Modelos assistenciais de saúde
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Health & Medicine
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POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
Conceitos fundamentais e modelos assistenciais
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SISTEMA DE SAÚDE (CARVALHO; MARTIN; CORDONI Jr, 2001)
• Sanitarismo Campanhista - início do Séc. XX a 1945
Combate às doenças que prejudicavam a exportação de
café
• Período de Transição - 1945 a 1960
Industrialização diagnóstico e terapêutica dicotomia
entre área preventiva e curativa
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• Modelo Médico Assistencial Privativista - 1960 ao início déc. 80
Expansão da rede hospitalar e contratação de serviços
privados população sem assistência de saúde
• Modelo Plural - SUS
Déc. 80 Reforma Sanitária Atenção Primária à Saúde
1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde • Desigualdade no acesso aos serviços de saúde• Inadequação dos serviços às necessidades da população• Qualidade insatisfatória dos serviços oferecidos• Ausência de integralidade das ações
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Modelo Plural - SUS
1988 - Constituição Brasileira –- nova política de saúde
• 1990 – Leis Orgânicas da Saúde
Lei 8080 – condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços
Lei 8142 – participação da comunidade e transferência de recursos financeiros
1996 – 10ª Conferência Nacional de Saúde – SUS: construindo um modelo de atenção para a qualidade de vida
• 2000 – 11ª Conferência Nacional de Saúde – Modelos de atenção voltados para a qualidade, efetividade, equidade e necessidades prioritárias de saúde
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003
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SAÚDESAÚDE SAÚDESAÚDE 1948
• OMS - É um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de moléstia ou enfermidade .
Kawamoto, 1995
8a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - É a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso à terra, acesso a serviços de saúde (...). Resultado de formas de Organização Social de Produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida. Saúde e doença devem ser entendidas num contexto histórico, tanto nos indivíduos como na coletividade.
Brasil, 1987
1986
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SAÚDE PÚBLICASAÚDE PÚBLICASAÚDE PÚBLICASAÚDE PÚBLICA
Saúde Pública é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde e eficiência mental e física, através de esforços organizados da comunidade, para saneamento do meio, controle das doenças transmissíveis, educação para a higiene pessoal, organização de serviços médicos e de enfermagem, diagnóstico precoce e tratamento das doenças e desenvolvimento de um mecanismo social que permita a cada indivíduo um padrão de vida adequado à manutenção de saúde, organizando esses benefícios, de modo a permitir a cada cidadão alcançar a saúde e a longevidade que lhe cabe de direito.
Winslow, citado por Mehry, 1992
MODELO BIOLÓGICO
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SAÚDE COMUNITÁRIASAÚDE COMUNITÁRIASAÚDE COMUNITÁRIASAÚDE COMUNITÁRIA
A Saúde Comunitária tem como função primordial a manutenção e melhora da saúde dos componentes de uma comunidade concreta, estudando os fatores sociais e econômicos que podem incidir na comunidade e, portanto, na saúde de seus componentes.
Fernandez, 1995
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SAÚDE COLETIVASAÚDE COLETIVASAÚDE COLETIVASAÚDE COLETIVA
A Saúde Coletiva surge como um esforço de
transformação da realidade. Enquanto a saúde
pública centra sua ação a partir da ótica do Estado,
com os interesses que este representa nas
sociedades capitalistas, a saúde coletiva se coloca
como recurso de luta popular e da crítica-renovação
estratégica do “fazer” estatal. Enquanto a saúde
pública assume a consecução de melhorias
localizadas e graduais, a saúde coletiva propõe a
necessidade de uma ação para a mudança social.Egry, 1996
MODELO EPIDEMIOLÓGICO
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QUADRO COMPARATIVOQUADRO COMPARATIVOQUADRO COMPARATIVOQUADRO COMPARATIVO SAÚDE PÚBLICA SAÚDE
COMUNITÁRIA SAÚDE COLETIVA
CONCEITO SAÚDE
DOENÇA
- Conceito da OMS; - Saúde individualizada, preocupada com a causa da doença, ausência de doença
- Conceito da OMS - Saúde idealizada.
- Conceito da 8a CNS - Processo coletivo e não só individual
METODOLOGIA DE AÇÃO
Ação vertical Estado ↓
Profissional ↓
População
Organização comunitária
Ação horizontal Estado↔Prof.↔Pop.
ENFOQUE
-Estado -Programas -Indivíduo
- Realidade da comunidade
- Demandas da população - Participação popular - Coletivo
Egry, 1996
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MODELO ASSISTENCIALMODELO ASSISTENCIALMODELO ASSISTENCIALMODELO ASSISTENCIAL
Combinação de tecnologias utilizadas pela organização dos serviços de saúde em determinados espaços-populações, incluindo ações sobre o ambiente, grupos populacionais, equipamentos comunitários e usuários de diferentes unidades prestadoras de serviço de saúde. Modo de intervenção em saúde.
Paim, 2003
Modo como são produzidas ações de saúde e maneira como os serviços de saúde e o Estado se organizam para produzi-las e distribuí-las.
Campos et al., 1989
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Modelo Médico-Assistencial Modelo Médico-Assistencial PrivatistaPrivatistaModelo Médico-Assistencial Modelo Médico-Assistencial PrivatistaPrivatista
Mais conhecido e prestigiadoDominante no BrasilDemanda espontâneaProcura ao serviço de saúde por doençaQuem ‘não tem doença’ não é alcançado pelo sistema de saúdeCaráter curativoNão tem atendimento integral à comunidadeNão tem compromisso com o impacto sobre o nível de saúde da
populaçãoAlocação de recursos segundo a demanda desordenadaUsado no setor privado e público
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003
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Modelo Assistencial Modelo Assistencial SanitaristaSanitaristaModelo Assistencial Modelo Assistencial SanitaristaSanitarista
Saúde Pública Tradicional
Ação sobre certos agravos ou grupos em risco
Campanhas (vacinação, combate a dengue) e Programas Especiais (controle da tuberculose, hanseníase, saúde da criança, saúde da mulher)
É centralizador
Adotado nas instituições públicas de saúde
Não contempla a totalidade da situação de saúde
Não enfatiza a integralidade da atenção
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003
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Modelos Assistenciais Modelos Assistenciais AlternativosAlternativosModelos Assistenciais Modelos Assistenciais AlternativosAlternativosIntegralidade da atenção e impacto sobre os problemas de saúde
Acesso universal e igualitário às ações e serviços
Rede regionalizada e hierarquizada
Descentralização
Atendimento integral
Participação comunitária
Considera as necessidades de saúde da população
Proporciona reorientação da demanda
Caracteriza o distrito sanitário
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003
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Modelos AssistenciaisModelos AssistenciaisModelos AssistenciaisModelos Assistenciais
Adaptado de Rozenfeld, 2000
MODELO SUJEITO OBJETO MEIOS DE TRABALHO
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
MÉDICO-ASSISTENCIAL
PRIVATISTA
Médico -especialização -complementariedade
-Doença -Doentes (clínica e cirurgia)
Tecnologia médica (indivíduo)
-Rede de serviços de saúde -Hospital
SANITARISTA
Médico Sanitarista -auxiliares
-Modos de transmissão -Fatores de risco
Tecnologia sanitária
-Campanhas Sanitárias -Programas especiais -Sistema de Vigilância Epidemiológica e Sanitária
ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS
Equipe de Saúde População (cidadãos)
Danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde (condições de vida e trabalho)
Tecnologias de comunicação social, de planejamento e programação local situcional e tecnologias médico-sanitárias
Políticas públicas saudáveis -ações intersetoriais -intervenções específicas (promoção, prevenção e recuperação) -operações sobre problemas e grupos populacionais
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE• Modelo curativo de assistência
• conceito de saúde mais abrangente
• modelo de atenção integral à saúde
promoção, proteção e recuperação
Perfil epidemiológico da comunidade e infra- estrutura dos serviços
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Modelos tecno-assistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo
Cecílio L. C. O; Cad. Saúde Pública, RJ, 1997
Pirâmide• “...fluxos ascendentes e descendentes de usuários
acessando níveis diferenciados de complexidade
tecnológica• “...processos articulados de referência e contra-
referência • perspectiva racionalizadora, eficiência na
utilização dos recursos, universalização do acesso e
eqüidade
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Modelos tecno-assistenciais em saúde:da pirâmide ao círculo
Círculo• “...na prática, é diferente. O sistema de saúde seria
mais adequadamente pensado como um círculo, com múltiplas portas de entrada localizadas em vários pontos do sistema e não mais em uma suposta base
• hierarquia tecnológica, com o hospital no vértice x organização do sistema de saúde a partir da lógica do usuário
• oferecer a tecnologia certa, no espaço certo e na ocasião mais adequada.”
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Leitura recomendada
• ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia & Saúde. Modelos de atenção e vigilância da saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003.
• CECÍLIO, Luiz Carlos de Oliveira. Modelos tecno-assistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo, uma possibilidade a ser explorada. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 13(3): 469-478, jul-set, 1997.