Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e resultados...

2
Neste poster, que designámos por “Parte 1: Construção da Rede Multimodal” apresentamos alguns detalhes da construção em ArcGIS do Modelo de Transporte Público da Área Metropolitana de Lisboa, criado de raiz no âmbito dos trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do perfil de Vias de Comunicação e Transportes do Mestrado em Engenharia Civil do ISEL. Paralelamente é também apresentado o poster “Parte 2: Análise de Resultados Preliminares” no qual são ilustradas as primeiras análises e apresentados os primeiros resultados obtidos nesta primeira fase de operacionalização do modelo. Apesar de o modelo estar ainda incompleto, a sua estrutura base e procedimentos de construção e operacionalização foram definidos, testados e validados. A rede atual de transporte público incluída no modelo compreende a malha ferroviária urbana, as ligações fluviais no Rio Tejo, as várias linhas de Metro, 17 carreiras rodoviárias da Carris e ainda três linhas de elétrico. O modelo, na sua fase inicial incorpora: Linhas de Comboio ± 0 90 180 45 km 0 2,5 5 1,25 km 0 1 2 0,5 km 0 1 2 0,5 km 0 5 10 2,5 km Palmela Sintra Mafra Montijo Loures Setúbal Sesimbra Vila Franca de Xira Seixal Alcochete Lisboa Cascais Moita Almada Montijo Oeiras Barreiro Odivelas Amadora ± A primeira fase da construção do modelo de Transportes Públicos está praticamente terminada. Concluiu-se um período de desenvolvimento intenso, não só para chegar a uma estrutura adequada de representação que permitisse a inclusão de todos os sistemas de transporte (incluindo o rodoviário, não apresentado aqui), como para construir detalhadamente cerca de 1.700 km de rede, incluindo mais de 1.500 paragens, 950 pontos de paragem de linhas e 330 pontos de paragem de rede. Decorrem as primeiras análises preliminares (ver poster da 2ª Parte) em simultâneo com procedimentos de calibração fina e validação. De seguida proceder-se-á às primeiras análises de avaliação de acessibilidade, incluindo modelos de distribuição de população, riqueza (PIB) e empregos. Será também efetuada a ligação ao módulo rodoviário já desenvolvido. Em termos futuros, como não podia deixar de ser, pretende-se terminar a inclusão no modelo de toda a oferta de transporte público rodoviário, o que não será uma tarefa fácil, devido às inúmeras carreiras rodoviárias existentes na AML. Será dada prioridade à inclusão de carreiras que sirvam, ou liguem, aos modos estruturantes, como o comboio. Paralelamente serão também investigados os mecanismos para o desenvolvimento de uma estrutura GTFS que permita a exportação e importação destes dados e a criação de capacidades de planeamento operacional no modelo. Introdução - Linha de Cascais - Linha de Sintra/Azambuja - Linha do Sado - Linha do Oeste - Linha da Fertagus - Barcos da Transtejo/Soflusa - Metro de Lisboa - Metro Transportes do Sul - 17 carreiras rodoviárias da Carris - 3 linhas de elétrico da Carris Adicionalmente foi utilizada uma rede rodoviária detalhada, também criada no ISEL, como base para a execução dos eixos de transporte público que partilham a via pública e que após algumas adaptações funciona também como rede pedonal. O modelo apresenta características multimodais e intermodais, permitindo a conexão total entre todos os modos e operadores presentes. As características multimodais são evidenciadas pela ‘competição’ entre modos, permitindo identificar a performance destes nas várias ligações O/D (em função da impedância escolhida: tempo de viagem, custo, etc.) e as características intermodais são demonstradas pela capacidade de construção do caminho ótimo de viagem com recurso sequencial a vários modos/operadores e ao modo pedonal. Algumas características O percurso de todas as linhas e carreiras foi individualizado (não existem sobreposições) e separado em troços autónomos entre todas as paragens ou estações. Todos os pontos de paragem foram ligados à rede pedonal e às outras redes de proximidades, numa hierarquia de conexão com três níveis, seguindo os princípios das normas europeias Transmodel. Atualmente o modelo funciona com duas impedâncias: a distância percorrida e o tempo de viagem baseado na frequência média dos vários serviços. O modelo de impedâncias poderá ser sofisticado no futuro através da associação de horários de exploração, o que não ocorre na versão atual. Uma das vantagens de um modelo do sistema de transportes públicos construído em ArcGIS é o potencial que este reserva para a execução de análises de acessibilidade e construção de indicadores de performance que permitem avaliar a qualidade da oferta e a conformidade desta com a procura e a sua adequada localização geográfica. Através da utilização de técnicas de geoprocessamento é fácil quantificar os níveis de acessibilidade por Transporte Público das populações ao território, mas também os níveis de serviço no acesso, por exemplo, ao comércio, aos serviços e escritórios. Conclusões e Perspetivas Futuras ± 0 8,5 17 4,25 km Legenda < 25 hab./km2 25 < hab./km2 < 150 150 < hab./km2 < 500 500 < hab./km2 < 1.000 1.000 < hab./km2 < 5.000 > 5.000 hab./km2 Modelo Demográfico da AML População 2011 3D ± ± 0 1 2 0,5 km Autores: Diana Figueiredo Botelho João Pedro Gamboa Patrícia Lourenço Costa Paulo Matos Martins [email protected] Parte 1: Construção da Rede Multimodal Modelo de Transporte Público na AML ± ± Agradecimento: os autores agradecem à empresa Carris/Metro a cedência de dados relativos à localização das paragens das carreiras de autocarros e elétricos na cidade de Lisboa, evitando à equipa de projeto o trabalho de campo da georreferenciação dessas mesmas paragens.

description

Este conjunto de posters apresenta os desenvolvimentos iniciais da modelação em ArcGIS da rede de transportes públicos (TP) da Área Metropolitana de Lisboa, construída de raiz no âmbito de trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do ISEL. A presente versão do modelo é composta por toda a malha ferroviária urbana, pelas várias linhas de Metro, por 18 linhas da Carris e pelas ligações fluviais no Rio Tejo. Adicionalmente foi usada uma rede rodoviária (ainda incompleta) como substituta da rede pedonal na ligação dos eixos de transportes públicos aos usos de solos. O primeiro objetivo foi o de testar procedimentos e metodologias para o desenvolvimento de modelos de TP em SIG com elevado grau de detalhes na descrição dos percursos nos acessos locais e no próprio TP, na simulação da intermodalidade e da ligação do TP ao modo pedonal. O segundo objetivo prende-se com a criação de rotinas de análise em ArcGIS que permitam extrair indicadores de acessibilidade demográfica e económica para os modelos de TP. A possibilidade da realização de análises de tempos de viagem nas diversas opções modais consoante as necessidades dos utilizadores permite observar quais os percursos mais rápidos, os mais curtos e os percursos com menor número de transbordos, entre outros aspetos relacionados com a caracterização da oferta. Para a criação do modelo utilizou-se a plataforma ArcGIS Desktop 10.2 da ESRI devido à sua versatilidade e por ser uma ferramenta que permite abordar o planeamento e a gestão do território em níveis adequados aos objetivos propostos, sendo um instrumento adequado para responder às questões propostas, ensaiar soluções e avaliá-las. O modelo na sua fase atual incorpora a Linha de Cascais, Linha de Sintra-Azambuja, Linha do Sado e Linha do Oeste da CP, a Linha Norte/Sul da Fertagus, as linhas do Metro de Lisboa e do Metro Transportes do Sul, os Barcos da Transtejo/Soflusa e ainda parcialmente as carreiras rodoviárias e uma linha de elétrico da Carris. Os resultados apresentados no segundo poster são focados numa área onde ocorre o encontro de vários modos de transporte e existe uma boa cobertura da rede pedonal, para que sejam consideradas as mais variadas opções dos utentes. Por fim, descreve-se como com a utilização deste modelo será possível caracterizar melhor as funcionalidades intermodais oferecidas pela rede de transportes públicos da AML, permitindo quantificar diversos tipos de indicadores para o suporte dessa análise. Os desenvolvimentos futuros preconizados para este projeto correspondem por um lado à ampliação da oferta modelada: conclusão da rede da Carris, inclusão de carreiras rodoviárias de outros operadores, nomeadamente daqueles que fazem rebatimento no transporte ferroviário e potenciam a intermodalidade. Por outro lado serão investigadas e desenvolvidas novas características do modelo, nomeadamente a inclusão de horários de serviço e a importação/ex

Transcript of Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e resultados...

Neste poster, que designámos por “Parte 1: Construção da Rede Multimodal” apresentamos alguns detalhes da construção em ArcGIS doModelo de Transporte Público da Área Metropolitana de Lisboa, criado de raiz no âmbito dos trabalhos académicos desenvolvidos poralunos do perfil de Vias de Comunicação e Transportes do Mestrado em Engenharia Civil do ISEL. Paralelamente é também apresentadoo poster “Parte 2: Análise de Resultados Preliminares” no qual são ilustradas as primeiras análises e apresentados os primeirosresultados obtidos nesta primeira fase de operacionalização do modelo. Apesar de o modelo estar ainda incompleto, a sua estruturabase e procedimentos de construção e operacionalização foram definidos, testados e validados. A rede atual de transporte públicoincluída no modelo compreende a malha ferroviária urbana, as ligações fluviais no Rio Tejo, as várias linhas de Metro, 17 carreirasrodoviárias da Carris e ainda três linhas de elétrico. O modelo, na sua fase inicial incorpora:

Linhas de Comboio

±

0 90 18045km

0 2,5 51,25km

0 1 20,5km

0 1 20,5km

0 5 102,5km

Palmela

Sintra

Mafra

Montijo

Loures

Setúbal

Sesimbra

Vila Franca de Xira

Seixal

Alcochete

LisboaCascais

MoitaAlmada

MontijoOeiras

Barreiro

Odivelas

Amadora

±

A primeira fase da construção do modelo de Transportes Públicos está praticamente terminada. Concluiu-se um período de desenvolvimento intenso, não só para chegar auma estrutura adequada de representação que permitisse a inclusão de todos os sistemas de transporte (incluindo o rodoviário, não apresentado aqui), como paraconstruir detalhadamente cerca de 1.700 km de rede, incluindo mais de 1.500 paragens, 950 pontos de paragem de linhas e 330 pontos de paragem de rede.

Decorrem as primeiras análises preliminares (ver poster da 2ª Parte) em simultâneo com procedimentos de calibração fina e validação. De seguida proceder-se-á àsprimeiras análises de avaliação de acessibilidade, incluindo modelos de distribuição de população, riqueza (PIB) e empregos. Será também efetuada a ligação ao módulorodoviário já desenvolvido.

Em termos futuros, como não podia deixar de ser, pretende-se terminar a inclusão no modelo de toda a oferta de transporte público rodoviário, o que não será uma tarefafácil, devido às inúmeras carreiras rodoviárias existentes na AML. Será dada prioridade à inclusão de carreiras que sirvam, ou liguem, aos modos estruturantes, como ocomboio. Paralelamente serão também investigados os mecanismos para o desenvolvimento de uma estrutura GTFS que permita a exportação e importação destes dados ea criação de capacidades de planeamento operacional no modelo.

Introdução

- Linha de Cascais- Linha de Sintra/Azambuja- Linha do Sado- Linha do Oeste- Linha da Fertagus

- Barcos da Transtejo/Soflusa- Metro de Lisboa- Metro Transportes do Sul- 17 carreiras rodoviárias da Carris- 3 linhas de elétrico da Carris

Adicionalmente foi utilizada uma rede rodoviária detalhada, também criada no ISEL, como base para a execução dos eixos de transportepúblico que partilham a via pública e que após algumas adaptações funciona também como rede pedonal.

O modelo apresenta características multimodais e intermodais, permitindo a conexão total entre todos os modos e operadorespresentes. As características multimodais são evidenciadas pela ‘competição’ entre modos, permitindo identificar a performance destesnas várias ligações O/D (em função da impedância escolhida: tempo de viagem, custo, etc.) e as características intermodais sãodemonstradas pela capacidade de construção do caminho ótimo de viagem com recurso sequencial a vários modos/operadores e aomodo pedonal.

Algumas características

O percurso de todas as linhas e carreiras foiindividualizado (não existem sobreposições) e separadoem troços autónomos entre todas as paragens ouestações. Todos os pontos de paragem foram ligados àrede pedonal e às outras redes de proximidades, numahierarquia de conexão com três níveis, seguindo osprincípios das normas europeias Transmodel. Atualmenteo modelo funciona com duas impedâncias: a distânciapercorrida e o tempo de viagem baseado na frequênciamédia dos vários serviços. O modelo de impedânciaspoderá ser sofisticado no futuro através da associação dehorários de exploração, o que não ocorre na versão atual.

Uma das vantagens de um modelo do sistema detransportes públicos construído em ArcGIS é o potencialque este reserva para a execução de análises deacessibilidade e construção de indicadores deperformance que permitem avaliar a qualidade da ofertae a conformidade desta com a procura e a sua adequadalocalização geográfica. Através da utilização de técnicasde geoprocessamento é fácil quantificar os níveis deacessibilidade por Transporte Público das populações aoterritório, mas também os níveis de serviço no acesso,por exemplo, ao comércio, aos serviços e escritórios.

Conclusões e Perspetivas Futuras

±

0 8,5 174,25km

Legenda

< 25 hab./km2

25 < hab./km2 < 150

150 < hab./km2 < 500

500 < hab./km2 < 1.000

1.000 < hab./km2 < 5.000

> 5.000 hab./km2

Modelo Demográfico da AML

População 2011

3D

±

±

0 1 20,5km

Autores:

Diana Figueiredo

Botelho

João Pedro

Gamboa

Patrícia Lourenço

Costa

Paulo Matos Martins

[email protected]

Parte 1: Construção da Rede Multimodal

Modelo de Transporte Público na AML

±

±

Agradecimento: os autores agradecem à empresa Carris/Metro a cedência de dados relativos à localização das paragens das carreiras de autocarros e elétricos na cidade deLisboa, evitando à equipa de projeto o trabalho de campo da georreferenciação dessas mesmas paragens.

!2

!1

!2!2

!1

±ISEL - FCT-UNL

Baixa-ChiadoAlgés

± ±

±

±±

±±

±±±

±

0 1 20,5km

0 150 30075m

0 150 30075m

0 200 400100m

0 2 41km

0 2 41km

0 25 5012,5m

0 150 30075m

0 50 10025m

0 10 205m

0 50 10025m

0 1,5 30,75km

Tempo de Viagem: 1h03min

Distância: 18.911m

Cascais Marquês de Pombal Cais do Sodré

Pragal Olaias/Chelas

Linha de Cascais

Fertagus

Metro Lisboa - Linha Azul Roma - Areeiro

!1

!2

Tempo de Viagem: 1h11minDistância: 28.611m

0 1,5 30,75km

±Cascais - Marquês de Pombal

Neste poster, que designámos por “Parte 2: Análise de Resultados Preliminares” apresentam-se algumas das análises iniciais efetuadas com o Modelo de Transporte Público da Área Metropolitana de Lisboa, criado de raiz no âmbito dostrabalhos académicos desenvolvidos por alunos do perfil de Vias de Comunicação e Transportes do Mestrado em Engenharia Civil do ISEL. Paralelamente foi também exposto o poster “Parte 1: Construção da Rede Multimodal” no qual sãoapresentados os detalhes da construção do modelo em si, que compreende a malha ferroviária urbana (CP e Fertagus), as ligações fluviais no Rio Tejo (Transtejo/Soflusa), as 4 linhas do Metro de Lisboa e as 3 do Metro Transportes do Sul, 17carreiras rodoviárias da Carris e ainda três linhas de elétrico.

Foram efetuados dois tipos de análise preliminar. As análises de Routes (cálculo de caminho mínimo entre dois pontos), com impedância de tempo de viagem e as análises do tipo Service Area, as quais permitem calcular isolinhas deimpedância, neste caso isócronas.Os resultados preliminares visam detetar erros, validar o modelo e calibrar os parâmetros do mesmo.O objetivo principal do modelo na sua configuração atual é o do apoio ao planeamento estratégico dos sistemas de transportes na AML, devendo ser ligado futuramente ao modelo rodoviário SIG também já existente. No entanto, poderá seraplicado noutro tipo de problemas, como problemas de localização, ou de geomarketing. Futuramente poderá vir a ser transformado num modelo de apoio ao planeamento operacional e à gestão de informação sobre oferta de TP, mas paratal deverá passar a possuir uma componente de gestão de horários, por exemplo, via importação GFTS.

O modelo desenvolvido nesta primeira fase já

se encontra em período de testes operacionais,

os quais já permitiram obter excelentes

resultados preliminares, o que é bastante

encorajador. As tarefas de validação e

calibração fina irão prosseguir.

Num futuro próximo serão desenvolvidos

análises padronizadas que permitam extrair

indicadores de acessibilidade e mobilidade em

TP. Para tal será criada a ligação ao modelo de

transporte rodoviário na AML, ao modelo

demográfico e a outros indicadores sociais e

económicos disponíveis para a AML.

Conclusões e Perspetivas Futuras

Parte 2: Análise de Resultados Preliminares

Modelo de Transporte Público na AML

Autores:

Diana FigueiredoBotelho

João PedroGamboa

Patrícia LourençoCosta

Paulo Matos [email protected]