 166,5 38,2 27,9 24,8 18,6 19,0 18,6 18,6 18,4 20,4 479,8 1975 39,0 56,9 36,5 27,1 22,5 19,7 18,5 17,0 15,9 16,4 18,6 32,1 320,2 1976 39,8 95,7 42,5 42,3 60,6 52,0 59,5 61,5 122,9 58,8 37,4 30,6 703,7 1977 194,0 38,6 28,9 25,1 22,5 21,0 19,9 18,6 17,9 17,4 17,3 26,5 447,6 1978 23,1 21,4 26,8 22,4 21,2 20,6 33,0 25,0 21,2 19,5 47,7 60,5 342,5 1979 41,7 30,9 25,4 22,7 39,0 28,2 23,8 22,2 40,6 42,4 29,9 33,3 380,0 1980 53,5 53,6 34,8 27,9 23,7 22,0 20,7 19,7 18,9 18,0 17,8 42,8 353,3 1981 56,3 35,5 25,4 19,9 16,6 14,4 12,7 11,5 10,3 9,2 8,0 7,1 227,2 1982 10,7 40,0 31,0 21,6 17,6 50,6 34,0 23,0 17,6 30,4 47,4 61,3 385,0 1983 64,0 65,7 66,0 105,3 159,3 260,9 41,7 29,5 42,1 61,1 40,6 94,3 1030,4 1984 106,4 36,9 27,0 23,0 21,5 20,0 18,6 18,8 24,9 22,4 31,4 53,4 404,5 1985 42,7 44,6 101,4 38,9 40,3 29,9 24,7 21,7 20,5 19,0 18,5 17,6 419,8 1986 18,0 19,6 28,3 23,9 22,1 20,5 19,0 19,5 19,0 18,1 18,3 43,3 269,6 1987 59,4 53,0 35,7 27,1 42,6 59,8 37,8 27,9 23,3 21,2 19,8 19,8 427,4 1988 20,4 30,8 37,8 46,0 51,9 34,7 26,7 22,3 19,5 19,0 18,3 18,0 345,3 1989 39,0 53,8 49,4 33,1 25,6 22,2 34,9 26,6 22,9 21,0 20,6 20,8 369,9 1990 47,5 41,7 47,7 31,9 25,2 22,1 29,9 24,4 21,8 20,6 19,4 19,6 351,8 1991 43,3 47,4 63,7 55,8 36,5 29,9 25,5 22,7 21,6 39,5 29,1 56,1 471,2 1993 234,6 142,9 39,7 29,4 30,6 32,5 26,2 23,6 45,4 32,0 26,1 23,9 686,8 1994 50,4 42,4 64,5 50,1 37,2 29,0 24,9 18,6 18,3 17,8 17,5 18,9 389,7 1995 69,0 233,4 72,9 45,7 32,3 26,3 23,9 21,9 20,6 21,0 20,3 31,0 618,4 1996 55,0 54,6 78,1 35,9 26,7 22,8 20,3 18,5 18,6 19,6 19,7 20,8 390,6 1997 81,2 48,0 32,8 25,7 22,9 22,4 21,5 20,5 20,5 20,5 46,0 32,1 394,0 1998 45,7 56,9 80,8 47,1 43,8 31,3 25,2 22,3 21,2 21,7 20,9 40,8 457,7 2000 63,4 147,3 39,5 28,7 23,3 20,3 19,3 18,9 19,3 19,2 19,3 20,4 438,8 Média 47,1 54,1 41,8 29,9 27,3 27,2 21,3 19,0 20,3 20,8 21,4 30,7 361,1

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Tabela B 4 - Escoamento superficial na Bacia Gomes (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 44,7 54,9 29,7 19,1 14,2 8,0 8,0 7,1 5,9 6,0 6,4 6,4 210,6 1941 7,8 8,8 9,5 8,8 8,1 7,6 7,2 6,3 7,5 7,8 9,3 34,0 122,8 1942 21,0 43,5 39,9 23,9 16,7 13,9 13,2 12,1 11,2 9,6 8,8 9,6 223,5 1943 20,1 18,9 33,1 21,0 15,2 12,4 10,5 9,0 8,4 9,6 9,9 10,4 178,4 1944 11,3 26,1 18,2 14,3 11,9 10,3 8,8 5,8 4,8 4,6 6,4 7,2 129,6 1945 8,6 19,0 19,3 13,8 10,9 19,9 14,6 11,5 9,6 8,1 9,6 35,3 180,3 1946 54,1 51,2 39,1 23,8 16,9 14,0 13,2 11,9 10,4 9,4 9,4 9,5 262,9 1947 49,5 58,0 54,3 32,2 22,8 18,8 17,4 16,3 17,0 16,6 26,4 53,7 383,0 1948 59,2 54,4 59,1 35,8 25,7 20,7 18,5 17,0 15,3 14,6 13,4 13,0 346,7 1949 14,7 16,6 17,4 17,5 17,1 16,9 12,6 13,7 13,1 12,2 11,1 13,4 176,1 1950 43,6 58,1 49,1 50,4 31,5 23,0 18,9 14,0 13,4 15,9 17,1 18,0 353,0 1951 50,5 46,7 45,7 29,9 22,4 18,6 16,7 15,7 14,2 14,0 14,4 15,2 303,8 1952 16,0 31,8 23,7 19,3 13,7 15,2 11,9 12,5 12,7 13,3 13,9 15,0 199,0 1953 27,3 35,8 32,4 35,8 25,2 20,1 17,7 16,1 15,4 15,0 15,5 15,7 272,1 1954 29,6 48,5 48,2 29,8 33,8 24,5 20,0 13,7 14,0 14,7 13,5 13,9 304,1 1955 51,8 31,7 23,1 19,1 17,1 15,7 14,9 14,9 13,8 14,0 13,9 15,4 245,4 1956 15,7 26,1 20,7 18,6 40,9 45,8 40,8 31,5 23,6 23,3 19,0 17,5 323,4 1957 50,7 63,0 46,7 37,1 26,7 22,3 35,9 38,5 56,2 60,0 45,2 44,5 526,7 1958 59,6 45,8 55,4 35,2 43,3 38,7 29,1 24,6 22,7 41,3 29,8 33,0 458,3 1959 144,6 64,2 123,2 45,5 32,4 26,2 22,7 21,2 19,8 19,4 19,6 20,6 559,6 1960 116,6 248,5 41,5 30,5 31,7 31,4 21,3 20,5 19,3 19,3 19,2 83,4 683,3 1961 45,8 91,0 41,7 43,8 31,6 25,9 22,6 20,3 18,3 17,7 17,7 18,8 395,0 1962 18,7 19,4 56,0 35,8 26,6 22,7 20,6 19,4 18,3 19,6 19,5 32,8 309,4 1963 54,3 46,1 31,2 24,2 20,3 18,0 16,1 14,3 12,8 13,6 15,5 15,6 281,9 1964 16,1 42,3 28,6 22,8 19,6 18,1 17,8 17,0 17,2 17,7 17,4 56,1 290,6 1965 103,1 141,9 104,8 43,8 36,7 28,2 24,6 22,3 21,1 29,6 39,3 157,0 752,3 1966 50,0 90,2 45,6 32,0 26,0 22,7 20,8 19,5 19,5 20,1 20,1 43,2 409,8 1967 75,5 38,8 30,3 25,3 22,4 21,9 21,2 19,9 19,7 20,9 41,2 29,8 366,8 1968 49,4 33,4 26,5 23,2 22,1 21,1 19,8 19,3 18,0 17,5 16,4 16,6 283,1 1969 16,3 15,9 16,3 16,3 15,9 15,4 14,5 13,4 12,6 14,2 28,2 26,2 205,1 1970 49,8 130,3 64,6 40,2 29,9 25,2 22,8 22,0 22,0 21,8 21,3 30,8 480,7

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1971 25,5 23,1 50,0 36,1 27,8 41,3 34,1 26,3 22,5 31,2 25,4 42,3 385,5 1972 63,3 106,7 42,0 30,8 25,8 22,9 29,4 28,5 39,7 56,2 80,3 39,8 565,4 1973 61,4 64,0 37,1 32,2 26,4 23,8 22,6 21,5 20,7 20,3 20,5 44,9 395,4 1974 55,2 36,9 130,0 38,4 28,2 24,9 18,6 19,0 18,5 18,6 18,6 20,5 427,3 1975 34,0 57,3 36,8 27,4 22,8 20,0 18,8 17,3 16,2 16,6 18,8 32,9 319,0 1976 43,1 116,5 43,9 42,2 56,2 51,6 73,9 59,3 118,1 54,5 34,3 27,4 721,1 1977 161,1 37,5 28,4 24,8 22,4 21,0 19,9 18,6 18,3 17,8 17,7 23,8 411,2 1978 22,1 21,1 21,0 19,8 19,8 19,7 25,6 21,8 19,8 18,8 46,5 60,4 316,2 1979 42,8 32,9 26,2 23,0 40,4 28,7 24,1 22,4 42,8 37,0 27,6 39,3 387,2 1980 55,9 54,1 35,0 27,1 23,0 21,4 20,1 19,1 18,1 17,2 17,7 34,8 343,5 1981 50,0 32,6 24,6 20,2 17,4 16,0 14,5 12,9 11,4 10,6 10,4 9,9 230,5 1982 12,7 22,7 18,9 17,1 16,1 49,3 30,5 22,1 17,9 37,8 49,1 63,3 357,4 1983 66,7 63,1 59,2 112,0 127,7 188,9 40,4 29,0 41,2 47,1 37,6 106,9 920,0 1984 43,2 30,3 24,0 21,1 19,7 18,3 16,9 17,0 18,3 18,0 18,4 19,9 265,1 1985 20,3 20,4 44,3 30,6 29,5 24,0 20,9 18,8 18,1 16,9 16,5 16,0 276,1 1986 16,5 18,1 37,5 26,9 22,6 20,0 18,1 18,3 17,7 16,7 17,4 46,0 275,8 1987 59,3 54,7 37,3 27,4 43,3 60,0 37,5 27,3 22,7 20,7 19,3 19,6 429,0 1988 20,4 41,5 44,8 49,7 54,3 35,6 27,0 22,4 19,8 19,2 18,5 18,2 371,6 1989 44,2 56,0 51,0 33,9 26,0 22,4 21,8 21,0 20,4 19,8 19,9 20,2 356,7 1990 45,9 39,4 46,8 31,5 25,0 21,9 30,4 24,6 21,9 20,6 19,4 19,6 346,8 1991 42,6 44,7 57,8 50,8 33,7 26,8 23,6 21,4 20,5 37,8 27,7 54,5 441,8 1993 110,7 129,3 39,5 29,7 28,7 30,1 25,2 23,1 45,4 33,8 26,9 26,2 548,7 1994 50,1 43,2 63,4 48,8 35,3 28,1 24,5 18,4 18,2 17,9 17,7 19,1 384,7 1995 108,1 169,4 73,5 37,5 29,0 25,0 23,4 21,7 20,5 20,9 20,3 33,4 582,7 1996 56,5 54,6 86,0 36,2 26,9 22,9 20,4 18,7 18,8 19,8 19,7 20,8 401,4 1997 85,6 43,8 31,0 24,9 22,6 22,3 21,5 20,6 20,6 20,5 46,7 32,4 392,3 1998 44,8 56,2 72,0 44,6 43,4 31,1 25,1 22,2 21,1 21,5 20,7 41,2 443,9 2000 55,1 146,4 39,8 28,8 23,3 20,2 19,2 18,7 19,0 18,8 18,8 19,6 427,5 Média 48,7 56,2 43,7 31,2 27,9 26,8 22,1 19,5 20,9 21,1 22,0 31,6 371,9

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Tabela B 5 - Escoamento superficial na Bacia Braiaiá (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 31,4 50,3 27,2 17,5 12,9 6,8 6,9 6,2 5,1 5,4 6,0 5,9 181,6 1941 7,2 8,4 9,1 8,5 7,8 7,3 6,9 6,1 7,3 7,4 8,7 34,1 118,8 1942 26,2 40,8 42,4 24,6 16,5 13,4 14,7 12,6 11,2 9,4 8,9 9,8 230,4 1943 22,5 18,8 30,4 19,6 14,3 11,8 10,0 8,6 8,1 9,4 9,4 9,6 172,5 1944 10,1 10,7 10,8 10,5 9,5 8,5 7,2 4,7 3,6 3,8 6,0 6,5 91,7 1945 7,6 16,1 23,2 15,2 11,1 18,3 13,6 10,7 9,0 7,3 8,4 25,1 165,7 1946 51,5 52,5 34,3 21,4 15,6 13,3 12,7 11,5 10,0 9,2 9,5 10,3 251,6 1947 52,6 54,6 50,4 30,2 21,6 17,7 16,2 15,2 17,0 16,1 25,7 53,6 370,9 1948 57,3 55,4 60,3 36,0 25,7 20,6 18,2 16,8 15,1 14,4 13,3 12,9 345,9 1949 14,0 15,4 15,9 15,9 15,5 15,6 11,9 12,9 12,2 11,0 9,8 12,2 162,3 1950 37,2 50,2 40,5 50,0 30,4 21,7 17,5 12,5 11,9 14,3 15,3 15,9 317,3 1951 33,0 41,8 45,7 28,8 20,8 16,9 14,9 13,7 12,2 12,0 12,3 12,9 264,9 1952 14,1 27,9 21,1 17,4 11,9 13,4 13,2 12,1 11,4 11,4 11,7 12,7 178,2 1953 14,4 25,4 24,9 28,5 20,9 17,0 15,1 13,6 12,8 12,2 12,6 12,8 210,2 1954 14,6 41,9 44,7 27,2 35,3 24,0 18,7 15,5 13,7 13,3 11,6 11,7 272,3 1955 48,4 29,2 21,1 17,3 15,2 14,0 13,3 13,6 12,5 12,6 12,5 13,9 223,6 1956 13,9 25,5 19,5 17,0 32,2 45,0 37,7 37,0 25,0 24,1 18,5 16,3 311,7 1957 43,9 62,3 47,2 30,6 22,9 19,6 34,5 39,9 55,2 58,9 49,6 47,1 511,7 1958 62,1 43,4 48,7 33,3 40,2 38,4 28,6 23,7 21,8 38,8 28,0 35,1 441,9 1959 87,0 63,9 100,5 58,7 34,9 27,4 23,4 21,9 20,4 20,1 20,1 20,7 499,1 1960 87,1 244,7 41,3 30,6 38,4 37,4 24,0 21,6 19,9 19,5 19,2 70,3 654,1 1961 45,5 93,6 46,1 46,3 32,6 26,3 22,7 20,3 18,3 17,6 17,7 18,5 405,6 1962 18,3 19,0 56,8 36,2 26,8 22,8 20,7 19,5 18,2 19,5 19,5 30,6 307,9 1963 53,0 49,8 33,2 25,6 21,4 19,0 17,1 15,3 13,6 14,3 16,8 17,1 296,1 1964 16,7 41,4 28,6 23,1 20,0 18,7 18,6 18,0 18,2 19,6 18,7 60,3 301,9 1965 145,3 193,8 90,7 48,8 39,1 29,3 25,3 22,7 21,4 30,7 44,5 204,5 896,0 1966 41,4 96,4 44,9 31,7 25,8 22,5 20,7 19,3 19,3 19,8 19,9 38,0 399,6 1967 51,5 34,2 26,9 22,8 20,3 20,1 19,5 18,3 18,1 19,5 36,6 27,2 314,9 1968 46,1 31,5 25,1 21,9 21,0 20,0 18,7 18,0 16,8 16,0 14,6 15,3 265,2 1969 14,9 14,5 15,1 15,0 14,3 13,6 12,6 11,5 10,9 13,3 28,7 21,7 186,1 1970 44,6 159,5 64,7 42,4 30,3 24,7 21,8 21,0 20,6 20,6 19,8 20,4 490,4

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1971 20,4 20,0 45,0 30,8 24,9 41,2 29,9 23,8 20,7 26,2 22,4 35,1 340,4 1972 62,1 52,8 34,4 26,6 23,1 21,0 24,0 25,4 37,3 55,8 58,2 40,7 461,3 1973 52,8 62,0 41,1 30,5 25,7 23,6 22,6 21,6 21,0 20,8 21,4 52,0 395,2 1974 56,3 41,1 211,3 39,6 28,5 25,1 18,7 19,1 18,4 18,3 18,0 20,0 514,4 1975 34,6 54,6 35,4 26,5 22,1 19,4 18,3 16,7 15,6 16,1 18,6 36,6 314,4 1976 44,2 125,2 41,1 37,8 46,1 47,0 55,2 62,6 124,7 64,3 35,5 27,8 711,5 1977 191,0 38,5 28,9 25,1 22,6 21,1 19,9 18,6 18,0 17,4 17,3 19,7 438,1 1978 20,3 20,4 30,7 24,0 21,8 20,8 32,3 24,7 21,1 19,5 46,4 59,6 341,4 1979 43,1 33,4 26,4 23,2 42,2 29,5 24,5 22,5 42,1 41,2 29,4 35,0 392,7 1980 55,2 56,0 36,0 27,8 23,5 21,9 20,5 19,5 18,6 17,6 17,6 36,3 350,6 1981 54,4 34,6 24,9 19,6 16,3 14,2 12,6 11,3 10,2 9,1 8,0 6,8 222,1 1982 10,1 31,4 23,0 17,9 15,5 49,5 33,9 22,6 17,1 32,9 48,2 60,5 362,6 1983 63,9 63,0 63,7 57,9 85,0 209,5 40,8 29,1 38,7 48,8 41,2 81,6 823,1 1984 41,1 29,4 23,5 20,8 19,5 18,1 16,7 16,9 18,7 18,7 19,5 40,6 283,4 1985 29,5 26,3 54,5 35,3 37,6 28,1 23,2 20,4 19,4 18,0 17,5 16,6 326,4 1986 17,1 19,0 35,6 26,5 22,6 20,2 18,4 18,7 18,1 17,2 17,8 43,6 274,7 1987 58,8 55,2 37,6 27,8 44,0 60,6 38,0 27,8 23,2 21,2 19,9 20,0 434,1 1988 20,8 41,0 45,6 47,4 52,8 35,1 27,0 22,5 19,7 19,2 18,8 18,7 368,7 1989 45,4 58,3 52,3 34,8 26,7 23,0 38,3 28,5 24,2 22,0 21,3 21,2 396,0 1990 45,4 41,4 51,3 33,8 26,4 22,9 31,6 25,4 22,5 21,2 19,9 20,1 361,8 1991 42,5 38,4 61,7 55,1 36,2 28,4 25,0 22,5 21,5 35,8 27,5 61,2 455,8 1993 250,5 147,6 39,8 29,5 29,1 31,2 25,6 23,4 45,7 32,2 26,3 24,6 705,5 1994 50,3 43,3 86,0 57,8 38,0 29,3 25,0 18,7 18,3 17,7 17,5 18,6 420,3 1995 97,5 219,0 82,8 43,5 31,3 25,9 23,7 21,7 20,4 20,8 20,0 30,5 636,9 1996 55,6 52,2 73,9 35,9 26,7 22,7 20,2 18,4 18,5 19,5 19,5 20,5 383,7 1997 62,4 37,6 28,2 23,6 21,7 21,6 20,9 19,9 20,0 19,7 38,4 28,5 342,4 1998 31,2 52,2 54,6 40,5 40,4 29,5 24,1 21,4 20,5 20,8 19,9 37,7 392,9 2000 53,9 68,2 39,0 28,5 23,1 20,1 19,2 18,7 19,1 18,9 19,0 19,8 347,6 Média 47,9 55,5 44,1 30,2 26,8 26,9 21,8 19,6 20,7 20,9 21,3 31,1 366,7

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Tabela B 6 - Escoamento superficial na Bacia Varejão (mm). Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1940 24,9 47,5 29,5 18,6 13,5 6,8 7,1 6,4 5,2 5,2 5,5 5,7 175,8 1941 7,0 7,8 8,7 8,2 7,6 7,1 6,7 6,0 7,1 7,3 8,5 32,8 115,0 1942 19,4 26,1 35,9 21,2 14,3 11,1 10,2 17,7 13,5 10,5 8,9 9,9 198,6 1943 32,3 24,4 30,7 19,2 13,6 10,9 8,9 7,4 6,8 8,4 8,9 9,0 180,4 1944 8,7 9,4 9,9 9,5 8,4 7,3 6,0 4,0 2,7 2,8 4,8 5,4 78,9 1945 6,6 25,0 28,6 17,4 12,0 27,3 17,2 12,2 9,4 7,5 8,1 19,2 190,5 1946 49,6 50,7 40,9 23,8 16,0 12,9 11,9 10,6 9,0 7,8 7,4 7,1 247,7 1947 35,9 43,1 38,7 24,0 17,7 14,6 13,3 12,5 18,8 15,2 20,6 53,1 307,3 1948 53,7 54,5 59,7 34,8 24,5 19,3 16,8 15,7 14,1 13,5 12,5 12,1 331,2 1949 12,3 12,6 13,3 13,1 12,6 11,9 9,6 8,9 7,8 6,9 6,7 10,0 125,7 1950 39,6 56,0 41,4 26,7 19,5 16,0 14,1 9,9 9,9 12,1 13,0 13,4 271,6 1951 14,3 35,2 40,7 25,6 18,3 14,6 12,6 11,1 9,4 9,1 9,6 10,0 210,4 1952 10,7 26,9 19,2 15,6 10,0 11,3 11,0 9,9 9,0 8,2 7,2 8,3 147,3 1953 10,0 11,0 10,9 10,8 10,2 9,3 8,5 7,4 6,3 5,5 6,3 7,1 103,3 1954 7,0 8,5 10,1 9,9 12,4 11,9 11,1 9,8 8,8 9,0 7,5 6,7 112,8 1955 22,4 26,5 17,7 13,7 11,5 10,0 8,8 8,3 6,9 5,7 4,6 4,1 140,2 1956 4,0 5,5 5,9 6,3 7,8 10,0 17,7 22,8 15,7 20,4 14,3 20,9 151,3 1957 49,6 56,6 37,3 30,4 20,2 16,0 32,4 25,2 47,7 49,1 29,5 39,4 433,2 1958 54,9 45,7 40,7 28,2 40,4 35,9 24,7 19,3 17,1 22,1 18,4 17,4 364,8 1959 52,9 35,9 49,9 31,7 23,9 20,0 18,0 17,6 16,7 16,5 16,7 16,9 316,9 1960 48,6 64,0 38,1 27,6 24,1 26,0 17,7 17,6 16,7 15,9 15,3 42,0 353,7 1961 39,0 54,3 39,4 39,1 28,2 23,3 20,4 18,1 16,2 15,2 15,2 17,0 325,4 1962 17,2 18,3 55,2 34,4 25,1 20,8 18,3 17,0 15,8 17,0 16,9 31,6 287,5 1963 50,2 50,3 32,6 24,5 17,1 16,4 15,2 13,7 12,2 12,5 13,4 13,1 271,1 1964 12,3 15,3 16,1 15,4 15,2 14,8 14,8 14,1 14,4 15,2 15,2 52,5 215,4 1965 60,4 57,9 39,2 28,2 23,8 21,0 19,6 18,2 17,1 17,9 18,1 55,2 376,6 1966 42,5 58,8 43,1 29,8 23,7 20,3 18,4 16,9 16,8 17,2 16,5 17,6 321,6 1967 18,2 18,6 18,8 18,2 17,1 17,8 17,4 13,5 14,7 16,2 17,5 18,3 206,4 1968 43,4 29,2 25,4 21,4 19,6 18,7 17,5 16,6 15,4 14,1 12,6 12,6 246,6 1969 12,1 12,0 11,1 10,2 9,3 8,7 7,8 7,1 6,5 9,1 12,1 12,7 118,7 1970 38,2 61,2 55,7 33,3 23,7 19,2 16,6 15,4 14,5 13,6 12,8 12,9 317,3

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1971 12,4 12,0 13,5 14,4 14,6 15,4 15,7 15,0 14,5 15,1 14,7 29,5 186,7 1972 57,8 45,2 28,8 21,6 18,3 16,2 16,3 16,4 19,2 46,5 45,9 30,1 362,3 1973 41,3 51,4 34,8 42,4 28,5 22,6 20,0 18,2 17,3 50,4 50,3 56,8 434,0 1974 54,0 34,0 48,1 31,8 24,1 21,8 16,2 16,9 16,6 16,6 16,2 18,3 314,4 1975 35,2 54,3 34,1 24,9 20,4 17,6 16,5 14,9 14,1 14,4 16,1 17,7 280,2 1976 22,6 53,1 45,4 44,7 54,1 44,4 45,0 42,1 52,6 34,5 27,0 36,5 501,9 1977 57,0 35,9 27,1 23,3 20,7 19,3 18,1 16,8 16,0 15,3 15,4 18,1 282,8 1978 18,7 18,0 18,5 17,5 18,1 18,2 18,7 18,0 17,2 16,6 39,7 59,3 278,4 1979 37,2 27,7 23,2 20,7 27,3 22,5 20,7 20,0 35,8 42,6 29,1 25,5 332,3 1980 43,5 45,0 30,0 29,9 23,5 20,9 19,1 18,1 17,3 16,5 16,0 37,7 317,4 1981 56,0 35,1 26,1 21,2 18,5 16,9 15,6 14,0 12,2 11,1 10,7 10,5 247,9 1982 15,7 47,2 38,3 26,0 20,9 51,7 37,3 25,8 20,1 26,1 46,5 63,3 418,8 1983 64,7 169,3 216,3 116,6 217,3 272,4 42,0 29,7 46,9 52,3 33,7 173,8 1435,0 1984 213,7 40,6 29,0 24,6 23,3 21,9 20,6 20,7 42,7 30,0 35,2 52,0 554,1 1985 48,9 49,8 143,3 39,4 38,4 29,2 24,6 21,8 20,6 19,1 18,6 17,5 471,1 1986 17,3 18,1 19,1 19,2 19,4 18,6 17,5 18,0 17,4 16,5 16,6 35,6 233,3 1987 57,3 50,9 33,9 26,1 39,8 58,1 36,7 27,1 22,5 20,3 18,8 19,0 410,7 1988 19,8 31,9 35,4 51,3 55,7 36,2 27,3 22,5 19,8 19,1 17,6 16,4 352,9 1989 27,2 40,8 42,6 29,4 23,2 20,4 19,7 18,8 18,1 17,2 17,7 18,3 293,4 1990 42,5 30,1 24,4 21,1 19,5 18,5 21,7 20,2 19,4 18,8 18,0 18,0 272,2 1991 38,9 53,3 59,1 42,3 29,5 24,6 21,8 19,9 19,2 37,5 26,8 46,2 419,3 1993 60,6 55,1 35,7 27,4 28,1 26,2 22,9 21,4 41,3 34,5 26,4 23,4 403,0 1994 45,3 38,6 42,5 31,6 25,5 22,8 21,1 16,0 16,0 15,8 15,2 17,1 307,6 1995 52,4 65,5 53,6 44,6 32,1 26,5 24,1 22,0 20,8 21,3 20,9 30,0 413,8 1996 54,6 66,3 83,2 36,1 27,1 23,2 20,9 19,2 19,2 20,1 19,9 29,0 418,8 1997 102,4 77,2 36,3 27,5 24,2 29,4 24,9 22,6 21,9 21,8 55,1 50,2 493,4 1998 124,8 99,7 109,6 56,7 49,8 32,8 25,9 22,6 21,0 21,6 21,2 43,4 629,3 2000 55,7 211,5 40,8 29,2 23,4 20,3 19,1 18,5 18,6 18,2 18,1 18,8 492,1 Média 40,3 44,2 39,3 27,3 25,5 24,7 18,6 16,7 17,6 18,6 18,5 27,2 318,6

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