PROPOSTA DE ESTRUTURA DO RELATÓRIO DESCRITIVO DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO:A ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO EM SUAS DIVERSAS DIMENSÕES

1. INFORMAÇÕES INTRODUTÓRIAS

O relatório descritivo da escola campo de estágio tem a função de registrar as descobertas do estagiário na observação da organização pedagógica e administrativa da escola, bem como os seus aspectos materiais.

Este relatório deve ser dividido em:

Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, sumárioElementos textuais: Introdução: apresentação do relatório e registro das informações básicasCapítulo 1. A escola, seus elementos constituintes e as diversas dimensões da prática escolarCapítulo 2. Os profissionais da escolaCapítulo 3. Interações sociais em um grupo-classe em situação de ensino-aprendizagem (relação professor-aluno)Capítulo 4: O ensino da História na escola-campo estágioCapítulo 5. Trajetória Profissional do professor de História: um esboço de estudo biográficoCapítulo 6. A RegênciaConsiderações finaisElementos pós-textuais: Bibliografia e fontes consultadasAnexos

2. REGRAS DE APRESENTAÇÃO GRÁFICA

Prezado aluno, abaixo informamos as regras de apresentação gráfica do relatório da disciplina Prática de Ensino de História II.

FORMATAÇÃO DO TEXTOPAPEL Tamanho A4MARGEM SUPERIOR 2,5 cmMARGEM INFERIOR 2,5 cmMARGEM DIREITA 3,0 cmMARGEM ESQUERDA 3,0 cmFONTE GRÁFICA Arial ou Times New Roman 12ESPAÇO ENTRE LINHAS 1,5ESPAÇO ENTRE PARÁGRAFOS 1,5ALINHAMENTO JustificadoPAGINAÇÃO (PRÉ-TEXTUAIS: capa, agradecimentos, sumário)

São contadas, mas não numeradas

PAGINAÇÃO (TEXTUAIS) Algarismos arábicos, acima da linha do texto, à direita da página.

3. DETALHAMENTO DAS PARTES CONSTITUINTES DO RELATÓRIO

Introdução

Deve conter informações gerais sobre o campo de estágio (escola, localização, nível de ensino, série, turma, supervisor de estágio). Descrever o modo como se deu sua reinserção na escola (comportamentos dos interlocutores, problemas enfrentados, soluções encontradas, etc.) e as diferentes atividades envolvidas nas etapas do estágio. Informações sobre a divisão interna do relatório e/ou partes constitutivas, com breve relato do teor de cada uma, finalizam a Introdução.

Texto Sugerido:NETO, J. B. ; SANTIAGO, E. A prática de ensino como eixo estruturador da formação docente. . In:_____. ; ______. (Org.). Formação de professores e prática pedagógica. Recife: Massangana, 2006. p. 29 – 35.

Capitulo 1: A escola, seus elementos constituintes e as diversas dimensões da prática escolar

Objetivos Caracterizar a escola-campo de estágio Descrever a estrutura física e administrativa da escola Analisar o Projeto-Político Pedagógico da Escola Analisar as relações existentes entre a escola e famílias de alunos Analisar o relacionamento entre escola e comunidade

Fontes e objetos da coleta de dados Projeto Político-Pedagógico da escola Estrutura física da escola (localização, condições gerais do prédio quanto ao conforto e a segurança, recintos da

escola - salas de aula, sala de professor, sanitários, equipamentos esportivos, corredores, etc.) Estrutura administrativa da escola (serviços de apoio, funcionamento dos setores, pessoal técnico-administrativo) Perfil do professorado (quantitativo de docentes, qualificação, habilitação a ensinar, vínculo trabalhista com a

escola, déficit de professor) Perfil do alunado (quantitativo de alunos, distribuição por nível de ensino, por turno, características sócio-

demográficas) Perfil acadêmico da escola (níveis de sucesso e fracasso escolar e sua relação com os níveis locais e/ou estadual) Gestão escolar (escolha da direção, tomada de decisão, participação de alunos, professores e pais) Relacionamento escola/comunidade Relação com a família dos alunos

Técnicas de coleta de dados Observação de situações e das condições materiais de funcionamento da escola (estrutura física e administrativa) Levantamento de dados junto à documentação escolar e estatística escolar e educacional Entrevista e conversas informais com “informadores-chaves” (diretor, secretário escolar, supervisores,

professores, alunos, pais e líderes comunitários). Consulta a sites na Internet: www.mec.gov; www.inep.gov.br; www.educacao.pe.gov.br; www.cee.pe.gov.br;

www.pe-az.com.br

Texto sugeridoHONÓRIO, Teresa Christina T. S. A função social da Escola: entre o consenso e o conflito. p.37 – 45.

Capítulo 2. Os profissionais da escola

Objetivos Mapear os profissionais de educação na escola: quantidade, titulação, formação. Descrever as atividades e o cotidiano desses profissionais (docência e coordenação pedagógica) Analisar as condições de trabalho dos profissionais, com ênfase no professor Caracterizar as formas de organização dos profissionais da educação

Técnica de coleta de dados Observação das atividades Entrevistas com o professor

Texto sugeridoSANTIAGO, Eliete. Perfil do educador/educadora para a atualidade. In: NETO, J.B.; SANTIAGO, E (Org.). Formação de professores e prática pedagógica. Recife: Massangana, 2006. p. 113 – 119.NETO, José Batista. Valorização do magistério: formação, recrutamento e profissionalização. In: NETO, J.B.; SANTIAGO, E (Org.). Formação de professores e prática pedagógica. Recife: Massangana, 2006. p. 90 – 97.

Capítulo 3. Interações sociais em um grupo-classe em situação de ensino-aprendizagem (relação professor-aluno)

Objetivos Descrever situações de interação social em sala de aula, Analisar as interações sociais em situação de ensino, em um grupo-classe a partir de parâmetros pessoais e de

fundamentos do pensamento pedagógico (tendências pedagógicas).

Técnica de coleta de dados Observação do grupo-classe

Roteiro da observação Rituais da aula Abertura da aula: postura docente e procedimentos Introdução do conteúdo de ensino Fazer pedagógico em aula Fechamento da aula Participação do aluno na aula Como, quando e de que forma participa Como reage o aluno à aula Autoridade do professor Como ela se manifesta Que fatos a exemplificam Como os alunos reagem a ela e a percebem Disciplina na sala de aula Como ela se manifesta Que fatos a exemplificam Como o professor a percebe e como reage a situações de indisciplina

Texto sugeridoFURLANI, L.M.T. Porque privilegiar a autoridade baseada na competência? In: ______. Autoridade do professor: meta, mito ou nada disso? São Paulo: Cortez, 1988. p. 30 – 39.NETO, José Batista. A relação professor-aluno na perspectiva da diversidade: dimensão didático-metodológica. In: NETO, J.B.; SANTIAGO, E (Org.). Formação de professores e prática pedagógica. Recife: Massangana, 2006. p. 165 – 174.

Capítulo 4: O ensino da História na escola-campo estágio

ObjetivosObservar a prática de ensino da disciplina da habilitação do licenciando em diversos grupos-classe do Ensino Fundamental ou do Ensino MédioObservar de forma participativa, se possível, as diversas atividades pedagógicas do professor de História

Questões orientadoras da observação em sala de aula:Como os professores de História observados decidem o que ensinar?Quais as fontes consultadas pelo professor para organizar o ensino? Quais os critérios que os professores utilizam para selecionar os conteúdos ensinados?Quais as evidências das correntes historiográficas podem ser observadas na prática dos professores de História da escola campo de estágio?Quais as atividades utilizadas pelos professores para trabalhar os conhecimentos históricos? Quais os recursos didáticos são utilizados na sala de aula? Em sua observação do ensino da História você constatou que o professor levava em consideração os conhecimentos prévios do aluno (conceitos espontâneos e intuitivos, as experiências sociais anteriores e cotidianas, enfim, seus esquemas de conhecimento)? O professor de História, durante o período da observação, procurou relacionar o conhecimento histórico ensinado com o cotidiano do aluno e do grupo-classe? De que forma as aprendizagens são avaliadas?Como a recuperação das aprendizagens é realizada (se existe)?

Técnica de coleta de dadosEntrevista com o professor e dois (2) alunos do grupo-classe observado

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Roteiro da entrevista (sugestão)Com o professor: características do professor, rendimento escolar, participação nas atividades pedagógicas, disciplina, possibilidades de aprendizagem, interação entre os alunos.Com o aluno: autoridade e liderança do professor, competência pedagógica (o “bom” professor), respeito ao aluno, interação com grupo-classe.

Texto sugeridoFonseca, Selva Guimarães. Abordagens historiográficas recorrentes no ensino fundamental e médio. In: ______. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2003. p. 39 – 48.Fonseca, Selva Guimarães. O ensino de história e a construção da cidadania. In: ______. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2003. p. 89 – 96.

Capítulo 5. Trajetória Profissional do professor de História: um esboço de estudo biográfico

A atividade consiste da reconstituição da trajetória profissional de um professor de História pertencente ao quadro docente da escola observada. Para levantamento dos dados biográficos do professor relativos à sua história profissional, realizar entrevista. Para o tanto deverá ser organizado um roteiro de entrevista cujos itens podem tocar os seguintes pontos: Formação acadêmica (curso de graduação, ano, instituição, local, avaliação que faz do curso), Início da atividade docente (ano, local, escola, condições de trabalho/regime do contrato), Escolha profissional (como se deu, influências na escolha), Trajetória (escolas em que ensinou (pública-privada), disciplinas que ensinou), Sentimento em relação à atividade docente (satisfação, visão sobre a docência, o que é ser professor?), Expectativas sobre a docência (sentimento de permanência ou desejo de mudança da atividade por outra).Outros pontos, do interesse do estagiário, poderão ser acrescentados ou substituídos. Se possível, levante dados sobre a origem social do professor, questionando-o sobre a escolaridade e a atividade profissional dos pais e dos irmãos.

Técnica de coleta de dados: Anotações das observaçõesEntrevista com o professor

Texto sugerido:Fonseca, Selva Guimarães. Como nos tornamos professores de história: a formação inicial e a continuada. In: ______. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas: Papirus, 2003. p. 59 – 87.

Capítulo 6. A Regência

Planejamento de ensinoApresentar os planos semestrais e planos de aula.

Relato da regência de classeJuntar, na seqüência da apresentação dos planos de ensino, os relatos das aulas (período regular e de recuperação, se houve), confrontando o realizado com o planejado, analisando as reações dos alunos, as dificuldades encontradas, os objetivos atingidos, enfim o que foi sucesso e o que foi difícil realizar no período. Evite relatar as aulas, uma a uma, de forma detalhada. Procure elaborar um texto que apresente sua reflexão sobre o seu conjunto delas. Porém, crie subitens a partir de temas, como por exemplo: relação estagiário-alunos, seleção dos conteúdos de ensino, escolha do material didático, experiência de ser professor de História, etc. O material de ensino-aprendizagem utilizado, bem como a cópia dos exercícios que porventura foram aplicados durante o período da regência devem vir como anexos.

Avaliação das atividades do estágio pela escolaApresentar as fichas de avaliação da regência 1. Fichas de avaliação de cada aula devidamente assinadas pelo professor regente de classe e carimbadas pela

escola2. Apresentar a avaliação feita pelos alunos: providencie fichas avaliativas para cada aluno da turma que você mais

realizou regências e apresente nesta seção.3. Apresentar sua auto-avaliação de sua atuação docente a partir da mesma ficha avaliativa.

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Considerações finais

Registre sua avaliação do processo do estágio: os problemas enfrentados, os encaminhamentos para solução desses problemas, os ganhos em relação a sua formação de professor, o relacionamento entre estagiário e o professor regente de classe.

Procurar responder à Questão Norteadora do Estágio, que formulamos da seguinte maneira: “A Escola que temos encontra-se materialmente equipada, pedagogicamente organizada e seus profissionais da educação denotam estar preparados para que essa instituição cumpra sua finalidade?”

Direcione a conclusão para uma análise do ensino de História (estado em que ele se encontra, as possibilidades reais de melhoria, o lado bom e o lado problemático da experiência, etc).

Avaliação do processo de estágio: problemas enfrentados, consecução dos objetivos, ganhos em relação à formação profissional, relacionamento estagiário x escola, sugestões para a melhoria do trabalho. Avalie a relação entre o estagiário e o professor de estágio e registre as sugestões para melhoria do processo do estágio.

Bibliografia

Observando as normas da ABNT para referências bibliográficas, indique a literatura consultada.

Anexos

São considerados anexos: a ficha de freqüência, fichas de observação de aula, ficha de Observação de aula para autoformação, Certificado de conclusão de estágio, a cópia do material didático utilizado, a cópia de testes aplicados. A ficha de freqüência, devidamente preenchida, é documento obrigatório para a entrega do relatório. Sem ela, o estágio não pode ser validado.

4. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1. Entrega no prazo; qualidade da apresentação gráfica.2. Divisão em partes; esquema lógico; sumário; respeito a estrutura sugerida.3. Trato com o texto acadêmico; domínio das normas do trabalho científico.4. Nível de linguagem; correção lingüística.5. Autonomia intelectual; capacidade de formulação de idéias próprias.6. Aprofundamento teórico; comentário e análise dos autores e referenciais estudados.7. Exemplificação; demonstração; qualidade da descrição e análise da observação.8. Conclusões e anexos.

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