MODELOS DE APOIO À DECISÃO · A determinação dos coeficientes de ponderação exige sempre a...
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MODELOS DE APOIO À DECISÃOMODELOS DE APOIO À DECISÃO
Métodos para definição de pesos inter-critérios
Carlos Bana e CostaJoão LourençoMónica Oliveira
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OPÇÕESOPÇÕES
METODOLOGIA MULTICRITÉRIO: Estruturação vs. avaliação
ESTRUTURAÇÃO AVALIAÇÃO
Pontos de vista
Descritores de performances
plausíveis
OPÇÕESOPÇÕES
Perfis de performancedas opções
ValoresParciais
Pesos
Análises deSensibilidadee de Robustez
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Modelo de Avaliação Global
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
)a(v.k)a(V j
n
1jj∑
=
=1j=
V(a) valor global da opção a
vj(a) valor parcial da opção ano PVF/critério j ⎪
⎪⎩
⎪⎪⎨
⎧
==
∀=
∀=
0)(100)(
,0)(
,100)(
tudoempiorVtudoemmelhorV
jpiorv
jmelhorv
jj
jjCom:
kj coeficiente de ponderação(peso relativo)do PVF/critério j
∑=
=n
1jj 1k e kj > 0 ( j = 1,…,n )
O que é que representam os coeficientesde ponderação?
Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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• São factores de escala, constantes de escala, oupesos na linguagem comum
• Representam o contributo para a pontuação global de cada unidade de pontuação segundo o ponto de vista j
• Permitem transformar cada unidade de valor parcialvj em unidades de valor global V( )vj em unidades de valor global V(.)
• Têm em conta a natureza das taxas de substituiçãoentre PVF/critérios
operacionalizam a noção de compensação• Nao podem ser vistos como indicadores directos de
importância!
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Erro mais comum na ponderação: não determinar oscoeficientes de ponderação com referência aos níveis
de performance!
Os intervalos de variação dos níveis de performance dos pontos de vista são elementos determinantespara a obtenção dos valores dos coeficientes de
ponderação.
A determinação dos coeficientes de ponderação exigesempre a comparação das alternativas de referência:▫ Pior vs. Melhor▫ Neutro (nem bom nem mau) vs. Bom
Modelo Aditivo Hierárquico aplicado a uma árvore de pontos de vista
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O cálculodo valorglobal
faz-se de b i
(Lourenço, 2002)
baixoparacima
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Métodos para Ponderação de Pesos
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• Swing weights
• Trade-off procedure
• MACBETH
Método dos Swing Weights
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Swing Weighting Procedure: 3 etapas
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1. Estabelece-se uma ordenação dos coeficientes de ponderação dos pontos de vista.
2. Procede-se à sua quantificação.3. Normalizam-se os valores obtidos para que a
sua soma seja igual à unidade.j g
Nota: Nos exemplos usamos como referência os níveis pior e melhor em cada PVF, aos quais se fazem corresponder os
valores de 0 e 100, respectivamente.Poderiam ter sido adoptados quaisquer outros dois níveis
de referência suficientemente distintos (como por exemplo, os níveis “neutro” e “bom” ou “neutro” e “positivo”).
Primeira etapa: ordenação dos coeficientes de ponderação
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O facilitador pede ao decisor que considere
todos os pontos de vista fundamentais do
problema de decisão
melhor1 melhor2 melhor3 melhor4
problema de decisão (representados por PV1, PV2, PV3 e PV4) que se apresentam nos piores
níveis. PV1 PV2
pior2
PV3 PV4
pior1 pior3 pior4
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Primeira etapa: ordenação dos coeficientes de ponderação
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Posteriormente, pergunta-se ao decisor: “Se fosse
possível passar do pior nível para o melhor num único ponto de vista, qual era o ponto de vista que seleccionaria para essa
mudança?”
melhor1 melhor2 melhor3 melhor4
ç
Resposta do decisor: “Privilegiaria passar do
pior nível para o melhor no ponto de vista PV2”. PV1 PV2
pior2
PV3 PV4
pior1 pior3 pior4
Primeira etapa: ordenação dos coeficientes de ponderação
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Próxima pergunta: “Excluindo o PV2 que já foi por si seleccionado, qual seria o ponto de vista que escolheria de seguida para passar do pior nível para o melhor nível?”Resposta: “Escolheria o ponto de vista PV1”.
Continuar-se-ia a questionar sucessivamente o agente de Continuar-se-ia a questionar sucessivamente o agente de decisão sobre qual o ponto de vista que seleccionaria para passar do pior nível para o melhor nível, excluindo os pontos de vista escolhidos anteriormente, até que restasse somente um ponto de vista por seleccionar.Resultado: uma sequência…
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Primeira etapa: ordenação dos coeficientes de ponderação
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melhor1 melhor2 melhor3 melhor4 O agente de decisão indicou que passar do nível pior para o nível melhor em PV2 era preferível a passar do nível pior para o nível melhor em PV1, que por sua vez era preferível a passar do nível pior para o nível melhor em PV4, que por sua vez…
PV1 PV2
pior2
PV3 PV4
pior1 pior3 pior4
( ) ( ) ( ) ( ) ( )jj3j34j41j12j2 ,piorpior,melhorpior,melhorpior,melhorpior,melhor ∀≠≠≠≠ ffff
Onde: “X fY” indica que X é preferível a Y.
Esta relação de preferência pode ser simbolicamente representada por:
Primeira etapa: ordenação dos coeficientes de ponderação
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Se forem atribuídos 100 pontos aos níveis melhores e zero pontos aos níveis piores, representando kj o coeficiente de ponderação do ponto de vista j, virá:
( ) ( ) ( ) ( ) 0k0-100k0-100k0-100k0-100 3412 >⋅>⋅>⋅>⋅
O que equivale a:
0kkkk 3412 >>>>
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Segunda etapa: quantificação dos valores a atribuir aos coeficientes de ponderação dos pontos de vista
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pontos de vista
• Etapa de quantificação dos factores de escala dos PV. • Comparam-se os incrementos (swings) do pior nível
para o melhor nível em cada um dos pontos de vista com o swing do pior nível para o melhor num ponto de vista de referência ao qual é atribuído 100 pontos.
• Nota:▫ Qualquer ponto de vista poderá servir de PV de referência.
Maioritariamente usa-se o ponto de vista que na primeira etapa foi escolhido em primeiro lugar.
Segunda etapa: quantificação dos valores a atribuir aos coeficientes de ponderação dos pontos de vista
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pPergunta:
“Em quanto é que quantificaria uma passagem do pior nível para o melhor nível no ponto de vista PV1 sabendo que ao swing do pior nível para o
melhor nível em PV2 foram
melhor2 melhor1 melhor4 melhor3100
80
melhor nível em PV2 foram atribuídos 1oo pontos?”
PV2 PV1
pior1
PV4 PV3
pior2 pior4 pior3
0
Resposta: “Para mim passar do pior nível para o melhor em PV1 é equivalente a 80% do
swing em PV2”.
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Segunda etapa: quantificação dos valores a atribuir aos coeficientes de ponderação dos pontos de vista
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p
Repete-se o processo: o decisor compara a passagem do pior nível para o melhor nível do
ponto de vista PV4 com o incremento do pior nível para
o melhor nível de PV2, e
melhor2 melhor1 melhor4 melhor3100
80
60
20repete-se a questão utilizando
na comparação PV3.
Supondo que o decisor responde respectivamente 60 e 20, corresponderia a dizer que atribuiu estes valores às constantes de escala dos pontos de
vista 4 e 3, ficando assim concluída a segunda etapa deste procedimento
PV2 PV1
pior1
PV4 PV3
pior2 pior4 pior3
0
Terceira etapa: normalização dos coeficientes de ponderação
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Normalização dos coeficientes de ponderação obtidos na etapa precedente, para que a sua soma seja igual a 1, utilizando a expressão seguinte:
∑= n
'
'j
j
k
kk , com (j =1,…, n)
∑=1j
jk
'jk
jk
onde: - é o coeficiente de ponderação não normalizado do ponto de vista j (obtido na segunda etapa);
- é o coeficiente de ponderação normalizado do ponto de vista j.
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Terceira etapa: normalização dos coeficientes de ponderação
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• Para o nosso exemplo, resultariam os seguintes coeficientes de ponderação normalizados:
0,31602010080
80k1 =+++
=
0,38100k 2 == 0,38602010080
k 2 +++
0,08602010080
20k 3 =+++
=
0,23602010080
60k 4 =+++
=
Swing Weights no modelo aditivo hierárquico
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• Foi descrita a situação mais simples!▫ A aplicação deste procedimento de ponderação a uma estrutura
arborescente de pontos de vista com mais do que um nível hierárquico é significativamente mais complexa.
• Deverá repetir-se o procedimento de ponderação tantas vezes quantas o número de sub-árvores existentes na árvore de pontos de vista.
• As questões a colocar ao agente de decisão terão de ser adaptadas à hierarquia de pontos de vista existenteadaptadas à hierarquia de pontos de vista existente.
• Para se determinar os coeficientes de ponderação dos vários pontos de vista dever-se-á utilizar uma abordagem de baixo para cima:A. Ponderar os PVFB. Depois passar à determinação dos coeficientes dos PV
hierarquicamente superiores a estes PVF e proceder assim sucessivamente até se chegar ao topo da hierarquia.
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Swing Weights no modelo aditivo hierárquico - Exemplo
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Global
PV1 PV2 PV3
PV1.1.1
PV1.1 PV1.2
PV1.1.2 PV1.1.3 PV1.2.1 PV1.2.2 PV1.2.3 PV1.2.4
PV3.1 PV3.2
100 4060 100 75 50 25
100 25
Swing Weights no modelo aditivo hierárquico - Exemplo
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Para a determinação dos coeficientes de ponderação de PV1.1 e de PV1.2 existem duas opções (ou combinações destas duas opções):
1ª Opção: Compara-se o swing dos níveis de referência inferiores para os níveis de referência superiores de todos os pontos de vista fundamentais de PV1.1 (em simultâneo) com o swing equivalente de todos os ) g qpontos de vista fundamentais de PV1.2 (em simultâneo);
2ª Opção: Compara-se o swing do nível de referência inferior para o nível de referência superior de um ponto de vista fundamental de PV1.1 com o swing equivalente de um ponto de vista fundamental de PV1.2.
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1ª opção: Swing Weights no modelo aditivo hierárquico
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• Questão inicial a colocar ao decisor: “Se todos os pontos de vista fundamentais (PVFs) de PV1.1 e de PV1.2 estivessem nos níveis de referência inferiores, qual desses dois conjuntos de pontos de vista seleccionaria para passar em primeiro lugar para os níveis de referência superiores?”.
• Resposta: “O conjunto dos pontos de vista de PV1.1”.• Questão seguinte: “Em quanto é que quantificaria o swing dos níveis de
f ê i i f i í i d f ê i i d referência inferiores para os níveis de referência superiores nos PVFs de PV1.2 sabendo que ao swing equivalente nos PVFs de PV1.1 foram atribuídos 100 pontos?”.
• Resposta : “Esse swing equivale a 60% do swing nos PVFs de PV1.1”.
Então os coeficientes de ponderação de PV1.1 e de PV1.2 seriam respectivamente 0,625 e 0,375
(obtidos respectivamente de 100/160 e 60/160).
2ª opção: Swing Weights no modelo aditivo hierárquico
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• Opção mais simples. • Primeiro são seleccionados dois PVFs, um de
PV1.1 e outro de PV1.2, para servirem de base de comparação. ▫ Supondo que se escolhiam para esse efeito os
PVF d i fi i d d ã d PVFs de maior coeficiente de ponderação em cada sub-árvore, ou seja, PV1.1.1 e PV1.2.1.
• Num primeiro passo, teria de se estabelecer uma ordenação de preferência entre esses dois PVFs.
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2ª opção: Swing Weights no modelo aditivo hierárquico
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• Pergunta ao decisor: “Estando os dois PVFs nos níveis de referência inferiores, qual deles é que seleccionaria em primeiro lugar para passar para o nível de referência superior?”
• Resposta: “PV1.1.1”
• Questão seguinte: “Em quanto é que quantificaria passar • Questão seguinte: Em quanto é que quantificaria passar do nível de referência inferior para o nível de referência superior em PV1.2.1 sabendo que ao swing equivalente em PV1.1.1 foram atribuídos 100 pontos?”
• Resposta: “Quantifico esse swing em 48% do swing em PV1.1.1”
2ª opção: Swing Weights no modelo aditivo hierárquico
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Os coeficientes de ponderação de PV1.1 e de PV1.2 seriam então calculados através das seguintes
expressões:
625025048200100
200100
kkkk
kkk 4
1 2 j'
121
3
1 1 j'
111
3
1j
'1.1.j111
1.1 ,''''
''..
=×+×
×=
⋅+⋅
⋅=
∑∑
∑=
kkkk1j
1.2.j1211j
1.1.j111 .... + ∑∑==
375025048200100
25048
kkkk
kkk 4
1j1.2.j'
121
3
1j1.1.j'
111
4
1j
'1.2.j121
1.2 ,''
..''
..
''..
=×+×
×=
⋅+⋅
⋅=
∑∑
∑
==
=
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Duas abordagens possíveis para o SwingWeights no modelo aditivo hierárquico
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
Opção de comparação porníveis
Opção de comparação entre níveis
Teria de comparar-se os swings dos níveis de referência inferiores para os níveis de referência superiores dos pontos de vista hierarquicamente inferiores a
Poder-se-ia comparar swingsde pontos de vista em quaisquer níveis hierárquicos, oferecendo-se essa escolha ao agente de decisão, ficando o q
PV1 (os quais por sua vez correspondem aos mesmos swings em todos os PVFs de PV1.1 e de PV1.2) com os swings em PV2 e em PV3 (correspondendo este aos swings nos seus PVFs).
ónus da complexidade dos cálculos por conta do facilitador.
Método Trade-Off
A ideia chave deste procedimento de ponderação consiste p p çem comparar 2 alternativas fictícias de cada vez, alternativas estas cuja performance difere apenas em 2 PVF (consequentemente, as 2 alternativas têm a mesma performance nos restantes PV).
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Introdução
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
C1 C2A l i A
SUP1
A BSUP2
A alternativa A tem uma performance ao nível de referência superior no PV C1 e uma performance ao nível de referência inferior no PV C2; a alternativa Btem uma performance ao
INF1 INF2
tem uma performance ao nível de referência inferior no PV C1 e uma performance ao nível de referência superior no C2.
Introdução
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A escolha da alternativa preferida pelo agente de decisão indica que PV, de entre os dois considerados, tem a maior importância relativa, ou seja, qual é o que tem maior coeficiente de ponderação (neste caso terá sido escolhida a alternativa A, portanto o C1 terá maior peso que o C2). O PV com maior peso serve tipicamente de PV de referência, embora possa ser seleccionado outro PV para esse efeito. p
O trade-off deste procedimento consiste em ajustar o nível de impacte de uma das alternativas no PV de referência para se conseguir obter uma relação de indiferença entre as duas alternativas.
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Introdução
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
P i i
C1=Referência C2
Para isso, ou se piora o impacte da alternativa que está ao nível de referência superior no PV de referência, ou se melhora o impacte da
l i á
Referência
SUP1
2
A BSUP2
alternativa que está ao nível de referência inferior no PV de referência.
INF1 INF2
Introdução
Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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Estes ajustamentos terão de repetir-se para n–1 pares de alternativas fictícias significativas!
Se as funções de valor associadas aos PV forem conhecidas, os coeficientes de ponderação dos PV podem ser determinados pela resolução de um sistema de equações que incorpore a restrição de normalização e as n–1 relações de indiferença obtidas anteriormente.
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Exemplo
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Supondo que existe um problema que envolve a decisão de aquisição de um novo escritório onde se vão utilizar os três PV apresentados na tabela seguinte (onde também se mostram as melhores e piores performances das alternativas que se analisaram):
PV/Critério Descrição Melhor PiorPV/Critério Descrição Melhor Pior1 Preço (Mio €) 1 2
2 Centralidade (distância ao centro em km) 0 50
3 Estacionamento (n.º de lugares) 15 5
Exemplo
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100 100o)
0
2040
6080
100
1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
Preço (106 €)
V(pr
eço)
0
20
40
60
80
100
0 10 20 30 40 50
Distância ao centro (km)
V(di
stân
cia
ao c
entr
o
Considere-se que os gráficos representam as funções de valor dos PV (critérios). 0
20
40
60
80
100
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15N.º lugares de estacionamento
V(n.
º lu
gare
s de
es
taci
onam
ento
)
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Método Trade-Off: Exemplo
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1ª Etapa:Estabelecer uma ordenação de preferência entre os vários PV considerados (etapa idêntica à primeira etapa do método de ponderação Swing Weighting).
2ª Etapa:Selecciona-se o PV que irá servir de referência nas comparações entre alternativas fictícias. Para esse fim, seleccionou-se o PV “preço” embora qualquer um dos restantes PV pudesse ser utilizado.(cf., Keeney, 1980, pp. 67-71 e Keeney et al.,1977, pp. 310-312)
Exemplo
Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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Questiona-se o decisor:Considere um escritório A situado no centro da cidade com um preço igual a 2 Mio €. Quanto é que deveria ser o preço de um escritório B, situado a 50 km do centro da cidade, para que A e B fossem indiferentes (sabendo que ambos os escritórios têm o mesmo n.º de lugares de estacionamento)?
Esta questão pode ser representada pela seguinte expressão (em que o símbolo ~ significa indiferença):
(2 Mio €, 0 km, x lugares) ~ (? €, 50 km, x lugares)
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ExemploR t d d i
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Resposta do decisor:Os dois escritórios seriam indiferentes se o preço do escritório B fosse igual a 1,55 Mio€.
Resposta simbolicamente representada pela expressão:
(2 Mio € 0 km x lugares) ~ (1 55 Mio € 50 km x lugares)(2 Mio €, 0 km, x lugares) ~ (1,55 Mio €, 50 km, x lugares)
Este trade-off significa que para o decisor, uma variação de preço entre 2 Mio e 1,55 Mio € equivale à diferença entre um escritório estar localizado a 50 km do centro da cidade e um escritório estar localizado no centro.
Exemplo
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
stân
cia
aoo
(km
)
0
No modelo aditivo, estal ã d i dif
PVF 2
≡D
ice
ntro
50
PVF1 ≡ Preço (106 €)
12 1,55
Indiferenterelação de indiferençapode ser equacionadacomo:
Aplicando as funções de valor obtém-se:
lugares)(x km) (50€) (1.550.000lugares)(x km)(0€) (2.000.000
332211
332211
vkvkvkvkvkvk++=
++
12 kk 53,75 100 =
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ExemploQ ti t d i ( bt
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Questiona-se novamente o decisor (para obter a segunda relação de indiferença):
Considere um escritório A que tem 15 lugares de estacionamento e um preço igual a 2 Mio €. Quanto é que deveria ser o preço de um escritório B com 5 lugares de estacionamento, para que A e B fossem indiferentes (sabendo que ambos os escritórios se encontram à mesma distância do centro da cidade)?
Esta questão pode ser representada pela seguinte expressão (em que o símbolo ~ significa indiferença):
(2.000.000 €, y km, 15 lugares) ~ (? €, y km, 5 lugares)
ExemploR t d d i
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Resposta do decisor:Os dois escritórios seriam indiferentes se o preço do escritório B fosse igual a 1,7 Mio €.
Resposta simbolicamente representada pela expressão:
(2.000.000 €, y km, 15 lugares) ~ (1.700.000 €, y km, 5 ( , y , g ) ( , y ,lugares)
Este trade-off significa que para o decisor uma variação de preço entre 2 Mio e 1,7 Mio € equivale à diferença entre um escritório ter 15 ou 5 lugares de estacionamento.
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Exemplo
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
No modelo aditivo, estal ã d i dif d
e lu
gare
s de
nam
ento
15
relação de indiferençapode ser equacionadacomo: PV
F 3≡
N.º
es
taci
o
5
PV1 ≡ Preço(106 €)
12 1,7
Indiferente
lugares) (15km)(y €) (2.000.000 332211 vkvkvk ++
Aplicando as funções de valor obtém-se: 13 kk 27,5 100 =
lugares) (5km)(y €) (1.700.000 332211 vkvkvk ++=
Exemplo
Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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Como a soma dos pesos tem de ser igual à unidade, adiciona-se uma terceira equação às anteriormente obtidas. Os pesos serão então obtidos resolvendo o seguinte sistema de equações:
⎧ =⎧ = 0 5553 75100 kkk
⎪⎩
⎪⎨
⎧
===
⇔⎪⎩
⎪⎨
⎧
=++==
0,150,300,55
1 27,5100
53,75 100
3
2
1
321
13
12
kkk
kkkkk kk
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Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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E se o decisor não quer elicitar números?
Metodologia MACBETH, a leccionar nas próximasl !aulas!
Referências
Modelos de Apoio à Decisão 2008/9
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• Keeney, R. L.; 1980. Sitting Energy Facilities, Academic Press.
• Keeney, R. L.; Nair, K.; 1977; Selecting Nuclear Power Plant Sites in the Pacific Northwest Using Decision Analysis, in D. E. Bell, R.L. Keeney, H. Raiffa (eds ) Conflicting Objectives in Decisions Raiffa (eds.), Conflicting Objectives in Decisions, John Wiley, 298-322.
• Lourenço, J. C. (2002) Modelo aditivo hierárquico: exemplos de métodos de ponderação e problemas associados, Working Paper 13-2002, CEG-IST.