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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE GERENCIAL DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO APLICADO EM UMA PRESTADORA DE SERVIÇOS DO RAMO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS Luana Dos Anjos de Souza Fernando Pacheco RESUMO Atualmente tem destaque aquela empresa em que o gestor que consegue gerenciar de forma organizada o próprio negócio, controlando as receitas, custos e despesas, que tem conhecimento de tudo que acontece internamente e ao mesmo tempo visão do lado externo observando como está a concorrência de mercado. Verificar como está o desempenho operacional e financeiro do negócio é uma pratica que pode render bons frutos para os resultados almejados e faz parte do processo de eventuais tomadas de decisões. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo geral demonstrar as principais contribuições do controle de custos para empresa Transportes JS. No caso da prestadora de serviços cuja atividade é de transporte rodoviário de cargas, os custos variáveis e fixos são elevados e para ter um lucro líquido satisfatório é necessário atingir um alto valor com faturamento com fretes. Para isso, a frota não pode ficar parada e a demanda do mercado de construções precisa estar movimentada. O empresário da Transportes JS não controla os custos, visando apenas cumprir todas as obrigações mensais, ou seja, pagar despesas referentes a veículos e afins e se preocupa com a agilidade nas entregas de mercadorias. Geralmente não tem conhecimento de quanto sobra de lucro mensalmente. O estudo mostra não só as receitas, custos e despesas semestrais, mas também aborda sobre os indicadores que são utilizados para medir o quanto sobra para cobrir esses custos e o quanto é necessário faturar para que as receitas se igualem às despesas e custos para depois gerar lucro. Palavras-chave: Controle de Custos. Tomada de Decisões. Informações Gerenciais. 1 INTRODUÇÃO A análise gerencial de custos pode ser considerada como uma ferramenta para o gestor que se preocupa com a saúde de seu negócio. O tema abordado possui uma relação com a contabilidade por se tratar de um levantamento de informações que geram um resultado para tomada de decisões. A finalidade do custo é saber se a empresa está conseguindo suprir suas obrigações e respectivamente obtendo lucro. Assim como a contabilidade, que se preocupa

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE GERENCIAL DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO APLICADO EM

UMA PRESTADORA DE SERVIÇOS DO RAMO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

DE CARGAS

Luana Dos Anjos de Souza Fernando Pacheco

RESUMO Atualmente tem destaque aquela empresa em que o gestor que consegue gerenciar de forma organizada o próprio negócio, controlando as receitas, custos e despesas, que tem conhecimento de tudo que acontece internamente e ao mesmo tempo visão do lado externo observando como está a concorrência de mercado. Verificar como está o desempenho operacional e financeiro do negócio é uma pratica que pode render bons frutos para os resultados almejados e faz parte do processo de eventuais tomadas de decisões. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo geral demonstrar as principais contribuições do controle de custos para empresa Transportes JS. No caso da prestadora de serviços cuja atividade é de transporte rodoviário de cargas, os custos variáveis e fixos são elevados e para ter um lucro líquido satisfatório é necessário atingir um alto valor com faturamento com fretes. Para isso, a frota não pode ficar parada e a demanda do mercado de construções precisa estar movimentada. O empresário da Transportes JS não controla os custos, visando apenas cumprir todas as obrigações mensais, ou seja, pagar despesas referentes a veículos e afins e se preocupa com a agilidade nas entregas de mercadorias. Geralmente não tem conhecimento de quanto sobra de lucro mensalmente. O estudo mostra não só as receitas, custos e despesas semestrais, mas também aborda sobre os indicadores que são utilizados para medir o quanto sobra para cobrir esses custos e o quanto é necessário faturar para que as receitas se igualem às despesas e custos para depois gerar lucro. Palavras-chave: Controle de Custos. Tomada de Decisões. Informações Gerenciais. 1 INTRODUÇÃO

A análise gerencial de custos pode ser considerada como uma ferramenta para o gestor

que se preocupa com a saúde de seu negócio. O tema abordado possui uma relação com a

contabilidade por se tratar de um levantamento de informações que geram um resultado para

tomada de decisões. A finalidade do custo é saber se a empresa está conseguindo suprir suas

obrigações e respectivamente obtendo lucro. Assim como a contabilidade, que se preocupa

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com o patrimônio da empresa. A maioria das grandes empresas já possuem um consultor para

auxiliar em departamento de custos, financeiro, entre outros. Essas práticas para pequenas

empresas podem ser inviáveis, mas o próprio dono do negócio pode adotar medidas para

controle de gastos.

O objeto de estudo vai ser uma prestadora de serviços do ramo de transporte

rodoviário de cargas, cujo razão social é JUCEMAR DE SOUZA ME. A empresa transporta

pisos para as cidades de SC, mais precisamente em Florianópolis.

A escolha do tema foi baseada na necessidade de um gestor conhecer o que é

considerado custo, e suas terminologias. A aplicação de uma análise gerencial de custos

fornece dados importantes para saber a saúde financeira da empresa, e qual ponto deve ser

economizado, aplicado ou investido. O profissional contábil moderno utiliza dessa ferramenta

para auxiliar o seu cliente. A contribuição da análise para a empresa estudada é demonstrar o

que está sendo gasto e qual a real lucratividade do negócio para o proprietário, que não possui

um total controle do resultado cada mês, e quais gastos poderiam ser evitado.

As micros e pequenas empresas desempenham um papel importante no

desenvolvimento de um país, pois as mesmas geram empregos, e movimentam a economia.

Com todos esses processos surgem os gastos excessivos, custos, despesas e a área gerencial

muitas vezes é esquecida pelo gestor. O empresário acredita que somente a experiência que

ele tem no negócio é capaz de manter os resultados desejados. A prática de gerenciar os

custos traz organização e fornecimento de indicadores, onde os valores mostram o resultado

após um serviço prestado. O contador não é apenas um profissional que cumpre as obrigações

fiscais, mas sim um consultor apto para ajudar a gestão, auxiliando práticas de como

administrar, controlar e planejar um negócio. A técnica adequada para tomada de decisões é a

contabilidade de custos que é utilizada para identificar e mensurar os custos dos serviços

prestados (CREPALDI, 2010). Segundo o autor, a contabilidade de custos acompanha o

mercado, interpretando o que precisa ser alterado no negócio.

Segundo Megliorini (2001), com um cenário competitivo, o segredo do sucesso é

saber administrar uma empresa com utilização de ferramentas auxiliares, com cálculos de

custos e um bom planejamento.

A pesquisa proporciona um conhecimento voltado para área de custos, e tem um foco

voltado para auxiliar o gestor.

Como pergunta de pesquisa, foi formulado da seguinte maneira: Quais as informações

que o controle de custos pode fornecer para o gestor de uma empresa de transportes de

cargas?

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O objetivo geral é demonstrar as principais contribuições do controle de custos para

empresa Transportes JS. Como forma de atender o objetivo geral tem-se como objetivos

específicos: levantar perante a literatura a contribuição do controle de custos para uma

empresa; identificar a forma de controle de custos utilizadas pela empresa Transportes JS

atualmente; propor um critério de controle de custos para empresa estudada.

O transporte rodoviário de cargas representa uma atividade muito utilizada no Brasil e

em grandes países desenvolvidos, pois é responsável pela movimentação de mercadorias,

levando produtos e matérias primas para indústrias, comércios. Esse processo acaba gerando

uma competitividade entre empresas do ramo.

Segundo Nunes (2007) o mercado de transportes de cargas é altamente competitivo, e

em muitos casos, as empresas não concorrem de forma sadia e perfeita. Nessa situação, pode

haver necessidade de atuação do governo, pois o mercado não tem a capacidade de se

controlar apenas por suas forças.

No ano de 2004, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) passou a

exigir dos transportadores rodoviários de carga a inscrição no Registro Nacional de

Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Com a publicação da Lei no 11.442/08 e

da Resolução ANTT no 3056/09, em 2009, esse registro deixou de ser apenas um cadastro e

passou a ter a função de habilitação para o transportador rodoviário de cargas, isso serviu para

que não houvesse transportes irregulares competindo com os demais.

Os requisitos exigidos dos transportadores para obtenção do RNTRC evidenciam a

regulação no mercado de transporte rodoviário de cargas, impondo algumas barreiras para a

entrada nesse mercado.

Ao mesmo tempo que garante uma boa economia para o pais, o transporte rodoviário

sofre com problemas, devido sazonalidade ou má gestão de empresários que não conseguem

gerenciar suas frotas de forma assídua e eficiente. Esse fator muitas vezes é levado em conta

porque não se tem controle de custos fixos, variáveis, despesas entre outros.

A empresa estudada não obtém controle de seus custos e despesas, não conhece o que

é fixo ou variável, não identifica qual o montante que sobra como lucro e é administrada

somente com a experiência que o gestor tem sobre a atividade. Esse trabalho se torna

relevante pois o mesmo vai demonstrar valores e vai explicar através da literatura conceitos

de custos. Com isso, servira de ferramenta para melhores resultados e tomadas de decisões.

O tema análise gerencial de custos propõe para a prestadora de serviços um controle

de custos, devido a carência nas informações gerenciais para tomada de decisões. A

abordagem do tema delimitou-se na proposta de incentivar o gestor a controlar os seus custos,

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juntamente com suas despesas e receitas, para então encontrar o resultado que sua empresa

tem mensalmente.

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Dentro de um mercado competitivo, se destaca a empresa bem estruturada, com

empregados qualificados, além de uma contabilidade eficiente. E acima de tudo um gestor

organizado com visão e controle de seu negócio.

2.1 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

A contabilização constitui um dos conhecimentos mais antigos de que se imaginam,

pois surgiu da necessidade de controle das riquezas, ou seja, do patrimônio. Há a hipótese de

que a contabilidade tenha surgido antes da escrita, dado a sua importância para o homem

(BÄCHTOLD, 2011).

Desde o seu surgimento, a contabilidade passou a ter várias definições, podendo ser

considerada uma arte, técnica ou ciência que estuda o patrimônio da entidade, interpretando as

variações que o mesmo sofre (FRANCO, 2006).

Na antiguidade, os homens das cavernas faziam suas anotações de caça, pesca entre

outros, nas paredes das próprias cavernas. Eles elaboravam controles, registros de alguns fatos

e conforme o homem caçava, maior a quantidade de dinheiro através de suas atividades.

Sendo assim, havia uma preocupação em saber quanto poderiam render e qual a forma mais

simples de aumentar as suas posses (MARQUES, 2010).

Segundo Silva (2008), a aplicação da contabilidade passou a existir com a criação de

grandes empresas, pois a partir daí os acionistas, clientes, administradores, bancários e

fornecedores necessitavam da informação contábil para crescimento da entidade.

Para Franco (2006) a contabilidade desempenha um papel essencial para economia,

assim como a história a vida da humanidade. Sem ela não seria possível ter o entendimento do

que aconteceu no passado da empresa, qual os fatos ocorridos, se teve uma queda no lucro ou

no prejuízo, e fazer comparativos com os próximos exercícios. Nos dias atuais a contabilidade

faz um diagnóstico da saúde da empresa, e recolhe todas as informações relativas a atividade

da empresa, para elaboração de relatórios, demonstrações contábeis, entre outras obrigações.

Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade, as demonstrações contábeis são elaboradas e

apresentadas para usuários externos em geral. A finalidade da mesma é satisfazer as

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necessidades comuns dos seus interessados para tomada de decisões econômicas.

A contabilidade de forma mais resumida, pode ser definida como metodologia contábil

aplicada ao registro das mutações do patrimônio das empresas, que apresentam seus ativos e

passivos. Todas essas informações são resultantes das atividades administrativas, entre outras

operações gerenciais. A demonstrações financeiras necessitam de muito mais que

lançamentos contábeis, precisam também de notas explicativas para esclarecer e interpretar os

acontecimentos na empresa (CAMPIGLIA, 1993).

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial é o segmento da Ciência Contábil especializado em atender

as necessidades de todos os interessados na gestão de uma empresa. É um processo de análise,

mensuração, interpretação das movimentações financeiras utilizada pelos administradores

para controle da entidade (PADOVEZE, 2004). Segundo Iudícibus (1987) pode ser

caracterizada como ferramenta de auxílio para os gerentes das entidades em seu processo

decisório.

Para Crepaldi (2004), a contabilidade gerencial mostra para os gestores, através de um

sistema gerencial, dados dos objetos econômicos da empresa, que indica como deve ser

aplicado e aproveitado esses recursos. Para o mesmo autor, as formações de preços das

empresas podem ser efetuadas com o levantamento dos custos e utilização dos dados

coletados através da contabilidade gerencial.

Conforme Garrinson (2001) a Contabilidade Gerencial preocupa-se mais com o futuro,

enfatiza segmentos de um determinado setor, e não é governada por princípios contábeis

aceitos, além de não ser obrigatória.

Os autores Kaplan e Atkinson (1989), consideram que, em função das diferentes

necessidades, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial necessitam tomar rumos

diferentes. A contabilidade financeira é a principal fonte de informações sobre a alocação de

recursos enquanto que a gerencial proporciona informações que auxiliam os administradores a

contratarem as aplicações e atividades internas e ainda decidir quais produtos vender, onde,

quando e a quem vendê-las (SOUZA,2008).

Segundo Padoveze (2004), a contabilidade gerencial é direcionada ao gestor que

precisa tomar decisões internamente, para poder planejar, controlar suas atividades, enquanto

que a contabilidade financeira tem o foco maior em exibir informações para os acionistas.

Pensando num lado gerencial, para criar uma sistemática de tratamento de

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informações, são usados os relatórios gerenciais que evidenciam cada movimentação da

empresa. Usando essa ferramenta é possível identificar valores do lucro. Exemplo disso é

utilizar a receita de vendas, deduzindo os custos variáveis. O resultado dessa diferença é a

margem de contribuição (CAMPIGLIA, 1993).

Para Martins (2008), margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e o

custo variável de cada produto e indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que

a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro. Deduzindo as despesas fixas e os

custos fixos da margem de contribuição, obtém-se o lucro operacional líquido. Segundo

Lobrigati (2004), quando o valor da margem de contribuição for superior ao valor total das

despesas fixas, a empresa estará tendo lucro e quando for inferior, o resultado será entendido

como prejuízo.

Segundo o Sebrae Nacional (2016), outro indicador que auxilia o gestor para conhecer

melhor seus custos é o Ponto de Equilíbrio, pois o mesmo informa o faturamento mensal

mínimo necessário para cobrir os custos fixos e variáveis e também identifica que a empresa

equilibra as suas receitas com os custos e despesas. Para Crepaldi (2002) o ponto de equilíbrio

é o momento em que a empresa não possui nem lucro e nem prejuízo. Há três formas de

determinação. Deve ser escolhido o que melhor se encaixa nas necessidades da empresa.

Quadro 1: Tipos de ponto de equilíbrio

Tipos Características

Ponto de Equilíbrio Contábil

São levados em contas todos os custos e despesas que estão relacionados ao dia a dia da empresa. Apresenta o faturamento que o negócio precisa obter para cobrir seus gastos, sem ter prejuízos.

Ponto de Equilíbrio Financeiro

Os custos considerados são apenas os custos desembolsados, ou seja, que possuem vínculo financeiro com a empresa. Mostra o quanto a empresa precisa vender para ter dinheiro e cobrir necessidades de desembolso. Se der um valor baixo significa que a empresa precisa optar por empréstimos.

Ponto de Equilíbrio Econômico São incluídos todos os custos de capital próprio. Visa a obtenção de lucro que pode ser estipulado diferente do ponto de equilíbrio contábil.

Fonte: Baseado em Bornia (2010).

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2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS E SUAS TERMINOLOGIAS

A Contabilidade de Custos ganhou espaço a partir da Revolução Industrial, com o

surgimento das máquinas e da alta produtividade. Devido ao aumento da competição entre

empresas nos dias atuais, cada vez mais são exigidos dos empresários uma nova forma de

planejamento e controle interno das atividades operacionais (MEDEIROS, 1994).

Em épocas passadas para a apuração de resultados para cada período, bastava o

levantamento dos estoques e o contador verificava o montante pago pelo item estocado e

estipulava um valor para a tal mercadoria (MARTINS, 1985).

A contabilidade de custos se une a contabilidade geral utilizando as técnicas para a

interpretação e coleta dos dados seja de um produto ou prestação de serviço. E tem como

objetivo controlar as operações, redução de desperdícios, determinar custos dos

departamentos, redução de custos em diversas áreas, entre outras atividades (MEGLIORINI,

2012).

As informações trazidas pela contabilidade de custos vão além do que somente uma

apuração do que está sendo gasto. A mesma auxilia na determinação de custos relativos a

produção, ou seja, nas horas desperdiçadas de trabalho, no mal aproveitamento das maquinas

e equipamentos, no excesso de matéria prima, entre outros (CREPALDI, 2010).

A expansão do mercado em decorrência da globalização e o aumento da concorrência

entre empresas, fez com que a gestão de custos passasse a ser uma ferramenta estratégica para

dar continuidade as atividades das empresas (LINS; SILVA 2014). Segundo os autores as

empresas precisam buscar de forma saudável a redução de custos.

A contabilidade de custos é geradora de preciosas informações para a gestão dos

negócios, tanto para peça chave de controle, administração, como para tomada de decisões

(CARIOCA, 2014).

Segundo Martins (1998), a contabilidade de custos tinha o objetivo de destacar

elementos que visavam avaliação dos estoques e resultados e não para auxilio para os

gestores. Atualmente a pratica tem sido usada no controle e decisões gerenciais.

Para Ribeiro (2013) a contabilidade de custos é um ramo da contabilidade aplicado às

empresas industriais. O que torna de Custos diferente dos demais ramos da Contabilidade são

os procedimentos praticados na área de produção da empresa industrial, pois a partir desse

departamento que identificamos o custo de fabricação.

De acordo com Medeiros (1994) a área administrativa se beneficia com esse tipo de

contabilidade, pois a mesma mostra os erros e os dados que estão sendo omitidos. Ou seja,

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são abordadas informações relativas a apuração de estoques, compras, vendas, exigências

fiscais entre outras.

As apurações dos custos de uma empresa mostram o rumo que a mesma está seguindo.

Com isso quanto mais informação melhores serão os resultados encontrados, e para o gestor

fica mais fácil encontrar um modo para tomar decisões (MEGLIORINI, 2001). Para entender

a apuração de custos, é necessário conhecer sobre os diferentes termos usados nessa área.

Quadro 02: Termos na área de custos

Termos Conceituações

Gastos É considerado uma baixa no financeiro da empresa relativo a bens ou serviços prestados. O que a empresa teve que gastar para obter

Despesas

É um gasto que reduz o patrimônio da entidade. É necessário para a empresa ter receita.

Custos diretos É possível identificar, ser medido e ser visualizado no produto final. Em uma linha de produção, o material e a mão de obra envolvidos serão os custos diretos.

Custos indiretos

São custos que são envolvidos em todo processo de fabricação de um produto ou serviço. Não é possível ser identificado, é preciso de um critério de rateio para ser encontrado. Para realizar o rateio, é necessário ser usado o período (horas) da mão de obra, o período (horas) das maquinas e a quantidade (quilos) da matéria prima.

Custos Fixos

As despesas comerciais e administrativas são fixos e são independentes no volume de produção, ou seja, são gastos que se manterão mesmo se houver alterações operacionais. São custos para manter a estrutura do negócio e não dependem do volume de produção.

Custos Variáveis

São relacionados ao volume de produção. Esses custos aumentam ou diminuem conforme quantidade vendida ou produzida. Um exemplo diferente são os fretes que variam de acordo com a mercadoria que está sendo vendida e a distância do destino.

Custeio É o método de unir os custos indiretos e diretos aos produtos

Fonte: Baseado em Megliorini (2001)

Os métodos responsáveis por ajudar o administrador na tomada de decisões são

chamados de métodos de custeio. Basicamente são divididos em dois, classificados como:

custeio por absorção, custeio variável (MOURA, 2005).

O custeio por absorção atribui todos os custos de fabricações, inclusive os fixos e

variáveis. Esse método apura os custos dos produtos ou serviços prestados, ou seja, custos de

matéria prima, mão de obra (custos diretos) e custos de manutenção de equipamentos,

controle de qualidade (custos indiretos). O rateio é feito de acordo com a empresa (MOURA,

2005).

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O custeio variável é um método de custeio que faz a utilização das despesas e custos

variáveis de acordo com a unidade produzida, e trata os custos variáveis com relevância para

a tomada de decisões no curto prazo. Esse método destaca a margem de contribuição

(MORGAN; ROSA, 2006).

Para Wernke (2004), os custos para a tomada de decisões são chamados de custos

relevantes que são aqueles que alternam dependendo da situação, e os custos não relevantes

não dependem da decisão tomada. O que importa mesmo para a tomada de decisão são os

custos relevantes, ou seja, é aquele custo esperado no futuro que vai mudar entre as situações

disponíveis.

Em relação a formação de preço de venda (peça chave em custos), o gestor que

encontra o preço justo do serviço ou produto obtém um equilíbrio na empresa, pois não é

cabível vender e não conseguir cobrir os custos, e ainda com esse preço adequado é possível

gerar lucro e pagar impostos (LEÃO, 2008).

De acordo com Leão (2008), o custo é composto por insumos que são filtrados na

obtenção de um serviço ou fabricação de produto. Esses insumos são: mão de obra, que ocorre

em todo serviço e produtos; veículos que são insumos de transportes; equipamentos que são

insumos utilizados pela mão de obra para produzir e executar o serviço ou produto; materiais

de consumo ou matérias-primas; administração que é relacionado ao gerenciamento que uma

prestadora de serviço ou indústria tem em sua empresa.

Segundo Megliorini (2012), para as prestadoras de serviços os custos representam os

gastos que se tem para executar o serviço. E despesa, está relacionada aos gastos que se obtém

na administração e também para gerar receitas.

2.3.1 Controle de Custos

O controle é um ato administrativo que tem o intuito de garantir eficiência em

determinado planejamento. O objetivo só é alcançado através de um caminho traçado de

acordo com o plano (GRAY; JOHNSTON, 1977). Segundo Schier (2011), controlar significa

projeção da realidade onde é necessário tomar conhecimentos dos imprevistos para tomar

atitudes o mais breve possível. Nas empresas a técnica de controlar custos ainda é um tabu,

pois alguns colaboradores acreditam é uma ação negativa para obter resultados. O gestor que

conhece o valor de cada receita e o destino de cada despesa, que identifica quando a despesa é

alta demais, significa que esse empresário pratica o controle de custos (MARTINS, 2010).

Para as prestadoras de serviços, os custos de seus produtos devem ser analisados de

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forma coerente para criar um controle e planejamento. Medir os custos fixos e variáveis,

decidir o preço do produto, acompanhar a produtividade são práticas que trazem informações

para as empresas de serviços (PADOVEZE, 2003).

O controle de custos para qualquer ramo de atividade, proporciona uma redução de

desperdícios e fornece informações para tomada de decisões.

A implantação de um sistema de custos deve ser aprovada por todos os departamentos

da empresa, e para obter um sucesso nessa atividade os colaboradores devem conhecer os

diferentes tipos de controle:

Quadro 03: Tipos de controle

Tipos Classificações

Custos controláveis É desempenhado por uma pessoa que fica responsável por controlar e analisar. Com esse controle é notório identificar onde que se originou o custo.

Custos estimados

Nesse controle se faz uma divisão de parcelas de custos diretos e custos indiretos por departamento, possibilitando a comparação dos dois.

Custos padrão ou standard

É o custo normal do produto ou serviço. O objetivo maior é comparar custo que ocorreu e o que deveria ter ocorrido, ou seja esse controle consegue eliminar falhas no processo produtivo e ainda apurar o custo real.

Fonte: Baseado em Schier (2011)

Uma das principais ferramentas utilizadas por gestores em uma organização é o custo

padrão que possibilita avaliar o desempenho das atividades. É determinado através de

medidas técnicas de produção, divido em algumas etapas: quantificação de consumo de

matéria prima, mão de obra e custo indireto de fabricação; multiplicação do padrão de

consumo pelo custo monetário; revisões dos produtos pois é preciso verificar se algum sofreu

alteração monetária ou tecnológica; contabilidade de custos; controladoria para determinar os

custos monetários, tais como matéria prima; e engenharia de produção onde é identificado o

consumo de matérias primas por unidade e a quantidade de horas das maquinas necessárias

para produção de cada produtos (SCHIER, 2011). Para analisar a eficiência de produção o

recomendado é comparar o custo real com o custo padrão, com resultado dessa comparação é

a avaliação do desempenho da produção.

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2.3.2 Custos de Transportes

Os custos de transportes são um conjunto de despesas relativas a movimentação do

produto, desde quando saí da indústria até o cliente final. Esses custos devem ser computados

e analisados para a formação do preço do serviço. O serviço de transporte terceirizado é o

mais acionado pelas empresas, pelo fato de não ter responsabilidades dos encargos, nem da

manutenção dos caminhões e salário dos motoristas. É mais vantajoso para a empresa

contratar esse tipo de serviço do que ter sua própria frota, mais isso dependerá de suas

verdadeiras necessidades, pois no transporte terceirizado é pago somente o frete. A fórmula

para encontrar o custo do transporte pode ser usada utilizando o custo de transporte, custo

fixo, tarifa de frete e distância.

Segundo Sá (2004), os custos de transportes são divididos em: combustíveis, peças e

acessórios relativos ao veículo, pneus, mão de obra, encargos sociais, depreciação,

manutenção de veículo, conservação e proteção, entre outros. Todos esses custos devem ser

incluídos no plano de contas da empresa.

Para Moura (1998), divide as atividades logísticas em três subsistemas de atividades:

administração de materiais, movimentação de materiais e distribuição de materiais, onde cita

o transporte como uma peça fundamental da atividade logística.

O custo logístico com o transporte rodoviário vem tendo um índice crescente, devido

aos valores dos fretes que aumentaram. Essa elevação ocorreu por contas dos pedágios, ou

rodovias que muitas vezes são precárias, consumindo mais combustível do veículo

(CALAZANS et al., 2014).

2.4 CARACTERISTICAS E LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE

CARGAS

A relação entre produtor, consumidor, indústria, não é mais uma barreira devido aos

transportes que distribuem com agilidade os materiais. No Brasil, as distancias entre cidades

são grandes, mas isso não impede na distribuição de mercadorias.

O transporte rodoviário de cargas é adequado para o transporte de mercadorias de alto

valor ou perecíveis, produtos acabados ou semiacabados. Apesar de possuir custos logísticos

maiores do que outros transportes, o rodoviário de carga tem uma estrutura que consegue

abastecer desde safras agrícolas inteiras até uma simples encomenda (DA SILVA, 2014).

Sobre a capacidade de peso do veículo, através das Resoluções do CONTRAN nº

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210/06 e 211/06 e da Portaria do DENATRAN nº 63/2009, de 31/03/2009, foram

regulamentados os artigos 99 e 100 do Código de Trânsito Brasileiro, onde estabelecem que

somente poderá transitar pelas vias terrestres veículo cujo peso e dimensões atendam as

limites estabelecidos pelo CONTRAN e que ainda nenhum veículo ou combinação de

veículos poderá transitar com lotação de passageiros, peso bruto total, ou com peso bruto total

combinado com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a

capacidade máxima de tração (DNIT, 2012). A capacidade de carga não pode exceder

conforme o limite do caminhão estabelecido.

O CTRC – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas é um documento fiscal

emitido pelas transportadoras de cargas para dar conhecimento ao cliente, motorista e

fiscalização informações sobre mercadorias entre a localidade de origem e o destinatário da

carga. Além disso, para a transportadora em si, também tem utilidade a nota fiscal, sendo

utilizada para contabilizar as receitas, efetivar o faturamento e apurar impostos.

Segundo o Artigo 152 do CTRC, deverá ser emitido a nota fiscal antes de executar

qualquer serviço rodoviário intermunicipal ou interestadual e deve conter dados da empresa,

como: CNPJ, inscrição estadual, nome do titular, identificação do veículo, natureza da

operação da prestação de serviços, quantidade e volume da mercadoria, o local e data de

emissão, condição de pagamento de frete e entre outras informações.

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA

Essa seção trata do enquadramento metodológico e do procedimento metodológico da

pesquisa.

3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Quanto a natureza do objetivo essa pesquisa se enquadra como exploratória. Segundo

Rodrigues (2007), a exploratória tem o objetivo de abranger inicialmente os desafios de uma

pesquisa cientifica, abordando e discutindo a questão problema e também permite a criação de

ideias e hipóteses. Uma das técnicas usadas para se fazer uma pesquisa exploratória é o estudo

de caso. Por meio desse tipo de pesquisa dá para buscar um conhecimento aprofundado do

assunto, formulando assim conceitos e características novas de um tema (BEUREN, 2006).

No que se refere a natureza da pesquisa trata-se de um estudo teórico e prático. Os

aspectos teóricos ficam a cargo da busca de conceitos e teorias em livros, revistas e demais

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publicações que tratam do tema. O estudo teórico traz uma liberdade de recriar conceitos

desenvolvendo o raciocínio lógico. Não significa que vai mudar alguma coisa na realidade,

mas exerce um papel decisivo na criação de novas teorias para depois serem colocadas em

pratica (DEMO, 1994). Já o aspecto prático investiga o único objeto em profundidade qual

seja a empresa Transportes JS. Para Demo (2002), o estudo prático é a parte que envolve a

ação da atividade, onde o pesquisador coleta dados para fazer uma intervenção, ou seja,

expressar seu ponto de vista e aplicar sua ideia.

A lógica da pesquisa se dá de forma dedutiva pois parte dos conhecimentos gerais para

o estudo específico de Custos. Nesse caso trata-se de um método lógico que traz conclusões

corretas, que se baseia no geral para o particular. Esse raciocínio teve origem na Antiga

Grécia, onde segundo Rene Descartes (1596-1650) enfatizava que o dedutivo deve ser

utilizado para se chegar a uma verdade (GIL, 1990).

A coleta se dá a partir de dados secundários com a utilização de balanço, DR, dados da

empresa fornecidos pela contabilidade e pelo proprietário. As informações já existem e fazem

parte da empresa. Os secundários são aqueles que foram coletados para outros propósitos,

portanto, a primeira atitude que um pesquisador deve fazer é buscar esses dados e utilizar para

o assunto em questão (RODRIGUES, 2007).

Em relação a abordagem da pesquisa o estudo se classifica como qualitativo com

aspectos quantitativos. Não se utiliza de cálculos estatísticos complexos para que o resultado

seja alcançado, porém cabe destacar que para possibilitar a análise é necessário a realização

de cálculo de custos. O estudo qualitativo é uma pesquisa descritiva que exige um contato

forte entre o pesquisador e o tema que está sendo discutido. Ao mesmo tempo dá uma visão

ampla no que está sendo estudado e traz um entendimento maior sobre tal assunto (GODOY,

1995). Os recursos quantitativos podem ser representados por tabelas, gráficos que visam

planejar, organizar e coletar dados para interpretação e até mesmo para tomada de decisão

(LUDWIG, 2015).

Quanto ao resultado da pesquisa pode-se afirmar que se trata de um estudo aplicado

pois gera conhecimento em resposta a solução da pergunta: (pergunta de pesquisa). Possui

interesse prático, e seus resultados ocorrem na implantação de melhorias que visam solucionar

problemas na realidade (MARCONI; LAKATOS, 2002).

Os procedimentos técnicos perpassam pela pesquisa bibliográfica e pelo estudo de

caso. É bibliográfica pois tem como objetivo de adquirir conhecimentos em livros, revistas,

artigos, na qual existe a necessidade de saber mais sobre o tema e despertar a visão sistêmica

na ciência contábil. Segundo Gil (1990), essa pesquisa é desenvolvida através dos

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pensamentos de diferentes autores para poder haver um entendimento do assunto. E é também

estudo de caso, pois envolve estudo profundo na empresa Transportes JS. Esse procedimento

é utilizado como instrumento para avaliar um caso particular significativo, onde os dados

coletados devem ser trabalhados com rigor (SEVERINO, 2007).

O instrumento utilizado para coleta de dados foi de observação, pois é uma técnica que

consegue informações e fatos que precisam ser estudados para ser aplicados a realidade. E

serve principalmente como investigação cientifica para se produzir um estudo ou

conhecimento (MARCONI; LAKATOS, 2002).

3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

O primeiro passo dado para a realização da pesquisa foi a utilização das referências

bibliográficas, com o intuito de iniciar o embasamento teórico e abrir um estudo de custos,

demais terminologias, discutindo também as contribuições que trazem o controle dos

mesmos. Foram abordados nessa parte através da literatura, diversos conceitos de diferentes

assuntos relacionados ao tema.

A segunda parte ficou composta pela coleta de dados da empresa Transportes JS que é

o objeto do estudo de caso. Foram discriminadas características da empresa, seus veículos, os

respectivos custos, despesas e a receita de frete durante esses meses. Para levantamento desses

dados foi necessário a utilização de dados financeiros, anotações do gestor e também diálogo

com o mesmo.

A tabulação dos dados coletados foi elaborada através de planilhas e tabelas, buscando

organizar todas informações para identificar os custos variáveis e fixos, o faturamento de cada

veículo e as despesas da empresa durante seis meses. Com essas ferramentas de controle de

custos é possível saber qual a rentabilidade, ou seja, o lucro líquido que a atividade

proporciona.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

O capítulo é dividido em caracterização do objeto de estudo; a análise e discussão dos

resultados. É o momento que são coletadas as informações da empresa e atividade, e também

serão discutidos os resultados e a aplicabilidade do estudo.

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4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

Constitui como objeto de pesquisa a empresa TRANSPORTES JS, no qual a mesma é

uma prestadora de serviços do ramo de transporte rodoviário de cargas onde se encontra há

mais cinco no ramo. A empresa estudada é uma microempresa, cujo inscrição de CNPJ é de

número 20.612.124/0001-35, situada em Jaguaruna no interior de Santa Catarina. A mesma

atua como transporte de pisos, concentrado somente no estado de Santa Catarina, mais

precisamente em Florianópolis. É assessorada por um escritório contábil terceirizado situado

também na cidade de Jaguaruna. A frota da empresa é composta por dois veículos

(caminhões), conforme especificado:

Quadro 04: Coleta de Dados

Dados do veículo Características do veículo

Placas MAB 3251

Cor Vermelho

UF Veículo SC

Marca/Modelo/Tipo do caminhão Mercedes Benz 1313, Caminhão Carga Seca

Ano Fabricação 1974

Número de Eixos/ Tipo Carroceria 03, Carroceria Baixa

Capacidade de Carga (T) 15.000 Fonte: Dados do RNTRC da empresa

Quadro 05: Coleta de Dados

Dados do veículo Características do veículo

Placas IDD 3464

Cor Azul

UF Veículo SC

Marca/Modelo/Tipo do caminhão Mercedes Benz 1318, Caminhão Carga Seca

Ano Fabricação 1988

Número de Eixos/ Tipo Carroceria 03, Carroceria Baixa

Capacidade de Carga (T) 15.000 Fonte: Dados do RNTRC da empresa

Em seu quadro funcional possui o proprietário e um motorista. O proprietário é

responsável pelo gerenciamento de toda frota de veículos, contratação de fretes, controle das

despesas, agendamento de cargas, além também de transportar as cargas com um dos

caminhões.

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Por ser uma prestadora de serviços a empresa Transportes JS tem como fornecedores

as empresas de revestimentos cerâmicos e seus clientes são materiais de construções e

consumidor final. De modo geral, as atividades econômicas utilizam o transporte rodoviário

de cargas, desde o agronegócio, indústrias até o comercio e outros serviços.

O ramo de transporte rodoviário de cargas sofre sazonalidade durante o ano, devido a

alta demanda de alguns meses, e as queda de outros. Segundo a Depec (2017), os meses de

janeiro, fevereiro são os períodos em que a atividade fica mais paralisada. Vários fatores são

determinantes, como por exemplo: férias, recessos, início de ano. Geralmente as lojas,

empresas e clientes diversos diminuem as compras e o volume de construções nesse período.

Com isso as transportadoras ficam um pouco mais paradas sem tanta demanda. No caso da

empresa estudada, como a mesma transporta pisos para construção, depende muito do nível da

atividade de construção civil. Após três meses depois do início do ano, a demanda é maior e o

mercado se instabiliza gerando economia.

Os principais custos do setor são: combustíveis, manutenção do veículo (oficina, auto

elétrica entre outros), agendamento de cargas (despesas com telefone, celular), IPVA e

licenciamentos, pedágios, seguros, depreciação, entre outros.

4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Por meio de livros de diferentes autores é possível identificar e compreender os

conceitos, características de custos e como saber controlar os mesmos. Para qualquer tipo de

empresa, o entendimento da área traz diversas contribuições, como: organização do negócio;

identificação de excessos de gastos; planejamento para tomada de decisões; resultado de

como a empresa está financeiramente; e qual a rentabilidade da empresa.

De acordo com o empresário da Transportes JS, foi identificado que o mesmo não

utiliza uma ferramenta de auxílio para controle, pois trabalha de forma mais simplificada, não

usufruindo de tecnologias, somente possui um caderno de anotações na qual são descritas as

contas que tem para pagar em determinado mês para controle de custos e despesas. O

empresário estipula um valor de frete de R$ 0,80 centavos o metro da carga, sendo que a

capacidade de carga do veículo no total é de 1.000 (mil) metros, estimado para a distância de

Jaguaruna a Florianópolis (150 km). As notas fiscais das mercadorias são levadas para a

contabilidade, que faz a emissão dos conhecimentos de transportes rodoviário de cargas e a

apuração de impostos referente aos fretes realizados. Esses conhecimentos comprovam a

tributação dos serviços prestados pela transportadora. O empresário economiza com consumo

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de energia, sistemas de frota, mas também perde tempo, pois depende do contador para

emissão de conhecimento, gerando um atraso no serviço.

Como forma de melhorar o gerenciamento da empresa, a adoção de métodos para

controle de custos pode ser viável para a prestadora de serviço. Práticas como elaboração de

planilhas, identificação dos custos variáveis, fixos, lançamentos de todas as despesas, e

receitas com frete são uteis para achar o resultado que os veículos proporcionam. A análise de

custos fornece informações sobre o desempenho organizacional, a situação econômico-

financeira das empresas. Com essas informações, fica possível saber o quanto de lucro a

atividade tem em cada mês ou período.

Os dados de cada veículo foram coletados e lançados em uma planilha de auxilio,

onde período usado foi de seis meses (março a agosto). As colunas apresentam os caminhões

e as linhas representam a descrição da receita e os custos fixos e variáveis por veículo.

Conforme o Quadro 5, foram identificadas as seguintes informações.

Quadro 05: Controle de Custos

PERÍODO DE MARÇO A AGOSTO Placa MAB3251 Placa IDD3464

TOTAL Mercedes Benz 1313 Mercedes Benz 1318 Ano: 1974 Ano: 1988

Receita Total 57.600,00 57.600,00 115.200,00

SERVIÇOS PRESTADOS - -

(-) Deduções da Receita 1.512,00 1.512,00 3.024,00

SIMPLES NACIONAL 3.024,00 3.024,00

Total Custos Variáveis Identificados 21.363,47 26.071,60 47.435,07

COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 18.720,00 18.720,00

MANUNTENÇÃO DE VEÍCULO 155,87 7.164,00

PEDÁGIOS 187,60 187,60

MULTAS DE TRÂNSITO - -

PNEUS 2.300,00 -

(=) Margem de Contribuição 67.764,93

Total Custos Fixos Identificados 2.240,00 18.056,20 20.296,20

SÁLARIOS E ENCARGOS - 12.000,00

DEPRECIAÇÃO 2.000,00 2.900,00

SEGUROS - 2.576,20

IPVA/LICENCIAMENTO 240,00 580,00

Despesas Administrativas 6.843,99 1.221,99 8.065,98

AGENDAMENTO DE CARGAS 576,99 576,99

HONORÁRIOS CONTÁBEIS 645,00 645,00

PRÓ-LABORE 5.622,00 -

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Resultado Final 36.378,75

Fonte: Elaborado a partir dos dados coletados

O resultado desse quadro mostra que a empresa consegue obter um bom nível de

fretes, porém possui custos altos e despesas. Mas ainda assim, consegue cobrir tudo deixando

um risco de prejuízo baixo. O resultado de R$ 36.378,75 resultou em lucro líquido durante

seis meses. Rateando esse valor mensal, a atividade proporcionou R$ 6.063,06 para a

empresa. Comparando com o que é faturado é um valor abaixo, porém deve ser levado em

consideração que a transportadora arcou com custos altos que em outros meses podem estar

mais baixos. Exemplo disso é a manutenção de veículo, por ser considerados modelos antigos,

os mesmos requerem um pouco mais de atenção. Com o investimento feito no caminhão

PLACA IDD 3464, a expectativa é que o mesmo ficara em bom estado de conservação

durante um bom tempo, diminuindo os custos altos.

O método de depreciação usado foi o linear, que é aceito pela Receita Federal. Possui

a seguinte fórmula:

Custo do veículo – Valor Residual = Valor Depreciável / Vida Útil

A empresa é tributada pelo Simples Nacional instituído pela Lei Complementar

123/2006 (BRASIL, 2006). É enquadrado na Faixa 4 com alíquota de 10,03% sobre

faturamento, possui como atividade prestação de serviço, conforme Anexo III, Tabela 1.

Para encontrar os demais valores dos custos variáveis e fixos foram utilizados os

boletos pagos de oficina e auto elétrica; cupom fiscal de postos de gasolina; recibo de

pagamento ao empregado e encargos. As despesas administrativas são divididas em:

agendamento de cargas (despesas com telefone e celular rateada pelos dois veículos); pró-

labore e honorários contábeis.

Os totais dos custos, apresentados no quadro 5, são representados por porcentagem,

conforme Gráfico 1.

Gráfico 1: Custos Variáveis

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Com a análise dos dados é possível notar que os custos variáveis representam um

montante maior para empresa pagar, principalmente os combustíveis e lubrificantes que são

um dos principais custos de um veículo, além da manutenção e pneus.

Gráfico 2: Custos Fixos

Já os fixos, os salários e encargos obtém um percentual alto, seguido da depreciação.

Os seguros e IPVA/Licenciamento são uma vez por ano não significando tanto em valores no

Gráfico 2.

Gráfico 3: Despesas Administrativas

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Entre as despesas administrativas o Pró-labore possui a porcentagem mais

significativa. Essa nomenclatura significa “pelo trabalho” e é a remuneração que o empresário

recebe pelo serviço executado dentro da empresa. Muitos empresários acreditam que não deve

haver um salário e acham que devem fazer retiradas quando é preciso. Porém o recomendável

é fazer o recolhimento, pois se o indivíduo trabalha ou desempenha qualquer papel dentro da

empresa ele também é um custo.

As despesas com agendamento de cargas e honorários contábeis rateadas entre os dois

veículos. Essas duas não representam um valor tão alto para a empresa.

O cálculo da margem de contribuição é a diferença entre receita e custos variáveis,

logo para achar o percentual da mesma é necessário calcular o IMC (Índice de Margem de

Contribuição) que é feito conforme a fórmula:

IMC = Margem de Contribuição / Receita Total

A prestadora de serviço obtém o seguinte percentual

IMC = 67.764,93 / 115.200,00

IMC = 0,5882 ou 58,82%

Com o resultado encontrado em percentual, é possível identificar que sobra 58,82% da

receita após a dedução dos custos variáveis. Esse valor fica disponível para pagar os custos

fixos.

A partir da identificação da receita, dos custos variáveis, da margem de contribuição e

os custos fixos, é possível conhecer o ponto de equilíbrio, que é o momento onde a empresa

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sabe o quanto é necessário faturar para que as receitas se igualem aos custos. Para encontrar o

percentual foi usado o ponto de equilíbrio contábil que possui a seguinte fórmula:

Ponto de Equilíbrio = (Custos Fixos / (Receita Total - Custos Variáveis)) x 100

No caso da empresa tem-se:

Ponto de Equilíbrio = (20.296,20 / (115.200,00 – 47.435,07)) x 100

Ponto de Equilíbrio = 29,95%

Com uma receita de R$ 115.200,00 e com um ponto de equilíbrio de 29,95% indica

que a prestadora de serviços diminuirá as chances de ter prejuízo se atingir o montante de R$

34.502,40 semestral de faturamento com fretes. A partir desse resultado irá acumular lucro.

O ponto de equilíbrio evidencia que quanto menor for o percentual melhor para a

empresa, pois não será necessário um valor alto para cobrir custos e despesas, gerando assim

mais lucro. Significa também que o negócio não está em risco.

Esse indicador não pode ser confundido com a margem de contribuição, onde indica o

quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar seus custos ou despesas fixas. No

caso da Transportes JS houve um bom valor de margem de contribuição para cobrir os custos

fixos. Se tivesse menor que os custos fixos a empresa estaria com prejuízo.

O controle de custos fornece diferentes informações, tais como: valor dos custos fixos

e variáveis; valor disponível para cobrir custos que se mantem todo mês; acompanhamento da

produtividade da empresa; quanto a empresa precisa faturar para ter equilíbrio entre receitas e

despesas; decidir se o preço do frete está compatível para pagar as obrigações e ao mesmo

tempo ter lucro. A análise gerencial de custos permite associar fatores referentes a gestão e

discutir os resultados a fim de otimizar a saúde da empresa. O empresário que controla os

custos conhece o valor de cada receita e o destino de cada despesa.

Com a análise de custos de forma gerencial, é possível conhecer qual a rentabilidade

real que a atividade proporciona. A Transportes JS faturou um valor de R$ 115.200,00

durante seis meses, onde conseguiu cobrir os custos fixos e variáveis, obteve de lucro líquido

a quantia de R$ 36.378,75. A expectativa é que futuramente o lucro seja maior devido ao

investimento feito nos veículos. Outro ponto que merece ser mencionado é que o controle de

custos reduz os riscos de prejuízos, onde o gestor entende a filosofia de que não pode gastar

mais do que ganha.

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Atendendo o objetivo geral, as principais contribuições são organização do negócio,

tomada de decisões quando for necessário, redução de gastos, identificação do lucro que a

atividade possui. Por meio de livros, artigos, revistas foi entendido que os custos possuem

parcela significativa nos resultados das empresas, ou seja, valores altos podem prejudicar o

lucro. O controle de custos consegue medir a realidade e a situação que o negócio se encontra.

É necessário conhecer os imprevistos para tomar atitudes e diminuir prejuízos a curto prazo.

Atualmente o empresário da transportadora não é cauteloso das situações de riscos que podem

acontecer, pois não pratica esse controle, somente paga as obrigações que ocorrem

mensalmente. Ele não sabe o valor exato que arrecada e qual é desembolsado para cobrir

custos e despesas. Um critério que poderia ser adotado pelo dono seria a elaboração de

planilha que consta as receitas com frete, os custos variáveis, margem de contribuição, custos

fixos e despesas administrativas, anotando o máximo de informações possíveis para encontrar

o resultado de cada período. A intenção é aplicar o estudo de analise gerencial de custos na

Transportes JS.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise gerencial de custos faz parte de um grupo de ciência da contabilidade, na

qual vem crescendo no mundo dos negócios e sendo utilizada por gestores para conhecimento

de custos, despesas, lucro de determinado período e para tomada de decisões. A análise

fornece informações operacionais e financeiras para o empresário, independente da atividade,

seja ela prestadora de serviço, indústria ou comércio.

O objetivo geral proposto que era demonstrar as contribuições que o controle de custos

traz para a Transportes JS, foi alcançado. Por meio de quadros, gráficos ficou possível

identificar os resultados que a empresa teve durante seis meses. A prática de controlar os

custos, podem diminuir as chances de prejuízo do negócio. Para a empresa fica complicado a

situação quando o gestor não sabe o quanto se mantem de custos, despesas e qual o

faturamento em cada mês. Isso tudo gera um transtorno no quesito organização e

planejamento. Em casos de queda no mercado, o empresário não sabe qual decisão tomar

diante de uma dificuldade. No caso da prestadora de serviço, está sendo possível cobrir todos

os custos e despesas com a receita de fretes. Durante os seis meses os custos variáveis foram

altos devido o investimento feito com manutenção de veículo e combustíveis. Mas de

qualquer forma rendeu um valor total de R$ 36.378,75 de lucro líquido no período, rateados

em seis meses gerou um montante de R$ 6.063,13 mensal.

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O estudo de custos e demais terminologia agregam conhecimentos ao acadêmico

tornando no futuro um profissional contábil qualificado na qual é muito procurado nos dias

atuais. Muitas empresas procuram contadores diferenciados que auxiliem também na parte

gerencial, trabalhando para que os custos sejam reduzidos e resultados sejam alcançados, e

não somente para apurar impostos e cumprir obrigações fiscais. O mercado de trabalho está

exigindo consultores, controllers que possuem o conhecimento na área, devido também a

crise instalada no país, onde muitas empresas estão fechando as portas por causa de má

gestão. Para redução dos custos da Transportes JS algumas medidas poderiam ser tomadas

como: pesquisa de preço dos combustíveis em outros postos para encontrar o menor custo

com maior qualidade; fazer manutenção preventiva dos veículos, inicialmente pode ser um

investimento desnecessário, mas prevenir é uma forma de reduzir ao longo prazo; não dirigir

em marcha lenta, pois causa danos excessivos, aumenta o gasto com combustível e ainda

diminui a vida útil do veículo.

Com os indicadores da margem de contribuição e ponto de equilíbrio, fica viável

identificar o quanto a empresa precisa ter de receita bruta para atingir uma sustentabilidade

mínima no negócio, ou seja, para não faltar dinheiro para o gestor cumprir as obrigações e ao

mesmo tempo ter lucratividade.

Este estudo não teve o intuito de esgotar o assunto que, como se pode observar, é de

extrema importância frente à imensa necessidade de informações úteis à gestão empresarial.

Enfatiza-se que pesquisas futuras são desejáveis e necessárias, enfocando novas formas de

análise dos custos, bem como ferramentas que auxiliem na tomada decisão, contribuindo com

os usuários das informações contábeis e financeiras.

REFERÊNCIAS

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