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TEXTO PARA DISCUSSÃO/N° 217 •• Modelo Multissetorial de Consistência Ajax R. Bello Moreira MAIO DE 1991 \ ---------~

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TEXTO PARA DISCUSSÃO/N° 217••

Modelo Multissetorial deConsistência

Ajax R. Bello Moreira

MAIO DE 1991

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INSTITUTO [I;:: P"OUIS,~ ECQNÓMA(PU '.~DAl.O"íli09D

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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEAé uma Fundação vinculada ao Ministério da Economia.Fazenda e Planejamento

PRESIDENTE

Roberto Brás Matos MacedoDIRETOR TÉCNICO

Uscio Fábio de Brasil CamargoDIRETOR TÉCNICO ADJUNTO

Marcos Reginaldo PanarielloDIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Renato MoreiraCOORDENAÇÃO DE DIFUSÃO TÉCNICA E INFORMAÇÕes

Antonio EmRio Sandim MarquesCOORDENADOR DE POÚTlCA AGRICOLA

Adelina Teixeira Baena PaivaCOORDENADOR DE POÚTlCA INDUSTRIAL E TECNOLÓGICA

Luis Fernando TironiCOORDENADOR DE POÚTlCA MACROECONÕMICA

Eduardo Felipe OhanaCOORDENADOR DE POÚTlCA SOCIAL

Luiz Carlos Eichenberg SilvaCOORDENADOR REGIONAL DO RIO DE JANEIRO

Ricardo Varsano

TEXTO PARA DISCUSSÃO tem o objetivo de divulgarresultados de estudos desenvolvidos no IPEA, informandoprofissionais especializados e recolhendo sugestões.

Tiragem: 150 exemplares

DMSAo DE EDITORAÇAO E DIVULGAÇAOBr.ma:SGAN Q. 908 • MÓDULO E • ex. Postal 040013

CEP70.312COORDENAÇÃO REGIONAL DO RIO DE JANEIROAv. Presidente Antônio Carlos. 51.13" ao 1]0 andares

CEP20.020

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO

2.CONCEITUAÇÃO

3.ESPECIFICAÇÃO DO MODELO

4.CONCLUSÃO

APtNDICE

BIBLIOGRAFIA

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MODELO MULTISETORIAL DE CONSIST~NCIA*

**Ajax R. BeIJoMoreira

**Da Coordenadoria Regional do IPEA - Rio de Janeiro

*0 autor agradece a Ricardo Marckwald, Fábio Giambiagi e OtávioTourinho pelos úteis comentários feitos numa velSão anterior destedocumento. É claro que os erros remanescentes são de inteiraresponsabilidade do autor.

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SINOPSE

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Apresenta-se um modelo matemático anual da eco-nomia brasileira que avalia estratégias de cres-cimento e o efeito de políticas macroeconômicas.O modelo é desagregado setorialmente: considera,entre outras relações, a matriz insumo-produto ea distribuição funcional e pessoal da renda, eprojeta o produto e o investimento setorial, onível da atividade econômica, as contas nacio-nais, do setor público e da balança de pagamen-tos. Além do modelo, o texto apresenta diferen-tes cenários para a retomada do crescimento daeconomia brasileira nesta década •

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I. INTRODUÇÃOA estratégia brasileira decrescimento até a década de70, impulsionada pelo endivi-damento no exterior e pela ex-pansão das empresas estatais,ficou inviabilizada pelos su-cessivos choques externos epela deterioração das con-dições de funcionamento do se-tor público. O aumento dopreço do petróleo e das taxasde juros levou a dívida ex-terna a níveis que transforma-ram o pagamento do principal edo seu serviço nas principaisrestrições ao crescimento eco-nômico.Nas duas vertentes, a crisecambial e a aceleração da in-flação, as medidas de políticaeconômica concentrando-se natentativa de solução numaperspectiva de curto prazo,contribuíram para agravar pro-blemas estruturais como o su-bemprego, a concentração darenda, a desaceleração dos in-vestimentos e a crise finan-ceira do setor público. Estatrouxe uma crise de expectati-vas no futuro da economia e adiminuição dos investimentospúblicos na área social, in-fra-estrutura econômica e nosetor público dito produtivocom as conseqüentes impli-cações macroeconômicas. Estesfatos resultaram na perda dedinamismo da economia brasi-leira, afetando as expectati-vas de crescimento, acirrandoo conflito distributivo, e ge-rando um processo de realimen-tação dos problemas estrutu-rais mencionados.o modelo pretende considerarestes fatos determinando a ca-pacidade de crescimento daeconomia brasileira condicio-nada a fatores externos como

os preços dos produtos e o ní-vel do comércio mundial einternos como as políticas decomércio exterior, tributária,fiscal, social e salarial. Acapacidade de crescimento élimitada pelas restrições im-postas pela capacidade de pou-pança doméstica, a disponibi-lidade de recursos externos, eas restrições ao financiamentodo setor público. utiliza amatriz de insumo-produto, cor-rigida para o grau atual deabertura da economia, relaçõesque determinam o montante e acomposição do investimento se-torial, a repartição da rendagerada entre os agentes - fa-mílias, empresas privadas esetor público inclusive empre-sas estatais, e a distribuiçãoda renda entre as famílias.Obtém como resultado o inves-timento e a capacidade de pro-dução setoriais, as contas na-cionais, do setor público e dabalança de pagamentos, e tam-bém o emprego gerado e uma me-dida do grau de concentraçãoda renda.O modelo admite uma forma es-pecífica para projeções delongo prazo onde os investi-mentos são determinados endo-genamente de forma a garantira plena utilização da capaci-dade de produção, e outra parao curto prazo quando é proje-tado o PIB tomando como exóge-nas as componentes da balançacomercial, os investimentos, oproduto agrícola e alguns pre-ços básicos como a taxa decâmbio e as tarifas públicas.Estas projeções, além de indi-car o impacto de algumas polí-ticas , avaliam as medidas ne-cessárias para a economia efe-tuar a transição da situaçãoatual para o padrão de cresci-mento projetado rno~o~g, o,prazo. 1

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2.CONCEITUAÇÃO

Esta seção discute conceitual-mente estes aspectos, apresen-tados mais formalmente naseção seguinte. A discussão,sempre que possível, é comple-mentada por diagramas que in-dicam as principais relaçõesentre as variáveis. Neles se

Este modelo utiliza conceitosapresentados em muitos daque-les anteriormente citados, eainda que de forma parcialprocura considerar os princi-pais aspectos neles tratados.A próxima seção apresenta su-mariamente o modelo, que é aseguir utilizado para calcularalguns multiplicadores, proje-tar a capacidade de produçãosetorial e apresentar uma tra-jetória de crescimento para apróxima década, considerandoos anos de 1990/91/92 como detransição.

Os principais aspectos queconfiguram o funcionamento ecaracterizam o modelo são: a)a consistência entre os fluxosde produto e renda dos agentese dos setores produtivos; b) adeterminação endógena do con-sumo das famílias; c) a deter-minação endógena, no longoprazo, dos investimentos; d) aconsideração explícita da dis-tribuição da renda entre asfamílias; e e) um modo especí-fico de solução para avaliar oano corrente e os anos detransição. Em qualquer caso,supõe-se que os investimentossó aumentem a capacidade deprodução no período seguintedo qual foi realizado.

cabe registrar o de(1990) e o de Reis

métricaMartner(1988).

No Brasil foram desenvolvidosdiversos modelos multisseto-riais como: Locatelli (1985)ou Bonelli (1981,1983) que de-compõem efeitos de políticas;Taylor (1980) ouRobinson(1988) que são deequilíbrio geral e pretendemavaliar os efeitos sobre adistribuição pessoal da renda;Werneck (1984) ou Garcia(1986) que são análise de re-quisitos para o crescimento;McCarty (1985) ou CEPAL (1986)que pretendem determinar tra-jetórias viáveis de cresci-mento; ou Tourinho (1985) quediscute qual a trajetóriaótima de endividamento ex-terno. Na vertente macroecono-

A incerteza quanto ao valorfuturo de variáveis exógenas ea escassez de dados para adeterminação mais rigorosa dealguns parâmetros comportamen-tais implica o uso repetido domodelo segundo diferentes ce-nários, de forma a balizar asprojeções. Para agilizar a ob-tenção de resultados o modelofoi implementado num sistemacomputacional que funcionacomo uma planilha de cálculoem microcomputador.Os modelos multissetoriais,como ilustram as resenhas deRobinson (1986) e de Melo(1988), têm sido utilizadospara avaliar estruturas tari-fárias, trajetórias de cresci-mento, políticas ótimas de en-dividamento externo, políticasde recursos não renováveis,energéticas, e de redistri-buição de renda pessoal e in-ter-regional. Suas caracterís-ticas construtivas variamdesde a consideração apenasdas quantidades até modelos deequilíbrio geral, onde os mer-cados estão completamente re-presentados.

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O consumo total das famílias éfunção da sua renda disponível- determinada pelo produto se-torial -, e a sua composiçãodepende da faixa de renda dafamília e dos preços relati-vos. Por sua vez, os investi-mentos no longo prazo são cal-culados introduzindo a hipó-tese de crescimento a taxasconstantes em cada setor, oque elimina a indeterminaçãoque resulta do investimentodepender da demanda futura esimultaneamente determinar ademanda atual. Assim, a taxade crescimento do produto decada setor determina a respec-tiva demanda por investimentos- utilizando as relações capi-tal-produção setoriais - que,acrescida aos demais itens dademanda agregada, determina oproduto setorial que, por suavez, condicionará a taxa decrescimento do setor. Torna-seexplícita, portanto, a deter-minação simultânea do investi-mento, do consumo e do pro-duto.

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"'.1''''1fixados exogenamente, derl.vando-se então as margens cor-respondentes. A demanda é com-posta: a) pelo consumo inter-mediário do setor produtivo -determinado pela função deprodução -; b) pelas expor-tações e os gastos do governo,determinados de forma indepen-dente; c) pelo consumo das fa-mílias e os investimentos emmoradia que dependem da rendagerada que é endógena; e d)pelos demais investimentos,determinados no longo prazo,de tal forma que coincida ademanda e a capacidade de pro-dução setorial. A figuraabaixo indica as principaisrelações entre as variáveis nolongo prazo.

Impondo a restrição da estabi-lidade do nível geral dos pre-ços, o resultado será uma re-lação entre o nível das mar-gens e o da remuneração dotrabalho. Esta relação podeser resolvida, supondo o nívelde remuneração determinadopela escassez relativa de mão-de-obra, e obtendo endogena-mente o nível das margens cor-respondente condicionamentomais apropriado para questõesde longo prazo, ou o inverso,que supõe as empresas comooligopólios que sustentam suasmargens, e o nível dos salá-rios é a variável de ajusteaos choques de oferta, como adesvalorização do câmbio, au-mento do preço de petróleo oudas alíquotas dos impostos. Omodelo foi construído de talforma que um subconjunto dossetores pode ter seus preços

utiliza a notação em itálicopara a variável exógena~Os preços são determinados su-pondo que: em cada setor a re-ceita iguale o custo variávelacrescido do excedenteoperacional que é calculadocomo uma fração margens opera-cionais do custo dos insumos.A estrutura de custos é a damatriz insumo-produto, supondouma função de produção a pro-porções fixas, as margens sãodiferenciadas por setor permi-tindo considerar, implicita-mente, o grau de intensidadedo uso do capital e o risco decada atividade, mas variamproporcionalmente com uma va-riável denominada nível dasmargens. O custo da mão-de-obra assalariada e de autôno-mos também é específica paracada setor, mas varia propor-cionalmente com o nível de re-muneração do trabalho.

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MMC - A Solução do Modelo No Longo Prazo

lGastos Adm.Direta Capacidace ~rodutiva Atual

Investimento <-------'(CapitalIProduto)-----(Nec.Aum.Capacidade)

! iDe~c:.::::rada ---->(Insumo-Produto) >ProdItoSetorial

I Inv.Moradia<---------------------Renda FamílIasi

TarifasAlíq.TributosCoef.Importações

,rtaçõesDemanda Externa

<------ Câmbio ------>

1IIN.R.terabalho

Div.Ext.Atual >Dív.Externa <------------

Figura 1

Saldo Bal. Pago

Determinado o nível de produtonum certo ano futuro, podemser calculadas as exportações,as importações e a dívida ex-terna. AIternativamente pode-se incluir a hipótese de cons-tância do serviço da dívidaexterna como fração do PIB. Defato, dado que o país nãoconta com acesso ilimitado aocrédito externo, pode-se in-verter o sentido da causali-dade e determinar qual a taxade câmbio consistente com umcerto nível de crescimento emontante da dívida externa,resultado da negociação com oscredores internacionais.Então, condicionado aos parâ-

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metros exógenos e ao montanteda dívida externa, o modelomaximiza a taxa de crescimentoda economia, e determina ataxa de câmbio, o nível dossalários e os demais resulta-dos consistentes com umaeconomia equilibrada no hori-zonte de projeção.A hipótese de que a renda dasfamílias se distribua segundouma lei de probabilidade, adistribuição lognormal, de usocomum na literatura - Adelmane Richardson (1988) e játestada empiricamente para oBrasil com dados das PNAD,permite que se estabeleçam re-

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lações entre variáveis macroe-conõmicas e aquelas definidasao nível de cada família, eque se discutam os efeitos daconcentração de renda sobre acomposição setorial da pro-dução e, inversamente, osefeitos da distribuição fun-cional da renda sobre a dis-tribuição pessoal. O modelotambém determina qual teriasido o emprego gerado na hipó-tese de ocorrerem ganhos deprodutividade da mão-de-obraespecíficos para o setoragropecuário, industrial eserviços, gerando uma medidadas pressões no mercado detrabalho decorrentes do des-compasso entre este emprego eo crescimento da PEA.No longo prazo o modelo deter-mina endogenamente o consumo eo investimento e a produção,configurando uma economiaequilibrada e compatível com opleno uso dos recursos exter-nos e internos. O equilíbriono longo prazo, contudo, nãogarante o mesmo para os anosde transição, e por isso sãoindicados para estes anos me-didas de desequilíbrio poten-cial entre o investimento re-querido e a poupança realizá-vel, supondo uma trajetóriapara a taxa de poupança domés-tica e externa.As premissas de equilíbrio vá-lidas para o longo prazo nãosão adequadas para o curto. Oefeito da situação conjunturalsobre o comportamento dosagentes é incorporado tomandocomo exógenas variáveis maissensíveis, como o nível de re-muneração do trabalho, asexportações e importações, osinvestimentos em moradia e nossetores produtivos e os gastoscom bens de consumo durável.Estas variáveis podem ser pro-

jetadas utilizando modelos in-dependentes de atualizaçãomais ágil. O modelo avaliaentão o impacto sobre o PIBdaquelas variáveis em conjuntocom os demais parâmetros domodelo. Também pode ser utili-zado para avaliar - ignorandoas expectativas e os mecanis-mos de indexação - o impactodireto e indireto sobre o ní-vel de preços de alterações dealguns preços básicos. Nestaabordagem a capacidade de pro-dução está dada e o desequilí-brio entre a capacidade e aprodução induzida pela demandanão tem efeito direto sobre asprojeções realizadas.A figura abaixo ilustra a re-lação entre as variáveis. Ospreços básicos determinam onível da folha de salários eos preços relativos, em con-junto com as componentes dademanda autônoma, determinam oproduto.Para os anos de transição,trata-se de avaliar as medidasnecessárias para que a econo-mia se ajuste para retomar ocrescimento resolvendo os de-sequilíbrios potenciais implí-citos na projeção de longoprazo. Para isto é utilizadauma versão semelhante à ante-rior onde a capacidade de pro-dução e os investimentos tam-bém estão dados, mas outrasvariáveis como as importaçõese exportações são determinadasendogenamente, constituindo umdos mecanismos de ajuste.Os dados básicos do modelo fo-ram retirados do sistema deContas Nacionais, que apre-senta informações para 1980sobre as relações interindus-triais de produção, tabelas deuso e destino dos recursos das

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diferentes categorias de agen- tes econômicos, além de tabeA determinação das variáveis no curto prazo

lMargem,rarifasCâmbio RealAlíq. Imp. Indireto Preço Re1lativoPreço de Importação

Custo--------------->(Insumo-Produto)---------->N.R.Tra alho

1Consumo < (Função Consumo) < Renda rsp

Demanda --------------> (Insumo-Produto )---------->R. Famíl ias

Bens Cns.DurávelImportações • ExportaçõesInvestimentos (Moradia e Produtivo)Gastos do Governo , Benefício Social

Figura 2

las auxiliares de emprego, in-vestimento inclusive sua com-posição.

3.ESPECIFICAÇÃO DO MODELO

o modelo considera uma econo-mia com 29 setores, listadosem anexo, que tem equilibradosseus fluxos de receita e des-pesa bem como de produção edemanda. O modelo distinguetrês categorias de agentesprodutivos: (i) as famílias,que recebem renda do trabalho(empregados e autônomos) erenda do capital sob forma dosdividendos distribuídos pelasempresas privadas, e consomemos produtos e realizam os in-vestimentos em moradia; (ii)as empresas que auferem rendana produção, detêm a dívidapública interna, remuneram ostrabalhadores e pagam os im-postos, os juros da dívida

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externa privada e os dividen-dos devidos aos proprietários,nacionais e estrangeiros, e(iii) o setor público, com-posto pela administração di-reta e pelas empresas esta-tais. O modelo será apresen-tado com a seguinte notação:parâmetros, letras gregas; va-riáveis, letras arábicas; ve-tores com tantas componentesquantos são os setores, minús-cuIas; escalares, maiúsculas.A estimação dos parâmetroscomportamentais utilizadosestá descrita em anexo.São apresentadas a seguir asequações que garantem o equi-líbrio entre a receita e adespesa - e determinam os pre-ços - entre a demanda e a pro-dução dos produtos - e deter-minam as quantidades produzi-das. Outras equações distri-buem a renda gerada em termos

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funcionais e pessoais, e efe-tuam o fechamento do modelo.

3.1 - Equilíbrio dos Produtos:Bloco das QuantidadesA quantidade produzida (q), éigual à demandada, sendo com-posta pelo consumo intermediá-rio, determinado pela matriz(a) dos coeficientes de de-manda de insumos, domésticosou importados; pelo consumodas famílias (f), que dependeda renda real disponível (R),de uma medida de concentração(V) e dos preços relativos(p); pelas exportações (e) quedependem do grau de utilizaçãoda capacidade (U), do câmbioreal (C) e do nível do comér-cio mundial (W); pelos gastoscom investimentos i e pelosgastos do governo G.As importações (qm) são calcu-ladas utilizando a matriz dosinsumos importados (ai), e umamatriz de coeficientes ( ç )que determina a proporção doitem da demanda final que é

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importado ajustados pelo co"-~:\\./ficiente (h), definido paracada produto e em função dograu de utilização, e da taxade câmbio. Este procedimentocorrige os coeficientes técni-cos de demanda de insumos do-mésticos para o nível de aber-tura corrente da economia egarante que a variação das im-portações se distribua propor-cionalmente entre as diversascomponentes da demanda, eexplicita que os produtos im-portados não são substitutosperfeitos dos produtos domés-ticos.A variação dos estoques foiignorada pois é irrelevantenas projeções de longo prazo.O procedimento é menos defen-sável nas projeções de curtoprazo, mas ainda neste a va-riação dos estoques é poucorelevante quando comparadas àprodução anual - exceto para osetor agropecuário. Note-seque inexiste medida desta va-riação ao nível setorial paratodos os anos:

q + qm = ~ (X q + f (R,V,p) +e (U,C,W) + i + ç9G/p1 1 L..j 1j j 1 1 1 1 9

• 3.2 - Equilíbrio de Recursos:Bloco dos PreçosOs setores podem ser classifi-cados nos que têm o preço fixo{F}, como o setor agropecuá-rio, e os demais que têm mar-gem determinada de forma inde-pendente. A receita por uni-dade de produto, o preço (p )líquido dos impostos indiretos(1) é igual à soma da despesa

composta por: (i) insumos im-portados (CI), avaliados combase no preço de importação(pI ); dos insumos domésticos;do excedente operacional dasempresas - calculado pelo pro-duto da margem (m) pelo custodos insumos; e da remuneraçãodo trabalho composta dos autô-nomos e assalariados, calcula-dos respectivamente pela par-ticipação do excedente opera-

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cional das famílias (1) e dossalários no produto (~) - esteacrescido dos encargos sociais(~) - ambos multiplicados peloíndice da remuneração do tra-balho (T). Admite-se que osempregados e autônomos apro-

priam o eventual aumento deprodutividade do setor, de talforma que a participação dossalários no valor adicionadodo setor seja proporcional aoíndice da remuneração do tra-balho (T):

CI = E h CU,C) a" p' Cj 1 1 1j 1

'v'j

•m = m 'v'j ~ Fj j

mj=(p O-T )+ (1 + f3 O+~ ) )T)/E (a -h (U,C)a" ) p + CI) 'v'jeFj j J J J 1 1J 1 iJ 1 J

pjO-T.l={E (a -h (U,C)a" )p +CI }(l+m M)+h + f3 O+~)}T 'v'j~FJ 1 ij 1 ij 1 J j j j J

Impondo a restrição de estabi-lidade de preços (pv=l) épossível calcular para um dadonível das margens o índice daremuneração do trabalho (T)que torna consistente os flu-xos de renda em cada setor.Alternativamente é possívelcalcular o nível geral dasmargens (M) consistente com umvalor da variável (T) determi-nado de forma independente,por exemplo de acordo com aescassez relativa de mão-de-obra• Trata-se, portanto, deuma economia onde existem se-tores que determinam seus pre-ços , empresas que garantemsuas margens, e os trabalhado-res forçados a ajustarem suasremunerações. No modo alterna-tivo, são os trabalhadores quedeterminam seu nível de remu-neração e as empresas que seajustam. O primeiro modo pa-rece mais adequado paraquestões de curto prazo, e osegundo para as de longo.Obviamente a determinação dospreços relativos é feita de

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forma um tanto precária, mas,ainda assim o modelo captaefeitos essenciais sobre adistribuição funcional darenda, como o do preço do pe-tróleo importado, dos tributosindiretos, do preço dos bensde capital, e finalmente ocompromisso entre o preço damão-de-obra, dado pelo nívelde remuneração do trabalho, eo preço do capital, dado im-plicitamente pelo nível geraldas margens.

3.3 Renda Disponível dosAgentes: Bloco de RendasA renda das famílias é resul-tado do nível da atividadeeconômica e do resultado dobloco de preços. A renda real.das famílias é portanto afe-tada pelo câmbio, os preçosdos produtos importados, asalíquotas dos impostos indire-tos, os encargos sociais e astarifas públicas, e pelo nível

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de remuneração do trabalho oudas margens.A renda é distribuída entre osagentes supondo uma simplifi-cação do seu fluxo, de talforma que o excedente opera-cional das empresas estatais éintegralmente apropriado pelosetor público, que a dívidapública é detida exclusiva-mente pelas empresas, e que asfamílias, além dos salários,recebem parte do excedenteoperacional diretamente atra-

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MMC = Origem e Destino a Renda

Salário Bruto---->R.Salário<------Benefício Social

1Imp.DiretoR.D.FamíliaConsumoInv.Resid.Poupança

N.R.TrabalhoProduto SetorMargens ->Part.Ag.SetorEncargo SocialAliq. Imposto

SalárioEO.Famílias----->Autônomo------>

DividendosIILuc.Di,videndo

IEO.Empresas ---->L.Elpresa~(-------R~Financ.LíqJuro Dív.Int.Juro DíV.Ext.

EO.Emp.Estatal Imp.RendaTributo Indireto Remessa de LucrosEncargo Social R.Disp.Empresa (Poupança)

Figura 3

A renda disponível das empre-sas (RDE) é constituída peloexcedente operacional das mes-mas (EOE), acrescida da par-cela da renda extra dos expor-

tadores e dos juros da dívidainterna (JDI) - supostos pagosàs empresas -, e abatida dosdividendos distribuídos paraas famílias, dos impostos, dos

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juros da dívida externa pri- vada e da remessa de lucrospara o exterior (RL):

eEOE =1: { 1: (o:. -h (U, C)-o:." )p + CI.> rnjqj + rXjC{>j

j 1 lj 1 ij 1 J

RDE = (1-1(.) (1-.') EOE + JDI - (JDE -JDEP) - RL . .A renda disponível das famí-lias (R) é calculada somando arenda de todas as fontes, comosalários ((3T), benefícios so-C1a1S (B), remuneração dosautônomos ( õ T) e dividendos

distribuídos - calculados comouma fração (k) do excedenteoperacional das empresas -, edescontando o imposto de rendaque tem alíquota (1):

R = 1: I3qT+B R = EOE I(.s j j j k

R 1:j'1jqj T +a= rx C{>ja j

R= (R + R + R (1-.)s a k

Os efeitos de variações nadistribuição funcional darenda sobre a distribuiçãopessoal da mesma - por exemploa concentração da renda - sãocalculados supondo que: 1) asfamílias podem ser divididasem grupos que recebem renda de

Ao explicitar uma forma fun-cional para a distribuição darenda entre as famílias torna-se possível calcular os efei-tos de variáveis macroeconômi-cas bem como da tributação deum .imposto de renda progres-sivo sobre a concentração darenda, e conseqüentemente, oefeito da concentração sobre omontante e a composição dacesta de consumo agregada.

3.4 Distribuição daEntre .as Famílias:Distributivo

RendaBloco

apenas uma das fontes;(rentistas, assalariados e au-tônomos); 2) a participaçãodestes grupos é constante nototal da população; 3) a dis-tribuição da renda dentro decada grupo é determinada deforma independente; e 4) adistribuição da renda de todaa população se dá segundo adistribuição lognormal.Estas hipóteses são bastantefortes e vale comentá-las. Aindependência dos grupos é umaaproximação razoável no quediz respeito a autônomos e as-salariados, mas ignorar queambos possam ter renda de ca-pital só pode ser aceito lem-brando que os montantes envol-vidos, além de pouco signifi-cativos, não são mensuradosadequadamente. A constância daparticipação de cada grupo napopulação, é uma hipótese sim-

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plificadora que serve paradeixar de lado problemas comoo da formalização tendêncialdo mercado de trabalho, e odas migrações das famílias en-tre os grupos. A terceira hi-pótese permite relacionar arenda média de cada grupo como momento central de uma dis-tribuição assimétrica. Quantoà forma da distribuição derenda, esta já foi avaliadapara o Brasil com os dados dasPNAD (pesquisa específica aser publicada) e evidenciando

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. f"\'v'" ,-;. t,V li"'", /!

que uma transformada de \~~ :Cox da distribuição Normal,bastante próxima da Lognormalé uma boa aproximação.Para cada grupo de agentes,considere Ni o número de famí-lias no grupo, Ri a sua rendaagregada, e ai avariância dologaritmo da renda, estes úl-timos estimados com dados daPNAD 1988. Então, a média (M)e variância (V) da lognormalpode ser calculada:

exp(V)-l = '\' (RIR) ( exp(<T~) - 1 ) - (N IN - R/R)2L.1 1 1 1 1

M = Ln(RIP) - V/2

A primeira equação determina avariância da Lognormal a par-tir das variâncias dentro eentre as categorias - supondoindependência entre os grupos.A segunda equação determina omomento central da distri-buição. De fato, o efeito dadistribuição funcional darenda é pequeno frente à con-centração dentro de cadagrupo, especialmente no casodos empregados e autônomos quesão grupos excessivamente he-terogêneos.

3.5 - Função Consumo: Bloco doConsumoo consumo agregado é calculadoa partir de hipóteses defini-das ao nível de cada família.O consumo total de cada famí-lia (c') é função da sua renda(r'), segundo uma lei logarít-mica, o que garante consumos

marginalmente decrescentes,mas ajustados de forma a nãodepender do aumento da rendaper capita do conjunto das fa-mílias. Agregando o consumorealizado pelas famílias deuma certa classe de renda, re-sulta o consumo nominalCk(R,V) em cada faixa derenda, função da renda totaldas famílias (R) e da medida Vde concentração.O consumo do produto (fi) - emtermos de guantum - é supostouma função CES com elastici-dade de substituição ,e de-pendente da cesta de consumo(<1». As equações abaixo des-crevem o consumo dos produtos.Os gastos com investimentos emmoradia recebem um tratamentosemelhante aos itens de con-sumo e são considerados como oconsumo dos produtos do setorda construção civil:

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fik = (Ck(R,V) /Pk) <Pik (Pk/Pi) o

P = (" A.. p1-O ) 1/1-0k £..i'fi'ik i

MMC = Função Consumo

N.Famílias

RendaSalário 1-------Capital

C.Variação-----1 Salário

Capital

Progressividadel------>R.Disp.Por FamíliaImp.Direto Ind TheilElast.Renda do IConsumo ~

Consumo Agregado PorFaixa de Renda

Faixa de Renda I 1Cesta de Consumo ------>Consumo dos Produtos

Figura 4

consumo de um certopode ser calculadoas seguintes ex-

Então oprodutosegundopressões:

Para facilitar o entendi-mento, vamos considerar umasi tuação com apenas duasclasses de renda e desconsi-derar o efei to dos preços.

C(R,V) = N exp(~ + ~ Ig(R/N) - (~_~2) V/2)

f = C(R,V) { õ + (õ'- õ )C (R,V)/C(R,V)}2

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A primeira indica o consumototal e a segunda a fraçãodeste, alocado ao consumo deum certo produto. A fração doconsumo na segunda classe derenda é multiplicada por (7'-7 ), onde (7, 7') é a fração doconsumo total destinado aoproduto, respectivamente naprimeira e segunda classe derenda. Como o consumo totalcresce com a renda, o consumomédio de um certo produto de-pende do sinal de (7 '-7 ), queindica se o consumo do produtoaumenta com o enriquecimentoou não. De outro lado, quandoaumenta a concentração derenda (V) o consumo reduz por-que (f3 < 1).o modo usual na literaturapara representar o consumo dasfamílias num modelo. setorialconsiste em considerar taxasde poupança diferenciadas porclasses de consumidoresclassificadas segundo a origemou nível de sua renda - e ado-tar o sistema linear de despe-sas - (LES) Linear ExpenditureSystem - que determina o con-sumo de cada produto para cadaclasse de renda segundo umafunção linear da renda dispo-nível na classe.Adicionalmente, requere-se ummodelo que determine a mi-gração das famílias entre asclasses de acordo com as con-dições macroeconômicas. O pro-cedimento aqui adotado é capazde representar a relação entreconsumo e renda tratando deforma integrada a migração dosagentes entre as classes, edemandando um número bastanteinferior de parâmetros.

3.6 - Determinação dos Inves-timentos no Longo prazo

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O montante e a alocação ¥eto- ,pE.j>.I(;o~'

rial do investimento depe~ae.'da preferência intertemporalde consumo que, a rigor, s6pode ser considerada no con-texto de um modelo setorial edinâmico de otimização dafunção de bem-estar social. Naliteratura são utilizados ex-pedientes para tratar aquestão. Um deles, adotado nopresente modelo, supõe que osinvestimentos cresçam a umataxa constante, e foi utili-zado por Blitzer (1975),Werneck (1984). Este procedi-mento pode ser racionalizadocomo uma solução ótima, nocaso de um único setor e comuma função de bem-estar loga-rítmica.No ano escolhido para as pro-jeções, a demanda final (d*(D,A» exclusive investimentosdepende do vetor D=(R,G,C,W)dos gastos do governo (G), dasexportações função da de-manda externa (W) e da taxa decâmbio (C) ,da renda dasfamílias (R), e de umavariável (A) que efetuará oajuste entre o investimento ea poupança. A cada variávelescolhida para o fechamento domodelo corresponde a uma ra-cionalização para o comporta-mento dos agentes. Se a variá-vel for a componente autônomada função de consumo das famí-lias, então o modelo determinaqual o montante da poupançaforçada das famílias queatende ao vetor (D), ou se foro nível da remuneração do tra-balho (T), então estará indi-cando qual a política salarialcompatível. No entanto podeser escolhida qualquer variá-vel que condicione a poupançadoméstica como a carga tribu-tária, os gastos da adminis-tração pública ou o nível dasmargens das empresas.

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A primeira equação abaixo de-termina o produto setorial emfunção da demanda (d* ) e dosinvestimentos, a segunda de-termina as importações, e aterceira utilizando a hipótesede crescimento dos setores a

taxas constantes, determina ademanda de investimentos emfunção do produto setorial(q), das taxas de depreciação(ó) e das relações capital-produção (11):

•qi = Lj aijqj + di (R, W,C,G,A) + Lj iij - qmi

qmi= hi(C) ( Lj a~j q/ d;(R,W,C,G,A) <:i +Lj iij <. "

Resolvendo O sistema deequações acima, seja (F) afunção implícita que determinaa quantidade produzida nosetor em função do vetor (O) eda variável de ajuste, e(k(C,A» a fração do produtoapropriada direta ouindiretamente pelas famílias,

obtida uma raiz desta equação,derivam-se todos os demais re-sultados, em particular o mon-tante da dívida externa (DE)se for incorporada a hipótesede que o seu serviço seja umafração constante do produtodesde o ano inicial até o ano

determinada juntamente com ospreços relativos, e portanto,dependente da taxa de câmbio eda variável de ajuste. Então aequação abaixo calcula a rendadas famílias induzida pelo ve-tor de produção setorial,tendo como incógnita a variá-vel de ajuste:

R, A) K. (C, A)J

final da projeção. Invertendoa função supõe-se conhecido noano de projeção o montante dadívida externa fazendo o câm-bio endógeno. Obtêm-se, final-mente, o modo com que o modeloé resolvido:

R = ~ F-t( DE, w, G, R, A) K.(DE, A)L.j j J

A construção resumida acimapara a projeção de longo prazoignora de que forma a economiaatravessará os anos de tran-sição, não avaliando as polí-ticas necessárias para contro-lar a taxa de poupança domés-

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tica. Este problema pode serconsiderado pelo modelo, uti-lizado no modo de solução decurto prazo, para avaliar es-tas condições.

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A figura abaixo ilustra o fe-chamento do modelo, indicandoa determinação simultânea doinvestimento e consumo. Note-se que eliminando a seta querepresenta a relação entre oproduto gerado e a determi-nação da renda, o modelo recaino que se convencionou chamarde análise de requisitos, ouseja na determinação de qual o

.\" ",c'~IP{;.\!/produto necessário para aten-..-,r.

der a um certo nível de renda,sem indagar da consistênciaentre investimento e poupança.Tornando endógena a renda dasfamílias, o modelo pode indi-car qual o crescimento compa-tível com a taxa de poupançadoméstica implícita nas hipó-teses.

Consumo

ExportaçõesGastos Governo

Iv

------> Demanda por Produtos <-----Invest imentoA

IRenda por ClasseA

I vRenda Famílias <------ Produto Setorial

Iv

Dívida Externa

Figura 5

A

IInv.por SetorA

I-------->Taxa de Cresc.

Este esquema de solução supõeque as variáveisde fluxo daeconomia irão se manter deacordo com o resultado proje-tado ao longo do período deprojeção, para que as variá-veis de estoque dívidas,consumo per capita por decil -alcancem os valores indicados.Implícita, também, nesta abor-dagem está a suposição de queexiste um agente central queconsidera a economia global-mente num certo momento futuroe decide quanto e em que seto-res investir de forma a maxi-mizar a utilização dos recur-sos da economia. Uma vez que,para o ano de projeção, o ca-

pital de todos os setores estásendo igualmente utilizado deforma plena, as diferenças darentabilidade do capital seexplicam exclusivamente emvirtude da intensidade e dorisco diferenciado no uso docapital em cada setor, e nãoem conseqüência de diferençasde escassez relativa. Ou seja,a alocação do capital é tambémeficiente do ponto de vista decada agente. Entretanto esteprocedimento não considera asituação nos anos intermediá-rios, onde mais natural seriasupor que os investimentos sãodeterminados por uma lógicadependente da rentabilidade

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diferenciada, conseqüência,por sua vez, da escassez dife-renciada dos produtos.

3.7 - Determinação das Proje-ções de curto Prazoo investimento determinado deforma independente configuraum outro modo de utilização domodelo. Neste caso,permanece adeterminação endógena do con-sumo e das rendas, que é útilpara as projeções dentro daamostra, para o ano corrente,e os de transição. Considere ovetor: E = [ (I),(X),(M),IM,BCD,T,B,G,A), composto dosvetores de investimento «I»,exportações «X» e impor-tações « M) ), e os escalares,investimento em moradia (IM),gastos com bens de consumoduráveis (BCD), nível deremuneração do trabalho (T),gastos da administração,direta (G), com benefícios so-ciais (B), e nível das alíquo-tas dos tributos (A). Este ve-tor é conhecido dentro daamostra, e pode ser projetadode forma independente utili-zando modelos de atualizaçãotemporal mais ágeis que captemos efeitos conjunturais, ouutilizando hipóteses ad-hoc.Na projeção dentro da amostraajusta-se a função consumo to-tal das famílias de forma aigualar o PIB projetado ao ob-servado. Este ajuste pode serinterpretado como represen-tando mudanças no comporta-mento de gastos das famílias,ou como o resultado de algummecanismo de poupança forçadacomo a inflação. Nas projeçõesdo ano corrente, o modelo éutilizado de uma forma seme-lhante, fazendo hipóteses ad-hoc sobre este fator deajuste, por exemplo tomando o

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valor deste fator ocorrido emalgum período anterior de re-ferência. Aqui, mais do que uminstrumento para efetuarprojeções, o modelo é útilpara organizar perguntas eapresentar os resultados deforma comparável. Entretantopode também ser utilizado paraavaliar o impacto sobre a ati-vidade econômica, o deflatordo PIB - neste caso desconsi-derando o efeito da indexaçãoe das expectativas - e sobreos demais resultados projeta-dos de políticas como: tribu-tária, fiscal, cambial, previ-denciária, de preço das esta-tais, do produto e do preçoagropecuário, e dos preços dosprodutos importados, especial-mente do petróleo.o modelo considera uma formaespecífica de solução, que ad-mite as variáveis do vetor (E)como exógenas, tratando comoendógenos os demais gastos deconsumo das famílias. Em cadaum dos anos, é calculado ocoeficiente de importações (h)para cada produto, derivado apartir do guantum importado edo produto setorial verifi-cado. Vale mencionar que asprojeções para os anos detransição, e para as projeçõesde longo prazo tomam como re-ferência o coeficiente de im-portações verificado no últimoano corrente.Nos casos acima a capacidadede produção está dada e o ní-vel de utilização de capaci-dade é apenas registrado. Paraos anos de transição, esta va-riável será utilizada para si-nalizar o desequilíbrio, ecomo instrumento que atua nosentido de reequilibrar a eco-nomia. Contudo, a capacidadede produção setorial não é umconceito igualmente útil. Há

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I ~

setores, como o de extração depetróleo, que funciona sempreem pleno uso da capacidade;outros, como os serviços deutilidade pública em que a so-bre-utilização se reflete nadeterioração da qualidade doserviço ou simplesmente comracionamento; outros, como osprodutores de serviços, onde oconceito de capacidade de pro-dução parece um tanto mal de-finido; e finalmente, os seto-res da indústria de transfor-mação, que serão utilizadospara construir um índice deutilização de capacidade naeconomia (U). Os mecanismosutilizados pela economia parase ajustar são vários, inves-timentos que aumentem a produ-tividade do capital instalado,sobre-utilização da capacidadeatravés de horas extras e tur-nos adicionais, e, finalmente,a inflação ou sua aceleração,aumento das importações e re-dução das exportações. Destesmecanismos, apenas os dois úl-timos são considerados nestaversão do modelo.O comportamento da economianos anos de transição seriamelhor representado caso seconsiderassem as decisões dosagentes, empresas e famíliasquanto à determinação das mar-gens operacionais setoriais eà alocação de seus recursosentre consumo, investimento epoupança com títulos públicos,privados ou em moeda estran-geira. Isto coloca questõesqualitativamente diferentesdas consideradas nesta versão,e corresponderiam a explicitaro mercado dos produtos e detítulos para considerar ofluxo de recursos entre seto-res poupadores para os tomado-res. O desequilíbrio deveráser resolvido utilizando dife-rentes mecanismos de ajuste

complementares: flutuação dossalários; flutuação do preçodos produtos; consideração daefetiva subutilização inicialda capacidade de produção;realização de importações adi-cionais financiadas com novosinvestimentos diretos; reduçãodas exportações, ou final-mente, através de algum meca-nismo de poupança forçada,como a inflação.

3.8 - outras EquaçõesO volume de emprego gerado écalculado supondo que a de-manda de emprego no setoragropecuário cresce a sua taxahistórica (l%a.a.), que aelasticidade da produtividadeda mão-de-obra seja de 0,9 nossetores da indústria de trans-formação - de acordo com Valls(1989) -, e que os demais se-tores tenham produtividadeconstante. É possível entãocalcular o emprego total ge-rado, e comparando com o cres-cimento da PEA gerar uma me-dida de pressão no mercado detrabalho.As importações e exportaçõessão determinadas agrupando ossetores de forma específicapara cada um dos dois casos, eestimando, utilizando série detempo, para cada grupo asequações e(U,C,W) e h(U,C) an-teriormente definidas. Emanexo estão os parâmetros ob-tidos. O setor financeiro foiconsiderado incluindo um itemespecial na demanda final, quenão compõe o produto da econo-mia, para cuidar dos juros lí-quidos recebidos pelo setor,que não podem ser consideradosuma renda adicional. O trata-mento dado foi semelhante à"dummy financeira" presentenas contas nacionais. Esta va-

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riável supõe-se crescer em li-nha com a rendas das famílias.As demais equações do modelonão serão detalhadas por cons-tituírem uma contabilidade ex-plicitada nas tabelas queapresentam os resultados.Note-se que foram incorporadashipóteses de substituição degasolina por álcool, de óleocombustível por energia elé-trica que correspondem àspolíticas de substituição depetróleo -, e de produtos si-derúrgicos por petroquímicos.Estas substituições foram con-sideradas por variáveis exóge-nas que alteram a matriz deinsumos dos setores.Finalmente, o setor de comuni-cação teve ao longo da décadade 80 seus preços reduzidos àmetade, e para dar conta docorrespondente crescimento dademanda, supõe-se que o coefi-ciente técnico esteja definidoem valor como numa Cobb-Douglas - onde a quantidade deinsumos consumida é inversa-mente proporcional aos preços.Com esta hipótese o modelo dáconta do extraordinário au-mento de demanda pela produçãodeste setor.

4.CONCLUSÃOAs projeções realizadas nãopodem ser entendidas como pre-visões, o modelo garante ape-nas a consistência do cenário,ou seja, que uma vez que ocor-ram os condicionantes, prova-velmente decorrerão os resul-tados projetados. O modelo foidesenhado para avaliarquestões de longo prazo e,portanto, foram utilizadasprincipalmente relações"tecnológicas" - que acredita-mos mais estáveis - como a es-

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trutura de produção, relaçõescapital-produto, cesta de con-sumo das famílias, partici-pação dos agentes nos setores,não se incorporando relaçõescomportamentais como a decisãode investir nos setores. O mo-delo foi desenhado desta formapara simplificar o seu funcio-namento como um instrumento deanálise de políticas e desenhode cenários futuros, sem perdado que se acredita constituiras relações essenciais da eco-nomia.O desenvolvimento deste modelofoi orientado para o problemado financiamento do cresci-mento do país e do setor pú-blico, assim como paraquestões distributivas. Podeser utilizado para avaliarquais as reais possibilidadesdo aumento da renda dos maispobres - reais no sentido eco-nômico -, servindo, por exem-pIo, para avaliar a viabili-dade de aumentos significati-vos do salário mínimo. Podeavaliar as condições de equi-líbrio financeiro do setor pú-blico e o espaço para o au-mento de gastos correntes sobdiferentes hipóteses de cres-cimento. Em termos setoriais,pode estimar, preservando al-gum grau de coerência global,qual o crescimento das esta-tais e os investimentos neces-sários, e uma estimativa daelasticidade-renda da demandasetorial.No Anexo B estão apresentadosos critérios e a estimação dosparâmetros, e no anexo A apre-sentam-se projeções que ilus-tram o funcionamento do modelodentro da amostra 1990/91, ecenários para o ano 2000, pro-jetados segundo diferentes es-tórias para o futuro. As tabe-las estão organizadas segundo

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três conjuntos de hipóteses -área externa, fiscal e outros- e seis conjuntos de resulta-dos - macroeconômicos, contaspúblicas, balança de pagamen-tos, empregos gerados, e duastabelas com as contas nacio-nais, em valores correntes e apreços de 1980.São projetados os cenários:"Caos" em que se supõe que nãosão tomadas medidas de ajusteno setor público, resultandoum baixo nível de crescimentoe desequilíbrio fiscal; "Meta"onde é feito o ajuste resul-tando maior taxa de cresci-mento; e finalmente o "MetaC"onde o setor público não éajustado , mas mantido o mesmonível de crescimento, veri-fica-se qual o aumento dasmargens das empresas capaz definanciar o déficit público eos investimentos.Na área externa, são mantidasas mesmas hipóteses - ao longoda década - para todos os ce-nários; crescimento do guantumdo comércio mundial de 4%,taxa de juros externos de 8% ,inflação de 4% nos preços emdólar, e o aumento de 6% nopreço do petróleo. Para inco-porar a política de aberturacomercial, supõe-se que oscoeficientes de importação,exceto petróleo, aumentam em15%. A dívida externa é deter-minada supondo, no primeirocenário, que fique constante,em termos nominais, em tornode 115 bilhões de dólares e,no segundo, que prevaleçam ostermos propostos pelo Brasilem 1990.Na área fiscal, supõe-se o su-cesso do programa de privati-zação de estatais - que cor-responde à apuração de novebilhões de dólares, e na eli-

NO

t <1-<,~,;~?\\~ \)~'~\)c.0~;\-' :J.••.,s-

",'minação da participação do Ipç\>.lc9

tor público nas áreas de side-rurgia e petroquímica. A cargatributária foi fixada em ní-veis próximos ao de 1991, parao cenário de "Caos", e em ní-veis 2% acima (em percentagemdo PIB) para o "Meta". A re-forma do setor público foi re-presentada por uma medida daeficiência na prestação doserviço variável que con-trola os gastos com mão-de-obra na administração públicapor unidade de produto, naqual foi admitido um ganho de20% em relação a 1991. Supõe-se ainda que cresçam em linhacom a renda das famílias, ovolume de serviços públicos, edos gastos com benefícios so-ciais - estes com uma taxa mí-nima de crescimento de 4,5%a.a., que corresponde às pro-jeções mais conservadorasdeste item obtidas com um mo-delo demográfico.A concentração da renda intra-categorias de famílias foi fi-xada, no primeiro cenário su-pondo uma piora de cerca de 5%no índice de Gini, equivalenteà meta do ocorrido na décadade 80, por conta da deterio-ração dos serviços públicos, eno segundo uma melhora de 10%,retornando aos níveis de 1980.Supõe-se que a produção domés-tica de petróleo crescerá auma taxa de 7% a.a. - subesti-mativa das projeções daPetrobrás para o períodoque implica cerca de 1,2 mi-lhão de barris no ano 2000.São feitas hipóteses sobre aestabilidade da produção deálcool combustível (e, por-tanto, quanto à sua progres-siva substituição por gaso-lina) e sobre a parcial (5%)substituição de insumos side-rúrgicos por petroquímicos.

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Finalmente o último cenáriodelineia uma economia onde osetor público não efetua oajuste, mas de alguma formasão mantidas as metas de cres-cimento, efetuando o ajustecorrespondente da poupança do-méstica exclusivamente peloaumento nas margens operacio-nais das empresas, que entãodeveriam aumentar em 18%.Estes cenários delimitam aspossibilidades, e as con-dições, de resgate da dívidasocial e das expectativas po-sitivas quanto ao futuro daeconomia, configurando ainda ocorrespondente desempenho se-torial.

Os resultados projetam no ce-nário Caos, baixo crescimento,baixa taxa de câmbio, altaparticipação dos salários noproduto, e caos social, resul-tado da incapacidade de a eco-nomia gerar empregos na quan-tidade exigida pelo cresci-mento projetado da PEA, e tam-bém pela incapacidade de o se-tor público fornecer serviçosem quantidade que possibilitema melhora da distribuição derenda.O segundo cenário, "Meta", comum crescimento que reproduz oaumento da renda per capita dadécada de 70 melhora nascondições sociais, o que levaa economia à mesma situação de1980. Neste cenário, o aumentodo consumo per capita dos 10%mais pobres dobra - inclusivepela suposição de um imposto

direto sobre a renda maisnificativo e progressivoque implica o aumento denas 10% do consumo dosmais ricos.

sig-- oape-10%

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APÊNDiCEApêndice A.

Hipóteses: Setor Externo90 91 Caos Meta MetaC

Taxa Câmbio Real 98,0 122,0 90,0 117,0 117,0Taxa Juros(c/sprea 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0Cresc.Comércio Mun 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0T. Inflação EUA 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Cres.Preço Real Ext 0,3 -0,1 0,0 0,0 0,0Coef Abertura Import 1,O 1,O 1,2 1,2 1,2Reservas/Import 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

Hipóteses: Setor Fiscal90 91 Caos Meta MetaC

Carga Tributária I 102,0 97,0 93,0 97,0 93,0Carga Tributária D 102,0 97,0 93,0 110,O 93,0Cresc. D.Ben.Social -0,1 0,0 0,0 0,1 0,1Cresc. Servo Públ 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1Progr.ImpDir(IRPF, 1,O 1,O 1,O 1,O 1,OT.Juros DívInterna 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1Nível Folha Adm.Di 1,1 1,O 1,O 0,8 1,O%Meta Privatização 0,0 0,0 1,0 1,0 1,OReceita Privat iz 0,0 0,0 6500,0 6500,0 6500,0Rec.Priv.Abat.Dív 0,0 0,0 3500,0 3500,0 3500,0

Hipóteses: Outras90 91 Caos Meta MetaC

Ind. Conc. Renda T 1,4 1,4 1,6 1,° 1,OProdutivo Capital 1,° 1,° 1,1 1,1 1,1Petróleo => Álcool 0,7 0,7 0,7 0,5 0,5Petróleo=>EEletric 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2Siderurgia=>Petroq 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1Dividendo/Lucro Em 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4

Resul tados: Macro90 91 Caos Meta MetaC

Cresc do PIB -4,6 0,1 1,4 5,3 5,3Renda per capi ta( 1 99,0 97,0 99,0 132,0 128,0Cresc Renda-per-ca -10,9 -2,3 0,3 3,5 3,1Ind.Concetração O 100 100 103 92 95Salário Médio 099 101 96 95 124 118Ind.Gasto.Adm Dire 114 108 138 153 164Cons.Famílias Medi 98 94 91 121 117PIB Paridade Corre 529 426 643 705 705PIB Paridade 1991 410 425 475 679 681Dívida Ext/Export 3,9 3,5 1,6 1,8 1,8Dívida Ext/PIB 22,8 28,1 12,2 14,0 14,0Produtividade da P 0,8 0,8 0,7 0,9 0,9Ind.Gini 0,6 0,6 0,6 0,5 0,6Capital/Produto 6,5 8,4 10,4 3,9 3,9C.Imp.Petróleo 1,00 1,00 0,77 1,02 1,03

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Resultados: Setor Fiscal(%Pib)90 91 Caos Meta MetaC

E.Oper.Emp.Estatal 1,5 1,9 0,8 1,1 1,6Inv.nas Estatais 1,6 1,6 1,1 2,1 2,1Receita Fiscal 24,3 23,1 23,2 24,3 22,6Desp. Previdência 1,3 1,5 10,0 1,5 1,3Desp.Adm Direta 15,3 14,5 16,2 14,0 14,6Superávit Primário 1,6 1,4 -3,9 1,2 -0,5Juros Dív Externa 1,4 1,9 0,9 1,0 1,OJuros Dív Interna 0,0 0,1 2,5 0,6 1,2Nec. de Financ. -0,3 1,2 1,3 0,5 2,8Form.Reservas 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2Senhoriagem 5,0 2,0 3,0 0,6 1,0Emp.Externo 0,6 2,4 -0,4 0,0 0,0Redução da Divida 4,4 -1,8 -4,1 0,0 -1,9Dív Interna/PIB 11,2 14,3 46,8 10,5 22,1Dív.Líq.Ext.Public 11,2 23,5 8,0 9,6 9,6Dív.Líq.Publ. To 34,4 31,8 54,9 20,1 31,1

Resultados: Bal.Pagamentos (us$Milhões)90 91 Caos Meta MetaC

Balança Comercial 11156 15011 16113 15899 15903Exportação 31118 34322 48640 55626 55106Industrializados 11320 19391 29006 34489 34551

Importação 20022 19251 31921 39121 39803Petróleo+Derivad 4286 4203 4452 8311 8440Bens Capital 5213 5108 9840 11361 11382

Saldo Serv.Não fat -3314 -2101 -6116 -6181 -6166Remessa de Lucros 912 1042 1548 2054 2054Inv Externo Direto 100 551 1000 2000 2000Saldo Bal.Pagament 6910 11819 9449 9058 9083Form. Reservas 1303 1066 196 1210 1214Juros Dívida Exter 8891 9666 6829 8355 8350Juros Dívida Exter 1201 1813 5860 1262 1263Nec Recursos 3290 -1141 -1824 561 541Dívida Externa 120825 119611 18311 98696 98612Dív Externa Public 98412 108685 66400 85000 85000Reservas Internac 1483 8848 14635 11460 11481

Resultados: Milhões de Empregos90 91 Caos Meta MetaC

PEA 59,9 61,4 11,1 11,1 11,1Desemprego Potenci 12,3 13,6 23,3 1,6 1,1Empregos Gerados 41,6 41,8 53,8 69,5 69,5

• Na Agropecuária 15,1 15,3 16,1 16,1 16,1Na Indústria(Elast 10,5 10,6 11,1 11,9 11,9

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Resul tados: Contas Nacionais(%PIB)90 91 Caos Meta MetaC

Invest. Total 18,1 18,1 17,5 25,9 26,0Adm Direta 1,5 1,5 1,2 2,4 2,3Estatais 1,6 1,6 1,7 2,7 2,7Moradia 5,2 5,9 8,7 8,6 8,6Demais 9,8 9,0 5,8 12,3 12,4

Poupança Total 18,1 18,1 17,5 25,9 26,0Privada 14,4 16,5 22,1 21,2 23,6Setor Público 3,3 1,9 -4,4 4,6 2,2Externa 0,4 -0,4 -0,3 0,2 0,2

Consumo Privado 67,3 66,2 67,7 62,6 60,7Gastos Ad. Direta 13,8 13,0 15,0 11,6 12,4Renda Líq Env.Exte 1,9 2,5 1,3 1,5 1,5Salários 47,0 46,3 53,0 46,8 44,6

Resultado:C.N. (%PIB) Preços 198090 91 Caos Meta MetaC

Consumo 80,7 79,5 80,1 74,5 74,4Investimento 15,2 15,2 14,7 22,2 22,3Exportações 14,1 14,9 18,5 14,8 14,9Importações 10,0 9,6 13,3 11,6 11,7

Consumo Per-Capita em 1000Us$ de 1991 por Classe de RendaPercentagem da População Ordenada por Nível de Renda

ate 10% 10%a30% 30%a70% 70%a90% +de90%

1991 0,159 0,403 1,117 2,903 8,683Caos 0,144 0,380 1,094 2,945 9,230Meta 0,332 0,743 1,771 4,027 10,125MetaC 0,286 0,664 1,656 3,922 10,388

Percentagem da População que Consome na Classe de RendaConsumo Per-Capita em 100Us$ Dolares de 1991

até 0.3 0.3aO.6 0.6a1.5 1,5a 3.0 +de 3.0

91 0,130 0,177 0,318 0,202 0,174CaosA 0,143 0,177 0,307 0,195 0,177MetaA 0,035 0,103 0,311 0,276 0,275AjusA 0,049 0,118 0,312 0,259 0,261

Alíquota do Imposto Direto Por Classe de RendaPercentagem da População Ordenada por Nível de Renda

até 10% 10%a30% 30%a70% 70%a90% +de90%

91 0,021 0,031 0,042 0,051 0,064CaosA 0,017 0,027 0,038 0,048 0,061MetaA -0,083 -0,038 0,013 0,056 0,109AjusA -0,105 -0,057 -0,003 0,043 0,100

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Investimento Setorial em Us$ Milhões de 1991

90 91 Caos Meta MetaCAgropecuária 5,1 4,7 1,0 3,4 3,4Extr.Minério 0,4 0,3 0,1 0,5 0,5Extração Petróleo 0,7 0,7 2,4 2,5 2,5Fab.Não-Metálico 0,9 0,8 0,4 2,6 2,6Siderurgia 0,8 1,4 0,5 3,3 3,4Metalurgia 1,° 1,° 0,5 2,6 2,6Maq.Equip.Não-Elét 0,8 0,8 0,1 2,2 2,2Equip.Elétrico&Fi 0,3 0,3 0,0 0,7 0,7Eletrodoméstico&C 1,1 1,0 0,2 0,9 0,9Automóvel&Caminhão 0,5 0,5 0,4 1,4 1,4Outros Veículos 0,7 0,7 -0,1 0,7 0,8Madeira Mobiliária 0,5 0,4 0,2 1,1 1,1Celulose&Papel 0,6 0,6 0,1 0,5 0,5Químíca 1,1 1,° 0,1 0,9 0,9Álcool 1,3 1,2 -0,0 0,1 0,2Derivado petróleo 0,2 0,2 0,2 0,6 0,7Petroq.Básica&Int 0,3 0,2 0,1 0,4 0,4Outros Bem Consum 1,4 1,3 0,8 2,6 2,6Têxtil&Conf &Cale 1,2 1,1 2,1 4,8 4,9AgroIndústria 2,1 1,9 2,4 4,9 5,0Serv. En. Elétrica 2,7 2,8 2,9 9,2 9,2Serv.Const Civil 1,1 1,0 0,4 3,1 3,1Serv.Transporte 6,7 6,3 2,7 8,7 8,9Serv.Comunicação 1,7 1,6 2,8 6,2 6,4Serv.AluguelImove 21,3 25,2 41,3 58,2 58,7Serv.Financeiro 2,0 1,9 2,0 5,5 5,3Serv.Público 6,5 6,8 6,2 17,4 16,5Serv Comércio 2,4 2,2 0,6 3,0 3,0Serv demais 4,1 3,8 7,2 21,5 22,0

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Elasticidade Renda Produto Setorial90 91 Caos Meta MetaC

Agropecuária 0,4 0,6 0,6Extr.Minério 0,8 0,8 0,8Extração Petróleo 4,2 1,1 1,1 .

IFab.Não-Metálico 1,2 1,6 1,6Siderurgia 0,6 1,1 1,1Metalurgia 1,1 1,3 1,3 •Maq.Equip.Não-Elet -0,0 1,7 1,7Equip.Elétrico&Fi 0,3 1,7 1,7Eletrodoméstico&C 0,8 1, O 1, OAutomóve I&Caminhão 1,3 1,3 1,3Outros Veículos -1,4 1,1 1,1Madeira Mobiliária 1,3 1,4 1,4Celulose&Papel 0,8 1, O 1,0Química 0,2 0,9 0,9Álcool 0,2 0,3 0,3Derivado petróleo 1,2 1,2 1,2Petroq.Básica&Int 2,6 1,7 1,7Outros Bem Consum 0,9 1,0 1,0Têxtil&Conf &Calc 1,6 1,1 1,1AgroIndústria 1,1 0,8 0,8Serv.En.Elétrica 2,0 1,4 1,4Serv.Const Civil 1,3 1,9 1,9Serv.Transporte 0,2 0,9 0,9Serv.Comunicação 3,2 1,6 1,6Serv.AluguelImove 5,1 1,6 1,6Serv.Financeiro 1,5 1, 1 1, 1ServoPúblico 1,3 1, O 1, OServ Comércio 0,4 0,9 0,9Serv demais 1,3 1, 1 1,1

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Taxa de Crescimento do Produto Setorial .,.--._- ..

,/ "\90 91 Caos Meta MetaCAgropecuária 4,5 3,3 -0,9 1,9 1,9 ' \Extr.Minério 1,1 0,5 -0,4 2,8 2,8Extração Petróleo 0,9 0,8 7,3 7,3 7,3 ..Fab.Não-Metálico 1,6 1,O -0,1 6,6 6,6 ,,Siderurgia -1,6 -0,2 -0,7 4,2 4,2Metalurgia 1,3 0,7 0,0 5,4 5,5

• Maq.Equip.Não-Elét 2,7 1,8 -2,0 6,9 6,9Equip.Elétrico&Fi 2,9 2,0 -1,8 6,6 6,7Eletrodoméstico&C 6,6 4,9 -0,8 3,4 3,4Automóvel&Caminhão 1,4 0,8 0,9 5,9 6,1Outros Veículos 5,1 3,8 -3,7 3,9 4,0Madeira Mobiliária 2,3 1,6 0,6 6,1 6,2Celulose&Papel 6,0 4,4 -1,2 2,6 2,7Química 4,1 3,0 -1,9 2,5 2,5Álcool 4,6 3,4 -2,7 -1,6 -1,6Derivado petróleo 1,1 0,6 1,6 6,2 6,3Petroq.Básica&Int 4,6 3,4 0,7 5,8 5,8Outros Bem Consuro 1,8 1,1 0,7 4,7 4,7Têxtil&Conf &Calc -0,6 -0,9 2,4 5,8 5,9AgroIndústria -0,0 -0,4 1,6 4,1 4,1Serv.En.Elétrica 0,1 0,0 1,6 6,0 5,9Serv.Const Civil 2,5 1,7 -0,6 7,3 7,3Serv.Transporte 5,4 4,0 -0,6 3,8 3,8Serv.Comunicação 1,5 0,9 3,8 7,7 7,9Serv.AluguelImove 5,0 5,3 5,1 6,4 6,5Serv.Financeiro 0,6 0,1 2,1 5,8 5,6ServoPúblico 0,1 0,1 1,5 5,1 4,8Serv Comércio 3,5 2,5 -0,5 3,9 3,9Serv demais -1,3 -1,5 2,0 6,2 6,3

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Hipóteses: Curto prazo90 91 Caos Meta MetaC

Cresc.Produto Agrí -0,03 0,03 1,00 1,00 1,00I.Cons Bens Durável 0,9 1,0 1,O 1,0 1,OI.Inv Demais Setor 0,8 0,7 1,0 1,O 1,0I.Inv Adm Pública 0,6 0,6 1,0 1,0 1,OI Inv Habitação 0,7 0,8 1,O 1,0 1,0I.Inv.Extr.Petróleo 2,0 2,0 1,O 1,0 1,0r. Inv.Siderurgia 0,3 0,5 1,0 1,0 1,O ,I.Inv.Energia Elét 0,3 0,3 1,0 1,O 1,O .I.Mg Agropecuário 1,O 1,0 1,O 1,0 1,0 Oi

I.Mg Comb/EE/Sider 1,1 1,1 1,0 1,O 1,OI.Preço Comunicação 0,5 0,5 0,4 0,4 0,4I.Mg Demais Indust 1,O 1,0 1,O 1,0 1,0I.Mg Bens Capital 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7

Resultados: Curto prazo90 91 Caos Meta MetaC

Cresc. Indústria -6,6 0,7 1,5 5,7 5,7Grau Uso Indústria 0,9 0,9 1,O 1,O 1,0Deflator PIB 1,0 1,O 0,9 0,9 1,OInvest Habitação/P 0,6 0,7 1,O 1,O 1,OCoef.Cns Duráveis/ 0,9 0,9 1,0 1,O 1,O

Resultado: Controles90 91 Caos Meta MetaC

(Cns + IHab)/pib 71,8 71,3 75,3 70,0 68,1Superávit Externo 5603,0 10813,0 8653,0 7787,0 7808,0Serv Dív Ext Públ 4000,0 -2400,0 8288,0 7559,0 7570,0RendaExtra Export -7,2 -5,6 -9,8 -5,8 -5,8Elast Prod Ind / I 0,7 0,8 0,8 0,8 0,8

Ajustes90 91 Caos Meta MetaC

Processa (-)Bloque 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Num Períodos de Pr 1,O 1,O 9,0 9,0 9,0Período Anterior 3,0 4,0 5,0 5,0 5,0Período de Referen 1,0 1,0 1,0 1,0 1,OTaxa Inflação Auxi 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 *Nível Folha Pgtos 1,1 1,1 1,1 1,1 1,OFator das Margens 1,O 1,O 1,0 1,O 1,2I.Dummy Financeira 1,5 1,5 1,8 2,4 2,3 -Desequilíbrio Acum 0,0 0,0 23,0 61,5 16,4Máximo Hiato Pib I 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1Oferta p/Renda fam 1,O 1,2 1,4 1,9 1,8Demanda p/renda fa 1,2 1,2 1,4 1,9 1,8Ajuste da Taxa de 1,1 1,1 1,O 1,O 1,OVariável de ajuste 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1Câmbio Real 24,0 29,7 22,0 28,7 28,7Cresc.PIE -4,6 0,1 1,4 5,3 5,3Dív.externa 120825 119677 78377 98696 98612

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Apêndice B

B.1 Ajuste e compatibi-lização para 1988Para o ano de 1988 foiconsiderado como de referênciapara as projeções incorporadoo guantum importado eexportado e a produçãodoméstica setorial, juntamentecom as demais componentes dovetor (E). Ajustados osresultados ao PIB verificado,pode-se notar uma divergênciaentre o produto setorial

calculado pelo modelo e oobservado. A divergência captaa não aderência e os erros deparâmetros do modelo. Por istoa capacidade de produção foinormalizada de acordo com oproduto calculado pelo modelo,e registrada a discrepância.A seguir estão apresentadosalguns números das contasnacionais para a últimadécada, que são úteis paradelimitar as característicasda economia brasileira, ebalizar as projeções.

índice de Crescimento dos AgregadosPreços Correntes Preços 1980

1980 81/85 86/87 88 89 81/85 86/87 88 89PIB 100 96 115 117 119Exportação 100 115 116 142 109 135 161 198 208Importação 100 71 64 59 53 74 84 82 89Consumo 100 95 112 107 109 97 113 112 117Inv. C.Civil 100 88 123 130 152 86 101 98 102Inv.Maq.Eq. 100 69 76 97 94 62 79 71 68

Gasto PúblicoConsumo 100 98 143 161 185Previdência 100 99 115 108 115Investimento 100 89 153 157 148

Composição do PIB• Preços Correntes Preços 1980

1980 81/85 86/87 88 89 81/85 86/87 88 89Exportação 9,1 10,8 9,1 10,9 8,3 12,7 12,6 15,3 15,8Importação 11,3 8,4 6,1 5,7 5,0 8,8 8,2 7,9 8,4Investimento 22,9 19,3 21,4 22,8 24,9 18,3 17,9 17,1 17,0Consumo 78,9 78,4 74,9 72,0 71,9 80,1 77,4 75,6 77,5Famílias 69,7 69,0 63,1 59,4 57,6

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Gasto Público1980 81/85 86/88 89 89

Consumo 9,2 9,4 11,8 12,6 14,3Salários 6,3 6,5 7,7 7,9 9,7

Previdência 7,8 8,0 7,6 7,2 7,5Tributos 20,8 21,7 22,1 20,7 20,0Investimento 2,4 2,2 3,2 3,2 2,9Trib/PIB 100 104 106 99 96

índice de Preço <;

••1980 81/85 86/88 89 89Exportação 1 0,85 0,72 0,71 0,52Importação 1 0,97 0,75 0,73 0,60Bens de CapitalCons.Civil 1 1,02 1,25 1,32 1,50Maq.Equip. 1 1,11 1,10 1,38 1,38Bens Consumo 1 0,98 0,98 0,95 0,93

Vale mencionar que foiintroduzido um aumento dasmargens dos setores produtoresde bens de capital, e dealguns de seus insumos, deforma a reproduzir ainda queparcialmente, o intenso etalvez superestimado, preçodos bens de capital indicadosna tabela acima.B.2 - Estimação da Relação Ca-pital-ProdutoAs Contas Nacionais para 1980apresentam uma tabela de

investimentos realizados pelossetores, desagregados poralguns produtos, material detransporte, máquinas eequipamentos, e construçãocivil (iij). Se fosseconhecida a taxa decrescimento (Vj) da capacidadede produção (qj) de cadasetor, seria possível derivara relação capital-produto(Vij), utilizando a relaçãoaba1xo, e as taxas dedepreciação dos produtos (Ój).

iij

v + é5j i

- 1)

.-A taxa de crescimento dosetor, ou foi definldaarbitrariamente (v j)uilizando informaçõesespecíficas, ou foi estimadacomo uma fração ~ da taxa decrescimento observada no setor

no período 1980/87.Preservando o crescimento decada setor, supõe-se que adistribuição do crescimento, eportanto dos investimentosmedida por ~ tenha sido amesma entre os setores.

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•v = vj j

v = <P (( / ) 1/7 )j qj87 qj80 - 1

..•

A depreciação foi derivadaimputando arbitrariamente umameia vida para cada tipo decapital, de acordo com atabela abaixo. Estes números,

quando compostos com as suasparticipações no total daeconomia, resultam numa taxade depreciação de cerca de 3%a.a .

Meia Vida(anos)Taxa Depreciação

Mat.transporte10

0.067

Máq.& Equip. Const.Civil20 50

0.034 0.014

utilizando informações diver-sas a respeito da relação ca-pital-produção, ou do cresci-mento de setores específicos,foram estimadas as relaçõespara todos os setores, ajus-tando o parâmetro ~ de talforma que a relação capital-produto agregada, medida emtermos brutos incluindo osgastos com a reposição docapital depreciado fosseaproximadamente de 3.5. Dentro

destes parâmetros obteve-se asrelações abaixo, que são apre-sentadas como uma relação ca-pital-produção agregada, so-mando os gastos com todos ostipos de capital, e sua dis-tribuição entre estes tipos.Adicionalmente são apresenta-das estimativas utilizadas por(Bonelli) e as implícitas emalguns projetos apresentadosno BNDES.

ResultadoCap.-Produção

AgregadoCap.-ProdutoTotal S/Hab

..

34

LíquidaBruta

Total1,301,66

S/Hab0,921,21

2,783,56

2,032,67

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Relação Capital-Produção e Composição do Capital

Composição do Capital Cap.-ProduçãoM.Trans M.Equip C.C. Serv Est. PPE BNDE

Agropecuária 0,09 0,39 0,46 0,06 0,68 1,88Extr.Minério 0,04 0,35 0,55 0,06 0,67 2,04Extração Petr6leo 0,01 0,27 0,65 0,06 2,37Fab.Não-McLálico 0,04 0,46 0,43 0,06 1,10 1,40Siderurgia 0,01 0,37 0,56 0,06 0,95 1.5-5. 2Metalurgia 0,02 0,60 0,32 0,06 0,52 1,12 ~Maq.Equip. 0,02 0,64 0,28 0,06 0,45 0,48 0.1-0.9 .Equip.EléLrico&Fio 0,02 0,57 0,35 0,06 0,34 0,47 0.1-0.6 "Eletrodoméstico&Com 0,03 0,69 0,22 0,06 0,73 •Autom6vel~~aminhão 0,01 0,66 0,26 0,06 0,39 0,54Outros Veículos 0,06 0,42 0,46 0,06 .1,34- 0.1-0.9Madeira Mobiliário 0,02 0,49 0,43 0,06 0,52 0,54Celulose&papel 0,02 0,55 0,37 0,06 0,98Quimica 0,02 0,56 0,35 0,06 0,31Álcool 0,00 0,64 0,29 0,06 1,13 1,12Derivado petr6leo 0,01 0,69 0,24 0,06 0,10Petroq.Básica&Inter 0,01 0,58 0,34 0,06 0,42Outro Consumo 0,02 0,55 0,37 0,06 0,60Têxtil&Conf &Calcad 0,01 0,52 0,40 0,06 0,77 1,37AgroIndústria 0,03 0,40 0,51 0,06 0,74 0,74Scrv.En.Elétrica 0,00 0,37 0,57 0,06 2,64 3,92 5,86Serv.Const Civil 0,09 0,50 0,35 0,06 0,24 0,79Serv.Transporte 0,56 0,03 0,35 0,06 1,70 3,00 0.2-8.1Serv.Comunicação 0,00 0,73 0,20 0,06 2,45 3,00Serv.AluguelIm6vel 0,00 0,00 0,93 0,06 11,3Serv.Financeiro 0,01 0,15 0,78 0,06 0,72Serv.Público 0,01 0,21 0,71 0,06 1,49Serv Comércio 0,11 0,32 0,50 0,06 0,44 1,73Serv demais 0,03 0,12 0,78 0,06 1,32 2,70Agregado 1,66 1,26

A coluna de máquinas e equipa-mentos corresponde aos seto-res de máquinas e equipamentoselétricos e não elétricos, e ade material de transporte aossetores de automóveis e outrosveículos. Para ajustar a de-manda de investimentos por se-tor, com a por produto, os in-vestimentos destes setores fo-ram repartidos entre os compo-nentes segundo sua importânciarelativa como investimento porproduto. Adicionalmente foiincorporado um sobrecusto de6% em todos os tipos de capi-tal para dar conta dos gastosde investimento com o setorserviço.

B.3 - Cesta de ConsumoA cesta de consumo de cadafaixa de renda foi estimadautilizando os dados do ENDEF eajustada para a composição doconsumo de 1980 - implícita namatriz utilizando o métodoRAS que distribui as diferen-ças, e supõe elasticidade desubstituição constantes paratodos as linhas e colunas.Adicionalmente é apresentada acesta de consumo apurada ori-ginalmente pela ENDEF, e pelaPOF, sem nenhum ajuste paraalteração dos preços relati-vos.

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Tabela 1Cesta de Consumo por Faixa de Renda e Comparações

ate2 2a5 Sala 10a20 +de20 Total Endef POFAgropecuária 0,10 0,07 0,05 0,03 0,02 0,05 0,06 0,05Extr.Minério 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Extração Petr6leo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Fab.Não Metálico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Siderul'gia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Metalurgia 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01Maq.Equip.NãoElétri 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Equip.Elétrico&Fio 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02Eletrodoméstico&Com 0,01 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02Autom6vel&caminhão 0,00 0,00 0,01 0,03 0,05 0,02 0,04 0,02Outros Veículos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00Madeira Mobiliário 0,01 0,02 0,02 0,01 0,02 0,02 0,01 0,02Celulose&Papel 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Quimica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02Álcool 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Derivadopetr6leo 0,03 0,03 0,05 0,07 0,06 0,05 0,03 0,04Petroq.Dásica&Inter 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Outros Bem Consumo 0,07 0,07 0,05 0,04 0,03 0,05 0,06 0,11Têxtil&Conf &Calçad 0,08 0,07 0,06 0,05 0,06 0,06 0,05 0,10AgroIndústria 0,24 0,17 0,11 O,OG 0,04 0,12 0,19 0,13S,En.Elétrica 0,01 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,03 0,02S.Const Civil 0,02 0,05 0,11 0,17 0,17 0,11 0,06 0,04S.Transporte 0,05 0,07 0,05 0,04 0,03 0,05 0,04 0,04S.Comunicação 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01S.Moradia 0,07 0,11 0,13 0,13 0,12 0,12 0,04 0,05S.Financeiro 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,00 0,01S.Público 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00S.Comércio 0,15 0,12 0,10 0,08 0,07 0,10 0,24 0,00S.demais 0,09 0,13 0,17 0,22 0,27 0,18 0,08 0,28Total 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

1980

B.4 - Fluxo de Financeiro en-tre os Agentes

o quadro de síntese das ContasNacionais descreve o fluxo en-tre e intra os agentes, e foiagregado no quadro abaixo,onde: a coluna R refere-se àsreceitas e a D às despesas decada agente; o agente empresainclui as empresas não finan-ceiras, financeiras e de se-guro; é considerada a partici-pação dos empregados nos lu-

36

1974 1987

cros como distribuição de lu-cros e o total dos juros dadívida pública pago apenas àsempresas; a linha OutrosLíqrepresenta o saldo líquido dosdemais itens. Foram ignorados,os dividendos das estataispois a transferência para forado setor público é desprezí-vel; os juros pagos e recebi-dos pelas famílias; os paga-mento de seguros, e as trans-ferências exceto as transfe-rências de capital (PIS/FGTS).

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Empresas Famílias E.Pub I Adm.Pub. MundoR D R D R D R D R D

VA 4337 4265 621 1820Salário 1955 3945 979 276 735 2C.Social 560 76 83 975 254ExdOper 1802 3210 307 31Juros 3038 2581 129 572 482 720 394 60Dividendo 53 932 831 2 33 35 1 53 13 •lmplnd 1742BenSocial 56 1077 1021 ,.RTotal 1324 9063 -167 1426 ~/

l.Renda 165 267 21 454 1Contr Soc 268OutrosLíq 51 89 10 139RDisp 1210 8439 -198 1862------------------------------------------------------------------A participação de cada catego-ria dos agentes no valoradicionado estimado ao nívelsetorial é consistente com osresultados agregados como in-dicado no quadro abaixo, e foiestimada com tabelas comple-mentares das Contas Nacionais,incorporando-se para algunssetores dados do Balanço Anualda Gazeta Mercantil.Famílias:Agropecuária e moradia 100%;demais serviços (74%); cons-trução civil (60%); transpor-tes (54%); agroindústria(37%); mineração (30%); têxtil(16%) ;

Empresas Estatais:

Extração de petróleo, refinode petróleo e administraçãopública (100%); comunicação(98%); energia elétrica (96%);siderurgia (77%) ; mineração(34%); transportes (8%);

Empresas Privadas: demais se-tores e demais participações.

B.5 - Distribuição da Renda eFunção ConsumoA fonte de dados disponível, eutilizada na tabela abaixo atéo momento (4/90) ainda é aENDEF (Enquete Nacional deDespesas Familiares) de 1974,a necessária atualização dosparâmetros abaixo só poderáser realizada uma vez disponí-veIos dados da POF (PesquisaOrçamentos Familiares)de 1986.

37

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Distribuição da Renda e do ConsumoClasse RT C RD N

1 3068 3018 3052 21952 6674 6479 6594 40033 12146 11509 11876 41214 18943 17352 18361 25565 26661 23544 25714 20306 37582 31635 36141 15417 54866 43450 52535 11988 93119 67393 88349 9999 266315 131411 252825 491

• Total 27887 21157 26774 19134

Onde:RI : despesa total monetária e não monetária;C : gastos de consumo calculado como a despesa corrente mais gastos com

automóveis exclusive impostos e encargo social;N : número de familias;RD : renda disponivel calculado como a renda tota1CRTl menos os impostos e

contribuições trabalhistas;

Considerando as hipóteses J amencionadas todas as variáveistêm distribuição lognormal.Supondo a população concen-trada no ponto médio de cadaclasse, mK a média da classe,

m a média geral, a variânciapode ser calculada utilizandoa propriedade da média da log-normal, E(x) = Exp( ~ + 02/2),temos:

e 2(j = 2 ( Ln(m) - Il )

Os dados acima devem ser com-patibilizados Com os resulta-dos para o ano de 1980. Paraisto foi suposto a estabili-dade da variância das distri-buições - que são independen-

d f fLn(r )=a +~ Ln(r)

tes de escala - e corrigidosos momentos centrais. Asfunções que relacionam as dis-tribuições de probabilidadeacima determinam a rendadisponível e o consumo:

['então :

utilizando as propriedadesacima foram calculados osparâmetros das distribuições edas funções para os períodos1975 e 1980. O efeito davariação dos preços, foidesconsiderado e calculado umíndice de população que fazcom que a renda das famíliasapurada em 1980 tenha o mesmo

38

valor médio da renda dasfamílias em 1975 acrescido doaumento da renda per capitano período. A linha T indicao total do item apurado nascontas nacionais em 1980 queserá utilizado para corrigiras médias das demaisvariáveis.

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TmI.L<T(3a::

rt75 rt80

906327887 351669.6991.074 1.074

e75

211579.5900.7400.8421.445

e80

7404287289.8960.7400.8421.573

ir75

19645.713.741. 89

-12.57

ir80 rd75 rd80

817 85263170 26774 330826.19 9.673 9.8843.74 1.045 1.0451.89 0.986 0.986

-12.52

A linha T está em cruzeiros de1980, e a linha m em cruzeirosde 1975, o índice da populaçãoimplícito retira o efeito dainflação (9063/35.166 = 258).

B.6 - Estimativas das Equaçõesde Comércio ExternoOs setores foram agrupados demodo específico para as impor-tações e as exportações deforma a corresponder da formamais próxima possível das ca-tegorias com que são apuradosos índices de comércio exte-rior. Para cada grupo foi es-timada uma equação, utilizandodados trimestrais - para dis-por da maior amostra possível,dando mais importância a si-tuação atual - e ignorando aestrutura do resíduo, porconta da equação ser utilizadaapenas para projeções de longoprazo. Este tipo de método érigoroso quando as variáveiscointegram, como é o caso daexportação de manufaturados, eimportação de bens de capital.Os resultados estão apresenta-dos abaixo, onde os númerosentre parênteses é o valor doteste T sem o sinal, e valecomentar as equações isolada-mente.As variáveis da equação de ex-portação de manufaturados co-integram, de modo que de di-

reito esta equação pode serinterpretada como expressandoo equilíbrio de longo prazo,onde (W) refere-se ao guantumimportado pelos países da OECD(fonte IFS). No caso das de-mais exportações, foi introdu-zida uma variável indicadortemporal, e o preço das commo-dities (pf, fonte IFS), e aco-integração não ocorre, demodo que a equação no máximopode ser entendida como umaaproximação. Na importação debens de capital, foi introdu-zido o produto doméstico debens de capital (iwy) comoproxy para o nível e investi-mentos, as variáveis co-inte-gram, e além disso a elastici-dade da variável (imy) é uni-tária, de forma que o uso naforma de coeficientes deimportação é de pleno direito.Nas demais importações (lO)foi introduzida uma medi<!a dacapacidade de produção (q ), eo produto do setor industrial.As variáveis não se co-inte-gram, e também a elasticidadedo efeito quantidade longe deser unitária. De fato, estaequação demandaria uma medidade demanda doméstica mais pró-xima dos setores componentesque não se encontra disponí-vel. Em todos os casos foramutilizadas as elasticidades doefeito do comércio mundial, docâmbio e do grau de uso em to-das as equações:

39

".•

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Exportação de Manufaturados(X):

log(X) = cnst - 1.02LOG(U) + 1.759LOG(W) + O.646-LOG(C)(4.7) (19.1) (5.5)

Demais Exportações(XO):

Log(XO) = cnts + 0.552 LOG(W) + O.496LOG(Pf) -0.654d864(3.7) (4.4) (5.6)

Importação de bens de Capital(IK):

LOG(IK) = cnts - 1.13LOG(C) + 0.999 LOG(PK)(6.9) (5.5)

Demais Importações exclusive petróleo (10):

-LOG(IO) = cnts - 0.86 LOG(C) 1.47 LOG(q) 0.159LOG(Uq-)(6.8) (6.2) (4.7)

B.7 - Métodos de Soluçãoo modelo coloca problemas nu-méricos para a obtenção dassoluções dos sistemas deequações não lineares que for-mam o modelo, e que foram con-siderados com métodos especí-ficos objetivando tornar maiseficiente sua solução. Em to-dos os casos foi utilizado ométodo de Gauss-Newton, porequação para funções analíti-cas ou não. Os problemas são o

da determinação do índice deremuneração do trabalho ou dasmargens, o da determinação dosprodutos, o da determinaçãodos investimentos no longoprazo, e o do fechamento domodelo.O problema do índice de remu-neração pode ser colocado emdeterminar o escalar T tal quesejam atendidos, a restriçãode recursos setoriais, os pre-ços e as margens das empresas:

'ti j E F

P (1-'t )=(" (a -h (U,C)a" )p +C1) (l+m M)+ (<r + [3 (1+<:'))T 'tIJ't1.Fj j £..i i j i i j i . j j j j <" j

.'

Seja CF = L h. (U, C) a" P: C + a Pi 'tIjj i 1 i j 1 i j

A (M) = 1 - 't - a ( 1 + m.M) ou = -a (1 + m.M)ij j jj J ij J

-1 inversa de A, então B (M)Li

A-1(M)e A a = v ej i ij

T = (Li P i t-1

V - L. CF B. (M) ) / L B. (M) (õ + [3 (l +ç ))i J j J J j j j

Caso o índice de remuneração(T) seja dado é possível in-verter numericamente a ex-pressão acima e derivar o

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índice das margens (M) consis-tentes.O problema da determinação doproduto implica resolver um

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sistema em que o quanto consu-mido depende das funções (f)não lineares, e sem expressãoanalítica, mas que podem serexpandidas em séries de potên-cia. Tomando apenas o termo daprimeira derivada - calculadas

numericamente -, obtém-se umaforma linear aproximada pararesolver interativamente oproblema. As funções (C, C',e C") são estimadas numerica-mente no ponto (RO ,VO ):

q + qm = L aij

qj + f (R, v, p) +e eu, c, W) + L i + <;;9G/pi i j i •. j ji i 9

+ aO •.

C(R,V) _ C(R ,V )+ ( R - R )C'(R ,V ) + (V - V) C"(R V)o o o o o o o' o

o investimento nas projeçõesde longo prazo também pode serresolvido expandindo em sériede potência as funções nãolineares que determinam os in-vestimentos setoriais, resul-tando um sistema de equaçõeslinear que pode ser resolvidointerativamente. Caso algumsetor tenha a sua produção de-finida, basta retirá-lo doproblema e imputar os seusgastos de investimento e de

insumo nos demais setores.Vale mencionar que estasequações correspondem a umsistema polinomial de potência(t-tO), o que implica na exis-tência de mais de uma raizreal, e portanto o risco de seobter mais de um resultadoigualmente consistente para asprojeções. As funções (Z e Z')são estimadas numericamente noponto (q):

( / )l/(t-tO) + õ )qj qjO i

i TIij - ij Z (q ) + ( qJ. - q.j j J

z' (q- )j j

Finalmente, o fechamento domodelo é também resolvidodesenvolvendo a função abaixo

em série de potências, tomandoo primeiro termo, e resolvendointerativamente:

R = L F ( C, W, G, R, A) K (C, A)j J j

R ~ R(A ) - (A - A R'(A)o o o

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PUBLICAÇÕES DO IPEA (TEXTOS)1990/1991

TEXTO PARA DISCUSSÃO INTERNA - TDI

.-

N!! 185 - ''Trade Policies in Brazil", Helson C. Braga e Willlam G. Tyler, março 1990, 25 p.

N!! 186 - "Restrições Externa, Restrição Orçamentária e Restrição de Capacidade: O Caso Brasileiro", FábioGiambiagi, março 1990, 40 p.

N!! 187 - "BraziI1950-1980: Three Decades of Growth-Criented cf Economic Policies", Pedro Malan e Regis Bonelli,março 1990, 71 p.

N!! 188 - "Oferta Monetária, Nrvel de Atividade Econômica e Inflação", José W. Rossi, março 1990,14 p.

N!! 189 - "Measuring and Explaining Total Factor Productivity Growth: Brazilian Manutacturing in the Seventies",Armando Castelar Pinheiro, março 1990, 71 p.

N!! 190 - ''Technical Etticiency in Brazilian Manutacturing Establishments: Results for 1970 and 1980", ArmandoCastelar Pinheiro, julho 1990, 17 p.

NQ191 - "Why the Market Reserve is Not Enough: the Dittusion of Industrial Automatic Technology in BrazilianProcess Industries and its Pollcy Implications", Ruy de Quadros Carvalho, julho 1990. (em processo deedição).

NQ192 - "Salário Mfnlmo e Taxa de Salários: O Caso Brasileiro", Ricardo Cicchelli Velloso, agosto 1990, 36 p.

NQ193 - "O Desempenho do Governo Brasileiro e do Banco Mundial com Relação à Questão Ambientai do ProjetoFerro Carajás", Sergio Margulis, agosto 1990, 83 p.

N!! 194 - "O Desempenho do Governo Brasileiro e Banco Mundial com Relação à Questão Ambiental em ProjetosCo-Financiados pelo Banco", Sergio Margulis, agosto 1990, 35 p.

N!! 195 - ''The Road Transportation Industry in Brazil: Market Structure, Performance and Government Regulation",Newton de Castro, setembro 1990, 53 p.

NQ196 - "Do Cruzado ao Collor. Os Planos de Estabilização e a Agricultura", Gervásio Castro de Rezende,setembro 1990, 25 p.

NQ197 - "A Agricultura de Grãos no Centro-Oeste: Evolução Recente, Vantagens Comparativas Regionais e oPapel da Polrtica de Preços Mfnimos", Gervásio Castro de Rezende, outubro 1990, 36 p.

NQ198 - "A Integração das Américas: Por que? Para Quem? Quando? Como?", Roberto Cavalcanti de Albuquerque,outubro 1990, 48 p.

NQ199 - "A Evolução da Distribuição de Renda entre 1983 e 1988", Regis Bonelli e Guilherme Luis Sedlacek, outubro1990, 15 p.

Nota: A partir nQ200 esta série passou a ser denominada TEXTO PARA DISCUSSÃO,absorvendo a antiga série TO, editada pelo IPLAN.

TEXTO PARA DISCUSSÃO. TO

NQ200 - "Determinadores da Participação de Menores na Força de Trabalho", Ricardo Paes de Barros e RosaneSilva Pinto Mendonça, novembro 1990.

NQ201 - "fndices de Exportações para o Brasil: 1974/88", Armando Castelar Pinheiro e Ronaldo Serôa da Motta,novembro 1990.

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Nº 202 - "Infância e Adolescência no Brasil: As Conseqüências da Pobreza Diferenciadas por Gênero, FaixaEtária e Região de Residência", Ricardo Paes de Barros e Rosane Silva Pinto Mendonça, novembro1990.

Nº 203 - "Wages in Urban Brazil: Evidence of Regional Segmentation of National Markets", Willlam D. Savedoft,dezembro 1990, 23 p.

Nº 204 - "Crescimento da Agricultura Brasileira e PoUtica Agrícola nos Anos 80", José Garcia Gasques e carlos M.Villa Verde, novembro 1990, 15 p. +anexos.

Nº 205 - "Quem se beneficia dos Programas Governamentais de Suplementação Alimentar", Ana Maria Peliano,novembro 1990, 10 p. +anexos.

Nº 206 -"Determinação da Taxa de Câmbio: Testes Empíricos para o Brasil", José W. Rossi, dezembro 1990.

Nº 207 - "A Colonização Oficial na Amazônia nos Anos 80", Anna Luiza Oz6rio de Almeida e Charley FrancisconiVeloso dos Santos, dezembro 1990.

Nº 208 - "A Colonização Particular na Amazônia nos Anos 80", Anna Luiza Oz6rio de Almeida e Charley FrancisconiVeloso dos Santos, dezembro 1990.

Nº 209 - "A Mulher Cônjugue no Mercado de Trabalho como Estratégia de Geração de Renda Familiar", GuilhermeLuis Sedlacek e Eleonora Cruz Santos, fevereiro 1991.

Nº 210 - "fndices Ponderados de Agregados Monetário para o Brasil", José W. Rossi e Maria da Conceição Silva,março 1991.

Nº 211 - "Interpretando Variações nos fndices de Theil", Lauro Ramos, março 1991.

Nº 212 - "O Custo Financeiro Real da Devida Mobiliária Federal: Mensuração Diretas", Maria da Conceição Silva,abril 1991.

Nº 213 - "Desigualdade de Renda e Crescimento Econômico no Brasil: 1976/85", Lauro Ramos, abril 1991.

Nº 214 - "Vantagens Comparativas Reveladas, Custo Relativo de Fatores e Intensidade de Recursos Naturais:Resultados para o Brasil", Marcelo J.B. Nonnemberg. abril 1991.

Nº 215 - "Perspectivas Econômicas do Desflorestamento da Amazônia", Eustáquio José Reis e Sergio Margulis,maio 1991.

Nº 216 - "Fontes Ex6genas de Aceleração Inflacionária no Brasil entre 1980 e 1985", Elcyon caiado Rocha Uma eJosé W. Rossi, maio 1991.

RELATÓRIO INTERNO - RI

Nº 013 - "Fatores Sazonais da Receita Tributária", Fábio Giambiagi, março 1990,19 p.

Nº 014 - "O Déficit Fiscal: caixa ou Competência". Maria da Conceição Silva, julho 1990, 12 p.

Nota: Esta série, Relat6rio Interno (Rio de Janeiro), mudou a numeração a partir da reestruturaçãoeditorial começando do número 01, em cada Coordenação. a saber:

Coordenação de PoUtica Agrícola. CPA

Nº 01/90 - "Nota sobre Gastos Públicos na Agricultura", Carlos M. Villa Verde e José Garcia Gasques, setembro1990.4 p.

Nº 02/90 -"Mercados Agrícolas, Instabilidade e Condições para uma Regulamentação Econômica". Guilherme CostaDelgado, janeiro 1991, 11 p.

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ESTUDOS DE POLíTICA INDUSTRIAL E COMÉRCIO EXTERIOR - ÉPICO

Nº 015 - "As Operações de Serviços no Brasil: Construção e Engenharia: Coleta de Informações e Análise", ReinaldoGonçalves, março 1990, 136 p.

Nº 016 - "As Operações de Serviços no Brasil: Vídeo-Coleta de Informações eAnálise", Reinaldo Gonçalves e NivaldeJ. castro, março 1990, 65 p.

Nº 017 - "Política Tarifária Brasileira no Período 1980-88: Avaliação e Reforma", Honorio Kume.

Nº 018 - "O Protecionismo dos Países Desenvolvidos e o Acesso de Produtos Brasileiros aos Mercados Externos",Ua Valls Pereira, março 1990, 332 p.

Nota: Esta série foi incorporada à atual série TO.

...

SÉRIE EAC-SIMILE

Nº 035 - liA Competição Espacial da Indústria Siderúrgica: as Implicações da Localização de Indústrias Produtorasde Ação na Amazônia", Carlos Maurício de Carvalho Ferreira, março 1990, 133 p.

Nº 036 - "Salários Nominais, Política Salarial e Ativismo Sindical", José Márcio Camargo, março 1990, 78 p.

Nº 037 - "A Teoria do Equilíbrio Geral e a Programação com um Número Infinito de Bens", A. Araújo, março 1990,52p.

Nº 038 - "Desenvolvimento da Agricultura no Norte-Fluminense, 1975/85. A Estrutura Geral do Agro Norte-Fluminense Atual (1975/1985)", carlos Eduardo Rebello de Mendonça, junho 1990, 28 p.

Nº 039 - "Formação do Estado e de sua Fiscalidade. A Gênese do Imposto de Renda no Brasil", Maria Valéria JunhoPena, junho 1990, 78 p.

Nº 040 - "A Contribuição da Dívida Pública ao Financiamento do Setor Público", Alexandre Rodrigues D'Almeida,junho 1990, 91 p.

SÉRIE ESEP

NOTA PARA DISCUSSÃO - ND

\Iº 004 - "Metodologia de Projeção dos Gastos Previdenciários e Assistenciais", Francisco E.B. de Oliveira, HildaMaria cabral, Kaizô Beltrão e Sheyla Jarrnouch Brito, março 1990, 174 p.

Nota: Esta série foi incorporada à atual série TO.• ,,~cNó'l1

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'"Nº 009 - "Aspectos Complementares da Circulação Urbana", Charles Leslie Wright, fevereiro 1990, 26 p.

Nº 010 - "País Rodoviário e Outros Mitos", Charles Leslie Wright, março 1990, 24 p.

Nota: Esta série foi incorporada à atual série TO.

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Coordenação de PoUtica Macroeconômica - CPM

NQ01/90 - "Execução Financeira do Tesouro Nacional", Paulo Furtado de Castro e José Romeu de Vasconcelos,setembro 1990, 3 p.

NQ 02/90 - "Aspectos Básicos dos Efeitos do Prograrna de Estabilização Econômica na Contabilidade dasInstituições Financeiras e Banco Central", Paulo Zolhof, setembro 1990, 2 p.

NQ03/90 - "DMda Externa: A Proposta Brasileira - 1990", Eduardo Felipe Ohana, novembro 1990, 1 p.

NQ04/90 _"A Questão Inflacionária", Eduardo Felipe Ohana e José Hamilton de O. Bizzaria, novembro 1990,1 p.

NQ05/90 - "A Execução da Política Monetária em 1990", José Romeu de Vasconcelos, novembro 1990, 1 p.

Coordenação de Difusão Técnica e Informações. CDTI

NQ01/90 - "As Exportações Brasileiras no Último Trimestre de 1990", Moysés Tenenblat (CDTI) e Mary de MeloSouza (CPM), novembro 1990,1 p.

NQ02/90 - "Forecasting with Trading Day Variation, a Seasonal Common Factor, and Variance Change", CarlosHenrique Motta Coelho e Moysés Tenenblat, janeiro 1991, 4 p.

NQ03/90 - "As Importações Brasileiras no Primeiro Bimestre de 1991", Mary de Melo Souza e Moysés Tenenblat,janeiro 1991, 2 p.

NQ04/90 - "A Estimativa da Receita de Divisas pelo Modelo Função Transferência", Mary de Melo Souza e MoysésTenenblat, fevereiro 1991, 2 p.

NQ05/90 • "Notas sobre Salários, a Indexação e a Livre Negociação", Luiz Zottmann, abril 1991, 5 p.

NQ06/90 _"A Hiperinflação, o Plano Collor e a Modelagem", Luiz Zottmann, abril 1991, 2 p. +anexos.NQ07/90 - "Indicadores e Antecedentes para as Exportações e Importações Totais Brasileiras", Mary de Melo Souza

e Moysés Tenenblat, maio 1991, 11 p.

Coordenação de Política Social - CPS

NQ01/90 - "Informações Demográficas: O que tem, o que se usa e como se usa?", Ana Amélia Camarano, janeiro1991,5 p.

NQ02/90 • "Dinâmica Demográfica por Nrvel de Renda", Ana Amélia Camarano (IPEA) e Kaizô Beltrão (IBGE), março1991,8 p.

DOCUMENTO DE pOLíTICA. DP

NQ01 - "Política Industrial e de Comércio Exterior: Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria", agosto 1990(Diretoria Técnica).

NQ02 - "O Sistema Financeiro Pós-Brasil Novo: Urna Agenda de Reformas", Carlos von Doellinger, janeiro 1991.

DOCUMENTO AVULSO. DA

NQ01 - "O Movimento da Produtividade no Japão", textos selecionados por Dorothea Werneck, abril 1991.

• •

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TEXTO PARA DISCUSSÃO - TO

Nº 026 - "Salário Real e Oferta de Alimentos Básicos: Análise do Caso Brasleiro", Cartos Antônio Luque e José PauloZeetano Chahad, janeiro 1990, 94 p.

Nº 027 - "O Estado e o Transporte Rodoviário de Carga", Ieda Maria de O. Uma, janeiro 1990, 142 p.

Nº 028 -"O Brasil e o Banco Mundial: Um Diagnóstico das Relações Econômicas -1949/1989", Coordenadoria deProgramas Setoriais de SEAIN/SEPLAN-PR, fevereiro 1990, 190 p.

Nº 029 - "Heterodoxy and Inflation in Brazil", Luiz Zottmann, março 1990, 45 p.

Nota: Esta série foi incorporada à atual série TO.

ACOMPANHAMENTO DE pOLíTICAS PÚBLICAS - APP

Nº 023 - "A Criança no Brasil: O que fazer?", Convênio IPEAlIPLAN-UNICEF, fevereiro, 98 p.

Nº 024 - "Educação Básica: Perspectivas para a Década de 90", Coordenadoria de Educação e Cultura, fevereiro1990,36 p.

Nº 025 - "Mudança Tecnológica, Aumento de Produtividade e Participação dos Trabalhadores em EmpresasEstatais: Elementos para o Planejamento - Pesquisa do DIEESE e CEDAC", Coordenadoria de Empregoe Salários, março 1990, 80 p.

Nº 026 - "Acesso à Informação: Limites Culturais do Desenvolvimento", Coordenadoria de Educação e Cultura,março 1990, 18 p.

Nota: Esta série foi incorporada a atual série TO.

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