A resposta da checagem de danos no DNA telomérico em células senescentes Juliana Roriz Aarestrup.
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curso de Engenharia Mecânica
Coordenação de Estágio
Relatório Final de Estágio – Engenharia Mecânica
Planejamento e Controle de Manutenção – Engenharia de
Manutenção e Confiabilidade
Banca: Prof. Dr. Eng. Jhon Jairo Ramirez Behainne
Prof.ª Dr. Eng. Yslene Rocha Kachba
Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz
Realizado por:
Bruno Rafael Borsato
936766
Ponta Grossa, 03 de fevereiro de 2014
- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso
TERMO DE APROVAÇÃO
do
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
por
Bruno Rafael Borsato
A Defesa Final desse Estágio Curricular Obrigatório foi realizada em 03 de
fevereiro de 2014 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Mecânica. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta
pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o estágio aprovado.
__________________________________ Prof. Dr. Jhon Jairo Ramirez Behainne
Prof. Orientador
____________________________________ Prof. Dr. Eng. Felipe Barreto Campelo Cruz
Coordenador de Estágios dos Cursos de Engenharia Mecânica e de Engenharia de
Produção Mecânica UTFPR/Campus Ponta
Grossa
____________________________________ Prof.
a Dr. Yslene Rocha Kachba
Membro Titular
____________________________________ Prof. Dr. Thiago Antonini Alves
Coordenador dos Cursos de Engenharia
Mecânica e de Engenharia de Produção Mecânica
UTFPR/Campus Ponta Grossa
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa
Coordenação de Engenharia Mecânica
Lista de Figuras
Figura 1 – Pilares da Manutenção Produtiva Total (TPM)........................................................................6
Figura 2 – Arvore de equipamentos SAP...................................................................................................7
Figura 3 - Lista técnica dos equipamentos.................................................................................................8
Figura 4 – Operações Manutenção Autônoma Envelopadora de Paletes Cyklop....................................10
Figura 5 – Classificação dos Equipamentos 2013...................................................................................12
Figura 6 - Setor de recepção de frangos - BRF........................................................................................13
Sumário
1. Identificação.......................................................................................................................1
1.1 Atividades realizadas..........................................................................................................1
2. Introdução...........................................................................................................................3
3. Descrição da Empresa.........................................................................................................4
4. Descrição das atividades desenvolvidas no Estágio...........................................................6
5. Dificuldades Encontradas.................................................................................................14
6. Áreas de Identificação com o Curso.................................................................................15
7. Resultados.........................................................................................................................15
8. Conclusão.........................................................................................................................16
Referências Bibliográficas.....................................................................................................17
LISTA DE ABREVIATURAS
SAP - SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO EMPRESARIAL
CHECK LIST – LISTA DE CHECAGEM
RAF – RELATÓRIO DE ANÁLISE DE FALHAS
NR-12 – NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA NO TRABALHO EM
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
GIM – GUIA DE IDENTIFICAÇÃO DE MUDANÇAS
FAM – FORMULÁRIO DE ANÁLISE DE MUDANÇA
TCD - TERMO DE COMPROMISSO DE DESEMPENHO
CADE - CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA
TPM - MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL
FOCAM – EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRATAMENTO DOS RESÍDUOS
ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
NR-13 – NORMA REGULAMENTADORA DE CALDEIRA E VASOS DE PRESSÃO
PVC - POLICLORETO DE VINILA
NR-18 - NORMA REGULAMENTADORA DAS CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
SSMA - SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Responsabilidade pelas Informações
ALUNO:
Eu, Bruno Rafael Borsato, estudante do Curso Superior de Engenharia Mecânica na
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa, sob número de matrícula
936766, portador do RG nº. 8060833-0 declaro estar ciente da veracidade das informações contidas
neste relatório referente às atividades de estágio desenvolvidas na empresa BRF S.A..
________________________________
Bruno Rafael Borsato
SUPERVISOR:
Eu, Maikel Caminha Witte, colaborador da empresa BRF S.A., onde ocupo o cargo Supervisor
do setor Planejamento e Controle de Manutenção do setor de aves, supervisor do estagiário Bruno
Rafael Borsato, afirmo que todas as informações contidas neste relatório são verdadeiras e
responsabilizo-me pelas mesmas.
____________________________
Maikel Caminha Witte
(com carimbo)
Supervisor do Planejamento e Controle da Manutenção (PCM)
1
1. Identificação
Do Aluno:
Bruno Rafael Borsato – [email protected]
Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica – UTFPR-PR
Da Empresa:
BRF S.A. – Divulgação não autorizada.
Do Supervisor de Estágio:
Maikel C. Witte – [email protected] – Supervisor PCM
Técnico em Refrigeração
Do professor orientador:
Jhon Jairo Ramirez Behainne– [email protected]
Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP.
Do Estágio:
Estágio realizado no setor de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) na área de
Engenharia de Manutenção e Confiabilidade (EMC).
1.1 Atividades realizadas:
1) Elaboração das rotas de manutenção, dentre elas, inspeção de rota, preditiva, preventiva,
autônoma e lubrificação;
2) Montagem de planilhas, gráficos e apresentações relacionadas às informações referentes aos
padrões da manutenção;
3) Atualização de dados no SAP;
4) Planejamento e controle dos Check List dos operadores conforme a norma de gestão da BRF;
5) Elaboração e atualização de lista técnica de equipamentos;
6) Pesquisa e compra de componentes para manutenção;
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7) Auxílio em relatórios de análise de falha (RAF) para redução de falhas;
8) Efetuação de especificação técnica de componentes mecânicos e cadastramento dos mesmos no
SAP;
9) Dimensionamento de componentes para equipamentos de segurança;
10) Relatórios de Não Conformidades segundo NR-12 (Norma Regulamentadora de Segurança no
Trabalho em Máquinas e Equipamentos) no setor de recepção de frango;
11) Participação de reuniões de Identificação de Mudanças (GIM) e Análise de Mudanças (FAM).
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2. Introdução
O estágio foi realizado no setor de Planejamento e Controle de Manutenção, na área de Engenharia
de Manutenção e Confiabilidade. As principais atividades descritas no plano de estágio e mantidas como
objetivos do estágio são as seguintes:
Atualização de dados no SAP;
Efetuação de especificação técnica de componentes mecânicos e cadastramento dos mesmos no
SAP;
Elaboração e atualização de lista técnica de equipamentos;
Elaboração das rotas de manutenção, dentre elas, inspeção de rota, preditiva, preventiva,
autônoma e lubrificação;
Montagem de planilhas, gráficos e apresentações relacionadas às informações referentes aos
padrões da manutenção;
Planejamento e controle dos Check List dos operadores conforme a norma de gestão da BRF;
Auxílio em relatórios de análise de falha (RAF) para redução de falhas;
Dimensionamento de componentes para equipamentos de segurança;
Relatórios de Não Conformidades segundo NR-12 (Norma Regulamentadora de Segurança no
Trabalho em Máquinas e Equipamentos) no setor de recepção de frango;
Participação de reuniões de Identificação de Mudanças (GIM) e Análise de Mudanças (FAM).
Primeiramente será descrito a empresa na qual foi realizado o estágio obrigatório e na sequência o
detalhamento das atividades contidas no plano de estágio.
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3. Descrição da Empresa
A BRF foi criada a partir da associação entre Perdigão e Sadia. A empresa nasceu como um dos
maiores players globais do setor alimentício, reforçando a posição do país como potência no
agronegócio. Atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos processados de carnes,
lácteos, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados, com marcas consagradas como Sadia,
Perdigão, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras.
Conforme as informações contidas na Revista BRF (JIMENEZ, 2014), a empresa obteve receita
líquida de R$ 28,5 bilhões, registrada em 2012, a BRF é uma das maiores exportadoras mundiais de aves
e destaca-se entre as maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado. Responde por mais de
9% das exportações mundiais de proteína animal.
A BRF é uma das maiores empregadoras privadas do país, com cerca de 110 mil funcionários.
Opera 50 fábricas em todas as regiões do Brasil e possui sólida rede de distribuição que, por meio de 33
centros de distribuição, leva seus produtos para consumidores em 98% do território nacional.
Segundo Jimenez (2012), as vendas externas responderam por 40,8% das receitas líquidas em
2012. No mercado externo, mantém nove unidades industriais na Argentina e duas na Europa (Inglaterra
e Holanda), além de 19 escritórios comerciais para atendimento a mais de 120 países dos cinco
continentes.
A associação entre Perdigão e Sadia, que deu origem à BRF, foi anunciada em 19 de maio de 2009
e concluída em 2012, com o cumprimento do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) acordado
com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O plano estratégico de longo prazo da
empresa contempla crescimento balanceado por expansão orgânica das operações e aquisições seletivas
em regiões estratégicas como Oriente Médio, América Latina e outros emergentes.
Em 2012, iniciou a construção de uma fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, prevista para
ser entregue no segundo semestre de 2013, e consolidou uma joint venture com a Dah Chong Hong
Limited (DCH), que faz a distribuição no varejo e em food services no mercado chinês.
O sólido modelo de governança da BRF, que consolidou em 2012 a integração Perdigão/Sadia,
refletiu-se em grandes avanços durante o ano. A empresa atingiu novos patamares de eficiência, que
passam a contribuir para tornar a BRF cada vez mais competitiva e sustentável.
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No período, os investimentos somaram R$ 2,5 bilhões, valor 25% superior em comparação ao
exercício de 2011. Os recursos foram direcionados ao desenvolvimento de centenas de projetos de
crescimento, eficiência e suporte: adequação de fábricas para a produção de linhas deslocadas de
unidades transferidas, novos centros de distribuição, redesenho de malha logística, entre outros. Durante
o ano, foram lançados 454 produtos, ratificando a capacidade de inovação da companhia e reforçando
sua a presença nos diversos canais de varejo.
Desenvolvimento Sustentável é um dos Valores da BRF. Os pilares de sustentabilidade foram
estabelecidos pela empresa para garantir a perenidade de seus negócios e sua competitividade no
mercado global. Como parte de seus compromissos com a sustentabilidade, a BRF investe
continuamente em gestão ambiental, com vistas à busca constante pela Ecoeficiência por meio de
estratégias para minimizar desperdícios, melhorar produção e reduzir riscos.
A visão da BRF é de ser uma das maiores empresas de alimentos do mundo, admirada por suas
marcas, inovação e resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável.
A missão é de participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, com qualidade,
inovação e a preços acessíveis, em escala mundial.
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4. Descrição das Atividades Desenvolvidas no Estágio
As principais atividades realizadas no estágio se basearam no plano de estágio proposto pela
empresa e nas principais funções do Engenheiro de Manutenção. Durante o período de adaptação, foram
repassadas atividades básicas para obter conhecimento do sistema utilizado na empresa, o SAP. A partir
deste sistema, foi implementado a gestão da manutenção da BRF, o qual envolve as premissas da
metodologia japonesa TPM (Manutenção Preventiva Total) onde deve existir o comprometimento de
diversos setores, tanto da produção quanto da manutenção.
A TPM se apoia sobre oito pilares, que configuram um sistema para atingir maior eficiência
produtiva. A Figura 1 demonstra esses pilares.
Figura 1 – Pilares da Manutenção Produtiva Total (TPM)
Fonte: Adaptação de Kardec & Nascif (2002)
A metodologia possui como objetivo a maximização da produção, através do planejamento e
controle da manutenção, a fim de manter a integridade dos equipamentos, evitando acidentes de trabalho
e prejuízos ao meio ambiente e comunidade. Durante o período do estagio foram abordados três pilares,
sendo eles:
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Manutenção Autônoma
Treinamento
Segurança e Meio Ambiente
Estes três pilares serão abordados no decorrer do relatório, sendo descrito as atividades realizadas.
A partir da alimentação das informações no SAP, foi criada a “árvore” de equipamentos, que
consiste na divisão e alocação de todas as informações dos locais de instalação, equipamentos, donos de
área e listas técnicas, conforme a figura 02.
Figura 2 – Arvore de equipamentos SAP
Fonte: SAP - BRF
Como se pode ver, o sistema possui seus respectivos locais de instalação, nos quais se localizam os
equipamentos que por sua vez, possuem os componentes cadastrados.
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A fábrica se divide basicamente em:
• 4 linhas de produção que contêm: Recepção, Pendura, Abate, Escaldagem e Evisceração;
• Sala de Cortes;
• Inspeção Federal;
• Classificação;
• CMS;
• Embalagem;
• Congelamento e Estocagem.
A partir das informações contidas na “árvore”, o PCM busca associar todas as informações
possíveis dos componentes presentes na unidade, além de gerar um padrão de histórico de manutenções,
em cada equipamento, para auxiliar na tratativa de falhas.
As informações dos componentes dos equipamentos são alocadas nas listas técnicas, conforme
figura 03.
Figura 3 – Lista técnica dos equipamentos
Fonte: SAP - BRF
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Estas informações são obtidas através dos manuais técnicos dos fabricantes dos equipamentos. O
ideal é que 100% dos equipamentos da fábrica possuam a lista técnica atualizada e correta. Uma das
atividades realizadas foi a obtenção dos dados necessários para cadastramento no SAP. Como muitos
equipamentos não possuem manuais, os componentes internos que não podiam ser observados foram
necessários recorrer aos fabricantes das bombas.
Houve dificuldade na obtenção destas informações, sendo que são vários equipamentos de
diferentes modelos e marcas, sendo necessário recorrer às informações através do histórico de
manutenção com os manutentores para poder alimentar o sistema, visto que quando eram realizadas as
manutenções corretivas, não havia detalhamento das peças usadas no histórico do SAP.
No decorrer do estágio, foram realizadas revisões e padronizações dos planos de manutenção dos
equipamentos, variando conforme a necessidade e criticidade dos mesmos.
Segunda Viana (2006), a manutenção é dividida em cinco categorias, sendo elas:
Planos de inspeções visuais;
Roteiros de lubrificação;
Monitoramento de características dos equipamentos;
Manutenção de troca de itens de desgaste;
Planos de intervenção preventiva.
Estas cinco categorias foram reformuladas, de acordo com as Apostila das normas específicas do
sistema de gestão BRF (2011), são aplicadas na empresa da seguinte maneira:
- Lubrificação: é executada conforme datas pré-estabelecidas devido à criticidade e tipo de
componente. É alocada em cada equipamento na árvore do SAP e é controlada pelos lubrificadores e
pelo Supervisor de manutenção;
- Preditivas: são as atividades de análise do comportamento dos equipamentos, através de métodos
de monitoramento. São determinados a partir de certa periodicidade e são controladas pela Engenharia
de Manutenção e programadas pelos Planejadores de manutenção. As análises mais comuns executadas
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são: Análise de Vibração, Assinatura Elétrica, Termografia e Análise de Óleo;
- Inspeção de Rota: É dividida em elétrica e mecânica. Executada por manutentores especializados
na inspeção dos componentes mecânicos e elétricos avaliando as condições dos componentes. É uma
variação das análises preditivas, porém é uma análise constante e busca da eliminação de paradas de
componentes sem planejamento. Os inspetores são responsáveis pela caracterização das avarias e repasse
das informações aos planejadores que programam as manutenções corretivas planejadas ou preventivas.
- Preventivas: são as manutenções determinadas conforme a necessidade de cada equipamento e
estabelecidas normalmente pelos próprios fabricantes ou pela Engenharia de Manutenção e
Confiabilidade. Ocorre com as datas pré-estabelecidas e é realizada a substituição e revisão dos
componentes dos equipamentos.
Um dos pilares da TPM é a Manutenção Autônoma. Esta é uma estratégia simples e prática para
envolver os operadores dos equipamentos nas atividades, principalmente, de limpeza, lubrificação e
inspeções visuais.
Na BRF, foi implementada, através do Check List (figura 4), as atividades de determinados
equipamentos, onde o operador deve preencher com responsabilidade as avarias encontradas no
equipamento. Este Check List é repassado semanalmente para o PCM, onde as não conformidades
encontradas são repassadas ao planejador para a programação das manutenções necessárias.
Figura 4 – Operações Manutenção Autônoma Envelopadora de Paletes Cyklop
Fonte: SAP – BRF
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Outra atividade foi a participação nas reuniões de Guia de Identificação de Mudança (GIM) e
Análise de Mudanças (FAM). Nestas reuniões há a participação dos setores envolvidos, os quais
debatem sobre à melhor solução e suas possíveis consequências. Algumas reuniões foram sobre:
Aquisição de um vaso saturador para um flotador da ETE devido a condena de inspeção de
NR-13;
Instalação de peneira rotativa na central de resíduos para melhorar a eficiência de
separação dos resíduos sólidos que são enviados para FOCAM;
Retirada do medidor de Vapor do ramal de Utilidades para colocar no ramal de
Higienização para possuir histórico de medições;
Substituição da Grua de alimentação das caldeiras Meppans devido equipamento ser
alugado e obsoleto.
Nestes formulários eram levantados diversos itens relacionados à:
Planejamento de Parada de Operação/Sistema;
Atualização de planilhas, manuais técnicos, procedimentos de operação, etc.;
Alteração de acessos;
Atualização referente a equipamentos/material;
Referente ao Meio ambiente;
Referente aos Dispositivos de segurança;
Referente a Instalações Elétricas;
Referente a Normas e Procedimentos.
Outra atividade foi a análise técnica com relação ao material utilizado no sistema de segurança nos
cordões de emergência dos equipamentos. Os cordões de emergência possuem o objetivo de parar o
equipamento quando acionados. Porém houve parada na produção devido ao rompimento dos cordões,
ocasionados pela oxidação. Com isso foi realizado a compra de um cabo de aço Inox revestido com
PVC, para aumentar a durabilidade a fim de evitar novas paradas de produção.
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Uma atividade importante era a realização dos relatórios de análises de falha de equipamentos e
sistemas (RAF). Tal metodologia é aplicada conforme um padrão e executa-se a RAF quando
determinado equipamento aciona um gatilho. Este gatilho é determinado a partir da criticidade do
equipamento que apresentou a falha e do tempo de parada do equipamento, independente de paradas de
produção, ou seja, mesmo que não tenha impactado na produção, a intenção da metodologia de análise
de falhas é eliminar paradas inesperadas de equipamento, visando a parada zero, um dos pilares do TPM.
Outra atividade realizada foi a atualização da planilha de Classificação da Criticidade dos
equipamentos superiores da unidade. Neste documento, foram acrescentados os novos equipamentos
instalados na unidade, bem como a exclusão dos equipamentos condenados ou trocados na empresa no
ano de 2013.
Como se pode ver na figura 5, o nível de abordagem do equipamento é designado através da
avaliação de diversos fatores, os quais recebem uma pontuação de pessoas qualificadas nas áreas
especificadas e com isso, tem-se o nível de abordagem estabelecido.
Figura 5 – Classificação dos Equipamentos 2013
Fonte: Planilha de Controle Interno – BRF
Os fatores responsáveis pela determinação do nível de abordagem são:
Saúde e segurança;
Meio Ambiente;
Patrimônio;
Custo de Reparo;
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Regime de Operação;
Score de frequência de Falha;
Para cada equipamento têm-se uma análise destes fatores, os quais só podem ser analisados por
pessoas qualificadas para tal classificação. Após esta classificação, os dados são atualizados no sistema.
Outra atividade realizada foi a elaboração de um documento onde foram apresentadas as não
conformidades com a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho de Número 18 – Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e a NR-12 – Segurança no Trabalho em
Máquinas e Equipamentos, encontradas em vários pontos localizado no setor de recepção de frangos, nas
linhas 1 e 2.
O principal objetivo foi a exposição da situação atual dos equipamentos do setor, para que
pudesse ser avaliado um estudo, tanto em termos de investimento quanto em disponibilidade para
intervenção técnica especializada, a fim de eliminar possíveis acidentes de trabalho, visto que já havia
sido relatado um acidente com um colaborador nas plataformas elevatórias de descarga da linha 1,
conforme figura 6.
Figura 6 – Setor de recepção de frangos - BRF
Fonte: Relatório Recepção de Frangos
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Foi realizada inspeção conforme as normas, apontando as principais não conformidades
encontradas no setor e repassadas aos donos de área.
5. Dificuldades Encontradas
No decorrer do estágio não houve muitas dificuldades. No início das atividades têm-se o período
de adaptação, relacionamento com os colegas de trabalhos, ritmo das atividades e conhecimento do
sistema empregado na indústria.
Todas as dúvidas relacionadas às atividades realizadas foram esclarecidas pela equipe. Todos os
colaboradores passaram orientações sobre a forma correta e adequada em relação à gestão da BRF. As
atividades sempre objetivaram o foco de parada zero, ou seja, evitar que houvesse falha de equipamentos
acarretando parada de produção.
Com relação ao embasamento teórico aplicado na indústria, poderia ser aprofundado em diversas
disciplinas no decorrer do curso de engenharia mecânica. A necessidade de práticas nas aulas deveria ser
levada em consideração, pois as mesmas são exigidas na indústria, e não somente a busca pela formação
científica, como ocorre em determinadas disciplinas.
Particularmente, um assunto que “faltou” no decorrer do curso, é com relação à lubrificação. Este
assunto estava no plano de estágio, porém não houve muito aproveitamento, pois todas as informações
referentes a este assunto era necessário pesquisar, o que tomava muito tempo na realização das
atividades.
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6. Áreas de Identificação com o Curso
Durante o período de estágio, houve contato à gestão de manutenção no PCM. Nesta área, teve-se
a necessidade de aplicar diversos conhecimentos da engenharia adquiridos no decorrer do curso. Na
engenharia de manutenção e confiabilidade, a atuação principal foi na revisão de planos de manutenção,
redimensionamentos de componentes, padronização de procedimentos e análises de falhas, sempre
buscando aumentar a confiabilidade e disponibilidade de produção com a parada zero.
No decorrer das atividades, as disciplinas de elementos de máquinas (dimensionamento e lista
técnica), resistência dos materiais (análise de resistência dos cordões de emergência), máquinas de fluxo
(criação de planos para bombas hidráulicas e substituição de vedações) e vibrações (relatórios de
vibrações de motores realizadas por empresas terceiras), entre outras foram essenciais para os
embasamentos teóricos realizados, principalmente para projetos mecânicos e planos de manutenção.
Um ponto que chama muita atenção é do fato da segurança no trabalho. Na empresa, esse assunto é
muito discutido através do SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente). Todos os riscos no trabalho são
apresentados de forma clara através de campanhas de conscientização dos funcionários. Uma das
campanhas é das 5 Regras de Ouro da BRF, que tem como objetivo de assegurar a segurança dos
trabalhadores. Todos os riscos são levados a sério na empresa onde as mesmas considerações foram
levantadas na disciplina de engenharia de segurança do trabalho.
7. Resultados
Os resultados foram diversos, devido à ampla área de atuação no setor. As atividades que mais
resultaram em aprendizado, foram na criação dos planos de manutenção e análise das falhas ocorridas
nos equipamento e componentes mecânico.
Tais atividades resultaram em diversas ações, envolvendo redimensionamentos mecânicos,
avaliações na periodicidade de manutenção, tanto preventiva quanto preditivas, e análise e substituição
de materiais de construção mecânica.
Conhecimento do sistema SAP/R3 focado na manutenção. Este sistema é utilizado em diversas
indústrias, sendo uma excelente ferramenta de controle da unidade.
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8. Conclusão
Com as atividades realizadas durante o período do estágio, foi mesclado o embasamento teórico
levantado ao longo do curso com as principais necessidades da empresa.
Cada atividade realizada contribuiu em vários aspectos para a formação como profissional. Uma
característica necessária nesta profissão é a capacidade de relacionamento interpessoal, pois muitas
decisões e ações tomadas dependem impreterivelmente da concreta atuação de diferentes pessoas, com
personalidades diferentes e muitas vezes com diferentes níveis hierárquicos.
Adquirido o conhecimento do sistema SAP, módulo manutenção, o qual é extremamente válido
para a formação profissional, por se tratar de um programa de controle amplamente utilizado nas
empresas.
Como foi citado, há uma carência na instituição de ensino relacionada às ementas do curso. Deve-
se focar, também, na real rotina do processo industrial no decorrer da graduação. Isto pode ser
compensado com a realização de visitas técnicas nas empresas da região, já que estamos num amplo
desenvolvimento industrial na região dos Campos Gerais.
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Referências Bibliográficas
BORSATO, Bruno Rafael; SANTOS, Fernando Diogo dos. Relatório NR-12: Recepção de frangos.
Carambeí: ., 2013. 16 p.
BRF. Apostila Projeto Gestão Brasil Foods, simplificando e padronizando a rotina para melhoras resultados.
2011.
JIMENEZ, Rosa Baptistella e Miguel. BRF. 2014. Conselho editorial: Luciana Ueda, Mauricio
Cherobin, Marcos Caetano. Disponível em: <http://revistabrf.com.br/>. Acesso em: 10 jan. 2014.
KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: Função Estratégica., 2002, Qualitymark.
SAP (Org.). ABOUT SAP. Disponível em: <http://www.sap.com/about-sap/about-sap.epx>. Acesso em: 28
jan. 2014.
VIANA, Herbert Ricardo Garcia. PCM: PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇAO. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2006. 167 p.