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Universidade Tecnológica Federal do Paraná Curso de Engenharia Mecânica Coordenação de Estágio Relatório Final de Estágio Engenharia Mecânica Planejamento e Controle de Manutenção Engenharia de Manutenção e Confiabilidade Banca: Prof. Dr. Eng. Jhon Jairo Ramirez Behainne Prof.ª Dr. Eng. Yslene Rocha Kachba Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz Realizado por: Bruno Rafael Borsato 936766 Ponta Grossa, 03 de fevereiro de 2014

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Curso de Engenharia Mecânica

Coordenação de Estágio

Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica

Planejamento e Controle de Manutenção – Engenharia de

Manutenção e Confiabilidade

Banca: Prof. Dr. Eng. Jhon Jairo Ramirez Behainne

Prof.ª Dr. Eng. Yslene Rocha Kachba

Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz

Realizado por:

Bruno Rafael Borsato

936766

Ponta Grossa, 03 de fevereiro de 2014

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- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso

TERMO DE APROVAÇÃO

do

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

por

Bruno Rafael Borsato

A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 03 de

fevereiro de 2014 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Mecânica. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta

pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora

considerou o estágio aprovado.

__________________________________ Prof. Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne

Prof. Orientador

____________________________________ Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz

Coordenador de Estágios dos Cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de

Produção Mecânica UTFPR/Campus Ponta

Grossa

____________________________________ Prof.

a Dr. Yslene Rocha Kachba

Membro Titular

____________________________________ Prof. Dr. Thiago Antonini Alves

Coordenador dos Cursos de Engenharia

Mecânica e de Engenharia de Produção Mecânica

UTFPR/Campus Ponta Grossa

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa

Coordenação de Engenharia Mecânica

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Lista de Figuras

Figura 1 – Pilares da Manutenção Produtiva Total (TPM)........................................................................6

Figura 2 – Arvore de equipamentos SAP...................................................................................................7

Figura 3 - Lista técnica dos equipamentos.................................................................................................8

Figura 4 – Operações Manutenção Autônoma Envelopadora de Paletes Cyklop....................................10

Figura 5 – Classificação dos Equipamentos 2013...................................................................................12

Figura 6 - Setor de recepção de frangos - BRF........................................................................................13

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Sumário

1. Identificação.......................................................................................................................1

1.1 Atividades realizadas..........................................................................................................1

2. Introdução...........................................................................................................................3

3. Descrição da Empresa.........................................................................................................4

4. Descrição das atividades desenvolvidas no Estágio...........................................................6

5. Dificuldades Encontradas.................................................................................................14

6. Áreas de Identificação com o Curso.................................................................................15

7. Resultados.........................................................................................................................15

8. Conclusão.........................................................................................................................16

Referências Bibliográficas.....................................................................................................17

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LISTA DE ABREVIATURAS

SAP - SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO EMPRESARIAL

CHECK LIST – LISTA DE CHECAGEM

RAF – RELATÓRIO DE ANÁLISE DE FALHAS

NR-12 – NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA NO TRABALHO EM

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

GIM – GUIA DE IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS

FAM – FORMULÁRIO DE ANÁLISE DE MUDANÇA

TCD - TERMO DE COMPROMISSO DE DESEMPENHO

CADE - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL

FOCAM – EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRATAMENTO DOS RESÍDUOS

ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

NR-13 – NORMA REGULAMENTADORA DE CALDEIRA E VASOS DE PRESSÃO

PVC - POLICLORETO DE VINILA

NR-18 - NORMA REGULAMENTADORA DAS CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE

TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SSMA - SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

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Responsabilidade pelas Informações

ALUNO:

Eu, Bruno Rafael Borsato, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de matrícula

936766, portador do RG nº. 8060833-0 declaro estar ciente da veracidade das informações contidas

neste relatório referente às atividades de estágio desenvolvidas na empresa BRF S.A..

________________________________

Bruno Rafael Borsato

SUPERVISOR:

Eu, Maikel Caminha Witte, colaborador da empresa BRF S.A., onde ocupo o cargo Supervisor

do setor Planejamento e Controle de Manutenção do setor de aves, supervisor do estagiário Bruno

Rafael Borsato, afirmo que todas as informações contidas neste relatório são verdadeiras e

responsabilizo-me pelas mesmas.

____________________________

Maikel Caminha Witte

(com carimbo)

Supervisor do Planejamento e Controle da Manutenção (PCM)

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1. Identificação

Do Aluno:

Bruno Rafael Borsato – [email protected]

Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica – UTFPR-PR

Da Empresa:

BRF S.A. – Divulgação não autorizada.

Do Supervisor de Estágio:

Maikel C. Witte – [email protected] – Supervisor PCM

Técnico em Refrigeração

Do professor orientador:

Jhon Jairo Ramirez Behainne– [email protected]

Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas –

UNICAMP.

Do Estágio:

Estágio realizado no setor de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) na área de

Engenharia de Manutenção e Confiabilidade (EMC).

1.1 Atividades realizadas:

1) Elaboração das rotas de manutenção, dentre elas, inspeção de rota, preditiva, preventiva,

autônoma e lubrificação;

2) Montagem de planilhas, gráficos e apresentações relacionadas às informações referentes aos

padrões da manutenção;

3) Atualização de dados no SAP;

4) Planejamento e controle dos Check List dos operadores conforme a norma de gestão da BRF;

5) Elaboração e atualização de lista técnica de equipamentos;

6) Pesquisa e compra de componentes para manutenção;

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7) Auxílio em relatórios de análise de falha (RAF) para redução de falhas;

8) Efetuação de especificação técnica de componentes mecânicos e cadastramento dos mesmos no

SAP;

9) Dimensionamento de componentes para equipamentos de segurança;

10) Relatórios de Não Conformidades segundo NR-12 (Norma Regulamentadora de Segurança no

Trabalho em Máquinas e Equipamentos) no setor de recepção de frango;

11) Participação de reuniões de Identificação de Mudanças (GIM) e Análise de Mudanças (FAM).

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2. Introdução

O estágio foi realizado no setor de Planejamento e Controle de Manutenção, na área de Engenharia

de Manutenção e Confiabilidade. As principais atividades descritas no plano de estágio e mantidas como

objetivos do estágio são as seguintes:

Atualização de dados no SAP;

Efetuação de especificação técnica de componentes mecânicos e cadastramento dos mesmos no

SAP;

Elaboração e atualização de lista técnica de equipamentos;

Elaboração das rotas de manutenção, dentre elas, inspeção de rota, preditiva, preventiva,

autônoma e lubrificação;

Montagem de planilhas, gráficos e apresentações relacionadas às informações referentes aos

padrões da manutenção;

Planejamento e controle dos Check List dos operadores conforme a norma de gestão da BRF;

Auxílio em relatórios de análise de falha (RAF) para redução de falhas;

Dimensionamento de componentes para equipamentos de segurança;

Relatórios de Não Conformidades segundo NR-12 (Norma Regulamentadora de Segurança no

Trabalho em Máquinas e Equipamentos) no setor de recepção de frango;

Participação de reuniões de Identificação de Mudanças (GIM) e Análise de Mudanças (FAM).

Primeiramente será descrito a empresa na qual foi realizado o estágio obrigatório e na sequência o

detalhamento das atividades contidas no plano de estágio.

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3. Descrição da Empresa

A BRF foi criada a partir da associação entre Perdigão e Sadia. A empresa nasceu como um dos

maiores players globais do setor alimentício, reforçando a posição do país como potência no

agronegócio. Atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos processados de carnes,

lácteos, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados, com marcas consagradas como Sadia,

Perdigão, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras.

Conforme as informações contidas na Revista BRF (JIMENEZ, 2014), a empresa obteve receita

líquida de R$ 28,5 bilhões, registrada em 2012, a BRF é uma das maiores exportadoras mundiais de aves

e destaca-se entre as maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado. Responde por mais de

9% das exportações mundiais de proteína animal.

A BRF é uma das maiores empregadoras privadas do país, com cerca de 110 mil funcionários.

Opera 50 fábricas em todas as regiões do Brasil e possui sólida rede de distribuição que, por meio de 33

centros de distribuição, leva seus produtos para consumidores em 98% do território nacional.

Segundo Jimenez (2012), as vendas externas responderam por 40,8% das receitas líquidas em

2012. No mercado externo, mantém nove unidades industriais na Argentina e duas na Europa (Inglaterra

e Holanda), além de 19 escritórios comerciais para atendimento a mais de 120 países dos cinco

continentes.

A associação entre Perdigão e Sadia, que deu origem à BRF, foi anunciada em 19 de maio de 2009

e concluída em 2012, com o cumprimento do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) acordado

com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O plano estratégico de longo prazo da

empresa contempla crescimento balanceado por expansão orgânica das operações e aquisições seletivas

em regiões estratégicas como Oriente Médio, América Latina e outros emergentes.

Em 2012, iniciou a construção de uma fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, prevista para

ser entregue no segundo semestre de 2013, e consolidou uma joint venture com a Dah Chong Hong

Limited (DCH), que faz a distribuição no varejo e em food services no mercado chinês.

O sólido modelo de governança da BRF, que consolidou em 2012 a integração Perdigão/Sadia,

refletiu-se em grandes avanços durante o ano. A empresa atingiu novos patamares de eficiência, que

passam a contribuir para tornar a BRF cada vez mais competitiva e sustentável.

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No período, os investimentos somaram R$ 2,5 bilhões, valor 25% superior em comparação ao

exercício de 2011. Os recursos foram direcionados ao desenvolvimento de centenas de projetos de

crescimento, eficiência e suporte: adequação de fábricas para a produção de linhas deslocadas de

unidades transferidas, novos centros de distribuição, redesenho de malha logística, entre outros. Durante

o ano, foram lançados 454 produtos, ratificando a capacidade de inovação da companhia e reforçando

sua a presença nos diversos canais de varejo.

Desenvolvimento Sustentável é um dos Valores da BRF. Os pilares de sustentabilidade foram

estabelecidos pela empresa para garantir a perenidade de seus negócios e sua competitividade no

mercado global. Como parte de seus compromissos com a sustentabilidade, a BRF investe

continuamente em gestão ambiental, com vistas à busca constante pela Ecoeficiência por meio de

estratégias para minimizar desperdícios, melhorar produção e reduzir riscos.

A visão da BRF é de ser uma das maiores empresas de alimentos do mundo, admirada por suas

marcas, inovação e resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável.

A missão é de participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, com qualidade,

inovação e a preços acessíveis, em escala mundial.

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4. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio

As principais atividades realizadas no estágio se basearam no plano de estágio proposto pela

empresa e nas principais funções do Engenheiro de Manutenção. Durante o período de adaptação, foram

repassadas atividades básicas para obter conhecimento do sistema utilizado na empresa, o SAP. A partir

deste sistema, foi implementado a gestão da manutenção da BRF, o qual envolve as premissas da

metodologia japonesa TPM (Manutenção Preventiva Total) onde deve existir o comprometimento de

diversos setores, tanto da produção quanto da manutenção.

A TPM se apoia sobre oito pilares, que configuram um sistema para atingir maior eficiência

produtiva. A Figura 1 demonstra esses pilares.

Figura 1 – Pilares da Manutenção Produtiva Total (TPM)

Fonte: Adaptação de Kardec & Nascif (2002)

A metodologia possui como objetivo a maximização da produção, através do planejamento e

controle da manutenção, a fim de manter a integridade dos equipamentos, evitando acidentes de trabalho

e prejuízos ao meio ambiente e comunidade. Durante o período do estagio foram abordados três pilares,

sendo eles:

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Manutenção Autônoma

Treinamento

Segurança e Meio Ambiente

Estes três pilares serão abordados no decorrer do relatório, sendo descrito as atividades realizadas.

A partir da alimentação das informações no SAP, foi criada a “árvore” de equipamentos, que

consiste na divisão e alocação de todas as informações dos locais de instalação, equipamentos, donos de

área e listas técnicas, conforme a figura 02.

Figura 2 – Arvore de equipamentos SAP

Fonte: SAP - BRF

Como se pode ver, o sistema possui seus respectivos locais de instalação, nos quais se localizam os

equipamentos que por sua vez, possuem os componentes cadastrados.

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A fábrica se divide basicamente em:

• 4 linhas de produção que contêm: Recepção, Pendura, Abate, Escaldagem e Evisceração;

• Sala de Cortes;

• Inspeção Federal;

• Classificação;

• CMS;

• Embalagem;

• Congelamento e Estocagem.

A partir das informações contidas na “árvore”, o PCM busca associar todas as informações

possíveis dos componentes presentes na unidade, além de gerar um padrão de histórico de manutenções,

em cada equipamento, para auxiliar na tratativa de falhas.

As informações dos componentes dos equipamentos são alocadas nas listas técnicas, conforme

figura 03.

Figura 3 – Lista técnica dos equipamentos

Fonte: SAP - BRF

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Estas informações são obtidas através dos manuais técnicos dos fabricantes dos equipamentos. O

ideal é que 100% dos equipamentos da fábrica possuam a lista técnica atualizada e correta. Uma das

atividades realizadas foi a obtenção dos dados necessários para cadastramento no SAP. Como muitos

equipamentos não possuem manuais, os componentes internos que não podiam ser observados foram

necessários recorrer aos fabricantes das bombas.

Houve dificuldade na obtenção destas informações, sendo que são vários equipamentos de

diferentes modelos e marcas, sendo necessário recorrer às informações através do histórico de

manutenção com os manutentores para poder alimentar o sistema, visto que quando eram realizadas as

manutenções corretivas, não havia detalhamento das peças usadas no histórico do SAP.

No decorrer do estágio, foram realizadas revisões e padronizações dos planos de manutenção dos

equipamentos, variando conforme a necessidade e criticidade dos mesmos.

Segunda Viana (2006), a manutenção é dividida em cinco categorias, sendo elas:

Planos de inspeções visuais;

Roteiros de lubrificação;

Monitoramento de características dos equipamentos;

Manutenção de troca de itens de desgaste;

Planos de intervenção preventiva.

Estas cinco categorias foram reformuladas, de acordo com as Apostila das normas específicas do

sistema de gestão BRF (2011), são aplicadas na empresa da seguinte maneira:

- Lubrificação: é executada conforme datas pré-estabelecidas devido à criticidade e tipo de

componente. É alocada em cada equipamento na árvore do SAP e é controlada pelos lubrificadores e

pelo Supervisor de manutenção;

- Preditivas: são as atividades de análise do comportamento dos equipamentos, através de métodos

de monitoramento. São determinados a partir de certa periodicidade e são controladas pela Engenharia

de Manutenção e programadas pelos Planejadores de manutenção. As análises mais comuns executadas

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são: Análise de Vibração, Assinatura Elétrica, Termografia e Análise de Óleo;

- Inspeção de Rota: É dividida em elétrica e mecânica. Executada por manutentores especializados

na inspeção dos componentes mecânicos e elétricos avaliando as condições dos componentes. É uma

variação das análises preditivas, porém é uma análise constante e busca da eliminação de paradas de

componentes sem planejamento. Os inspetores são responsáveis pela caracterização das avarias e repasse

das informações aos planejadores que programam as manutenções corretivas planejadas ou preventivas.

- Preventivas: são as manutenções determinadas conforme a necessidade de cada equipamento e

estabelecidas normalmente pelos próprios fabricantes ou pela Engenharia de Manutenção e

Confiabilidade. Ocorre com as datas pré-estabelecidas e é realizada a substituição e revisão dos

componentes dos equipamentos.

Um dos pilares da TPM é a Manutenção Autônoma. Esta é uma estratégia simples e prática para

envolver os operadores dos equipamentos nas atividades, principalmente, de limpeza, lubrificação e

inspeções visuais.

Na BRF, foi implementada, através do Check List (figura 4), as atividades de determinados

equipamentos, onde o operador deve preencher com responsabilidade as avarias encontradas no

equipamento. Este Check List é repassado semanalmente para o PCM, onde as não conformidades

encontradas são repassadas ao planejador para a programação das manutenções necessárias.

Figura 4 – Operações Manutenção Autônoma Envelopadora de Paletes Cyklop

Fonte: SAP – BRF

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Outra atividade foi a participação nas reuniões de Guia de Identificação de Mudança (GIM) e

Análise de Mudanças (FAM). Nestas reuniões há a participação dos setores envolvidos, os quais

debatem sobre à melhor solução e suas possíveis consequências. Algumas reuniões foram sobre:

Aquisição de um vaso saturador para um flotador da ETE devido a condena de inspeção de

NR-13;

Instalação de peneira rotativa na central de resíduos para melhorar a eficiência de

separação dos resíduos sólidos que são enviados para FOCAM;

Retirada do medidor de Vapor do ramal de Utilidades para colocar no ramal de

Higienização para possuir histórico de medições;

Substituição da Grua de alimentação das caldeiras Meppans devido equipamento ser

alugado e obsoleto.

Nestes formulários eram levantados diversos itens relacionados à:

Planejamento de Parada de Operação/Sistema;

Atualização de planilhas, manuais técnicos, procedimentos de operação, etc.;

Alteração de acessos;

Atualização referente a equipamentos/material;

Referente ao Meio ambiente;

Referente aos Dispositivos de segurança;

Referente a Instalações Elétricas;

Referente a Normas e Procedimentos.

Outra atividade foi a análise técnica com relação ao material utilizado no sistema de segurança nos

cordões de emergência dos equipamentos. Os cordões de emergência possuem o objetivo de parar o

equipamento quando acionados. Porém houve parada na produção devido ao rompimento dos cordões,

ocasionados pela oxidação. Com isso foi realizado a compra de um cabo de aço Inox revestido com

PVC, para aumentar a durabilidade a fim de evitar novas paradas de produção.

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Uma atividade importante era a realização dos relatórios de análises de falha de equipamentos e

sistemas (RAF). Tal metodologia é aplicada conforme um padrão e executa-se a RAF quando

determinado equipamento aciona um gatilho. Este gatilho é determinado a partir da criticidade do

equipamento que apresentou a falha e do tempo de parada do equipamento, independente de paradas de

produção, ou seja, mesmo que não tenha impactado na produção, a intenção da metodologia de análise

de falhas é eliminar paradas inesperadas de equipamento, visando a parada zero, um dos pilares do TPM.

Outra atividade realizada foi a atualização da planilha de Classificação da Criticidade dos

equipamentos superiores da unidade. Neste documento, foram acrescentados os novos equipamentos

instalados na unidade, bem como a exclusão dos equipamentos condenados ou trocados na empresa no

ano de 2013.

Como se pode ver na figura 5, o nível de abordagem do equipamento é designado através da

avaliação de diversos fatores, os quais recebem uma pontuação de pessoas qualificadas nas áreas

especificadas e com isso, tem-se o nível de abordagem estabelecido.

Figura 5 – Classificação dos Equipamentos 2013

Fonte: Planilha de Controle Interno – BRF

Os fatores responsáveis pela determinação do nível de abordagem são:

Saúde e segurança;

Meio Ambiente;

Patrimônio;

Custo de Reparo;

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Regime de Operação;

Score de frequência de Falha;

Para cada equipamento têm-se uma análise destes fatores, os quais só podem ser analisados por

pessoas qualificadas para tal classificação. Após esta classificação, os dados são atualizados no sistema.

Outra atividade realizada foi a elaboração de um documento onde foram apresentadas as não

conformidades com a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho de Número 18 – Condições e

Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e a NR-12 – Segurança no Trabalho em

Máquinas e Equipamentos, encontradas em vários pontos localizado no setor de recepção de frangos, nas

linhas 1 e 2.

O principal objetivo foi a exposição da situação atual dos equipamentos do setor, para que

pudesse ser avaliado um estudo, tanto em termos de investimento quanto em disponibilidade para

intervenção técnica especializada, a fim de eliminar possíveis acidentes de trabalho, visto que já havia

sido relatado um acidente com um colaborador nas plataformas elevatórias de descarga da linha 1,

conforme figura 6.

Figura 6 – Setor de recepção de frangos - BRF

Fonte: Relatório Recepção de Frangos

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Foi realizada inspeção conforme as normas, apontando as principais não conformidades

encontradas no setor e repassadas aos donos de área.

5. Dificuldades Encontradas

No decorrer do estágio não houve muitas dificuldades. No início das atividades têm-se o período

de adaptação, relacionamento com os colegas de trabalhos, ritmo das atividades e conhecimento do

sistema empregado na indústria.

Todas as dúvidas relacionadas às atividades realizadas foram esclarecidas pela equipe. Todos os

colaboradores passaram orientações sobre a forma correta e adequada em relação à gestão da BRF. As

atividades sempre objetivaram o foco de parada zero, ou seja, evitar que houvesse falha de equipamentos

acarretando parada de produção.

Com relação ao embasamento teórico aplicado na indústria, poderia ser aprofundado em diversas

disciplinas no decorrer do curso de engenharia mecânica. A necessidade de práticas nas aulas deveria ser

levada em consideração, pois as mesmas são exigidas na indústria, e não somente a busca pela formação

científica, como ocorre em determinadas disciplinas.

Particularmente, um assunto que “faltou” no decorrer do curso, é com relação à lubrificação. Este

assunto estava no plano de estágio, porém não houve muito aproveitamento, pois todas as informações

referentes a este assunto era necessário pesquisar, o que tomava muito tempo na realização das

atividades.

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6. Áreas de Identificação com o Curso

Durante o período de estágio, houve contato à gestão de manutenção no PCM. Nesta área, teve-se

a necessidade de aplicar diversos conhecimentos da engenharia adquiridos no decorrer do curso. Na

engenharia de manutenção e confiabilidade, a atuação principal foi na revisão de planos de manutenção,

redimensionamentos de componentes, padronização de procedimentos e análises de falhas, sempre

buscando aumentar a confiabilidade e disponibilidade de produção com a parada zero.

No decorrer das atividades, as disciplinas de elementos de máquinas (dimensionamento e lista

técnica), resistência dos materiais (análise de resistência dos cordões de emergência), máquinas de fluxo

(criação de planos para bombas hidráulicas e substituição de vedações) e vibrações (relatórios de

vibrações de motores realizadas por empresas terceiras), entre outras foram essenciais para os

embasamentos teóricos realizados, principalmente para projetos mecânicos e planos de manutenção.

Um ponto que chama muita atenção é do fato da segurança no trabalho. Na empresa, esse assunto é

muito discutido através do SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente). Todos os riscos no trabalho são

apresentados de forma clara através de campanhas de conscientização dos funcionários. Uma das

campanhas é das 5 Regras de Ouro da BRF, que tem como objetivo de assegurar a segurança dos

trabalhadores. Todos os riscos são levados a sério na empresa onde as mesmas considerações foram

levantadas na disciplina de engenharia de segurança do trabalho.

7. Resultados

Os resultados foram diversos, devido à ampla área de atuação no setor. As atividades que mais

resultaram em aprendizado, foram na criação dos planos de manutenção e análise das falhas ocorridas

nos equipamento e componentes mecânico.

Tais atividades resultaram em diversas ações, envolvendo redimensionamentos mecânicos,

avaliações na periodicidade de manutenção, tanto preventiva quanto preditivas, e análise e substituição

de materiais de construção mecânica.

Conhecimento do sistema SAP/R3 focado na manutenção. Este sistema é utilizado em diversas

indústrias, sendo uma excelente ferramenta de controle da unidade.

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8. Conclusão

Com as atividades realizadas durante o período do estágio, foi mesclado o embasamento teórico

levantado ao longo do curso com as principais necessidades da empresa.

Cada atividade realizada contribuiu em vários aspectos para a formação como profissional. Uma

característica necessária nesta profissão é a capacidade de relacionamento interpessoal, pois muitas

decisões e ações tomadas dependem impreterivelmente da concreta atuação de diferentes pessoas, com

personalidades diferentes e muitas vezes com diferentes níveis hierárquicos.

Adquirido o conhecimento do sistema SAP, módulo manutenção, o qual é extremamente válido

para a formação profissional, por se tratar de um programa de controle amplamente utilizado nas

empresas.

Como foi citado, há uma carência na instituição de ensino relacionada às ementas do curso. Deve-

se focar, também, na real rotina do processo industrial no decorrer da graduação. Isto pode ser

compensado com a realização de visitas técnicas nas empresas da região, já que estamos num amplo

desenvolvimento industrial na região dos Campos Gerais.

Page 23: Modelo de Relatório - gerec.ct.utfpr.edu.br · CHECK LIST – LISTA DE CHECAGEM RAF – RELATÓRIO DE ANÁLISE DE FALHAS NR-12 – NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA NO TRABALHO

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