Modelo de Banner - Márcia

1
CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO URBANO Autor: Silva, ML* Orientador: Oliveira, TLS** Referências : (Devem ser listadas todas as referências utilizadas no banner, inclusive aquelas referentes às figuras, seguindo as normas Vancouver). 1. 2. 3. 4. * Estudante do Curso de Farmácia da Universidade Paulista – UNIP, campus Flamboyant- Goiânia. **Professor do curso de graduação em Farmácia, das disciplinas de Controle de Qualidade, Toxicologia e Bromatologia – UNIP. Descritores: Qualidade da água; Controle microbiológico; Água potável. UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Instituto de Ciências da Saúde – ICS Curso Farmácia – Campus Goiânia Introdução A água é um recurso natural essencial à existência e manutenção da vida, ao bem-estar social e ao desenvolvimento socioeconômico. Sabe-se que a sua disponibilidade na natureza tem sido insuficiente para atender à demanda requerida em muitas regiões do planeta 1 . Este líquido precioso provém de mananciais de superfície ou subterrâneo e é facilmente afetado principalmente pela forma que o homem usa e ocupa o solo, tendo implicações diretas na qualidade dos mananciais 2 . O objetivo deste trabalho foi revisar e discutir a literatura sobre a importância do monitoramento e controle microbiológico da água para consumo humano, bem como as exigências estabelecidas nas legislações vigentes. Revisão da literatura Atualmente é grande a preocupação das autoridades sanitárias e companhias de saneamento em relação à quantidade e qualidade da água para abastecimento público, visto que o crescimento populacional e as industrializações cada vez mais crescentes contribuem de maneira bastante significativa na degradação dos mananciais. Sendo assim, as empresas de tratamento de água têm enfrentado grandes desafios no intuito de conseguir produzir uma água que atenda aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes (Quadro 1), conforme a Portaria Nº. 518/2004 do Ministério da Saúde Quadro 1. Padrão de potabilidade de água para consumo humano, conforme Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde Parâmetro Valor máximo permitido Escherichia coli ou coliformes termotolerantes Ausência em 100 mL Coliformes totais na saída do tratamento Ausência em 100 mL Escherichia coli ou coliformes termotolerantes Ausência em 100 mL Coliformes totais em sistemas que analisam 40 ou mais amostra/mês Ausência em 95% das amostras analisadas no mês Coliformes totais em sistemas que analisam menos de 40 amostra/mês Apenas uma amostra poderá apresentar no mês, resultado positivo em 100mL A resolução CONAMA 357/2005 classifica as águas superficiais, estabelecendo ainda, padrões de lançamento dos efluentes em todo o território nacional 4 . O tratamento de água constitui um conjunto de processos e operações que resultam na produção de água potável para o consumo humano, e o fator determinante para saber qual o tipo de tratamento necessário é a qualidade da água captada 1 . Tecnologicamente, água de qualquer qualidade pode ser teoricamente, transformada em água potável, porém, dependendo do grau de poluição do manancial os custos envolvidos e a confiabilidade na operação e manutenção podem inviabilizar o uso de determinado curso d’água como fonte de abastecimento 4 . Os principais agentes poluidores da água são: Matéria orgânica biodegradável; Sólidos em suspensão, depósitos de lodo, Nutrientes (N e P) Patogênicos, Matéria orgânica não biodegradável (pesticidas, detergentes);Metais pesados 4 . Entre os vários parâmetros exigidos pela Portaria Nº. 518/2004 do Ministério da Saúde, o controle microbiológico da água distribuída à população é questão de saúde pública e fator preponderante para se ter água potável, livre de microorganismos causadores de várias doenças de veiculação hídrica, como as gastroenterites, a cólera, a difteria dentre muitas outras. O grupo de microrganismos utilizados como indicadores de poluição de origem fecal, para detecção de patogênicos na água é o grupo coliforme que se subdivide em coliformes totais e termotolerantes (preferencialmente, Escherichia coli). Além do grupo coliforme, é estabelecida também a contagem de bactérias heterotróficas para garantir as condições sanitárias da água 2 . Para detecção desses patógenos várias técnicas são adotadas, entre elas é possível destacar a Técnica dos tubos múltiplos e a Técnica em cartela com substrato enzimático 4 , representadas respectivamente na Figura 1 e 2. Conclusão No Brasil o uso sustentável dos recursos hídricos vem sendo discutida nos âmbitos local, regional e nacional, no intuito de se estabelecerem ações articuladas e integradas que garantam a manutenção de sua disponibilidade em condições adequadas para a presente e as futuras gerações. Figura 1. Técnica dos tubos múltiplos A detecção de coliformes totais e termotolerantes, em ensaios qualitativo ou quantitativo, podem ser realizadas pelo método dos tubos múltiplos, contagem em membrana filtrante e em substrato enzimático. Este último apresenta como principal vantagem o tempo de resposta de 24 horas, uma vez que o mesmo realiza a determinação simultânea de E. coli e coliformes totais, sem necessidade de ensaios confirmatórios 2 . Fonte: Ministério da Saúde 3 . Fonte: Magalhães 3 . Fonte: Magalhães 3 . Figura 2. Técnica em cartela com substrato enzimático

Transcript of Modelo de Banner - Márcia

Page 1: Modelo de Banner - Márcia

CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO URBANO

CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO URBANO

Autor: Silva, ML*Orientador: Oliveira, TLS**

Referências: (Devem ser listadas todas as referências utilizadas no banner, inclusive aquelas referentes às figuras, seguindo as normas Vancouver).1.2.3.4.

* Estudante do Curso de Farmácia da Universidade Paulista – UNIP, campus Flamboyant- Goiânia.

**Professor do curso de graduação em Farmácia, das disciplinas de Controle de Qualidade, Toxicologia e Bromatologia – UNIP.

Descritores: Qualidade da água; Controle microbiológico; Água potável.

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPInstituto de Ciências da Saúde – ICSCurso Farmácia – Campus Goiânia

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIPInstituto de Ciências da Saúde – ICSCurso Farmácia – Campus Goiânia

Introdução

A água é um recurso natural essencial à existência e manutenção da vida, ao bem-estar social e ao desenvolvimento socioeconômico. Sabe-se que a sua disponibilidade na natureza tem sido insuficiente para atender à demanda requerida em muitas regiões do planeta1. Este líquido precioso provém de mananciais de superfície ou subterrâneo e é facilmente afetado principalmente pela forma que o homem usa e ocupa o solo, tendo implicações diretas na qualidade dos mananciais2. O objetivo deste trabalho foi revisar e discutir a literatura sobre a importância do monitoramento e controle microbiológico da água para consumo humano, bem como as exigências estabelecidas nas legislações vigentes.

Revisão da literatura

Atualmente é grande a preocupação das autoridades sanitárias e companhias de saneamento em relação à quantidade e qualidade da água para abastecimento público, visto que o crescimento populacional e as industrializações cada vez mais crescentes contribuem de maneira bastante significativa na degradação dos mananciais. Sendo assim, as empresas de tratamento de água têm enfrentado grandes desafios no intuito de conseguir produzir uma água que atenda aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes (Quadro 1), conforme a Portaria Nº. 518/2004 do Ministério da Saúde3.

Quadro 1. Padrão de potabilidade de água para consumo humano, conforme Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde

Parâmetro Valor máximo permitido

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes

Ausência em 100 mL

Coliformes totais na saída do tratamento

Ausência em 100 mL

Escherichia coli ou coliformes termotolerantes

Ausência em 100 mL

Coliformes totais em sistemas que analisam 40 ou mais amostra/mês

Ausência em 95% das amostras analisadas no mês

Coliformes totais em sistemas que analisam menos de 40 amostra/mês

Apenas uma amostra poderá apresentar no mês, resultado

positivo em 100mL

A resolução CONAMA 357/2005 classifica as águas superficiais, estabelecendo ainda, padrões de lançamento dos efluentes em todo o território nacional4. O tratamento de água constitui um conjunto de processos e operações que resultam na produção de água potável para o consumo humano, e o fator determinante para saber qual o tipo de tratamento necessário é a qualidade da água captada1.

Tecnologicamente, água de qualquer qualidade pode ser teoricamente, transformada em água potável, porém, dependendo do grau de poluição do manancial os custos envolvidos e a confiabilidade na operação e manutenção podem inviabilizar o uso de determinado curso d’água como fonte de abastecimento4.

Os principais agentes poluidores da água são: Matéria orgânica biodegradável; Sólidos em suspensão, depósitos de lodo, Nutrientes (N e P) Patogênicos, Matéria orgânica não biodegradável (pesticidas, detergentes);Metais pesados4.

Entre os vários parâmetros exigidos pela Portaria Nº. 518/2004 do Ministério da Saúde, o controle microbiológico da água distribuída à população é questão de saúde pública e fator preponderante para se ter água potável, livre de microorganismos causadores de várias doenças de veiculação hídrica, como as gastroenterites, a cólera, a difteria dentre muitas outras. O grupo de microrganismos utilizados como indicadores de poluição de origem fecal, para detecção de patogênicos na água é o grupo coliforme que se subdivide em coliformes totais e termotolerantes (preferencialmente, Escherichia coli). Além do grupo coliforme, é estabelecida também a contagem de bactérias heterotróficas para garantir as condições sanitárias da água2. Para detecção desses patógenos várias técnicas são adotadas, entre elas é possível destacar a Técnica dos tubos múltiplos e a Técnica em cartela com substrato enzimático4, representadas respectivamente na Figura 1 e 2.

Conclusão

No Brasil o uso sustentável dos recursos hídricos vem sendo discutida nos âmbitos local, regional e nacional, no intuito de se estabelecerem ações articuladas e integradas que garantam a manutenção de sua disponibilidade em condições adequadas para a presente e as futuras gerações.

Figura 1. Técnica dos tubos múltiplos

A detecção de coliformes totais e termotolerantes, em ensaios qualitativo ou quantitativo, podem ser realizadas pelo método dos tubos múltiplos, contagem em membrana filtrante e em substrato enzimático. Este último apresenta como principal vantagem o tempo de resposta de 24 horas, uma vez que o mesmo realiza a determinação simultânea de E. coli e coliformes totais, sem necessidade de ensaios confirmatórios2.

Fonte: Ministério da Saúde3.

Fonte: Magalhães3.

Fonte: Magalhães3.

Figura 2. Técnica em cartela com substrato enzimático