CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDEDEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

GESTÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA - ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA

O Programa de Atenção Municipal às DST/HIV/Aids (PAMDHA) de Criciúma é desenvolvido na mesma estrutura física onde está localizada a unidade dispensadora de medicamentos( UDM) que atende em média 900 pacientes /mês. São realizados os serviços de prevenção e assistência . A responsabilidade da área preventiva é do Centro de Testagem (CTA), que tem como objetivo sensibilizar os diferentes tipos de público para a testagem do anti-HIV; e a assistência está sob responsabilidade do (SAE). Atualmente, a SAE é composta por uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, psicólogos, técnico de enfermagem, assistente social, nutricionista, farmacêutico, médico infectologista, ginecologista, urologista e infecto-pediatra.A construção do Plano Operativo foi realizada no PAMDHA com foco na gestão da assistência farmacêutica considerando questões de governabilidade, local de atuação e qualificação do serviço.O objetivo deste trabalho é relatar as oficinas realizadas e analisar a construção do Plano Operativo para a qualificação da Assistência Farmacêutica no Programa de Atenção Municipal às DST/HIV/Aids de Criciúma como forma de contribuir na melhora da adesão ao tratamento antirretroviral.

INTRODUÇÃO E OBJETIVO

Figura 2 - Espinha de peixe construída.

GRAZIELA MARQUES DE OLIVEIRA - farma_grazi@criciuma.sc.gov.br - JOICE ZUCKERMANN PORTO ALEGRE, FLÁVIA NUNES DA ROSA FRAGA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

DESENVOLVIMENTO

A importância deste trabalho foi possibilitar o planejamento, uma importante ferramenta de gestão, um instrumento que busca diagnosticar a realidade, propor alternativas para transformá-la, identificar meios para viabilizar essa transformação e realizar ação oportuna para executar as atividades pensadas em equipe. E para o PAMDHA, o planejamento poderá implicar em melhores índices de adesão ao tratamento antirretroviral, associados a benefícios marcantes na saúde física das pessoas soropositivas e permitido uma melhor qualidade de vida, inclusive que elas retomem e concretizem seus projetos de vida.

Figura 1 –

DESCRIÇÃO DAS OFICINAS REALIZADAS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO OPERATIVO: AVALIAÇÃO DA ADESÃO DOS

PACIENTES AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL

Problema Priorizado: Falta de auxiliar de farmácia nas US-GHC

Para marcar a situação inicial do plano foram realizadas oficinas, sendo que os convites foram entregues com 15 dias de antecedência a todos os funcionários do programa, visto que todos participam direto ou indiretamente da assistência farmacêutica. Foi convidada também a farmacêutica da 21ª Gersau e o coordenador da assistência farmacêutica do município. A receptividade foi boa na entrega do convite, onde foi explicada a importância da oficina e sugerido trazer para a mesma um problema relacionado às atividades desenvolvidas pela Assistência Farmacêutica do PAMDHA.A primeira oficina aconteceu na sala de reuniões do próprio programa, contou com 18 colaboradores e os setores que participaram do programa foram recepção, setor de enfermagem, centro de testagem (CTA), farmácia, assistente social, psicólogo, coordenadora do programa e o coordenador da assistência farmacêutica. Os médicos não compareceram, no entanto o infectologista enviou o seu problema. Os problemas identificados foram: Estrutura física inadequada, falta de comunicação interpessoal equipe-paciente, dificuldade socioeconômica dos pacientes, horário de atendimento da farmácia, vínculo insuficiente da equipe, falta de qualificação da equipe e pacientes que não tomam o medicamento antirretroviral.

Para a priorização dos problemas os critérios foram explicados um

a um e seguidamente começou-se a votação, onde o problema

priorizado foi, pacientes que não tomam o medicamento

antirretroviral corretamente. Este problema era esperado, sendo

que adesão ao tratamento antirretroviral é um grande desafio. Na

segunda oficina, foi realizada a explicação do problema,

identificação dos descritores com suas causas e consequências.

Uma vez que o problema foi priorizado, foi realizada a construção

da espinha de peixe ( figura 2). Para a continuidade do PO e

seguindo a metodologia proposta por Carlos Matus (1993) as

etapas seguintes foram do momento normativo, estratégico e

tático-operacional, foram executadas juntamente com a equipe

técnica.