Modelo de estrutura do conhecimento de badminton

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MEC de Badminton Escola : Escola Secundária de Paços de Ferreira Estudante Estagiário : Paula Margarida Coelho Gomes Prof. Cooperante : Professor Rui Carvalho Prof. Orientador : Professora Doutora Paula Batista 2011-2012

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MEC de Badminton

Escola: Escola Secundária de Paços de Ferreira

Estudante – Estagiário: Paula Margarida Coelho Gomes

Prof. Cooperante: Professor Rui Carvalho

Prof. Orientador: Professora Doutora Paula Batista

2011-2012

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Índice

Introdução ......................................................................................................... 3

1. Módulo I – Análise da Modalidade............................................................ 6

1.1. Cultura Desportiva .................................................................................. 7

1.2. Habilidades Motoras .............................................................................. 17

1.3. Fisiologia do Treino e Condição Física .................................................. 27

1.4. Conceitos Psicossociais ......................................................................... 32

2. Modulo II – Análise do Envolvimento..................................................... 34

2.1. Recursos Espaciais ............................................................................. 34

2.2. Recursos Humanos ............................................................................. 34

2.3. Recursos Temporais ........................................................................... 35

2.4. Recursos Materiais ............................................................................ 35

3. Módulo III - Análise dos alunos ............................................................ 37

4. Módulo IV - Extensão e sequência dos conteúdos ............................... 43

Alteração da Extensão e Sequência dos Conteúdos .................................... 49

5. Módulo V - Definição de objetivos.......................................................... 51

Habilidades motoras ..................................................................................... 51

Cultura desportiva ......................................................................................... 53

Fisiologia e Condição Física ......................................................................... 53

Conceitos Psicossociais ................................................................................ 54

6. Módulo VI - Configuração da Avaliação ................................................. 56

Avaliação Diagnóstica ................................................................................... 56

Avaliação Formativa ...................................................................................... 56

Avaliação Sumativa ....................................................................................... 56

7. Módulo VII – Desenho de Atividades de Aprendizagem/Criação de

Progressões de Ensino.................................................................................. 64

8. Módulo VIII – Aplicação ........................................................................... 70

Bibliografia ...................................................................................................... 71

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Introdução

O presente Modelo de Estrutura do Conhecimento de Badminton é

realizado no âmbito do Estágio Profissional, inserido no plano de estudos do 2º

ano do 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. A elaboração

deste tem por base o Modelo proposto por Vickers (1990).

Pretende-se com este documento facilitar o processo de ensino e

aprendizagem através da criação de um conjunto de orientações sustentadas e

tendo em conta a especificidade dos alunos para o qual se dirige: turma 9º C

da Escola Secundária |3 de Paços de Ferreira.

Este modelo apresenta um conjunto de princípios que ajudam a

perceber a sua importância para o professor:

Pode ser aplicado a todos os desportos e atividades físicas

(jogos desportivos coletivos; desportos individuais);

Requer o desenvolvimento de estruturas de conhecimento

(E.C.). Uma E.C. reflete uma rede de conhecimentos transdisciplinar

que é o que identifica as habilidades e estratégias num determinado

desporto, e mostra como os conceitos das ciências do desporto

influenciam a performance, o ensino, ou o treino.

O corpo de conhecimentos identificado no módulo 1 torna-

se generativo, conduzindo o processo de análise do ambiente de

ensino e dos alunos, determinando o alcance e a sequência da

matéria, determinando os objetivos e avaliação, e selecionando as

atividades a propor aos alunos. Há portanto uma grande valorização

do conhecimento, e a análise das matérias de ensino é vista como

uma das mais importantes fases do processo.

O domínio do conteúdo é considerado capacitante e

subjacente a uma capacidade de resolver problemas, pensar e ser

criativo.

Este modelo subdivide-se em três fases: 1-Análise; 2-

Decisão; 3-Aplicação.

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Sendo assim, referente à Fase de Análise, é apresentado no módulo 1 a

Análise da modalidade (Badminton) em Estruturas do Conhecimento, fazendo

referência apenas aos conteúdos programados e os selecionados para serem

abordados e tendo em conta o planeamento anual já efetuado pela escola, e as

análises posteriores do envolvimento (módulo 2) e dos alunos (módulo 3).

Relativamente ao módulo 1 é importante ter em conta que a determinação do

número e tipo de categorias transdisciplinares e a sua ordem depende:

A quem se dirige a estrutura do conhecimento;

Questões de segurança, fatores de risco;

Natureza da matéria (por exemplo a complexidade);

Objetivos do programa;

Finalidades do ensino e aprendizagem;

Tempo disponível para a instrução e prática.

Na Fase de Decisão é determinada a extensão e a sequência da matéria

(módulo 4), bem como a sua justificação tendo em conta a análise prévia dos

alunos (avaliação diagnóstica). Só a partir daí é possível o estabelecimento de

objetivos de aprendizagem para os alunos (módulo 5) com a prática da

modalidade. De seguida é necessário determinar os momentos e processos de

avaliação (módulo 6) de modo a analisar os alunos em relação aos objetivos

estabelecidos. Nesta fase são também apresentadas as atividades de

aprendizagem/Progressões de ensino (módulo 7) que englobam um conjunto

de exercícios que têm como finalidade auxiliar os alunos a atingir os objetivos

definidos.

Por fim, a Fase de Aplicação (Módulo 8), resulta de todo este processo

anterior, e consiste na sua aplicação real a diferentes níveis: Plano Anual;

Plano de Unidade Didática; Plano de Aula, entre outros. Portanto, há que ter

em consideração a existência de múltiplos constrangimentos que, ao longo do

tempo, obrigam a uma tomada de decisão e capacidade de adaptação

constantes. Nesse sentido será fundamental uma atitude de reflexão

permanente, como forma de dar sentido ao processo e potenciar a

aprendizagem dos alunos.

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Módulo 1

“O Módulo 1 requer a análise do Desporto, Dança ou atividade Física através de

estruturas do conhecimento (…) a combinação dessas estruturas reflete a riqueza do

conhecimento de base de uma atividade específica, construído por professores

experientes e especialistas da modalidade”

Joan N. Vickers

1 . - ANÁLISE DA MODALIDADE EM ESTRUTURAS DE

CONHECIMENTO 1 .1 - CULTURA DESPORTIVA 1 .2 – HABILIDADES MOTORAS 1 .3 – FISIOLOGIA DO TREINO E CONDIÇÃO FÍSICA

1.4 – CONCEITOS PSICOSSOCIAIS

- FASE DE ANÁLISE -

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1. Módulo I – Análise da Modalidade

A análise da modalidade desportiva constitui-se como a primeira tarefa a

desempenhar pelo professor, na sua estruturação e organização do processo

de ensino e aprendizagem. O conteúdo surge aqui como ponto de partida para

a planificação estratégica da sua intervenção, sendo por via de um

conhecimento declarativo e profundo da modalidade que se definem os

objetivos e instrumentos de atuação junto dos alunos.

Assumindo um conhecimento transdisciplinar da matéria em estudo, esta

fase ajuda o professor a conhecer e a relacionar as diversas áreas de

conhecimento, englobando conceitos como a caracterização da modalidade a

ensinar, a condição física, as habilidades motoras da modalidade e os

conceitos psicossociais.

Contudo, este conhecimento específico e diversificado, só terá significado

se aplicado em congruência com o contexto a que se propõe impor.

Assim, a estrutura de conhecimento apresentada de seguida reflete uma

intrínseca relação com a realidade a intervir, invocando aquilo a que a Vickers

denomina,”Personalized Knowledge Structure” (1990,p.55).

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1.1. Cultura Desportiva

HISTÓRIA

O Badminton apresenta a sua origem em três locais distintos,

nomeadamente: Europa, Ásia e América do Sul. Desta feita, na China foram

encontrados vasos de cerâmica no ano de 3500 a.c. com desenhos de uma

rapariga com uma bola com penas, com um objeto semelhante a um tamborim.

No continente americano, mais concretamente na América do Sul, os

Aztecas praticavam um jogo com uma bola adornada de belas e ondulantes

penas coloridas.

Apesar disso o nascimento da modalidade aconteceu na Índia, com o

nome de “Poona”. Oficiais Ingleses, em serviço neste país, gostaram do jogo e

trouxeram-no para a Europa.

O “Poona” passou a chamar-se Badminton quando, na década de 1870,

uma nova versão desta modalidade foi jogada na propriedade de Badmínton

House, pertencente ao Duque de Beauford, em Gloucestershire, Inglaterra,

utilizando raquetes de ténis e um volante muito parecido com o usado

atualmente. Este jogo ficou para sempre como “aquele jogo em Badminton”.

Assim, surgiu o nome da modalidade.

Foi ainda na Índia, na cidade de Karachi, que em 1877 se deram as

primeiras tentativas de formulação de um conjunto de leis para regerem esta

atividade física.

Estrutura do conhecimento Badminton

Cultura

desportiva

HISTÓRIA

Caracterização da modalidade

Habilidades Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

Conceitos

psicossociais

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No ano de 1883 apareceu a primeira estrutura associativa – Badminton

Association of England – que cria o primeiro conjunto de leis oficiais do jogo.

A Federação Internacional de Badmínton (IBF) foi fundada em 1934,

sendo constituída pelo Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda,

Inglaterra, Nova Zelândia e País de Gales. A sua sede situa-se em

Gloucestershire.

Nos anos seguintes, outros países ficaram a fazer parte da associação,

sobretudo depois da estreia desta modalidade nos Jogos Olímpicos de

Barcelona, em 1992. Hoje em dia, existem 130 países membros da IBF e o

tende a crescer.

Na atualidade, existem seis torneios principais promovidos pela IHF:

Thomas Cup (campeonato mundial masculino por equipas), Uber Cup

(campeonato mundial femininos por equipas), Sudirman Cup (equipas mistas),

World Championship, World Juniors e World Grand Prix Finals.

O Badmínton foi incluído nos XII Jogos Pan-Americanos em 1995, em

Mar del Plata, Argentina, e foi jogado novamente, em 1999, nos XIII Jogos Pan-

Americanos, em Winnipeg, Canadá.

A primeira vez em que o Badmínton figurou numa olimpíada, foi nos

Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, ainda como desporto de

demonstração. Depois, em Seul, 1988, este desporto foi jogado como

modalidade de exibição. O Comité Olímpico reconheceu a magnitude do

Badmínton e, a partir dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, passou a

integrar a fase competitiva. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, a

categoria de duplas mistas foi incluída nas competições.

Relativamente a Portugal, não existem dados concretos quanto à data

de introdução da modalidade. Apesar disso, a primeira notícia sobre a

modalidade é de 1895, no ano em que foi oferecido um par de raquetes ao

Professor Dr. João de Barros.

A divulgação do Badminton em Portugal iniciou-se em 1953, através de

Henrique Pinto, com a organização do primeiro torneio pelo Lisboa Ginásio

Clube.

A Federação Portuguesa de Badminton foi fundada no dia 1 de Julho de

1954, sendo o seu primeiro Presidente o próprio Henrique Pinto.

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Anos Marcantes

Data Acontecimento

1934 Criação da Federação Internacional de Badminton (IBF)

1953 Através de Henrique Pinto, implantação do Badminton em Portugal

1954 Criação da Federação Portuguesa de Badminton (FPB)

1974 Presente nos JO de Munique – Desporto de Demonstração

1988 Presente JO de Seul – Desporto de Exibição

1992 Modalidade Olímpica – JO de Barcelona

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CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE

O Badminton é um desporto de raquete, que pode ser praticado

individualmente ou em pares, sendo disputado num court por dois ou quatro

jogadores, respetivamente singulares e pares. Os jogadores utilizam raquetas

para baterem o volante de um lado para o outro sobre a rede que divide o court

em duas áreas iguais.

O volante pode ser sintético ou de plumas: o primeiro é utilizado na

iniciação do desporto, e o outro para atletas de alto nível competitivo. Nos dois

casos, a sua base de cortiça é recoberta de pele.

A raqueta pode ser metálica ou de carbono: a primeira é mais pesada e

menos flexível. As cordas são de fibra sintética e estão presas na armação da

raqueta.

Estrutura do conhecimento

Badminton

Cultura

desportiva

História CARACTERIZAÇÃO DA

MODALIDADE

Habilidades Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

Conceitos

psicossociais

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O objetivo do jogo é fazer passar o volante por cima da rede,

respeitando as regras do jogo, fazendo-o tocar no campo do adversário – ação

ofensiva, e impedir que o volante toque no seu próprio campo – ação

defensiva.

Regras Básicas da Modalidade

Campo

O campo deverá ser um retângulo e disposto como consta na figura

abaixo apresentada. Todas as linhas são parte integrante da área que definem.

Postes

Os postes deverão ter 1,55 metros de altura, contada a partir da superfície

do campo. Deverão ser suficientemente fortes, de modo a permanecerem na

vertical e a manter a rede esticada, e deverão estar colocados sobre as linhas

laterais de pares, como mostra a figura.

Rede

A rede deverá ser feita de corda fina, de cor escura, de espessura

constante e com uma malha não inferior a l5mm e não superior a 20mm. A

rede deverá ter 760mm de profundidade.

O cimo da Rede deverá ser rolado por uma tira de lona branca de 75mm

de largura. A distância entre a superfície do solo e o centro da Rede deverá ser

de 1,524 metros, medida do centro do campo, e de 1,55metros, medida nos

postes colocados sobre a linha lateral de pares.

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Toda a prática desportiva, a nível competitivo, só tem fundamento

quando é apoiada em normas que lhe estão subjacentes, normas essas que

devem ser respeitadas. No caso do Badminton, de seguida estão apresentadas

as regras que consideramos serem as mais importantes para proporcionar uma

mais elevada e eficaz aprendizagem dos alunos.

Início do jogo

Antes do início do jogo, o árbitro realiza o sorteio entre os adversários. O

vencedor pode escolher entre o serviço ou o campo. Após o apito do árbitro, a

equipa que escolheu ou que ficou com o serviço inicia o jogo.

Depois de decidir sobre quem serve primeiro, o aluno na área de serviço

do lado direito inicia o jogo, servindo para o aluno na área de serviço

diagonalmente oposta. Se este devolver o volante antes de ele tocar no chão,

os batimentos seguintes podem ser feitos, indistintamente, para qualquer

direção.

Jogadores

O jogo é disputado por um jogador de cada lado, no caso de singulares.

Serviço

Sempre que a pontuação do servidor estiver em 0 ou número par, os

alunos servem e recebem o serviço na área de serviço do seu lado direito.

Quando a pontuação estiver em número impar, procede-se de igual forma para

o lado esquerdo. Quem determina a pontuação é o servidor.

Num serviço correto:

Nenhum dos lados deverá causar um atraso

indevido na execução do serviço; tanto o servidor

como o recebedor deverão encontrar-se dentro

das áreas de serviço diagonalmente opostas,

sem pisar as linhas-limite. Uma parte de ambos

os pés do servidor e recebedor deve permanecer

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em contacto com a superfície do campo, numa posição estacionária, até que o

serviço seja executado.

A raqueta do servidor deverá contactar,

inicialmente, a base do volante enquanto toda a

cabeça da raqueta estiver posicionada abaixo

do nível da cintura do servidor.

Assim que os jogadores tomam as suas

posições, o primeiro movimento, de trás para

diante, executado pela cabeça da raqueta do servidor é considerado o início do

serviço.

Mudança de serviço

Sempre que o aluno executa um serviço e faz falta, ou o volante toca em

qualquer superfície dentro dos limites do seu campo.

Erros na área de serviço

Um erro na área de serviço é feito quando um jogador:

Serve fora da sua vez;

Serve da área de serviço errada;

Se posiciona na área de serviço errada, estando preparado para receber o

serviço e este já tenha sido executado.

Singulares

Os jogadores devem servir e receber dentro da área de serviço do lado direito

respetiva, sempre que a pontuação do servidor seja par nesse jogo, ou ainda

não tenha sido marcado nenhum ponto;

Os jogadores devem servir e receber dentro da área de serviço do lado

esquerdo respetiva, sempre que o servidor tenha um número ímpar de pontos

nesse jogo;

O volante é batido, alternadamente, pelo servidor e pelo recebedor, até ser

cometida uma “falta”, ou até que o volante deixe de estar em jogo;

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Se o recebedor comete uma “falta” ou o volante deixa de estar em jogo, devido

a tocar a superfície do campo dentro da área do recebedor, o servidor marca

um ponto. Então, o servidor volta a servir da sua outra área de serviço;

Se o servidor comete uma “falta” ou o volante deixa de estar em jogo, devido a

tocar a superfície do campo dentro da área do servidor, o recebedor marca um

ponto. Então, o recebedor passa a ser o novo servidor.

Pontuação

Os jogadores deverão jogar à melhor de três jogos, a menos que outra

modalidade tenha sido previamente estabelecida. Um jogo é disputado à

melhor de três sets de vinte e um pontos, com pontos em todas as jogadas.

Pontuação continua.

Caso um jogo chegue à pontuação de 20-20, o set será ganho pelo

jogador que primeiro consiga uma vantagem de 2 pontos.

Caso um jogo chegue a 29-29, o set será ganho pelo jogador que ganhar o

ponto seguinte. O jogador que ganhar um set começará a servir no set

seguinte.

Mudanças de campo

No fim do primeiro set;

Antes do início do terceiro jogo (se o houver);

No terceiro set, quando um dos lados atingir os 11 pontos.

Duração e interrupções de jogo

O jogo de Badminton não tem duração previamente definida. O jogo

deve ser contínuo desde o primeiro serviço até à sua conclusão. Entre o

primeiro e o segundo jogo existe um intervalo de 1 minuto e 30 segundos. Um

intervalo não superior a 5 minutos é permitido entre o segundo e o terceiro

jogo, quando este existir.

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Equipa de Arbitragem

O jogo é dirigido por uma equipa de arbitragem, composta por:

O juiz árbitro, responsável pela competição;

O árbitro principal, responsável pelo jogo;

O juiz de serviço, responsável pelas faltas de serviço;

Os juízes de linha verificam e indicam se o volante toca dentro ou fora do

campo ou cai no chão.

Faltas

Uma falta cometida pelo aluno do lado do servidor implica a perda de

serviço, mas se for cometida pelo aluno que recebe implica a marcação de um

ponto a favor do lado de quem serve. Durante o jogo, o aluno não pode tocar a

rede ou os seus suportes com a raqueta, com o corpo ou com o equipamento.

O volante não pode ficar preso na raqueta durante a execução de um

batimento, nem pode ser batido duas vezes seguidas pelo mesmo aluno. No

serviço, o volante não pode ser batido, pela raqueta, acima do nível da cintura

do servidor.

Algumas faltas

É falta se:

Um serviço não for correto;

O servidor, na tentativa de servir, falhar o volante;

No serviço, depois de passar por cima da rede, o volante ficar preso na

rede ou em cima dela;

O volante, quando em jogo:

Cair fora das linhas-limite do campo;

Passar através ou sob a rede;

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Não conseguir passar sobre a rede para o campo adversário;

Tocar o teto ou as paredes laterais;

Tocar o corpo ou o vestuário de um dos jogadores;

Tocar qualquer objeto ou pessoa fora da área de jogo;

Um jogador, quando o volante está em jogo:

Tocar na rede com a raqueta, o corpo ou o equipamento;

Invadir o campo do adversário com a raqueta ou o corpo (exceto

quando o jogador segue o volante por cima da rede com a

raqueta, na sequência de um batimento);

Impedir o adversário de executar um batimento legal;

Bater duas vezes consecutivas no volante.

Volante dentro e volante fora

Todas as linhas que limitam o campo fazem parte integrante do mesmo.

Considera-se volante fora, quando este toca no solo para além das linhas ou,

ainda, se tocar no teto. Considera-se volante dentro, quando este toca nas

linhas ou no interior do campo.

Os postes fazem parte integrante do campo e, assim, considera-se

volante jogável quando este bate nos postes acima da rede.

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1.2. Habilidades Motoras

Pega da Raquete

Tipos de Pega

Pega direita

Pega esquerda

Pega universal

Execução

Pega de direita – apontar a raqueta de perfil, para frente e para baixo com os dedos a envolver o cabo da raqueta sobre a diagonal (com polegar em oposição) Esta pega utiliza-se normalmente nos batimentos do lado direito e nos batimentos à esquerda acima da cabeça em basculação.

Pega de esquerda – Partir da pega da direita, rodar a raqueta ligeiramente para fora sobre o dedo indicador. A face mais larga do cabo da raqueta deve ficar voltada para cima, em contacto com o polegar. Esta pega utiliza-se principalmente nos batimentos da esquerda

Pega universal – a mão envolve o cabo da raqueta com o polegar, entre o indicador e os restantes dedos. Nesta o polegar e o indicador devem formar um “v”, no bordo superior do cabo da raqueta; a armação da cabeça da raqueta deve estar perpendicular ao solo.

Erros mais comuns

Pegar a raqueta junto à haste ou muito junto à base do cabo;

Muito dos erros na pega estão relacionados com problemas de deslocamento – pés ao lado um do outro.

Estrutura do conhecimento Badminton

Cultura

desportiva HABILIDADES MOTORAS

Fisiologia do treino

e condição fisica

Conceitos

psicossociais

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Posição base

Tipos

Posição básica: é uma posição de espera dinâmica que lhe possibilita entrar em ação em

qualquer parte do campo;

Posição para receção do serviço: segundo o tipo de serviço, curto ou alto, a perna direita

apoia-se sobre a parte anterior do pé, descontraída, pronta para fazer o deslocamento à

frente ou à retaguarda;

Posição defensiva: esta posição verifica-se quando um jogador espera o ataque do

adversário.

Fundamentos de execução

Procura-se uma posição que permite entrar em ação e executar batimentos precisos.

Fletir ligeiramente os membros inferiores;

Colocar os pés à largura dos ombros;

Avançar o membro inferior correspondente ao lado da mão da raqueta;

Distribuir o peso do corpo igualmente pelos dois apoios.

Dirigir o olhar para a frente

Erros mais comuns

Pés juntos

Pés ao lado um do outro.

MI em extensão

Incorreta colocação dos MS

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Deslocamentos

Tipos

À frente (lado direito e lado esquerdo)

Laterais (lado direito e lado esquerdo)

À retaguarda

Passo caçado (nas várias direções e sem cruzar os apoios) – este é o deslocamento mais

equilibrado e rentável

Fundamentos de execução

Fletir ligeiramente os membros inferiores;

Pés afastados, sensivelmente à largura dos ombros, com um apoio mais avançado;

Tronco ligeiramente inclinado à frente;

Olhar dirigido para o volante.

Erros mais comuns

Cruzar os apoios

Levantar os apoios dos solos

Não adotar a posição básica

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Clear

Fundamentos de execução

Utilizado na devolução do volante, com trajetórias altas;

Rodar os ombros e os membros inferiores;

Fletir o membro superior que tem a raquete com a mão ao nível da nuca;

Bater de modo explosivo, por cima e à frente da cabeça, com extensão final do membro

superior;

Bloquear o pulso e a rotação do tronco no momento final do batimento;

Imprimir ao volante uma trajetória alta e longa de modo que caia perto da linha final do

campo adversário.

Erros mais comuns

Não rodar os ombros e os membros inferiores;

Não executar correta ação do MS

Não bater por cima e à frente da cabeça

Não bloquear o movimento no final do batimento

Não promover uma trajetória alta e em profundidade

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Amorti

Fundamentos de execução

Rodar os ombros e os MI;

Bater por cima e à frente da cabeça;

Estender o MS, acompanhado de uma desaceleração no final do movimento;

Imprimir uma trajetória descendente e lenta de modo que o volante caia próximo da

rede do campo adversário.

Erros mais comuns

Lob

Fundamentos de execução

Colocar o pé correspondente ao lado da mão da raquete à frente;

Bater de modo explosivo, à frente do corpo e abaixo da cintura;

Fazer um movimento de chicotada ao nível do pulso;

Imprimir ao volante uma trajetória ascendente, alta e profunda, para que o volante caia perto

da linha de fundo do campo adversário.

Erros mais comuns

Não avançar corretamente o MI

Não executar corretamente o batimento e o movimento de pulso

Não promover uma trajetória ascendente, alta e em profundidade

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MS batedor fletido

Não armar o MS

Bater ao lado do corpo

Trajetória alta e queda do volante longe da rede

Não executar corretamente a ação do MS e batimento

Não promover a trajetória pretendida

Encosto

Fundamentos de execução

Colocar o pé direito à frente (jogadores destros);

Bater o volante à frente do corpo e cabeça da raquete na perpendicular da trajetória do

volante;

A partir da extensão para a frente do MS, bloquear o volante servindo da velocidade

que este trás, de forma a passar junto à rede e cair perto desta

Erros mais comuns

Não avançar corretamente o MI

Não executar corretamente o batimento e o movimento de pulso

Trajetória alta e queda do volante longe da rede

Não executar corretamente a ação do MS e batimento

Não promover a trajetória pretendida

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Serviço

Tipos

Curto

Longo

Fundamentos de execução

Curto:

Colocar-se de lado, com o ombro e o pé contrário à mão da raqueta voltados diagonalmente

para o adversário;

Colocar o pé contrário à mão da raqueta à frente, com o peso do corpo sobre o membro

inferior da retaguarda;

Segurar o volante pela cabeça entre o polegar e o indicador, com o membro superior fletido.

Bater o volante com o movimento contínuo da raqueta

Bloquear o pulso no final do batimento

Imprimir ao volante uma trajetória baixa e tensa de forma a passar junto à rede e a cair perto

desta no campo adversário.

Longo:

Mesmos aspetos contemplados no serviço curto

Segurar o volante pela cabeça entre o polegar e o indicador, com o membro superior

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estendido à altura do ombro;

Acelerar o movimento de trás para a frente e debaixo para cima, batendo o volante com um

movimento de chicotada;

Imprimir ao volante uma trajetória alta e profunda, de modo que este caia perto da linha final

do campo adversário.

Erros mais comuns

Incorreta colocação dos apoios e ombros

Incorreto batimento

Trajetória incorreta

Curto:

Batimento com a raquete acima da cintura

M. S. em flexão

Trajetória alta

Colocação incorreta dos pés

Longo:

Batimento com a raquete acima da cintura.

M. S. em flexão

Paragem do M.S. batedor após o batimento

Colocação incorreta dos pés

Resumidamente, podemos apresentar batimentos acima da cabeça e batimentos abaixo

da linha da cintura. De seguida, faremos uma síntese dos batimentos do Badminton.

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Batimentos Técnica Objetivos Táticos Trajetória

Acima da

cabeça

Clear

- Enviar o volante o mais alto e

longe possível, para a linha de

fundo contrária de forma a fazer

cair o volante verticalmente,

dificultando as possibilidades de

ataque a este batimento e

deslocando o opositor para o fundo

do campo.

Amorti

- Colocar o volante, através de um

batimento curto, numa zona

imediatamente a seguir à rede, fora

do alcance do adversário.

Abaixo da

Cintura

Serviço

Curto

-Colocar o volante na zona de

serviço adversário, fazendo cair o

volante o mais perto possível da

linha de serviço curto.

Serviço

Longo

Colocar o volante na zona de

serviço adversário, fazendo cair o

volante verticalmente, perto da

linha de fundo.

Lob - Batimento destinado a colocar o

volante alto e no fundo do campo.

Encosto

- Batimento executado quando o

volante está abaixo do nível da

rede. O objetivo é devolver o

volante para junto da rede.

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Trajetória dos volantes - Batimentos

Trajetória dos volantes - Serviço

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1.3. Fisiologia do Treino e Condição Física

Como parte essencial e com uma importância fulcral, o aquecimento tem

que ser vigoroso e contemplar uma mobilização eficaz das principais

articulações a serem solicitadas no decurso da aula, intervindo na prevenção

de lesões.

Os exercícios da parte inicial da aula assumem sobretudo um lugar

importante para ativar as estruturas corporais essenciais à modalidade a

abordar, assim como, a execução de ações motoras da técnica mais

complexas constituintes da parte fundamental.

Uma das funções desta parte da aula é a de comunicar aos alunos os

objetivos e as atividades a desenvolver no decorrer da aula, não esquecendo

de estabelecer ligação com as aulas anteriores, fazendo os alunos

compreenderem a sequência dos conteúdos a abordar.

O aquecimento tem que contemplar uma mobilização geral e específica e

ser adaptada aos conteúdos e exigências dos exercícios realizados durante a

aula. Nesta modalidade a articulação escapulo-umeral é o principal alvo.

A ativação geral deve possuir uma característica lúdica e divertida, de

modo a motivar os alunos para a aula, através de jogos pré-desportivos,

percursos e jogos de equipa.

Estrutura do conhecimento

Badminton

Cultura

desportiva

Habilidades

Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

AQUECIMENTO Condição Física Retorno à calma

Conceitos

psicossociais

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Por condição física entende-se o nível de capacidades motoras que cada

aluno possui para a realização de uma tarefa, num determinado momento. A

condição física está diretamente relacionada com o desenvolvimento das

capacidades motoras. Estas dividem-se em condicionais (relacionadas com

os processos de obtenção e transformação de energia, isto é, os processos

metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos) e coordenativas

(relacionadas, essencialmente, com os processos de controlo do movimento,

dependentes do sistema nervoso central).

A análise de posições de vários autores remete-nos para a escolha da

velocidade, da resistência e da força – como capacidades condicionais – e a

escolha da capacidade de orientação e reação – como capacidades

coordenativas – a desenvolver nesta matéria.

No entanto, em todas as aulas queremos proporcionar aos nossos alunos

um trabalho completo no que concerne à exercitação de todas as

capacidades motoras. A seguir abordaremos um pouco de cada uma dessas

capacidades.

Estrutura do conhecimento

Badminton

Cultura

desportiva

Habilidades

Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

Aquecimento CONDIÇÃO FÍSICA

Retorno à calma

Conceitos

psicossociais

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Força

Capacidade motora que permite superar ou contrair as resistências ao

movimento, com base em forças internas (produzidas por contração muscular,

ações dos tendões e ligamentos) e forças externas (gravidade, atrito,

oposição).

A prática desportiva evidenciou uma diversidade de tipos de força

definidos como: força máxima, força explosiva e força resistente. No caso do

Badminton, a força explosiva é a mais importante. Este tipo de força é

necessária nos membros inferiores para os deslocamentos rápidos e nos

membros superiores para a realização de movimentos e batimentos rápidos e

fortes.

Resistência

Capacidade motora que permite realizar um esforço relativamente longo,

resistindo à fadiga, com uma rápida recuperação depois dos esforços, evitando

a perda de qualidade de execução.

A Resistência pode ser aeróbia (quando há equilíbrio entre o oxigénio

que está a ser necessário para o trabalho muscular, e o que está a ser

transportado pela circulação até esse tecido) ou anaeróbia (devido à grande

intensidade de carga, a quantidade de oxigénio capaz de ser utilizado pelo

organismo é insuficiente para a combustão oxidativa e o metabolismo

energético processa-se em dívida de oxigénio). No caso do Badminton que

se caracteriza por esforços intermitentes, a resistência anaeróbia láctica

acaba por ter um grande peso no desenrolar do jogo.

Velocidade

Capacidade motora que permite realizar movimentos (ações motoras) no

mínimo tempo possível. É uma capacidade que, apear de condicionada pela

herança genética de cada um, pode ser melhorada se exercitada desde as

idades mais baixas. Trata-se de uma capacidade motora que diminui com a

idade. A velocidade pode ser de reação, execução ou deslocamento. No

Badminton, uma maior velocidade de execução dos movimentos é

determinante para realizar os batimentos com uma maior eficácia.

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Flexibilidade

Disponibilidade de uma articulação em ser movimentada ao longo de toda

a amplitude natural do movimento. É utilizada para prevenir lesões face aos

movimentos rápidos e bruscos que esta modalidade impõe. Esta prevenção

deve ser efetuada através de um trabalhos de mobilização articular no início

da aula.

Reação

Capacidade motora que permite reagir o mais rápido e corretamente a um

determinado estímulo, seja ele visual, auditivo ou cinestésico.

Orientação Espacial

Capacidade de reagir a um estímulo externo em termos de deslocação ou

de estabilização da postura.

Coordenação óculo-manual

Visa o aperfeiçoamento da ligação do campo visual à motricidade da mão

e dos dedos, desenvolvendo a habilidade e a precisão de movimentos, tendo

em atenção a natureza do objeto (bolas grandes/pequenas, pesadas/leves), o

tipo de trajetória (horizontal, parabólica, vertical), e a posição do aluno (de pé,

deitado, parado e em movimento).

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O retorno à calma deve-se verificar após cada treino, cada jogo, seja ele

em que contexto que for. No domínio escolar, esta fase é importante que seja

inserida na parte final da aula. Depois de uma solicitação física intensa na aula,

é necessário repor os mecanismos de ação a um nível equilibrado. Assim, o

final da aula deve ser preenchido com exercícios de menor solicitação física ou

mesmo nenhuma. Podem ser propostos exercícios de recuperação ativa, de

relaxação total do corpo ou até uma breve conversa com os alunos acerca das

dificuldades sentidas na aula.

No entanto, é importante não confundir a relaxação do corpo com a

diminuição do estado de motivação. Pelo contrário, incluir numa aula diversos

picos de motivação, um destes particularmente no final, é o ideal.

É importante na Educação Física que os alunos saiam da aula com um

nível alto de motivação, aliciando-os e entusiasmando-os para a aula seguinte.

Estrutura do conhecimento

Badminton

Cultura

desportiva

Habilidades

Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

Aquecimento Condição Física RETORNO À CALMA

Conceitos

psicossociais

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1.4. Conceitos Psicossociais

As características específicas desta modalidade conferem-lhe condições

especialmente favoráveis ao desenvolvimento da autonomia. Ao longo das

aulas será valorizada a capacidade de continuar a realizar, individualmente ou

em grupo, as tarefas solicitadas pelo professor, de forma adequada, mesmo na

sua ausência. Esta modalidade implica que os alunos efetuem diferentes

sequências de batimentos, havendo variadíssimos pares a realizar em

simultâneo. Desta forma, não estarão constantemente sobre o olhar atento do

professor. É essencial que demonstrem esta autonomia de forma a que as

aulas se possam realizar com sucesso e eu possa propor exercícios cada vez

mais ambiciosos.

Neste sentido a responsabilidade e o respeito deverem estar sempre

presentes. Na continuidade do citado anteriormente, o aluno terá que ser

responsável, efetuando as sequências de batimentos ou outro tipo de

exercícios propostos de forma empenhada e séria, cumprindo as regras

estabelecidas, assim como demonstrar respeito pelo material e colaborar na

arrumação e preservação do mesmo.

O empenhamento na realização de tarefas propostas pelo professor e na

modalidade em si é um aspeto essencial, já que apesar de ser uma modalidade

lúdica, fruto da manipulação de materiais que os alunos não tem acesso no dia-

a-dia, como a raquete e volante, necessita de dedicação por parte dos alunos,

atenção nas explicações e compromisso na realização das atividades.

A cooperação deve estar presente em todas as situações da aula,

escolhendo sempre as ações mais favoráveis para o seu melhor

aproveitamento e da turma, admitindo assim as indicações que lhe dirigem e

aceitando as opções e possíveis falhas de seus colegas.

Material:

- Alicate;

- Baliza;

- Bússola;

- Cartão de controlo;

- Mapa;

- Picotador

- Perneiras

Estrutura do conhecimento

Badminton

Cultura

desportiva

Habilidades

Motoras

Fisiologia do treino

e condição fisica

CONCEITOS

PSICOSSOCIAIS

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Módulo 2

1.

“O Módulo 2 abrange questões sobre a compreensão e gestão do ambiente de

aprendizagem (…) No planeamento do ambiente da aula as questões relativas às

instalações; materiais; gestão e segurança devem ser as primeiras considerações do

professor (…)”

Joan N. Vickers

2 . - ANÁLISE DO ENVOLVIMENTO

2.1. – RECURSOS ESPACIAIS

2.2. – RECURSOS HUMANOS

2.3. – RECURSOS TEMPORAIS

2.4. – RECURSOS MATERIAIS

- FASE DE ANÁLISE -

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2. Modulo II – Análise do Envolvimento

2.1. Recursos Espaciais

Para o ensino da modalidade de Badminton existe a Nave central e o

Polidesportivo.

2.2. Recursos Humanos

Na prática desta modalidade, estarão presentes nas aulas 27 alunos (12

meninos e 15 meninas), da turma do 9ºC. Assim como, o professor cooperante

Rui Carvalho e eu, aluna-estagiária Paula Gomes que lecionarei as aulas.

No pavilhão encontram-se duas funcionárias, responsáveis pela manutenção

do material existente.

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2.3. Recursos Temporais

A unidade didática referente ao ensino da modalidade de Badminton está

inserida no conjunto de matérias a lecionar durante o 2º Período, sendo-lhe

destinadas dois blocos de noventa minutos e quatro aulas de quarenta e cinco

minutos.

A carga horária semanal para a disciplina é de:

N.º de horas por semana Dia da semana Horário das aulas

90 Minutos Quarta-feira 11h55 às 13h25

45 Minutos Sexta-feira 12h40 às 13h25

2.4. Recursos Materiais

Badminton

Material

Estado de conservação

Total Novo

Bom

estado Aceitável

Mau

estado

Coletes

Brancos 7

26 Azuis 7

Verdes 7

Vermelhos 5

Raquetes 28 28

Volantes 30 6 36

Postes 10 10

Fita 5 5

Sinalizadores Pequenos 20 20

Médios 6 6

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MÓDULO 3

“Neste módulo pretende-se conhecer o nível de entrada dos nossos alunos

relativamente às Habilidades e Conhecimentos (… )”

Joan N. Vickers

3. - ANÁLISE DOS ALUNOS

3.1. - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO NÍVEL INICIAL DE PRESTAÇÃO DOS ALUNOS

- FASE DE ANÁLISE -

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3. Módulo III - Análise dos alunos

A combinação da análise do envolvimento e dos alunos permite uma

perfeita adaptação das sequências metodológicas aos níveis iniciais

manifestados para que seja possível dirigi-los no sentido de uma evolução

coerente e real. Assim, a evolução das propostas deve possuir bases sólidas

para que os alunos assimilem novos conhecimentos, mais complexos e

suscetíveis de serem consolidados, uma vez que se as propostas forem

demasiado difíceis os alunos nunca conseguirão passar para a aprendizagem

seguinte.

Considerar este aspeto equivale, por assim dizer, à valorização da

individualidade do sujeito e da sua cognição, das atitudes e valores,

ao respeito pelas diferenças individuais e à procura de um

desenvolvimento global e contínuo. A aplicação destes critérios

supõe, pelo menos, uma dupla exigência: por um lado, a

salvaguarda dos interesses dos alunos, por outro, a definição de pré-

requisitos de aprendizagem, isto é, de indicadores dos níveis de

desenvolvimento do aluno. (Pacheco, 2001)

Assim sendo, nenhum tipo de planeamento deverá ser desenvolvido

sem que uma avaliação diagnóstica tenha lugar, bem como, a sua posterior

análise. A sua análise deve ser feita tendo em conta o nível de cada aluno e o

nível de cada conteúdo. Importa perceber qual a média da turma em cada

conteúdo, para perceber quais os erros mais comuns e quais as

potencialidades a serem aproveitadas.

Deste modo, na avaliação diagnóstica centramo-nos nas habilidades

motoras relativas a esta modalidade. Desta forma, as ações técnicas e táticas

irão ser avaliadas em situação de jogo 1x1. No entanto, existirá uma

apreciação global do aluno, tendo em conta que se torna difícil observar todas

as ações técnicas e táticas. Para a avaliação de cada um dos parâmetros foi

utilizada avaliação quantitativa de 1 a 3, à qual corresponde uma avaliação

qualitativa.

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Nível Serviço

1 O aluno não executa com êxito a ação de servir.

2

O aluno envia o volante por cima da rede para a área de serviço diagonalmente

oposta à do servidor batendo o volante à frente e abaixo do nível da bacia, num

movimento contínuo.

3

O aluno envia o volante por cima da rede para a área de serviço diagonalmente

oposta à do servidor batendo o volante à frente e abaixo do nível da bacia, num

movimento contínuo dificultando a receção.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE BADMINTON

N.º NOME serviço (15%)

Posição base (15%)

Deslocamentons (15%)

Batimentos (lob, clear, amorti)

(40%)

Total (85%)

Conhecimentos (15%)

Nível

1 Adelino Pinheiro 2 1 2 2 1,55 1 1,47

2 Ana Ribeiro 1 1 1 1 0,85 1 0,87

3 Ana Barbosa 1 1 1 1 0,85 1 0,87

4 Beatriz Álvaro 1 2 2 2 1,55 1 1,47

5 Beatriz Silva 1 1 1 1 0,85 1 0,87

6 Carla Neto 1 1 1 1 0,85 1 0,87

7 Carlos Mota 1 1 1 1 0,85 1 0,87

8 César Meireles 1 1 1 1 0,85 1 0,87

9 Cláudia Matos 1 1 1 1 0,85 1 0,87

10 Diogo Rocha 2 1 2 2 1,55 1 1,47

11 Fernando Sousa 1 1 1 1 0,85 1 0,87

12 Helena Mendes 1 1 1 1 0,85 1 0,87

13 Henrique Machado 1 1 1 1 0,85 1 0,87

14 Joana Silva 1 1 1 1 0,85 1 0,87

15 Jorge Sousa 1 1 1 1 0,85 1 0,87

16 Ligia Bessa 1 1 1 1 0,85 1 0,87

17 Mariana Santos 1 1 1 1 0,85 1 0,87

18 Marta Marques 1 1 1 1 0,85 1 0,87

19 Paula Martins 1 1 1 1 0,85 1 0,87

20 Ricardo Silva 2 1 1 1 1,00 1 1,00

21 Sara Pinheiro 1 1 1 1 0,85 1 0,87

22 Simão Leão 2 1 2 2 1,55 1 1,47

23 Tânia Assis 1 1 1 1 0,85 1 0,87

24 Tiago Leite 2 1 2 2 1,55 1 1,47

25 Tiago Santos 1 1 1 1 0,85 1 0,87

26 Tomé Rodrigues 1 1 2 2 1,40 1 1,34

27 Valéria Alves 1 1 1 1 0,85 1 0,87

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Nível Posição base

1 O aluno não assume uma posição base nem uma colocação equilibrada

relativamente ao terreno de jogo

2 O aluno mantém uma posição base com os joelhos ligeiramente fletidos e com o MI

direito avançado.

3 O aluno mantém uma posição base e coloca-se equilibradamente relativamente ao

terreno de jogo

Nível Deslocamentos

1 O aluno não executa deslocamentos.

2 O aluno executa deslocamentos (à frente, à retaguarda, laterais e passo caçado) com

dificuldade.

3 O aluno desloca-se com oportunidade, conseguindo o posicionamento correto dos

apoios, antecipando-se à queda do volante.

Nível Execução dos batimentos (“Clear”, “Lob”, “amorti”)

1 O aluno não consegue acertar no volante ou falha pouco depois de iniciar.

2 O aluno executa os batimentos (“Clear”, “Lob”, “amorti”) com dificuldade.

3

O aluno esboça com intencionalidade os batimentos (“Clear”, “Lob”, “amortie”)

criando dificuldades ao opositor.

Nível Conhecimentos do regulamento e das técnicas de execução dos batimentos

1 O aluno não tem conhecimento do regulamento e das técnicas de execução dos

batimentos.

2 O aluno tem conhecimento do regulamento e das técnicas de execução dos

batimentos mas revela algumas dificuldades na sua aplicação.

3 O aluno tem conhecimento do regulamento e das técnicas de execução dos

batimentos e aplica-as.

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Com a avaliação diagnóstica da turma pretendemos alcançar uma visão

geral dos conhecimentos dos alunos relativamente ao Badminton, passando

essencialmente por duas das categorias transdisciplinares (habilidades

motoras e cultura desportiva). A partir da avaliação, foi atribuído um nível de

habilidade a cada aluno para posteriormente ser aplicada uma metodologia de

ensino devidamente adequada. Assim, a cada nível faz-se corresponder uma

etapa de aprendizagem que irá permitir ao aluno evoluir para um nível de

desempenho superior, isto é, para um nível de habilidade mais complexo.

Assim sendo, após a verificação da tabela acima pode-se concluir que esta

turma apresenta-se no nível 1.

Neste sentido foi possível constatar, que a turma não tem qualquer noção

da existência de vários batimentos e a forma como utilizá-los em jogo, por

forma a criar situações de dificuldade ao adversário. O que se verifica é uma

preocupação constante de acertar no volante, sem terem consciência em que

zona do campo é que ele vai cair, experimentando acertar-lhe da forma que dá

mais jeito sem nenhuma intenção tática. Por consequência, não existe jogo

curto/longo, sendo frequente o jogo “ à figura”.

O conhecimento dos alunos é reduzido, talvez pelo facto do pouco tempo

dedicado a esta modalidade em anos anteriores como também pela reduzida

formação dada aos professores no âmbito desta modalidade, que só

recentemente tem vindo a ser abordada de forma mais aprofundada na nossa

faculdade. Os alunos desconheciam os tipos de pega existente, os diferentes

batimentos, a necessidade de manter os pés em contacto com o solo na

realização do serviço e a diferente colocação dos apoios nos batimentos acima

da cabeça e abaixo da cintura. Sendo estes últimos utilizados em recurso, pois

preferencialmente efetuavam batimentos acima da cabeça.

Tendo em conta o nível apresentado pode-se seguir uma sequência no

decurso da aprendizagem, determinada pelos comportamentos motores

inerentes aos momentos do jogo. Tendo em conta que a motivação dos alunos

é um aspeto fundamental, a realização de situações jogadas é a forma mais

indicada para alcançar o sucesso.

Ao longo das aulas será minha intenção criar situações para que os

alunos possam melhorar os aspetos técnicos individuais, de modo a

resolverem da melhor forma possível as situações que o jogo proporciona.

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Essa melhoria deverá ser sempre acompanhada por um aumento da

capacidade de dar respostas adequadas no contexto do jogo, isto é, da

melhoria ao nível tático.

Por isso, o jogo é utilizado como meio fundamental para a aprendizagem

dos procedimentos específicos do Badminton, pois as situações criadas

durante o mesmo geram a necessidade de aquisição de novos conhecimentos,

que permitirão seguramente uma evolução mais rápida e eficaz da qualidade

de jogo.

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4. - EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS

4.1. - EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS PARA A

TURMA DO 9º C

4.2 - JUSTIFICAÇÃO DA EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DE

CONTEÚDOS DE ATLETISMO

4.3. – ALTERAÇÕES DA EXTENSÃO E SEQUÊNCIA DOS

CONTEÚDOS

4.4. – JUSTIFICAÇÃO DA ALTERAÇÃO

Módulo 4

- FASE DE DECISÃO -

“No módulo 4, sua tarefa é desenvolver uma extensão e sequência, que conduzirá os seus

alunos ou atletas através de experiências de aprendizagem planeadas até ao fim de uma

unidade (…) esta é uma fase em que o professor necessita de tomar as decisões finais sobre

o que vai ensinar aos seus alunos a fazer durante um determinado período de tempo.

Joan N. Vickers

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4. Módulo IV - Extensão e sequência dos conteúdos

A Unidade Didática de Badminton será então formulada tendo em conta a

caracterização da turma, o número de alunos; o número de aulas disponíveis;

as características comportamentais dos alunos, e as competências a

desenvolver previstas na planificação anual do grupo de Educação Física.

Entendo que a seleção dos conteúdos, tendo em conta todos estes

constrangimentos, não poderá ser muito ambiciosa. Contudo, estará sempre

sujeita a alterações mediante a própria evolução dos alunos ou o aparecimento

de novas situações que alterem as condições existentes neste momento.

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Legenda: I/I (tipologia da tarefa/função didática) – informação/introdução; E/E – extensão/exercitação; R/E – Refinamento/exercitação; A/E – aplicação/exercitação

Nível 1 Aulas/Espaços

N.C. N.C. Espaço 1 Espaço 1 N.C. N.C.

Conteúdos 1 2 3 4 5 6 7 8

Habilidades motoras

Posição base

1

x1

Ava

liaçã

o d

iagn

óst

ica

I/I 1x0

E/E 1x1

(cooperação)(C)

R/E 1x1 (C)

A/E 1x1 (o)

1x1

A

valia

ção

Su

mat

iva

Pega da raquete

Deslocamentos

Serviço Curto

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C)

E/E 1x1

(cooperação)

R/E 1x1

Sequências

A/E 1x1

(oposição)

Longo

I/I 1x1 (C)

Lob I/I 1x1 (C)

E/E 1x1 (C) Clear

Amorti

I/I 1x1 (C)

Encosto

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C) R/E 1x1

Sequências

Cultura desportiva

Caracterização da modalidade e regulamento Objetivo do jogo

Terreno de jogo Regra do

volante dentro e fora

Sistema de pontuação

Faltas na rede

Todo o regulamento anterior

Terminologia específica O aluno aplica a terminologia das ações motoras (por exemplo: lob, clear, serviço, etc.)

Condição Física

Capacidades Condicionais

O aluno corre durante 8 minutos, um percurso estabelecido, mantendo o ritmo (resistência).

O aluno realiza, a situação pretendida, no menor tempo possível sem perda de eficácia.

O aluno realiza, a situação estabelecida, com a amplitude adequada.

Força

Superior 2x15

Média 2x20

Inferior 2x20

Capacidades Coordenativas Ao longo das aulas, nos exercícios propostos, serão desenvolvidas as capacidades de reação, orientação espacial, coordenação óculo-manual.

Conceitos Psicossociais

Cooperação O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do exercício

Respeito O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na aula

Responsabilidade/autonomia O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa

Empenho O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso

Rotinas de segurança Volante e Raquete na mão, enquanto a professora realiza a instrução; regra dos 3’; arrumar o material que não está a ser utilizado.

Materiais Raquetes, Volantes, elástico, postes.

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Justificação da Extensão e Sequência dos conteúdos

A unidade didática em questão foi elaborada segundo o modelo de J.

Vickers (1987) que sustenta um trabalho educacional a quatro níveis:

habilidades motoras, cultura desportiva, condição física e conceitos

psicossociais. Deste modo, os objetivos a atingir nesta unidade didática

obedecem a estas quatro áreas.

Por seu turno, os conteúdos designados vão de acordo com o

planeamento anual concebido pelo grupo de Educação Física da Escola

Secundária I3 de Paços de Ferreira.

Assim sendo, a presente Unidade Didática sustenta-se no Modelo

Instrucional de Ensino do Desporto: o Modelo Desenvolvimental da Tarefa.

Este modelo pressupõe a construção de tarefas de informação (I), extensão (E)

refinamento (R) e aplicação (A) (Rink, 1996). Desta forma, as tarefas

apresentadas são realizadas em contextos variáveis em que o grau de

complexidade é constantemente manipulado. No sentido, de completar esta

informação, estará presente a função didática de cada conteúdo, sendo estas a

introdução (I), exercitação (E) e consolidação (C).

Deste modo, em toda a unidade tentaremos estabelecer uma lógica de

jogo sequencial, com a introdução de batimentos que permitam a existência de

jogo. Assim sendo, o primeiro aspeto importante a referir é que as ações

técnicas serão alvo de exercitação em situação de jogo (1x1 (cooperação(c)) e

1x1 (oposição(o)) e através de sequências de gestos técnicos que obrigue os

alunos a pensar e analisar as trajetórias do volante. Isto é, as tarefas pedidas

terão como objetivo o desenvolvimento da capacidade técnica em contexto

tático. Para além das sequências podemos ainda condicionar o jogo, levando-

os a exercitar aquilo em que têm mais dificuldade.

Assim, paralelamente estaremos a trabalhar e a refinar as várias

componentes técnicas e, exercitar os aspetos táticos mais importantes do jogo

de Badminton, como por exemplo a alternância do jogo curto/longo, a

recuperação da posição base e evitar jogar à figura.

Por consequência, é necessário que os alunos saibam que todas as

execuções técnicas que realizam são fruto de uma intenção tática. Ou seja, o

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grande objetivo que pretendemos criar nos alunos é que estes pensem a jogar

e sejam imprevisíveis durante o jogo. Para tal, criamos estratégias em que esta

imprevisibilidade seja estimulada. Evitar jogar a figura e jogar para zonas de

difícil acesso são noções que um aluno deve ter para jogar bem, com eficiência

e eficácia. Após esta intenção, é necessário que a habilidade técnica esteja

refinada.

Neste sentido, inicialmente, na 2ª aula, serão introduzidos os conteúdos

referentes à posição base, pega da raquete e deslocamentos, existindo a

exercitação destes até à 5ª aula. Quanto à tipologia das tarefas, na aula 2 são

tarefas de informação 1x0, na aula 3 de extensão 1x1 (c), na aula 4 de

refinamento, em que se utiliza a mesma situação de aprendizagem da aula

anterior, no entanto tendo em conta a melhoria da eficiência e eficácia, ou seja,

o refinamento da habilidade. Por fim, na aula 5 será a aplicação,1x1 (o), do que

foi aprendido.

No que concerne aos batimentos, estes serão introduzidos segundo a

lógica de sequência da trajetória do volante, já referenciado anteriormente.

Assim, na aula 3 serão introduzidos o serviço curto, lob e clear e por isso a

tipologia da tarefa é de informação. Na aula 4 e 5 são tarefas de extensão,

assim sendo a situação de 1x1 (c) é transversal às três aulas, diferenciando os

objetivos comportamentais e componentes criticas. Por conseguinte, na aula 6

existe o refinamento dos batimentos através de sequências e a sua aplicação

na aula 7, no jogo 1x1 (o).

Seguidamente, na aula 4 introduz-se o serviço longo e o amorti aplicando

tarefas de informação 1x1 (c). Nas aulas 5, 6 e 7 dirigem-se respetivamente

tarefas de extensão, refinamento e aplicação.

O último batimento a ser introduzido na aula 5, em resposta ao amorti é o

encosto, através de tarefas de informação e nas duas aulas seguintes (6 e 7)

as tarefas apresentadas são de extensão e refinamento, não existindo tempo

para a sua aplicação.

Assim, tendo em conta o número limitado de aulas e o nível apresentado

pela turma, não será possível consolidar os conteúdos pois seria necessário ter

mais aulas para que fosse possível atingir esse objetivo. Contudo, serão

criadas aulas motivantes onde será exequível encadear os diferentes

batimentos que serão abordados ao longo das aulas. Teremos a preocupação

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de partir de sequências muito simples com dois ou três batimentos para

posteriormente apresentar aos alunos sequências mais complexas (com mais

de três tipos de batimentos).

No que diz respeito à avaliação diagnóstica e sumativa, esta será realizada

em situação de jogo 1x1 (o).

Em relação à Cultura Desportiva, existirá um especial enfoque na

transmissão de informação à turma acerca de todo um conjunto de aspetos

referentes ao objetivo do jogo, terreno de jogo, regra do volante dentro e fora,

sistema de pontuação e faltas na rede. Bem como, a terminologia específica

decorrente das tarefas propostas, por exemplo serviço curto, lob, clear, amorti,

etc).

O trabalho de desenvolvimento da condição física terá particular foco nas

capacidades de força superior 2x15, média 2x20, inferior 2x20, assim como na

resistência (8 minutos), velocidade, flexibilidade, coordenação óculo-manual,

capacidade de reação e orientação espacial, implícitas à modalidade.

No que concerne aos conceitos psicossociais, procura-se

fundamentalmente que os alunos aprendam e demonstrem cooperação,

respeito, responsabilidade/autonomia e empenho, pois serão aspetos que

estarão presentes constantemente nas aulas.

Todos os objetivos enunciados, em cada uma das três categorias, serão

transversais a todas as aulas com o intuito de desenvolver um ser completo.

Por último, as rotinas de segurança presentes na aula serão a regra do

volante e raquete na mão, enquanto a professora realiza a instrução, regra dos

3’ e arrumar o material que não está a ser utilizado. Quanto ao material que

estará presente habitualmente nas aulas serão as raquetes, volantes, elástico e

os postes.

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Nível 1 Aulas/Espaços

N.C. N.C. Espaço 1 Espaço 1 N.C. Espaço 1

Conteúdos 1 2 3 4 5 6 7 8

Habilidades motoras

Posição base

1x1

A

valia

ção

dia

gnó

stic

a

I/I 1x0

E/E 1x1

(cooperação)(C)

R/E 1x1 (C)

A/E 1x1 (0)

1x1

A

valia

ção

Su

mat

iva

Pega da raquete

Deslocamentos

Serviço Curto

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C) E/E 1x1 (C)

R/E Sequências

A/E (1x1) (o)

Longo

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C)

Lob I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C) E/E 1x1 (C) R/E 1x1 Sequências

A/E 1x1 (oposição) Clear

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C)

Amorti

I/I 1x1 (C) E/E 1x1 (C)

Cultura desportiva

Caracterização da modalidade e regulamento Objetivo do jogo

Terreno de jogo Regra do

volante dentro e fora

Sistema de pontuação

Faltas na rede

Todo o regulamento

anterior

Terminologia específica O aluno aplica a terminologia das ações motoras (por exemplo: lob, clear, serviço, etc.)

Condição Física

Capacidades Condicionais

O aluno corre durante 8 minutos, um percurso estabelecido, mantendo o ritmo (resistência).

O aluno realiza, a situação pretendida, no menor tempo possível sem perda de eficácia.

O aluno realiza, a situação estabelecida, com a amplitude adequada.

Força

Superior 2x15

Média 2x20

Inferior 2x20

Capacidades Coordenativas Ao longo das aulas, nos exercícios propostos, serão desenvolvidas as capacidades de reação, orientação espacial, coordenação óculo-manual.

Conceitos Psicossociais

Cooperação O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os objetivos do exercício

Respeito O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais utilizados na aula

Responsabilidade/autonomia O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua supervisão ativa

Empenho O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e compromisso

Rotinas de segurança Volante e Raquete na mão, enquanto a professora realiza a instrução; regra dos 3’; arrumar o material que não está a ser utilizado.

Materiais Raquetes, Volantes, elástico, postes.

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Alteração da Extensão e Sequência dos Conteúdos

Alteração 1: Optei por introduzir o clear na quarta aula, e consequentemente

adiar a introdução dos restantes conteúdos, uma vez que constatei que os

alunos ainda não tinham entendido, na sua plenitude, os conteúdos abordados

anteriormente, não querendo assim, avançar a fase de aprendizagem.

Alteração 2: Retirei o encosto da UD pois o número de aulas disponíveis

não será suficiente, devido à alteração anterior. Assim como, as

dificuldades apresentadas não permitem que seja introduzido este

batimento, sem que os anteriores sejam bem compreendidos.

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5. - DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS DE ENSINO

5.1. - HABILIDADES MOTORAS

5.2. – CULTURA DESPORTIVA

5.3. - CONDIÇÃO FÍSICA

5.4. - CONCEITOS PSICOSSOCIAIS

Módulo 5

“Objectivos descrevem o que o professor entende que pode ser ensinado e o que os seus alunos podem

realizar, dada a matéria e as limitações presentes no ambiente de aprendizagem (…) os objectivos só

podem ser definidos após conhecimento da matéria, o conhecimento do ambiente de ensino, o

conhecimento dos alunos, e as decisões sobre a extensão e sequência da matéria.”

Joan N. Vickers

- FASE DE DECISÃO -

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5. Módulo V - Definição de objetivos

No sentido de manter a coerência nos objetivos delineados é necessário

ter em consideração quer o programa da disciplina e as competências definidas

pela área disciplinar para o ano em questão, quer o desempenho inicial

(avaliação diagnóstica) demonstrado pelos alunos na primeira aula da unidade.

Estes objetivos sendo por um lado metas a atingir, servem também de

referência à ação quer do professor quer dos alunos no decorrer do processo

de ensino e aprendizagem. Os objetivos a alcançar contemplam sobretudo e de

forma mais explícita os tradicionais e específicos objetivos da Educação Física

no âmbito das quatro categorias transdisciplinares do Modelo de Estrutura de

Conhecimentos: Habilidades Motoras, Cultura Desportiva, Fisiologia do Treino,

e Conceitos Psicossociais.

Habilidades motoras

Pega Direita - segurar a raquete pelo cabo, com a palma da mão a

encaixar na face reta mais pequena. O polegar e indicador formam um

“V”, abraçando o cabo da raquete com os dedos. Após segurar a

raquete, o polegar situa-se entre o indicador e o dedo médio.

Pega Esquerda - segurar a raquete pelo cabo e realizando um pequeno

ajuste da pega de direita, onde o polegar assenta na face mais larga.

Deslocamentos - Movimentar – se ao longo do campo de forma rápida,

voltando sempre à posição base

Posição Básica - movimentos para a frente, deslocar-se em passo

caçado, se necessário mais que um passo, terminando sempre com o

MI direito à frente; - nos movimentos para trás, deslocar-se em passo

cassado, colocando o pé direito atrás e depois realizando o avanço

deste, juntamente com uma rotação do tronco. O regresso à posição

base é em corrida normal.

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Serviço curto - Colocar um dos apoios à frente, com o peso do corpo

sobre o apoio de trás; segurar o volante entre o polegar e o indicador

com o M.S. fletido; puxar atrás o M.S. executor (semi-fletido) de forma a

bater no volante à frente e abaixo do nível da bacia, num movimento

contínuo; promover uma trajetória do volante baixa e tensa.

Serviço longo - colocar um dos apoios à frente, com o peso do corpo

sobre o apoio de trás; segurar o volante entre o polegar e o indicador

com o M.S. fletido; puxar atrás o M.S. executor (semi-fletido) de forma a

bater no volante à frente e abaixo do nível da bacia, num movimento

contínuo e com uma trajetória alta e em profundidade

Amorti - contactar o volante com o MS executor acima do nível da

cabeça no ponto mais alto, em que o batimento é feito à frente do corpo

com rotação do tronco, sendo a trajetória baixa e junto a rede, caindo no

chão antes da linha de serviço.

Clear - contactar o volante com o MS executor acima do nível da cabeça

no ponto mais alto, em que o batimento é feito à frente do corpo com

rotação do tronco e com trajetória alta e em profundidade.

Lob - avançar um dos M.I; executar o batimento no volante

energicamente à frente do corpo e abaixo do nível da bacia, com flexão

do pulso e com uma trajetória tensa.

Encosto - avançar o MI direito (destros) e contactar o volante o mais

acima possível, junto à rede. A pega deve variar consoante a posição do

volante em relação ao corpo.

Jogo 1x1

É capaz de realizar os vários gestos técnicos (clear, lob, amorti, e

serviço) em função da intenção tática;

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Alterna jogo curto com jogo longo (lob, clear), tanto à direita como à

esquerda;

É capaz de retomar a posição base, ocupando sempre o espaço da

forma mais racional possível;

Reconhece o posicionamento do adversário e coloca o volante para os

espaços vazios e para as zonas de difícil acesso;

Alterna o serviço curto com longo, tornando o seu jogo mais

imprevisível.

Sequência - O aluno deve realizar com sucesso as sequências pedidas,

colocando em prática os conteúdos aprendidos anteriormente.

Cultura desportiva

O aluno conhece o objetivo do jogo, terreno de jogo, volante dentro e

fora, sistema de pontuação.

O aluno conhece e aplica o vocabulário específico da modalidade

presente nas aulas (ex: lob, amorti, serviço, etc).

Conheça as regras a cumprir na execução do serviço: deve ser cruzado,

tem de cair atrás da linha do serviço, deve ser executado abaixo do nível

da anca e os pés não se devem levantar ou impulsionar como meio de

imprimir maior força à pancada;

Saiba que qualquer toque na rede é falta, assim como jogar o volante no

campo do adversário – sem deixar que a trajetória descendente termine;

Saiba que é proibido invadir o campo adversário.

Fisiologia e Condição Física

O aluno desenvolve a resistência mantendo-se em constante movimento

durante as situações de aprendizagem propostas.

O aluno realiza com correção, em exercícios de treino, com volume e

intensidade definidas pela professora, exercícios de força superior,

média e inferior.

O aluno desenvolve a coordenação dinâmica geral através das

situações de aprendizagem da modalidade.

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O aluno desenvolve a velocidade de execução e de reação através dos

exercícios propostos em cada aula, quer em situações de aprendizagem

da modalidade, quer através do treino de condição física

O aluno desenvolve a capacidade condicional de flexibilidade para

realizar as ações motoras referentes a cada tarefa a uma amplitude

adequada.

O aluno pratica as capacidades coordenativas orientação espacial,

reação, coordenação óculo-manual interligando adequadamente as suas

ações durante a execução de exercícios propostos na aula.

Conceitos Psicossociais

O aluno colabora com os colegas de turma com o intuito de atingir os

objetivos do exercício.

O aluno revela respeito pelos colegas de turma, professora e materiais

utilizados na aula.

O aluno executa o que a professora propõe, com ou sem a sua

supervisão ativa.

O aluno realiza os exercícios propostos com o máximo empenho e

compromisso.

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6. – CONFIGURAÇÃO DA AVALIAÇÃO

Módulo 6

“A avaliação apresenta-se como um processo de obtenção de informação, de

formulação de juízos e de tomada de decisões seja qual for a perspectiva que

adoptarmos” (Pacheco, 2001, p.129)

- FASE DE DECISÃO -

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6. Módulo VI - Configuração da Avaliação

A avaliação é uma ação contínua, indispensável ao processo de ensino e

aprendizagem. É através dela que se determina o progresso dos alunos para,

consequentemente, se reformularem as estratégias. Assim, em cada

modalidade, é essencial o planeamento de três momentos de avaliação, sendo

eles a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa.

Avaliação Diagnóstica

É o primeiro momento de avaliação. O Professor serve-se dele para

averiguar e registar em que nível de aprendizagem se encontra a turma numa

determinada matéria. É a partir desta avaliação que se faz todo o trabalho de

planeamento das aulas. Com base nos seus resultados podemos ter uma ideia

mais lúcida acerca das capacidades da turma, onde podem os alunos chegar, e

das dificuldades mais presentes.

Avaliação Formativa

Este momento de avaliação aparece durante todo o processo. Podemos

dizer que se trata de uma contínua recolha de dados sobre a prestação dos

alunos que vai auxiliar na regulação de todo o planeamento inicial. Esta recolha

é que nos vai mostrar claramente o estado de evolução na aprendizagem dos

alunos e indicar a necessidade de modificar, ou não, as estratégias inicialmente

definidas.

Avaliação Sumativa

É o momento mais formal de avaliação realizado no final da unidade

temática. Esta avaliação fornece dados relativos ao nível de aprendizagem e

respetiva evolução dos alunos, demonstrando ainda se foram capazes de

alcançar os objetivos propostos.

No que diz respeito à avaliação, na Escola Secundária de Paços de

Ferreira, a área disciplinar de Educação Física estabelece uma divisão dos

critérios de avaliação para o 3º ciclo em dois grandes grupos: Conhecimentos e

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Competências (70%) e Atitudes e Valores (30%). Relativamente ao primeiro,

este divide-se em Domínio Cognitivo (10%) e Domínio Psicomotor (60%). No

que respeita às Atitudes e Valores há que salientar que neste ciclo a sua

percentagem de importância é superior à do secundário, visto que os alunos se

encontram num período de desenvolvimento essencial para a aquisição de

valores como responsabilidade, empenho e autonomia. Outro dado relevante

prende-se com o facto dos alunos com atestado médico impeditivo da prática

de Educação Física, serem avaliados em 70% no domínio cognitivo e 30% nas

Atitudes e Valores. É ainda dever do professor desta disciplina exigir uma

correta aplicação dos conhecimentos em Língua Portuguesa nos trabalhos

escritos e orais.

Relativamente à avaliação sumativa da modalidade de Badminton será

utilizada uma ficha ligeiramente diferente da avaliação diagnóstica. Para além

disso, a escala a utilizar passa de 3 a 5 critérios, uma vez que existe a

necessidade de atribuir uma nota e não de determinar um nível. De seguida

apresenta-se a ficha de avaliação sumativa a utilizar na modalidade de

Badminton, acompanhada dos critérios de avaliação de cada um dos conteúdo.

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Parâmetros a observar

AVALIAÇÃO SUMATIVA DE BADMINTON

N.º NOME

Técnica (40%)

Tática(40%) Identifica as

regras básicas de jogo (10%)

Empenho (10%)

Total Final Serviço (10%)

Deslocamentos (10%)

Batimentos (20%) Total

Clear Lob Amorti

1 Adelino Pinheiro

4 5 3 4 5 4,2 3 3 5 4,1

2 Ana Ribeiro 3 3 3 3 4 3,2 3 3 4 3,2

3 Ana Barbosa 3 3 3 3 4 3,2 3 3 4 3,2

4 Beatriz Álvaro 4 5 3 4 4 4,0 3 3 5 4,0

5 Beatriz Silva 3 3 3 4 4 3,4 3 3 4 3,3

6 Carla Neto 3 3 3 3 4 3,2 3 3 4 3,2

7 Carlos Mota 4 4 3 4 4 3,8 3 3 5 3,9

8 César Meireles 3

9 Cláudia Matos 3 3 3 3 4 3,2 3 3 4 3,2

10 Diogo Rocha 4 5 4 5 5 4,6 4 3 5 4,6

11 Fernando

Sousa 4 4 3 3 4 3,6 3 3 5 3,8

12 Helena Mendes 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

13 Henrique Machado

4 4 3 4 4 3,8 3 3 5 3,9

14 Joana Silva 4 3 3 3 4 3,4 3 3 5 3,4

15 Jorge Sousa 4 4 3 3 4 3,6 3 3 4 3,7

16 Ligia Bessa 3 3 3 3 4 3,2 3 3 4 3,2

17 Mariana Santos 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

18 Marta Marques 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

19 Paula Martins 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

20 Ricardo Silva 4 4 3 4 4 3,8 4 3 4 3,8

21 Sara Pinheiro 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

22 Simão Leão 4 5 4 5 5 4,6 4 3 5 4,6

23 Tânia Assis 3 3 3 3 4 3,2 3 3 5 3,3

24 Tiago Leite 4 5 3 4 5 4,2 4 3 5 4,5

25 Tiago Santos 4 4 3 4 4 3,8 3 3 4 3,8

26 Tomé

Rodrigues 4 4 3 4 4 3,8 3 3 4 3,8

27 Valéria Alves 3 4 3 3 4 3,4 3 3 4 3,3

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Com esta avaliação, pretendi verificar a evolução dos alunos nas

execuções técnicas e táticas, contudo, o objetivo fundamental não será a

execução rigorosa dos mesmos, pois tenho noção que o tempo disponível para

esta modalidade não foi o suficiente para atingir um grande nível na execução

das habilidades, mas sim a sua aplicação no jogo 1x1.

É possível constatar que apesar de todos os constrangimentos, todos os

alunos revelaram nesta avaliação final, o desempenho e evolução

desenvolvidos ao longo das aulas. Todos os alunos têm classificações

positivas, o que significa que grande parte dos objetivos comportamentais foi

adquirida por todos os alunos.

De uma forma geral, pude verificar uma evolução significativa relativo ao

serviço, uma vez que a maioria dos alunos não tinha consciência da energia

aplicar aquando o contacto com o volante. Assim como, aos batimentos abaixo

da cintura e utilização do jogo curto/longo, uma vez que nas primeiras aulas os

alunos não empregavam ou quando o faziam era com enormes dificuldades.

Foi notório a tomada de consciência por parte dos alunos dos variados

batimentos existentes na modalidade de badminton, assim como a utilidade

destes durante o jogo.

Em suma, o desempenho dos alunos foi positivo ao longo desta unidade

didática, sendo reflexo disso as classificações obtidas.

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Critérios de RegistoHabilidades Motoras

Lob

NÍVEL 5

O aluno: Colocar o pé correspondente ao lado da mão da raquete à frente Bater de modo explosivo, à frente do corpo e abaixo da cintura Fazer um movimento de chicotada ao nível do pulso Imprimir ao volante uma trajetória ascendente, alta e profunda, para que o volante caia perto da linha de fundo do campo adversário

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

Serviço

NÍVEL 5

O aluno: Colocar-se de lado, com o ombro e o pé contrário à mão da raqueta voltados diagonalmente para o adversário Colocar o pé contrário à mão da raqueta à frente, com o peso do corpo sobre o membro inferior da retaguarda Bater o volante com o movimento contínuo da raqueta Colocar o volante para lá da linha de serviço do adversário

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

Deslocamentos

NÍVEL 5

O aluno: Fletir ligeiramente os MI Pés afastados, sensivelmente à largura dos ombros, com um apoio mais avançado Tronco ligeiramente inclinado à frente Olhar dirigido para o volante

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

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Clear

NÍVEL 5

O aluno: Rodar os ombros e os MI Bater de modo explosivo, por cima e à frente da cabeça, com extensão final do membro superior Bloquear o pulso e a rotação do tronco no momento final do batimento Imprimir ao volante uma trajetória alta e longa de modo que caia perto da linha final do campo adversário

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

Encosto

NÍVEL 5

O aluno:

Colocar o pé direito à frente (jogadores destros)

Bater o volante à frente do corpo e cabeça da raquete na perpendicular da trajetória do

volante

A partir da extensão para a frente do MS, bloquear o volante servindo da velocidade que este trás Colocar o volante junto da rede

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

Amorti

NÍVEL 5

O aluno: Rodar os ombros e os MI; Bater por cima e à frente da cabeça; Estender o MS, acompanhado de uma desaceleração no final do movimento; Imprimir ao volante uma trajetória descendente de modo que caia perto da rede

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

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Alteração 1: O encosto não foi lecionado e por isso não vai ser alvo de

avaliação. Contudo, mantem-se a percentagem atribuída aos batimentos.

Tática

NÍVEL 5

O aluno: Envia o volante para o campo adversário Utiliza o jogo curto/longo Retomar a posição base, ocupando sempre o espaço da forma mais racional possível Reconhece o posicionamento do adversário e coloca o volante para os espaços vazios e para as zonas de difícil acesso

NÍVEL 4 O aluno realiza três dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 3 O aluno realiza dois dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 2 O aluno realiza um dos comportamentos acima referidos.

NÍVEL 1 O aluno não realiza nenhum dos comportamentos acima referidos.

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7. – PROGRESSÕES DE ENSINO

Módulo 7

A possibilidade de diferentes soluções serem equacionadas para a realização das ações motoras

exige que a progressão integre, não só, a articulação vertical (as tarefas integram variantes de nível

de dificuldade distinto) como, também, a articulação horizontal (as tarefas selecionadas integram

variantes com níveis de dificuldade semelhante). (Graça & Mesquita, 2009, p.54)

- FASE DE DECISÃO -

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7. Módulo VII – Desenho de Atividades de Aprendizagem/Criação de

Progressões de Ensino

Uma das habilidades pedagógicas essenciais do professor é a

capacidade em quebrar o conteúdo e sequenciá-lo em experiências de

aprendizagem apropriadas, estabelecendo progressões com base nos seus

objetivos instrucionais, no seu conhecimento do conteúdo, na sua capacidade

para o analisar e na avaliação das necessidades dos estudantes em relação a

este, levando a que progridam de um nível de performance para outro.

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Pega da raquete/manipulação do volante

Tarefa Exercício Critérios de Êxito In

form

ação

Exercícios com uma raquete e um volante.

Atirar o volante ao ar, agarrar a raquete do chão e controlar o volante com a raquete sem o deixar cair

Bater o volante para o ar com toques baixos.

Mão envolve o cabo da raquete; Entre o dedo indicador e o polegar forma-se um “v”.

Exte

ns

ão

Exercícios com uma raquete e um volante.

Bater o volante para o ar com toques baixos e altos

Os batimentos devem ser executados com a frente e costas da raquete.

Refi

nam

en

to Exercícios com uma raquete e um volante.

Bater o volante da direita para a esquerda do corpo, de forma a fazê-lo passar em arco por cima da cabeça.

Batimentos de direita e de esquerda, passando por debaixo da rede e o volante por cima.

Ap

licaç

ão

Exercícios em dupla com uma raquete e um volante.

Em dupla, frente a frente e em movimentos, os alunos realizam batimentos altos e batimentos curtos entre si.

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Batimentos

Tarefa Exercício Critérios de Êxito In

form

ação

Duas raquetes e um volante para dois alunos

Um aluno efetua o serviço, e o outro recebe com pequenos toques até conseguir controlar o volante.

Um aluno efetua o serviço e o outro devolve com o batimento.

Serviço: Bate o volante abaixo da cintura e com o pé contrário ao lado de batimento avançado Clear: Roda os ombros e as pernas; Flete o braço que tem a raqueta com a mão ao nível da nuca; Bate de modo explosivo, por cima e à frente da cabeça, com

Exte

ns

ão

Em grupos de 3, um aluno está na linha de serviço, e os outros 2 alunos, encontram-se em fila no fundo do campo. Após o serviço, um dos alunos entra no campo e devolve o volante, com batimento de direita ou de esquerda. Depois da realização de 2 batimentos, volta para o fundo da fila e espera novamente pela sua vez.

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Refi

nam

en

to

Jogo 1x1 Cooperação Pretende-se com este jogo, que os alunos consigam cooperar entre si. O jogo inicia-se com um serviço devendo respeitar a seguinte sequência:

1. Serviço Longo (SL) – Clear - … 2. Serviço Curto (SC) – Encosto – Encosto - … 3. SL – Amorti – Lob - … 4. SL – Amorti – Encosto – Lob - … 5. SL – Clear – Amorti – Lob -… 6. SL – Amorti – Encosto – Encosto – Lob - … 7. SL – Amort – Lob – Amorti – Encosto – Lob - …

extensão final do braço; Roda o tronco acompanhando o movimento, bloqueia o pulso no final do batimento.

Lob: Coloca o pé do lado do batimento avançado, bate de forma explosiva à frente e abaixo da cintura, faz movimento de chicotada com o pulso. Encosto: Avançar para a rede afundando em último lugar com o pé direito, raquete à frente do corpo; pega relaxada e empurra o volante contactando-o mais alto possível relativamente ao solo e ao topo da rede. Amorti: Rodar os ombros e as pernas, bate o volante por cima e à frente da cabeça; Estende o braço mantendo a mão em extensão; Imprime uma trajetória descendente e lenta.

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Ap

licaç

ão

Jogo 1x1 oposição Pretende-se com este jogo, que os alunos consigam disputar um jogo entre si. O jogo inicia-se com um serviço por baixo (curto ou longo) terminando ao sinal do professor. Deve utilizar sempre que possível, os batimentos exercitados na aula.

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8. – APLICAÇÃO

Módulo 8

“No Modelo de Estrutura do Conhecimento, o módulo 8 é o culminar de todo o processo e

consiste na aplicação dos módulos de 1 a 7 nos vários tipos de planeamento, tais como os

planos de aula e os planos de unidade temática”.

Joan N. Vickers

- FASE DE APLICAÇÃO -

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8. Módulo VIII – Aplicação

Existem várias formas de organizar o conhecimento adquirido e

identificado até aqui. Este último módulo alberga os “veículos” para a aplicação

do ensino, materializando na prática todas as informações que se revestem de

grande importância para o processo de ensino – aprendizagem. Esta

organização pode ser consultada no Portefólio Digital da Estudante Estagiária e

está patente nos seguintes documentos:

a. Planos de aula;

b. Planos de Unidades Didáticas;

c. Documentos Relativos à Avaliação;

d. Documentos de apoio às aulas;

e. Planeamento Anual de Atividades.

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Bibliografia

Azevedo, A. Batista, P. Rêgo, L. (2004) Em movimento - 3º ciclo

do ensino básico – 7º/8º/9º anos. Edições ASA

Correia, L. (1997) Educação física e desportiva no ensino

secundário 10º ano. Porto Editora

Hernández, M. (1995). Iniciacion al Badminton. Madrid: Gymnos

Editorial

Mesquita, I. (2000): A Pedagogia do Treino – A formação em jogos

desportivos colectivos. Lisboa. Livros Horizonte.

Pais, S. Romão, P. (2004) Educação física 7º/8º/9º anos. Porto

editora

Quinaz, L. (1986). Badminton: a criança e o jogo. Rev. Horizonte,

III (13): Dossier I - XII.

Quinaz, L. (1986). Badminton: o jogo de singulares. Rev.

Horizonte, III (15): 103- 105.

Vickers, J. (1989). Instructional Design for Teaching Physical

Activities. Human Kinetics Books. Champaign, Illinois.