Modelo elaboração TCC

download Modelo elaboração TCC

of 99

Transcript of Modelo elaboração TCC

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    1/99

    0

    FACULDADES INTEGRADAS ASSOCIAO DE ENSINO DE SANTA CATARINA

    CURSO DE BACHAREL EM TURISMO

    GABRIELA GONALVES DA SILVA

    ANLISE DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS

    FLORIANPOLIS, SC.

    2012

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    2/99

    1

    GABRIELA GONALVES DA SILVA

    ANLISE DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS

    Relatrio de Estgio Supervisionado/TCCapresentado s Faculdades IntegradasAssociao de Ensino de Santa Catarina,como requisito para obteno do grau deBacharel em TurismoOrientador: Prof. Carlos Cappelini, Me.

    FLORIANPOLIS, SC.2012

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    3/99

    2

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    4/99

    3

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    5/99

    4

    A todos os profissionais do turismo que

    esto na busca incessante pelo seu

    reconhecimento, aos familiares e amigos

    nos quais sempre me incentivaram nos

    momentos difceis.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    6/99

    5

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus por ter me concedido sade e poder ter a

    chance de concluir o curso de Turismo.

    Agradeo aos meus pais, Francisco e Cristina, por todo o apoio e incentivo

    que me deram a concluir esta graduao, mesmo que longe de casa, e toda a

    dificuldade, sempre me fizeram acreditar que o melhor est sempre para acontecer!!

    Agradeo a meu namorado e grande amigo Felipe Manzano, por todo apoio

    estrutural e emocional durante a graduao, inclusive durante a elaborao do TCC,

    e por todos estes anos que compartilhamos tantas experincias de vida juntos.

    Agradeo a minha sogra Maura Manzano, por ter me ajudado nesta jornada eter me acompanhado as pesquisas de campo.

    Ao professor, orientador e coordenador Carlos Cappelini, no qual me passou

    muitos ensinamentos, principalmente de profissionalismo e dedicao por aquilo que

    faz, e por sua orientao neste trabalho, que muito me ajudou.

    Agradeo tambm a todos os professores nos quais tive convivncia todos

    estes anos, por todo ensinamento, pacincia, e cooperao.

    Aos amigos que fiz aqui em Florianpolis nestes ltimos oito anos e naFaculdade nestes quatro anos, nos quais compartilhei momentos, idias, novidades,

    felicidades e tristezas, tudo inesquecvel na minha memria.

    Enfim, obrigado a tudo e a todos, que colaboraram durante esses anos para a

    minha formao acadmica e que de alguma forma contriburam para a

    concretizao deste trabalho, que ser de extrema importncia para a minha

    formao acadmica e profissional. Os meus sinceros agradecimentos, obrigada!

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    7/99

    6

    RESUMO

    SILVA, Gabriela Gonalves da.Anlise da infraestrutura nutica de

    Florianpolis. Florianpolis, 2012. 99 p. Relatrio de Estgio Supervisionado/TCCdo Curso de Turismo das Faculdades Integradas ASSESC, 2012.

    Este trabalho tem como objetivo principal a anlise da infraestrutura nutica deFlorianpolis. A abordagem inicial do trabalho sobre a Oferta e Demanda doTurismo, seguido da importncia dos Transportes Tursticos. No estudo mostradaa situao do Turismo Nutico no Brasil e no Mundo, a caracterizao dasegmentao do Turismo Nutico, e tambm abordado o perfil do Turista Nutico.Para melhor entendimento da infraestrutura Nutica de Florianpolis, a pesquisamostra a falta de infraestrutura de hoje e o que precisa ser melhorado para o

    desenvolvimento do setor. A pesquisa de carter exploratrio, e abordagemqualitativa, utilizam-se tcnicas de pesquisa, como a pesquisa de campo, e pesquisabibliogrfica. Dentro do trabalho proposto foi identificada a necessidade de mapearas marinas da regio de Florianpolis, a fim de entender melhor a infraestruturadisponvel do setor. Concluiu-se que necessrio maior desenvolvimento no setor einvestimentos na infraestrutura, para a proposio de projetos de roteiros nuticos,desenvolvendo o Turismo Nutico de Florianpolis.

    Palavras Chave: Turismo Nutico. Infraestrutura. Desenvolvimento.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    8/99

    7

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1Mapeamento da garagem nutica Ribeiro da Ilha .................................. 44

    Figura 2 - Mapeamento do trapiche da Beira Mar Norte, Iate Club de

    Santa Catarina Veleiros da Ilha(Centro), garagens nuticas da Lagoa da

    Conceio, molhe e garagens nuticas da Barra da Lagoa. ..................................... 44

    Figura 3Mapeamento das garagens nuticas e Iate Club do norte da ilha. .......... 45

    Figura 4 - Marina da Conceio ................................................................................ 46

    Figura 5Sistema de Coleta de gua e resduos da Marina da Conceio ............. 48

    Figura 6 - Marina da Conceio sistema de reaproveitamento de gua .................. 49

    Figura 7 - Rampa da Marina Ponta da Areia ............................................................ 50Figura 8 - Restaurante Fedoca e Marina Ponta da Areia .......................................... 52

    Figura 9 - Marina Verde Mar ..................................................................................... 53

    Figura 10 - Restaurante Sushi Roots, que est dentro da Marina Verde Mar ........... 54

    Figura 11 - Sistema de lavagem de coleta de resduos e gua da

    Marina Verde Mar. ..................................................................................................... 56

    Figura 12 - Estao Nutica Nenm ........................................................................ 57

    Figura 13 - Trapiche da Marina Barra da Lagoa. ....................................................... 58Figura 14 - Garagem Nutica Ribeiro da Ilha .......................................................... 60

    Figura 15 - Marina Costo ......................................................................................... 62

    Figura 16 - Restaurante Brunidores da Marina Costo ............................................. 63

    Figura 17 - Piscina com fluxo de gua salgada, onde cultivado, lagostas,

    vieiras, siris, para o cliente escolher e consumir. ...................................................... 64

    Figura 18 - Trapiche em Jurer localizado em frente ao Iate Club ............................ 66

    Figura 19 - Marina Marina ......................................................................................... 67Figura 20 - Trapiche na prainha de Sambaqui .......................................................... 68

    Figura 21 - Posto de Combustvel da Marina Guar ................................................. 71

    Figura 22 - Marina Santo Antnio .............................................................................. 72

    Figura 23 -Marina Recanto da Lagoa. ....................................................................... 73

    Figura 24 - Reciclagem da Marina Recanto da Lagoa .............................................. 75

    Figura 25 - Local onde se lavas as embarcaes e trata agua separando os

    resduos,e leo. ......................................................................................................... 75

    Figura 26 - Marina Blue Fox ...................................................................................... 76

    Figura 27 - Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha .......................................... 78

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    9/99

    8

    Figura 28 - Veleiros utilizados por paraolmpicos ...................................................... 80

    Figura 29 - Banheiro para pessoas com mobilidade reduzida................................... 81

    Figura 30 - Piscina e rea social do Iate Club de Santa Catarina Veleiros da

    Ilha (Centro) .............................................................................................................. 82

    Figura 31 - Marina Ponta Norte ................................................................................. 83

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    10/99

    9

    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................................... 11

    1.1 DELIMITAO DO TEMA ................................................................................... 121.1.1 Problema ......................................................................................................... 12

    1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12

    1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................. 12

    1.2.2 Objetivos Especficos.................................................................................... 12

    1.3 RELEVNCIA E JUSTIFICATIVA ....................................................................... 13

    1.4 ORGANIZAO DOS CAPTULOS .................................................................... 13

    2 ESTGIO DE PESQUISA...................................................................................... 152.1 METODOLOGIAS DA PESQUISA ...................................................................... 15

    2.2 PESQUISAS QUANTO AOS OBJETIVOS .......................................................... 15

    2.3 QUANTO ABORDAGEM ................................................................................. 16

    2.4 QUANTO S TCNICAS .................................................................................... 16

    3 FUNDAMENTAO TERICA............................................................................. 18

    3.1 CONCEITOS DE TURISMO E SEUS ASPECTOS ............................................. 18

    3.2 MERCADO TURSTICO ...................................................................................... 193.2.1 Segmentao do Mercado do Turismo......................................................... 20

    3.2.2 Oferta do Turismo .......................................................................................... 22

    3.2.3 Demanda do Turismo..................................................................................... 23

    3.3 Transportes Tursticos...................................................................................... 24

    3.3.1 Modal Ferrovirio ........................................................................................... 25

    3.3.2 Modal Rodovirio ........................................................................................... 27

    3.3.3 Modal Areo.................................................................................................... 28

    3.3.4 Modal Nutico, Martimo, fluvial e lacustre.................................................. 30

    3.4 A histria do Turismo Nutico no Brasil e no Mundo ........................................... 31

    3.4.1 Caracterizao do Segmento do Turismo Nutico...................................... 34

    3.4.2 O perfil do turista nutico.............................................................................. 36

    3.4.3 Infraestrutura para o Turismo Nutico......................................................... 38

    4 DISCUSSO E RESULTADOS............................................................................. 43

    4.1 MAPEAR A INFRAESTRUTURA NUTICA DE FLORIANPOLIS .................... 43

    4.2 CARACTERIZAO DAS MARINAS DE FLORIANPOLIS .............................. 45

    4.2.1 Marina da Conceio...................................................................................... 45

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    11/99

    10

    4.2.2 Marina Ponta da Areia (Fedoca).................................................................... 49

    4.2.3 Marina Verde Mar ........................................................................................... 52

    4.2.4 Estao Nutica Nenm................................................................................. 56

    4.2.5 Marina Barra da Lagoa................................................................................... 58

    4.2.6 Garagem Nutica Ribeiro da Ilha................................................................ 59

    4.2.7 Marina do Costo ........................................................................................... 61

    4.2.8 Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha ( sede ocenica /Jurer)..... 64

    4.2.9 Marina Marina ................................................................................................. 67

    4.2.10 Marina Guar ................................................................................................ 69

    4.2.11 Marina Santo Antonio.................................................................................. 71

    4.2.12 Marina Recanto da Lagoa............................................................................ 734.2.13 Marina Blue Fox............................................................................................ 76

    4.2.14 Iate Club de Santa Catarina Veleiros da Ilha (sede central)...................... 78

    4.2.15 Marina Ponta Norte....................................................................................... 82

    4.2.16 Marina Fortaleza e Marina Itaguau............................................................ 84

    4.3 ANLISE DA SITUAO DA INFRAESTRUTURA NUTICA DE

    FLORIANPOLIS ..................................................................................................... 84

    5 CONSIDERAES FINAIS................................................................................... 88REFERNCIAS......................................................................................................... 89

    ANEXOS ................................................................................................................... 90

    ANEXO A - MINISTRIO DO TURISMO - INVENTRIO DA OFERTA

    TURSTICA CATEGORIA B6 SERVIOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER......... 91

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    12/99

    11

    1 INTRODUO

    O Turismo vem crescendo e se desenvolvendo em Florianpolis, e abrindo

    campo para novas ramificaes no setor. Em um determinado local, dependendo da

    estrutura e do que oferecem, em termos de ambiente, infraestrutura, pontos

    tursticos, essa determinada regio pode se desenvolver em vrios segmentos do

    Turismo.

    Florianpolis uma ilha com grande potencial nutico, cercada de belas

    praias, onde o turismo intenso no vero. As praias so boas tanto para a prtica de

    esportes, como surf, kite-surf, e Wind-surf, como tambm as praias de pouca

    corrente, e mar parado, indicado para outros tipos de atividades nuticas, comovelejar, jet-ski, lanchas, entre outros.

    Esportes nuticos so praticados ao longo da ilha, uma regio de polo

    promissor no setor, devido a sua rota no meio de outros polos nuticos e todo o seu

    potencial de beleza, natureza.

    Existem muitos turistas interessados em comprar barcos na regio, para

    retornar nas frias e velejar com a famlia, como tambm esportistas nuticos,

    velejadores do mundo todo, que colocam Florianpolis em sua rota, bem comoturistas com maior poder aquisitivo que chegam com suas lanchas e iates.

    Em vista de todo este potencial que apresentado, em Florianpolis, e que se

    mostra favorvel a investimentos na infraestrutura, que se prope o mapeamento

    da regio, verificando todas as instalaes, como marinas e garagens nuticas,

    trapiches, per, molhes, atuando com pesquisa de campo nestes locais, atravs do

    inventrio da oferta turstica de servios e equipamentos de lazer, coletando dados

    para entender um pouco mais sobre a infraestrutura nutica, o que pode sermelhorado, e o que falta para atingir o objetivo de desenvolver esse segmento do

    Turismo.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    13/99

    12

    1.1DELIMITAODOTEMA

    A anlise da infraestrutura Nutica, leva em considerao as tcnicas de

    pesquisa, e avalia se existe infraestrutura nutica necessria, para o

    desenvolvimento do Turismo. Propondo melhorias e crescimento no setor para

    difundir o Turismo Nutico de Florianpolis.

    1.1.1 Problema

    Viabilizar projetos de infraestrutura ao redor do municpio de Florianpolis,

    criar roteiros tursticos nuticos, incluindo uma srie de equipamentos de lazer,necessrios para o desenvolvimento do setor nutico. Acreditando nisso pretende-

    se chegar a um objetivo que o desenvolvimento do Turismo Nutico.

    O problema em questo : Se no houver investimentos do poder pblico e

    privado junto com a iniciativa dos profissionais da rea nutica da regio, para

    melhorar a infraestrutura nutica local, com todas as licenas necessrias liberadas,

    entrando em comum acordo sobre a preservao da fauna e do meio ambiente, com

    polticas sustentveis para o setor nutico, como e de que forma o Turismo Nuticoser desenvolvido na regio?

    1.2OBJETIVOS

    Neste sub-captulo sero apresentados os objetivos gerais e especficos.

    1.2.1 Objetivo Geral

    Analisar a infraestrutura nutica de Florianpolis, Santa Catarina.

    1.2.2 Objetivos Especficos

    a) Identificar o perfil do turista nutico;

    b) Mapear a infraestrutura nutica disponvel em Florianpolis;

    c) Inventariar as garagens nuticas de Florianpolis.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    14/99

    13

    1.3RELEVNCIAEJUSTIFICATIVA

    Este estudo de grande relevncia para o setor turstico, pois um novo

    segmento em questo. Florianpolis um polo promissor para o Turismo Nutico,

    tendo em vista a sua geografia, belas praias, e a demanda de servios do setor.

    A pesquisa chama a ateno para uma atividade turstica que gera muitos

    benefcios econmicos para a regio, assim como trabalho direto e indireto, e

    formao de novos profissionais, interessados no setor.

    So tantas as vantagens para o Turismo de Florianpolis desenvolver o

    Turismo Nutico que no compreensvel que rgos competentes ainda no

    tenham se engajado nesta oportunidade.Outro fato que mostra o quanto importante o fundamento desta pesquisa o

    interesse em garagens nuticas transformarem-se em marinas, devido demanda

    que cresce a cada ano, por impulso de seus clientes e associados, que adquirem

    novos barcos a cada ano, isso mostra o crescimento, e que sem infraestrutura se

    torna difcil, estes turistas e velejadores se deslocarem a Florianpolis.

    1.4ORGANIZAODOSCAPTULOS

    A fim de atingir os objetivos propostos, a pesquisa est estruturada em cinco

    captulos, nos quais sero descritos a seguir.

    O captulo um refere-se a introduo do trabalho, a delimitao do tema,

    assim como a definio do problema em questo no trabalho, a relevncia para

    realizar a pesquisa e suas justificativas, e os objetivos, geral e especfico, que

    mostram qual melhor caminho percorrer para alcana-lo.O captulo dois trata-se da metodologia usada e aplicada para a realizao da

    pesquisa, o tipo de abordagem e o mtodo utilizado no trabalho.

    O captulo trs reserva-se apenas para a fundamentao terica, que

    desenvolvido atravs de pesquisas bibliogrficas, que resultam no embasamento da

    pesquisa. Foi abordado, o conceito do Turismo e seus aspectos, o mercado turstico,

    a segmentao do mercado do Turismo, a oferta e demanda do turismo, salientando

    a importncia dos transportes no Turismo e suas divises, a histria do Turismo

    Nutico no Brasil e no Mundo, a caracterizao do segmento do Turismo Nutico, o

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    15/99

    14

    perfil do turista nutico, e por fim d incio a infraestrutura nutica de Florianpolis

    que a fundamentao para a pesquisa desenvolvida.

    O captulo quatro onde comea a discusso e so apresentados os

    resultados obtidos com a pesquisa, mostrado o mapeamento de toda a

    infraestrutura nutica de Florianpolis, e a caracterizao de Marinas e garagens

    nuticas do municpio, que foram pesquisadas uma por uma, para obter melhor

    concluso das instalaes e do que oferecido atualmente. Por fim uma anlise da

    situao da infraestrutura de Florianpolis, de tudo que foi observado e pesquisado.

    O captulo cinco se trata das consideraes finais, as concluses que foram

    tiradas com a pesquisa de campo em relao infraestrutura nutica e suas

    instalaes, atingindo os objetivos propostos no trabalho.Por fim, apresentam-se as referncias utilizadas ao longo do trabalho e os

    anexos que foram utilizados para elaborao e desenvolvimento da pesquisa.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    16/99

    15

    2 ESTGIO DE PESQUISA

    A pesquisa tem como objetivo caracterizar a infraestrutura nutica de

    Florianpolis e, para tanto, a acadmica mapeou por meio de visitas in-loco a

    infraestrutura nutica disponvel no municpio de Florianpolis, com nfase nos

    trapiches pblicos, molhe e garagens nuticas. Estas ltimas foram inventariadas

    utilizando o modelo de inventrio da oferta turstica, categoria B6, relativo aos

    servios e equipamentos de lazer, elaborado pelo Ministrio do Turismo Mtur (ver

    anexo 01).

    Para a inventariao das garagens nuticas, foram visitadas todas as marinas

    da regio de Florianpolis e o inventrio foi respondido pelos proprietrios, gerentesdas marinas e/ou marinheiros encarregados. A visita tcnica pelas marinas

    promoveu uma viso ampliada do ambiente nutico, instalaes disponveis e o

    potencial do setor nutico.

    A abordagem utilizada para a realizao da entrevista nas garagens nuticas

    deu-se por meio de contato direto por meio do qual se informou as pessoas

    encarregadas das marinas, sobre o objetivo e a finalidade da pesquisa.

    2.1METODOLOGIASDAPESQUISA

    A presente pesquisa utilizou-se do mtodo indutivo, como mtodo de

    pesquisa. Esse mtodo parte da anlise dos conhecimentos particulares para chegar

    a um conhecimento geral que vai originar uma concluso. O mtodo indutivo, muito

    utilizado na cincia, ajuda a alcanar grandes descobertas, por este modo de

    raciocnio (FACHIN, 2006).

    2.2PESQUISASQUANTOAOSOBJETIVOS

    Quanto aos objetivos a pesquisa se caracteriza como uma pesquisa

    exploratria. Esse tipo de pesquisa apresenta menor rigidez no planejamento, ela

    realizada quando o tema pouco explorado, se torna difcil fazer hipteses sobre o

    tema, levantamentos bibliogrficos, tcnicas quantitativas de coleta de dados so

    aplicadas neste tipo de pesquisa (GIL, 2008).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    17/99

    16

    2.3QUANTOABORDAGEM

    A abordagem qualitativa inicia com a qualificao da informao e se baseia

    em critrios de qualidade para ser considerado de modo qualitativo. utilizado por

    meio de descrio analtica e no de medidas ou nmeros (FACHIN, 2006).

    2.4QUANTOSTCNICAS

    Foram utilizados, na coleta de dados da presente pesquisa, a pesquisa de

    campo e a pesquisa bibliogrfica.

    A Pesquisa Bibliogrfica o processo de pesquisa e aprendizagem queocupa destaque entre as outras pesquisas, por ser a melhor e maior fonte de

    conhecimento sobre qualquer tipo de assunto, um conjunto de informaes de

    diversas linhas de pensamento, do que se limita a pesquisar, que esto reunidos em

    s um lugar (FACHIN, 2006).

    O levantamento bibliogrfico e a parte com que se pesquisam todos os livros

    que iro ser estudados para o levantamento da pesquisa, livros didticos; livros de

    informaes cientficas; livros de referncias; relatrios, entre outros materiaisbibliogrficos que so utilizados para o fundamento da pesquisa (FACHIN, 2006).

    Esta tcnica foi utilizada para o desenvolvimento de toda a fundamentao

    terica da pesquisa. Quanto pesquisa de campo aquela utilizada com o objetivo

    de adquirir resposta para o problema que se deseja solucionar (MARCONI, 2002;

    LAKATOS, 2002)

    A pesquisa de campo inicia com a pesquisa bibliogrfica colhendo

    informaes, depois definida a tcnica que ser utilizada para a coleta de dados,depois as tcnicas de registro, por fim definir objetivos, metodologia aplicada,

    correlacionar pesquisa e o universo de seus componentes, estabelecer grupos

    experimentais e de controle, introduzir os estmulos, controlar e medir os efeitos.

    (MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002).

    A pesquisa de campo quantitativo-descritiva foi utilizada nesta pesquisa e

    consiste em:

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    18/99

    17

    Investigaes de pesquisa emprica, cuja finalidade o delineamento ouanlise das caractersticas de fatos ou fenmenos, a avaliao deprogramas, ou o isolamento de variveis principais ou chave [...](MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002, p. 84).

    So utilizados diversos tipos de tcnicas, entrevistas, questionrios,

    formulrios (MARCONI, 2002; LAKATOS, 2002).

    Durante a pesquisa de campo foi realizada a inventariao das garagens

    nuticas de Florianpolis e, para tanto, utilizou-se o modelo de inventrio da oferta

    turstica elaborado pelo Ministrio do Turismo (Ver anexo 01).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    19/99

    18

    3 FUNDAMENTAO TERICA

    Neste captulo, ser exposto o conceito de Turismo e suas caractersticas,

    assim como o mercado turstico, mostrando como essencial e faz diferena na

    atividade a segmentao do mercado e a importncia da demanda e oferta para o

    setor do turismo e os transportes.

    3.1CONCEITOSDETURISMOESEUSASPECTOS

    O Turismo foi definido em 1942 pelos professores suos Hinziker e Krapf,

    como: A soma dos fenmenos e das relaes resultantes da viagem e dapermanncia de no residentes, na medida em que no leva residncia

    permanente e no est relacionada a nenhuma atividade remuneratria. (BENI,

    2003, p.).

    Est definio foi reconhecida por organizaes internacionais e mostra que o

    turismo tem vrios segmentos e reas, que centralizados resultam em um mesmo

    objetivo, o turista. Existem muitas definies do Turismo de diversos autores, porm,

    muitos deles consideram difcil encontrar uma definio completa e precisa para oTurismo, por isso ele analisado parcialmente. importante compreender alguns

    aspectos isolados para entender o fenmeno do Turismo:

    a) Viagem ou deslocamento: deslocamento essencial para o Turismo. O

    termo tour como utilizado, de origem francesa, significa movimento

    circular; deslocamento de ida e de volta. No existe turismo sem

    deslocamento (BENI, 2003).

    b) Permanncia fora do domiclio: Estritamente vinculado viagem, oelemento de permanncia fora da prpria residncia habitual parte

    integrante do conceito de Turismo (BENI, 2003, p. 38). A permanncia no

    local define vrios aspectos como fluxo, qual equipamento receptivo ser

    utilizado no perodo da estada, quanto gasto no perodo de permanncia

    no local, e interligada com outros pontos como a compreenso do

    trfego turstico (BENI,2003).

    c) Temporalidade: o turista que viaja para conhecer o local e termina

    fixando residncia na localidade, o chamado imigrante.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    20/99

    19

    d) Objeto do Turismo: o que o turismo proporciona com os equipamentos

    receptivos, produzindo, e distribuindo bens e servios tursticos atendendo

    as necessidades dos Turistas (BENI, 2003).

    O Turismo segundo Beni (2003, p. 39), tem caractersticas importantes que

    ajudam a:

    -Promover a difuso de informao sobre uma determinada regio oulocalidade, seus valores naturais, culturais e sociais;-Abrir novas perspectivas sociais como resultado do desenvolvimentoeconmico e cultural da regio;Integrar socialmente, incrementar (em determinados casos) a conscincianacional;-Desenvolver a criatividade em vrios campos;-Promover o sentimento de liberdade mediante a abertura ao mundo,estabelecendo ou estendendo os contatos culturais, estimulando o interesse

    pelas viagens tursticas.

    Porm, o turismo tambm pode provocar danos ao meio visitado como:

    degradao e destruio dos recursos naturais; perda da autenticidade da cultura

    local, entre outros aspectos negativos que se do com o desenvolvimento da

    atividade turstica (BENI, 2003).

    3.2MERCADOTURSTICO

    Chamamos mercado turstico a integrao da demanda e da oferta de

    produtos relacionados com a execuo e operacionalizao das atividades que

    envolvem bens e servios de viagens e afins (LAGE et al., 2000, p. 29).

    Define-se o mercado do Turismo como um quase monoplio, como citado por

    Beni (2003), por ter uma oferta variada de produtos, com diversos preos, em

    diferentes escalas de tipos de servios e no qual existe mercado para todos os

    setores. O que um hotel oferece o outro apresenta de outra forma, com outro servio

    e valores diferenciados, operadoras de turismo vendem roteiros tursticos para um

    mesmo destino, porm com detalhes diferentes, nunca oferecero o mesmo roteiro

    ou pacote. O Turista poder escolher uma pousada melhor e estar disposto a pagar

    mais por ela, ou procurar por preos mais acessveis, e que tenha maior valor

    agregado. Mas se os valores subirem muito, o turista deixa de lado a sua vontade e

    fica com a pousada de valor mais baixo rapidamente. Exemplo: duas pousadas; uma

    com caf da manh, ar-condicionado, frigobar, vista pro mar hidromassagem e camabox. A segunda tem tudo que a primeira oferece menos vista para o mar e a

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    21/99

    20

    hidromassagem, por esse fator, o preo da segunda pousada ser menor que o da

    primeira pousada, tendo pblico para os dois tipos de servios e valores, podendo

    ser concorrentes, ou no em diferentes pocas do ano (BENI, 2003).

    O mercado monopolstico caracteriza a situao de grandes hotis, grandes

    agncias, bem como grandes cias areas, que se unem e trabalham em parceria,

    criando o monoplio. As companhias areas internacionais ilustram o mercado

    oligopolstico no Turismo pela diminuio de preo mesmo com adversidades como

    a inflao, concorrncia do mercado, entre outros fatores (BENI, 2003).

    O equilbrio da oferta e da demanda acontece quando a uma interao entre

    os dois preos, tanto oferta, quanto demanda se encontram o que resulta em um

    equilbrio de mercado (LAGE etal., 2000).Os bens e servios so complementares quando passam a ser consumidos

    com outros produtos, a exemplo de pacotes de viagens, que inclui uma srie de

    servios, de passagem, hospedagem e alimentao, entre outros (LAGE et al, 2000).

    3.2.1 Segmentao do Mercado do Turismo

    Segundo Keith Deiton (apudANSARAH, 1999,p. 13) Se uma pessoa entrarem um ramo de negcios tendo como nico objetivo juntar dinheiro grande as

    chances de que no conseguir. Mas se colocar os servios e a qualidade em

    primeiro lugar, o dinheiro cuidar de si mesmo.

    A segmentao do mercado traz grandes benefcios para o conhecimento do

    Turismo, com a segmentao fica mais fcil de estudar o mercado turstico em

    partes homogneas, essa segmentao possibilita entender os tipos de transportes,

    destinos geogrficos, posio demogrfica, nvel econmico e renda dos turistas,

    escolaridade, estado civil, e qual estilo de vida destes turistas. A motivao deste

    turista para viajar o principal meio de segmentar o mercado, o viajante tem

    algumas opes como; turismo de descanso, cultural, gastronmico, de negcios,

    eventos, congressos, feiras, sade, entre outros. As vantagens de segmentar um

    mercado sem dvida, so inmeras, a promoo do maior nmero de pesquisas

    cientficas e o aumento da concorrncia de mercado so algumas delas (BENI,

    2003).

    A segmentao, tambm mostra a estruturao do mercado turstico que

    separado em oferta, equipamentos, bens e servios ofertados, e demanda que

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    22/99

    21

    consiste na procura do que est sendo oferecido ou at de outro produto

    dependendo da necessidade de cada turista (BENI, 2003).

    A concorrncia um ponto de grande importncia na segmentao do

    mercado, com ela se pode verificar o nicho, e o que um determinado tipo de clientela

    busca, desta forma pode-se adequar os produtos tursticos a um determinado tipo de

    cliente. (Ansarah, 1999).

    Existem algumas formas e critrios de segmentao do mercado:

    a) Geogrfica; socioeconmica; demogrfica; padres de consumo;

    benefcios procurados; estilo de vida; personalidade; caracterizao

    econmica;

    b) Idade; Nvel de renda; Meios de transporte; Durao e permanncia;Distncia do mercado consumidor; Tipo de grupo; Sentido do fluxo turstico;

    Condio geogrfica da destinao turstica; Aspecto Cultural;

    c) Por afluncias: De descanso, prazer ou frias; desportivas; de negcios e

    compras; de convenes, congressos, similares; gastronmicas, de sade

    ou mdico teraputicas, cientficas, culturais, religiosas, de aventura,

    ecolgicas, rurais. (ANSARAH, 1999).

    A segmentao de mercado varia de empresa para empresa, e o tipo deproduto que esta sendo comercializado, depende tambm do tipo de turista ou

    pblico que se quer alcanar (ANSARAH, 1999).

    Segundo Lage (2000) existem duas questes bsicas para cada produto

    turstico:

    a) Quem pode proporcionar isso? Ou seja, quem pode ter recursos para isso?

    b) A quem isso pode interessar? (Segmentao...).

    Para Ansarah (1999, p. 31):

    A segmentao uma estratgia de marketing usada pela administrao debens e servios. O turismo inclui-se no setor econmico de bens e servios,assim as aes que devem ser usadas no marketing turstico sodeterminadas pelas caractersticas do produto.

    A segmentao do mercado ir determinar o pblico-alvo, como foco e

    objetivo de estudo do marketing, quanto mais conhecimento pelo mercado, melhor

    as tcnicas aplicadas promoo, publicidade, relaes pblicas, vendas, entre outrasfacilitam no processo (LAGE et al., 2000).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    23/99

    22

    Muitos fatores negativos so apontados na segmentao que so: os gastos

    de uma viagem falta de tempo, limitaes fsicas, o estado familiar, e a falta de

    interesse, porm, por outro lado, muitos so os aspectos positivos, que influenciam e

    estimulam ainda mais o turismo, e o fazem crescer (LAGE et al., 2000).

    3.2.2 Oferta do Turismo

    De acordo com Beni (2003, p. 159), a oferta :

    O conjunto de equipamentos, bens e servios de alojamento, dealimentao, de recreao e lazer, de carter artstico, cultural, social ou de

    outros tipos, capaz de atrair e assentar em uma determinada regio, duranteum perodo determinado de tempo, um pblico visitante.

    A oferta a quantidade de bens e servios que os produtores vendem por um

    determinado preo e tempo, todos os produtos que esto disposio dos turistas

    no mercado como restaurantes, hotel, agncias, navios, carros de aluguel, pacotes

    tursticos, so exemplos de bens e servios e fazem parte da oferta (LAGE et al.,

    2000).

    Oferta tudo aquilo que a natureza oferece praia, mar, unida com a partecultural, e os servios que so oferecidos, formando a oferta como um todo. A oferta

    responsvel pela zona receptora e emissora, e constituda por diversos tipos de

    produtos, e no um s determinado tipo (BENI, 2003).

    A oferta est dividida em 2 grupos, o primeiro da oferta original, que a

    matria-prima na qual realiza, o processo de produo no turismo , e o segundo

    constitui a oferta turstica agregada que responsvel pelas prestadoras de servios

    das empresas tursticas.Oferta turstica agregada ou oferta turstica derivada representa os

    transportes, que so parte essencial da oferta, alojamentos, lazer, agncias de

    viagens, porm o consumo destes produtos realizado em conjunto, em momentos

    diferentes, devido a isso, o produto turstico s pode ser consumido no momento.

    (BENI, 2003).

    Algumas caractersticas da Demanda e Oferta so:

    a) Demanda- Concentrada no tempo- Concentrada no espao

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    24/99

    23

    - Instvel- Elsticab) Oferta- Perodo de inatividade forada- Subemprego dos fatores de produo

    - Instalaes no de todo utilizadas- Estrutura financeira rgida- Muitas taxas fixas (BENI, 2003, p. 164).

    3.2.3 Demanda do Turismo

    A demanda ou procura turstica como tambm chamada pode ser verificada

    de muitas formas, como o nmero de turistas que chegam a um destino, o nmero

    de hotis ocupados, o nmero de passageiros areos que chegam a uma localidade

    entre outros nmeros apontados pelo turismo(LAGES et al., 2000).

    O deslocamento dos turistas com a finalidade do turismo demandam alguns

    tipos de servios, como os transportes, dependendo da rapidez com que se quer

    chegar ao destino, o turista pode ser transportado por via area, mais rpido, ou

    terrestre e martimo, que requer, mais tempo de viagem e percurso. A demanda

    existe de acordo com as necessidades do turista naquela viagem, para se hospedar,

    necessrio o transporte at o hotel ou pousada, assim quando a necessidade for

    de alimentao, lazer, a demanda ser restaurantes, praias, clubes, passeios

    tursticos entre outros produtos tursticos ofertados em uma regio.

    A demanda em turismo diversificada, um complemento dos bens e dos

    servios, o estudo dela se d com as motivaes que levam os turistas a viajar, sair

    de frias, fazer turismo, desta forma pode-se analisar a demanda de forma

    sistemtica (BENI, 2003).

    A relao entre a quantidade demandada e o preo do produto turstico,chamada de curva da demanda, apresenta uma relao inversamenteproporcional, pois medida que os preos aumentam, os indivduos tendema consumir menos quantidade de bens e servios tursticos e vice-versa.(LAGES et al., 2000, p. 26).

    As frias na fazenda, a combinao avio/navio, o naturalismo, as frias self-

    service com a locao de casas, apartamentos ou chals, as viagens de jovens, o

    turismo da terceira idade, o turismo de aventura entre outros, so exemplos da

    diversificao e novas formas de expresso da demanda turstica. (BENI, 2003).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    25/99

    24

    Dentre os fatores que resultam na escolha do consumo de um determinado

    servio turstico esto:

    Os preos dos produtos tursticos, preos de outros produtos, renda dos

    consumidores, gastos e preferncias dos indivduos, propaganda (LAGES et al.,

    2000).

    Os principais fatores que interferem na demanda so [...] de ordem

    socioeconmica; psicolgica; especficos a cada destinao turstica; os que ligam

    pases emissores a pases receptores.(BENI, 200, p. 213).

    Para estudar melhor a demanda, existem vrios conceitos que esto

    interligados com ela:

    a) Visitantes: Indivduo que se desloca a um lugar distinto de seu entorno

    habitual, por um perodo de tempo inferior a doze meses e cuja finalidade

    principal da viagem no seja efetuar uma atividade remunerada no local

    visitado( OMT,1993);

    b) Entorno habitual: Corresponde aos limites geogrficos dentro dos quais o

    individuo se desloca na vida cotidiana, exceto por cio ou recreao.

    Entorno habitual no residncia, tendo em vista que o local de trabalho

    faz parte do entorno habitual e pode ser distinto do local de residncia;c) Classe de visitantes por durao de viagem: Turistas, Excursionistas, em

    Trnsito;

    Classe de visitantes por destino: Internacionais e Internos;

    d) Consumo Turstico: O quanto se gasto pelo turista , ou consumido

    durante sua permanncia no local visitado.

    Todos esses elementos ligados ao conceito de demanda interferem no

    desenvolvimento da atividade turstica e na atrao e atendimento da satisfao dademanda do Turismo.

    3.3 TRANSPORTES TURSTICOS

    Para haver um turismo de qualidade e bem desenvolvido, necessrio o

    desenvolvimento de um sistema de transporte turstico que atenda as necessidades

    dos turistas e dos prestadores de servio entre os ncleos emissores e receptores e

    dentro do ncleo receptor.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    26/99

    25

    O sistema de transporte turstico a estrutura composta por servios eequipamentos de um ou mais meios de transportes, necessrios aodeslocamento dos turistas e viajantes em geral entre ncleos emissores ereceptores e dentro dos mesmos. (PAOLILLO, 2001, p. 13).

    O transporte est agrupado em quatro modais: hidrovirio, ferrovirio,

    rodovirio e areo. O sistema dos transportes divide-se em trs elementos: a via, o

    terminal, o veculo e a fora motriz. As vias so divididas em artificial e natural, as

    artificiais so estradas e rodovias e as naturais so o mar, os rios e o ar. O terminal,

    o local onde se d o ponto de partida do transporte, at o ponto de chegada, pode

    ser a baldeao ou conexo do transporte ou do indivduo e geralmente um local

    com infraestrutura, lanchonete, banheiro, telefone pblico e segurana. A fora

    motriz junto aos tipos de vias e tipos de veculos que define a velocidade da

    unidade de transporte. Todos esses fatores integrados e trabalhados de forma

    sistemtica constroem o transporte turstico (PAOLILLO et al., 2002).

    importante falar sobre todos os modais, frisando a importncia de cada um,

    para mostrar a importncia do transporte no turismo.

    3.3.1 Modal Ferrovirio

    O transporte ferrovirio tem como principal elemento a ferrovia. constitudo

    por trilhos e outras partes necessrias para o funcionamento da mquina.

    Os elementos que constituem a ferrovia so segundo Paolillo et al. (2002,

    p.44):

    Carril: conjunto de dois trilhos de ao paralelos que assentaram sobredormentes de madeira, de concreto ou de ferro, que esto assentados

    sobre terreno de cascalho ou terraplanado que o lastro;Bitola: distncia entre as bordas internas da superfcie superior dos trilhos;Tronco: linha principal de uma ferrovia que pode ser composta por linhasduplas ou simples, singelas;Ramais: linhas secundrias que alimentam o tronco;Automotriz ou litorina: vago de passageiros com motor diesel ou eltrico;Passes ferrovirios: bilhetes de transporte ferrovirio comercializados juntoaos turistas, de vrios tipos, tendo sua validade definida em funo donmero de dias. Podem ser indivduos ou para grupos. Exemplos: Europasse Eurailpass (Europa), North America Rail Pass (Amrica do Norte) e JapanRail pass (Japo).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    27/99

    26

    As vantagens do transporte ferrovirio so:

    a) O trem pode transportar maior peso de passageiros e cargas em relao a

    um avio;

    b) No transporte ferrovirio transporta com tarifas reduzidas em relao aos

    outros transportes devido a capacidade maior de transporte;

    c) O trem um dos transportes mais seguros, alm do martimo, os acidentes

    que tiveram consequncia fatal so insignificantes comparados com

    estatsticas de outros transportes (TORRE, 2002).

    As desvantagens so:

    a) Equipamentos ferrovirios, pontes, tneis, e outras construes

    necessrias so de custo muito elevado;b) Em relao ao automvel o trem tem certa desvantagem pois o automvel

    deixa sua entrega na porta;

    c) E pela a velocidade do automvel que mais rpida que a do trem.

    (TORRE, 2002).

    Outros modais como o transporte areo e martimo so mais utilizados no

    turismo nacional e possuem uma oferta de produtos e equipamentos maior que o

    transporte ferrovirio. E por 96% da malha ferroviria brasileira ser de bitola estreita,o transporte ferrovirio no est dentro dos padres internacionais(PAOLILLO et al.,

    2002).

    O transporte ferrovirio tem despertado maior interesse para quem deseja um

    turismo de cenrios panormicos que se pode ser feito em locomotivas e maria-

    fumaa (PALHARES, 2002).

    Serra Gacha, no trem do vinho, o qual leva a uma colnia italiana onde

    pode-se degustar vinhos, champanhe, queijos, ter um maior contato com a cultura efolclore da regio (PAOLILLO et al., 2002).

    Em Santa Catarina uma Maria fumaa passa por Rio Negrinho, So Bento do

    Sul e Rio Natal. Os turistas nesta regio podem apreciar a cultura polonesa da

    regio. No Paran, o caminho percorrido de Curitiba a Paranagu e passa por

    Morretes, onde possvel desfrutar de uma comida tpica, o barreado, e ainda

    apreciar a vista da descida da Serra do Mar (PAOLILLO et al., 2002).

    J em Minas Gerais, em especfico So Joo Del Rey e Tiradentes, na regio

    do Barroco Mineiro, onde ainda existem as conhecidas Mariafumaas, encontram-

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    28/99

    27

    se as ltimas locomotivas a vapor. A viagem remete a um passeio pelas cidades

    histricas da regio (PAOLILLO et al., 2002).

    Por fim o trem do forr, em Pernambuco, vai de Recife a Caruaru, na poca

    do So Joo. chamado de Arrai mvele tem uma proposta diferente, ao longo

    do percurso, ao som da zabumba e da sanfona, os sanfoneiros colocam todos os

    passageiros pra danar forr, desfrutar a paisagem e conhecer pessoas de diversas

    partes do Brasil e do mundo (PAOLILLO et al., 2002).

    3.3.2 Modal Rodovirio

    O transporte rodovirio realizado atravs de carros particulares, nibus delinhas regulares e fretamentos, e servios de locao de carros. Os transportes

    coletivos rodovirios so divididos em regular e de fretamento, as linhas regulares

    esto separadas em urbano, suburbano, convencional, leito e executivo e a linha de

    fretamento em contnuo e eventual (PAOLILLO, 1990).

    O transporte rodovirio compreende grande parte da rede de transportes de

    uma cidade, ele interliga-se aos outros modais, e a primeira forma de transporte no

    segmento turstico (PALHARES, 2002).Nas linhas de nibus de operao regular ainda existem linhas municipais

    urbanas e rurais, de um municpio, linhas intermunicipais, que so as com mais de

    dois municpios, e linhas internacionais do Brasil para outros pases da Amrica

    Latina (PAOLILLO et al., 2002).

    Vantagens do transporte rodovirio:

    a) mais econmico comparado com os outros tipos de transporte;

    b) Trajeto cmodo e mais prazeroso;c) Pode haver mudana de itinerrio caso seja solicitado pelos turistas;

    d) Custos de salrio de funcionrios reduzidos, pois no h necessidade de

    muitos colaboradores (TORRE, 2002).

    Os nibus rodovirios esto classificados em:

    a) Convencional: 40 a 50 assentos,sanitrio, poltronas reclinveis e

    acabamento mais simples;

    b) Executivo: 30 a 40 assentos, sanitrio, ar-condicionado, poltronas

    reclinveis, servio de gua e caf self-service, disponvel travesseiro e

    cobertor;

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    29/99

    28

    c) Leito: de 25 a 35 leitos, um nmero mais reduzido do que os outros

    modelos, sanitrio, ar-condicionado, servio de gua e caf self-service, kit-

    lanche, poltronas reclinveis tipo cama, televiso e dvd (PAOLILLO et al.,

    2002).

    A classificao dos nibus de turismo diferente como as citadas logo a

    seguir:

    a) Standard: motorista, computador de bordo, poltronas reclinveis com

    descanso para os ps, sanitrio, guia de turismo, microfone;

    b) Luxo: Todos os quesitos que o standard possui, e comissria completa,

    geladeira, ar-condicionado, travesseiro;

    c) Superluxo: Possui todas as caractersticas dos outros modelos, alm depoltronas leito forradas com couro, cobertor, dvd, televiso, porta-copos,

    cafeteira, geladeira, micro-ondas, calefao e esterilizador de ar

    (PAOLILLO et al., 2002).

    Algumas empresas possuem a opo de intermodalidade entre nibus e avio

    como a transportadora Unio, Breda, Andorinha que fazem conexo na

    intermodalidade com a Gol Linhas Areas(PAOLILLO et al., 2002).

    3.3.3 Modal Areo

    Com o avano tecnolgico da Aviao, iniciou-se e desenvolveu-se um

    turismo de massa que possibilitava as pessoas viajar por longa distncia em um

    curto espao de tempo. A necessidade de se fazer negcio levou a um fluxo maior

    de viajantes e os turistas comearam a utilizar o transporte em voos regulares como

    tambm nos voos charter (fretados)(PAOLILLO et al., 2002).O transporte areo altamente regulamentado, representa desenvolvimento

    em vrios pases, desde a sua criao, as regulamentaes no econmicas, a

    segurana e infra-estrutura da aeronave, e a econmica constam os direitos de

    trfego que so as liberdades do ar (PALHARES, 2002).

    A aviao est dividida em militar e civil, a civil o lado da aviao comercial,

    das companhias areas, e a militar esto todas as outras modalidades da aviao. A

    IATA (Internacional Air Transport Association) foi responsvel por toda a

    padronizao da aviao civil desde a Segunda Guerra Mundial. Toda a linguagem

    utilizada na aviao, assim como cdigos de companhias areas e tarifao, foi

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    30/99

    29

    desenvolvida pela IATA. Toda a operao feita como o trfego e as

    regulamentaes de sobrevo so coordenadas pelas bases dos pases que esto

    dentro do que chamado as 5 liberdades do Ar, que foi criado em 1944 na

    Conveno de Chicago (OMT, 1995), que so:

    a) Primeira Liberdade Direito de sobrevoar o territrio de um determinado

    pas sem pousar;

    b) Segunda Liberdade Direito de efetuar paradas no territrio de um

    determinado pas, sem trfego;

    c) Terceira Liberdade Direito de transportar para um determinado pas,

    passageiro, cargas e correios de um determinado Pas e companhia area.

    d) Quarta Liberdade Direito de recolher, no territrio de um determinadopas, passageiro, carga e correio;

    e) Quinta Liberdade Direito de transportar nos dois sentidos, ida e volta,

    cargas, passageiros, de um pas para outro (PAOLILLO et al., 2002).

    Existem ainda mais 3 liberdades que surgiram aps a Conveno que so: a

    sexta, stima e oitava liberdade, que vo alm dos outros contratos que do mais

    direito as companhias areas e aos acordos de rotas, entre uma companhias area

    e outra, podendo transportar os passageiros para qualquer lugar, no qual os pasese companhias areas estejam acordados (PAOLILLO et al., 2002).

    Em 2000 com o processo de privatizao dos aeroportos, foi criada a Agncia

    Nacional de Aviao Civil - ANAC para gerenciar os aeroportos e todos os

    procedimentos implantados por ela, a serem bem executados, sob pena de leis e

    multas. Toda a regulamentao da aviao civil brasileira feita pelo ANAC-

    Agncia Nacional de Aviao Civil, e est no Regulamento Brasileiro da Aviao

    Civil (ANAC, 2012).As principais grandes companhias brasileiras hoje so: Gol Linhas Areas,

    Tam Linhas Areas, Azul Linhas Areas em parceria com a TRIP linhas areas,

    Webjet Linhas Areas.(ANAC, 2012).

    Devido a alguns fatores como: 11 de setembro, alta do dlar e crise argentina.

    Em virtude desta realidade algumas companhias areas comearam a adotar outras

    mtodos para atravessar a crise, surgindo assim um novo cenrio com a Gol Linhas

    Areas que inovou com o seu mtodo low cost, low fare, com tarifas baixas devido a

    reduo de gastos e servios a bordo, como alimentao por exemplo(PAOLILLO et

    al., 2002).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    31/99

    30

    3.3.4 Modal Nutico, Martimo, fluvial e lacustre

    Com a maior necessidade da intermodalidade nos dias de hoje, as empresas

    martimas comeam a se dedicar mais para o transporte de cargas e as companhias

    de navegao de passageiros se voltam para os cruzeiros martimos (PALHARES,

    2002).

    No entanto, da mesma forma que o transporte areo foi responsvel pelo

    declnio do transporte martimo, hoje o maior indutor, devido intermodalidade,

    dos pacotes air/sea(ar/mar). Na dcada de 70, muitos turistas foram atrados pelos

    pacotes de voo charter, e isso deu incio a abertura de novas empresas de Cruzeirosmartimos e lanamento de novos navios (PALHARES, 2002).

    O transporte fluvial completamente diferente do transporte martimo, isso

    pela profundidade dos rios e seus barcos suportam em mdia 20 passageiros. J os

    cruzeiros fluviais recebem em mdia, em suas embarcaes, de 6 a 100 passageiros

    dependendo da embarcao. No Brasil, nem todos os rios esto disponveis e

    possui uma topografia adequada, o Rio So Francisco, por exemplo, um rio de

    planalto, prejudicando toda a viabilidade de navegao, no caso do Amazonas, quepossue 23 mil km de guas navegveis, j operado cruzeiro por empresas como

    P&O (PALHARES, 2002).

    Os custos dos transportes so de grande importncia, pois determinam qual

    tipo de transporte ser escolhido pelo turista e o volume de trfego de uma rota

    utilizada por turistas (PAOLILLO et al., 2002).

    Os principais fatores que demonstram a importncia da navegao de

    cabotagem e a de longo curso para o Brasil so: a oferta de um longo litoral, assimcomo rios da bacia amaznica e os lagos, com uma grande e valiosa rede de

    navegao o que pode promover um crescimento acelerado a baixos custos

    (PELIZZER, 1978).

    As vantagens do transporte martimo so que sua via de transporte no tem

    limites e nem barreiras e, alm disso, pode-se navegar, de forma geral, para

    qualquer lugar do mundo. Alm de poder contar com uma estrutura de acomodao

    com alto grau de conforto, alimentao, entretenimento para diferentes idades,

    grupos de pessoas e temticas diversas (PAOLILLO et al., 2002).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    32/99

    31

    Uma das desvantagens do Transporte Nutico, sem dvida, a velocidade

    com que o navio se movimenta que mais devagar em relao ao transporte areo,

    por exemplo. O fator da localizao dos terminais, portos, marinas, serem distantes

    aos principais locais de emissores de turistas brasileiros tambm uma grande

    desvantagem deste transporte, mas esta distncia favoreceu os lugares que tinham

    vrios destinos tursticos prximos como Caribe, que domina o mercado de cruzeiros

    martimos e Mediterrneo que fica logo em seguida como um dos mais procurados

    (PAOLILLO et al., 2002).

    O transporte tem grande importncia no desenvolvimento socioeconnomico

    da regio. O sistema de transporte interfere no ambiente das comunidades

    receptoras gerando mudanas na localidade, aumento de empregos e salrios, enovas oportunidades de mercado, assim como desenvolve rapidamente o turismo

    local. Com o aumento da demanda, cresce a necessidade de melhorias nos

    transportes, e essa melhoria constante, no s nos transportes, mas na estrutura

    local, e na forma profissional com que os turistas so recebidos que vai trazer o

    crescimento do turismo em uma determinada comunidade (PAOLILLO et al., 2002).

    O transporte traz grande desenvolvimento para centros tursticos, porm

    provoca impactos negativos ao ambiente, quando mal posicionado e estruturado porquem o comanda. Esses impactos podem ser de vrias escalas: trafgo, rudos,

    poluio, danos vegetao, danos a recifes de corais, barreiras de corais,

    efluentes, desgaste do solo, entre outros (PAOLILLO et al., 2002).

    3.4 A HISTRIA DO TURISMO NUTICO NO BRASIL E NO MUNDO

    O conceito de viagens em navios foi desenvolvido a fim de conhecer vriosdestinos litorneos e surgiu no sculo XIX, no Reino Unido.

    Na dcada de 1890 a Orient Lines operava cruzeiros regulares no Caribe,no Mediterrneo e na Escandinvia. No incio do sculo XX, empresas comoa White Star Line (a mesma que operou o Titanic), P&O (Peninsular andOriental Steam Navigation Company), dentre outras, passaram a operarcruzeiros regulares.Na dcada de 1930 surgiram os navios luxuosos, alguns no estilo artdco,com infraestrutura mais confortvel, inclusive com cabines com vista para omar. Em 1938, o Normandie, at hoje considerado por muitos o mais belonavio j construdo, efetuou um cruzeiro de 22 dias. (PALHARES, 2002,

    p.235).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    33/99

    32

    Com o transporte das tropas de volta para a casa, aps a Segunda Guerra

    Mundial, o transporte martimo foi ativado e novamente foi restabelecida a ligao

    entre ndia e Austrlia. Em 1958 o transporte aquavirio entrou em colapso com o

    primeiro vo do Boeing 707, foram desaparecendo as linhas regulares aos poucos e

    depois, com a chegada do Boeing 747 em 1969, que era duas vezes mais rpido

    que o Boeing 707, as linhas foram encerradas.

    Havia uma dificuldade das empresas que operavam na poca, de entrar para

    o mercado de cruzeiros martimos, pois s havia mo-de-obra disponvel do prprio

    pas e era muito mais cara, assim como outros fatores que so poucos recursos para

    transformar navios de linhas regulares que tinham duas ou trs classes, em navios

    de cruzeiros que possuem apenas uma classe. Outro fato determinante que oturista de cruzeiro est procura de infraestrutura, lazer, boa alimentao, servios

    de boa qualidade, assim como atraes que possam existir no interior da

    embarcao, diferentemente do que disponibilizavam as linhas regulares (PAOLILLO

    et al., 2002).

    Com a oferta da aviao de viagens mais curtas e confortveis as rotas

    areas comearam a tomar conta do mercado de transportes rapidamente, fazendo

    com que as empresas de navegao repensassem seus negcios, visando arenovao, o foco e uma forte atuao no mercado (AMARAL, 2002)

    Em 1990, houve um marco causado pelos novos Super liners que tinham

    maior capacidade, alm de muitos outros benefcios para os turistas. O navio

    Sovereing of the Seas, da Royal Caribbean International, foi o mais cobiado e

    sensacional do tempo, e veio para inovar. Neste ano os navios foram melhorando

    suas capacidades e trazendo cada vez mais atividades, entretenimento e conforto

    aos hspedes (AMARAL, 2002).Contudo, o transporte areo que foi o precursor do declnio do transporte

    martimo tambm o principal responsvel pelo sucesso dos cruzeiros martimos

    atualmente (PELIEZZER, 1978).

    A Histria da navegao no Brasil comea em 15 de julho de 1833 quando o

    Senador Nicolau Pereira dos Santos Vergueiro, que trabalhou muito pelo

    desenvolvimento dos transportes nos Pas, anunciava um plano de criar no Pas

    uma grande empresa nacional de navegao a vapor (PELIEZZER, 1978).

    Em 1836 foi o incio da implantao da navegao costeira a vapor do Brasil.

    A lei n632 de 18 de setembro de 1851, oferecia uma srie de incentivos para os

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    34/99

    33

    empresrios que se propusessem explorar a pequena cabotagem de forma regular,

    empregando navios a vapor (PELIEZZER,1978, p. 91). Mas s por fim em 1873, foi

    criado a Companhia de Navegao a vapor, na qual a linha era Rio-Montevidu

    (PELIEZZER, 1978).

    O mercado nutico brasileiro teve como divisor de guas a data de 15 de

    agosto de 1995, quando foi aprovada a Emenda Constitucional n7, que autorizava a

    navegao de cabotagem nos portos do Pas por navios de bandeira estrangeira.

    Alguns cruzeiros que eram realizados na poca eram feitos pela Agaxtur em parceria

    com empresa italiana Costa Cruzeiros, a Agaxtur fretava navios do inverno europeu,

    foi a pioneira neste sentido. Com a nova legislao, o aumento de cruzeiros ano

    aps ano desde 1997, s cresceu, e o aumento foi de quase 110% at 2002(PALHARES, 2002).

    O turismo fluvial no Brasil, devido a topografia do Pas, e da opo de

    gerao de energia eltrica por meio de hidroeltricas, faz com que grande parte dos

    rios fiquem inadequados para a navegao. Porm o Rio Amazonas com 23 mil km

    de vias navegveis, junto com toda a hidrografia da floresta amaznica so os que

    oferecem mais opes para turismo fluvial. Algumas empreas como P&O e a Enasa

    oferecem cruzeiros para o Amazonas. A P&O parte de Barbados no Caribe(PALHARES, 2002).

    O Brasil um dos destinos com maior potencial para o desenvolvimento do

    turismo nutico do mundo, pois possui 8.500 mil km de costa banhados pelo

    Oceano, 35.000km de vias internas navegveis, arquiplagos, ilhas, boas condies

    de navegao ao longo do litoral e sem fenmenos naturais como terremotos,

    maremotos, possuem margens de reservatrios de gua doce, como hidroeltricas,

    lagos e lagoas, mangues, alm de ter o clima ameno e favorvel para a prtica danavegao e turismo nutico (HRDLICKA, et al.,2005). .

    Durante anos, o Brasil simplesmente se manteve a margem das rotas de

    navegao dos milhares de turistas e velejadores que passeiam com seus barcos

    pelo mundo, devido ligao entre a licena de permanncia do barco em guas

    nacionais e o visto do turista/proprietrio da embarcao. Situao que comeou a

    mudar a partir de setembro de 2006 (BRAZILTOUR, 2012).

    Como consequncia desta ao, a cada ano vem crescendo o nmero de

    barcos estrangeiros a circularem por guas brasileiras. Muitos atrados pelo poder

    da divulgao boca-a-boca, onde as belezas naturais existentes ao longo do litoral,

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    35/99

    34

    a navegao tranquila e o fim da lei que inibia a vinda dos turistas para o Brasil so

    alardeados pelos prprios navegantes (BRAZILTOUR, 2012).

    3.4.1 Caracterizao do Segmento do Turismo Nutico

    O Turismo Nutico mantido pela atividade de lazer, que est ligada ao

    litoral, rios, lagos, lagoas, e tambm esportes nuticos atravs de embarcaes

    pequenas at grandes navios (BRASIL, 2010; HRDLICKA, et al., 2005).

    A vontade de admiradores da navegao seja no mar ou em guas tranquilas

    despertou o interesse para um novo tipo de turismo, que se pode iniciar com um

    simples barco, em uma viagem curta a uma praia prxima, at um cruzeiro que faz

    rotas intercontinentais, e tem durao de alguns dias ou vrias semanas. Todasestas formas de turismo nutico requerem uma mnima infraestrutura para este

    turista e suas embarcaes, como: portos, fundeadores, atracadores, marinas,

    garagens nuticas e at clubes nuticos. Existe a necessidade de restaurantes de

    boa gastronomia, pois o pblico em questo exigente e geralmente com poder

    aquisitivo alto. As lojas de artesanatos a souvenirs, e lojas de convenincia podem

    ser grandes geradores de renda em marinas ou empreendimentos nuticos, pois

    este turista possui grande poder de compra, gerando compras incentivadas peloturismo. No se pode esquecer-se da infraestrutura bsica de apoio ao turista

    nutico em diferentes tipos de embarcaes, bem como visitantes, trabalhadores e

    marinheiros, que inclui: banheiros e vestirios (BRASIL, 2010).

    preciso considerar tambm a segurana e a acessibilidade que so pontos

    fortes e chaves para uma boa qualidade na estrutura de apoio ao turista nutico.

    Neste sentido, existe uma necessidade da capacitao neste setor, atravs de

    cursos tcnicos e especializaes na rea nutica, que carente de profissionais nosetor, a nvel nacional (BRASIL, 2010).

    Por menor que seja a embarcao ou a quantidade de dias que o turista

    permanecer no local visitado, naturalmente, ele ter gastos e despesas, com

    restaurantes, lojas, abastecimento, pousadas, hotis. Isso mostra a viabilidade do

    Turismo Nutico e a necessidade de se investir no desenvolvimento do segmento

    (HRDLICKA, et al., 2005).

    Todos esses fatores colocam o Brasil como um dos principais locais para

    desenvolver o Turismo Nutico, alm do crescimento e a ampliao da indstria

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    36/99

    35

    nacional de barcos e navios. Porm, o Brasil com todos esses atributos ainda no

    aproveita sua vocao para o turismo nutico (HRDLICKA, et al., 2005).

    necessria a estruturao do destino para receber estes visitantes,

    construo de marinas pblicas, implantao e qualificao de servios de receptivo

    e equipamentos tursticos nas regies a fim de dar o suporte necessrio para estes

    turistas, e todos os envolvidos com o setor de forma direta ou indireta, alm da

    prestao de servios, impulsionando ao bom funcionamento e desenvolvimento do

    Turismo Nutico (BRASIL, 2010).

    A parceria entre a iniciativa privada e o poder pblico de extrema

    importncia para o crescimento do setor, pois o trabalho em conjunto mantm o

    equilbrio necessrio para o Turismo nutico deslanchar no Brasil (HRDLICKA, et al.,2005).

    A principal motivao do Turismo Nutico a utilizao da embarcao como

    principal meio de transporte na prtica turstica. O Turismo Nutico associa esporte,

    aventura e prazer e praticado na gua com barcos de vela a motor. Entre as

    atividades nuticas e recreativas que so desenvolvidas, esto:

    a) Caiaque;

    b) Esqui aqutico;c) Vela;

    d) Acqua- rider;

    e) Boia-cross;

    f) Rafting;

    g) Bodyboardng;

    h) Outrigger;

    i) Canoa havaiana;j) Canoa;

    k) Windsurf;

    l) Pesca;

    m) Passeios de barco;

    n) Passeios de balsa;

    o) Cruzeiros;

    p) Mini-cruzeiros;

    q) Regatas (HRDLICKA, et al., 2005).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    37/99

    36

    3.4.2 O perfil do turista nutico

    O perfil do turista Nutico difere muito de acordo com o tipo de embarcao e

    nacionalidade do turista. Existem diferentes necessidades de consumo destes

    turistas nacional e internacionalmente (BRASIL, 2010).

    O turista Nutico, no geral, procura restaurantes, compras, badalaes,

    visitao a locais preservados, museus, trekking, folclore e cultura da regio,

    apresentaes culturais, assim como atividades nuticas paralelas. Alguns pontos

    observados pelo turista tambm so a infraestrutura do local, assim como

    segurana, limpeza, proximidade dos atrativos, atividades de lazer e recreio, poderdescansar, atividades noturnas e o clima (BRASIL, 2010).

    Em se tratando do turista de cruzeiro, este tem como objetivo desfrutar do

    maior nmero de atividade dentro do navio, como festas, aulas de danas, jogos,

    restaurantes, lazer, entretenimento entre outras coisas que proporcionado neste

    tipo de viagem (BRASIL, 2010).

    O turista Nutico, em particular, o de cruzeiros e navios tem idade entre 31 e

    65 anos, 54% deste tipo de turista possui nvel superior e 20% ps-graduao, 80%possui uma renda familiar acima de 10 salrios mnimos, estimou-se tambm que

    55% dos turistas de cruzeiros viajam para o exterior e 94% buscam viagens pelo

    Pas. A maioria deste tipo de turista procura segurana, agilidade e conforto, e tem

    pouco tempo para viajar, opta por conhecer o maior nmero de atrativos durante a

    atracao, restaurantes, shows, festas, e etc. Em mdia 75% dos turistas de

    cruzeiros e navios retornam ao destino turstico visitado por via area (BRASIL,

    2010).O turista Nutico de recreio e esporte, para barcos de pequeno e mdio porte,

    tem como principais motivaes, a gua, conhecer novos lugares, desfrutar de

    liberdade e autonomia, a qual o viajante pode formular seu prprio itinerrio, assim

    como prolongar a estadia, mudar sua rota e determinar quanto tempo ir passar no

    determinado lugar. Neste tipo de embarcao o turista pode ainda desfrutar de

    estadia, moradia, assim como pode preparar a sua alimentao e utilizar (o barco)

    como meio de transporte. O contexto de preservao da Natureza, gastronomia,

    descoberta de novo lugares, cultura local, determinam o destino no qual se vo

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    38/99

    37

    viajar, as atividades nuticas, lazer e competio so outros fatores importantes na

    hora da escolha do lugar.

    A atividade nutica de competio d origem aos eventos nuticos esportivos,

    devido a essas competies, os participantes seguem um calendrio e locais que

    ocorrero os eventos e competies esportivas. Esse tipo de segmento pode

    promover o turismo de forma indireta, pois existe uma propaganda voltada para a

    mdia deste tipo de esporte e evento, trazendo competidores, turistas, interessados,

    divulgando ainda mais a regio e o Turismo Nutico. (BRASIL, 2010).

    Competies internacionais como Velux, Jacques Vabre, Volvo Ocean,

    Clipper Round, Transat 6.50, entre outras so de grande importncia para a

    promoo do lugar e assim como deste tipo de turismo e mostram o grandepotencial de investidores e negcios que existe para o desenvolvimento do Turismo

    Nutico (BRASIL, 2010).

    O perfil deste tipo de turista vai de acordo com a embarcao que ele utiliza

    de mdio e pequeno porte, e sua nacionalidade, o turista nutico, velejadores,

    apresentam diferentes tipos de perfil, aquele turista com embarcao prpria tem:

    idade entre 40 e 50 anos, poder aquisitivo elevado, gasta em mdia 5 vezes mais

    que o turista convencional com passeios, alimentao, compras, geralmente o turista europeu ou americano, profissional liberal ou empresrio, interessa-se pela cultura

    local, gastronomia local, atividade nuticas, permanece grande parte do tempo

    bordo, visita vrios destinos dentro do Pas, e quando vai embora continua gerando

    renda pois deixa seu barco em alguma marina, para quando retornar poder desfrutar

    dos passeios novamente. Os turistas com embarcaes alugadas possuem perfil

    diferente. Homens de 30 a 50 anos, formao tcnica ou superior, profissionais

    liberais ou empresrios (BRASIL, 2010).O turista de embarcao de mdio porte est classificado em dois tipos:

    velejadores e lancheiros, os velejadores com mais mobilidade percorrem um

    caminho maior e se aventuram por percursos maiores pelo Pas globalizando o

    turismo Nutico e as travessias transocenicas.

    Existem dois perfis dos turistas velejadores: com embarcao prpria e

    alugada.

    O velejador com embarcao prpria possui tempo disponvel para viagens

    longas, empresrio, profissional liberal, ou aposentado, geralmente este turista

    de classe mdia alta ou classe alta. O velejador, na grande maioria, reside prximo

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    39/99

    38

    ao local, ou possuem casa no destino, participam de regatas, eventos nos principais

    destinos nuticos esportivos.

    Os velejadores que alugam suas embarcaes pertencem classe mdia,

    suas viagens so realizadas apenas aos finais de semanas, e utilizam-se dos

    servios de aluguel das marinas. O turismo Nutico, especificamente o de veleiros,

    hoje em dia j bastante popular, desmistificando a ideia de que s pessoas com

    poder aquisitivo podem fazer parte desta parcela de turistas, hoje 15% da frota das

    embarcaes de esporte e recreio so de veleiros. (BRASIL, 2010).

    Os lancheiros utilizamse mais dos equipamentos nuticos onde ficam

    localizadas suas embarcaes devidas necessitarem de abastecimento e o

    deslocamento no poder ser muito distante. Este tipo de turista utiliza em geral hotelde 4 a 5 estrelas,transporte areo, gastronomia local, cultura local, folclore,

    artesanatos, pacotes tursticos nuticos e terrestres (BRASIL, 2010).

    3.4.3 Infraestrutura para o Turismo Nutico

    A principal motivao para o Turismo Nutico no a embarcao como meio

    de transporte, mas sim como motivador da prtica do Turismo. A atividade nuticaatrelada com o patrimnio natural e cultural torna-se um produto turstico singular no

    mercado (BRASIL, 2010).

    Para que o Turismo Nutico se desenvolva de forma sustentvel,

    principalmente no mbito econmico, necessrio que uma ampla oferta de

    infraestrutura seja disponibilizada, de modo a atender as necessidades dos

    prestadores de servio e dos usurios deste segmento do turismo.

    Para entrar mais a fundo na infraestrutura nutica necessrio conheceralguns pontos principais que favorecem esta estrutura:

    a) Atracadouros denominam-se stio, local, onde atracam as embarcaes,

    onde descansam as embarcaes, igual a atracadouro (dicionrio online).

    Combinao de um\ ou mais peres, dotados ou no de ramificaes

    (fingers) fixas ou flutuantes, que pode apresentar terminais de servios

    (pontos de luz, rede de combate a incndio, gua potvel, telefone,

    esgotamento por suco) (COLIT, 2012);

    b) rea de fundeio: rea destinada ancoragem de navios que aguardam

    autorizao para entrada na rea de atracao dos portos;

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    40/99

    39

    c) rea de fundeio das marinas: rea destinada ancoragem de

    embarcaes de lazer e recreio;

    d) rea do porto organizado: compreendida pelas instalaes porturias,

    quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e peres de atracao e

    acostagem, terrenos, armazns, edificaes e vias de circulao interna,

    bem como pela infraestrutura de proteo e acesso aquavirio ao porto tais

    como guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evoluo

    e reas de fundeio que devam ser mantidas pela Administrao do Porto;

    e) Bacia de evoluo: local definido previamente nas proximidades da

    estrutura nutica, dotado de dimenses e profundidades adequadas

    manobra e giro das embarcaes;f) Base de charter: estruturas nuticas em que barcos de mdio e grande

    porte so colocados para locao;

    g) Deck: plano superior de um per, cais ou trapiche;

    h) Doca: parte de um porto ladeada de muros ou cais, onde as embarcaes

    tomam ou deixam carga ou passageiros;

    i) Empreendimento nutico: edificao ou conjunto de edificaes utilizadas

    como apoio atracao, embarque, desembarque e trnsito de pessoas,cargas ou produtos e embarcaes, com instalaes de apoio ou

    facilidades vinculadas, inclusive em terra, tais como marina, garagem

    nutica, clube nutico, base de charter, entreposto, empreendimento

    aqucola e terminal pesqueiro;

    j) Estaleiro: local equipado para a construo, recuperao, consertos e

    manuteno de embarcaes e seus equipamentos;

    k) Estrutura nutica: equipamento ou conjunto de equipamentosorganizadamente distribudos por uma rea determinada, com a finalidade

    de apoio atracao, embarque, desembarque e trnsito de pessoas,

    cargas ou produtos ou atividade sobre o espao fsico em guas

    pblicas, tais como empreendimentos nuticos, peres, rampas, trapiches,

    flutuantes, atracadouros (flutuantes ou no);

    l) Garagem nutica: estrutura nutica que combina reas para guarda de

    embarcaes em terra ou sobre a gua, cobertas ou no, e acessrios de

    acesso gua, podendo incluir oficina para manuteno e reparo de

    embarcaes e seus equipamentos.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    41/99

    40

    m) Molhe: construo lanada da terra para o corpo d'gua, geralmente

    construdo com enrocamento, destinado a quebrar o mpeto do mar e servir

    de abrigo a embarcaes;

    n) Marina: estrutura nutica composta por um conjunto de instalaes

    planejadas para atender s necessidades da navegao de esporte e lazer,

    podendo possuir reas de fundeio para guarda das embarcaes, servios

    de lavagem, venda de combustvel e manuteno, alm de hospedagem,

    esporte e lazer;(COLIT, 2012).

    O conceito de Marina, que refere-se orla litornea uma palavra de origem

    italiana, adotada em 1928, pela Associao Americana de fabricantes de barcos e

    equipamentos Nuticos, para nomear o novo conceito de apoio porturio asembarcaes de recreio e lazer. Essas novas instalaes modernas alm de

    manterem as funes normais de apoio s embarcaes, vo oferecer servios

    adicionais como gua, energia, televiso a cabo, telefonia, remoo de esgotos e

    rejeitos, servios de manuteno, vestirio para usurios e marinheiros, lojas de

    convenincia, lazer e recreao, estacionamento e at heliporto.

    o) Per: construo lanada da terra sobre o corpo d'gua, montada sobre

    pilotis, combinada ou no com flutuantes, que serve para lazer e paraatracao de embarcaes;

    p) Rampa: construo em plano inclinado, lanada da terra para o corpo

    d'gua, utilizada para lanamento e recolhimento de embarcaes;

    q) Terminal pesqueiro: estrutura de apoio s atividades pesqueiras, tais como

    ancoradouro, doca, cais, ponte e per, envolvendo armazm e fbrica de

    gelo entre outros, inclusive em terra; (COLIT, 2012).

    r) Trapiche: superfcie horizontal, em estrutura leve, plana, montada sobreflutuante ou pilotis, lanada da terra para a gua, para acesso a

    embarcaes (HRDLICKA, et al.,2005).

    O lazer e o comrcio envolvido so o que movimenta economicamente as

    marinas, lojas, restaurantes, hotis e acomodaes, museus, entretenimento e o

    ambiente so pontos atrativos de uma marina.

    Os produtos vendidos nas lojas vo de artesanatos, vinhos, livros, at

    antiguidades, levando ao turismo de compras, que est ligado diretamente com o

    turismo nutico. A gastronomia servida nos restaurantes das marinas geralmente a

    base de pratos diferenciados e sofisticados. Museus e galerias em uma Marina

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    42/99

    41

    atraem muitos turistas e so considerados diferenciais para o pblico. Pode-se citar

    um grande exemplo de museu itinerante, o navio S.S Great Britain de Bristol,

    Inglaterra, que tem uma atrao de pblico de 125 mil visitantes por ano trazidos de

    navios, yatchs e barcos. Nas marinas podem ser sediados e produzidos diversos

    tipos de eventos, o ambiente leva o turista a ter interesse por esse tipo de espao e

    evento nestas localidades (HRDLICKA, et al.,2005).

    O Brasil vem mostrando crescimento no mercado do Turismo Nutico. A cada

    ano que passa, aumenta a procura por cruzeiros martimos, nas temporadas de

    vero, e a oferta dos produtos tursticos consequentemente cresce. Porm existem

    fatores negativos da infraestrutura nutica que apresentam certos problemas, e

    estes podem dificultar o crescimento do setor no pas, so eles:a) Deficincia de infraestrutura porturia e poucos portos com terminal de

    passageirosestes ainda so antiquados e no correspondem realidade

    mundial de terminais martimos, em termos de conforto, segurana e

    rapidez no atendimento;

    b) Altas taxas porturiastais taxas elevam o custo dos preos dos cruzeiros

    martimos e podem, inclusive, desestimular o interesse das companhias

    armadoras pelas operaes na costa brasileira;c) Baixa qualidade do turismo receptivoisso observado no prprio cais do

    porto ou no desembarque de passageiros, acrescido pelo fato de que as

    operadoras locais no operam um receptivo de boa qualidade,

    transparecendo desorganizao e perda de tempo em relao aos

    passeios locais (city tours e passeios). Alm disso, essas empresas pouco

    inovam em relao aos mesmos. Observa, ainda, a falta de treinamento e

    de aprimoramento dos guias locais, somada explorao inadequada dosprprios atrativos tursticos e ao atendimento deficiente aos turistas

    (PAOLILLO et al., 2002).

    Existe tambm uma carncia de novos portos brasileiros, alm dos

    tradicionais, e que trabalhados com novos destinos, podem aumentar a demanda

    deste tipo de turismo. Junto a tudo isso, ainda necessria a criao de programas

    estratgicos que facilitaro o bom trabalho e funcionamento do Turismo Natico,

    alm da melhora do receptivo, da estrutura oferecida, da oferta de treinamento e

    profissionalizao aos colaboradores. As normas e regulamentos que possam

    restringir a entrada de navios estrangeiros no Brasil, tambm um ponto negativo

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    43/99

    42

    para o desenvolvimento do Turismo Nutico no pas. A costa do Brasil pode ser

    muito atrativa para o turismo martimo (PAOLILLO et al., 2002).

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    44/99

    43

    4 DISCUSSO E RESULTADOS

    Este captulo ir tratar da caracterizao das garagens nuticas e marinas de

    Florianpolis, analisando as informaes reunidas atravs do inventrio da oferta

    turstica, e avaliando a infraestrutura nutica das garagens, e marinas da cidade de

    Florianpolis, a situao atual e o que pode ser melhorado e desenvolvido para que

    o setor Nutico se desenvolva.

    4.1MAPEARAINFRAESTRUTURANUTICADEFLORIANPOLIS

    A infraestrutura utilizada na regio de Florianpolis est localizada em algunspontos do municpio, na Barra da Lagoa, est situado o nico molhes da regio.

    Existem dois trapiches localizados um na Avenida Beira Mar Norte e outro em

    Canasvieiras, ainda h trs trapiches de uso particular do Iate Club, localizados bem

    a frente do empreendimento. Sambaqui, Jurer, Lagoa da Conceio e Barra da

    Lagoa tambm contam com trapiches no local.

    As conhecidas marinas que na verdade so garagens nuticas, devido s

    instalaes dos locais, no serem grandes e completas, e no ter rea social, comoa de uma marina, est situado ao redor da ilha; em alguns pontos como: Ingleses,

    Jurer Tradicional, Ponta das Canas, Sambaqui, Santo Antnio de Lisboa, Centro,

    Ribeiro da Ilha, Lagoa da Conceio, e Barra da Lagoa.

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    45/99

    44

    Figura 1Mapeamento da garagem nutica Ribeiro da Ilha

    Fonte: Google Maps

    Figura 2 - Mapeamento do trapiche da Beira Mar Norte, Iate Club de Santa Catarina Veleiros daIlha(Centro), garagens nuticas da Lagoa da Conceio, molhe e garagens nuticas da Barra da

    Lagoa.

    Fonte: Google Maps

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    46/99

    45

    Figura 3Mapeamento das garagens nuticas e Iate Club do norte da ilha.

    Fonte: Google Maps

    4.2CARACTERIZAODASMARINASDEFLORIANPOLIS

    A marina utilizada para, garagem, limpeza dos barcos, para fins lucrativos e

    rentveis oferece servios de marinheiro, restaurante, lanchonete, bar, piscinas,

    banheiros, entre outros, um equipamento de lazer e pode ser utilizado por

    qualquer pessoa que tenha interesse na atividade, assim como neste tipo de lazer e

    esportes que so praticados por meio de barcos.

    O que difere a Marina da Garagem Nutica, e que, um local para guardar

    as embarcaes, que tem servio de limpeza de conservao de barcos, e

    colocado na gua e retirado, s quando for utilizada. O Club Nutico voltado spara associados, tudo que recebido em dinheiro do club e investido nele prprio.

    4.2.1 Marina da Conceio

    A marina da Conceio como assim conhecida pelo seu nome fantasia, tem

    como razo social Marina da Conceio Comrcio de embarcaes LTDA, CNPJ

    10.36.635/0001-07. Est localizado na Rua Vereador Osni Ortiga, 458 no bairro daLagoa da Conceio CEP: 88062-450 telefone (48)3232-1297. Iniciou suas

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    47/99

    46

    atividades em 1998, possui nove funcionrios permanentes e nenhum funcionrio

    temporrio. Dispe de servio de bar e lanchonete e est localizada prxima ao

    restaurante Marqus e ainda prxima os meios de hospedagem, galeria, rua

    comercial e posto de gasolina no centro da Lagoa da Conceio e ainda est a 20

    km do aeroporto e 15 km da rodoviria.

    Figura 4 - Marina da Conceio

    Fonte: Elaborado pela autora

    O funcionamento da marina o ano inteiro, das oito s dezoito horas,

    inclusive nos feriados, quando se tem o maior movimento de barcos. O

    estacionamento para carros, da marina gratuito e em rea descoberta, com

    capacidade de 35 veculos, com os barcos na marina ou, 50 carros, sem os barcos.

    A localizao da Marina classificada como de guas interiores, na lagoa. A

    atracao da Marina de abrangncia nacional, em algumas pocas do ano, como

    no vero, recebe esporadicamente barcos internacionais e o porte das embarcaes

    de pequeno e mdio porte. A profundidade mdia do calado de 3 metros.

    O estado de conservao da marina muito bom, possui capacidade para

    120 barcos, 100 vagas secas e 20 molhadas permanentes alcanam a 36ps, e

    vagas secas e molhadas rotativas tambm alcanam 36ps.

    Outras instalaes e servios que a marina possui:

    a) Aluguel de barcos;

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    48/99

    47

    b) Embarcao de apoio;

    c) Mo de obra especializada;

    d) Ptio seco com vaga permanente;

    e) Pier de embarque e desembarque com escada negativa;

    f) Rampa;

    g) Segurana especializada;

    h) Servios de eletricidade;

    i) Servios de lingado em rampa;

    j) Servios de coleta de resduos slidos nas embarcaes;

    k) Sada de emergncia;

    l) Fornecimento de gua para vagas molhadas;m)Servio de som;

    n) Boxe para guarda de materiais;

    o) Segurana 24 horas;

    p) Ptio seco com vaga rotativa;

    q) Pier sistema fixo;

    r) Sala de rdio;

    s) Servios de limpeza e conservao de embarcaes;t) Servios de coleta de resduos lquidos nas embarcaes;

    u) Trator e guindaste para manobra de barcos;

    v) Vestirio para clientes;

    x) Fornecimento de energia para vagas molhadas;

    z) Previso do tempo.

    A marina tambm oferece outros servios como: Cursos nuticos, loja dematerial nutico, fornecimento de gelo, chuveiro, sala para reunies, guarda volume,

    venda de barco, sala de tv, instalaes sanitrias, passeios tursticos terrestres e

    nuticos, passeios tursticos terrestres e nuticos, bar e lanchonete, rea de

    convivncia para a tripulao, loja de convenincia.

    A marina possui ainda alguma facilidade para pessoas com deficincia ou

    mobilidade reduzida como rampa, estacionamento reservado para os deficientes,

    mas sem sinalizao adequada. Existe um sanitrio reservado para os portadores de

    mobilidade reduzida, com acesso para cadeiras de rodas, barra de apoio e pia

    rebaixada. Na circulao interna da marina o cadeirante utiliza-se de rampa e piso

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    49/99

    48

    regular antiderrapante. A parte da acessibilidade no est completa e pode ser

    reestruturada para melhor garantir o conforto dos visitantes com mobilidade reduzida

    em vrias partes da marina.

    A Marina da Conceio tem um sistema de lavao dos barcos sustentvel e

    eficiente, no qual o barco colocado em cima de uma parte retangular de cimento

    fechada, que parece uma caixa de concreto. Embaixo tem dois reservatrios de

    gua, onde ela cai quando o barco est sendo lavado. O primeiro reservatrio fica a

    areia e no segundo o leo e os resduos. A gua passa por um processo de

    renovao e sai limpa para ser reaproveitada para lavar outros barcos. Um sistema

    fcil de reaproveitamento, que ajuda ao meio ambiente e as futuras geraes.

    Figura 5Sistema de Coleta de gua e resduos da Marina da Conceio

    Fonte: Elaborada por autora

  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    50/99

    49

    Figura 6 - Marina da Conceio sistema de reaproveitamento de gua

    Fonte: Elaborado pela autora

    4.2.2 Marina Ponta da Areia (Fedoca)

    Marina Ponta da Areia o nome fantasia da empresa, porm denominadagaragem nutica, e a razo social Alfredo Roberto de Oliveira LTDA, CNPJ:

    79.277.182/0001-00, que est localizado na Rua Senador Ivo Dquino, 133 CEP:

    88062-050 Lagoa da Conceio, telefone (48) 3232-2290/3232-0759, endereo

    eletrnico: http//www.marinapontadaareia.com.br.A marina iniciou sua atividade em

    1o de setembro de 1997 e hoje tem oito funcionrios permanentes, e no contrata

    funcionrios para a temporada nem nunca. A garagem nutica est situada a 20 km

    do aeroporto, 15km da rodoviria e a 500 metros de um ponto de txi.

    http://www.marinapontadaareia.com.br/http://www.marinapontadaareia.com.br/
  • 7/24/2019 Modelo elaborao TCC

    51/99

    50

    Figura 7 - Rampa da Marina Ponta da Areia (Fedoca)

    Fonte: Elaborado por autora

    Funciona como garagem nutica e restaurante. O restaurante funciona

    diariamente das 11h30 s 24h, e a garagem nutica funciona das 08h s 18h, todos

    os dias, o ano inteiro, inclusive em feriados. O sistema para associados quepagam mensalmente pelos servios, j os visitantes pagam taxas extras mediante a

    tabela de custos da garagem. Se um determinado as