Modelo de Gestao Estrategica de Sst
-
Author
anonymous-fgup5h2a -
Category
Documents
-
view
264 -
download
4
Embed Size (px)
Transcript of Modelo de Gestao Estrategica de Sst

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 1/161
ARMANDO AUGUSTO MARTINS CAMPOS
MODELO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOTRABALHO
Dissertação apresentada ao Curso deMestrado em Sistemas de Gestão daUniversidade Federal Fluminense comorequisito parcial para obtenção do Grau deMestre em Sistemas de Gestão. Área deconcentração: Sistema de Gestão emSegurança no Trabalho.
Orientador:
Gílson Brito Alves Lima, D.Sc.
Niterói2004

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 2/161
ARMANDO AUGUSTO MARTINS CAMPOS
MODELO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOTRABALHO
Dissertação apresentada ao Curso deMestrado em Sistemas de Gestão daUniversidade Federal Fluminense comorequisito parcial para obtenção do Grau de
Mestre em Sistemas de Gestão. Área deconcentração: Sistema de Gestão emSegurança no Trabalho.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________Prof. Gílson Brito Alves de Lima, D. Sc.
Universidade Federal Fluminense
____________________________________________Prof. Fernando Toledo Ferraz, D. Sc.
Universidade Federal Fluminense
_________________________________________Profa. Maria Egle, D. Sc.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 3/161
Dedico este trabalho
A Deus pela minha vida e minha fé
A semente de tudo, o meu Pai (in memorian), que é eterno em mim. À minha mãe que me
protege nesta vida e que me disse ser possível chegar até aqui, e as minhas irmãs Socorro e
Célia que não medem esforços em me ver feliz.
Ao meu Tio Adolpho que é um segundo pai, fundamental para que eu fosse até o fim nesta
caminhada.
Ao meu filho Daniel, meu tudinho, meu amor .
A Wirna e ao Jorginho que me alegram nesta vida
A Ruth Montenegro minha esposa, que suportou minha ansiedade, minhas reclamações, e que
com seu carinho e seus toques tem me feito um homem melhor.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 4/161
AGRADECIMENTOS
A Gílson Brito Alves de Lima, meu orientador e aliado, que confiou em mim.
Ao Engenheiro Francisco Alves da CETREL que foi o grande facilitador deste estudo.
Aos amigos Aguinaldo Bizzo, Sérgio Gianneto, Marcelo Kós Silveira Campos, Antonio
Carlos de Souza, José Rodrigues, Milton Perez, Roberto Pinto,Alexandre Gusmão, Líria
Pereira, que me incentivaram a ir em frente
A F. Gulin que apostou nesta idéia e assinou o Contrato.
Aos meus professores do Mestrado da Universidade Federal Fluminense, do LATEC –
Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente que tornaram mais fácil
esta caminhada
Aos meus colegas de Mestrado que construíram uma bela família e quase não vi o tempo
passar.
Aquelas pessoas aqui não citadas, mas que fizeram parte do meu aprendizado.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 5/161
RESUMO
Este estudo tem por objetivo discutir se os requisitos para certificação de um sistema degestão de segurança e saúde ocupacional são suficientes para atender as reais necessidades de
uma organização, bem como propor um modelo alternativo estratégico para esta gestão. Para
isto foram analisados requisitos de outros sistemas de gestão de segurança e saúde
reconhecidos e de ferramentas que associem e comuniquem medidas estratégicas. Neste
aspecto é apresentado um estudo de caso de uma empresa de Proteção Ambiental, que permite
verificar a aplicação e o enfoque dado à um Sistema com base na Série de Avaliação de
Segurança e Saúde Ocupacional - OHSAS 18001, as boas práticas, um grau de disseminaçãoe continuidade sistêmica. Como aspectos conclusivos estão o de que as necessidades reais
precisam de outras referências, sem que isto implique em se desviar do escopo original. Em
relação ao modelo estratégico proposto, a estrutura apresentada é sistêmica de suporte aos
requisitos de gestão, buscando a visualização das estratégias usadas, com o desdobramento de
suas ações gerenciais na abordagem macro ambiental dos mapas estratégicos.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 6/161
ABSTRACT
This study intends to discuss whether the requirements for the certification of a health andsafety management system under the OHSAS 18001 are enough to meet the real needs of an
organiization, as well as to propose an alternative to this way of management. To do this,
requirements from other well known health and safety management systems were studied
together with tools that are related to and communicate strategic measures. A case study of a
company from the environmental protection sector is presented, making it possible to assess
the aplication and the focus given to a system based on the OHSAS 18001 standard series for
health and safety evaluation, good management practices, a good level of safety culturedissimination and systemic continuity. It is possible to conclude from the study that the
organization’s real needs should be complemented with other references, without loosing
sight of the original scope. The proposed strategic system has a structure that supports the
implementation of the referenced standard’s requirements, allowing for the understanding of
the strategies used, deploying the management actions into strategy maps.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 7/161
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Pressões para a prática de SSO nas empresas 26
Figura 2 Objetivo do sistema de gestão 35
Figura 3 O processo interativo para gestão do risco. 38
Figura 4 Utilizando o Balanced Scorecard como uma estrutura estratégica para a
ação. 40
Figura 5 Mapa Estratégico 41
Figura 6 Elementos da BS 8.800 47
Figura 7 Elementos da Norma UNE 81.900 51Figura 8 Norma UNE 81.901 53
Figura 9 Elementos da OHSAS 18.001 55
Figura 10 Elementos das Diretrizes ILO – OSH 59
Figura 11 Fluxo da pesquisa 65
Figura 12 Organograma da CETREL 67
Figura 13 Visão Empresarial da CETREL 68
Figura 14 Modelo de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional daCETREL 85
Figura 15 Etapas de Avaliação de Riscos 95
Figura 16 Sistemática de Certificação do PCH 103
Figura 17 Sistemática de questionamento das partes interessadas: Meio Ambiente
e SSO 106
Figura 18 Atividades/ Ações do Sistema Integrado de Gestão 123
Figura 19 Teia de perigos 130Figura 20 Controles da UNE 81900 135
Figura 21 Modelo Proposto para o Mapa Estratégico do Sistema de Gestão de
SSO 144

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 8/161
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Leis de Segurança e Saúde no mundo 17Quadro 2 Leis de Segurança e Saúde no Brasil 18Quadro 3 Empresas Certificadas OHSAS 18.001 20Quadro 4 Evolução da SST no Brasil 22Quadro 5 Relacionamento das hipóteses com as questões - chave 30Quadro 6 Estágios do Atuação Responsável 44Quadro 7 Requisitos para Indústria Química 45Quadro 8 Série de Normas UNE 81.900 48Quadro 9 Norma UNE 81.900 49Quadro 10 Normas da Série UNE 81.900 50
Quadro 11 AS 4.801 56Quadro 12 CETREL: Sistemas de Proteção Ambiental 69Quadro 13 Referências de Pólos Petroquímicos Integrados 70Quadro 14 Composição Acionária CETREL 71Quadro 15 Necessidade dos Clientes CETREL 78Quadro 16 Política de Segurança e Saúde Ocupacional da CETREL 89Quadro 17 Missão da CETREL 91Quadro 18 Visão da CETREL 91Quadro 19 Princípios Éticos da CETREL 91Quadro 20 Crenças e Valores da CETREL 92Quadro 21 Grau de disseminação e continuidade da Política de SSO da CETREL 93
Quadro 22 Ciclo de Controle e Aprendizado da Política de SSO da CETREL 94Quadro 23 Matriz de identificação de Perigos/Análise de Riscos 96Quadro 24 Verificação e Cumprimento da Liquidação de SSO 98Quadro 25 Documentos/Procedimentos Corporativos SSO 100Quadro 26 Matriz de Responsabilidades e Autoridades 101Quadro 27 Documentação do Sistema de Gestão, Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional 108Quadro 28 Procedimentos em Situações Emergências 112Quadro 29 Ação para Identificação de Perigo 129Quadro 30 Conteúdo para formação de auditores de SST 137Quadro 31 Interfaces das Normas de Gestão de Segurança e Saúde 139

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 9/161
LISTA DE ABREVIATURAS
ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria QuímicaABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABPA Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes
ACGIH American Conference of Governmental Industrial Higienysts
AENOR Asociación Española de Normalización y Certificación
ASQ Assessoria da Qualidade
BS British Standard
BSI British Standards Institution
BVQI BVQI do Brasil Sociedade Certificadora Ltda
CID Classificação Internacional de Doenças
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
COELBA Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia
COFIC Comitê de Fomento Industrial de Camaçari
CSN Companhia Siderúrgica Nacional
CST Companhia Siderúrgica de Tubarão
DDS Diálogo Diário de Segurança
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
ETE Estação de Tratamento de Efluentes
EX Experimental
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
IGSSO Índice de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional
IN Instrução Normativa
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
INSS Instituto Nacional do Seguro SocialISO International Organization for Standardization
JIPM Japan Institute of Plant Maintenance
NBR Norma Brasileira
NC Não-conformidades
NR Norma Regulamentadora
OHSAS Occupational Health and Safety Assessement Series
OIT Organização Internacional do Trabalho
PAE Programa de Atendimento a Emergências
PCA Programa de Conservação Auditiva

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 10/161
PCEP Programa de Controle de Energia Perigosa
PCH Plano de Carreira por Habilidades e Competências
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PDCA Planejar – Executar – Checar - Atuar
PNQ Prêmio Nacional da Qualidade
PPR Programa de Proteção Respiratória
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
RAIS Relatório Anual de Informações Sociais
RH Recursos Humanos
SAI Social Accountability International
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SGI Time de Gerenciamento da Informação
SIG Sistema Integrado de GestãoSGQ Sistema de Gestão De Qualidade
SGSSO Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional
SGSST Sistema de Gestão Segurança e Saúde no Trabalho
SINDAE Sindicato de Águas e Esgotos do Estado da Bahia
SSO Segurança e Saúde Ocupacional
SST Segurança e Saúde no Trabalho
TLV Threshold Limit Values
TPM Gerenciamento da Produtividade Total
UNE União Européia

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 11/161
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 151.1 O PROBLEMA DA PESQUISA 15
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA 23
1.3 OBJETIVO DO ESTUDO 27
1.3.1 Objetivo Geral 27
1.3.2 Objetivos Específicos 27
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 28
1.5 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO 291.6 QUESTÕES DA PESQUISA 29
1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO 31
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 33
2.1 ASPECTOS DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO 33
2.1.1 Definição de Sistema 35
2.1.2 Gestão de segurança e saúde ocupacional 37
2.2 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÈGICA 38
2.3 SISTEMAS DE GESTÃO 42
2.3.1 Atuação responsável - ABIQUIM 42
2.3.2 BS 8.880/1996 45
2.3.3 Série de normas UNE 81.900/1996 47
2.3.4 OHSAS 18.001/1999 54
2.3.5 AS 4801:2000 Occupational Health and Safety Management Systems –
Specification with Guidance for Use – Standards Autraslia 55
2.3.6 OHSAS 18.002: 2000 57
2.3.7 Diretrizes sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no
Trabalho – ILO - OSH/2001 58
3 METODOLOGIA 62
3.1 MÉTODO DE PESQUISA 62
3.1.1 Adequação aos objetivos da pesquisa 62
3.1.2 Seleção do estudo de caso 64
3.1.3 Fluxo da pesquisa 65

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 12/161
4 ESTUDO DE CASO - MODELO DE GESTÃO: CETREL S/A 66
4.1 CETREL S/A: PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 66
4.1.1 Descrição básica da organização 68
4.1.1.1 Principais grupos de serviços da CETREL. 68
4.1.1.2 Localização 69
4.1.1.3 Porte e instalações 69
4.2.1.4 Dimensão dos sistemas 70
4.1.1.5 Receita Bruta 71
4.1.1.6 Composição acionária. 71
4.1.1.7 Principais mercados. 72
4.1.1.8 Perfil da força de trabalho da CETREL 724.1.1.9 Tipos de clientes 73
4.1.1.10 Requisitos especiais de segurança 73
4.1.1.11 Principais equipamentos e instalações 74
4.1.1.12 Principais tecnologias 74
4.1.1.13 Principais Processos 75
4.1.1.14 Caracterização da região onde a CETREL está instalada 76
4.1.1.15 Infra-estrutura da região 764.1.1.16 Principais Prêmios de SSO 77
4.1.2 Necessidades dos clientes 77
4.1.3 Relacionamentos com fornecedores 78
4.1.4 Atuação – aspectos relevantes 79
4.1.4.1 Situação no ramo perante a concorrência 79
4.1.4.2 Quantidade e tipos de concorrentes 80
4.1.4.3 Principais estratégias e planos de ação perante a concorrência 804.1.5 Outros aspectos importantes 81
4.1.5.1 Principais desafios para entrada em novos mercados 81
4.1.5.2 Alianças estratégicas 81
4.1.5.3 Introdução de novas tecnologias 82
4.1.5.4 Engenharia ambiental 82
4.2 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
OCUPACIONAL – SGSSO 83

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 13/161
4.2.1 Elementos do sistema de gestão de segurança, higiene e saúde
ocupacional –SGSSO 84
4.2.1.1 Diagnóstico inicial. 84
4.2.1.2 Requisitos gerais 85
4.2.1.2.1 Programas legais e acordos coletivos 86
4.2.1.3 Política de segurança e saúde ocupacional 88
4.2.1.3.1 Ciclo de controle e aprendizado 93
4.2.1.4 Planejamento 94
4.2.1.4.1 Planejamento para identificação de perigos e avaliação de controles de
risco 94
4.2.1.4.2 Requisitos legais e outros requisitos 97
4.2.1.4.3 Objetivos e metas de segurança / higiene / saúde ocupacional 99
4.2.1.4.4 Programa de gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional - PGSSO 99
4.2.1.5 Implementação e operação 101
4.2.1.5.1 Estrutura e responsabilidade 101
4.2.1.5.2 Treinamento, conscientização e competência 102
4.2.1.5.3 Consulta e comunicação 104
4.2.1.5.4 Documentação/controle de documentos 107
4.2.1.5.5 Controle operacional 109
4.2.1.5.6 Preparação e atendimento a emergências 111
4.2.1.6 Verificação e ação corretiva 113
4.2.1.6.1 Monitoramento e mensuração do desempenho 113
4.2.1.6.2 Acidentes, incidentes, não-conformidades e ações corretivas e preventivas 115
4.2.1.6.3 Registros e gestão de registros de SSO 117
4.2.1.6.4 Auditorias 118 4.2.1.7 Análise crítica pela administração 121
4.2.1.7.1 Relatório de análise crítica 121
4.2.1.7.2 Implementação das oportunidades de melhorias 122
4.2.1.7.3 Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado: 122
4.3 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO - SIG 122
4.3.1 Objetivos 122
4.3.2 Gerenciamento da produtividade total - TPM 123
5 AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ESTUDO DE CASO 125

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 14/161
5.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 125
5.2 O SGSSO DA CETREL – ANÁLISE CRÍTICA 125
5.3 CONTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE SEGURANÇA E
SAÚDE OCUPACIONAL
127
5.3.1 Política 127
5.3.2 Planejamento 127
5.3.2.1 Identificação de perigos e avaliações de riscos 128
5.3.2.2 Programa de gestão 128
5.3.2.3 Gestão de mudanças 130
5.3.2.4 Contratações 131
5.3.3 Implementação e operação 1325.3.3.1 Controle operacional 132
5.3.3.1.1 Aquisições 132
5.3.3.1.2 Importância dos controles 133
5.3.3.1.3 Identificação de perigos, avaliação de riscos e controle dos riscos 136
5.3.4 Verificação e ação corretiva 136
5.3.4.1 Auditoria 136
5.3.5 Análise crítica 1395.4 DIAGNÓSTICO DO ESTUDO DE CASO 148
6 CONCLUSÃO 148
6.1 ANÁLISES CONCLUSIVAS 148
6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS QUESTÕES FORMULADAS 149
6.3 SUGESTÕES DE TRABALHO FUTURO 152
REFERÊNCIAS 154
GLOSSÁRIO 160

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 15/161
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 O PROBLEMA DA PESQUISA
As empresas estão organizadas ao redor de processos de produção (de bens, serviços ou
ambos) procurando obter resultados que, em última instância, produzem sua sobrevivência e
prosperidade.
No que se refere a Sobrevivência sabemos que desde o início da década de 50 que osConsultores apontam que 80% dos problemas empresariais não poderiam ser corrigidos pela
Administração Gerencial. A Administração Gerencial não opera os processos internos nem a
entrada de dinheiro, isto inclui a Segurança e Saúde no Trabalho.
Nas palavras do Dr. W. Edwards Deming1, (1986 apud HARRINGTON, 1993) “Eu estimo,
baseado em minha experiência, que a maioria dos problemas e das possibilidades de
aperfeiçoamento tem a origem no sistema (processo) numa proporção de 94% contra 6%oriundos de causas especiais”.
Pode-se dizer que processos são o diferencial entre empresas, pois são o âmago de qualquer
organização. Além do processo principal, que pode ser, por exemplo, a linha de montagem de
geladeiras, é fácil compreender que existem vários “sub” processos que são necessários para o
bom andamento do processo “principal”, tais como o processo de montagem dos
componentes, a pintura, compra de peças, assistência técnica, etc. A Segurança e Saúde
permeia todos os processos, desde o principal até o menor “sub” processo.
Observa-se de forma mais acurada as inúmeras atividades que podem estar contidas em um
processo produtivo qualquer, permite verificar que elas, em sua maioria, para serem
executadas, dependem, entre outras coisas, de pessoas, equipamentos, normas, procedimentos,
registros e instruções, todas com implicações diretas sobre a Gestão de Segurança e Saúde no
Trabalho destas organizações.
1 W. Edwards Deming estatístico americano, especialista em Controle da Qualidade.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 16/161
16
As atividades estão interligadas à que a procedeu e àquela que lhe sucederá no processo em
questão. Assim podemos dizer, então que cada atividade é influenciada pelos resultados das
atividades que a procederam e que ela, por sua vez, gera resultados que influenciam as
atividades seguintes.
Diante desta perspectiva fica fácil entender o conceito de “clientes internos”: eles são as
pessoas para as quais são destinados os resultados das atividades que existem dentro de um
processo que está sendo gerenciado. Assim para que possam interagir com as atividades
precisam ser competentes, ou seja, terem o conhecimento, as habilidades e principalmente
valores requeridos para manter a qualidade e produtividade.
Sabidamente não existe processo 100% eficiente, portanto, todos podem produzir desvios,
retrabalho, incidentes, acidentes que, embora não desejados, também são resultados do
processo.
Só que durante muito tempo a Segurança e Saúde ficou à margem deste processo, “assistindo”
a tudo acontecer pela ausência de vários fatores, tais como, de uma legislação Segurança e
Saúde; de um cliente mais ágil, mais inflexível e menos tolerante; uma ação sindicalexpressiva; definição de competências necessárias para a execução das atividades; proteção de
máquinas; os acionistas considerarem este segmento nas suas estratégias para obter vantagens
competitivas; trabalhadores com bom nível de cultura e educação; etc.
Para um melhor entendimento é necessário que verifiquemos o que aconteceu no passado.
Bird (1991) cita o livro “Liderança em Segurança” de James Findlay e de Raymond Kuhlman, para tratar da evolução das Leis oferecendo a seguinte perspectiva histórica, que mostra o
desenvolvimento legal relacionado com a segurança:
Lei Babilônica
Na antiga Babilônia o Código de Hamurabi prescrevia castigo aos capatazes pelas
lesões que sofreram os trabalhadores. Por exemplo: Se um trabalhador perdia um braço
devido à descuido ou negligência do capataz, o procedimento era cortar o braço do
capataz, para equiparar a perda do trabalhador
A Primeira Lei de Fábricas da Inglaterra, editada em 1802, estabeleceu normas gerais
sobre calefação, iluminação, ventilação e horários de trabalho. Sua finalidade principal
foi deter o abuso excessivo do uso de crianças que eram levadas para trabalhar nas

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 17/161
17
Lei Inglesa
fábricas têxteis dos distritos. Foi um esforço pioneiro, mas foi mal interpretada e
ignorada pelos administradores das fábricas, os inspetores e os juízes, devido
principalmente a intervenção de pessoas influentes da época. Ao longo dos anos vieram
legislações mais restritivas, em relação a riscos específicos (tais como a Lei deExplosivos de 1875) e a de riscos gerais a Lei de Segurança e Saúde de 1974)
Lei Alemã
Neste país as Leis de Segurança foram influenciadas por razões políticas, para deter o
aumento do comunismo na Alemanha Imperial na década de 1880, para responder a
crescente insatisfação dos trabalhadores frente as condições de risco dos ambientes de
trabalho. Assim o Governo introduziu a primeira Lei de compensação dos trabalhadores
no mundo. Os industriais alemãs, desconfortáveis pelas ameaças dos escritos de Karl
Marx, apoiaram essa Lei. Ao fazê-lo fizeram história pois foi uma das primeiras
preocupações que se tem registrado por parte de executivos, no que se refere a colocar a
segurança do trabalho como vital para o êxito dos negócios.
Lei Norte Americana
Nos Estados Unidos as primeiras Leis começaram em 1887 em Massachussetts, com a
criação dos Inspetores de fábricas, estabeleceram horários de trabalho, e os requisitos
de proteção de máquinas.
A promulgação de Leis em vários estados americanos motivou um Congresso de
Segurança em 1912, com o patrocínio da Associação de Engenheiros Elétricos, do
Ferro e do Aço. Em 1913 foi criado o Conselho Nacional de Segurança, que tem
contribuído significativamente na investigação e promoção da segurança.
Em 1970 foi criada a Lei de Segurança e Saúde Ocupacional
Em 1972 foi criada a Lei de Segurança de Produtos ao Consumidor
Em 1976 foi criada a Lei de Controle de Substâncias Tóxicas
Em 1977 foi criada a Lei de Segurança e Saúde de Minas
Quadro 1 - Leis de Segurança e Saúde no mundoFonte: Adaptado de Bird (1991, p. 1- 4)
Pelo Quadro 1 verifica-se que a evolução da legislação de SSO sempre esteve atrelada à
pressões dos trabalhadores e da sociedade.
A situação ao longo dos tempos foi sempre preocupante, isto está claro, na afirmação
“Estatísticas demonstram que os números de mortes por acidentes em 1912 eram duas vezes
maiores que aqueles do ano de 1983 nos Estados Unidos e que os índices por morte
relacionados com veículos eram quatro vezes maiores” (BIRD, 1991, p.1 ).
No Brasil a situação não é diferente, inclusive tivemos um caso típico que foi a construção, no
estado do Acre, da estrada de ferro Madeira – Mamoré, onde vieram trabalhadores de várias partes do mundo (árabes, russos, espanhóis, cubanos, ..). Esta estrada teve os seus últimos

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 18/161
18
metros de trilho assentados em abril de 1912, seu porte só é comparável à construção do
Canal do Panamá, o lado triste desta história é que dos 30.000 (trinta mil) operários recrutados
foram a óbito 6.000 (seis mil), não é à toa que a Madeira – Mamoré ganhou o apelido de
Ferrovia do Diabo.
Em nosso país a Industrialização começou por volta de 1930, ganhando fôlego na década de
50, onde começamos a vivenciar um grande número de acidentes, principalmente na década
de 70, onde a média anual chegou a 1.575.566 acidentes e 3604 óbitos, resultados
extremamente preocupantes.
Em 1919, surge a primeira Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, ela exige reparação em caso de “moléstiacontraída exclusivamente pelo exercício do trabalho”.
Em 1934, surge a segunda Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, ela reconhece como acidente do Trabalho adoença profissional atípica.
Em 1944, surge a terceira Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, determina que as empresas com mais de 100funcionários devem constituir uma comissão interna para representá-los, a fim de estimular o interesse pelasquestões de prevenção de acidentes.
Em 1967, surge a quarta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, através do Decreto – Lei 293, de 28 defevereiro, que teve curta duração, porque foi totalmente revogada pela Lei 5316, de 14 de setembro. Transfere oseguro acidentes do trabalho do setor privado para a esfera específica da Previdência Social.
Em 1967, surge a quinta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, de número 5316, que restringiu o conceito dedoença do trabalho, excluindo as doenças degenerativas e as inerentes a grupos etários.
Em 1976, surge a sexta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, deixando sem proteção especial contraacidentes do trabalho o empregado doméstico e os presidiários que exercem trabalho não remunerado. Alémdisso, a Lei identifica a doenças profissional e a doença do trabalho como expressões sinônimas, equiparando-asao acidente do trabalho.
Em 1977, surge a sétima Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, através da Lei 6514, de 22 de dezembro, quealtera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e medicina doTrabalho.
Em 1978, a Portaria 3.214, de 8 de junho, introduz as Normas Regulamentadoras, sendo inicialmente em númerode 28, que passam a fazer parte do capítulo V do Título II da CLT. Atualmente foram introduzidas mais duas NR, a que se refere à “Segurança e Saúde do Trabalho Portuário” (NR 29 - 1997) e a “Segurança e Saúde noTrabalho Aquaviário” (NR 30 - 2003).Quadro 2 - Leis de Segurança e Saúde no BrasilFonte: Adaptado de Campos (2004,,p. 18 - 20).
Pelo Quadro 2 observa-se que no Brasil a evolução da SST foi mais demorada, existem
grandes intervalos entre uma legislação e outra, sendo que a Lei 6.514 surge no momento em
que o país tinha elevados índices de acidentes (final da década de 70').
As estatísticas de acidentes no Brasil são informadas pelo Ministério da Previdência Social,

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 19/161
19
mais especificamente pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), elas não retratam a
realidade, pois muitos acidentes não são notificados e também porque não contemplam
acidentes ocorridos com trabalhadores informais, servidores públicos, e de contribuintes
autônomos e Cooperados. “Relativamente a questão acidentária, foram registrados em 1996
cerca de 372.000 acidentes de trabalho e 3.700 óbitos. Foram computados nos últimos 25
anos, os números são de 30 milhões de acidentes e mais de 100.000 mortes” (PONTES, 1997,
p. 204).
Considerando que o ano de 1996, foi um marco em termos de Sistemas de Gestão de SSO,
pois foram publicadas: a BS 8.800 (bastante difundida no Brasil); a UNE 81.900, que
serviram como referencial para diversas organizações, as estatísticas para o período estão noQuadro 3.
Tabela 1 - Estatística de Acidentes no Brasil de 1970 a 2003Acidentes Total de
Anos Típico Trajeto Doenças Óbitos Acidentes
1997 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343
1998 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341
1999 326.404 37.513 23.903 3.896 387.820
2000 304.963 39.300 19.605 3.094 363.868
2001 282.965 38.799 18.487 2.753 340.251
2002 323.879 46.881 22.311 2.968 393.071
2003 319.903 49.069 21.208 2.582 390.180
Total Geral 2.253.334 284.889 172.651 22.555 2.710.874
Média 321.904,85 40.698,42 24.664,42 3.222,14 387.267,71
Fonte: Revista Proteção (2004, p.18)
Podemos perceber que no Quadro 3 as estatísticas da Previdência Social tiveram uma quedasignificativa no período pós sistemas de gestão de SSO, só que não se pode atribuir a estes
tais resultados, até porque pela pesquisa realizada na Revista Proteção no início deste ano, só
219 (duzentas e dezenove) empresas foram certificadas na OHSAS 18001, o que pode ser
visto no Quadro 4, o que é muito pouco para o universo das empresas brasileiras. A linha mais
direta de raciocínio é a da não emissão da CAT ou da sub-notificação de acidentes de trabalho
das empresas (devido a estas duas causas o INSS está alterando a metodologia para a CID);
das ações do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP do Governo
brasileiro para baixar em 40% o número de acidentes fatais até 2003; do rigor da fiscalização
dos Auditores Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego e da Legislação uma vez que

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 20/161
20
neste período nas alterações das Normas Regulamentadoras foram criados vários “programas”
(PPRA = prevenção de riscos ambientais; PCMSO = controle médico de saúde ocupacional,
PCMAT = das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção) que
acabam sendo sub-sistemas de gestão de SSO. Além do que pelo dimensionamento dos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT
somente 1,7% (Fonte: RAIS) das empresas brasileiras possui um profissional de segurança
(Técnico em Segurança do Trabalho).
O número de empresas instaladas no Brasil com certificação com base na OHSAS 18.001 está
apresentada no Quadro 3.
Item Certificadora Número de empresas
01 ABS Group Services do Brasil 26
02 BVQI do Brasil 108
03 DNV – Det Norske Veritas Certif. Ltda 48
04 FCAV – Fundação Carlos Alberto Vanzolini 19
05 LRQA- Lloyd’s Register Q. A . 16
06 SGS ICS Certificadora Ltda 01
07 DQS do Brasil 01
Total 219
Quadro 3 - Empresas Certificadas OHSAS 18.001Fonte: Anuário Brasileiro de Proteção (2004, p. 8)
Pode-se observar no Quadro 4 que o número de empresas certificadas em Gestão de SSO não
é expressivo, para o universo de empresas existentes no Brasil. Este número só não é real
porque a DQS Brasil e a SGS ICS Certificadora Ltda não enviaram a relação completa das
empresas que elas certificaram.
Diante do exposto o que leva qualquer nação a preparar e implantar uma Legislação sobre e
Segurança e Saúde no Trabalho, são: razões políticas; pressões de sindicatos e comunidades;
processos de globalização, dentre outros fatores.
No entanto os acidentes continuam ocorrendo em todo lugar e começa ganhar corpo no final
dos anos 80, a idéia de que na “na sociedade do conhecimento que se está constituindo vamos
procurar ter cada vez mais informações” (FIALDINI JR., 1996, p. 29).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 21/161
21
No que se refere ao termo, Fialdini Jr diz, “Informação é, às vezes, confundida com fatos,
fornecimento de dados, conhecimento, inteligência, esclarecimento, argumentos, etc. Em
Cibernética, informação é fator qualitativo que designa a posição de um sistema,
eventualmente transmissível a outro sistema” (1996, p. 29 e 30).
Na realidade “As empresas são criadas com base no pressuposto da continuidade; seu foco
está nas operações”.(KAPLAN apud FOSTER, 2002, p. 24).
A gestão de qualquer sistema existe para a manutenção dos processos, para que eles
funcionem de acordo com o que foi planejado, assim na performance podemos ter resultados
melhores, mais eficientes ou resultados aquém das metas estabelecidas, neste caso identificaras variáveis que estão gerando estas distorções. A gestão possibilita uma troca expressiva de
informações, de todas as etapas do processo, quanto mais refinadas e “verdadeiras” melhor
será a vantagem obtida. Isto ampliado para as informações geradas pelas partes interessadas,
que se forem de qualidade, possibilitam sinergismo para que o resultado final seja alcançado.
A captação de informações dependendo de como usamos, pode nos espantar e até amedrontar,
pois ela pode vir do auto-conhecimento ou de sabermos onde encontrar “informações” a seurespeito (conhecimento). Em termos de Segurança e Saúde a história mostra várias situações
em que as informações são manipuladas e outras são verdadeiras, o que aprendemos com
isto?, por que as ações só ocorrem depois de um evento não desejado?.
Numa exemplificação quanto ao uso da manipulação da informação de forma unilateral, pode
ser observado com o comentário de Aguayo sobre o acidente do Exxon Valdez:
Depois que o Exxon Valdez encalhou e derramou milhares de litros de petróleo aolargo da Costa do Alasca, a Exxon e o país encontraram um bode expiatório já pronto no Capitão do Exxon Valdez, porque ele tinha álcool no sangue no dia após oacidente. Nós adoramos bodes expiatórios. Mas segundo minha perspectiva, oacidente se deveu a causas comuns, e estas são de responsabilidade daadministração. (AGUAYO, 1993, p.164).
Neste acidente ninguém comentou sobre dois pontos cruciais, primeiro do rigoroso programa
de administração por objetivos, estabelecendo salário segundo o mérito e gratificações para os
capitães e tripulações que pudessem reduzir o tamanho de sua tripulação. Segundo que aExxon evitava o casco duplo em seus navios.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 22/161
22
A partir de 1967, Frank Bird Jr. introduz o perfil do Controle de Perdas nas Companhias de
Seguros Norte americanas como uma forma de gerenciar melhor a questão das perdas (danos
ao patrimônio, lesões em pessoas, danos ao meio ambiente, perdas de processo), que vai
permear no mundo por toda a década de 70 com algumas organizações utilizando-a até os
nossos dias, inclusive no Brasil.
Na Espanha a AENOR quando aborda o assunto informa que:
Estudos realizados em alguns países da Europa Ocidental, indicam que o custo totaldos incidentes, acidentes de trabalho, e doenças ocupacionais, se situamaproximadamente entre 5% e 10% dos benefícios brutos de todas as Empresas deum país. Entretanto os custos não segurados dos acidentes, importam entre 8 a 36vezes os custos dos segurados. Portanto, além das razões éticas e legais, existemimportantes razões econômicas para reduzir os acidentes de trabalho (apudASOCIACIÓN 81900, 1996, p. 4).
Devido a esta pressão a partir da metade da década de 90 começam a surgir os Sistemas de
Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, todos voluntários e que hoje são reconhecidos a
nível nacional e internacional, e que serão objeto do Capítulo 2, deste trabalho.
A implementação de SGSSO permeia várias versões, uma delas é
O efeito positivo resultante da introdução dos sistemas de gestão de segurança esaúde no trabalho (SST) no nível da organização, tanto a respeito da redução dos perigos e os riscos como a produtividade, é agora reconhecido pelos governos, osempregadores e os trabalhadores. (ILO – OSH, 2001, p. 2).
Além do que a UNE 81900, Norma Espanhola de 1996, já nasceu com o compromisso de
compartilhar os mesmos princípios das normas série UNE – EN ISO 9000 (qualidade) e UNE
77 – 801 – 94 (ambiental), ou seja, complementar para alcançar os objetivos da gestão.
Assim sendo podemos resumir a evolução da segurança e saúde no Brasil, no Quadro 4.
PERÍODO ATUAÇÃO RESPONSABILIDADE
DE NÍVEL
ATITUDE DA
GESTÃO
VISÃO
1919 - 1968 Inspeção Operacional Reativa/
Corretiva
Pontual
1969 - 1977 Controle de Perdas Operacional Corretiva/Preventiva
Pontual

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 23/161
23
continuaçãoPERÍODO ATUAÇÃO RESPONSABILIDADE
DE NÍVEL
ATITUDE DA
GESTÃO
VISÃO
1978 - 1995 Normas
Regulamentadoras
Tático Compulsória/
Preventiva
Sistêmica
Fechada
1996 - 2004 Sistemas de
Gestão de SST
Estratégico Compulsória/
Preditiva
Sistêmica
Contingencial
Quadro 4 - Evolução da SST no BrasilFonte: Campos; Campos (2004, p.26)
Pode-se observar no quadro 5 que durante algum tempo a segurança e saúde ficou reativa e
pontual, somente com o surgimento do Controle de Perdas surge uma forma nova de observar
o contexto, atuando de forma preventiva, que se amplia com a entrada em vigor da alteraçãodo Capítulo V, da CLT, que torna compulsória a Segurança e Saúde do Trabalhador, inclusive
com multas para os requisitos da Legislação. Somente com os Sistemas de Gestão visualiza-se
a questão “extra-muro” de forma sistêmica e contingencial.
1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA
No Brasil apesar de termos Leis Trabalhistas e Previdenciárias rigorosas é comum
percebermos que na grande maioria das organizações estas ou não são reconhecidas ou são
reconhecidas, mas o atendimento aos requisitos deixa a desejar. Nossas estatísticas de
acidente e doenças não são confiáveis, tanto que até o governo através da Previdência Social
está alterando a metodologia para pagamento do Seguro Acidente de Trabalho, sai a
Comunicação de Acidentes de Trabalho – CAT e entra a Classificação Internacional de
Doenças – CID, ou seja, o Governo deixa de monitorar o “intra-muro” da empresa e passa a
monitorar do lado de fora, uma vez que a informação só existia se a organização emitisse a
CAT, agora não pela CID independe da vontade das organizações.
O Ministério da Previdência e Assistência Social desde a publicação do Decreto 3.048:
Regulamento da Previdência Social em 6 de maio de 1999 (com duas alterações, em 26 de
novembro de 2001 pelo Decreto 4032 e em 18 de novembro de 2003, com o Decreto 4882)
tem reforçado a questão das empresas gerenciarem seus riscos ocupacionais, este requisito
compulsório está no artigo 338, que ficou com o seguinte texto:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 24/161
24
A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por elagerados.
§ 1º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.
§ 2º Os médicos peritos da previdência social terão acesso aos ambientes detrabalho e a outros locais onde se encontrem os documentos referentes ao controlemédico de saúde ocupacional, e aqueles que digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais, para verificar a eficácia das medidas adotadas pela empresa para a prevenção e controle das doenças ocupacionais.
§ 3o O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstraçõesambientais, incluindo-se as de monitoramento biológico, e dos controles internos daempresa relativos ao gerenciamento dos riscos ocupacionais , de modo a assegurar averacidade das informações prestadas pela empresa e constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS, bem como o cumprimento das obrigações
relativas ao acidente de trabalho.(NR). (2003, p. 187).
Assim sendo a Legislação Previdenciária do Brasil permite que os Auditores Fiscais da
Previdência e Assistência Social passem a auditar as empresas verificando como elas estão
realizando a Gestão dos Riscos Ocupacionais nela gerados.
Segundo Cardella (1999, p. 49)
Toda organização é caracterizada por um complexo de padrões de comportamento,crenças e valores espirituais e materiais, transmitido coletivamente. Esse complexo,chamado Cultura Organizacional, é constituído pelas formas de expressão do gruposocial. Fazem parte da cultura a maneira de pensar e viver, usos, costumes, crenças,valores, atitudes, rituais, mitos, tabus, heróis, histórias, arte, formas decomportamento, hábitos, linguagem. Esses elementos são representativos da “visãodo mundo” ou do paradigma dominante na organização. A Cultura Organizacionalreflete a forma como as pessoas da organização respondem à estímulos. A Culturaorganizacional surge da necessidade de perpetuação. Para atingir esse objetivo, ogrupo adota um conjunto de premissas básicas que foram estabelecidas, descobertase desenvolvidas no processo de aprendizagem, solução de problemas, adaptaçãoexterna e integração interna. O lastro cultural próprio que o identifique é condição
básica para um grupo social sentir-se comunidade. Caso contrário, seria apenas um bando de gente, um conglomerado humano.
Nas atividades de rotina do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho Pacheco Jr. afirma: “Se observar as atividades do Setor de Segurança Medicina e
Higiene do Trabalho – SMHT no diário de uma organização, sob um foco restrito, percebe-se
que ela praticamente ocorre no âmbito interno, com poucos elementos externos afetando-a
diretamente” (2000, p. 19). Se bem que esta realidade vem sendo alterada, hoje vários
profissionais de segurança tem procurado outros caminhos alinhados com o negócio daempresa.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 25/161
25
O impacto disto na Segurança e Saúde no Trabalho é enorme, pois vários profissionais usam
o termo “aqui estamos apagando incêndio”, ou seja, estão “fazendo segurança”, sem planejar,
sem checar ou agir, não há ciclos de aprendizado. Isso se deve porque um grande número de
profissionais preocupa-se em reduzir os índices de acidentes / incidentes, fazendo com que
isso ocupe uma boa parte de sua jornada, desviando, portanto, o foco da Gestão de SST. Este
desconforto (negativo) ocorre um pouco pela repercussão que esses resultados impactam nas
partes interessadas (clientes, acionistas, governo, sindicatos, alta administração, fornecedores,
funcionários, terceiros e na Comunidade).
As pressões para a prática de SSO nas empresas vem de vários segmentos, sendo o governo o
maior impulsionador deste processo, no entanto temos ainda: os acionistas; a imprensa; oministério público; os sindicatos; a comunidade; os clientes; os terceiros.
Pode-se observar na Figura 1 a forma de como a CETREL S/A Empresa de Proteção
Ambiental considera as pressões para a prática de SSO nas empresas

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 26/161
26
Figura 1: Pressões para a prática de SSO nas empresasFonte: CETREL (2001, p. 17)
Na figura 1 estão os fatores externos e internos sob os quais a organização considera
pertinentes para a necessidade de SSO nas empresas.
Desta forma as empresas buscam uma alternativa para atender estas pressões e quase sempre
estruturam um modelo de Sistema de Gestão de SSO, seja ele voluntário ou certificável e
acabam por importar estes requisitos para atender o seu problema sem se preocupar em
verificar se existe sinergia entre eles. Os resultados vão acontecendo e percebe-se a medida
que se “roda” cada ciclo do PDCA, que vários ajustes precisam ser feitos.
Além disto dependendo de como a organização internaliza a SSO em relação a construção do
seu Mapa Estratégico, está pode ter maior ou menor espaço nos negócios.
Segundo Campos (apud CAMPOS, 2004, p. 16):

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 27/161
27
À medida em que as organizações vão amadurecendo sua gestão, passam a alinharas diferentes dimensões, procurando garantir que o maior número possível deatividades, normas internas, procedimentos operacionais, etc, incluam os requisitosdos sistemas de gestão que existam na empresa. A meta a atingir é a total integração – uma meta de melhoria contínua [...]
1.3 OBJETIVO DO ESTUDO
1.3.1 Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é discutir se os requisitos para certificação de um sistema de gestão
de segurança e saúde ocupacional são suficientes para atender as reais necessidades de uma
organização para o desenvolvimento de uma gestão eficaz de segurança, de forma que se
tenha, melhores condições de trabalho, melhor clima organizacional, que permita a melhoria
na performance profissional e na qualidade de vida dos trabalhadores, fatores que implicam
num desempenho superior.
1.3.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são:
•
A partir de um Estudo de Caso da empresa CETREL S/A que mantém um Sistema deGestão com base na OHSAS 18.001, estabelecer um modelo estratégico alternativo de
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, para facilitar sua implantação a
partir de seis modelos de referência reconhecidos internacionalmente.
• Realizar uma Análise Crítica do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional
da CETREL, com base no modelo consagrado dos Mapas Estratégicos
• Levantar elementos para a futura montagem de um modelo de implantação de sistema
de gestão de segurança e saúde ocupacional

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 28/161
28
1.4 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Este trabalho não tem a pretensão de esgotar o assunto, está delimitado às condições
operacionais e realidade da CETREL S/A, assim não pode ser estendido à outras organizações
que não tenham esse perfil. O assunto Gestão de Segurança e Saúde é muito amplo e ainda há
muito o que explorar.
Está baseado nos seis Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho:OHSAS 18.001
(OHSAS 18.002), BS 8.800; UNE 81.900; ILO – OSH/2001, Código de Segurança e Saúde
do Trabalhador – Atuação Responsável e AS 4.801 e limita-se a Unidade da CETREL S/A,localizada na Via Atlântica, km 9 – Pólo Petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia, no
Brasil.
Durante a pesquisa pode-se encontrar outros sistemas, tais como, o Draft Proposed Safety and
Health Program Rule da OSHA - Occupational Safety and Health Administration; e outros,
que poderiam ampliar ainda mais este horizonte, mas que tornariam o trabalho bastante
volumoso, foi levado em consideração que a abrangência proposta representa parcelasignificativa do universo dimensional.
O desafio de elaborar uma proposta de um modelo alternativo para Gestão de SST, em função
da realidade e das práticas exercidas no processo da CETREL, empresa que foi premiada com
o Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ, do ano de 1999, na Categoria Médias Empresas,
tendo então estímulos, práticas exemplares de gestão e a força do aprendizado com
compromisso das partes interessadas e de ter sido marcada por profundas mudanças nasformas de execução das suas atividades.
Espera-se com este estudo contribuir positivamente, para a melhoria dos sistemas de gestão de
segurança e saúde ocupacional nas organizações, de modo que a estratégia de sua implantação
deve observar todo o processso, inclusive o da integração com outros sistemas existentes, de
modo que os stakeholders (partes interessadas), saibam e entendam o que está sendo feito e
por que está sendo feito desta forma. Para isto a estratégia usada neste estudo foi uma
avaliação crítica no escopo de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde, através da
metodologia de mapas estratégicos, definidos por Kaplan e Norton (2004).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 29/161
29
1.5 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
A importância do estudo é contribuir para que os processos de implantação de um Sistema de
Gestão de SST tenham uma abrangência maior com um referencial que ao mesmo tempo
possibilite que se atenda as exigências da organização que o está implementando e não há
requisitos generalistas de um documento de certificação, que uma vez implantado (com a
certificação), deixa nos participantes a sensação de que – “será isto mesmo que
precisávamos?”, ou seja, acaba se contrapondo a origem da idéia e do resultado esperado.
Contribuindo com lacunas que em geral são tratadas como desvios mais adiante de forma
pontual.
A contribuição para futuras explorações está na possibilidade do resultado deste trabalho ser
considerado e utilizado por organizações que estejam verdadeiramente em busca de
implementar sistemas de gestão de SST que ao invés de “engessarem” o processo estejam
abertos para experiências que assumam o controle de suas situações problemas específicas,
dentro de um contexto só, onde se poça explorar todas as variáveis do processo e que o
possibilitem integrar a qualquer sistema da organização.
Considera-se como factível, a possibilidade do modelo de Gestão SST proposto, vir a ser
utilizado por outras organizações, uma vez que, o referencial é aplicável a qualquer tipo de
organização, desde que sejam estabelecidos os critérios de maturidade, abrangência e
profundidade, para definição de sua aplicabilidade.
1.6 QUESTÕES DA PESQUISA
Quando se trata de Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional existem dois tipos:
os voluntários e o certificável (OHSAS 18.001), dependendo da organização a escolha está
associada aos princípios, compromissos e liderança da Alta Administração e da
conscientização, formação e informação dos trabalhadores. A implantação do sistema tem
seus inconvenientes e dificuldades dentre elas pode-se citar: complexidade e burocracia

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 30/161
30
gerada no sistema; resistência à mudança e o convencimento dos Gerentes de Linha
(Gerentes, Chefes, Encarregados, Supervisores e Líderes).
Ao decidir sobre um sistema de gestão SST as organizações enfrentam dificuldades na
implementação de estratégias. Segundo Norton e Kaplan "As organizações hoje necessitam de
uma linguagem para a comunicação tanto da estratégia como dos processos e sistemas que
contribuem para a implementação da estratégia e que geram feedback sobre a estratégia. O
sucesso exige que a estratégia se transforme em tarefa cotidiana de todos" (2000, p. 13).
Assim todos os elementos do sistema devem ser parte integrante de uma cadeia lógica e estar
num referencial que Norton e Kaplan chamam de "Mapa Estratégico".
Os elementos apontados com base na fundamentação teórica, respeitada a ordem
metodológica, levam as seguintes premissas que direcionarão o presente trabalho:
• 1. Os requisitos de um Sistema de Gestão específico são suficientes para atender as
necessidades de uma Empresa em Segurança e Saúde
• 2. A partir de um modelo de gestão de segurança e saúde ocupacional é possívelmelhorar a implementação da estratégia.
Para as hipóteses descritas a seguir, forma elaboradas questões - chave que buscam direcionar
e/ou esclarecer o problema.
Hipóteses Questões - Chave
• Os requisitos de um Sistema de Gestão
específico são suficientes para atender as
necessidades de uma Empresa em Segurança e
Saúde
Questão 1: Por que mesmo com os requisitos da
OHSAS 18001 implantados, as organizações
continuam procurando soluções para seus problemas?
Questão 2? Dentre os Sistemas de Gestão de Segurança
e Saúde analisados, algum deles possui estes
requisitos?
• A partir de um modelo de gestão de segurança
e saúde ocupacional é possível melhorar a
implementação da estratégia
Questão 1: Como o modelo de Gestão de SSO do
Estudo de Caso pode ter sua construção focalizada na
estratégia?
Questão 2: Como o atendimento à clientes em suas
instalações podem influenciar neste modelo?
Quadro 5 - Relacionamento das hipóteses com as questões - chave

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 31/161
31
No Quadro 5 estão formuladas as questões-chaves que irão nortear este estudo
1.7 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO
O estudo foi desenvolvido em seis capítulos, no qual este primeiro aborda o histórico da
situação dos acidentes no mundo e no Brasil, relatando o foco das organizações e o processo
da evolução da indústria, como fator gerador deste desequilíbrio social, até as técnicas e os
sistemas de gestão como proposta de mudança deste Status Quo. Menciona ainda a forma
como foi desenvolvido o estudo, suas hipóteses, delimitações, objetivos e o modo como iráser desmembrado nos capítulos subseqüentes.
O segundo capítulo contém o referencial teórico e da revisão da literatura que contextualiza os
cinco sistemas de gestão abordados, para alicerçar a estrutura do modelo alternativo proposto.
O terceiro capítulo apresenta a metodologia adotada neste estudo.
O quarto apresenta o estudo de caso da CETREL, com uma descrição básica da organização,
as necessidades dos clientes, desafios e novas tecnologias, bem como, o Sistema de Gestão de
Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional – SGSSSO, com seus elementos que vão desde a
Política, o Planejamento, a Implementação e Operação, a Verificação e Ação Corretiva e a
Análise Crítica pela Administração.
No quinto capítulo será exibida e detalhada a análise do Estudo de Caso, incluindo asoportunidades de melhoria, os pontos fortes, o uso dos outros sistemas fortalecendo e
subsidiando ações para otimizar os resultados de forma que se tenha elementos suficientes
para estabelecer uma proposta alternativa ao Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e
Saúde Ocupacional – SGSSO do estudo de caso, inclusive com a apresentação do modelo
proposto para sustentar as premissas deste estudo..
No sexto capítulo do trabalho, estão apresentadas as conclusões e recomendações do presente
estudo.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 32/161
32
E por último finalizam a dissertação, as referências bibliográficas.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 33/161
33
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ASPECTOS DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO
As empresas em geral passam por períodos de prosperidade alternados por períodos de crise,
isto se deve em função da forma como são administradas. Segundo Chiavenato
Todas as instituições que compõem a sociedade moderna não vivem ao acaso. Elas precisam ser administradas. Essas instituições são chamadas organizações. As
organizações são constituídas de recursos humanos (pessoas) e de recursos nãohumanos (recursos físicos e materiais, recursos financeiros, recursos tecnológicos,recursos mercadológicos, etc). Toda a produção de bens (produtos) e de serviços(atividades especializadas) é realizada dentro das organizações. As organizações sãoextremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, estruturasdiferentes e objetivos diferentes. Não existem duas organizações semelhantes. Euma mesma organização nunca é igual ao longo do tempo. Existem organizaçõeslucrativas (chamadas empresas) e organizações não – lucrativas (como o Exército, aIgreja, os serviços públicos, as entidades filantrópicas, etc). A sociedade modernarepousa sobre as organizações: ela é basicamente uma sociedade de organizações.Para que as organizações possam ser administradas, elas precisam ser estudadas,analisadas e conhecidas. Daí o fato de que a Teoria das Organizações (TO) semprecaminhou à frente da Teoria da Administração (TA), dando-lhe as bases teóricas desuporte. No fundo a Teria da Administração é uma decorrência das conclusõesextraídos da teoria das organizações. A teoria das Organizações é o campo doconhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral. A TeoriaGeral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudoda administração em geral, não se preocupando com o setor onde ela será aplicada,quer nas organizações lucrativas (empresas), quer nas organizações não lucrativas. ATGA trata do estudo da Administração das organizações. (1999, p. 1-2).
Ao longo dos tempos várias teorias foram formuladas, Cruz cita:
A teoria geral das organizações tem sido contemplada, através dos tempos, porescolas com abordagens próprias visando a otimização do desempenho e dosresultados organizacionais. Todas estas teorias tentam explicar comportamentos ecaracterísticas peculiares aos seus objetos de estudo. A partir dos conceitos, parâmetros e variáveis organizacionais oriundos de cada uma das escolas, foramdesenvolvidas ferramentas gerais e específicas para realizar, segundo sua ótica, odesenvolvimento organizacional no todo ou em partes. (CRUZ, 1998, p. 23) .
A gestão segundo a ISO 9000, é definida como “Atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma Organização” (ASSOCIAÇÃO..., 2000a, p. 8).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 34/161
34
O termo Gestão, segundo o dicionário Aurélio Buarque de Hollanda, quer dizer, “ato de gerir;
gerência, administração”. Como administração “é um conjunto de princípios, normas e
funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua produtividade e
eficiência, para se obter determinado resultado”, a prática desses princípios, normas e funções
é a Gestão.
Vários autores tem uma definição própria para gestão, Cardella (1999, p. 51) define como
“Gestão é o ato de coordenar esforços de pessoas para atingir os objetivos da organização. A
gestão eficiente e eficaz é feita de forma que as necessidades e objetivos das pessoas sejam
consistentes e complementares aos objetivos da organização a que estão ligadas”.
Já Pacheco Jr enfatiza que:
Gestão é o estabelecimento, distribuição e integração racional de recursos para quese tenha requisitos mínimos para que uma organização conduza e anime as açõesvisando atingir seus objetivos , com base em dados do microambiente , ambiente detarefa e ambiente interno. (2000, p. 20).
Ao longo dos anos segundo Pinedo, “Houve época em que as empresas podiam ser
organizações focadas nos próprios processos produtivos e comerciais, pressionando o
mercado a se adaptar a suas necessidades ou características, de acordo com o modelo denegócios por elas praticado. À medida que a sociedade e o mercado se alteraram em
profundidades e complexidade, e acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e
comunidade passaram a pressionar as empresas com maior velocidade, intensidade e
multiplicidade de formas, exigindo ao mesmo tempo melhores produtos, mais resultados e
ganhos crescentes, as empresas passaram a sentir necessidade de se envolver num processo
contínuo de melhoria” (2003, apud RENTES, 2004, p. 68). .
Nos tempos atuais as questões associadas à gestão começam num sentido mais amplo com a
"Missão" e "Visão" da organização. Araújo (2004, p. 202) comenta:
Na busca pela sustentabilidade surgiram grandes oportunidades de negócio, por isso,muitas empresas tem optado por este caminho para se diferenciarem num mercadoaltamente competitivo. Na bolsa de valores dos EUA, por exemplo, foi criado oindicador Dow Jones Sustentability como forma de acompanhar o desempenhodiferenciado das organizações comprometidas com sistemas de gestãoambientalmente sustentáveis.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 35/161
35
2.1.1 Definição de sistema
A aplicação de um sistema de gestão nas atividades de uma organização em toda a sua
extensão assegura os objetivos éticos de legalidade e exigência da sociedade, assim como a
produtividade necessárias para a manutenção do negócio.
Segundo Moro (1997 apud CRUZ, 1998, p. 24) “Um sistema pode ser definido como um
“conjunto de elementos em constante interação”. Já por sua vez Cruz (1998, p. 24) enfatiza
que:
A analogia de sistemas é realizada comparativamente com as células dosorganismos. Estas, mesmo sendo entes individuais são revestidas pela membrana plasmática com a chamada permeabilidade seletiva, que permite que a célula realizeuma certa troca com o meio o qual está inserida. Da mesma forma, todos oselementos constituintes de qualquer sistema estão em constante interação com omeio no qual o sistema está inserido”.
Na construção dos sistemas de gestão é importante que se verifique que, “a tarefa empresarial
tem sido objeto de estudo de muitas escolas e abordagens organizacionais distintas,
permitindo que a observação, análise e avaliação de uma entidade organizada, varie em
função dos parâmetros e variáveis em que se baseiam. Com base nestas várias abordagens,
foram desenvolvidas ferramentas gerais e específicas para realizar, segundo suas óticas, o
desenvolvimento organizacional no todo, ou em parte. Os instrumentos e ferramentas que
auxiliam o desenvolvimento organizacional formam o chamado sistema de gestão e sua
atuação está representada na Figura 2” (CRUZ, 1998, p. 31).
Figura 2 - Objetivo do sistema de gestãoFonte: Arantes (1994 apud CRUZ, 1998, p. 31)
FinalidadesEmpresariais
Administração TarefaEmpresarial
Resultados
Sistema deGestão

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 36/161
36
Na figura 2 o Sistema de Gestão surge na Tarefa Empresarial para possibilitar os resultados
planejados.
Um sistema de gestão segundo a ISO 9.000, é definido como Sistema para estabelecer política
e objetivos, e para atingir estes objetivos (ASSOCIAÇÃO..., 2000a, p. 8).
A visão européia de sistema pode ser representada por Lluna (1997, p. 37) que define como
“Um Sistema ou modelo de gestão é um conjunto de pessoas, recursos e procedimentos que
interagem de forma organizada, qualquer que seja o nível de complexidade para realizar um
determinado trabalho ou conseguir um determinado objetivo”.
No entanto num sentido mais amplo “podemos estabelecer ou desenhar, aparentemente,
diferentes sistemas de gestão que se encaixem melhor as características próprias de uma
determinada organização, mas a essência de vê ser comum à todos eles” (LLUNA, 1997, p.
37).
Um sistema pode ser pensado como sendo uma quantidade ou conjunto deelementos ou constituintes em ativa e organizada interação, como que atados
formando uma entidade, de maneira a alcançar um objetivo ou propósito comum quetranscende aqueles dos constituintes quando isolados. (MORO, 1997 apud CRUZ,1998, p.24)
Nas organizações os processos devem estar mapeados e “dentro dessa visão, um sistema de
gestão tem a função de estruturar a forma pela qual são realizadas atividades dentro dos
processos da empresa, com o intuito de buscar garantir que sua execução ocorra da forma
mais regular possível, reduzindo desvios e erros” (CAMPOS; CAMPOS, 2004, p.8) .
Algumas organizações experimentam diversos modelos, no entanto:
[...] quando falamos da introdução dos modelos gerenciais propostos pelas diferentesnormas de sistemas de gestão, sejam elas emitidas pela ISO, CEPAA, FSC ou BSI,devemos identificar os elementos motivadores que justificam os esforços associadosà implantação e manutenção destas práticas. (CARVALHO, 1999, p. 124).
A implementação de um Sistema de Gestão, trata-se de um processo de aprendizado que está
relacionado a ação. Em geral busca-se a maior amplitude, quando o caminho melhor seria
começar em níveis aceitáveis e ir ampliando aos poucos a medida que a gestão se consolida.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 37/161
37
“Em chinês, aprender significa literalmente estudar e praticar constantemente”. (SENGE,
2002, p. 24, grifo do autor).
Segundo Campos; Campos (2004, p. 12), “toda empresa possui seu próprio sistema de gestão,uma vez que elas EXECUTAM sua gestão. Mas como eles são estruturados? Como são
organizados? Quais são seus elementos? Esses elementos são aqueles que darão os melhores
resultados?”. Essas perguntas são pertinentes e feitas por qualquer organização que se dispõe
a tratar a segurança e saúde de forma estratégica sob a perspectiva de seus processos internos,
visando atingir vantagens competitivas dentro de um modelo estratégico da Organização.
2.1.2 Gestão de segurança e saúde ocupacional
A adoção de um Sistema de Gestão de SSO reconhecido nacionalmente e internacionalmente
é estratégica, pois o risco de se ter acidentes do trabalho e doenças ocupacionais pode
comprometer não só os processos internos, mas a competitividade, a qualidade, a gestão
ambiental e tantas outras variáveis. “Além de custos humanos, os acidentes e doençasderivadas do trabalho impõem uns custos elevados aos trabalhadores, as empresas e a
sociedade em seu conjunto” (ASOCIACIÓN..., 1996a, p. 4).
As organizações buscam vantagens competitivas, principalmente se estão num segmento
bastante concorrido. Assim sendo,
À luz da competitividade e da globalização, as empresas tornam-se valorizadas e
reconhecidas pela sua flexibilidade frente aos desafios do mercado e pelasestratégias de interação com a sociedade. Na linha de frente destas mudanças temosencontrado trabalhadores mais conscientes, participativos e responsáveis pelosresultado de suas corporações. É neste contexto que, no Brasil e no mundo, algumasorganizações buscam dar mais um passo em direção à sua consolidação, adotando,de forma integrada, um modelo efetivo para o SGSO – Sistema de Gestão deSegurança e Saúde Ocupacional. (CARVALHO, 1999, p. 124).
A ILO – OSH: 2001, define Sistema de Gestão de SST como “Conjunto de elementos
interrelacionados ou interativos que tem por objeto estabelecer uma política e objetivos de
SST e alcançar tais objetivos” (ARAÚJO, 2001, p. 24).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 38/161
38
A Gestão de SST para o Risco encontrado na organização está sintetizada na UNE
81.905/1997, onde há o fluxo passo a passo de todo o processo, desde a identificação do
perigo até o controle do mesmo, como pode-se observar na figura 3 .
IdentificaçãoDo Perigo
Análise doRisco
Estimativa doRisco
Avaliação do
Risco
Analisar oRisco
Gestão doRisco
Risco sim RiscoTolerável Controlado
não
Controle doRisco
Figura 3 - O processo interativo para gestão do risco.Fonte: UNE 81905 (ASOCIACIÓN..., 1997f, p. 11)
A Figura 3 apresenta uma forma simplificada para se visualizar todo o processo de gestão do
risco, inclusive com a clássica questão “está controlado ou não”, que é o fecho de todo o
processo, a criação de defesas que tornem o sistema consistente e com os resultados
esperados.
2.2 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÈGICA
Durante muito tempo o principal sistema de avaliação de empresas americanas era aContabilidade Financeira, que tratava como despesas todos os processos, desde capacitação de

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 39/161
39
funcionários, até sistemas de informação, passando pela qualidade, segurança e saúde, dentre
outros. Assim “Os relatórios financeiros tradicionais não forneciam fundamentos para a
mensuração e gestão do valor criado pelo aumento das habilidades dos ativos intangíveis da
organização” (KAPLAN; NORTON, 2004, p. VII).
Assim a partir de 1990 foi iniciado um Projeto de Pesquisa para avaliar se esta forma de
avaliação apresentava um quadro real do que estava acontecendo, ele envolveu várias
empresas com a colaboração de Robert Kaplan e David Norton2, e teve a duração de um ano.
Desse projeto “[...] emergiu o conceito de um sistema balanceado de mensurações: o Balanced Scoredcard - BSC . Recomendamos, então, que as organizações
preservassem os indicadores financeiros, que resumissem os resultados dasiniciativas já adotadas, mas que também equilibrassem esses indicadores deresultados com indicadores não-financeiros, sob três outras perspectivas – Clientes, processos internos e aprendizado e crescimento – que representavam os motores, osindicadores de tendências do futuro desempenho financeiro. Esse foi o sustentáculodo Balanced Scorecard. (KAPLAN; NORTON, 2004, p. VII e VIII).
O que é Balanced Scorecard?
Trata-se de uma ferramenta gerencial criada por Kaplan e Norton para, entre outros
usos, facilitar a construção de sistemas de gestão estratégica nas organizações. Darfacilidade aos gestores, preocupados em assegurar o lucro de suas operações demercado, utilizando cenários de transformação balanceados entre dimensões críticas para o desempenho, principalmente do negócio. (CHIAVENATO, 2003, p. 15).
Esta ferramenta tem sido utilizada por várias organizações no mundo inteiro, Kaplan; Norton
(1997, p.. 218) comentam:
O Balanced Scorecard pode e deve ser o mecanismo pelo qual os altos executivosapresentam suas estratégias corporativas e setoriais ao Conselho de Administração.
Essa forma de comunicação não se limita a informar ao conselho em termosespecíficos sobre a existência de estratégias de longo prazo voltadas para o sucessocorporativo. Ela também serve de base para o feedback e a responsabilização diantedo conselho.
A implementação do Balanced Socrecard acabou gerando outras demandas, de modo que o
foco nos objetivos possibilitou avanços revolucionários: uma vez que os objetivos deviam
interligar-se em relações de causa e efeito. À medida que eram feitos os lançamentos dos
objetivos entre as quatro perspectivas, havia o instinto dos executivos de uni-los com setas.
2 Robert Kaplan e David Norton criadores do conceito Balanced Scorecard

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 40/161
40
Agora, conseguiam ter uma visão do todo, de forma que com o objetivo de melhorar as
capacidades e habilidades dos empregados em determinados processos, em sintonia com nova
tecnologia, possibilitaria a melhoria de algum processo interno crítico.
O processo aprimorado aumentaria o valor fornecido a determinados clientes,resultando em maior satisfação e retenção dos clientes, assim como ao própriocrescimento dos negócios dos clientes. A melhoria dos indicadores referentes aosclientes levaria ao aumento da receita e, em última instância, a crescimentosignificativo no valor para os acionistas. Em breve, estávamos treinando todas asexecutivas para que descrevessem a estratégia mediante a identificação de relaçõesde causa e efeito explícitas entre os objetivos nas quatro perspectivas do BSC.Chamamos esse diagrama de Mapa Estratégico. Embora o Mapa estratégico de cadaorganização fosse diferente de todos os demais, refletindo a diversidade de setores ede estratégias, percebemos o surgimento de um padrão básico, depois de contribuir para o desenvolvimento de centenas de Mapas Estratégicos. E assim formulamos um
Mapa Estratégico genérico, que servisse como ponto de partida para qualquerorganização, em qualquer setor de atividade. (KAPLAN; NORTON, 2004, p. X eXI).
Sob esse tópico pode-se dizer que "o scorecard cria as bases de um sistema de gestão
estratégico que ordena temas organizacionais, informações e um conjunto de processos
gerenciais críticos. (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 284). Como está representado na figura 4.
Figura.4 - Utilizando o Balanced Scorecard como uma estrutura estratégica para a ação.Fonte: Kaplan; Norton (1997, p. 285)
A figura 4 ilustra a repercussão do Balanced Scorecard como estratégia para a ação, dirigindo
atenção aos objetivos e aos recursos necessários.
O modelo genérico do “Mapa Estratégico”, desenvolvido nas 4 perspectivas (Financeira,
Consumidor, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento), pode ser observado na figura
5.
Esclarecimento e tradução da visão e daestratégicas
Esclarecimento e tradução da visão e daestratégicas
BalancedScorecard
Comunicaçãoe
VinculaçãoFeedback e
AprendizadoEstratégico

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 41/161
41
PERSPECTIVA
FINANCEIRA
PERSPECTIVA
CONSUMIDOR
(CLIENTES)
Liderança do Produto
Intimidade com o cliente
Atributos do Produto/Serviço Relacionamento Imagem
Satisfação do Cliente
PERSPECTIVA
INTERNA
PERSPECTIVA
DE
APRENDIZADO
E
CRESCIMENTO
Figura 5 - Mapa EstratégicoFonte: Kaplan; Norton, 2000, p.109
Na figura 5 pode-se observar que para os autores a segurança e saúde fazem parte da
Perspectiva Interna, com implicações diretas para os acionistas, uma vez que o atendimento às
questões de segurança e saúde; ambiental e responsabilidade social implicam diretamente na
Imagem e no Clima Organizacional de qualquer organização.
Força de trabalho motivada e preparada
Competências
estratégicas
Tecnologias
Estratégicas
Clima para
a ação
Melhorar o valor para os Acionistas
Proposição de valor para os Clientes Excelência Operacional
Processosde
Inovação
Processos deGerencia-mento doCliente
Processos
Operacionais
Processosreguladores
eambientais
Estratégia de crescimentoda receita
Estratégia deprodutividade
Preço Qualidade Tempo Funcio-nalidade
Serviço MarcaRelaciona-mentos

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 42/161
42
2.3 SISTEMAS DE GESTÃO
Toda organização tem a sua Gestão, pois este é um instrumento de administração que permite
que se execute de forma ordenada as atividades que estão inseridas dentro de um processo
alvo, visando a minimização das perdas e que atinja de forma regular os resultados definidos
pela organização. Quando se trata de Segurança e Saúde alguns Modelos estão definidos e
eles fundamentam a pesquisa desta dissertação, por ordem cronológica conforme segue:
Atuação Responsável – ABIQUIM - Código de Saúde e Segurança do Trabalhador -
1994.
British Standards – BS 8.800 - 1996. Série de Normas UNE 81.900 - AENOR - 1996.
OHSAS 18.001 - 1999.
Standards Austrália - AS 4801: Occupational Health and Safety Management
Systems – Specification with guidance for use - 2000.
OHSAS 18002 - 2000.
Diretrizes sobre sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - OIT - 2001;
OHSAS 18.002 - 2000.
2.3.1 Atuação responsável - ABIQUIM
O Atuação Responsável é a versão brasileira do Responsible Care.
O " Responsible Care®" foi criado no Canadá, pela Canadian Chemical Producers
Association - CCPA, e atualmente é encontrado em mais de 40 países com indústrias químicas
em operação, o Responsible Care se propõe a ser um instrumento eficaz para o
direcionamento do gerenciamento ambiental. Este, considerado no seu aspecto mais amplo,
inclui a segurança das instalações, processos e produtos, e a preservação da saúde ocupacional
dos trabalhadores, além da proteção do meio ambiente, por parte das empresas do setor e ao
longo da cadeia produtiva.
Concebido a partir da visão de diálogo e melhoria contínua, o Programa se estrutura de forma
lógica, procurando fornecer mecanismos que permitam o desenvolvimento de sistemas e

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 43/161
43
metodologias adequadas para cada etapa do gerenciamento ambiental que o setor persegue. O
modelo criado é flexível com os mesmos elementos da ISO 14.001, o que possibilita atender
às necessidades de cada empresa, sem que, no entanto, se perca a característica de um
Programa de toda uma indústria, quer esteja ela situada no Brasil ou em outra parte qualquer
do mundo.
O programa foi adotado oficialmente pela ABIQUIM em abril de 1992. As empresasassociadas foram convidadas a aderir ao Programa, de forma voluntária.Gradualmente vem sendo constituída a estrutura do Programa dentro da associação edas empresas, que estão ajustando seus programas internos aos requisitos doAtuação Responsável, seguindo metas anuais estabelecidas pelaABIQUIM.(ASSOCIAÇÃO..., 2004).
A implantação dos Códigos do Atuação Responsável é compulsória para seus associados.
Os Elementos do Atuação Responsável são:
1. Princípios Diretivos
2. Códigos de Práticas Gerenciais
3. Comissões de Atuação Responsável
4. Conselhos Comunitários Consultivos
5. Avaliação de Progresso
6. Extensão para a Cadeia Produtiva
O Atuação Responsável possui 6 (seis) Códigos, que são:
Código TRADI: Transporte e Distribuição
Código PA: Proteção Ambiental
Código GEPRO: Gerenciamento de ProdutosCódigo SST: Saúde e Segurança do Trabalhador
Código SEPRO: Segurança de Processos
Código DCPAE: Diálogo com a Comunidade & Preparação para atendimento de Emergências
O Código de Saúde e Segurança do Trabalhador possui 19 (dezenove) práticas gerenciais,
estas práticas estão assim subdivididas.
I. Programa de Gerenciamento
Prática Gerencial 1: Comprometimento e Participação Gerencial

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 44/161
44
Prática Gerencial 2: Formalização dos Programas
Prática Gerencial 3: Participação dos funcionários
Prática Gerencial 4: Seleção e Supervisão dos Contratados
Prática Gerencial 5: Avaliação dos Programas
Prática Gerencial 6: Coleta e Análise de Informações.
II. Identificação e Avaliação
Prática Gerencial 7: Identificação do Risco nas Instalações
Prática Gerencial 8: Avaliação da exposição dos funcionários.
Prática Gerencial 9: Capacitação Ocupacional
Prática Gerencial 10: Acompanhamento Médico da Saúde Ocupacional
III. Prevenção e Controle
Prática Gerencial 11: Revisão do projeto ou modificações nas instalações e nos processos.
Prática Gerencial 12: Procedimentos para Atividades Perigosas.
Prática Gerencial 13: Equipamentos de Proteção à Segurança e Saúde
Prática Gerencial 14: Programas de Manutenção Preventiva e de Ordem e limpeza
Prática Gerencial 15: Investigação de acidentes.Prática Gerencial 16: Segurança nas dependências e das áreas restritas.
Prática Gerencial 17: Assistência Médica em Emergências.
IV. Comunicação e Treinamento
Prática Gerencial 18: Comunicação
Prática Gerencial 19: Programas de Treinamento.
No processo de implantação são avaliadas todas as Práticas (Modelo similar aos elementos da
ISO 14.001) e classificadas em 6 (seis) níveis de implantação, como observa-se no Quadro 6.
Estágio Ação ElementosI Nenhuma ação Comprometimento; Política e Diagnóstico
InicialII Avaliando as práticas existentes na empresa em
relação à prática do CódigoComprometimento; Política e DiagnósticoInicial
III Desenvolvendo Plano de Ação PlanejamentoIV Aplicando o Plano de Ação Implementação e Mensuração e Avaliação
Revisão e Melhoria
V Prática Gerencial Implantada Revisão e MelhoriaVI Promovendo a melhoria da prática. Melhoria ContínuaQuadro 6 - Estágios do Atuação ResponsávelFonte: (ASSOCIAÇÃO...,2000b, p. 11)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 45/161
45
O Quadro 6 apresenta o entendimento da ABIQUIM dos estágios em que estão seus
associados quando estão implementando o Atuação Responsável.
O Atuação Responsável está em fase de reestruturação, os Códigos devem acabar e serão
substituídos em função de práticas com relação aos requisitos que se quer atender, como
podemos ver no Quadro 7, abaixo:
Quadro 7 - Requisitos para Indústria QuímicaFonte: Campos; Campos, 2004, p. 84.
O Quadro 7 mostra como está sendo reestruturado o Atuação Responsável da ABIQUIM, uma
vez que a grande maioria está participando do Prêmio Nacional da Qualidade.
2.3.2 BS 8.880/1996
O Draft da BS 8.750 saiu em 1994, e foi o primeiro Guia de Gerenciamento de Segurança e
Saúde Ocupacional a ser difundido internacionalmente, inclusive gerando a expectativa de se
ter uma Norma ISO sobre o tema, o que logo depois não aconteceu e em 1996 e a BS 8.750

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 46/161
46
virou BS 8.800.
O documento BS 8.800 aprimora o desempenho das organizações em matéria de saúde e
segurança, fornecendo orientação quanto à maneira pela qual o seu gerenciamento deve ser
integrado com a administração de outros aspectos do desempenho da empresa, como um todo,
a fim de:
"a) minimizar os riscos para empregados e outros;
b) aprimorar o desempenho dos negócios;
c) auxiliar as organizações a estabelecer uma imagem responsável no mercado." (DE CICCO,
1996, pg. 16)
"A Norma Britânica fornece orientação sobre:
a) o desenvolvimento de sistemas de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional;
b) as ligações com outras normas de sistemas de gerenciamento." (DE CICCO, 1996, p. 16)
O guia foi concebido para uso por qualquer organização independente do tamanho desta, a
despeito da natureza das suas atividades. Tem o objetivo de ter a sua aplicação proporcional
às circunstâncias e necessidades da organização em particular.
A BS 8.800 não estabelece por si mesma, critérios de desempenho de S&SO, nem busca
oferecer orientação detalhada sobre a concepção de sistemas de gerenciamento gerais.
O documento BS 8.800 teve como referência o Guia da HSE Successful Health and Safety
Management (gerenciamento de Saúde e Segurança bem sucedidos). Os elementos do Sistema
estão representados na figura 6.
Esta Norma foi usada no Brasil como base para os Prêmios de Gestão de Segurança e Saúde
no Trabalho da Petrobrás S/A e da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes´-
ABPA, nesse último até o ano de 2001.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 47/161
47
Figura 6 - Elementos da BS 8.800Fonte: BS 8.800 (De Cicco, 1996, p. 15)
A integração com outros sistemas pode ser observada na BS 8.800, uma vez que os seus
elementos na figura 6, seguem a mesma disposição que os elementos da ISO 14.001, com
exceção do Levantamento da situação inicial, uma vez que foram editadas no mesmo ano
1996.
2.3.3 Série de normas UNE 81.900/1996
As normas da Série UNE 81.900 EX começaram a ser editadas em meados de 1996, são
normas experimentais que serviram de base a elaboração da OHSAS 18.001. Os títulos da
Série UNE 81.900 estão no Quadro 9.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 48/161
48
Norma UNE Ano Título
SGSST – UNE 81900 1996 Prevenção de Riscos Laborais – Regras gerais para a implantação de um sistema de gestão da
prevenção de riscos laborais.
SGSST- UNE 81901 1996 Prevenção de Riscos Laborais - Processo de Auditoria.
SGSST- UNE 81902 1996 Prevenção de Riscos Laborais - Vocabulário
SGSST - UNE 81903 1997
Regras gerais para a avaliação de um sistema de gestão da prevenção de riscos laborais
(S.G.P.R.L.). Critérios para a qualificação de auditores.
SGSST - UNE 81904 1997
Regras gerais para a avaliação do sistema de gestão da prevenção de riscos laborais
(S.G.P.R.L.) - Gestão dos Programas de Auditoria.
SGSST- UNE 81905 1997 Guia para a implantação de um sistema de gestão da prevenção de riscos laborais (S.G.P.R.L.)
Quadro 8 - Série de Normas UNE 81.900Fonte: Asociación...,1996 e 1997
No Quadro 8 estão as Normas UNE da Série 81900 editadas pela AENOR para a Prevenção
de Riscos Laborais. Apesar de em cada norma constar um item sobre definições, a série UNE
81900 possui uma norma só sobre vocabulário, com 55 (cinqüenta e cinco) termos. Da série
UNE 81900 o destaque fica por conta das três normas sobre auditoria, e principalmente do
Guia UNE 81905: 1997, que fornece exemplos para todos os requisitos da UNE 81900: 1996,
de modo que o tempo inteiro o gestor tenha um referencial para cada requisito. No Anexo
"A", existe uma lista de perigos e uma metodologia para avaliação dos riscos, seguindo os
critérios Probabilidade X Conseqüência, com um critério para a tomada de decisão. No Anexo
"B" consta uma lista com legislação espanhola e européia para se ter uma idéia, do que deve
ser atendido no item "Registro dos Requisitos Legais". No Anexo "C" estão os "Conteúdos
mínimos para procedimentos e instruções operacionais".
A primeira delas, que deu origem a série é a norma UNE 81.900, que é aplicável a qualquer
organização, qualquer que seja sua dimensão e atividade. Ela destaca as razões éticas e legais para a implementação eficaz de um Sistema de Gestão de Prevenção de Riscos Laborais e
supõe que com isto vá existir uma melhoria na produtividade e da competitividade da
empresa.
O argumento defendido é que "uma boa atuação na prevenção de riscos laborais implica em
evitar ou minimizar as causas dos acidentes e das doenças ocupacionais derivadas do
trabalho" (ASOCIACIÓN..., 1996a, p. 4).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 49/161
49
A Norma UNE 81.900: 1996 trata de Regras gerais para a implantação da prevenção de riscos
laborais, tem sua estrutura conforme o Quadro 9.
UNE 81.9000. Introdução
1. Objetivo e campo de aplicação
2. Normas para consulta
3. Definições
4. Requisitos que integram o Sistema
4.1. Política
4.2. O Sistema
4.3. Responsabilidades
4.4. A avaliação dos riscos
4.5. Planejamento da prevenção
4.6. O manual e a documentação
4.7. O controle das ações
4.8. Registros da prevenção
4.9. Avaliação do sistema
Quadro 9 - Norma UNE 81.900Fonte: Asociación..., 1996a, p. 3.)
Segundo o Quadro 9 os elementos da UNE 81.900 são similares aos encontrados em outros
Sistemas de Gestão. O texto faz destaque para: "Esta norma não contempla as implicações
econômicas no sistema de gestão para a prevenção de riscos laborais, todavia as organizações
terão que incluir em sua gestão tais considerações" (ASOCIACIÓN..., 1996a, p. 4). A Norma
ressalta ainda a importância de que o fato de uma organização possuir um Sistema de Gestão
da Qualidade ou de Meio Ambiente não implica no cumprimento dos requisitos da UNE
81.900, uma vez que estes são níveis específicos e particulares para SST. No entanto noAnexo "A" contém os vínculos dos requisitos da UNE 81900 com a UNE - EN ISO 9001
(Gestão da Qualidade) e UNE 77801 (Gestão Ambiental), uma vez que a ISO 14001 não
havia sido editada. O detalhe é que a Auditoria está no item 4.9 junto com a Avaliação do
Sistema.
A norma UNE 81.900 específica os elementos que integram um sistema de gestão para a
prevenção de riscos laborais, inclusive no seu Anexo B, esses elementos estão apresentadosde forma detalhada, com destaque para: a avaliação de riscos; o controle dos riscos e a
avaliação do sistema. Estabelece requisitos de SSO para ajudar as organizações a estabelecer
e desenvolver um sistema de gestão para a prevenção de riscos laborais de forma que se
integre dentro da gestão da organização, a fim de:
"- Evitar ou minimizar os riscos para os trabalhadores.
- Melhorar o funcionamento das organizações.- Ajudar as organizações na sua melhoria contínua de seus sistemas de
gestão.”(ASOCIACIÓN., 1996a, p.4).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 50/161
50
As demais Normas da Série UNE 81.900: 1996, tem sua estrutura conforme o Quadro 10.
UNE 81.901 UNE 81.902 UNE 81.903 UNE 81.904 UNE 81.9050. Introdução 0. Introdução 0. Introdução 0. Introdução
1. Objetivo e campo deaplicação 1. Objetivo e campode aplicação 1. Objetivo e campo deaplicação 1. Objetivo e campo deaplicação 1. Objetivo e campo deaplicação2. Normas para consulta 2. Normas para consulta 2. Normas para
consulta2. Normas para consulta
3. Definições 2. Definições 3. Definições 3. Definições 3. Definições4. Objetivos dasauditorias eresponsabilidades
4. Formação eexperiencia Professional
4. Gestão dosprogramas de auditoria
4. Requisitos queintegram um Sistema
4.1. Objetivos 4.1 Formação 4.1 Organização 4.1. Política4.2. Funções eResponsabilidades
4.2. Experiencia 4.2. Normas 4.2. O Sistema deGestão
5. Auditoría 5. Qualidades e atitudes 4.3. Qualificação dopessoal
4.3. Responsabilidades
6. Término da auditoria 5.1. Qualidades pessoais 4.4. Atitudes da equipe 4.4. A avaliação dos
riscos7. Acompanhamentodas ações corretivas
5.2. Atitude para a gestão 4.5. Supervisão emanutenção dacapacidade
4.5. Planejamento daprevenção
6. Manutenção da atitude 4.6. Condiçõesfuncionamiento
4.6. O manual e adocumentação da gestão
7. idioma 4.7. Auditoríasconjuntas
4.7. El control de lasactuaciones
8. Seleção do AuditorLíder
4.8. Melhoria doprograma
4.8. Avaliação doSistema
5. Código de ÉticaQuadro 10 - Normas da Série UNE 81.900Fonte: (ASOCIACIÓN...,1996 e 1997)
No Quadro 10 pode-se observar que a Série UNE 81.900 tem uma preocupação explícita com
a Auditoria do Sistema, uma vez que três destas Normas tratam sobre o assunto, em termos de
Segurança e Saúde isto é inédito, mas em termos de Qualidade e Meio Ambiente, não. Nestes
dois casos existiam até 2002 seis normas (três para cada Sistema) e hoje só existe a Norma
integrada NBR ISO 19.011: 2002 - Diretrizes para a Auditoria de Sistemas de Gerenciamento
da Qualidade e/ou Ambiental.
Os elementos do Sistema de Gestão para a Prevenção de Riscos Laborais, segundo a Norma
UNE 81.900 EX, estão apresentados na Figura 7.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 51/161
51
ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO PARA A
PREVENÇÃO DE RISCOS LABORAIS.
Figura 7 - Elementos da Norma UNE 81.900Fonte: (ASOCIACIÓN...,1996a, p. 14)
Os elementos da UNE 81900 da figura 7 apresentam um foco com base no PDCA, e elemento
a elemento são compatíveis com outros Sistemas de Gestão. Mantém o Planejamento e na
Implementação reforça a importância do Controle, criando uma visualização melhor de todo o processo, inclusive dando destaque para os Controles Reativos (Acidentes e Doenças)
Avaliação inicial da situação
EstratégiaEstabelecimento
Da Política
Organização ePessoal
AvaliaçãoDos Riscos
Planejamento:Objetivos e Metas
Manual eDocumentação
Casos de nãoConformidade eações corretivas
InspeçõesControle
Reativo Ativo
RequisitosLegais
Avaliação eControleDos Riscos
Controle das AçõesRequisitos
Programa deGestão
AuditoriasDo SistemaDe Gestão
Revisão doSistema de
Gestão
AvaliaçãoDo SistemaDe Gestão

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 52/161
52
fundamentais para que todos as variáveis estejam engajados no mesmo objetivo, uma vez que
o Sistema de Gestão não é vacina que o torne imune a esses eventos indesejáveis.
Dos elementos da UNE 81.900 três processos estão em destaque, são eles, Avaliação dos
Riscos; Controle das Ações e a Auditoria. A Avaliação de Riscos por ser a parte estratégica
voltada para o atendimento à Legislação do país e a seleção de uma metodologia para
Avaliação e Controle dos Riscos adequada para a empresa, é a partir deste Planejamento que
o sistema fica "robusto". Com relação ao Controle das Ações por ser um item fundamental
para a manutenção do sistema, trazendo inclusive dois controles que em geral existem mas
que não estão identificados nos modelos de outros sistemas de gestão.. Por último o destaque
fica por conta do conjunto Auditoria e Revisão do Sistema, que é um diferencial, pois, emgeral os sistemas de gestão só apresentam a Avaliação do Sistema (que está numa caixa
depois da Auditoria) como Revisão e a UNE 81900 não, ela destaca e considera que esta ação
deve ser realizada em intervalos apropriados, para satisfazer os requisitos das normas.
Além disto a UNE 81900 conta com um Guia (UNE 81905) para a implantação, que é
detalhado e rico em exemplos, indo desde a classificação das atividades de trabalho, passando
por exemplos de perigo, uma metodologia para análise dos riscos, com um critério paratomada de ação. Indica ainda métodos específicos de análise de riscos o que facilita a vida de
quem tem dificuldades em interpretar o requisito para atendê-lo. Inclusive a UNE 81.905
apresenta com detalhes o que deve ter no Manual (item 4.6.1), os Procedimentos (item 4.6.2),
as Instruções Operacionais (item 4.6.3) e nos registros (item 4.6.4).
A Norma UNE 81.901: Processo de Auditoria "estabelece os princípios básicos, critérios e
práticas da auditoria do sistema de gestão da prevenção de riscos laborais, e facilita as
diretrizes para o planejamento, realização e documentação de auditorias do Sistema"
(ASOCIACIÓN..., 1996b, p.4).
Um destaque para a importância das auditorias está na introdução da Norma UNE 81.901 "As
auditorias em termos de segurança e saúde complementam o ciclo de planejamento e controle
e o conceito é similar a auditoria de um sistema de qualidade. Trata-se portanto de
proporcionar uma valoração sobre a validade e a confiabilidade do sistema de gestão"
(ASOCIACIÓN..., 1996b, p. 4).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 53/161
53
O Processo de Auditoria do Sistema de Gestão para a Prevenção de Riscos Laborais, segundo
a Norma UNE 81.901 EX, está apresentado na Figura 8.
PROCESSO DE AUDITORIA DA NORMA UNE 81.901
Figura 8 - Norma UNE 81.901Fonte: Asociación..., 1996b
Definir os objetivos e o alcance
Selecionar a equipe de auditores e o auditor líder
Especificar os documentos a serem atendidos
Desenvolver os critérios da Auditoria
Revisar a adequação da descrição do Sistema com os critérios
Desenvolver o Plano de Auditoria e designar as tarefas dos Auditores
Realizar a Reunião Inicial
Realizar a Reunião Final
Preparar e apresentar o Relatório da Auditoria
Preparar os documentos de trabalho
Obter as Evidências Objetivas e documentar os resultados
Revisar os resultados e identificar as não conformidades
Documentar as não conformidade e as evidências em que se apoiam a respeito dos critérios
Obter o reconhecimento de todas as não conformidades reservadas

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 54/161
54
Na figura 8 com relação ao Processo de Auditoria no passo a passo não há nada diferente dos
processos tradicionais conhecidos.
2.3.4 OHSAS 18.001/1999
O documento da Série de Avaliação da Segurança e Saúde Ocupacional (OHSAS) fornece os
requisitos para um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SSO), permitindo a
uma organização controlar seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar seu
desempenho. Ela não prescreve critérios específicos de desempenho da Segurança e SaúdeOcupacional, nem fornece especificações detalhadas para o projeto de um sistema de gestão.
O documento OHSAS 18.001 teve como base as seguintes referências: BS 8.800: 1996; Série
de Normas UNE 81.900; Norma Australiana AS/NZ 4801; Relatório Técnico NPR
5001:1997; dentre outros. A partir de 2000, passou a contar com um segundo documento
chamado de OHSAS 18.002: Occupational Health and Safety Management Systems -
Guidelines for the implementation of OHSAS 18.001.
A OHSAS 18.001, se aplica a qualquer organização que deseje:
"a) estabelecer um Sistema de Gestão da SSO para eliminar ou minimizar riscos aosfuncionários e outras partes interessadas que possam estar expostos aos riscos deSSO associados a suas atividades;
b) implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão da SSO;c) assegurar-se de sua conformidade com sua política de SSO definida;d) demonstrar tal conformidade a terceiros;e) buscar certificação/registro do seu Sistema de Gestão da SSO por uma
organização externa; ouf) realizar uma auto-avaliação e emitir auto-declaração de conformidade com esta
especificação." (DE CICCO, 1999, p. 5).
Todos os requisitos da OHSAS 18.001 se destinam a ser incorporados em qualquer Sistema
de Gestão da SSO. O grau de aplicação dependerá de fatores como a política de SSO da
organização, a natureza de suas atividades e os riscos e a complexidade de suas operações.
A OHSAS 18.001 é direcionada à Segurança e Saúde Ocupacional, e não à segurança de
produtos e serviços. Os elementos da OHSAS 18.0001 estão representados na Figura 9.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 55/161
55
Figura 9 - Elementos da OHSAS 18.001Fonte: OHSAS 18.001 (DE CICCO, 1999, p. 16)
Segundo a figura 9 os elementos da OHSAS 18001 são os mesmos da ISO 14.001, inclusive
sem seguir a origem que é a BS 8800, que apresenta antes da Política o Levantamento da
Situação Inicial.
No ano de 2002 a OHSAS 18.001 foi revisada e alterou o seu Anexo A para adequar à versão
de 2000 da ISO 9001 e criou um Anexo B para criar correspondência entre os requisitos da
OHSAS com as Diretrizes do ILO - OHS: 2001 da OIT.
2.3.5 AS 4801:2000 Occupational Health and Safety Management Systems –
Specification with Guidance for Use – Standards Autraslia
Em 1999 quando a Standards Australia/Standards New Zeland editou a AS/NZS 4581 –
“Management System Integration – Guidance to business, government and community
organization” (Integração de Sistemas de Gestão – Orientação para organizações de negócios,
governamentais e comunitárias), que integrava os três sistemas de Gestão: Qualidade;
Ambiental e Segurança e Saúde, proporcionando um arcabouço e orientação para um sistema
geral de gestão, no qual os requisitos comuns de sistemas individuais são integrados para
evitar duplicação e proporcionar uma base uniforme para as características especiais de cada
um dos sistemas individuais.
POLÍTICA
PLANEJAMENTO
IMPLEMENTAÇ OE OPERAÇÃO
VERIFICAÇÃO E AÇÃOCORRETIVA
ANÁLISECRÍTICA
MELHORIACONTÍNUA

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 56/161
56
A Norma que sustentava o pilar Segurança e Saúde para a integração era a AS/NZS 4804:
1997 – “Occupational health na safety management systems – general guidelines on
principles, systems and supporting techniques” (Sistema de gerenciamento de segurança e
saúde ocupacional – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio)
No ano de 2000 a Standards Austrália publica o documento AS 4801, que é um Guia que
segue os elementos da BS 8.800, sendo voltado para as organizações que desejam estabelecer
e manter um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional de acordo com os
requisitos da Seção 4 do documento. A composição da Seção 4 esta no Quadro 11.
4.1. Requisitos Gerais.4.2. Política de Segurança e Saúde Ocupacional.
4.3. Planejamento
4.3.1. Planejamento - Identificação de perigos, avaliação e controle de riscos.
4.3.2. Requerimentos Legais e outros requisitos
4.3.3. Objetivos e metas.
4.3.4. Programa de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional.
4.4. Implementação
4.4.1. Estrutura e Responsabilidade.
4.4.1.1. Recursos.
4.4.1.2. Deveres e Responsabilidades
4.4.2. Treinamento e Competência
4.4.3. Consulta, comunicação e informação.
4.4.3.1. Consulta
4.4.3.2. Comunicação.
4.4.3.3. Informação.
4.4.4. Documentação.
4.4.5. Controle de dados e de documentos.
4.4.6. Identificação de perigos, avaliação e controle de riscos.
4.4.6.1. Geral.
4.4.6.2. Identificação de perigos.
4.4.6.3. Avaliação de riscos.
4.4.6.4. Controle de riscos.
4.4.6.5. Avaliação.
4.4.7. Prontidão e Resposta a Emergências.
4.5. Medição e Avaliação.
4.5.1. Medição e Monitoramento.4.5.1.1. Geral.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 57/161
57
4.5.1.2. Avaliação Médica.
4.5.2. Investigação de incidentes, ações corretivas e preventivas.
4.5.3. Registros e Gerenciamento de registros
4.5.4. Auditoria de Segurança e Saúde Ocupacional.4.6. Análise Crítica.
Quadro 11 - AS 4.801Fonte: Standards Austrália (2000)
Segundo o Quadro 11, a estrutura da Norma Australiana mantém os mesmos elementos da BS
8800, o destaque fica por conta do item 4.5.1.2, que diz “[...] empregados devem ter acesso
aos resultados do monitoramento de sua saúde” e “A organização deve identificar aquelas
situações onde a avaliação médica dos empregados é requerida e deve implementar um
sistema de controle apropriado” (ARAÚJO, 2000, p. 15). Das normas pesquisadas esta é a
primeira que reforça o tema saúde e obriga as empresas a adotarem este critério. No Brasil a
legislação obriga as empresas que admitam trabalhadores como empregados a elaborarem e
implementarem o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
2.3.6 OHSAS 18.002: 2000
No ano de 2000, é publicado o documento OHSAS 18.002 - Occupational health and safety
management systems - Guidelines for the implementation of OHSAS 18001 (Diretrizes para a
implementação da OHSAS 18.001), que "mantém um alto nível de compatibilidade, e
equivalência técnica com a Série UNE 81.900" (DE CICCO, 2001, p. 5). Sendo que na análise
do documento verifica-se um elevado nível de compatibilidade não com a UNE 81.900, mas
sim com a UNE 81.905. A publicação destas diretrizes facilitou em muito a implantação daOHSAS 18.001.
Assim como a OHSAS 18.001 este documento será retirado de circulação, tão logo seu
conteúdo esteja publicado em normas internacionais (ex: ISO).
O seu conteúdo apresenta todos os elementos e requisitos da OHSAS 18.001, sendo que para
cada quesito existem exemplos para orientar o Comitê de Implantação, ou seja, há várias

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 58/161
58
informações disponíveis que facilitam o processo. Como exemplo a OHSAS 18.002 para o
item 4.3.2 “Requisitos Legais e outros Requisitos” apresenta as seguintes orientações:
“[...] - detalhes dos processos de produção da organização ou de seus processos de
fornecimento de serviços;- resultados da identificação de perigos e da avaliação e do controle dos riscos (ver4.3.1);
- melhores práticas (ex: códigos, diretrizes de associações de indústrias);- requisitos legais/regulamentos governamentais;- listagem das fontes de informação;- normas nacionais, estrangeiras, regionais ou internacionais;- requisitos organizacionais internos;- requisitos das partes interessadas.” (DE CICCO, 2001, p. 28)
2.3.7 Diretrizes sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho – ILO -
OSH/2001
O documento ILO - OSH: 2001 - Guidelines on Occupational Safety and Health Management
Systems, apresenta recomendações práticas que foram estabelecidas para uso dos
responsáveis da gestão da segurança e saúde no trabalho. Tais recomendações não possuem
caráter obrigatório e não têm por objetivo substituir nem as leis nacionais ou regulamentos
nacionais ou normas vigentes. Sua aplicação não exige certificação. Os elementos da Diretriz
estão apresentados na Figura 10.
A idéia é a de que estas diretrizes deveriam contribuir para proteger os trabalhadores contra
os perigos e eliminar lesões, enfermidades, doenças, incidentes e óbitos relacionados com o
trabalho.
Em termos nacionais as diretrizes deveriam:
a) servir para criar uma estrutura nacional para o sistema de gestão da SST, que preferencialmente conte com o apoio das leis nacionais e regulamentosvigentes;
b) facilitar orientação para o desenvolvimento de iniciativas voluntárias no sentidode fortalecer o cumprimento dos regulamentos e normas para uma melhoriacontínua dos resultados da SST; e
c) c) facilitar orientação sobre o desenvolvimento tanto de diretrizes nacionaiscomo de diretrizes específicas sobre sistemas de gestão da SST a fim deresponder, de forma correta, às necessidades reais das organizações, deconformidade com a sua dimensão e a natureza de suas atividades" (ILO -OSH, 2001, p. 3) .
Em termos de organização, as diretrizes propõem:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 59/161
59
(a) facilitar orientação sobre a integração dos elementos do sistema de gestão da SSTna or ganização como um componente das disposições em matéria de política e degestão; e
(b) motivar a todos os membros da organização e em particular os empregadores,os proprietários, o pessoal de direção, aos trabalhadores e seus representantes paraque apliquem os princípios e métodos adequados de gestão da SST, para umamelhoria contínua dos resultados da SST" (ILO - OSH, 2001, p. 3) .
A premissa básica das Diretrizes da OIT para Gestão de SST em relação à outros sistemas é a
efetiva e real participação dos trabalhadores, de modo que, eles sejam consultados,
informados e capacitados em todos os aspectos de SST relacionados com o seu trabalho,
incluídas as disposições relativas a situações de emergência. Além de dispor de tempo erecursos para participarem ativamente nos processos de organização, planejamento e
implementação, avaliação e ação do sistema de gestão da SST.
Assim o empregador deveria definir os requisitos de competência necessários à SST e
deveriam adotar-se e manterem-se disposições para que todas as pessoas na organização
sejam competentes em todos os aspetos de seus deveres e obrigações relativos á segurança e
saúde.
Figura 10 - Elementos das Diretrizes ILO - OSHFonte: (ARAÚJO, 2001, p. 7)
Política
Ação em prol demelhorIas Organização
Avaliação Planejamento eImplementação
MELHORIACONTÍNUA

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 60/161
60
Na figura 10 os elementos da ILO – OSH são apresentados de forma diferenciada dos demais
sistemas de gestão de SST, de convergente o estabelecimento de uma melhoria contínua em
todos os elementos para a manutenção do sistema.
As Diretrizes da OIT contém um glossário, que além de trazer definições tradicionais como
auditoria; risco e perigo, dentre outros que se repetem em todas as normas, define também
termos não encontrados em outras normas, tais como: Comitê de Segurança e Social;
Empregador, Instituição Competente; Local de trabalho, Pessoa Competente; Supervisão
Ativa, Supervisão Reativa; Vigilância do meio ambiente do trabalho; dentre outros.
Além disto o documento mantém os compromissos da OIT e ratifica suas Recomendações eConvenções da OIT, dentre elas estão:
Convenções:115 Proteção contra as radiações , 1960135 representante dos trabalhadores , 1971136 Benzeno, 1971139 Câncer profissional, 1974148 Meio ambiente do trabalho (Poluição do ar, ruídos e vibrações), 1977155 Segurança e saúde dos trabalhadores , 1981
161 Serviços de saúde no trabalho, 1985162 Asbesto, 1986167 Segurança e saúde na construção, 1988170 Produtos químicos , 1990174 Prevenção de acidentes industriais maiores , 1993176 Segurança e saúde nas Minas, 1995. (ILO - OSH, 2001, p. 26) .
Recomendações:114 Proteção contra as radiações, 1960144 Benzeno, 1971147 Câncer profissional, 1974156 Meio ambiente do trabalho (Poluição do ar, ruídos e vibrações ), 1977164 Segurança e saúde dos trabalhadores, 1981
171 Serviços de saúde no trabalho, 1985172 Asbesto, 1986175 Segurança e saúde na Construção, 1988177 Produtos Químicos, 1990181 Prevenção de acidentes industriais maiores, 1993183 Segurança e saúde nas Minas, 1995 (ILO - OSH, 2001, p. 27) .
Referências selecionadas com recomendações práticas da OITPrevenção de acidentes industriais maiores (Genebra, 1991).Segurança e saúde em minas a céu aberto (Genebra, 1991).Segurança e saúde na Construção (Genebra, 1992)..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Segurança na utilização de produtos químicos no trabalho (Genebra, 1993).Prevenção de acidentes a bordo de navios no mar e em portos (Genebra - , 2 ª
Edição, 1996).Tratamento, nos locais de trabalho, dos problemas que se relacionam com oconsumo drogas e de álcool (Genebra.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................., 1996).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 61/161
61
Registro e notificação de acidentes de trabalho e doenças profissionais (Genebra,1996)Proteção de dados pessoais dos trabalhadores (Genebra, 1997).Segurança e saúde no trabalho florestal (Genebra, 2 ª edição, 1998).Fatores ambientais no local de trabalho (Genebra, 2001). (ILO - OSH, 2001, p. 27) .

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 62/161
62
3 METODOLOGIA
3.1 MÉTODO DE PESQUISA
A pesquisa em razão da natureza das questões formuladas e dos seus objetivos pode ser
classificada como: aplicada, qualitativa, exploratória e bibliográfica.
No que se refere a obtenção das respostas as questões formuladas, trata-se de uma pesquisa
qualitativa, pois consiste da análise, comparação e interpretação de: um Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde consolidado e com Ciclo de Aprendizado; de códigos, guias e normas
voluntárias de Gestão SST (certificáveis ou não) e de informações disponíveis na literatura
especializada, não requerendo, para tanto, o uso de métodos e técnicas estatísticas.
A obtenção das informações relativas ao sistema de gestão de SSO na CETREL foram
conseguidas através de informações coletadas através de relatórios, internet, consulta ao
Coordenador do Sistema de Gestão da empresa, a partir da solicitação formal da Universidade
Federal Fluminense.
O levantamento bibliográfico foi realizado através de bases de dados nacionais e
internacionais. As fontes principais dos dados e informações foram: visitas a bibliotecas, sites
na Internet, códigos da ABIQUIM, normas, guias, artigos, CD – Room da CETREL, revistas
especializadas e publicações referentes à sistemas de gestão de Segurança e Saúde
Ocupacional e autores com notório saber em tais assuntos.
3.1.1 Adequação aos objetivos da pesquisa
Este estudo não se propõe a testar teorias, nem a prover resultados que caracterizem
genericamente um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. O SGSSO da

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 63/161
63
CETREL será analisado e um modelo estratégico será proposto. A metodologia escolhida para
o desenvolvimento da pesquisa, deve proporcionar uma flexibilização para que toda e
qualquer hipótese da premissa inicial, possa ser modificada no decorrer do trabalho, uma vez
que não se tem referência de um estudo similar.
Em relação aos seus objetivos, trata-se de uma pesquisa exploratória, na medida em que não
visa verificar teorias e sim obter uma maior familiaridade com as mesmas objetivando obter
as respostas às questões formuladas, com vistas a torná-las explícitas.
O levantamento de dados consistiu da documentação do Sistema de Gestão de SSO da
CETREL, e de material já publicado, constituído principalmente por código, normas, guias,artigos e livros, tratando-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica.
Esta pesquisa tem como objetivo a obtenção de respostas às questões formuladas, a partir da
análise e interpretação de dados e das informações disponíveis na documentação da CETREL,
nos códigos, normas, guias e na literatura, atribuindo-lhes significado e confrontando-os com
a realidade das diretrizes e práticas da Gestão de SSO da CETREL.
Optou-se por um estudo qualitativo típico, com a identificação sistemática dos dados e
informações onde com o esforço do autor foram feitas as ilações, correlações, conclusões que
se buscava no contexto a ser estudado. A leitura da literatura, selecionada com a devida
interpretação permitiu otimizar o processo da pesquisa de modo a se obter um maior refino
para a elaboração das questões a serem investigadas e facilitou a formulação das respostas. A
análise e interpretação dos dados e informações foram feitas de forma interativa com a
obtenção dos mesmos, durante todo o processo de pesquisa.
O acesso aos dados da CETREL e a imersão no contexto do problema proposto fazem parte
do dia-a-dia da atividade profissional do autor que é engenheiro de segurança e docente de
cursos de Formação de Avaliadores para Prêmios de Gestão de Segurança e Saúde
Ocupacional.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 64/161
64
3.1.2 Seleção do estudo de caso
O estudo de caso é definido por Yin como "uma investigação empírica que investiga um
fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando, os
limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos" (2001, p. 32).
O uso de estudo de caso é recomendado quando se procura responder questões do tipo "como"
e "por que", sendo o foco direcionado para fenômenos contemporâneos que fazem parte da
vida real, ele é recomendado como estratégia de pesquisa.
O uso de estudo de casos é apenas uma forma de se fazer pesquisa, segundo Yin (2001, p. 21):
[...] como esforço de pesquisa, o estudo de caso contribui, de forma inigualável, paraa compreensão que temos dos fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos. Não surpreendentemente, o estudo de caso vem sendo uma estratégiacomum de pesquisa na psicologia, na sociologia, na ciência política, naadministração, no trabalho social e no planejamento.
O processo de investigação de um estudo de caso, segundo Yin:
[...] enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveisde interesse do que pontos de dados. e, como resultado, baseia-se em várias fontesde evidências, com dados precisando convergir em formato de triângulo, e, comooutro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e análise de dados. (2001, p. 32 e 33).
A pesquisa ativa apresenta-se como um método diferenciado, pela natureza das relações entre
o pesquisador e membros da organização, no tratamento de um ou mais problemas
reconhecidos por ambas as partes. Identificado o objeto de pesquisa, o investigador fornece
informações sobre linhas aconselháveis de ação e observa o impacto das mesmas no problema
organizacional. Desta forma acaba por tomar parte do campo da investigação.
O critério para seleção do estudo de caso foi o da empresa ser finalista do Prêmio de Gestão
de Segurança e Saúde Ocupacional da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes –
ABPA, nos anos 2001 e 2002.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 65/161
65
A selecionada CETREL S. A . – Empresa de Proteção Ambiental foi a vencedora do referido
Prêmio no ano de 2001, na Categoria Empresas com menos de 200 funcionários.
3.1.3 Fluxo da pesquisa
A pesquisa baseia-se nas seguintes etapas, conforme Figura 11.
Figura 11 - Fluxo da pesquisa
Definição do objetivo da pesquisa
Seleção do estudode caso
Seleção dos Sistemas deGestão
Pesquisa Bibliográfica
Análise
Conclusão

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 66/161
66
4 ESTUDO DE CASO - MODELO DE GESTÃO: CETREL S/A
4.1 CETREL S/A: PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
Em 14 de outubro de 1977 a CETREL S.A. - Empresa de Proteção Ambiental foi criada,
sendo que só iniciou a operação dos seus sistemas de tratamento de efluentes e resíduos
industriais em junho de 1978, passando a fazer parte do Complexo Industrial do Pólo de
Camaçari, um dos maiores complexos integrado da América Latina. Sendo uma empresa
privada e atuando num mercado competitivo a CETREL, presta serviços de engenhariaambiental em todo o país. "A Empresa dispõe de uma completa infra-estrutura de proteção
ambiental, composta por nove sistemas de grande porte (Quadro 7), que implicaram num
investimento global de US$ 250 milhões" (CETREL, 2001, p. 11).
A adoção da integração de práticas de tratamento de efluentes e resíduos industriais ocorreram
desde o início de suas atividade, tais práticas realizadas nos mais modernos complexos
industriais do mundo.
A integração de sistemas garante a sustentabilidade ambiental, contribuindo para quea CETREL pratique a Eco-eficiência (utilização racional dos recursos ambientais,com o máximo de eficiência e o mínimo de geração de impacto ao meio ambiente).Além disso, a integração de sistemas proporciona uma grande economia de escala euma maior segurança ambiental, quando comparada com pólos industriais maisantigos que ainda adotam sistemas individuais de proteção ambiental. (CETREL,2001, p. 11)
O Organograma da CETREL está representado na Figura 12.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 67/161
67
Figura 12: Organograma da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 18)
Na figura 12 verifica-se que o Organograma da empresa é bem simplificado, quase que
matricial o que possibilita maior agilidade para implementar ações.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 68/161
68
A visão empresarial da CETREL está representada na Figura 13.
Figura 13 - Visão Empresarial da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 16)
Na figura 13 a empresa trabalha com o binômio Desafios x Oportunidades de forma a agregarvalor à uma Cultura de Prevenção.
4.1.1 Descrição básica da organização
4.1.1.1 Principais grupos de serviços da CETREL.
Dentre os serviços prestados a empresa participa de todos os setores que correspondem à
engenharia ambiental, realizando sete tipos principais de serviços:
• Tratamento de efluentes e resíduos industriais.
• Incineração de resíduos perigosos (líquidos, sólidos e borras oleosas).
• Monitoramento ambiental (ar, solo, águas subterrâneas, rios e mar).
• Projetos de engenharia ambiental.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 69/161
69
• Prestação de serviços de consultoria ambiental.
• Diagnósticos ambientais/remediações.
• Análises laboratoriais.
4.1.1.2 Localização
No município de Camaçari está localizado o Pólo Petroquímico, este é o local onde está a
sede da CETREL. No Pólo encontram-se 54 indústrias (40 nas áreas Química e Petroquímica)
pertencentes a grupos privados nacionais e internacionais, produzindo petroquímicos de primeira, segunda e terceira gerações, além de plásticos, resinas, fibras, celulose, cervejarias e
o primeiro parque automotivo da Bahia, o Complexo Industrial da Ford, localizado na cidade
de Camaçari. "Os Sistemas da CETREL estão distribuídos entre Camaçari e Dias D’ Ávila
ocupando uma área com 600 (seiscentos) hectares" (CETREL, 2001, p. 11).
4.1.1.3 Porte e instalações
Apesar de ter uma atuação à nível nacional a CETREL é uma empresa de médio porte no que
se refere à sua força de trabalho e receita bruta, trata-se de uma das maiores empresas de
proteção ambiental do Brasil, não só na quantidade de sistemas em operação, quanto nas
capacidades instaladas desses sistemas (vide Quadro 12).
Item Sistemas Capacidade
instalada
Características
1 Coleta, transporte,
tratamento e disposição
final de efluentes líquidos
Vazão:144.000 m3/d
DBO: 120.000 kg/d
DBQ: 360.000 kg/d
Malha de coleta e transporte
(60km); estações elevatórias (07
unidades) e ETE
2 Disposição final de
resíduos sólidos Classe II
40.000 ton/ano Aterros industriais (células para
disposição final)
3 Estocagem de resíduos 2.000 ton/ano Silos, pátios e galpões

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 70/161
70
sólidos perigosos Classe I
4 Incineração de resíduos
líquidos
10.000 ton/ano
Câmaras de combustão e pós-
combustão; quencher, lavagem
de gases e chaminé
5 Incineração de resíduos
sólidos
4.400 ton/ano Câmara de combustão, shreder
e sistema de lavagem de gás
6 Rede de monitoramento do
ar
--------------------------
08 estações; FTIR – Fourrier
Transform Infra-red; telemetria;
radar acústico e summa
canisters
7 Gerenciamento das águas
subterrâneas --------------------------
508 poços de monitoramento e
barreira hidráulica
8 Disposição Oceânica 3 m3 /seg. Stand-pipe; emissários (terrestre
e submarino); píer
9 Unidade de biolavagem 1.500 ton/ano Reator biológico
Quadro 12: CETREL: Sistemas de Proteção AmbientalFonte: CETREL (2001, p. 11).
O Quadro 12 mostra os seus sistemas, destaque para a coleta de resíduos perigosos.
4.1.1.4 Dimensão dos Sistemas
Para se ter uma idéia do porte do Pólo de Camaçari, o maior complexo industrial integrado da
América Latina, o quadro 13 estabelece uma classificação em termos mundiais, apresentandocomo diferencial o número de indústrias instaladas.
Pólo Localização Número de Indústrias Classificação
BASF Ludwigshafen - Alemanha 352 Porte excepcional
GCWWA Houston – EUA 43 Grande porte
Camaçari Camaçari – Bahia – Brasil 54 Grande porte
DSM Geleen – Holanda 45 Grande porte
Triunfo Triunfo – RS – Bahia 09 Pequeno porte
LIS Samia Canadá 15 Médio porteQuadro 13 - Referências de Pólos Petroquímicos IntegradosFonte: CETREL (2001, p.12)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 71/161
71
No Quadro 13 verifica-se a importância do Pólo de Camaçari, não só por ser de grande porte,
mas também o que ele representa para o país, estando como referência a nível internacional..
4.1.1.5 Receita Bruta
A CETREL obteve em 2003, uma receita operacional líquida de cerca de R$ 69.376.000. Se
considerarmos que em 2000, a receita bruta foi de R$ 33 milhões, verifica-se que a empresa
tem apresentado resultados consistentes e crescentes.
4.1.1.6 Composição Acionária.
A CETREL foi privatizada no dia 14 de março de 1991 e sua composição acionária, antes das
novas aquisições está no Quadro 14.
Acionistas Percentual de ações (%)
Iniciativa privada
CopeneBacell
AntárticaCiquineTrikem
Nitroclor Nitrocarbono
Bavária
Outros
17,056,564,474,383,863,333,072,05
21,22Governo do estado 34,00Quadro 14 - Composição Acionária CETRELFonte: CETREL (2001, p. 12)
A CETREL foi privatizada em 1991, ficando o Governo da Bahia com 34%, como pode ser
observado no Quadro 14. Em 2004 ouve alteração na composição acionária ficando a
Braskem S/A, empresa pertencente do Grupo Odebrecht que adquiriu a COPENE detentora de
35% da CETREL e o Governo da Bahia, desde 2002, com 28,5%, ficando assim a iniciativa
privada com 71,5% da empresa.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 72/161
72
4.1.1.7 Principais mercados.
A CETREL foi criada para atender o Pólo de Camaçari, com suas 54 indústrias, sendo,
portanto, o seu principal mercado. No entanto ao longo dos anos a empresa foi crescendo e
passou a fornecer seus serviços em empresas de várias regiões do país, consolidando-se assim
como referência nacional.
4.1.1.8 Perfil da força de trabalho da CETREL
A CETREL valoriza o ser humano, para isto, adota uma estratégia que sustenta ações de
Gestão de Pessoas. A área de Recursos Humanos - RH coordena a aplicação de políticas e
diretrizes estabelecidas pela Alta Direção, fornecendo apoio, orientação e assessoramento aos
Líderes que são os responsáveis por estas ações. A empresa possui um efetivo menor que 250
empregados próprios, onde pelo menos 70% são de nível médio e os outros 30% são de nível
superior. Da força de trabalho própria pelo menos 30% são sindicalizados junto ao SINDAE(que representa a categoria).
A maioria dos empregados da CETREL é constituída por homens (aproximadamente 82%), e
o restante mulheres (18%). A área operacional trabalha em cinco equipes em regime de
revezamento de turnos de oito horas. Por outro lado, a CETREL utiliza a força de trabalho de
seis contratadas, nas áreas de Construção Civil, manuseio de resíduos especiais, serviços de
segurança patrimonial, empresa de transportes, limpeza e conservação e alimentação.
4.1.1.9 Tipos de clientes
Em termos de clientes a CETREL possui dois tipos principais:
"Grupo G1: empresas interligadas nos sistemas integrados da CETREL, a grandemaioria sendo do Pólo de Camaçari, ou que utilizam esse sistema permanentemente.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 73/161
73
No Grupo G1 as principais são: Deten Química S/A; Monsanto Nordeste; BraskemS/A
Grupo G2: empresas que contratam os serviços da CETREL por prazo determinado,a maior parte sendo de empresas de outros estados." (CETREL, 2001, p. 12).
No Grupo G2 as principais são: Albrás Alumínio Brasileiro S/A; Alunorte S/A; Moto Honda
da Amazônia S/A; Petrobrás REFAP; Klabin Paraná Papéis; Celesc Centrais Elétricas de
Santa Catarina; Eletronorte; Aço Minas Gerais S/A - Açominas; Companhia Nitro Química
Brasileira; Alcoa Alumínio S/A; Companhia Siderúrgica Belgo Mineira; Companhia
Siderúrgica de Tubarão - CST; Companhia Siderúrgica Nacional - CSN; Companhia Vale do
Rio Doce; Daimler & Chrysler; Dow Química S/A; Gerdau; Furnas Centrais Elétricas S/A;
Oxiteno.
A CETREL mantém estratégias diferenciadas para se relacionar com os clientes G 1 e G 2.
4.1.1.10 Requisitos especiais de segurança
Devido ao tipo de serviço prestado, a CETREL mantém um permanente controle quanto à
presença de material tóxico nos efluentes líquidos, resíduos sólidos e emissões atmosféricas.
A forma de fazer este monitoramento é através de instrumentos e equipamentos on line.
Nos processos (rotina e não rotina) da CETREL são realizadas identificação de perigos e
danos para a segurança e saúde e de aspectos e impactos para as questões ambientais, dessa
forma as intervenções dos recursos humanos, sejam empregados próprios ou prestadores de
serviço em atividades nas suas áreas estão com controles ativos definidos quanto aos riscos
ocupacionais e ambientais, sejam eles, EPI' s, procedimentos especiais, dentre outros. "A
Cetrel dedica especial atenção à área de Segurança Industrial e Higiene Ocupacional. O
objetivo é garantir aos seus empregados e prestadores de serviço um ambiente de trabalho
livre de riscos e onde a prevenção de acidentes constitua prioridade" (www.cetrel.com.br,
2004).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 74/161
74
4.1.1.11 Principais equipamentos e instalações
Os principais equipamentos e instalações da empresa são
• Sete elevatórias para recalque de efluentes líquidos.
• Sistema de coleta e transporte de efluentes, constituído por 30 km de tubulações e 30 km de
canais.
• Estação de tratamento de efluentes, constituída por quatro tanques de aeração, uma câmara
de remoção de voláteis, uma bacia de equalização, doze decantadores secundários, três
espessadores de lodo, dois digestores aeróbios, 16 células de fazendas de lodo e uma bacia dereunião de efluentes.
• Parque de incineração, composto por dois incineradores: um para líquidos e outro para
sólidos.
• Aterros industriais constituído por diversas células para disposição de resíduos.
• Rede de monitoramento do ar, formada por oito estações fixas, o FTIR, o sistema de
telemetria, um radar acústico e equipamentos summa canisters.
• Rede de monitoramento da água subterrânea, com 508 poços e uma barreira hidráulica, com26 poços.
• Sistema de disposição oceânica, constituído por standpipe, emissário terrestre (11 km), duas
torres de equilíbrio e emissário submarino (4,8 km).
4.1.1.12 Principais tecnologias
A CETREL na sua busca por excelência procura utilizar tecnologia de ponta na área de
proteção ambiental, um exemplo disto está na relação abaixo:
• Ampliação da ETE – projeto básico da DHV Consultants (Holanda) – 2001.
• Aterros industriais para resíduos sólidos – tecnologia ZVSMM (Alemanha) – 2000.
• Unidade de biolavagem de resíduos - tecnologia própria da CETREL – 1999.
• Incineração de resíduos sólidos – tecnologia: Andersen (EUA) – 1998.
• Rede de monitoramento do ar – tecnologias: Environnement (França) e ETG (EUA) – 1994.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 75/161
75
• Incineração de resíduos líquidos – tecnologia: Sulzer (Suíça) – 1991.
• Sistema de disposição oceânica – projeto básico: Engineering Science (EUA) – 1991.
A Cetrel tem firmado alianças estratégicas com importantes empresas internacionaisda área ambiental, entre as quais a DHV (Holanda), para desenvolvimento de projetos conjuntos na área de reuso da água; a Lakes Environmental Softwares Inc.(Canadá), para a realização de planos de gestão de resíduos com a utilização desoftwares específicos; e a Bolland (Argentina), para a incineração de resíduos com baixo percentual de cloro, estando a nova planta em plena operação na área da Cetrel(www.cetrel.com.br, 2004)
A Cetrel representa com exclusividade no Brasil a Lakes Environmental Software,empresa canadense que é uma das mais importantes do mundo na área dedesenvolvimento de softwares de modelagem de dispersão atmosférica e avaliaçãode riscos, disponibilizando esses serviços a indústrias, empresas de consultoria,
agências governamentais e universidades. Essa parceria vem dar suporte ecomplementar as atividades de monitoramento atmosférico e elaboração de projetosde redes de monitoramento do ar, já desenvolvidas pela Cetrel (www.cetrel.com.br,2004).
4.1.1.13 Principais Processos
A CETREL com atuação em vários campos da engenharia ambiental, mantém como
processos principais os seguintes:
Tratamento de efluentes líquidos – processo biológico de lodos ativados, que permite a eliminação da carga orgânica poluidora presente nos efluentes líquidosindustriais, gerando como sub-produto os biosólidos (lodo biológico), utilizadocomo fertilizante e corretor de solos.
Processamento de resíduos sólidos – são utilizados aterros industriais especiais paradisposição final de resíduos sólidos Classe II. Tais sistemas são constituídos por
células devidamente impermeabilizadas com argila e mantas plásticas de polietilenode alta densidade, onde são acondicionados os resíduos.
Incineração de resíduos perigosos (líquidos e sólidos) – os resíduos são queimados aaltas temperaturas (cerca de 1250ºC), com resfriamento brusco na câmara de pós-combustão para inibir a formação de dioxinas e furanos. O sistema de lavagem degases permite que as emissões na chaminé contenham níveis de poluentesatmosféricos inferiores aos legislados.Monitoramento do ar – as oito estações fixas da rede avaliam continuamente (24horas) on line o ar na área do Pólo e comunidades vizinhas. As estações sãointerligadas através de sistema de telemetria, tornando possível o acesso às estaçõesfixas no Pólo. Por outro lado, os poluentes orgânicos são monitorados pelo FTIR e pelos equipamentos summa canisters.
Gerenciamento das águas subterrâneas – o processo consta do monitoramento naárea de influência do Pólo, através de uma rede de 508 poços, onde são coletadas asamostras de água para análises em laboratório. As áreas que necessitam de

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 76/161
76
remediação são mapeadas e confinadas pela barreira hidráulica, que impede amigração de potenciais plumas de poluentes para outras regiões.
Disposição oceânica dos efluentes líquidos – com índice de purificação da ordem de97%, os efluentes tratados na ETE são dispostos no fundo do mar, a 4,8 km da costa
e a 25 m de profundidade, com uma diluição mínima de 1:400, evitando impactosambientais no mar. (CETREL, 2001, p. 13 e 14)
4.1.1.14 Caracterização da região onde a CETREL está instalada
O Pólo Petroquímico de Camaçari, onde está a CETREL em sua área industrial, possui as
seguintes características. Ele está localizado na latitude 12º 40’ S e da longitude 38º 20’ W, próximo ao litoral baiano e a uma distância de cerca de 75 Km a NNE da cidade de Salvador,
a temperatura média anual é de 25º C, a umidade relativa do ar varia de 80% a 100%, com os
valores máximos sendo atingidos entre abril e agosto e os valores mínimos entre os meses de
outubro e fevereiro (primavera e verão), a precipitação anual fica em torno de 1700 mm,
sendo que a maior quantidade precipita entre os meses de abril, maio e junho. Os meses mais
secos do ano ocorrem entre outubro e fevereiro.
.O clima de Camaçari é classificado como quente e úmido, que é típico de regiãotropical próxima do litoral, com distribuição irregular de chuvas que se estendem praticamente durante todo o ano. O clima de Camaçari é influenciado pelos persistentes ventos alísios, que sopram predominantemente de leste, de nordeste e desudeste, representando um fator controlador importante para os ventos observadosna região. (CETREL, 2001, p.. 14).
4.1.1.15 Infra-estrutura da região
A CETREL pode contar, no Pólo de Camaçari, com uma completa e moderna infra-estrutura
de apoio para situações do dia a dia e emergenciais, pode-se destacar:
"• Corpo de Bombeiros do Centro Industrial de Aratú, localizado a cerca de 40 Km da
CETREL.
• Hospital Geral de Camaçari (HGC) situado a 9 Km da sede da CETREL.
• Defesa Civil das cidades de Camaçari e Dias D’Ávila, cuja sede fica localizada a 12 Km daCETREL.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 77/161
77
• Posto do Ministério do Trabalho e Emprego localizado na cidade de Camaçari" (CETREL,
2001, p. 14).
Além disto a CETREL participa do Plano de Auxílio Mútuo - PAM, mantido no PóloPetroquímico de Camaçari, com as demais empresas ali instaladas.
4.1.1.16 Principais Prêmios de SSO
Ao longo dos anos a CETREL tem participado ativamente de concursos e prêmios a nívellocal e nacional e tem conseguido atingir as premiações. Pode-se destacar entre elas aquelas
ligadas ao tema segurança e saúde segurança/saúde, com destaque para:
Prêmio de Gestão de Segurança e Saúde da ABPA - 2001
Prêmio SESI de Qualidade de Vida no Trabalho – 1999.
Concurso Anual de Segurança da ABPA – Certificado Especial – 1999.
Concurso Anual de Segurança da ABPA – Certificado Especial e Mérito – 1998.
Prêmio SESI de Qualidade de Vida no Trabalho – 1998.
Concurso Anual de Segurança da ABPA – Certificado Especial e Mérito – 1997.
Concurso Anual de Segurança da ABPA – Certificado Especial e Mérito – 1993.
4.1.2 Necessidades dos clientes
Uma das preocupações da CETREL é com as necessidades dos clientes, não só em função da
Gestão da Qualidade, mas também porque ela sempre esteve em busca da satisfação de seus
clientes. Assim sendo várias pesquisas periódicas são realizadas para medir a satisfação destes
clientes, no Quadro 15 estão dados fornecidos no Relatório de 2001, que apresentam as
principais necessidades dos clientes, separadamente para os grupos de clientes G1 e G2.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 78/161
78
Quadro 15 - Necessidade dos Clientes CETRELFonte: CETREL (2001, p. 14)
No Quadro 15 os dados são muito consistentes, pois, estão retratadas necessidades dos
clientes da empresa que dificilmente não serão retratadas em pesquisas posteriores, as mais
relevantes são Obediência à legislação, pontualidade, rapidez na resposta, cumprimento dos
termos contratuais e respostas as reclamações e duvidas.
4.1.3 Relacionamentos com fornecedores
A CETREL possui mais de 300 fornecedores, incluindo fornecedores de serviços de
manutenção civil, fornecedores de insumos energéticos, a fornecedora de gás natural,fornecedores de insumos e produtos químicos.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 79/161
79
4.1.4 Atuação – aspectos relevantes
4.1.4.1 Situação no ramo perante a concorrência
No mundo os pólos mais modernos, foram concebidos a partir de uma filosofia clara, que é a
da utilização de sistemas integrados de proteção ambiental. Diante deste fato a concorrência é
muito grande para as empresas de prestação de serviços. No caso da CETREL, por estar
instalada no Pólo esta concorrência é baixa. Os serviços com maior nível de concorrência são
os de incineração, aterros industriais e monitoramento ambiental.
A par das suas atividades técnicas e operacionais, a CETREL vem expandindo cadavez mais sua atuação na área de responsabilidade pública e cidadania,desenvolvendo um consistente Programa de Educação Ambiental e estimulando projetos e atitudes que contribuam para compatibilizar o desenvolvimentoeconômico com a preservação do meio ambiente. (www.cetrel.com.br, 2004).
A busca pela excelência é para a CETREL, de grande importância, o que vem sendo
intensificado com a expansão do mercado para clientes de outros estados. De forma pioneira
"a CETREL é a única empresa brasileira capaz de prestar serviços em todos os campos da
engenharia ambiental, constituindo-se num verdadeiro benchmark no país" (CETREL, 2001,
p.. 15). Os sistemas de Gestão da CETREL foram certificados pela ISO 14001, em jan/96,
(primeira empresa do mundo na área ambiental a obter tal distinção), além da ISO 9002: 1994
(hoje a empresa já está Certificada ISO 9.001: 2000) e a OHSAS 18001: 1999, em novembro
de 2000. Com isto o Sistema Integrado de Gestão da CETREL, inclui a Gestão da Qualidade,
meio ambiente e a Segurança/Saúde Ocupacional. A grande novidade na empresa em 2004,
foi a certificação em S A 8.000, a norma de Responsabilidade Social, inclusive a empresa está
aguardando a nova ISO social. Além disso, o laboratório da CETREL é credenciado pela ISO-
Guide 25, através do INMETRO, e foi a primeira empresa brasileira a implantar sua própria
Agenda 21 da ONU.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 80/161
80
4.1.4.2 Quantidade e tipos de concorrentes
No Brasil nos últimos anos tem sido crescente a procura das empresas por serviços na área
ambiental, em contrapartida o número de empresas que prestam serviços nessa área é
pequena. "Os principais concorrentes da CETREL são: Bayer, com sede em Belfort Roxo-RJ;
Cinal, com sede em Marechal Deodoro-Al, CRTI, com sede em Curitiba - PR; Cetesb, com
sede em São Paulo-SP; Ciba-Geigy, com sede em Taboão da Serra-SP e Sitel, com sede em
Triunfo-RS" (CETREL, 2001, p. 15).
4.1.4.3 Principais estratégias e planos de ação perante a concorrência
A CETREL está atenta para os desafios que advém do mercado e da concorrência, para tanto
a empresa mantém estratégias anuais, o exemplo a ser comentado é para o ano de 2001, neste
ano a principal estratégia da CETREL foi a expansão para novos mercados do país,
principalmente empresas localizadas na região Sudeste.
"O Sistema de Gestão da Cetrel - SGC - adotado em 1997, o modelo da gestãoestabelecido pela Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade - FPNQ,fundamentado em oito Critérios de Excelência: Liderança, Estratégias e Planos;Clientes, Sociedade; Informações e Conhecimento; Pessoas; Processos e resultadosda Organização. Esses critérios são fortemente inspirados no modelo de gestão proposto pelo prêmio norte - americano da Qualidade, o Malcolm Baldrige National
Quality Award. O elevado desempenho da Gestão da empresa levou-a à condição devencedora do Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ, em 1999, tornando-se a primeira organização brasileira a conquistar este prêmio na categoria MédiasEmpresas" (REVISTA ..., 2003, p. 128).
Em 2001 as principais estratégias estabelecidas no Planejamento Estratégico foram:
"• Expansão de serviços para os clientes do grupo G 2, principalmente quanto ao
processamento de resíduos sólidos, incineração, monitoramento ambiental, análises
laboratoriais e consultoria.
• Aprimoramento do SGC da CETREL, cujo RGC deste ano foi elaborado dentro dos
Critérios de Excelência 2001 (o que ocorre há quatro ciclos).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 81/161
81
• Valorização do ser humano, de acordo com diversos projetos de RH, entre os quais o PCH e
o PDRH.
• Aprimoramento contínuo do desempenho ambiental, segundo as normas ISO
14001/14004/14031" (CETREL, 2001, p. 15-16).
4.1.5 Outros Aspectos Importantes
4.1.5.1 Principais desafios para entrada em novos mercados
Apostando numa estratégia de atuação a nível nacional a CETREL visando o crescimento de
sua área comercial (Time de Comercialização de Serviços), inaugurou em 2002 um escritório
fora de Camaçari, localizado no bairro de Campo Belo, no município de São Paulo/SP, onde
mantém um corpo técnico e uma estrutura para atendimento dos clientes.
O principal desafio vem sendo o crescimento "através do aprimoramento contínuo dehabilidades nas áreas de relacionamento comercial e mercadológico (marketing, participação
em concorrências, vendas de serviços etc)" (CETREL, 2001, p. 16).
4.1.5.2 Alianças estratégicas
Atenta ao mercado à qual está inserida a CETREL tem buscado firmar alianças estratégicas
com empresas nacionais e internacionais da área ambiental, com destaque para:
A DHV (Holanda), para desenvolvimento de projetos conjuntos na área de reuso da
água;
A Lakes Environmental Softwares Inc. (Canadá), para a realização de planos de
gestão de resíduos com a utilização de softwares específicos;
A Bolland (Argentina), para a incineração de resíduos com baixo percentual de cloro,
estando a nova planta em plena operação na área da Cetrel.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 82/161
82
4.1.5.3 Introdução de novas tecnologias
A CETREL em proteção ambiental é um benchmark nacional, principalmente depois do
pioneirismo da entrada em operação da Unidade de Biolavagem de Resíduos, uma vez que
esta unidade é tecnologia desenvolvida na própria empresa.
Outros itens importantes com relação a tecnologia destacam-se: o Sistema de Telemetria e o
Radar Acústico, ambos com "tecnologia da Environnement (França) e implantados em 1998,
que elevaram o nível operacional da rede de monitoramento do ar da CETREL para classe
mundial" (CETREL, 2001, pg. 16). Outro destaque é o Aterro Industrial Vertical da Empresa,com manta de PEAD de 2mm e conjugada com bentonita, constituindo-se num dos mais
modernos sistemas da América Latina e comparável ao benchmark da empresa nessa área, a
ZVSMM (Schwabach - AL). Por fim, os equipamentos on line da Empresa, sendo os
principais: o analisador de Carbono Orgânico Total; analisador de gases, e diversos outros
instrumentos de primeira geração que fazem parte do acervo do laboratório da CETREL.
A CETREL e Bolland instalaram um moderno incinerador com capacidade dequeima de 36.000 t/ano e destinado ao processamento de resíduos provenientes da perfuração de poços para a extração de petróleo, denominados genericamente comocascalho de perfuração, solos contaminados que se apresentam em diferentes estadosde agregação (a exemplo de sólidos, semisólidos e líquidos) e contendo quantidadesvariadas de hidrocarbonetos. Também foi previsto o tratamento de outros resíduos provenientes da exploração de petróleo" (www.cetrel.com.br, 2004).
4.1.5.4 Engenharia ambiental
Hoje, a Cetrel é uma empresa brasileira de referência em sua área de atividades, não só devido
a abrangência de serviços em todos os campos da engenharia ambiental, mas também por um
desempenho operacional comparável ao das maiores organizações similares no mundo, dentre
às quais pode-se destacar:
a BASF Aktiengesellschaft , localizada em Ludwigshafen, na Alemanha;
a DSM (Dutch State Mining), com sede em Geleen, na Holanda;

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 83/161
83
a GCWA (Gulf Coast Waste Disposal Authority), cujo site principal fica em Houston,
nos Estados Unidos,
a Lambton Industrial Society, localizada em Sarnia, no Canadá,
a Bayer , com sede em Leverkusen, na Alemanha,
a DHV Consultants, da Holanda (na área de consultoria ambiental),
a Mitsui Chemicals, em Tóquio – Japão.
4.2 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE OCUPACIONAL –
SGSSO
Na CETREL as questões relativas a Segurança e Saúde Ocupacional iniciaram com o
atendimento aos requisitos da BS 8.800, posteriormente com base na norma internacional
OHSAS 18.001: 1999 - “Occupational Health and Safety Assessment Series” , publicada em
Londres pelo BSI em 15/04/1999. O Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde
Ocupacional da CETREL – SGSSO foi foi certificado pela empresa BVQI –“ Bureau Veritas
Quality International” durante a auditoria final, realizada na CETREL no período de 27 a30/11/2000.
A elaboração do SGSSO da CETREL foi desenvolvida ao longo de 11 meses de trabalho
(janeiro a novembro de 2000), contando principalmente com a base conseguida na
certificação da ISO 14.001. O trabalho contou com as seguintes etapas, em primeiro lugar foi
feito um amplo diagnóstico inicial realizado pela empresa de Consultoria BV – Brasil
(período de 12 a 14/01/00), A seguir passou-se ao planejamento de implantação do SGSSO,onde foram desmembrados em três níveis: Macro, Consolidado e Detalhamento de Tarefas.
Deve ser considerado que quando este processo foi deflagrado não existia a OHSAS 18.002,
que é um Guia para a implantação da OHSAS 18.001 e ainda que a empresa já possuía a
certificação pelas Normas ISO 9002/1994 e ISO 14.001/1996.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 84/161
84
4.2.1 Elementos do Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional –
SGSSO
4.2.1.1 Diagnóstico inicial.
Uma decisão da empresa no processo de implantação da OHSAS 18.001 foi o de realizar um
levantamento da situação inicial, ou seja, a opção à época foi seguir os passos da BS-8800.
Consolidado este diagnóstico inicial foi elaborado o documento “Relatório de Diagnóstico do
Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional da CETREL”, que serviu de base para a definição de estratégias para elaboração do planejamento do sistema. "Desse
modo, para cada um dos itens normativos da OHSAS 18.001, foram levantados os Pontos
Fortes (PF) e as Oportunidades de Melhoria (OM)" (CETREL, 2001, p. 29). Todo este
processo foi otimizado pelo fato da empresa já possuir:
[...] naquela ocasião, um Sistema de Gestão Ambiental – SGA, certificado pelasnormas internacionais BS-7750 (certificação obtida em janeiro/96) e ISO 14.001
(certificação em setembro/96). De fato, foram registrados quando do diagnósticoinicial da OHSAS 18.001, diversos aspectos que apresentavam correlação com anorma ISO 14.001, facilitando assim, o trabalho de implantação do SGSSO.(CETREL, 2001, p. 29).
O Diagnóstico do SGSSO foi feito através das referências do BS 8800, dentre elas estão:
"a) Os requisitos da legislação aplicável à CETREL e que tratam dos assuntos de Segurança,
Higiene e Saúde Ocupacional;
b) Guias e práticas existentes/adotadas para a gestão de SSO na Organização;c) Levantamento da melhor prática e desempenho do setor (tratamento de efluentes e resíduos
industriais), conforme o Plano de Benchmarking da CETREL;
d) A eficiência e eficácia de recursos dedicados à gestão de SSO" (CETREL, 2001, p. 29).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 85/161
85
4.2.1.2 Requisitos gerais
Para a empresa "O ser humano é o maior valor que a CETREL possui" (www.cetrel.com.br,
2004)
O objetivo geral da gestão da segurança, higiene e saúde ocupacional é "proporcionar aos
trabalhadores da CETREL e das empresas contratadas, um ambiente de trabalho que
contribua, de forma decisiva, para seu bem-estar físico e mental" (CETREL, 2001, p. 29).
Todas as ações são gerenciadas com base nos requisitos da Norma OHSAS 18001.
Os objetivos específicos da gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional são:
a) Cumprir os requisitos da Norma OHSAS 18001; b) Divulgar uma cultura de prevenção, de tal modo que cada trabalhador saiba atuarem prol de sua segurança e saúde;c) Proporcionar um ambiente de trabalho com condições adequadas para aconvivência harmônica das pessoas, de modo a protegê-las contra agentesagressores, físicos, químicos e biológicos.d) Reduzir os riscos físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente detrabalho (CETREL, 2001, p. 29).
O modelo de gestão da CETREL envolve três variáveis do sistema: Segurança, Higiene e
Saúde Ocupacional, de forma integrada. A cada ano são definidos os objetivos e metas do
SGSSO, que são acompanhados e avaliados periodicamente. "Esta sistemática de gestão,
abrange todas as pessoas que trabalham na CETREL (empregados, contratados e estagiários)
como também, os visitantes" (CETREL, 2001, p. 29 e 30). O diagrama da Figura 14 ilustra o
modelo de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional.
Figura 14 - Modelo de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 31)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 86/161
86
A Figura 14 representa o Modelo de Gestão da CETREL, que será analisado no Capítulo 5
deste estudo, junto com a apresentação de um Modelo Estratégico em função do porte e da
abrangência dos Sistemas de Gestão na empresa.
4.2.1.2.1 Programas legais e acordos coletivos
PPRA
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) – visa:
[...] a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através daantecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência deriscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendoem consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (item 9.1.1,da NR 9).
Trata-se de um programa de higiene ocupacional, envolvendo os riscos físicos, químicos e
biológicos gerados no ambiente de trabalho. "Para realizar este diagnóstico, são realizadascampanhas de monitoramento dos trabalhadores, no sentido de identificar o grau de exposição
aos agentes agressores à saúde" (CETREL, 2001, p. 31).
Após a avaliação e a implantação de controles, são medidos os resultados, sendo o foco a
melhoria contínua do ambiente de trabalho. Os resultados são cruzados com os exames
médicos periódicos, permitindo assim uma visão preventiva, no contexto da saúde
ocupacional.
PCMSO
Outro programa fundamental no contexto da gestão da saúde ocupacional é o Programa de
Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO, que visa "a promoção e preservação da
saúde do conjunto dos seus trabalhadores" (item 7.1.1, da NR 7). Desta forma é realizado um
monitoramento biológico dos trabalhadores. Para cumprir este requisito legal, a CETREL
pauta-se nos seguintes procedimentos:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 87/161
87
• Considerações sobre higiene ocupacional – através de estudos sobre higieneocupacional, foi possível identificar os agentes agressores que podem existir noambiente do trabalho, e os danos que poderão causar às pessoas. A partir destasinformações, identifica-se a bateria de exames que deverá ser realizada nostrabalhadores, a fim de monitorar seu efeito sobre o organismo humano.
• A existência de um programa de higiene ocupacional, permite a CETREL,monitorar periodicamente trabalhadores e as condições existentes no ambiente detrabalho, no sentido de antecipar-se à solução dos eventuais problemas."(CETREL, 2001, p. 31).
Os Indicadores Biológicos são definidos pelo Médico Coordenador do PCMSO
– Estratégia utilizada para a avaliação da saúde ocupacional
Durante três meses no ano, são realizados todos os exames periódicos, cujosresultados, estatisticamente analisados, definem o perfil de saúde e o plano de açãonecessário para a melhoria contínua da saúde ocupacional. Eventuais alterações biológicas são pesquisadas através de exames complementares, até que seja obtidoum esclarecimento. Se necessário, o empregado pode ser afastado do ambiente detrabalho ou reabilitado em outra função. (CETREL, 2001, p. 32).
Dentro de uma visão futurista e preventiva, a CETREL realiza outros estudos, buscando antecipar-se a situações que poderão ocorrer, em função dos agentesquímicos existentes no ambiente de trabalho. Exames especiais são realizadosquando são identificadas situações de afastamento: licenças e ausências para arealização de estudos, num período igual ou superior a 30 dias. A bateria de exames
é a definida no PCMSO. No perfil de saúde, também são levados em conta, osresultados dos exames especiais. (CETREL, 2001, p. 32) .
Acordos Coletivos
A CETREL negocia e cumpre os Acordos Coletivo de Trabalho negociados como SINDAE –
Sindicato de Águas e Esgotos do Estado da Bahia, que são celebrados anualmente. Como
exemplo, no ano de 2001 foram definidas as seguintes condições, relativas à saúde e
segurança ocupacional.
a) Avaliação ambiental – estabelece o compromisso da Empresa, de fazer omonitoramento contínuo dos agentes químicos, físicos e biológicos existentes noambiente de trabalho.
b) Proteção coletiva – assegura a adoção de medidas de proteção coletiva paraminimizar os riscos de exposição dos trabalhadores.
c) Informação sobre os riscos – compromisso de informar todos os empregados,sobre os riscos existentes no ambiente de trabalho.
d) Advertência sobre os riscos – assegura a colocação de avisos, informando osriscos pertinentes a cada local de trabalho, garantindo a recusa da tarefa, emsituações de risco iminente ou grave.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 88/161
88
e) Complementação salarial – garante o complemento do salário do empregadoafastado em decorrência de acidente do trabalho, ou doença ocupacional.
f) Indenização por acidente do trabalho – garantia de um prêmio correspondente a 30vezes o salário do empregado.
g) Readaptação funcional – garantia de readaptar o empregado em outra funçãocompatível com a sua saúde e capacitação.
h) Estabilidade especial – garante a estabilidade de 12 meses, após o retorno aotrabalho, para empregados afastados por acidente ou doença ocupacional.
Divulgação – Cabe aos líderes e também à área de Segurança Industrial e Assessoriade Recursos Humanos (responsável pela área médica da Empresa), aresponsabilidade de divulgar as diretrizes, ações e orientações gerais sobre questões pertinentes à segurança, higiene e saúde ocupacional. Para tanto, são utilizados,entre outros, os seguintes mecanismos:
a) Comunicação verbal através de reuniões; visitas às unidades de trabalho ecomunicação individual; b) Educação e treinamento, mediante a aplicação de diversos conteúdos abordandotemas tais como: conceitos de segurança, combate a incêndio, proteção respiratória e primeiros socorros;c) Comunicados e informes utilizando o correio interno;d) Inspeções no local de trabalho, quando são repassadas informações a propósito detemas específicos;e) Sinalização nos diversos locais de trabalho;f) Feedback individual a respeito de aspectos relativos à saúde dos trabalhadores."(CETREL, 2001, p. 32).
4.2.1.3 Política de Segurança e Saúde Ocupacional
Estabelecimento das práticas de gestão e padrões de trabalho
Sustentada pela Filosofia Empresarial da CETREL, a Política de SSO abrange todasas atividades da Organização, incluindo: Coleta, Transporte, Tratamento eDisposição Final de Efluentes Líquidos; Processamento/Tratamento e DisposiçãoFinal de Resíduos Sólidos (Classe I e Classe II), Incineração de Resíduos Perigosos
(Líquidos e Sólidos), Operação do Emissário Submarino, Monitoramento do Ar eMonitoramento da Água Subterrânea. Esta Política direciona as ações da Empresa para práticas modernas, contemplando todos os níveis da Organização:colaboradores, fornecedores/parceiros, visitantes e toda a força de trabalho. OQuadro 16 apresenta a Política de Segurança e Saúde Ocupacional da CETREL.(CETREL, 2001, p. 35).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 89/161
89
Quadro 16 - Política de Segurança e Saúde Ocupacional da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 35)
No Quadro 16 a Política de SSO da CETREL atende aos requisitos da OHSAS 18001,
apresenta vários pontos fortes como “padrões superiores aos legislados”; “melhores práticas
de gestão sempre orientadas para a prevenção de riscos ocupacionais”.
A Política de SSO é parte integrante do Sistema Integrado de Gestão da CETREL, sustentado
pela Filosofia Empresarial da empresa. Os compromissos são assumidos pela Alta Direção,
Líderes, Colaboradores, Força Interna de Trabalho, e nele encontra-se o atendimento das
necessidades das partes interessadas (stakeholders): Acionistas, Clientes, Empregados,
Fornecedores, Prestadores de Serviço, Parceiros, Comunidades, Órgãos Ambientais e
Sociedade em Geral.
"A criação da Filosofia Empresarial da CETREL teve a participação direta da Alta Direção
(Diretor Superintendente e Diretor da Área Técnica), dos dez Líderes, dos Técnicos de Nível
Superior(TNS) e de Técnicos de Nível Médio (TNM). A elaboração desta Filosofia, incluindo
a Política de SSO, ocorrem em workshops e seminários internos, sendo a aprovação final

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 90/161
90
realizada na CTGA – Comissão Técnica de Garantia Ambiental e de SSO (comitê constituído
pelos diretores e líderes da Organização)" (CETREL, 2001, p. 35).
O processo inicia com a Alta Direção que comunica a Filosofia Empresarial a todos os
empregados e prestadores de serviço, a disseminação é feita através de palestras proferidas
pelo próprio Diretor Superintendente (principal dirigente da CETREL), onde todos podem
fazer questionamentos sobre os princípios da filosofia e a medição de sua absorção é realizada
através de pesquisas conduzidas pela área de RH.
Por outro lado, durante o Fórum do Planejamento Estratégico Anual, é revisada aFilosofia Empresarial (incluindo a Política de SSO) com a participação dos
diretores, líderes (gerentes) e técnicos de nível superior. Além disso, a disseminaçãoda Filosofia Empresarial é realizada em toda a Organização, pelos seus dez líderes,através de programas de treinamentos obrigatórios que enfocam especialmente agestão de pessoas. (CETREL, 2001, p. 35).
A comunicação dos sete fundamentos para o público interno é feita através da intranet e de
posters afixados em todas as áreas da Empresa. Em relação ao público externo, toda a
filosofia empresarial é divulgada na homepage (www.cetrel.com.br), sendo ainda distribuído
também um folder da CETREL (Elementos para Compreensão das Questões Ambientais).
A CETREL publica, anualmente, na mídia os Objetivos e Metas de Segurança, Higiene e
Saúde Ocupacional, incluindo os prazos e os responsáveis por essas metas. É realizada ainda
uma Analise Crítica de SSO (semestralmente), onde são avaliados 11 indicadores para a
verificação do cumprimento da Política de SSO, e os resultados são divulgados em todas as
áreas da empresa. Além disso, um indicador do BSC o IGSSO – Indicador de Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional (índice constituído por sete critérios: Liderança,
Planejamento de SSO, Foco em SSO, Gestão da Informação, Gestão de Pessoas, Gestão deProcessos e Resultados de SSO), propicia uma avaliação da performance da Política de SSO.
O Quadro 17 apresenta a Missão da CETREL é:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 91/161
91
Quadro 17 - Missão da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 37)
A Missão da CETREL enfatiza o compromisso com o Pólo Petroquímico onde está instalada,
alem do comprometimento com elevados padrões de desempenho.
O Quadro 18 apresenta a Visão da CETREL.
Quadro 18 - Visão da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 37)
A Visão da empresa expressa onde se quer chegar, conseguir o reconhecimento como
referencia internacional.
O Quadro 19 apresenta os Princípios Éticos da CETREL.
Quadro 19 - Princípios Éticos da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 37)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 92/161
92
Nos Princípios Éticos a CETREL assume compromisso com os seus funcionários;
transparências com os órgãos de fiscalização e principalmente confiabilidade dos dados e
informações.
O Quadro 20 apresenta as Crenças/Valores da CETREL.
Quadro 20 - Crenças e Valores da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 37)
Através das Crenças e Valores a CETREL cria um alicerce para ter uma Cultura consistente e
assegurar seu total compromisso com as partes interessadas.
Grau de disseminação e continuidade
As práticas e padrões de trabalho estão definidos, assim como o nível de aplicação da política
de segurança/saúde ocupacional. A abrangência, os métodos e a continuidade estão
demonstrados no Quadro 21.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 93/161
93
Quadro 21 - Grau de disseminação e continuidade da Política de SSO da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 38)
Pode-se observar no Quadro 22 que o Grau de Disseminação das Práticas foi iniciado com o
Atuação Responsável, uma vez que, a maioria dos clientes são Indústrias Químicas,
consolida-se a padronização e a abrangência e continuidade.
4.2.1.3.1 Ciclo de controle e aprendizado
Em 1998 a CETREL desenvolveu uma metodologia própria de controle e aprendizado
(melhoria contínua) de todas as suas práticas e sistemas de gestão (incluindo a gestão de
segurança/higiene/saúde ocupacional), isto foi elaborado com base nos Critérios de
Excelência do Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ, foi neste ano que a empresa foi finalista
do Prêmio, que acabou vencendo em 1999. Assim aproveitando a metodologia existente foi
feita uma analogia aos requisitos da Norma OHSAS 18.001. Um exemplo disto pode ser
observado para a Política de SSO, o Quadro 22 mostra como esta sistemática de controle e
aprendizado foi aplicada.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 94/161
94
Quadro 22 - Ciclo de Controle e Aprendizado da Política de SSO da CETRELFonte: CETREL (2001, p. 38)
O Quadro 22 mostra como são verificados os controles de aprendizado da Política de SSO,
com destaque para os Indicadores de Controle e a freqüência de verificação.
4.2.1.4 Planejamento
4.2.1.4.1 Planejamento para identificação de perigos e avaliação de controles de risco
Na elaboração da documentação da OHSAS 18001, a CETREL estabeleceu o procedimento
PR-2.0-01 (Identificação de Perigos/Análise de Riscos), abrangendo todas as etapas de
avaliação de riscos (Figura 15).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 95/161
95
Figura 15 - Etapas de Avaliação de RiscosFonte: CETREL (2001, p. 41)
A Figura 15 mostra as etapas de Avaliação de Riscos, com destaque para a verificação de
“filtros” (controle existente) e do momento de responder uma das questões mais importantes
“Decidir se o risco é tolerável?”.
O processo de identificação de perigos/análise de riscos é realizado periodicamente, comabrangência em toda a Organização, "sendo os resultados descritos em registro próprio
denominado “Matriz de Identificação de Perigos/Análise de Riscos” (Quadro 23, que serve
para alimentar o “Inventário de Perigos/Riscos Ocupacionais” disponibilizado em todos os
times e áreas da CETREL (em papel e em meio eletrônico)" (CETREL, 2001, p. 42).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 96/161
96
Quadro 23 - Matriz de identificação de Perigos/Análise de Riscos
Fonte: CETREL (2001, p. 42)
O Quadro 24 mostra a matriz de identificação de Perigos/Análise de Riscos da CETREL, a
avaliação é feita por técnica dedutiva, o destaque fica por conta da simplicidade da mesma,
que pode ser preenchida pela mão de obra própria e dos prestadores de serviço
independentemente do nível hierárquico.
"Os planos de ação para o triênio 2001/2003 constam de nove objetivos de SSO, com suas
respectivas metas e responsáveis pela sua execução. Esses objetivos/metas de SSO, somente
serão aplicados para os riscos substanciais e intoleráveis. Cabe destacar, no entanto, que os
riscos classificados como toleráveis e moderados, são controlados através de medidas de
otimização de processos e treinamento específico/medidas administrativas" (CETREL, 2001,
p. 42-43).
A atualização e realimentação do Inventário de Perigos/Riscos Ocupacionais é realizada em
função de novos projetos, modificações de projetos, novas instalações, "conforme previsto
nos procedimentos: PR-4.1-02 (Gestão Antecipada) e PR-1.0-10 (Sistemática para Processos
de Projetos na CETREL)" (CETREL, 2001, p. 43).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para a Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, com

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 97/161
97
padronização pelas Normas Regulamentadoras e Indicadores de Controle, com
responsabilidades para: área médica, ASQ/SEG, áreas operacionais, cipistas, BVQI, JIPM.
4.2.1.4.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos
Para atender ao requisito 4.3.2, da OHSAS 18.001:
[...] a CETREL estabeleceu dois procedimentos distintos para a identificação dalegislação e requisitos legais pertinentes às atividades da Empresa: O PR 2.0-02
(Registro e Avaliação do Cumprimento da Legislação de Segurança/Higiene/SaúdeOcupacional) verificado no âmbito do SGSSO e o PR 3.0-05 (Registro deLegislações/Códigos Ambientais e Avaliação do Cumprimento) verificado no SGA – Sistema de Gestão Ambiental. Desse modo, será analisado no presente projeto,apenas o PR 2.0-02, salvo os casos em que ocorrerem correlações com o PR 3.0-05.(CETREL, 2001, p.44).
A documentação está disponibilizada para todos os setores, podendo ser encontrada em meio
eletrônico e em papel.
A legislação de SSO é diretamente inserida na Matriz de Identificação dePerigos/Análise de Riscos (PR 2.0-01), servindo de base para o planejamento deSSO, já que todos os objetivos e metas de SSO são projetados com base nos riscoscríticos (substanciais e intoleráveis) e estes, por sua vez, estão diretamentecorrelacionados com a legislação de SSO (Quadro 23). (CETREL, 2001, p. 44) .
Atualização da legislação de SSO e Impacto na CETREL:
A atualização permanente da informação de alterações na Legislação e Outros Requisitos éfeita pela área de documentação da CETREL (SGI – Time de Gerenciamento da Informação).
No caso da Legislação, através do Sisleg – Sistema de Legislações, que consta de dois
módulos: Segurança/Higiene/Medicina do Trabalho e Meio Ambiente, atendendo assim ao
procedimento PR-2.0-02, informando, a todos os times e setores da Empresa, as modificações
surgidas.
O impacto de novas legislações de SSO nos projetos e sistemas operacionais daCETREL é gerenciado por cada um dos times/setores da Empresa, diretamenteenvolvidos com essas modificações. Para isso, são utilizados os procedimentos: PR-

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 98/161
98
4.1.02 (Gestão Antecipada) e PR-1.0-10 (Sistemática para Processos de Projetos naCETREL). (CETREL, 2001, p. 45).
"A coordenação do SGSSO avalia, pelo menos uma vez ao ano, o cumprimento da
legislação de SSO (em seus cinco níveis),conforme modelo estabelecido no PR-2.0-02, descrito no Quadro 30. Os itens que porventura a Empresa não esteja cumprindo,são informados a todas as áreas, registrando-se não-conformidades que deverão ser prontamente removidas, conforme procedimento PR-3.0-07(Tratamento de Não-conformidades: Ambientais e de SSO). Nesta linha de raciocínio, todos os possíveisacidentes, incidentes e quaisquer outros aspectos que não estejam em conformidadecom os requisitos da OHSAS 18.001, são registrados como não conformidades (deauditorias ou de sistemas)" (CETREL, 2001, p. 45) .
O Quadro 24 mostra o registro da Lista de Verificação do Cumprimento da Legislação de
SSO
Quadro 24 - Verificação e Cumprimento da Liquidação de SSOFonte: CETREL (2001, p. 45)
O registro do Quadro 25 é apresentado, discutido e analisado na reunião ordinária da CTGA –
Comissão Técnica de Garantia Ambiental e de SSO, o resultado é registrado na ata.
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para os Requisitos legais e outros requisitos, com

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 99/161
99
padronização pelas Normas Regulamentadoras, SISLEG, OHSAS 18001 e Indicadores de
Controle, com responsabilidades para a: área médica, BVQI, ASQ/SEG .
4.2.1.4.3 Objetivos e metas de segurança / higiene / saúde ocupacional
Para atender o requisito 4.3.3, da OHSAS 18.001, e já tendo realizado a identificação de
perigos/análise de riscos, pode-se definir os objetivos e metas, que estão inseridos no processo
de planejamento de SSO, que faz parte das estratégias empresariais, juntamente com o
planejamento ambiental.
Através do procedimento PR 2.0-03 (Especificação dos Objetivos e Metas deSegurança/ Higiene/Saúde Ocupacional) e com base nos PR: 2.0-01 e 2.0-02, são projetados e objetivos e metas de SSO com os seus respectivos prazos de execução,os responsáveis, os recursos alocados e a correlação com a Política de SSO.(CETREL, 2001, p. 46-47).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para os Objetivos e Metas, com padronização pelo PPRA,
PCMSO, OHSAS 18001, ISO 14.001, BS 8.800, Planejamento Estratégico e Indicadores de
Controle, com responsabilidades para: área médica, BVQI, ASQ/SEG.
4.2.1.4.4 Programa de gestão de segurança, higiene e saúde ocupacional - PGSSO
Estabelecimento de práticas de gestão e padrões de trabalho:
Para se ter uma visão geral do SGSSO da CETREL, foi incluído o Quadro 25 a relação
completa dos 22 documentos/procedimentos corporativos do sistema, correlacionando- oscom os respectivos requisitos da norma OHSAS 18.001.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 100/161
100
Quadro 25 - Documentos/Procedimentos Corporativos SSOFonte: CETREL (2001, p. 25)
No Quadro 25 estão relacionados os documentos que fazem parte do Programa de Gestão da
empresa, todos referentes a algum requisito da OHSAS 18001.
Grau de Disseminação e Continuidade e Ciclo de Controle e Aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para os Programas de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde
Ocupacional, com padronização pelo PPRA, PCMSO, BS 8800, OHSAS 18001, ISO 14001,
Planejamento Estratégico e Indicadores de Controle, com responsabilidades para: área
médica, ASQ/SEG, BVQI.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 101/161
101
4.2.1.5 Implementação e operação
4.2.1.5.1 Estrutura e responsabilidade
Atendendo ao requisito 4.4.1, da OHSAS 18001 a CETREL elaborou uma matriz de
responsabilidades e autoridades e abrangendo todos os cargos e funções que desempenham e
verificam atividades que tem efeito sobre os riscos de SSO e os respectivos procedimentos,
conforme consta no Manual de Gestão e apresentado no Quadro 26.
Quadro 26 - Matriz de Responsabilidades e AutoridadesFonte: CETREL (2001, p. 53)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 102/161
102
No Quadro 26 a Matriz de Responsabilidades e Autoridades, inter-relaciona requisito OHSAS
18001, com Responsabilidade/autoridade e o Procedimento, ela foi formalmente aprovada
pela Alta Direção através da CTGA – Comissão Técnica de Garantia Ambiental e de SSO por
ocasião da formalização do Manual de Gestão.
Por outro lado, a Política de SSO garante a Responsabilidade Compartilhada (ondetodo empregado tem a responsabilidade de contribuir para assegurar as condições desegurança, higiene e saúde ocupacional para si e para todos os seus colegas detrabalho); Educação e Conscientização (quando as pessoas da Empresa estãoconscientes das atitudes preventivas de cada empregado, parceiro e prestador deserviços); Prevenção de Riscos Ocupacionais (todos os colaboradores contribuem para a prevenção de riscos ocupacionais, fortalecendo o aprimoramento contínuo dagestão de SSO na CETREL). (CETREL, 2001, p. 53-54).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para a Estrutura e Responsabilidade, com padronização
pelos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiental e Segurança e Saúde Ocupacional e
Indicadores de Controle, com responsabilidades para: área médica, ASQ/SEG, ARH e BVQI.
4.2.1.5.2 Treinamento, conscientização e competência
Plano de carreira por habilidades e competências
A organização dos cargos na CETREL é desenvolvida a partir do PCH – Plano de Carreira
por Habilidades e Competências, que define claramente para os empregados os resultados
esperados e as respectivas habilidades/competências para cada função. Isto para assegurar a
manutenção e o aprimoramento contínuo do desempenho empresarial e da cultura da
excelência, da CETREL. Um exemplo da certificação do PCH está na Figura 16.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 103/161
103
Figura 16 - Sistemática de Certificação do PCHFonte: CETREL (2001, p. 55)
Na Figura 16 pode-se observar o fluxo da capacitação dos funcionários da CETREL, que
termina com a certificação ou não do empregado, segundo o PCH.
Sistemática de treinamento e conscientização em SSO:
A CETREL incentiva a formação de Grupos Multifuncionais para desenvolvimento de
projetos, além disto diante dos perigos existentes nas atividades é requerida uma capacitação
consistente e eficaz. A empresa mantém "uma filosofia de treinamento e conscientização
voltada para os seus empregados e contratados, utilizando o PDRH – Programa de
Desenvolvimento de Recursos Humanos. As necessidades de treinamento (incluindo o
SGSSO) são levantadas através do registro: LNT – Levantamento de Necessidades de
Treinamento que geram o planejamento para a execução dos treinamentos pertinentes, onde
são incluídos os recursos e os meios necessários para viabiliza-los. Uma vez elaborado o
planejamento, o PDRH garante a sua execução" (CETREL, 2001, p. 54-55).
Para capacitação em SSO a Empresa possui uma série de programas específicos detreinamento, objetivando que cada colaborador seja competente. Os principais treinamentos

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 104/161
104
são descritos a seguir:
"– Atualização do Sistema de Gestão e Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional.
– Programa de Promoção da Saúde do Trabalhador. – Treinamento de Primeiros Socorros. – Preparação de Brigadas de Emergência. – Conscientização sobre Perigos e Riscos Ocupacionais. – Proteção Respiratória. – Segurança em Caldeiras – NR 13. – Treinamento de Segurança e Higiene Ocupacional para Contratados e Visitantes. – Treinamento em Combate à Emergências. – Programa de Conservação Auditiva. – Utilização de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s. – Integração de Novos Empregados, incluindo o SGSSO. – Treinamento de Líderes para Atividades de Auditorias de Segurança/Higiene,dentro do Pilar de Higiene, Meio Ambiente e Segurança Industrial do Programa
TPM (Total Productive Maintenance). – Auditorias de Segurança. – Diálogos de Segurança" (CETREL, 2001, p. 55).
O alicerce de toda a base de treinamento em SSO é "disciplinada e orientada através de três
procedimentos principais: PR-1.0-11 (Conscientização de Pessoal); PR- 1.0-12 (Treinamento
e Desenvolvimento de Pessoal); PR-1.1-09 (Implantação e Manutenção do Plano de Cargos e
Salários)" (CETREL, 2001, p. 55).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para a Treinamento, Conscientização e Competência, com
padronização pelos Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, PCH
e Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times, BVQI, Auditores, JIPM -
IM&C.
4.2.1.5.3 Consulta e comunicação
Identificação e Recebimento de Informações de SSO:
Através de uma política clara e transparente de comunicação a CETREL desenvolve com as partes interessadas (clientes, fornecedores, órgãos de regulamentação, colaboradores,

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 105/161
105
prestadores de serviço, e comunidades vizinhas) do seu sistema integrado de gestão,
"priorizando as informações sobre os aspectos/impactos ambientais e os perigos/riscos
ocupacionais, bem como sobre os outros elementos do SGSSO. A Empresa utiliza
ferramentas modernas de comunicação, além de procedimentos definidos que disciplinam o
recebimento, análise e resposta aos questionamentos das partes interessadas" (CETREL,
2001, p. 55). Em nível institucional, a CETREL desenvolve o Programa de Educação
Ambiental - PEA (com uma média de 14.000 visitantes/ano),
[...] cujo objetivo é a incorporação da dimensão ambiental em todas as suasatividades e a promoção da responsabilidade sócio ambiental, difundido em todas assuas áreas, por meio de estratégias diferenciadas, atendendo ao público interno eexterno. Vale ressaltar que o PEA adota as recomendações da Agenda 21 da ONU(REVISTA ..., 2003, p. 129).
Além disto pode-se utilizar o Ecofone (telefone gratuito para recebimento das reclamações:
0800-71-9001), e o programa Fábrica Aberta (destinado às comunidades vizinhas) e o
Conselho Comunitário Consultivo (formado por 20 multiplicadores eleitos das comunidades
vizinhas de Camaçari e Dias D’Ávila).
A Empresa utiliza três procedimentos distintos, para comunicação com as partesinteressadas:
– PR-3.0-15 (Comunicação com as Partes interessadas) – contempla todo o públicoexterno e órgãos de regulamentação de SSO, incluindo as informações sobre ocontrole dos aspectos/impactos ambientais e os perigos/riscos ocupacionais.
– PR-3.0-14 (Comunicação com os órgãos ambientais) – abrange os órgãosambientais federais e estaduais (pela própria atividade-alvo da CETREL: tratamentode efluentes e resíduos industriais, torna-se necessário um PR específico para acomunicação com os órgãos ambientais).
– PR-3.0-13 (Programa de Educação Ambiental da CETREL) (CETREL, 2001, p.56)..
Toda a sistemática de comunicação com as partes interessadas está resumida na Figura 17.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 106/161
106
Figura 17 - Sistemática de questionamento das partes interessadas: Meio Ambiente e SSOFonte: CETREL (2001, p. 57)
A Figura 17 mostra o fluxo de entrada das Consultas e Comunicação e todas as etapas para
que sejam respondidas à sua origem.
Abrangência das informações de SSO para todos os colaboradores:
Contratados e Público Externo
Através do registro RE–3.0-15-00-A, a CETREL fornece acesso a todo o público
interno (empregados, contratados, fornecedores e visitantes) e todo o públicoexterno (clientes, comunidades vizinhas, órgãos de imprensa), para que possamregistrar seus questionamentos e reclamações sobre meio ambiente e SSO. De possedas reclamações das partes interessadas, principalmente dos colaboradores econtratados, a CETREL fornece as respostas, esclarecendo todas as dúvidaslevantadas e os registros são arquivados na área de comunicação – ASQ" (CETREL,2001, p. 56) .
Estímulo para questionamentos dos empregados:
O procedimento PR-3.0-15 (contendo os registros para recebimento das críticas e
sugestões) é disseminado por toda a Organização, sendo do conhecimento de todosos colaboradores. É importante ressaltar que as reclamações são prontamenterespondidas pela área de comunicação.Por outro lado, através do Programa Geraçãode Ideais, todos os empregados e contratados são incentivados a propor sugestões de

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 107/161
107
melhorias nos diversos aspectos da gestão da Empresa, em especial, asegurança/higiene/saúde ocupacional. (CETREL, 2001, p. 57).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para Consulta e Comunicação, com padronização pelos
Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, Norma do COFIC e
Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times, Auditores, BVQI.
4.2.1.5.4 Documentação/controle de documentos
O sistema de documentação normativa da CETREL
Atendendo aos requisitos 4.4.4 (Documentação) e 4.4.5 (Controle de documentos e de dados),
da OHSAS 18001 a CETREL mantém um Sistema de Documentação Normativa da CETREL
– SDOC cujo objetivo é:
[...] padronizar, controlar e orientar a identificação, emissão, distribuição, controlede revisões, arquivamento e recuperação da documentação normativa da CETREL.Os instrumentos normativos são de fácil entendimento, sendo datados (incluindo asdatas de revisão), rapidamente identificáveis e periodicamente avaliados e suaemissão só ocorrerá após a aprovação do setor competente. As versões atuais dosdocumentos estão disponíveis nos diversos setores da Organização (a maioria delesem meio eletrônico), enquanto que os documentos considerados obsoletos, são prontamente retirados de uso. (CETREL, 2001, p. 58).
Os procedimentos que integrantes da sistemática de documentação na Empresa são: PR-1.0-
01 (Sistema Normativo da CETREL) e o PR-1.0-02 (Documentos do Sistema Normativo),
incluindo os Registros Respectivos. Como exemplo temos no Quadro 27 A documentação
básica do SGSSO..

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 108/161
108
Quadro 27 - Documentação do Sistema de Gestão, Segurança, Higiene e Saúde OcupacionalFonte: CETREL (2001, p. 59)
No Quadro 27 estão definidos os documentos internos inter-relacionando com a Emissão,
Controle e Revisões. Além dos Documentos Externos e dos Registros Internos.
Acesso aos documentos nos locais de trabalho:
"Através do Perfil de Distribuição contido em toda a documentação normativa do SGSSO
(PR’s, Manual, Cadernos, Registros etc), é possível o acesso aos documentos de SSO por
parte dos colaboradores" (CETREL, 2001, p. 58-59)
Versões atualizadas da documentação:
Os procedimentos PR-1.0-01 e PR-1.0-02, contém requisitos para a atualização da
documentação de SSO, no processo evita-se que os documentos obsoletos fiquem disponíveis
nas áreas. Através da Tabela de Temporalidade, pode-se evidenciar o tempo de retenção dos
documentos nos times, sendo os mesmos removidos, quando vencer o prazo estabelecido.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 109/161

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 110/161
110
Ocupacional, em perfeita correlação com a Política e com os Objetivos/Metas de
SSO. Tais procedimentos contemplam todos os sistemas, instalações, operações e
demais atividades da CETREL (CETREL, 2001, p. 60).
Todo o efetivo da CETREL responsável pela operação dos sistemas de proteção ambiental,
possuem plena autonomia e autoridade para o controle dos perigos/riscos ocupacionais e dos
aspectos/impactos ambientais.
Para isso, o Sistema Normativo da CETREL, através dos procedimentos que odisciplinam: PR-1.0-01 (Sistema Normativo) e PR-1.0-02 (Documentos do Sistema Normativo), estabelecem no item 2 de cada procedimento e instrução operacional, avariável Responsabilidades e no item 6, a variável Aspectos de Segurança e Saúde
Ocupacional, deixando claro que a pessoa que emite o documento é a responsáveldireta pelo controle dos riscos. (CETREL, 2001, p. 60).
Todos os procedimentos e instruções operacionais, contemplam o item 6 (aspectos de
segurança/saúde ocupacional) que é subdividido em dois sub-itens:
"– Perigos e Riscos de SSO Associados – são descritas todas as situações de riscosrelativas às atividades daqueles instrumentos (procedimento ou instruçãooperacional)
– Ações de Controle para Perigos e Riscos de SSO – descrevem todas as medidas decontrole, incluindo utilização de EPI ou EPC necessários para aquela operaçãoespecífica" (CETREL, 2001, p. 60).
Um dado importante é que todo operador/supervisor/responsável pelo processo é capacitado
em todos os procedimentos e instruções operacionais que apresentam o controle dos
perigos/riscos ocupacionais e dos aspectos/impactos ambientais.
Alocação de recursos (humanos, materiais e financeiros):
O controle efetivo dos perigos/riscos ocupacionais e dos aspectos/impactos ambientais exige
diversos tipos de recursos, que são disponibilizados pela CETREL, conforme segue:
– Recursos de treinamento – todo operador/supervisor/responsável pelos processos,é treinado em todos os procedimentos e instruções operacionais relativos ao controledos perigos/riscos ocupacionais e dos aspectos/impactos ambientais. Estetreinamento é realizado on-the-job (no cargo) pela própria área ou pelo setor derecursos humanos (treinamento formal). É importante ressaltar que o Plano de
Carreira por Habilidades e Competências contempla, para cada função, todas asatividades de controle dos perigos/riscos ocupacionais.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 111/161
111
– Recursos materiais – para cada uma das operações da Empresa, sãodisponibilizados todos os EPI ou EPC necessários. Tais recursos são explicitadosnos procedimentos e instruções operacionais.
– Recursos financeiros – através do Orçamento Programa Anual da CETREL, dentro
das rubricas orçamentárias 51107 e 54134, são alocados todos os recursosfinanceiros necessários, tanto para o controle operacional, como para os objetivos emetas de SSO do exercício correspondente. CETREL, 2001, p. 60- 61) .
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para o Controle Operacional, com padronização pelos
Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, Diretrizes do TPM e
Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times, Auditores e BVQI .
4.2.1.5.6 Preparação e atendimento a emergências
Estabelecimentos de procedimentos para situações de emergências:
Para atender ao item 4.4.7 (Preparação e atendimento a emergências), da OHSAS 18001, a
CETREL elaborou critérios próprios para identificação e resposta a situações potenciais de
emergências e para prevenção e redução de riscos ocupacionais e impactos ambientais
críticos, perdas etc, associados às atividades da Empresa. Como exemplo, no Quadro 28,
temos uma relação de procedimentos/instruções corporativos (extensivos a todas as atividades
da Organização), conforme o Quadro 28.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 112/161
112
Quadro 28 - Procedimentos em Situações EmergênciasFonte: CETREL (2001, p. 62)
Do Quadro 28 consta a relação dos procedimentos e instruções operacionais para
emergências, um detalhe importante neste tópico é a manutenção da Identificação de Perigos
e Analises de Riscos.
Correlação entre a avaliação de risco e os procedimentos de emergências:
Todos os procedimentos para as situações de emergências foram projetados com base na identificação e avaliação dos perigos/riscos ocupacionais emergenciais(levantados conforme o PR-2.0-01), e nos aspectos/impactos ambientaisemergenciais (identificados com base no PR- 3.0-04). Este levantamento rigoroso, permitiu selecionar dentre todos os riscos (ambientais e ocupacionais) identificados,as 31 situações classificadas como de emergências. (CETREL, 2001, p. 61).
Comunicação de emergência:
A CETREL mantém dois procedimentos para comunicação de situações de emergência: o PR-2.1-08 (Comunicação, Investigação, Análise de Acidentes e Incidentes do Trabalho) e o PR-
2.0-05 (Plano Geral para Controle de Emergência nas Instalações da CETREL).
Capacitação e treinamento:
A CETREL mantém um Grupo Integrado de Emergência - GIE, formado a partir do
procedimento PR-2.1-02:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 113/161
113
[...] que estabelece a programação anual de treinamento dos brigadistas, incluindotodos os requisitos do procedimento. No caso dos demais empregados e contratados,o procedimento utilizado é o PR-2.0-05. Deve ser ressaltado que o Plano de Carreira por Habilidades e Competências exige o treinamento dos colaboradores nos procedimentos de emergência. (CETREL, 2001, p. 65) .
Simulados de emergência
A CETREL realiza simulados de emergências, para todas as 31 situações emergenciais das
atividades que contemplam os aspectos/impactos ambientais e os perigos/riscos ocupacionais.
"As diretrizes e a sistemática para a realização dos treinamentos simulados de emergência,
estão estabelecidas na Instrução Operacional IO-2.0-05-02. A CETREL cumpre,
rigorosamente, os planos anuais de simulados de emergência. (CETREL, 2001, p. 65).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para a Preparação e Atendimento a Emergências, com
padronização pelos Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional,
Normas do COFIC, Diretrizes da Alta Administração e Indicadores de Controle, com
responsabilidades para: ASQ/Times, Auditores e BVQI. .
4.2.1.6 Verificação e Ação Corretiva
4.2.1.6.1 Monitoramento e mensuração do desempenho
A Cetrel mantém 48 indicadores de desempenho global, para isto adotou o modelo do
Balanced Scorecard - BSC, devido a sua perfeita aderência com o processo do seu
Planejamento Estratégico anual.
O objetivo da análise do BSC é verificar se existem lacunas na medição dodesempenho, de forma a obter o seu alinhamento às estratégias. No tocante aosindicadores de desempenho global (Painel de Bordo do BSC), a revisão é feitaanualmente durante a elaboração do Planejamento Estratégico, quando um grupo detrabalho formado por líderes e técnico de nível superior promove um workshop pararevisão do sistema de indicadores, contando com consultores especializados. Essa

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 114/161
114
revisão reflete as alterações decorrentes das necessidades das partes interessadas edas novas estratégias. (www.cetrel.com.br , 2004).
:
Dentre os 48 indicadores, destacamos:
Perspectiva Processos: Número de Não-conformidades do SIG; número de
emergências (ambientais + ocupacionais); parâmetros não-conformes.
Perspectivas Pessoas: Número de acidentes; taxa de freqüência de acidentes; taxa de
gravidade; cumprimento dos objetivos e metas de SSO; Índice de Gestão de
Segurança/Saúde Ocupacional; redução do grau de risco de SSO; habilidades
certificadas.
O Monitoramento do SGSSO é realizado através de dois tipos de Indicadores: Os Reativos e
os Pró-ativos
Indicadores reativos:
A CETREL mantém a seguinte relação dos Indicadores Reativos Utilizados pela CETREL:
– Taxa de Freqüência de Acidentes com Afastamento
- TFCA (um Indicador para o pessoal da CETREL e outro Indicador para contratados);
– Taxa de Freqüência de Acidentes sem Afastamento
- TFSA (indicadores distintos para o pessoal da CETREL e para os contratados);
– Taxa de Gravidade (pessoal da CETREL e contratados);
– Número de Atos Inseguros/Condições Inseguras;
– Número de Incidentes; – Reclamações das Comunidades Vizinhas (%);
– Número de Fatalidades por Acidentes Típicos;
– Coeficiente de Fatalidades (número de fatalidades por 100.000 empregados);
– Execução de Simulados de Emergência (%);
– Índice de Doenças Ocupacionais (%);
– Absenteísmo Médico (%);
– Remoção de Irregularidades de Segurança (%);
– Número de Inspeções de Segurança;
– Número de Irregularidades em Simulados de Emergências.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 115/161
115
Indicadores pró-ativos
A CETREL mantém a seguinte relação dos Indicadores Pró-ativos
– Indicador de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional (IGSSO) – avalia a
performance global da gestão de SSO com base em sete Critérios de Excelência: Liderança
em SSO; Planejamento de SSO; Foco em Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional; Gestão
da Informação, de SSO; Pessoas; Processos e Resultados de SSO.
– Cumprimentos dos Objetivos e Metas de SSO (%);
– Redução do Grau de Risco de SSO;
– Execução do Plano de Ação do Programa QualiVida (%); – Nível de Satisfação dos Empregados com os Exames Médicos;
– Índice de Satisfação com o Programa QualiVida;
– Adesão aos Circuitos de Caminhada (%);
– Redução do Número de Fumantes na CETREL;
– Redução do Risco Cardiovascular;
– Tempo de Exposição ao Risco (HH Trabalhadas);
– Força de Trabalho que Utiliza EPI’s (%); – Cumprimento da Política de SSO (%);
– Cumprimento da Legislação de SSO (%);
– Número de Grupos Multifuncionais em SSO;
4.2.1.6.2 Acidentes, incidentes, não-conformidades e ações corretivas e preventivas
Procedimentos para registro e investigação de ocorrências anormais:
Para atender ao item 4.5.2, da OHSAS 18001, a CETREL no que se refere ao tratamento das
não-conformidades (reais e potenciais) detectadas no SGSSO, "segue-se o procedimento PR-
3.0-07 (Tratamento de Não-conformidades), incluindo ações para registro, investigação de
causa, ação preventiva, ação corretiva e registro de alterações em procedimentos" (CETREL,
2001, p. 85).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 116/161
116
As ocorrências são relacionadas pela Coordenação do SGSSO que efetua a análisedas mesmas, quando da realização dos relatórios das análises críticas. A eficácia dasações preventivas e corretivas é verificada pelos auditores internos, quando darealização das auditorias, ocasião em que podem, também, recomendar as devidasações preventivas. (CETREL, 2001, p. 85).
Classificação das ocorrências:
As ocorrências anormais relacionadas a: acidentes, incidentes, não-conformidades, não
atendimento a padrões e procedimentos, não atendimento a requisitos dos procedimentos
operacionais, entre outras causas são classificadas, tratadas e investigadas as ocorrências.
Todas essas anormalidades são caracterizadas como não-conformidades, sendo dedois tipos as principais: – Não-conformidades Reais – a avaliação deve prever o estabelecimento deDisposições (ações imediatas) e de Ações Corretivas (verificação da abrangência emedidas de bloqueio). – Não-conformidades Potenciais – a avaliação deve prever o estabelecimento deações preventivas. (CETREL, 2001, p. 85) .
O prazo para implementação e encerramento das ações corretivas e/ou preventivas é de 60
dias, no máximo, para ambos os casos,. Quando há necessidade de prazos maiores estes
devem ser discutidos e negociados junto à CTGA – Comissão Técnica de Garantia Ambiental
e de SSO.
Responsabilidade e autoridade para investigação e tratamento das NCS
O Sistema de Gestão da CETREL confere responsabilidade pela identificação e registro de
uma Não-Conformidade de Sistema à todos os times
A Assessoria da Qualidade – ASQ é responsável pelo tratamento das não-conformidades
associadas às partes interessadas externas (não diretamente envolvidas com a execução das
atividades da CETREL).
A responsabilidade pelo início da investigação, caracterização da causa e proposiçãode ações imediatas, ações corretivas ou preventivas e encerramento das não-conformidades, é do líder da área responsável pelas atividades. A eficácia das açõesserá verificada pelos auditores internos, quando da realização de auditorias formaisdo Programa de Auditorias Internas do SGSSO (PR-3.0-09), ou, quando forem
especificamente designados pela coordenação do SGSSO e nessas ocasiões elestambém podem recomendar outras ações, reabrindo a não-conformidade, quandonecessário. (CETREL, 2001, p. 85).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 117/161
117
A da coordenação do SGSSO.da CETREL é responsável pelo acompanhamento das ações e
análises críticas das não-conformidades.
A Comunicação de Ocorrências Anormais é feita através do procedimento PR-3.0-15
(Comunicação com as Partes Interessadas).
[...] a Empresa disciplina a comunicação das não-conformidades, bem como dosresultados das investigações realizadas. Cabe destacar que o encerramento das NCsé comunicado aos times, através da Coordenação de Auditorias. Finalmente, deveser ressaltado que, as informações pertinentes aos métodos de investigaçãoutilizados e dos recursos destinados a este fim, constam do procedimento PR-3.0-07.(CETREL, 2001, p. 87).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades e Ações
Corretivas e Preventivas, com padronização pelos Sistemas de Gestão Ambiental e da
Segurança e Saúde Ocupacional, Diretrizes do TPM e Indicadores de Controle, com
responsabilidades para: ASQ/Times, Auditores e BVQI.
4.2.1.6.3 Registros e gestão de registros de SSO
Estabelecimento e manutenção de registros de SSO:
Para atender ao item 4.5.3, da OHSAS 18001, a CETREL mantém os registros do SGSSO.
[...] formatados de modo a garantir a conformidade com a Política deSegurança/Saúde Ocupacional e com os requisitos legais, além de permitir oacompanhamento efetivo do cumprimento dos objetivos e metas de SSO,obedecendo às diretrizes do procedimento PR- 1.0-02 (Documentos e Registros doSistema Normativo). (CETREL, 2001, p. 87).
O tempo de retenção desses registros nos setores da Empresa é definido pela Tabela de
Temporalidade de Documentos.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 118/161
118
Tais registros são armazenados e mantidos em suportes de papel, magnéticos eeletrônicos, em instalações adequadas, de tal forma que sejam preservados e prontamente recuperáveis quando necessário. Os descartes dos registros obsoletos deSSO são realizados pelo SGI-Time de Gestão da Informação. (CETREL, 2001, p.87).
Principais registros de SSO:
Os principais Registros de SSO são:
– Caderno da Legislação de Segurança/Higiene e Saúde Ocupacional; –Caderno de Verificação do Cumprimento da Legislação de SSO (NRs, OIT,
Legislação Federal, Licenças Operacionais da CETREL, CLT, CLP etc.); – Registros de Não-conformidades de SSO; – Registro de Acidentes/Incidentes; – Registros de Auditorias de SSO (internas e externas); – Registros de Reuniões de SSO (CTGA, Pilar do TPM, Coordenação, Reuniões de
Segurança Industrial etc.); – Registros de Inspeções de Segurança; – Registros de Saúde Ocupacional; – Registros do Programa QualiVida; – Relatórios Mensais de Segurança Industrial; – Registros de Treinamentos em SSO; – Inventário da Identificação de Perigos/Avaliação de Riscos de SSO; –Registros do Sistema de Gestão de SSO, através do índice de desempenho global
calculado com base no IGSSO – Indicador de Gestão de Segurança/Higiene/SaúdeOcupacional;
– Registros de Monitoramento Ambiental e Ocupacional. (CETREL, 2001, p. 88).
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para Registros e Gestão de Registros, com padronização
pelos Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, Diretrizes do TPM
e Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times, auditores, BVQI e Pilar
do TPM .
4.2.1.6.4 Auditorias
Sistemas de auditorias internas:
Na CETREL as auditorias internas de SSO têm a finalidade de verificar, com base em
evidências objetivas, se o sistema está sendo mantido e se está em conformidade com as

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 119/161
119
disposições planejadas. As seguintes condições são exemplos deste atendimento:
– Os procedimentos e instruções operacionais são adequados e eficazes;
– Os setores da Empresa vêm atuando em concordância com os documentosnormativos de SSO; – Os projetos corporativos de SSO vêm sendo cumpridos; – Os objetivos e metas de SSO vêm sendo realizados conforme estabelecido no
planejamento; – As análises críticas de SSO vêm sendo sistematicamente realizadas. (CETREL,
2001, p. 89).
As auditorias internas de SSO na CETREL estão baseadas nos seguintes princípios:
– Independência dos auditores internos – Prévio planejamento e notificação – Ter como objetivo o desenvolvimento do SGSSO
– Buscar constatações e observações que agreguem valores às atividades referentesaos perigos/riscos ocupacionais; objetivos e metas de SSO; programa de gestão deSSO. (CETREL, 2001, p. 89).
A empresa utiliza três documentos específicos para realização das Auditorias Internas:
– PR-3.0-09 (Programas de Auditorias Internas);
– IO-3.0-09-01 (Realização de Auditorias Internas);
– IO-3.0-09-02 (Qualificação de Auditores Internos).
Periodicidade das auditorias de SSO:
A CETREL na documentação da OHSAS 18001 possui o procedimento PR-3.0-09, onde
tanto as auditorias internas de SSO como as auditorias externas de manutenção da
certificação, realizadas pelo BVQI são semestrais.
Comprometimento da alta direção:
Através das reuniões semestrais da CTGA – Comissão Técnica de GarantiaAmbiental e de SSO, os Diretores da CETREL acompanham os resultados dasauditorias internas constantes do documento “Relatório de Análise Crítica”,verificando-se todos os pontos fortes e as oportunidades de melhorias paraaperfeiçoamento do programa de auditorias. (CETREL, 2001, p. 89).
Planejamento de auditorias:
O planejamento das auditorias é elaborado pela coordenação do SGSSO, em comum acordo

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 120/161
120
com as áreas a serem auditadas, ou seja, é estabelecida uma agenda para o Plano Anual de
Auditorias Internas.
Realização de auditorias:
Após o planejamento anual, são realizadas dois tipos principais de auditoriasinternas:
- De Adequação – análise de documentação visando verificar a existência da políticade SSO, dos procedimento operacionais, dos requisitos legais, dos requisitosnormativos etc;
- De Conformidade – verificação da aplicação da documentação nos locais de uso,através da medição da conformidade com relação a legislação, objetivos e metas,
programas, sistemas, requisitos normativos, procedimentos e instruçõesoperacionais, registros. (CETREL, 2001, p. 90).
Acompanhamento de ações corretivas e preventivas:
Através do PR-3.0-07 (Tratamento de Não-conformidades), os auditores deveminteirar-se das NCs de Sistema (lavradas por qualquer colaborador da Empresa), propondo ações adicionais e verificação da eficácia das ações. Por outro lado, acoordenação do sistema deve gerenciar e acompanhar todas as ações corretivas e preventivas das NCs lavradas em auditorias internas e externas (BVQI). O auditor
líder tem a responsabilidade de enviar o relatório da auditoria realizada, via correioeletrônico, para a coordenação do sistema, a quem compete a análise crítica do seuconteúdo e o seu posterior encaminhamento à área auditada. (CETREL, 2001, p. 90).
As equipes de auditores devem ser formadas por no mínimo de dois membros, sendo um deles
auditor líder e o outro, e um auditor que conheça a área a ser auditada. Os prazos para que
sejam levantadas as NCs são de no máximo 60 dias para as internas para seu encerramento,
enquanto que a BVQI estabelece 90 dias como prazo máximo para remoção da NCs externas.
Qualificação de auditores internos:
Através da Instrução Operacional: IO-3.0-09-02 (Qualificação de AuditoresInternos) a Empresa estabelece todos os critérios e condições para formação dosauditores internos com base nas normas internacionais NBR ISO 10.011-1(Auditoria) e NBR ISO 10.011-2 (Qualificação de Auditores de Sistema daQualidade). Dessa forma, a Organização formou 20 Auditores Internos de SSO,através de curso realizado por consultoria especializada" (CETREL, 2001, p. 90) .

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 121/161
121
Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para Auditorias, com padronização pelos Sistemas de
Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, Pilar do TPM, BVQI, Diretrizes da
Diretoria Técnica e Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times,
Auditores, BVQI e Pilar do TPM.
4.2.1.7 Análise Crítica pela Administração
4.2.1.7.1 Relatório de análise crítica
A CETREL no sistema de documentação tem o procedimento PR-3.0-06 ( Análise Crítica),
que detalha a avaliação e análise crítica semestral do SGSSO, verificando todos os pontos
fortes do sistema e as oportunidades de melhorias. O PR-3.0- 06 contempla os seguintes itens:
– Cumprimento dos objetivos e metas; – Cumprimento da política de SSO; – Comunicação com as partes interessadas; – Resultados das auditorias (internas e externas) – Monitoramento e medição de SSO; – Avaliação do cumprimento da legislação de SSO (documento específico
denominado: Verificação do Cumprimento da Legislação de SSO); – Calibração dos equipamentos/instrumentos de SSO; – Indicador de desempenho global de SSO, calculado com base no IGSSO –
Indicador de Gestão de Segurança/Higiene/Saúde Ocupacional; – Pontos fortes (PFs); – Oportunidades de melhorias (OMs). (CETREL, 2001, p. 95).
A CETREL realiza semestralmente a Análise Crítica do Sistema, a partir dos resultados dos
elementos acima mencionados, o Relatório de Análise Crítica que é discutido e
posteriormente aprovado pela Alta Direção, conforme atas de reunião da CTGA.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 122/161
122
4.2.1.7.2 Implementação das oportunidades de melhorias
As Oportunidades de Melhoria - OM detectadas nas análises críticas retroalimentam o
Processo de Planejamento Estratégico da CETREL, observando-se que o Programa de Gestão
de Segurança/Saúde Ocupacional – PGSSO faz parte das estratégias anuais da Organização.
4.2.1.7.3 Grau de disseminação e continuidade e ciclo de controle e aprendizado:
A CETREL mantém Controle das práticas do Grau de Disseminação e Continuidade e do
Ciclo de Controle e Aprendizado para Análise Crítica pela Administração, com padronização
pelos Sistemas de Gestão Ambiental e da Segurança e Saúde Ocupacional, Critérios de
Excelência do PNQ e Indicadores de Controle, com responsabilidades para: ASQ/Times,
Auditores, BVQI, e Pilar do TPM.
4.3 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO - SIG
O SIG da CETREL consiste na integração de três Sistemas de Gestão: ISO 9001: 2000; ISO
14.001: 1996 e a OHSAS 18001: 1999. No ano de 2004, passou a fazer parte do SIG, a S A
8000: Responsabilidade Social.
4.3.1 Objetivos
O principal objetivo do Sistema Integrado de Gestão da CETREL – SIG, é controlaras atividades da Empresa, de modo a minimizar os perigos/riscos ocupacionais e osaspectos/impactos ambientais decorrentes dessas atividades, além de promoverqualidade consistente dos seus serviços. Visa-se, portanto, a qualidade cada vezmelhor dos serviços, aliada à melhoria contínua do desempenho ambiental e aodesenvolvimento de altos padrões de segurança, higiene e saúde ocupacional.(CETREL, 2001, p. 106)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 123/161
123
A Figura 18 apresenta as Atividades/Ações do Sistema Integrado de Gestão.
Figura 18 - Atividades/ Ações do Sistema Integrado de GestãoFonte: CETREL (2001, p. 106)
Na figura 18 a seqüência e a mesma dos Sistemas de Gestão de SSO e Ambiental. O SIG da
empresa é composto da ISO 9.001:2000; ISO 14.001:1996 e OHSAS 18.001:1999.
4.3.2 Gerenciamento da produtividade total - TPM
Alem do SIG a empresa mantém o TPM - Total Productivity Management (Gerenciamento da

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 124/161
124
Produtividade Total), que teve origem no Japão, trata-se de um "modelo de gestão voltado
para a otimização no uso dos ativos empresariais, através da identificação das perdas
existentes em todos os processos (produtivos e de apoio) e da transformação dessas perdas em
oportunidades de ganho, promovendo reduções significativas nos custos e assegurando maior
competitividade à Empresa" (www.cetrel.com.br, 2004).
O programa implantado na CETREL possui oito pilares de sustentação, sendo um deles o de
segurança, higiene e meio ambiente, cada um deles "representando um conjunto de conceitos
e objetivos específicos, voltados sempre para a "PERDA = ZERO", que significa a eliminação
das falhas, quebras, paradas não programadas, acidentes e poluição" (www.cetrel.com.br,
2004). O TPM implicou em mudança de cultura (manutenção autônoma) na Empresa emelhor capacitação (diagrama de habilidades) da sua mão-de-obra.
"Na CETREL, a implantação do TPM encontra-se em estágio avançado e já apresenta
resultados expressivos, principalmente em termos de redução dos custos e aumento da
produtividade" (www.cetrel.com.br, 2004).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 125/161
125
5 AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ESTUDO DE CASO
5.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Na época em que foi iniciado o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde na CETREL, a
empresa já possuía maturidade suficiente para essa implantação, isto devido ter vivenciado
desde 1991 as práticas de gestão com a Política Integrada de Meio Ambiente e Segurança e
Saúde Ocupacional com os Códigos Ambiental e o de Saúde e Segurança do Trabalhador do
Atuação Responsável da ABIQUIM. Depois os processos de Certificação na ISO 9002: 1994(SGQ) e ISO 14.001: 1996 (SGA), além disto no cenário da segurança e saúde já despontava
o Guia inglês BS 8800, que a empresa implantou a época e que muito contribuiu para agilizar
o processo da certificação da OHSAS 18.001, pois serviu como diretriz, como orientação,
facilitando assim a conclusão dos trabalhos.
Ao longo dos anos o atendimento à requisitos de gestão foram ampliados com os Critérios de
Excelência do PNQ (antes da OHSAS 18.001) e mais tarde a S A 8000 – ResponsabilidadeSocial.
5.2 O SGSSO DA CETREL – ANÁLISE CRÍTICA
O SGSSO da CETREL é benchmark em termos nacionais devido ao enfoque criterioso comseus Ciclos de Aprendizado e que consegue traduzir a estratégia em termos operacionais e
consegue mobilizar a mudança por meio da liderança executiva.
Em termos de Enfoque do SGSSO alguns itens merecem destaque por serem pontos fortes,
dentre eles estão:
- ☼ A empresa busca sempre o alcance de padrões superiores aos legislados;
- ☼ A criação da filosofia Empresarial da CETREL foi definida em Workshops e
- Seminários Internos;

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 126/161
126
- ☼ Os objetivos são definidos para três anos;
- ☼ Todos os procedimentos e instruções operacionais possuem itens sobre
aspectos de
- segurança e saúde ocupacional;
- ☼ Existe a condução de pesquisas pela área de Recursos Humanos para medir o
quão
- internalizados estão os Princípios da Filosofia segurança e Saúde pelos
funcionários e
- contratados;
- ☼ Possui estratégias diferenciadas para se relacionar com os Clientes, a partir de
suas- necessidades por tipo de mercado;
- ☼ A valorização do seu capital intelectual, preocupada com a capacitação e o
- desenvolvimento de pessoas e da qualidade de vida destas;
- Fomenta a formação de Grupos Multifuncionais para desenvolvimento de projetos
e
- Grupos de Geração de Idéias, para uma participação mais efetiva na gestão da
empresa;- Pelo TPM cada empregado é "dono" do seu equipamento.
- A CETREL verifica semestralmente o atendimento à Legislação de SSO;
- Mantém um BSC que monitora o seu desempenho e o rumo do seu planejamento
- estratégico;
- A Empresa mantém um Indicador de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde
- Ocupacional, que é um dos 48 indicadores globais da empresa;
- As Não-Conformidades Internas têm um prazo máximo de 60 (sessenta) dias;- A Empresa mantém um Conselho Comunitário Consultivo com membros da
- Comunidade das cidades de Camaçari e Dias D’Ávila;
- Mantém um Sistema Integrado de Gestão onde estão os Critérios do PNQ; da ISO
- 9001; da ISO 14.001; da OHSAS 18.001; dos Códigos do Atuação Responsável;
dos
- Pilares do TPM; da S A 8000.
- A Análise Crítica do SGSSO é realizada semestralmente.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 127/161
127
Com relação a oportunidades de melhorias, estas serão detalhadas com auxílio dos Sistemas
de Gestão de SSO que estão na Fundamentação Teórica do Capítulo 2.
5.3 CONTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE
OCUPACIONAL
Dentro da Análise Crítica algumas Contribuições podem ser feitas para o SGSSO da
CETREL, são oportunidades de melhoria retiradas dos Sistemas selecionados neste estudo.
5.3.1 Política
Em termos de Política os Sistemas são muito parecidos, mas dois requisitos e uma orientação
podem ajudar na atualização da Política da CETREL.
Os dois requisitos são:
Incluir o comprometimento para estabelecer objetivos e metas mensuráveis commelhoria contínua até a eliminação de relatórios com acidentes e ferimentos”(AS 4801, 2000, p. 10).
Garantir aos trabalhadores a suficiente e adequada formação teórica e práticamediante o provisionamento de recursos necessários, que permitam odesenvolvimento da política preventiva. (ASOCIACIÓN, 1996a, p. 7).
A orientação para a política se refere a:
- “É recomendado que a administração considere o desempenho histórico e o
desempenho atual da SSO da organização.” (DE CICCO, 2001, p.15)

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 128/161
128
5.3.2 Planejamento
5.3.2.1 Identificação de perigos e avaliações de riscos
No Planejamento uma forma de melhorar o processo de Identificação de Perigos e Avaliação
de Riscos seria usar os critérios da UNE 81905.
Em primeiro lugar o Anexo B, da UNE 81.905 (1996f, p.32-41) apresenta várias Normas
Européias (UNE), os TLV da ACGIH e principalmente métodos específicos de análise de
risco, dentre eles:
B.5.1. Alguns métodos gerais de aplicação em diversos sistemas técnicos.Método “oque aconteceria se?” (What if?); Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE);Análise de Riscos de Operação (HAZOP); Análise de Árvore de Falhas; Diagramade Acidentes.
B.5.2. Alguns métodos específicos de âmbito mais restrito e de aplicação maisconcreta Índice Mond; Índice Dow; Risco intrínseco de incêndio; Método GustavPurt; Método Gretener; Método Probit; Método de análise de confiabilidadehumana; Métodos imunológicos-ambientais. (UNE 81.905, 1997, p. 41).
No caso da CETREL que realiza vários serviços em Indústrias Químicas pode ser necessário
que tenha-se de usar algum desses Métodos em situações específicas para ampliar a Ação de
Controle requerida. A empresa mantém práticas gerenciais com "Procedimentos para
atividades perigosas", principalmente por trabalhar com substâncias tóxicas como é o caso do
Ascarel.
Uma característica dos Sistemas de Gestão de uma forma geral é estabelecer um requisito a
ser cumprido sem evidenciar sugestões que possam ser adotadas para se atingir mais rápido o
atendimento ao mesmo. Esta recomendação da UNE 81.905 é uma boa oportunidade de
melhoria até para balizar o modelo escolhido para “Identificação de Perigos e Avaliação de
Riscos” da CETREL.
Em Segundo lugar na Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos um critério a ser
adotado, após o cruzamento da Matriz que envolve Probabilidade e Severidade, para obtenção
a Ação de Controle para os riscos avaliados, principalmente para aqueles em que o Nível de

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 129/161
129
Risco fosse “Substancial” ou “Intolerável”, a informação deveria complementada com a
planilha do Anexo D, da UNE 81.905, que está apresentada no Quadro 29.
Tabela: Identific ação de Perigo Risco controlado? Perigo/Risco Medidas deControle
Procedimentos de Trabalho Informação Formação Sim Não
Quadro 29 - Ação para Identificação de PerigoFonte: UNE 81905 (ASOCIACIÓN, 1997f, p. 43)
O Quadro 29 apresenta uma sistemática complementar para se concluir se o risco está sob
controle ou não.
Na primeira coluna deve ser colocado o perigo/risco; na segunda o “filtro” se as medidas de
controle são suficientes ou devem ser ampliadas; na terceira “se precisa escrever
procedimento ou se precisa melhorar o existente”; na quarta refere-se a que tipo de
informação o trabalhador deve trazer (Ex: Deve ter primeiro grau completo, não pode ter
deficiência visual, ...); na quinta devem ser elencados todos os treinamentos que devem fazer
parte da capacitação de SSO do funcionário, com competências definidas para cada risco; e
por último se o risco está ou não sob controle. Este processo propicia uma “varredura” nos
fatores que vão mitigar o risco.
5.3.2.2 Programa de gestão
Para consolidar o programa de gestão em uma visão integrada seria interessante tecer a "teiados perigos", onde cada programa gerador estaria vinculado numa estrutura consolidada,
conforme figura 19.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 130/161
130
Figura 19 - Teia de perigos
Tecendo os perigos como apresentado na figura 19, pode-se numa rápida verificação,
identificar, se todos os perigos estão tratados e quais suas correlações com outros programas
de gestão.
5.3.2.3 Gestão de mudanças
A empresa mantém no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA um processo de
"Antecipação de Riscos" (NR 9:PPRA, 1994) com critérios para alterações, aquisições,
ampliações, etc, ou seja, não permitir a entrada de perigos/riscos novos sem avaliar antes, se
eles são realmente necessários. A idéia é que isto faça parte de um contexto ampliado, sendo
que para viabilizar isto a oportunidade seria incorporar o requisito “Gestão da Mudança” da
ILO – OSH que trata de:
PPRA PCMSO
PCAPPRPPREPST PCEP PAE PSQ
Rotula emEs a o Confinado
DescarteServi o a uente
ArmazenamentoTrabalho em altura
Serviços especiais
Servi o a Frio
Abertura de valas

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 131/161
131
3.10.2.1. deveriam ser avaliadas as medidas na SST de mudanças internas ( tais como alterações na composiçãode pessoal ou devidos à introdução de novos processos, métodos de trabalho, estrutura organizacional ouaquisições ) bem como mudanças externas (por exemplo, devidos às alterações de leis e regulamentos nacionais,a fusões de empresas ou à evolução dos conhecimentos no campo da SST e da tecnologia) e deveriam adotar-seas medidas de prevenção adequadas antes de introduzi-las.
3.10.2.2. Seria necessário proceder-se a uma identificação dos perigos e uma avaliação dos riscos antes de seintroduzir qualquer alteração ou de utilizar métodos, materiais, processos ou novas máquinas. Esta avaliaçãodeveria ser efetuada consultando-se e associando a mesma aos trabalhadores e ou seus representantes bem comoao comitê de segurança e saúde, de conformidade com o caso.
3.10.2.3. Antes de adotar a “decisão de introdução de uma mudança” deveria assegurar-se que todos os membrosinteressados da organização foram adequadamente informados e capacitados. (ILO – OSH, 2001, p. 14).
A CETREL vive o “processo de mudança”, principalmente, quando amplia sua atuação no
mercado, mantém a satisfação dos clientes, está atenta à novos desafios que impactem na
gestão e no desenvolvimento das pessoas, otimiza os seus processos com novas tecnologias.
Assim a Gestão de Mudança é muito forte, mas os requisitos da ILO – OSH ampliam a visão
e fortalecem um controle importantíssimo para qualquer SGSSO.
Estamos na era da mudança. Seja qual for o evento voltado para Gestão Empresarial,sempre o ponto de discussão está na preparação das pessoas para mudança. Maioresainda são as recomendações e receitas para a transformação por meio dasferramentas e modelos, teorias comportamentais, formação das lideranças e um semfim de gurus da revolução. (MORALES 2004, p. 38)
Na OHSAS 18002 existe ainda a recomendação de que se faça uma análise crítica para
"mudanças de métodos ou de padrões de comportamento" (DE CICCO, 2001, p. 26).
5.3.2.4 Contratações
A empresa mantém Cláusulas Contratuais de SSO para Contratação de Serviços de Terceiros,
a idéia é que isto faça parte de um contexto ampliado, sendo que para viabilizar isto a
oportunidade está também na ILO – OSH e se refere à “Contratações”.
3.10.5.1. Deveriam ser adotas e mantidas disposições a fimde garantir que se apliquem as normas de SST da organização
ou pelo menos sua equivalência , aos contratantes e seus trabalhadores.
3.10.5.2. As disposições relativas aos contratantes lotados
no local de trabalho da organização deveriam:(a) incluir procedimentos para a avaliação e seleção dos contratantes;

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 132/161
132
(b) estabelecer meios de comunicação e de coordenação eficazes e permanentesentre os níveis pertinentes da organização e o contratante antes de iniciar otrabalho. Inclui-se nas mesmas disposições relativas à notificação dos perigos e dasmedidas adotadas para prevenção e controle;
(c) compreender disposições relativas à notificação de lesões, enfermidades, doençase incidentes relacionados com o trabalho, que venham a afetar os trabalhadores doscontratante em suas atividades na organização;
(d) fomentar no local de trabalho uma conscientização da segurança e dos riscos para a saúde e distribuir capacitação ao contratante ou a seus trabalhadores, antesou após o início do trabalho, conforme a necessidade;
(e) supervisionar periodicamente a eficiência das atividades de SST do contratanteno local de trabalho; e
(f) assegurar que o (os) contratante(s) cumpra(m) com os procedimentos edisposições relativos à SST. (ILO – OSH, 2001, p. 16).
Apesar dos Resultados de SSO da CETREL no relacionamento com terceiros serem
satisfatórios, é importante que se identifique esse requisito como estratégico, pois ele amplia o
que pede a NR 5: CIPA/1999 e a IN 100/2003, da Previdência Social, principalmente na
questão da “Avaliação e Seleção dos Contratados” e em “Meios de comunicação e
coordenação eficaz [...]”.
5.3.3 Implementação e operação
5.3.3.1 Controle operacional
5.3.3.1.1 Aquisições
A empresa mantém de acordo com o item 4.4.6 da OHSAS 18.001, critérios para aquisição ou
transferência de mercadorias e serviços e uso de recursos externos, bem como para
manutenção de plantas e equipamentos seguros, a idéia é que isto faça parte de um contexto
ampliado, sendo que para viabilizar isto a oportunidade está no requisito “Aquisições” da ILO
– OSH que trata de:
“3.10.4.1. Devem ser estabelecidos e mantidos procedimentos coma finalidade de garantir que:

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 133/161
133
(a) se identifiquem, avaliem e incorporem nas especificações
relativas a compras e orçamento financeiro disposiçõesrelativas ao cumprimento por parte da organização dosrequisitos de segurança e saúde;
(b) se identifiquem as obrigações e os requisitos, tanto legaisquanto da própria organização em matéria de SST antes daaquisição de bens e serviços; e
(c) sejam tomadas disposições para que se cumpram tais requisitosantes de se utilizarem os bens e serviços mencionados”(ILO – OSH, 2001, p.15).
As Aquisições estão inseridas nos Sistemas de Gestão de SSO, no entanto não estão presentes
no “desenho” do mesmo. O Amendment 1:2002, da OHSAS 18001, no seu Anexo B,
apresenta uma interface entre os requistos ILO – OSH: “Aquisições, Contratação e Gestão daMudança” com o Controle Operacional da OHSAS 18.001.
5.3.3.1.2 Importância dos controles
A empresa mantém "Controle Operacional" de acordo com o item 4.4.6 da OHSAS 18.001,no entanto isto pode ser melhorado, para ilustrar esta questão pode-se usar a Norma UNE
81900 que apresenta entre os seus elementos o “Controle de Riscos Laborais”, dividido em
três partes, Controles; Não-Conformidades e Inspeções, como pode ser visto na figura 19.
Onde:
Os Controles são divididos em Ativo e Reativo. O Controle Ativo existe para a manutenção
do Sistema de Gestão de SSO, pode ser dividido em:
• Prevenção > Exemplos: EPI; Treinamentos; ...
• Proteção > Exemplos: Proteção de Máquinas; Barreiras; Biombos; ...
• Amostragem (quantificação) de agentes físicos, químicos e biológicos;
• A avaliação do comportamento dos trabalhadores.
• Análise das atitudes do pessoal em todos os níveis.
• Análise da documentação e dos registros;
• Avaliação da saúde dos trabalhadores próprios e contratados.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 134/161
134
O Controle Reativo deve ser estabelecido e mantido em dia em procedimentos para investigar,
analisar e registrar as falhas do Sistema de Gestão de SSO, sendo dividido em: Incidentes;
Acidentes; Doenças Ocupacionais e Recomendações ou notificações efetuadas por
Organismos Oficiais (ex: feitas por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego).
As Não Conformidades estão integradas aos outros Sistemas de Gestão existentes na empresa.
Os Controles da UNE 81.900 estão apresentados na figura 20.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 135/161
135
Limites da UNE 81900
Figura 20 - Controles da UNE 81900Fonte: UNE 81900 (ASOCIACIÓN..., 1996, p. 18)
Na figura 20, ampliamos (quadros cinza) o contexto da UNE 81900, que é restrito ao que está
dentro da linha tracejada, uma vez que apesar de possibilitar uma boa visualização dos
controles fundamentais para a manutenção do sistema, não estabelece uma ação efetiva sobre
o aprendizado. Assim criamos o alicerce para suportar todos os controles, com o impacto dos
"desvios nos controles ativo/reativo e das inspeções" ou "não-conformidades" e de todo o
processo que se segue dos controles implantados e acompanhamento, ou seja, os controles
ativos/reativos e resultados das ações corretivas das não-conformidades façam parte do dia a
dia das "inspeções das áreas/setores". Este alicerce retroalimenta o Controle das Ações de
modo que se estabeleça uma dinâmica em que o sistema reaja sempre que for "provocado",
sem perder de vista a melhoria contínua que vem no passo seguinte dos elementos da UNE
81900: 1996, que é a "Revisão do Sistema".
Outro item que foi incorporado no "desenho" dos controles é o da capacitação, que não deve
ficar restrito à Capacitação em função de treinamentos de SSO, mas também seguir a Prática
Gerencial 9, do Código de Saúde e Segurança do Trabalhador, que trata de "Capacitação
Casos de nãoConformidade e ações
corretivas
InspeçõesControle
ReativoAtivo
Controle das Ações
Desvios >>> Plano de Ação >>> Controles Implantados >>> Acompanhamento
Capacitação

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 136/161
136
Ocupacional", que é "a avaliação permanente da adequação dos funcionários ao seu posto de
trabalho ou função, e vice versa, incluindo as aptidões físicas, psicológicas e de saúde" (1994,
pg. II -45).
5.3.3.1.3 Identificação de perigos, avaliação de riscos e controle dos riscos
A empresa mantém de acordo com o item 4.4.6 da OHSAS 18.001, critérios para "tarefas
perigosas" e "materiais perigosos", bem como para manutenção de plantas e equipamentos
seguros, a idéia é que isto faça parte de um contexto ampliado, sendo que para viabilizar isto aoportunidade está na manutenção o “tempo inteiro” da "Identificação de perigos, avaliação de
riscos e controle dos riscos", sugeridos na AS 4801:2000. Assim além desse processo fazer
parte do Planejamento, ele deve estar presente no dia a dia como Controle Operacional.
O item 4.6.6.2., identifica alguns processos dentre eles destaca-se: “Na inspeção, manutenção, testes, reparos e alterações (Ex: Uso dePermissões de Trabalho)” “Na Contratação e Sub-contratação na instalação de máquinas, equipamentos
e de serviços, incluindo especificações de SSO e responsabilidades para oContratante”. “Na Aquisição de bens e serviços”. (ARAÚJO, 2000, p. 14).
5.3.4 Verificação e ação corretiva
5.3.4.1 Auditoria
No processo de Auditoria da CETREL a formação dos auditores internos é de 24 horas. Isto
inclui somente os requisitos dos elementos do SGSSO, no entanto as questões de segurança e
saúde requerem um conhecimento mais profundo, afinal é uma área eminentemente técnica
onde o auditor necessita de um conhecimento diferenciado para poder observar com mais
rigor a conformidade do sistema. Uma oportunidade de melhoria seria usar os requisitos da
UNE 81903:1997.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 137/161
137
"Os candidatos a auditores de um Sistema de Gestão de SST devem demonstrar sua
capacidade para expressar com clareza e facilidade os conceitos, idéias, tanto oralmente como
por escrito, no seu idioma" (ASOCIACIÓN..., 1997d, p. 3) .
Com relação ao aspecto da Auditoria pode-se perceber 3 (três) macro funções distintas: (a)
formação; (b) experiência e (c) manutenção da competência
(a) Formação
Em termos de formação no Brasil temos os profissionais do SESMT (Engenheiro de
Segurança; Médico do Trabalho; Técnico em Segurança do Trabalho; Enfermeiro do Trabalho
e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho); e mais recentemente o Tecnólogo em SST, o Mestre
em Sistemas de Gestão de SST e o Tecnólogo em Gestão de SST. Só que o sistema espanhol
não tem estas profissões, assim na elaboração da UNE 81.903:1997 para a capacitação de
auditores foi desenvolvido um programa consistente para atender as técnicas e a
complexidade que a Segurança e Saúde requer.
Esta formação garante a competência nas áreas de conhecimento requeridas para se efetuar
uma Auditoria de SST. Além disto a UNE 81903: 1997 sugere que são necessários outros
tópicos, tais como:
a) Conhecimento e compreensão das normas a respeito do Sistema de Gestão deSST;
b) Técnicas de: levantamento das amostragens; redação; entrevistas; levantamentodas informações; observações de campo; análise crítica da documentação;
c) Outras técnicas requeridas para a Gestão da Auditoria, tais como, planejamento;
organização; comunicação e a condução;d) Conhecimentos com relação as exigências legais, regulamentos ou qualquer outrodocumento relativos à SST;
e) Conhecimentos em matéria de identificação, avaliação e controle dos riscosderivados da segurança do trabalho; higiene do trabalho e a ergonomia.
f) Conhecimento na elaboração de Planos de Formação.” (ASOCIACIÓN...,1997d, p. 3).
Importante: O candidato deve passar por um treinamento completo em auditoria que
contribua para o desenvolvimento do conhecimento e habilidades necessários. O

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 138/161
138
treinamento pode ser provido pela própria organização da pessoa ou por uma organização
externa.
Segundo a Norma UNE 81.903:1997, para poder desenvolver o conhecimento para ser
Auditor, será necessário uma formação mínima de 350 horas, com a seguinte distribuição:
Item Tópico Subtítulos Carga Horária
01 Fundamento das técnicas de melhoria das
condições de trabalho
# Condições de trabalho e saúde 20 horas
02 Técnicas de prevenção de riscos laborais
# Segurança do Trabalho
# Higiene do Trabalho
# Medicina do trabalho
# Ergonomia e Psicosociologia aplicada
70 horas
70 horas
20 horas
40 horas
03 Outras atuações em matérias de SST
# Formação
# Técnicas de comunicação, informação e negociação 30 horas
04 Gestão de SST
# Aspectos gerais sobre administração e gestão empresarial
# Planejamento da Gestão
# Organização da Gestão
# Aplicação em setores especiais: Indústria da construção;
Indústrias extrativas; transporte, pesca e agricultura.
40 horas
05 Técnicas afins
# Segurança do produto e sistemas de gestão da qualidade
# Gestão ambiental
# Segurança Industrial e prevenção de riscos patrimoniais# Segurança no transito
20 horas
06 Legislação 40 horas
Total 350 horas
Quadro 30 - Conteúdo para formação de auditores de SSTFonte: UNE 81903 (ASSOCIACIÓN..., 1997c)
O Quadro 30 apresenta um excelente conteúdo para a formação de auditores, com tópicos que
extrapolam requisitos de normas e conferem ao auditor competências necessárias para exercer
seu trabalho.
(b) Experiência
Segundo a UNE 81.903: 1997, "os candidatos a auditores devem ter pelo menos quatro anos
de experiência prática, com plena dedicação (não incluída a formação) e que pelo menos
durante dois anos ter se envolvido com atividades relacionadas a prevenção de riscos
laborais" (ASOCIACIÓN..., 1997, p. 4).

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 139/161
139
Antes de assumir responsabilidade como auditor na realização de auditorias, o candidato deve
haver adquirido experiência em processos completos de auditoria. Esta experiência deve ter
sido adquirida com a participação de pelo menos quatro auditorias, com uma dedicação
mínima de 30 dias, no exame de documentação, das atividades de auditorias e da auditoria
propriamente dita.
(c ) Manutenção da Competência
Competências são atributos pessoais demonstrados e capacidade demonstrada para aplicar
conhecimento e habilidades. A UNE 81.903: 1997 prevê “Os auditores de prevenção de riscos
laborais devem demonstrar com provas objetivas de que tenham adquirido e mantido osconhecimentos necessários para a realização das Auditorias. Mediante entrevistas; exames
escritos; conversações com superiores; e simulação de funções” (1997d, p. 7).
5.3.5 Análise crítica
Em termos de Análise Crítica os Sistemas de Gestão de SSO são muito parecidos e aCETREL mantém uma Análise semestral do seu Sistema.
5.4 DIAGNÓSTICO DO ESTUDO DE CASO
Nessa primeira abordagem quanto aos requisitos de um Sistema de Gestão específico sãosuficientes para atender as necessidades de uma Empresa em Segurança e Saúde, verifica-se, a
luz do estudo de caso que eles atendem para a Certificação, mas não para atender as
necessidades de uma empresa, porque mesmo com os requisitos da OHSAS 18001
implantados, as organizações continuam procurando soluções para seus problemas, uma prova
disto é que a OHSAS 18.001 criou um Anexo B, para contemplar as Diretrizes da ILO –
OSH: 2001. No caso da CETREL a empresa tem incorporado requisitos de outras normas,
como a da Responsabilidade Social, que prevê, por exemplo, o atendimento às NR doMinistério do Trabalho e Emprego, além de manter o relatório para o PNQ anualmente. Além

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 140/161
140
disto no estudo de caso observa-se vários atendimentos à requisitos que não constam de forma
explícita da OHSAS 18.001, como objetivos e metas trianuais e todo o processo de controle
do Grau de Disseminação e Continuidade e do Ciclo de Controle e Aprendizado do Sistema,
assim como a “Sistemática para questionamento das partes interessadas: Meio Ambiente e
SSO” .
No que diz respeito a necessária sinergia requerida com outros requisitos de Sistemas de
Gestão de SSO e suas respectivas contribuições de forma interativa no processo de
implantação de um Sistema Específico, foi possível verificar na pesquisa para o estudo de
caso que existem contribuições significativas para melhorias ao processo de Gestão de SSO
da CETREL retiradas de outros Sistemas conforme detalhado no quadro 31.
ILO – 0SH: 2001 OHSAS 18.001/2 UNE 81900: 1996 BS 8800: 1996 AS 4801: 2000
Item Requisito Item Requisito Item Requisito Item Requisito Item Requisito
----- ---------- ----- ---------- 0 Introdução
1. Objetivos 1 Objetivo ecampo deaplicação
1. Objetivo e campode aplicação
1. Escopo 1 Objetivo ecampo deaplicação
Convenções /Recomendações /
Códigos ILO2
Publicaçõesde Referência 2.
Normas paraConsulta 2.
ReferênciasInformativas 2
Publicaçõesde Referência
Glossário 3 Definições 3 Definições 3. Definições 3 Definições
3.0
O sistema de gestão
da segurança esaúde no trabalho
na organização4
Elementos doSistema de
Gestão de SSO4.
Requisitos que
integram umSistema de Gestão para a Prevenção
de RiscosLaborais
4.Elementos do
Sistema de Gestãode SST
4Elementos do
Sistema deGestão de SSO
3.0
O sistema de gestãoda segurança e
saúde no trabalhona organização
4.1 RequisitosGerais
4.2
O Sistema degestão na
prevenção deriscos laborias
4.0
4.01
4.02
Introdução
Generalidades
Levantamento dasituação inicial
4.1 Requisitos
Gerais
3.1Política de
Segurança e SaúdeOcupacional
4.2 Política de SSO 4.1Política de
Prevenção deRiscos Laborais
4.1 Políticade SST
4.2 Política de SSO
3.7
3.8.
Revisão Inicial
Planejamento doSistema, desenvol-
vimento eimplementação
4.3 Planejamento 4.5 Planejamentoda prevenção
4.2
4.2.1
AnexoC
Planejamento
Generalidades
Planejamento eImplementação
4.3 Planejamento
3.10
3.10.1
3.10.2
3.10.5
Prevenção dePerigos
Medidas dePrevenção e
Controle
Gerenciamento daMudança
Contratação
4.3.1Planejamento para identifi-
cação de perigose avaliação econtrole de
riscos
4.4
4.4.2
Avaliação dosRiscos
Avaliação eControle dos
Riscos
4.2.2
Ane-xo D
Avaliação deRisco
Avaliação deRisco
4.3.1Planejamento para identifi-
cação de perigos eavaliação econtrole de
riscos
3.7.2. Revisão inicial
Prevenção de 4.3.2
Requisitoslegais e outros
requisitos4.4.1
Registro dosrequisitos legais,regulamentares e
4.2.3Requisitos legais eoutros requisitos
4.3.2Requisitos
legais e outros

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 141/161
141
3.10.1.2 Perigos demais requisitosnormativos
requisitos
3.8
3.9
3.16
Planejamentodo Sistema,desenvol-vimento e
implementação
Objetivos deSegurança e Saúde
Ocupacional
Melhoria Contínua
4.3.3 Objetivos
4.3.1
4.5.1
Responsa-bilidadeda Direção e
Recursos
Os objetivos emetas na
prevenção deriscos laborais
4.2.4 Providências para
a Gestão de SST
4.3.3 Objetivos e
metas
3.8Planejamento do
Sistema,desenvolvi-mento e
Implementa-ção
4.3.4 Programa (s) deGestão de SSO
4.5.2O programa de
gestão da prevenção deriscos laborais
4.3.4 Plano deGerenciamento
de SSO------------
4.4Implementação
e Operação
4.3
4.6
4.7
Responsa- bilidades
O manual e adocumentação da
gestão da prevenção de riscolaborais
Controle dasatuações
4.3
Ane-xo C
Implementação eOperação
Planejamento eImplementação
4.4 Implemen-tação
3.3.
3.8
Deveres eResponsa-bilidades
Planejamento doSistema,
desenvolvi-mento eim- plementação
4.4.1 Estrutura eResponsa- bilidade
4.3 Responsa- bilidades
4.3.1 Estrutura eRespon-sabilidade
4.4.1
4.4.1.1
4.4.1.2
Estrutura eResponsa- bilidade
Recursos
Deveres eResponsabi-
lidades
3.2.
3.4.
Participação dotrabalhador
Competência etreinamento
4.4.2 Treina-mento,conscien-tizaçãoe competência 4.3.3
Responsa- bilidadesdo pessoal,
comunicação eformação
4.3.2Treina-mento,conscientização ecompetência 4.4.2 Treinamento e
competência
3.2.
3.6.
Participação doTrabalhador
Comunicação
4.4.3 Consulta ecomuni-cação
4.3.3Responsa- bilidadesdo pessoal,
comunicação eformação
4.3.3 Comunicações 4.4.3 Consulta,comunicação e
informação
3.5.
Documentação doSistema de
Gerencia-mento deSegurança e Saúde
Ocupacional
4.4.4 Documen-Tação
4.6.1
4.6.2
O manual
A documentação4.3.4
Documentação doSistema de Gestão 4.4.4 Documentação
3.5.
Documentação do
Sistema deGerencia-mento deSegurança e Saúde
Ocupacional
4.4.5 Controle dedocumentos e dedados
4.6.3 O tratamento dadocumentação
4.3.5 Controle dedocumentos
4.4.5 Controle dedocumentos ede dados
3.10.2.
3.10.4.
3.10.5.
Gerenciamento damudança
Aquisições
Contratação
4.4.6 ControleOperacional
4.7.1
4.7.2
4.7.3
4.7.4
4.7.5
Generalidades
Controle ativo
Verificações
Controle Reativo
Casos de nãoconformidade eações corretiva
4.3.6Controle
Operacional4.4.6
4.5.1.2
Identificação de
perigos,
Avaliação de
Riscos e
Controle de
Riscos
Avaliação da
SaúdePrevenção, preparação
e respostas com 4.4.7Preparação eatendimento a
4.3.1Responsa-bilidade
da Direção eRecursos 4.3.7
Preparação eresposta a
4.4.7
Prontidão e
Resposta a

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 142/161
142
3.10.3. respeito a situaçõesde emergências
emergências
4.7.2Controle Ativo
emergências Emergência
--------------------4.5
Verificação eação corretiva 4.9
Avaliação dosistema de gestãode prevenção dos
riscos laborais
4.4Verificação e ação
corretiva 4.5 Monitoramentoe Avaliação
3.11. Monitoramento emensuração do
desempenho
4.5.1 Monitoramentoe mensuração do
desempenho
4.3.2
4.7.2
Revisão pelaDiretoria
O Controle Ativo
4.4.1
AnexoE
Monitoramento emedição
Medição dodesempenho
3.12.
3.15.
Investigação daslesões,
enfermidades,doenças eincidentes
relacionadas com otrabalho e seus
impactos nodesempenho da
segurança esaúde
Ações Corretivas ePreventivas
4.5.2Acidentes,
incidentes, não-conformidades eações corretivas
e preventivas
4.7.4 O ControleReativo 4.4.2 Ações Corretivas 4.5.2 Investigação de
Incidentes,
ações
preventivas e
corretivas
3.5.
Documentação doSistema de
Gerenciamento deSegurança e Saúde
Ocupacional
4.5.3 Registros egestão deregistros
4.8 Registros da prevenção dos
riscos4.4.3 Registros
4.5.3 Registros egestão deregistros
3.13 Auditoria 4.5.4 Auditoria 4.9.1
Auditorias do
sistema de gestãode prevenção deriscos laborais
4.4.4
Ane-xo F
Auditoria
Auditoria 4.5.4 Auditoria
3.14Análise Crítica pela
Administração4.6
Análise Crítica pela
Administração
4.3.2
4.9.2
Revisão pelaDiretoria
Revisão dosistema de gestãoda prevenção deriscos laborais
4.5 Análise Crítica pela adminis-
Tração 4.6
Análise Crítica pela Adminis-
tração
Anexo Correspondênciacom
Ane-xo
Correspon-dência com
Ane-xo
Correspondênciacom
Ane-xo
Corres-pondênciacom
------- --------------------A
ISO 14.001:1996 e ISO9001: 2000
A ISO 9001:1994e UNE 77-801
A ISO 9001: 1994
B ILO - OSH:
2001---- Publicaçõesrelevantes
---- Bibliografia ---- ----------------- ---- ------------------
---- Ver OHSAS18002
---- Ver UNE 81905
Quadro 31 - Interfaces das Normas de Gestão de Segurança e Saúde
Para análise do Quadro 30 deve-se levar em consideração o aspecto cronológico dos Sistemas
de Gestão que estão correlacionados, principalmente porque eles têm como referencial os
Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental, exceção para a ILO - OSH: 2001. Assim existe
uma estrutura.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 143/161
143
Verifica-se ainda que os sistemas apresentam itens comuns como Política, Planejamento:
atendimento à Legislação do país, objetivos e identificação de perigos; estrutura e
responsabilidade; treinamento e conscientização; preparação e resposta à emergência;
auditoria; investigação de acidentes/incidentes e análise crítica dentre outras, e o que se pode
encontrar de diferente está na ILO – OSH: 2001 no seu glossário, por usar termos que não
constam dos outros Sistemas, tais como, “contratista; empregador; instituição competente;
lugar de trabalho; pessoa competente; supervisão ativa; supervisão reativa; vigilância do meio
ambiente de trabalho” (2001, p. 23-24).
As maiores diferenças estão na implementação e operação principalmente no item que refere-
se a "Consulta e Comunicação", uma vez que as Diretrizes da OIT evidencia uma participaçãomaior dos trabalhadores que os outros sistemas. Outro item importante é a questão da Saúde
evidenciada no item 4.5.1.2, da AS 4801 na parte do "Controle Operacional", e neste item
também a UNE 81900 trás os controles ativo e reativo, com um destaque que não está
evidenciado nos outros sistemas.
Um item que merece destaque é a preocupação da série UNE 81900 em criar um vínculo com
os sistemas de gestão da qualidade e ambiental, o que três anos mais tarde seria reproduzidona OHSAS 18001, ou seja, desde o primeiro momento existia uma preocupação em
compartilhar a Segurança e Saúde Ocupacional com os mesmos princípios gerais de gestão.
Quanto a maturidade, abrangência e profundidade como fatores contribuintes para o sucesso
de Sistemas de Gestão de SSO. No estudo de caso, a empresa ao longo dos anos apresenta-se
como uma organização orientada para a estratégia, muito em função da complexidade de seus
processos, em termos de maturidade possui um Sistema Integrado de Gestão,, com foco na
busca pela excelência do desempenho, cumpridora da legislação vigente e a outros requisitos,
buscando a maximização de seus resultados e a melhoria da capacitação e habilidades dos
funcionários em times de competência, o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva, as
expectativas das demais partes interessadas e da sociedade.
Em termos de abrangência a CETREL possui um grau de maturidade "voluntário"
(acompanhamento sistematizado, voltado para a melhoria contínua do desempenho) bem
desenvolvido, o seu modelo é baseado na “integração” de normas de gestão que agregam
valor a seus processos e serviços, e de um sistema de informações consistente.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 144/161
144
No que se refere a profundidade a CETREL está efetivamente construindo e caminhando para
o maior desempenho, medindo e alinhando os processos de aprendizado e crescimento, com
os processos internos e externos visando a integração total de seu sistema, para maximizar a
gestão.
O fato da CETREL ser benchmark deve-se bastante a esses três fatores que culminam com um
desempenho superior.
Por fim, no aspecto de contribuição desta dissertação, sugere-se a proposição do modelo
apresentado na figura 21, como estrutura sistêmica de suporte aos requisitos de gestão, a ser
avaliada por parte da empresa objeto do estudo de caso, buscando o desdobramento de suas
ações gerenciais na abordagem macro ambiental dos mapas estratégicos.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 145/161
145
ALTA
DIREÇÃO
SISTEMAS
DE
GESTÃO
OPERAÇÃO
E
PROCESSO
EXTERNO
PROCESSO
INTERNO
APRENDIZADO
E INOVAÇÃO
Figura 21 - Modelo Proposto para o Mapa Estratégico do Sistema de Gestão de SSO Na Figura 21 apresenta-se o resultado deste estudo com um Modelo de Gestão de Segurança,
Higiene e Saúde Ocupacional proposto para a CETREL sob cinco perspectivas: Aprendizado
PESSOAS ORGANIZAÇÃO ESTRATÉGIAS
ANÁLISE
CRÍITICA POLÍTICA
SIG
AUDITORIA DOCUMENTAÇÃO
REQUISITOS
PNQISO 9001
ISO 14.001S A 8000
TPM ATUAÇÃO
RESPONSÁVEL
REQUISITOS
SGSSO:OHSAS18001
ILO - OSHUNE 81900BS 8800 AS 4801
Identificação de Perigose Avaliação de Riscos
Atendimento à Legislaçãoe outros requisitos
Programade gestão
Aquisições
Recursos
Aquisições
Gestão demudan a
CONTROLES
ATIVOSREATIVOS
INSPEÇÕESNÃO CONFORMIDADEIDENT. DE PERIGOS
SGSSO OUSIG DO
CLIENTE
INDICADORESDE
DESEMPENHO
PREPARAÇÃOPARA
ATENDIMENTO A
EMERGÊNCIAS
Objetivose metas

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 146/161
146
e Inovação; Processo Interno; Operação e Processos Externos; Sistemas de Gestão e Alta
Direção, de forma que todas as contribuições sugeridas neste capítulo estejam presentes no
mesmo.
A primeira perspectiva é a da Alta Direção inclui a “Política” e a “Análise Crítica”, orientadas
para melhoria do desempenho, procurando meios para que novas estratégias sejam
concebidas, para atualização do Sistema de Gestão de SSO de modo que ele rapidamente
possa assimilá-las e influenciar no resultado de forma sinérgica com os outros sistemas.
A segunda perspectiva são os Sistemas de Gestão, na CETREL a SSO está Integrada aos
outros Sistemas, dentro do Mapa Estratégico da SSO deve haver uma relação com as outras práticas reconhecidas (PNQ, ISO 9001, ISO 14001, TPM, S A 8000) e aplicadas na
Organização e além disso levar em consideração requisitos de outros Sistemas de Gestão de
SSO, que possam oferecer uma assistência eficaz, abrangente e com melhores resultados. A
documentação e as auditorias integradas para atender o SIG, alinhando esforços para que
conexões internas e externas tenham os mesmos propósitos para a eliminação ou minimização
dos riscos.
A terceira perspectiva são os Processos Externos e a Operação onde estão os Sistemas de
Gestão de SSO dos clientes para a construção de um relacionamento forte com um parceiro
estratégico; os indicadores de desempenho de SSO, onde devem ser verificadas as tendências
e o BSC para novos indicadores, com bases (padrões) mais exigentes, porém atingíveis; os
Controles (Ativo, Reativo, Inspeções, não-conformidades), que representam as defesas do
sistema de gestão de SSO e o atendimento à emergências, com o auxílio do PAM – Plano de
Auxílio Mútuo e o apoio do COFIC para os simulados e recursos, para a eficácia noatendimento às emergências. Todos estes fatores estão ligados à fase operacional do Sistema.
A quarta perspectiva são os Processos Internos onde está o Planejamento, que vai desde a
identificação de perigos (definição de metodologia), o atendimento à Legislação (adequação);
objetivos e metas até o Programa de Gestão, incluindo a Gestão de Mudança, os requisitos
para “Aquisição” e “Contratação”, além dos Recursos Financeiros para que o Sistema tenha
sua operação assegurada. Ela constrói os alicerces para a sustentabilidade do Sistema de
Gestão de SSO, uma vez que no Planejamento é que se decide o que vai acontecer, suas ações

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 147/161
147
devem propiciar um ambiente propício ao crescimento e desenvolvimento pessoal e apoio às
idéias e inovações geradas a cada ciclo do aprendizado do Sistema de Gestão de SSO.
A quinta perspectiva é o Aprendizado e a Inovação, uma vez que “hoje, o desafio para as
organizações consiste em determinar como arregimentar os corações e mentes em todos os
empregados” (NORTON; KAPLAN, 2000, p. 226). Esta Perspectiva está dividida em três
etapas:
Pessoas: O desafio é descobrir talentos; o crescimento profissional; a valorização
da diversidade; a formação de competências específicas por atividades; a
promoção de um processo de Capacitação de SSO que propicie intervenções maisseguras, num ambiente com boas condições de trabalho; o desenvolvimento de
destreza e habilidades necessárias para que a mão de obra própria e de terceiros
execute suas atividades com um risco aceitável. Devido a característica dos
serviços prestados pela CETREL é importante que a mão de obra tenha
conhecimentos multidisciplinares, geração de idéias e é imprescindível a
manutenção do Programa de Promoção de Saúde e Qualidade de Vida – QualiVida
da CETREL, que existe desde 1997 e que tem gerado resultados notáveis e ações(combate ao tabagismo, redução do sedentarismo, orientação nutricional entre
outros) que visam promover a saúde integral dos empregados e terceiros. Afinal o
comprometimento da CETREL com a Qualidade de Vida está expresso em sua
filosofia empresarial.
Organização: Deste item fazem parte a Cultura de Criatividade e Inovação; o
fortalecimento do Grau de Disseminação e Continuidade e o Ciclo de Controle eAprendizado. Para a cultura é necessário que as pessoas compreendam as
estratégias interajam com elas e principalmente apóiem e ajudem a disseminá-la,
isto conseguido, teremos um alicerce sólido para que encontremos novas e
melhores maneiras para execução das atividades. Em termos de inovações a
CETREL já pratica algumas ações que são um referencial para outras
organizações, dentre elas destaca-se, “criatividade na ação contra concorrentes”;
“buscar continuamente a atualização tecnológica”; “brainstorming interno com
sugestões” e a “intensificação da parceria com clientes estratégicos”. Em termos
de Grau de Disseminação e Continuidade e o Ciclo de Controle e Aprendizado a

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 148/161
148
CETREL precisa estar sempre revisando os padrões, a tendência dos indicadores e
a revisão e atualização destes.
Estratégias: para novos parceiros (Fornecedores); para novas tecnologias; para
novos clientes e para o SGI. Para os fornecedores existe o uso mais eficaz de
abordagens de relacionamento e os benefícios são alcançados sem qualquer
vinculação com a remuneração. O item novas tecnologias, é uma preocupação
constante da CETREL não só para adquirir mas também desenvolvendo projetos
próprios (Ex: Unidade de Biolavagem), a busca é por tecnologias que elevem o
nível operacional e modernizem o processo em questão. Em termos de Parceiros
na CETREL as necessidades dos Clientes são divididas em “Muito Relevantes” e“Relevantes”, isto para dinamização do processo e lealdade dos mesmos. A
iniciativa tem gerado resultados que podem ser comemorados. No SGI o Time de
Gerenciamento da Informação da CETREL é a origem da implantação de
estratégias, que tem sido conseguidas pela mão de obra própria e de terceiros que
vem assumindo a responsabilidade e valorizando seu trabalho e percebendo seu
impacto sobre os resultados. Os desafios apontam para que cada funcionário
internalize a vontade de assumir novas responsabilidades e competências, commais qualidade.
Neste sentido espera-se poder ter contribuído para melhoria da gestão de SSO, fundamental
para ajudar as organizações melhorarem seus processos, uma vez que cada modelo - gestão de
SSO e mapa estratégico - acrescenta uma dimensão útil ao outro.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 149/161
149
6 CONCLUSÃO
6.1 ANÁLISES CONCLUSIVAS
Desde o início desta pesquisa sustentou-se que o Sistema de Gestão de SSO estudado,
apresentava resultados expressivos, boas práticas de SSO, um grau de disseminação e ciclo de
aprendizado consistente e com melhorias.
Uma empresa do porte da CETREL deve estar preparada para mudanças, não só para os seus processos, mas para processos de clientes do Grupo G 2 e na medida que aumenta o número
desses clientes é imperativo que para as atividades novas sejam exigidas novas competências.
Ao atender requisitos de um sistema de gestão de SSO específico como o do estudo de caso,
pode-se observar o enfoque e a aplicação, dimensões que pontuam critérios de excelência. No
caso do enfoque, os fatores considerados são da adequação e da exemplariedade, ou seja,
verificar como foram atendidos os requisitos, considerando-se o perfil da organização e um
outro ponto importante são as inovações produzidas para a gestão e/ou o refinamento das
práticas de SSO desenvolvidas pela empresa.
No caso da aplicação, esta impacta na forma de como foi disseminada e ao uso do enfoque
pela organização. Os fatores são a disseminação e continuidade, o primeiro em função da
implementação das práticas de gestão de SSO e o segundo pela manutenção das práticas de
maneira periódica e ininterrupta.
Assim a CETREL que no ano de 1999 foi a vencedora do Prêmio Nacional da Qualidade, que
é um modelo sistêmico de gestão adotado por organizações de "Classe Mundial", que são
construídos sobre uma base de fundamentos essenciais para a obtenção da excelência do
desempenho. O PNQ tem no seu Sistema de Pontuação as três dimensões: enfoque, aplicação
e resultados, desta forma, quando a CETREL iniciou o processo de certificação de OHSAS
18001 em 14 de janeiro de 2000, já tinha internalizado conceitos, e havia sido reconhecida
pela excelência de sua gestão, ou seja, demonstrou possuir enfoques exemplares, aplicados por todas os seus setores.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 150/161
150
Na busca pela melhoria contínua de seus processos, produtos e serviços que a empresa
interaja o seu sistema com o do contratante dos serviços de forma que exista uma integração
harmoniosa e convergente para um resultado condizentes com os padrões de excelência da
CETREL
No que se refere aos elementos dos Sistemas de Gestão de SSO verifica-se uma interface
muito grande entre eles de forma que possam atuar em conjunto possibilitando novas
estratégias e otimizando o processo, garantindo um nível de qualidade que impacta não só no
próprio segmento e aos outros sistemas existentes na organização.
Confirma-se a importância do trabalhador neste contexto, pois ele está construindo a históriada organização e faz parte do seu aprendizado, da sua inovação, da sua mudança. Eles
impactam diretamente no resultado, além de serem responsáveis pela adesão e manutenção
dos programas de gestão.
Várias limitações foram encontradas no desenvolvimento deste trabalho, seja, com relação ao
valor das normas e códigos, ou mesmo com relação ao número limitado de publicações no
Brasil sobre o tema, ou no enquadramento dos relatos de experiências sugeridas por vários
autores, ou mesmo para entender a realidade, abrangência e profundidade do Sistema de
Gestão de SSO da CETREL.
6.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS QUESTÕES FORMULADAS
No Capítulo 1 foram apresentadas duas hipóteses, que serviram como referenciais desta
pesquisa, quem trabalha com sistemas de gestão de SSO em geral tem estas inquietações. Na
elaboração deste estudo, procurou-se discutir uma estrutura básica necessária que permitisse o
desenvolvimento de uma gestão de SSO eficaz. A partir das hipóteses é que foram formuladas
as seguintes questões:
1: Por que mesmo com os requisitos da OHSAS 18001 implantados, as organizações
continuam procurando soluções para seus problemas?

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 151/161
151
2? Dentre os Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde analisados, algum deles possui estes
requisitos?
3: Como o modelo de Gestão de SSO do Estudo de Caso pode ter sua construção focalizada
na estratégia?
4: Como o atendimento à clientes em suas instalações podem influenciar neste modelo?
No que se refere aos requisitos da OHSAS 18.001/1999, trata-se de um documento elaborado
por Organismos Certificadores e em termos de Segurança e Saúde Ocupacional é o único
certificável, além disto ele deixará de existir a partir do momento que for criado uma Norma
ISO sobre SSO, por exemplo. Existe o fato de ser um documento espelhado na ISO
14001/1996, só que não se encontra dentro da Série OHSAS 18000, um documento similar às Normas ISO 9004/2000 e ISO 14004/1996, que são muito mais conservativos e muito mais
aderentes ao conceito e prática do que suas normas similares certificáveis. Assim o
direcionamento deste estudo foi pesquisar em outros sistemas de gestão de SSO se havia
aderência e se existiam focos não trabalhados na OHSAS 18001:1999, o que foi amplamente
discutido no final do Capítulo 5. No caso da CETREL existem claras evidências de que se
extrapolou o que é solicitado nos requisitos da OHSAS 18001:1999, num sinal claro que este
documento necessita que se agregue outros requisitos para que ele possa estar atendendo na
plenitude as reais necessidades de uma organização. Um exemplo é o Programa de Promoção
de Saúde e Qualidade de Vida - QualiVida, que tem como objetivo proporcionar aos
trabalhadores conhecimento dos fatores do estilo de vida que impactam na saúde; outro
exemplo é a integração de sistemas (SSO x Qualidade X Meio Ambiente X Responsabilidade
Social), que visa a qualidade melhor dos serviços, aliada à melhoria contínua do desempenho
ambiental e ao desenvolvimento de altos padrões de SSO. Outro exemplo é o TPM que é
voltado para eliminação de não-conformidades e perdas, aumentar o ciclo de vida útil das
instalações, resultando na melhoria dos equipamentos, melhoria contínua da gestão de meio
ambiente e de SSO, na capacitação de pessoas e do sistema produtivo. No TPM implantado na
CETREL existem dois pilares que tem a essência da segurança e saúde, que são: o pilar
educação e treinamento e o pilar segurança, higiene e meio ambiente.
No Capítulo 5 são apresentados os requisitos existentes em outros sistemas de gestão de SSO
que agregam valor a OHSAS 18001: 1999. No que se refere a existência de que outro sistema
de gestão possui esta característica de atender a empresa, pode-se dizer do que foi pesquisado
que a resposta é não. Dos sistemas analisados observa-se uma clara preocupação com

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 152/161
152
interesses específicos, como é o caso da ILO- OSH: 2001 com os trabalhadores; do inglês BS
8800:1996 com a aproximação e escopo de normas ISO; do espanhol UNE 81900:1996 com
foco na prevenção de riscos laborais e nas normas de gestão ambiental e da qualidade; do
australiano com o foco em agregar o pilar SSO à Norma AS /NZS 4581:1999 - Integração do
sistema de gestão - Orientação para organizações de negócios, governamentais e
comunitárias. Assim cada uma agrega valor de acordo com seu foco, além do que um ponto
extremamente importante está na interpretação dos requisitos e ao enfoque que for dado a
eles, é em cima disto que se irá traduzir a estratégia em termos operacionais. Os Sistemas de
Gestão de SSO são um referencial, o importante é alinhar a organização à esta estratégia e
convertê-la em um processo contínuo.
A Gestão de SSO impacta diretamente no desempenho organizacional, por isto deve ser
medida e gerenciada, não só pelo fato de existir uma legislação que obrigue, mas muito mais
que isto, por envolver trabalhadores, suas famílias e a sociedade em seu conjunto,
representando um custo social elevado á nível mundial. A manutenção de indicadores (ativos
e reativos) como tem a CETREL mantém uma avaliação de desempenho que mostra
tendências e dá sinais do que precisa de correção de rumo. No entanto, a mobilização do seu
capital humano e seus recursos de informação é condicionante para o sucesso. Desta forma omodelo de sua gestão de SSO deve estar focado na estratégia e isto precisa ser revelado para o
trabalhador de forma que ele visualize o Sistema de Gestão de SSO de forma que ele se veja
como alvo e ao mesmo tempo autor de um processo que visa da forma mais básica a
preservação da integridade física e a promoção de saúde dos trabalhadores. Outro contraponto
é que as empresas contratantes de serviços também fazem parte da gestão da estratégia para
SSO da CETREL. Em razão disto a pesquisa deste estudo precisava traduzir a estratégia em
termos operacionais, e o resultado foi a adoção dos Mapas Estratégicos criados por RobertKaplan e David Norton, assim consegue-se que o estudo de caso tenha sua construção
focalizada na estratégia.
O atendimento à clientes em suas instalações como é realizado pela CETREL é fator chave
para que o sistema de gestão de SSO tenha reconhecimento externo e crie uma imagem
saudável de empresa que mantém uma aderência com os requisitos da OHSAS 18.001, uma
vez que no item 4.3.1, existe a obrigatoriedade de se estabelecer e manter procedimentos para
identificação contínua de perigos, avaliação de riscos e implementação de medidas de
controle de instalações próprias e de terceiros. Assim sendo para esta atividade extra-muro

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 153/161
153
deve existir toda uma preparação, que vai desde o reconhecimento inicial dos locais onde
serão prestados os serviços, passando pela documentação de SSO existente e que contemple
as atividades de: tratamento de efluentes e resíduos industrias; o monitoramento ambiental (ar,
solo, águas subterrâneas, rios e mar), bem como os serviços de consultoria ambiental
desenvolvidos pela CETREL. Desta forma como esses serviços são estratégicos para a Visão
da empresa, que é ser reconhecida como referência internacional em proteção ambiental, eles
precisam estar em evidência no Modelo de Gestão de SSO , por isto está consolidado nos
Processos Externos e Operação do modelo proposto pelo autor. .
6.3 SUGESTÕES DE TRABALHO FUTURO
No início deste trabalho foi destacado que não se tratava de um assunto inédito já que várias
empresas no Brasil possuem um sistema de gestão certificado ou não, o importante é a forma
de fazer. Há muito do que produzir sobre gestão de SSO e Mapa Estratégicos, principalmente
porque à anos espera-se uma norma ISO sobre Segurança e Saúde Ocupacional, o que daria
outra dimensão à esta área. Novidades estarão acontecendo sempre com outras alternativas
para a abordagem. No entanto, unir a SSO como uma estratégia da empresa merece estudos
específicos e de maior profundidade.
Baseadas nas pesquisas realizadas e nas conclusões estabelecidas, nota-se várias sugestões
para que sejam realizadas experiências que poderão contribuir significativamente para
melhorias do Sistema de Gestão de SSO, principalmente se forem conduzidas dentro de um
senso crítico dos seus experimentadores: São sugeridas as seguintes abordagens:
- Rever o Modelo de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde Ocupacional atual da
CETREL, para o Modelo Estratégico proposto neste estudo;
- Alterar a formação de Auditores Internos do SGSSO das atuais 24 (vinte e quatro) e
40 (quarenta) horas para 350 (trezentos e cinqüenta) horas;
- Introduzir de forma direta e explícita no SGSSO critérios para Aquisição;Contratação e Gestão de Mudanças;

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 154/161
154
- Pesquisar novos modelos de Gestão de SSO reconhecidos internacionalmente e que
possam agregar valor ao Sistema adotado.
Este trabalho foi elaborado com o objetivo de produzir um modelo estratégico para que outras
organizações do porte da do nosso estudo de caso, tenham alternativas para os requisitos que
escolheram para atender, sem que isto represente um horizonte fechado, e que pode-se
construir um sistema de gestão de SSO para atender efetivamente suas necessidades, sem que
isto implique em se desviar do escopo original.
Espera-se que este estudo contribua para que se amplie a discussão com relação à implantação
e manutenção de sistemas de gestão de SSO, não só no impacto dos resultados, mas na formadele ser construído, possibilitando que se tenha opção sobre as melhores estratégias e métodos
mais eficazes para se atingir as metas propostas.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 155/161
155
REFERÊNCIAS
AGUAYO, Rafael. Dr. Deming: o americano que ensinou a qualidade total aos japoneses. Riode Janeiro: Record, 1993.
ANUÁRIO brasileiro de proteção – 2004. Revista Proteção. Novo Hamburgo, maio de 2004.
ARAÚJO, Giovanni Moraes de. AS 4801 – 2000: occupational health and safety managementsystems specification with guidance for use. standards. Australia, 2000.
ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Elementos do sistema de gestão de segurança, meio ambiente
e saúde ocupacional – SMS .Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde, 2004. v.1
ARAÚJO, Giovanni Moraes de. ILO- OSH – 2001: Diretrizes sobre sistemas de gestão desegurança e saúde no trabalho. [s.l], Organização Internacional do Trabalho, 2001.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.900
EX : regras gerais para a implantação de um sistema de gestão da prevenção de riscos laborais(S.G.P.R.L.). Madrid – España,. junho de 1996a.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.901
EX: regras gerais para a avaliação dos sistemas de gestão da prevenção de riscos laborais(S.G.P.R.L.): Processo de Auditoria. Asociación Española de Normalización y Certificacíon.Madrid - España, 1996b.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.902
EX: vocabulário. Madrid - España, 1996.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.903
EX : critérios para a qualificação dos auditores de prevenção. Madrid - España, 1997a.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.904
EX: gestão dos programas de auditoria. Madrid - España, 1997b.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACÍON. UNE 81.905EX: guia para a implantação de um sistema de gestão da prevenção de riscos laborais(S.G.P.R.L.). Madrid - España, de 1997c.
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACIÓN.Disponívelwww.aenor.es . Acesso em 07/2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Avaliação de progresso doPrograma Atuação Responsável. São Paulo: ABIQUIM., 2000.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 156/161
156
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Código de Saúde e Segurança
do Trabalhador. São Paulo: ABIQUIM, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. www.abiquim.org.br . Acesso
em 07/2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA.In: CONGRESSO DOATUAÇÃO RESPONSÁVEL. São Paulo: ABIQUIM, 2002. CD-ROM.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS . Disponível:www.abnt.org.br .Acesso em 07/2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14.001: Sistemas degestão ambiental - especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: sistemas degestão da qualidade: fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2000a
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: sistemas degestão da qualidade: requisitos. Rio de Janeiro, 2000b.
BIRD JR., Frank E.; GERMAIN, George L.. Liderazgo practico en el control de perdidas.USA: Instituto de Seguridad del Trabajo., 1991.
CAMPOS, Armando Augusto Martins. CIPA: uma nova abordagem. 8. ed. São Paulo:SENAC , 2004.
CAMPOS, Marcelo Kós Silveira; CAMPOS, Armando Augusto Martins Campos. Introdução
aos Sistemas de Gestão Integrados. São Paulo: SENAC/SP, 2004. Curso à distância.
CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagemholística. São Paulo: Atlas, 1999.
CARVALHO, Alexandre Bruno; DANTAS, Naldo Medeiros. Sistema de gestão da saúde esegurança: uma visão compreensiva. Revista Meio Ambiente Industrial, São Paulo, n. 19,p.124, julho/agosto de 1999. Parte 1
CETREL S/A Empresa de Proteção Ambiental. Disponível em: www.cetrel.com.br . Acessoem 07/2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração estratégica em busca do desempenho superior :uma abordagem além do balanced socrecard. São Paulo: Editora Saraiva., 2003.
CRUZ, Sybele Maria Segala da. Programa de controle de perdas, com enfoque na gestão desegurança e saúde ocupacional: uma proposta metodológica. Dissertação (Mestrado) -Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2002.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 157/161
157
DE CICCO, Francesco. BS 8.800: manual sobre sistemas de gestão de segurança e saúde notrabalho. São Paulo:Risk Tecnologia, 1996.
DE CICCO, Francesco. OHSAS 18.001: manual sobre sistemas de gestão de segurança e
saúde no trabalho. Risk Tecnologia. São Paulo, 1999;
DE CICCO, Francesco. OHSAS 18.002: sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho:diretrizes para a implementação da OHSAS 18.001. São Paulo:,Risk Tecnologia, 2001.
FIALDINI JÚNIOR, Américo; MISHAWKA, Victor. Ciclo da imbatibilidade. São Paulo:Makron Books, 1996.
FUNDAÇÃO DO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE. Disponível em:www.fpnq.org.br . Acesso em: 10/2004.
HARRINGTON, James. Aperfeiçoando processos empresariais. São Paulo:Makron Books,1993.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION. Disponível em:www.iso.ch. Acesso em: 10/2004.
KAPLAN, Sarah; FOSTER, Richard. Destruição criativa: por que as empresas feitas paradurar não são bem sucedidas. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
LAVADO, Áxel Ortiz. Integración de la seguridad, medio ambiente y calidad: la últimatendência. Revista Mapfre Seguridad, Madrid, Espanha, n. 81, p. 03, 2001.
LLUNA, Germán Burriel. Sistemas de gestión de riesgos laborales e industriales. Madrid,España: Fundación Mapfre, 1997.
MELGAÇO, Marcelo. Desempenho - dez elementos de um sistema de medição e avaliação. Revista Qualidade,São Paulo , n. 137, p. 30, outubro de 2003.
MENDONÇA, Ricardo Rodrigues Silveira de. A gestão integrada e as dimensões daresponsabilidade social: uma proposta de instrumento de avaliação. Dissertação (Mestradoem Sistemas de Gestão) - Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2002.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL DO BRASIL. Disponívelem: www.previdenciasocial.gov.br . Acesso em: 07/2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO DA AUSTRÁLIA. Disponível em: www.dewrsb.gov.au .Acesso em: 07/2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO DA ESPANHA. Disponível em: www.mtas.es . Acesso em:07/2004.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 158/161
158
MINISTÉRIO DO TRABALHO DO CHILE. Disponível em: www.mintrab.gob.cl. Acessoem:
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO DO BRASIL. Disponível em:
www.mte.gov.br . Acesso em: 07/2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO INGLATERRA. Disponível em: www.hse.gov.uk . Acessoem 10/2004.
MODELO de Gestão de SSO da CETREL. São Paulo: CETREL, 2001. CD-ROM
MONTEIRO, Luiz Roberto Garrido. Auditoria integrada de segurança saúde e meioambiente. São Paulo: Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, 1998.
MORALES, Ana Rita. Gestão empresarial: Uma estratégia termodinâmica. Revista Falando
de Qualidade, São Paulo, n. 148, p. 38, setembro de 2004.
NAT. OCCUPATIONAL SAFETY ASSOCIATION – NOSA. Disponível em:www.nosa.co.za . Acesso em: 07/2004.
NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH. Disponívelem: www.cdc.gov/niosh/homepage.html. Acesso em 07/2004.
NORTON, David; KAPLAN, Robert S. A estratégia em ação: balanced scorecard. 10. ed.SãoPaulo: Campus, 1998.
NORTON, David; KAPLAN, Robert S. Mapas estratégicos: balanced scorecard: convertendoativos intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
NORTON, David; KAPLAN, Robert S. Organização orientada para a estratégia: como asempresas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de negócios.4.ed.Rio de Janeiro: Campus, 2000.
OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH ADMINISTRATION. Disponível em:www.osha.gov . Acesso em: 07/2004.
OLIVEIRA, Flávio José de. Objetivos, metas e indicadores: da teoria à prática. Revista Meio
Ambiente Industrial, São Paulo, n. 39, p. 24, novembro/dezembro de 2002.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Disponível em: www.ilo.org .Acesso em 08/2004.
PACHECO JÚNIOR, Waldemar. Gestão da segurança e higiene do trabalho. São Paulo:
Atlas, 2000.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 159/161
159
PONTES, Carlos Alberto Castor. Formación e información de los trabajadores em la prevención de riesgos laborales: La experiencia brasileña. In: ENCUENTROEUROAMERICANO RIESGO Y TRABAJO, 4. Anais... Salamanca, Espana: FundaciónMapfre, 1997.
REGULAMENTO do Prêmio de Gestão da Associação Brasileira para Prevenção deAcidentes – Anos 2001 e 2002.
RENTES, Antônio Freitas. Lean production em uma empresa do setor agroindustrial. RevistaFalando de Qualidade, São Paulo, n. 148, p. 68, setembro de 2004.
REVISTA ALMANAQUE BRASIL, São Paulo, n. 61, ano 6,. abril, 2004.
REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL, São Paulo, nº 42, maio/junho de 2003, p. 126-129
SENGE, Peter M. A quinta disciplina. 13. ed. São Paulo: Best Seller, 2002.
SILVA, Gilberto Oscar Novaes Nepomuceno da. Sistema de gestão de segurança e saúde
ocupacional e a prevenção e o controle de perdas: proposta de integração, através de ummanual de referência. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) - Universidade FederalFluminense. Niterói, 2002.
SILVA, Luiz Antônio Viégas da. Programa de controle de perdas, com enfoque na gestão de
segurança e saúde ocupacional: uma proposta metodológica. Dissertação (Mestrado emSistema de Gestão) - Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2002.
SILVA, Rogério Galvão da. Auditorias internas do sistema de gestão da segurança e saúde
no trabalho: estudo de caso em um terminal químico para líquidos a granel. Dissertação(Mestrado em Saúde Pública) - Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública. SãoPaulo, 2002.
SIMÃO, Luiz Augusto. As dimensões do conhecimento. Revista Qualidade, São Paulo, n.141, p. 34, fevereiro de 2004.
SIMÃO, Luiz Augusto. Gerenciando o conhecimento nas organizações. Revista Qualidade,
São Paulo, n. 138, p. 28, novembro de 2003.
STANDARDS AUSTRÁLIA. Disponível em: www.standards.com.au . Acesso em: 07/2004.
STANDARDS COUNCIL OF CANADA. Disponível em: www.scc.ca . Acesso em: 07/2004.
STURION, Wagner. Compartilhando conhecimentos e integrando sistemas. Revista
Qualidade, São Paulo, n. 127, p. 38, dezembro de 2002.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 160/161
160
GLOSSÁRIO
Acidente Evento não planejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outra
perda
Auditoria Processo sistemático, documentado e independente, para obter evidência da
auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão ma qual os
critérios de auditoria são atendidos
Avaliação de Riscos Processo global de estimar a magnitude dos riscos, e decidir se um risco é ou
não tolerável
Balanced Scorecard Ferramenta de Gestão de Desempenho
Competência Capacidade demonstrada para aplicar conhecimentos e habilidades
Documento Informação e o meio no qual está contida
Eficácia Extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados
planejados, alcançados
Eficiência Relação entre o resultado alcançado e os recursos usados
Gestão Atividades coordenadas para dirigir e controlar uma Organização
Identificação de Perigos Processo de reconhecimento que um perigo existe, e de definição de suas
características
Manual Documento que especifica o Sistema de Gestão
Mapa Estratégico do Balanced
Scorecard
É uma arquitetura genérica para a descrição da estratégia; explicita a hipótese
dessa
Parte Interessada Pessoa ou grupo que tem um interesse no desenvolvimento ou no sucesso de
uma organização
Perigo Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão,
doença, dano à propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou

7/25/2019 Modelo de Gestao Estrategica de Sst
http://slidepdf.com/reader/full/modelo-de-gestao-estrategica-de-sst 161/161
161
uma combinação destes
Política Intenções e diretrizes globais de uma organização formalmente expressas
pela Alta Direção
Processo Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam
insumos (entradas) em produtos (saídas)
Risco Combinação da probabilidade de ocorrência e da (s) consequência (s) de um
determinado evento perigoso
Risco Tolerável Risco que foi reduzido a um nível que pode ser suportado pela organização,
levando em conta suas obrigações legais e sua própria política de Segurançae Saúde no Trabalho
Segurança Isenção de riscos inaceitáveis de danos (ISO/IEC Guide 21)
Sistema de Gestão Sistema para estabelecer política e objetivos, e para atingir estes objetivos
Trabalhador Toda a pessoa que executa um trabalho, quer regular ou temporariamente,